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Caracterização físico-mecânica de bases granulares de pavimentos asfálticos Hélio Haruo Maeda Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Curitiba – Brasil hhmaeda@creapr.org.br Ronaldo Izzo Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Curitiba – Brasil Izzo@utfpr.edu.br Adalberto Matoski Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Curitiba – Brasil adalberto@utfpr.edu.br RESUMO: O transporte é uma atividade indispensável ao comércio e ao intercâmbio entre os povos. Essa necessidade de deslocamento periódico entre dois locais gerou a necessidade do estabelecimento de rotas e caminhos, que por sua vez levaram à necessidade de sua pavimentação. O pavimento tem uma vida útil limitada o que demanda sua recuperação e entre as técnicas utilizadas adotam-se a reciclagem a frio. Assim esse trabalho tem como objetivo a caracterização físico mecânica do material proveniente da reciclagem “in situ” de pavimentos asfálticos. Durante o processo de reciclagem do asfalto é adicionado o cimento com a finalidade de aumentar a capacidade de suporte da base. A metodologia adotada passou pela coleta do material em diversos pontos da cidade, durante o processo de pavimentação. Esse material coletado foi transportado para os laboratórios onde foram realizados os ensaios de caracterização física, como granulometria, teor de betume entre outros. A caracterização mecânica foi feita através do ensaio que permitiu a determinação do índice de suporte Califórnia e através do ensaio de compressão simples. Esses ensaios foram realizados com os teores de cimento variando entre dois e oito porcento buscando determinar o comportamento mecânico dessa mistura. Os resultados encontrados mostraram que a adição de cimento em baixos teores, melhora significativamento o comportamento do solo, fornecendo condições para uma maior durabilidade do asfalto. Palavras chave: pavimentos, reciclagem, bases granulares. 1 INTRODUÇÃO A ideia das estradas é oriunda da China, as quais foram criadas pelo homem para melhorar o acesso às áreas cultiváveis ou das fontes naturais, tais como, minerais e água, também sendo importante para a expansão dos territórios. Mais tarde, as estradas foram aperfeiçoadas, pelos romanos, que instalaram pavimentação e drenagens para aumentar a durabilidade (BERNUCCI et al., 2006). Como o pavimento tem uma vida útil limitada, há a necessidade da manutenção buscando o aumento de sua vida útil. Visando a redução de custos de manutenção foram desenvolvidas técnicas de reciclagem do pavimento. No Brasil, essa técnica passou a ser utilizada na década de 80, contemplando somente o concreto asfáltico. As pesquisas em torno do assunto têm vários trabalhos publicados como, por exemplo, Sachet, (2008). A técnica de recuperação de pavimentos flexíveis evoluiu a partir dos equipamentos de fresar asfalto, resultando nas modernas recicladoras, capazes de fresar, triturar asfalto, misturar o pavimento degradado, adicionando água, materiais e componentes adicionais, “in- situ”. Assim, o pavimento degradado é triturado, misturado ao cimento Portland, hidratado e compactado adequadamente, o resíduo volta a ser material de construção útil, eliminando a necessidade de retirada, transporte e destinação do resíduo de construção, bem como a necessidade de obtenção de material novo para substituir o material degradado retirado, contribuindo para a sustentabilidade da pavimentação. Devido ao processamento local e consequente eliminação da necessidade de transporte, a restauração de um trecho passou a ocorrer de forma rápida. Em um dia de trabalho, uma equipe de pavimentação, com a recicladora, remove o pavimento degradado, processa, aplica e compacta a mistura, construindo uma nova base, com cerca de 10 cm de espessura e devolve a via ao tráfego com uma capa asfáltica de 3 cm de espessura. A função dessa capa asfáltica é de proteger o processo de cura da base reciclada com cimento Portland. Para o usuário, fica a impressão que a interrupção da via foi curta. A manutenção do pavimento deve provocar o menor impacto aos usuários da via. Aos 28 (vinte e oito) dias, uma nova capa asfáltica de 