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Esclerose multipla

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GLEIDES APARECIDA RAMOS RIBEIRO
LILYANE PIRES DE MORAIS
RAIANNE LARISSA SILVA DINIZ
SÔNIA DOS SANTOS
STEFANY KUEIVE ALMEIDA SILVEIRA
GYTHÃNA DANTAS CIDREIRA MERIGUI
JANAÍNA MAIA DA COSTA 
ESCLEROSE MÚLTIPLA 
GOIÂNIA 2014
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
GLEIDES APARECIDA RAMOS RIBEIRO
LILYANE PIRES DE MORAIS
RAIANNE LARISSA SILVA DINIZ
SÔNIA DOS SANTOS
STEFANY KUEIVE RIBAS
GYTHÃNA DANTAS CIDREIRA MERIGUI
JANAÍNA MAIA DA COSTA 
ESCLEROSE MÚLTIPLA 
	
Este trabalho cumpre exigência parcial na disciplina Neurofisiologia. Orientador: Prof(a). Letícia. Universidade Paulista – Campus Flamboyant. 
GOIÂNIA 2014
INTRODUÇÃO
A esclerose múltipla é uma doença desminielizante do sistema nervoso central que afeta principalmente adultos jovens, sendo com frequência denominada “o grande incapacitante dos adultos jovens”. Foi descoberta pelo Doutor Jean Charcot em 1868 e definiu a doença através de seus achados físicos e patológicos característicos. Os achados foram a paralisia e os sintomas de tremor intencional, fala escandida nistagmo. 
O surgimento dos sintomas tipicamente ocorrem entre as idades de 10 a 40 anos. A doença é rara em crianças, como é raro o surgimento de sintomas em adultos com mais de 50 anos. Os sintomas são intensamente variáveis, e o curso é imprevisível. Nos estágios iniciais pode ocorrer uma remição relativamente completa dos sintomas; com tudo, com o progresso da doença, as remissões tornam-se menos completas, aumentando a disfunção neurológica. Entre os aspectos clínicos mais comuns da esclerose múltipla estão a espasticidade, redução na função motora, ataxia, tremor intencional, comprometimento da sensibilidade, deficiências visuais, problemas com a fala e disfunção intestinal e da bexiga. 
OBJETIVO 
OBJETIVO GERAL: 
O presente trabalho sobre Esclerose Múltipla tem por objetivo, levantar, segundo literaturas, os pontos relevantes acerca das distribuições de causalidades, sintomas, métodos de tratamento, diagnósticos e papel do Psicólogo na Esclerose Múltipla.
OBJETIVO ESPECÍFICO: 
O objetivo específico e esclarecer aos portadores de Esclerose Múltipla, profissionais da área de saúde, e familiares como lidar com esta patologia, proporcionando através dos possíveis tratamentos uma melhor qualidade de vida aos pacientes. 
Identificar os diversos tipos de Esclerose Múltipla
Descrever o difícil diagnóstico da Esclerose
Apoio familiar 
O papel do Psicólogo.
O QUE É ESCLEROSE MÚLTIPLA?
A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o cérebro e a medula espinhal (sistema nervoso central). Isso acontece porque o sistema imunológico do corpo confunde células saudáveis com "intrusas", e as ataca provocando lesões no cérebro. O sistema imune do paciente corrói a bainha protetora que cobre os nervos, conhecida como mielina.
Os danos à mielina causam interferência na comunicação entre o cérebro, medula espinhal e outras áreas do seu corpo. A membrana de mielina sofre dirupções, mas os axônios são relativamente poupados. A mielina serve como isolante, acelerando a condução ao longo das fibras nervosas de um nódulo de Ranvier para o outro. Ela também conserva energia para o axônio, visto que a despolarização ocorre apenas ao nível dos nodos. A disminielização prejudica a transmição neural e faz com que os nervos sofram rápida fadiga, em um processo irreversível. Ao longo do tempo, a degeneração da mielina provocada pela doença vai causando lesões no cérebro, que podem levar à atrofia ou perda de massa cerebral. Em geral, pacientes com esclerose múltipla apresentam perda de volume cerebral até cinco vezes mais rápida do que o normal.