3 cm é aplicada e recebe a pintura da sinalização da via, indicando o final do processo. De acordo com Guthrie, Brow e Eggett (2007), a reciclagem de pavimento asfáltico estabilizada com a adição de cimento portland é uma solução eficiente de custo, porque os custos de reciclagem são de 25% a 50% menos que uma solução de remoção total e reconstrução. Os mesmos autores afirmam que embora adotada por muitos, apenas um limitado número de estudos científicos tem ocorrido para investigar a resistência e a durabilidade da reciclagem de pavimento asfáltico estabilizada com a adição de cimento portland que é o foco deste trabalho. Outro aspecto que pode justificar o uso da reciclagem como técnica de recuperação é o fato de que dos cerca de 4.500 quilômetros de malha viária de Curitiba, 2.600 quilômetros são de anti-pó, 1.500 quilômetros de pavimentação definitiva e 400 quilômetros de saibro (Boreki, 2011). Dos 2.600 quilômetros de anti-pó, cerca de 1.500 quilômetros tem mais de 30 anos de uso. A malha é antiga e saturada. Dessa forma, a prefeitura utiliza recicladoras de asfalto. No entanto, a utilização dessa técnica é feita sem um controle adequado o que eventualmente pode gerar desperdício de material, no caso o cimento que é utilizado como adição bem como uma elevação no custo devido ao aumento da mão de obra. Assim, justifica-se o presente trabalho, pela importância devido ao volume de recursos necessários para a recuperação desses pavimentos. Dessa forma o objetivo deste trabalho é caracterizar a base de pavimentação feita a partir da reciclagem in-situ cuja mistura de solo mais betume é estabilizada com cimento Portland. 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Para o Manual de Pavimentação, DNIT (2006) define pavimento de uma rodovia como “superestrutura estrutura constituída por um sistema de camadas de espessuras finitas, assentes sobre um semi-espaço considerado teoricamente como infinito”. A infraestrutura ou terreno de fundação recebe o nome de subleito. Deve-se considerar, no entanto que a idade do pavimento e a solicitação intensa do tráfego deterioram o pavimento, levando a necessidade de sua recuperação onde uma das formas de recuperar o pavimento é a técnica da reciclagem. Por reciclagem de pavimentos entende- se a reutilização de todo o material existente na capa asfáltica e eventualmente na base onde esses materiais são misturados no estado em que se encontram utilizando como aditivo ligante o cimento ou produtos similares. Em 1985, foi desenvolvido na Malásia, o primeiro projeto de reciclagem. Em dezembro de 1988, um segundo trabalho, com reciclagem a frio in situ foi dirigido pela Federal Trunk Road entre Pagar Sasak e Merapoh, no estado de Pahang, envolvendo 55 Km de extensão. O projeto levou quase dois anos para ser terminado, mas passados 12 anos de sua conclusão o pavimento ainda apresentava um excelente desempenho (SUFIAN et. al, 2005). O processo de reciclagem in situ consta essencialmente de três operações: A exploração da pedreira de materiais granulares que representa o pavimento existente, fresando-o até uma determinada profundidade para recuperar o material utilizado na sua construção; A mistura, a frio, do material desagregado no próprio local. A mistura geralmentese junta: Água (hidratação ou pré-molhagem); Ligantes (emulsão betuminosa espuma de betume, cimento ou cal); Utilização de agregados para eventual correção granulométrica. A compactação da mistura e o seu nivelamento para que se obtenha uma nova camada do pavimento; O processo, geralmente completa-se com a aplicação de um revestimento superficial betuminoso, ou de uma ou mais camadas de misturas betuminosas para garantir, estruturalmente, as necessidades desse pavimento, ou para dotar a superfície das características adequadas ao tráfego que irá suportar. A forma de reciclagem adotada pela prefeitura de Curitiba segue o prescrito no manual da Wirtgen (2010). Essa empresa fornece máquinas de reciclagem projetadas especificamente para reciclar camadas do pavimento de espessura em uma única passagem. O coração de todas as máquinas de reciclagem é o corte onde um tambor que está equipado com um grande número de ferramentas de corte. O tambor gira normalmente e com o avanço da máquina o material de pavimento é pulverizado pelas ferramentas e levado para dentro da câmara de mistura que envolve o tambor. Dentro dessa câmara o material recebe adições e é espalhado novamente. Após o espalhamento do material entram em ação os compactadores de rolo, deixando a camada pronta para receber o revestimento final, ou seja, a pavimentação. Nesse aspecto deve-se levar em consideração um importante componente que é o solo cimento. A necessidade de melhorar as propriedades de engenharia do solo é conhecida desde tempos remotos. Muitas culturas antigas, incluindo os Chineses, os Romanos e os Incas utilizaram várias técnicas para melhorar a estabilidade do solo, algumas das quais tão efetivas que essas construções e infraestruturas perduram até os dias de hoje. Algumas das quais continuam em uso (BALBO. 2007). O manual Corpo de Engenheiros do Exército Americano, EM-1110-3, (1984) define estabilização de solos como o conjunto de processos de mistura e combinação de solo com outros materiais com o objetivo de agregar, acentuar ou inibir propriedades de engenharia desse solo. O mesmo manual se refere à modificação de solo como processo de estabilização de solo que resulta em melhoria, porém não implicando em aumento significativo da resistência e durabilidade. Ainda, esse manual define como propósitos da estabilização de solos: Melhorias na qualidade do pavimento; As melhorias de qualidade do solo mais comuns são obtidas por alterações na graduação do solo, na redução no índice de plasticidade (IP), no aumento da durabilidade e na resistência do solo; Redução na espessura do pavimento. A resistência à tração e da rigidez de uma camada de solo pode ser melhorada através da utilização de aditivos e assim, permitir uma redução na espessura da camada estabilizada e camadas sobrepostas no interior do sistema de pavimentação. Nos Estados Unidos, a era moderna da estabilização de solos iniciou durante as crises do petróleo e agregados de construção que ocorreram nos anos de 1960-1970. Para contornar essa situação foram adotadas alternativas às técnicas convencionais de reposição de solos pobres locais por materiais com propriedades mais adequadas. Para a caracterização desse material é utilizado o ISC (índice suporte Califórnia) conhecido também como CBR (Califórnia Bearing Ratio). O índice de suporte Califórnia ou (CBR) é um teste relativamente simples que é geralmente utilizado para obter uma indicação da resistência de um solo de fundação, da sub- base e de material de camada de base para utilização em pavimentos de estrada e pista de aeródromos. O ensaio é utilizado para determinar empiricamente espessuras necessárias de pavimentos flexíveis para estradas e pavimentos de aeroportos (LIU; EVETT, 2009). De acordo com Senso (1997), o método de ensaio CBR é um método empírico de dimensionamento de pavimentos flexíveis ainda adotado por alguns órgãos rodoviários no Brasil. Já, Coutinho (2011) cita em sua pesquisa o método mecanistico que consiste na aplicação dos princípios da mecânica dos pavimentos considerando suas múltiplas camadas e os efeitos das intempéries, que substitui o método empírico de dimensionamento. No entanto como cita Coutinho (2011) esse método necessita ser difundido, pois ainda é pequena sua utilização. Ensaios CBR são normalmente realizados em amostras remoldados (compactado), embora possam ser conduzida em solos não perturbados ou em solo in situ. Amostras de solos podem ser testadas saturadas ou insaturadas por imersão em água, em seguida, durante certo período de tempo, a fim de simular condições de campo muito pobres. O CBR para o solo é a razão, (expressa em percentagem), obtido pela divisão da tensão necessária para provocar a penetração de uma área 19,32 cm 2 (correspondendo a um diâmetro de 4,96 centímetros) do pistão para penetrar 2,54 milímetros no solo por uma tensão de penetração padrão de 6,89 MPa. Essa força correspondente à penetração padrão é aproximadamente o necessário para fazer com que o mesmo êmbolo possa penetrar 2,54 mm em uma massa de brita. O CBR pode ser pensado, por isso, como uma indicação da resistência do solo em relação à de brita (LIU; EVETT, 2009). 