Os sintomas variam amplamente, dependendo da quantidade de danos e os nervos que são afetados. A esclerose múltipla (EM) se caracteriza por ser uma doença potencialmente debilitante. Pessoas com casos graves de esclerose múltipla podem perder a capacidade de andar ou falar claramente. A esclerose múltipla pode ser difícil de diagnosticar precocemente, uma vez que os sintomas aparecem com intervalos e o paciente fica meses sem qualquer sinal da doença.
A esclerose múltipla atinge cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo. A doença não tem cura, mas os tratamentos podem ajudar a controlar os sintomas e reduzir o progresso da doença.
CAUSAS
As causas exatas da esclerose múltipla não são conhecidas, mas há dados interessantes que sugerem que a genética, o ambiente em que a pessoa vive e até mesmo um vírus podem desempenhar um papel no desenvolvimento da doença. Embora a causa ainda seja desconhecida, a esclerose múltipla tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, o que tem possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes.
Genética e ambiente
Acredita-se que a esclerose múltipla pode em parte ser herdada. Dessa forma, parentes de segundo e terceiro grau de pessoas com esclerose múltipla estão em maior risco de desenvolver a doença. Irmãos de uma pessoa com a doença tem um risco 2% a 5% maior de ter esclerose múltipla.
No entanto, experiências com gêmeos idênticos indicam que a hereditariedade pode não ser o único fator envolvido. Se a esclerose múltipla fosse determinada exclusivamente pela genética, gêmeos idênticos teriam riscos idênticos. No entanto, um gêmeo idêntico tem apenas uma chance 30% maior de desenvolver esclerose múltipla se a sua dupla já tem a doença.
Alguns cientistas teorizam que a esclerose múltipla se desenvolve em pessoas que nascem com uma predisposição genética que, ao ser exposta a algum agente ambiental, desencadeia uma resposta autoimune exagerada, dando origem à esclerose múltipla. A de falta de exposição ao sol nos primeiros meses ou anos de vida também é considerado por especialistas como um fator ambiental que predispõe o aparecimento de esclerose múltipla.
Vírus e esclerose múltipla
Alguns estudos sugerem que alguns vírus, tais como o de Epstein-Barr (mononucleose), varicela-zóster e aqueles presentes na vacina da hepatite podem ter relação com a esclerose múltipla. Até o momento, no entanto, essa crença não foi comprovada.
Outros fatores
Há cada vez mais evidências sugerindo que hormônios, incluindo os sexuais, podem afetar e serem afetados pelo sistema imunológico. Por exemplo, tanto o estrógeno quanto a progesterona, dois importantes hormônios sexuais femininos, podem suprimir alguma atividade imunológica. A testosterona, o principal hormônio masculino, também pode atuar como um supressor de resposta imune.
Durante a gravidez, os níveis de estrogênio e progesterona são muito elevados, o que pode ajudar a explicar por que as mulheres grávidas com esclerose múltipla geralmente têm menos atividade da doença. Os níveis mais elevados de testosterona em homens podem parcialmente explicar o fato de que as mulheres têm mais chances de desenvolver a doença do que os homens, uma vez que a testosterona também pode inibir o sistema imunológico.
Fatores de risco
Vários fatores podem aumentar o risco de esclerose múltipla, incluindo:
Idade: a esclerose múltipla pode ocorrer em qualquer idade, mas mais comumente afeta as pessoas entre 20 a 40 anos. Nessa faixa etária são feitos 70% dos diagnósticos
Gênero: mulheres são mais propensas que os homens a desenvolver a esclerose múltipla. A proporção real é de três mulheres para cada homem
Histórico familiar: se um de seus pais ou irmãos tem esclerose múltipla, você tem uma chance de 1 a 3% de desenvolver a doença - em comparação com o risco na população em geral. Outras doenças autoimunes: você pode ser um pouco mais propenso a desenvolver esclerose múltipla se tiver outra doença que afeta o sistema imune como distúrbios da tireoide, diabetes tipo 1 ou doença inflamatória intestinal.
ASPECTOS PSICOLÓGICOS E PSICOSSOMÁTICOS 
Uma significativa deteriorização mental está associada a extensas lesões cerebrais nos casos agudos fulminantes,
ou nos estágios terminais da doença progressiva e o raciocínio abstrato pode estar adversamenente afetado. Também podem ocorrer desarranjos emocionais ou psicóticos. 