3 METODOLOGIA As amostras para a caracterização do solo foram coletadas durante a operação de fresagem da recicladora, na cidade de Curitiba em julho de 2012. O solo coletado foi embalado em bombonas de 50 litros, com tampa de fechamento hermético, para evitar alteração de umidade e transportados até o laboratório de Geotecnia. A Figura 1 mostra as bombonas sendo recolhidas para transporte até os laboratórios de geotecnia da UTFPR. Figura 1. Coleta e transporte do solo misturado com betume. O cimento utilizado foi o comum, fabricado nos meses de fevereiro e junho de 2012 pela Votorantim Cimentos, disponível no comercio de Curitiba, tipo CP II Z 32. Justifica- se a utilização desse cimento, pois é o mesmo adotado para a execução dos serviços de tratamento do solo pela prefeitura de Curitiba. O teor de umidade do solo foi determinado, nos laboratórios da universidade obedecendo a norma brasileira NBR 6457/86 e o teor de betume do solo foi obtido através dos ensaios de perda ao fogo. A massa específica do solo foi determinada de acordo com a norma brasileira NBR 6508/84 e os índices de consistência, também conhecidos como Limites de Atterberg que servem para classificação do solo quanto a plasticidade foi obtido obedecendo a NBR 6459/1984. Por sua vez a análise granulométrica foi realizada de acordo com a NBR 7181/84. Para a moldagem dos corpos de prova variou-se o teor de cimento de em massa, de 4% a 8%. Justifica-se esse intervalo para analisar o comportamento incluindo os extremos da curva. Outro aspecto que justifica esse intervalo está na execução dos serviços pela prefeitura. Ocorre que o cimento, em sacos, é distribuído simetricamente nas vias onde são rompidos e o mesmo é espalhado manualmente. Esse aspecto leva a diferentes teores de cimento, pois não há nenhum controle para assegurar a uniformidade da mistura. Assim, para cada teor de cimento foi determinada a curva de compactação. Finalmente o Índice Suporte Califórnia foi determinado de acordo com a NBR 9895 e do DNER ME 041/94. 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS Foram feitas coletas de amostras damistura úmida após a passagem da recicladora. A determinação de umidade do material coletado resultou em: Tabela 1 – Teor de umidade Umidade Média: 7,31% Desvio Padrão: 0,57% Coeficiente de Variação: 7,80% O teor de umidade encontrado reflete o padrão de trabalho para a reciclagem do asfalto. O procedimento de reciclagem e reasfaltamento é realizado em dias secos sem chuva e sem possibilidade de chuva. Ainda, esse teor de umidade foi obtido após a mistura pela recicladora onde há a adição de água buscando garantir a hidratação do cimento e consequente melhora dos índices de resistência do solo assim tratado. As amostras que foram testadas nos laboratórios da Associação Brasileira de Cimento Portland apresentaram os seguintes teores de betume, conforme apresentado na tabela 2. Tabela 2 – Teores de Betume Espécime % betume Amostra 1 11,20 Amostra 2 2,50 Amostra 3 4,60 Amostra 4 5,10 Média 5,85 Desvio padrão 3,74 Coeficiente de variação 63,9 Observa-se que o elevado coeficiente de variação apresentado na tabela 2 indica uma grande variação do teor de betume. Justifica-se esse aspecto, pois as ruas que recebem esse tratamento foram aquelas que receberam em anos anteriores apenas uma pequena camada de asfalto aplicado diretamente sobre o saibro. Com o trânsito há uma rápida deterioração dessa camada gerando buracos, ou seja, locais onde a cobertura de asfalto foi destruída. A densidade média obtida desse material foi de 2,03 g/cm³, o que está dentro das expectativas para esse tipo de solo. Por sua vez os ensaios do limite de liquidez e índice de plasticidade mostraram que a amostra do solo tem um comportamento não plástico, mostrando assim um maior teor de material arenoso. A análise granulométrica do solo está apresentada na figura 2 abaixo. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0,01 0,1 1 10 100 1000 % F re qu ên ci a di sc re ta Diâmetro das partículas (μm) Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 4 Figura 2. Curva granulométrica das amostras de solo misturado com betume. Essas curvas mostram um solo com baixo teor de finos e uma concentração maior entre os diâmetros entre 1 e 10 milímetros. Esse aspecto mostra que o solo amostrado tem alguma semelhança com uma areia grossa com teores de material argiloso. Mostra-se adequado para o fim a que se destina, ou seja, servir de base para a pavimentação. A análise granulométrica do material fino apresentada na figura 3 a seguir mostra que o solo amostrado não tem excesso de finos, pois o teor é menor que 4%, que eventualmente possa prejudicar o comportamento da base para o asfalto. 0,00% 1,00% 2,00% 3,00% 4,00% 5,00% 6,00% 7,00% 8,00% 9,00% 10,00% 0 10000 20000 30000 40000 50000 % R et id a d is cr et a Diâmetro das patículas (mm) Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amosta 4 Figura 3 – granulometria do material fino do solo amostrado. As curvas de compactação apresentadas na figura 4 mostram um comportamento similar, exceto a curva para o teor de 5%. Justifica-se essa alteração, pois o coeficiente de variação foi de 18% mostrando possivelmente uma grande variação no tipo de material. Observa-se que a coleta do material foi feita aleatoriamente, ou seja, sem controle do tipo de solo coletado. Figura 4 – Curva de compactação com o teores de cimento variando de 4% a 8%. A tabela 3 apresenta o índice suporte Califórnia obtido para os diversos teores de cimento e a resistência à compressão. Tabela 3 - Resistência à compressão simples e o Índice de suporte Califórnia. Teor de cimento (%) Resistência à compressão simples (MPa) Índice de suporte Califórnia (CBR) (%) 4 1,02 83,72 5 1,40 121,14 6 1,67 135,72 8 1,82 150,03 Observa-se pela tabela acima que há uma melhora significativa da resistência à compressão do solo tratado com cimento e também há uma melhora significativa no índice de suporte Califórnia. Observa-se ainda que existe correlação entre a resistência à compressão simples e o índice de suporte Califórnia. Durante as visitas na obra observou-se o padrão distribuição dos sacos de cimento sobre a rua a ser asfaltada. Esses sacos de cimento foram abertos o cimento distribuído manualmente, mostrando que não há obrigatoriamente uma uniformidade da mistura, levando com isso a regiões com maior ou menor resistência dependendo do teor de cimento. De qualquer forma esses indicadores atendem às especificações da norma do DER-PR. Ainda assim observa-se que esta ausência de uniformidade não prejudica o produto final, mas a definição de uma metodologia de trabalho detalhado poderia levar a uma economia de cimento. Em outras palavras é possível afirmar que são precárias as condições de controle de execução desse tipo de serviço. 5 CONCLUSÕES O teor de umidade encontrado demonstra que o produto de trabalho é próximo ao teor para se obter a densidade máxima, ou seja, em média é de 7,31%. Por sua vez o teor médio de betume encontrado foi de 5,8% mostrando que o material é adequado para ser tratado com cimento, pois esse teor pode ser considerado como impureza não tendo influência nos indicadores do solo tratado com cimento. Os ensaios do limite de liquidez e índice de plasticidade mostraram que a amostra do solo tem um comportamento não plástico, mostrando assim um maior teor de material arenoso. As curvas granulométricas mostram um solo com baixo teor de finos e uma concentração maior entre os diâmetros entre 1 e 10 milímetros. Esse aspecto mostra que o solo amostrado tem alguma semelhança com uma areia grossa com teores de material argiloso. A adição de cimento em baixos teores, o que caracteriza um solo tratado com cimento melhora significativamente o comportamento do solo, fornecendo condições para uma maior durabilidade do asfalto. Observa-se finalmente que são precárias as condições de controle na execução desse tipo de obra. Não há um registro da metodologia adotada. AGRADECIMENTOS À ABCP Associação Brasileira de Cimento Portland pelo apoio nas realizações dos ensaios e à Prefeitura Municipal de Curitiba pelo auxílio na coleta das amostras. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR6457: Amostras de solo – Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. 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