Alteração comportamentais, como depressão são comuns. Podem ocorrer; ansiedade, negação, raiva, agressão, ou dependência, em resposta ao estresse de uma doença crônica e imprevisível. Pacientes com esclerose múltipla enfrentam percalços relacionados a ambiguidade de seu estado de saúde, a presença de sintomas limites ou invisíveis, a incerteza da futura situação, e a perda de um funcionamento efetivo durante a fase adulta jovem. O objetivo da psicologia é despertar os pacientes e familiares para o que ficou adormecido em função da Esclerose Múltipla, para redescobrir o amor por si e pela vida.
A Esclerose Múltipla por ser uma doença crônica e imprevisível que interfere em diversos aspectos da vida do paciente. Quando o paciente recebe o diagnóstico podem ocorrer diversas reações causadas pela insegurança e incerteza diante do mesmo como, por exemplo, estresse, angústia, dúvidas e ansiedade. É neste momento que faz-se necessário o acompanhamento psicológico, uma vez que as reações causadas pelo diagnóstico podem levar desde estados de raiva e choque até estado de alívio por não ter sofrido anteriormente com a doença. Apenas um psicólogo é hábil o suficiente para lidar com tais questões subjetivas da Esclerose Múltipla, uma vez que a doença interfere na sua relação consigo e com a sociedade. O terapeuta serve como agente facilitador, uma vez que esta etapa da vida do individuo requer orientação e acolhimento de um profissional que vai fazer com que o paciente percorra o caminho e chegue com sucesso na fase da aceitação e adaptação da doença. Assim a ajuda do psicólogo faz com que o individuo com Esclerose Múltipla consiga atingir o equilíbrio psíquico e obtenha melhor qualidade de vida.
Mesmo com a ajuda do psicólogo a aceitação e a adaptação a Esclerose Múltipla é dificultosa e na maioria das vezes marcada por picos de pioras e melhoras, e é papel do psicólogo orientar o individuo a lidar com tais situações.
Quando se trata de Esclerose Múltipla o psicólogo além de intervir nas relações do paciente com a doença intervém também no contexto familiar, em um processo de adaptação emocional. Tanto o paciente como seus familiares passam por tal processo que podem ser caracterizados por: choque, ansiedade, negação, depressão, raiva, hostilidade, aceitação e adaptação. 
A Terapia Cognitivo-Comportamental atua no âmbito de facilitar a resolução de problemas na vida do individuo com Esclerose Múltipla, causando alterações duradouras em sua autoimagem, autoestima, autoconfiança motivação de maneira que gera otimismo em relação à vida. Em conjunto com o programa de reabilitação multidisciplinar promove a utilização de estratégias preventivas e modificadoras através de intervenções psicológicas. Sendo assim a ajuda do psicólogo no tratamento da Esclerose Múltipla é gratificante tanto para o sujeito que é portador da doença quanto para seus familiares e o próprio psicólogo, que traz para o paciente melhora em sua qualidade de vida, e qualidade de vida quando se trata de Esclerose Múltipla corresponde à felicidade.  A influência do psicólogo juntamente com a equipe multidisciplinar e os membros da família é bastante eficazes para o auxilio no tratamento, pois a mesma é avaliada de forma global, e não apenas em aspectos físicos.
SINTOMAS DE ESCLEROSE MÚLTIPLA
Pessoas com esclerose múltipla tendem a apresentar os primeiros sintomas na faixa dos 20 a 40 anos. Alguns podem ir e vir, enquanto outros permanecem.
Não há duas pessoas que apresentem rigorosamente os mesmos sintomas de esclerose múltipla. Isso porque as manifestações irão depender dos nervos que são afetados. No entanto, os primeiros sintomas de esclerose múltipla no geral são:
Visão turva ou dupla
Fadiga
Formigamentos
Perda de força
Falta de equilíbrio
Espasmos musculares
Dores crônicas
Depressão
Problemas sexuais
Incontinência urinária.
Você pode ter um único sintoma e, em seguida, passar meses ou anos sem qualquer outro. O problema também pode acontecer apenas uma vez, ir embora e nunca mais voltar. Para algumas pessoas, os sintomas tornam-se piores dentro de semanas ou meses. Cerca de oito em cada 10 pessoas com esclerose múltipla se sentem sempre muito cansadas. Essa sensação acontece geralmente durante à tarde e faz com que os músculos fiquem mais fracos, o pensamento mais lento e deixa a pessoa sonolenta.
Essa fadiga geralmente não está associada com a quantidade de trabalho que você faz. Algumas pessoas com esclerose múltipla se sentem cansadas, mesmo depois de uma boa noite de sono.
Gravidade dos sintomas
Os sintomas de esclerose múltipla são divididos em três grupos: primários, secundários e terciários:
Sintomas primários: causados por danos à bainha protetora dos nervos na espinha ou no cérebro (mielina). Este processo pode levar a problemas de bexiga ou intestinais, perda de equilíbrio, dormência, paralisia, formigamento, tremores, problemas de visão ou fraqueza.
Sintomas secundários: são próximos dos sintomas primários, só que mais graves. Por exemplo, a pessoa não é mais capaz de esvaziar a bexiga, e isso pode causar uma infecção no órgão.
Sintomas terciários: problemas sociais, psicológicos e relacionados ao trabalho. Por exemplo, a esclerose múltipla pode dificultar o caminhar ou dirigir.
Como os sintomas da esclerose múltipla varia muito, é melhor não se comparar com outras pessoas que têm a doença. Sua experiência é provavelmente será diferente. A maioria das pessoas aprende a controlar seus sintomas e pode levar uma vida plena e ativa.
ESTRATÉGIAS PARA TRATAR SINTOMAS
Fisioterapia: um profissional pode lhe ensinar alongamento e fortalecimento muscular, além de mostrar como usar dispositivos que podem tornar a execução de tarefas mais fácil.
Relaxantes musculares: se você tem esclerose múltipla, pode ocorrer rigidez muscular dolorosa ou espasmos incontroláveis, particularmente nas pernas. Relaxantes musculares podem melhorar esses sintomas
Medicamentos para reduzir a fadiga: medicamentos como a amantadina pode ajudar a reduzir a fadiga devido à esclerose múltipla
Outros medicamentos: podem ser prescritos tratamentos medicamentosos para depressão, dor e controle da bexiga ou intestino que podem estar associados com a esclerose múltipla.
CONSIDERAÇOES FINAIS
Esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica, provavelmente autoimune. Por motivos genéticos ou ambientais, na esclerose múltipla, o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina (capa que envolve todos os axônios) que recobre os neurônios e isso compromete a função do sistema nervoso. Trata-se de uma doença complexa, variável e imprevisível, caracterizada por comprometimentos que variam de um paciente para o outro e ate no mesmo paciente em diferentes momentos. 
Contudo, faz-se necessário destacar a importância de novos estudos sobre esta complexa doença, bem como intervenção fisioterapêutica dentro de uma equipe multiprofissional, que atuando de forma interdisciplinar, deve ter como objetivo principal garantir maior e melhor independência, autonomia e funcionalidade, melhorando a qualidade e perspectiva de vida dos portadores de Esclerose Múltipla. 
As limitações são inevitáveis frente a evolução de alguns problemas, entretanto ser um portador limitado é uma escolha de cada um. O grupo chegou a conclusão que Esclerose Múltipla e uma doença de ampla complexidade física e mental, que para isso precisamos de mais investimentos para outras pesquisas, medicamentos novos que não tenha tanto efeito colateral e um grande apoio psicológico, serviu para nos mostrar que essa patologia necessita ser mais divulgada, para obtermos mais recursos aos portadores de Esclerose Múltipla.
BIBLIOGRAFIA 
O´ SULIVAN SUSON B. , SCHMITZ J. THOMAS. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 2. Ed. São Paulo: Manole, 1993.
RUDICK,R.A. Esclerose Múltipla e Patologias
Desmielinizantes do Sistema Nervoso Central. In:GOLDMAN,L;AUSIELLO,D.Cecil Tratado de Medicina Interna. Tradução 22.ed.vol2. 2005.

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