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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA CTC - Centro Tecnológico Disciplina de Circuitos Elétricos I APOSTILA DE CIRCUITOS I Professor: Patrick Kuo Peng Colaboradores: Júlio Trevisan Maurício Rigoni Willian Hamada Florianópolis 2003 (revisão 2009) 2 Sumário Sumário ______________________________________________________________ 2 Plano de Ensino ________________________________________________________ 3 Análise de circuitos: Uma visão geral. ______________________________________ 4 CAPÍTULO I – VARIÁVEIS ELÉTRICAS __________________________________ 5 CAPÍTULO 2 – ELEMENTOS DOS CIRCUITOS ___________________________ 10 CAPÍTULO III – CIRCUITOS RESISTIVOS _______________________________ 17 CAPÍTULO 4 – TÉCNICAS DE ANÁLISE DE CIRCUITOS __________________ 25 CAPÍTULO V – O AMPLIFICADOR OPERACIONAL_______________________ 48 CAPÍTULO 6 – INDUTORES E CAPACITORES ___________________________ 58 CAPÍTULO VII – ANÁLISE DE CIRCUITOS SENOIDAIS___________________ 70 CAPÍTULO VIII – POTÊNCIA EM CIRCUITOS SENOIDAIS ________________ 84 CAPÍTULO IX – CIRCUITOS TRIFÁSICOS _______________________________ 97 CAPÍTULO X – INTRODUÇÃO AOS CIRCUITOS DE SELEÇÃO DE FREQÜÊNCIAS _____________________________________________________ 111 Bibliografia__________________________________________________________ 119 3 Plano de Ensino Circuitos Elétricos I Capítulo I: Variáveis Elétricas Capítulo II: Elementos dos circuitos Capítulo III: Circuitos resistivos simples Capítulo IV: Técnicas de análise de circuitos Capítulo V: O amplificador operacional Capítulo VI: Indutores e Capacitores Capítulo VII: Análise de circuitos senoidais Capítulo VIII: Potência em circuitos senoidais Capítulo IX: Circuitos trifásicos Capítulo X: Respostas em freqüência 4 Análise de circuitos: Uma visão geral. Circuito elétrico = modelo matemático de um sistema elétrico real. Análise de circuito: permite prever o comportamento do circuito e de seus componentes Roteiro para análise de circuito: • Identificar claramente os dados e o que é pedido. • Simplificar ou redesenhar o circuito. • Escolher o método de análise mais simples. • Verificar se a solução encontrada é fisicamente possível. 5 CAPÍTULO I VARIÁVEIS ELÉTRICAS 6 VARIÁVEIS ELÉTRICAS 1. O Sistema Internacional de Unidades • Unidades de base Grandeza Unidade Símbolo Comprimento metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Corrente elétrica Ampère A Temperatura Kelvin K Intensidade luminosa Candela cd • Unidades derivadas úteis na teoria de circuitos Grandeza Nome / Símbolo Fórmula dimensional Freqüência Hertz (Hz) s-1 Força Newton (N) kg.m/s2 Energia ou trabalho Joule (J) N.m Potência Watt (W) J/s Carga elétrica Coulomb (C) A.s Potencial elétrico Volt (V) W/A Resistência elétrica Ohm (Ω) V/A Condutância elétrica Siemens (S) A/V Capacitância Farad (F) C/V Fluxo magnético Weber (Wb) V.s Indutância Henry (H) Wb/A • Principais múltiplos e submúltiplos das unidades 10-12 10-9 10-6 10-3 0 103 106 109 1012 pico(p) nano(n) micro(μ) mili(m) quilo(K) Mega(M) Giga(G) Tera(T) 7 2. Conceitos básicos de eletricidade a) Cargas elétricas Qualquer matéria é formada por átomos. O do Hidrogênio é o átomo mais simples, o qual é constituído por duas partículas (prótons→ carga positiva e elétrons→ carga negativa). Unidade da carga elétrica = coulomb (C) Átomos normalmente neutros ⇒ N° de elétrons = N° de prótons. Retirando elétrons ⇒ átomo terá carga positiva. Adicionando elétrons ⇒ átomo terá carga negativa. • Matérias onde é fácil retirar ou adicionar elétrons são chamadas de condutores (cobre, alumínio, etc...). • Matérias onde é difícil retirar ou adicionar elétrons são chamadas de isolantes (borracha, porcelana, papelão, etc...). b) Corrente elétrica: movimento dos elétrons. dt dqi = corrente elétrica em Ampère [A] Relação de integral: carga em Coulomb tempo em segundos [s] 8 c) Tensão elétrica ou diferença de potencial : Energia usada para mover uma unidade de carga através do elemento. d) Potencia e energia: • Potência = trabalho ou energia por unidade de tempo. • Energia dttitqtq t t .)()()( 0 0 ∫=− dq dWv = Energia em Joule [J] Carga em Coulomb [C] Tensão em Volt [V] dt dWp = Potência em Watt [W] Energia em Joule [J] Tempo em segundos [s] vi dt dqv dt dWvdqdW ==⇒= vip =∴ dttitvtwtwdttptw t t ).(.)()()().()( 0 0∫ ∫=−⇒= 9 • Convenção de sinais Potência ou energia > 0 ⇒ o elemento absorve potência Potência ou energia < 0 ⇒ o elemento fornece potência 10 CAPÍTULO 2 ELEMENTOS DOS CIRCUITOS 11 Elementos dos circuitos I. Introdução Os circuitos podem ter 5 elementos básicos: • Fontes de tensão; • Fontes de corrente; • Resistores; • Indutores; • Capacitores. II. Fontes ideais de tensão e de corrente Fontes = dispositivos capazes de gerar energia elétrica Existem 2 categorias de fontes: • Fontes independentes e • Fontes dependentes (fontes controladas). 1. Fontes independentes • Fonte ideal independente de tensão: estabelece uma tensão que não depende das ligações externas, ou seja, v é fixa, independente de i. • Fonte ideal independente de corrente: estabelece uma corrente que não depende das ligações externas, ou seja, i é fixa, independente de v. A B 12V A B 12V i [A] v [V] 12 Característica tensão/corrente Símbolos ou 12 2. Fontes dependentes ou controladas Fonte controlada é aquela que estabelece uma tensão ou uma corrente que depende do valor da tensão ou corrente em outro ponto do circuito. • Fonte de tensão controlada por tensão • Fonte de tensão controlada por corrente • Fonte de corrente controlada por corrente v [V] i [A] 5 Característica tensão/corrente A B 5A Símbolo 1v 1v - tensão de controle 2v - tensão controlada α - ganho de tensão (adimensional) 12 vv ⋅=α 1i β – ganho de corrente (adimensional) 12 ii ⋅= β 1i 1i - corrente de controle r – transresistência (Ω) 12 irv ⋅= 13 • Fonte de corrente controlada por tensão III. Resistência elétrica (Lei de Ohm) 1. Resistência elétrica Capacidade do material para impedir a circulação da corrente ou especificamente a circulação das cargas. Resistor: elemento do circuito que possui resistência elétrica. Exemplos (resistor não linear): varistor ( )(vfR = ), termistor ( )(TfR = ). 2. Lei de Ohm Estabelece uma relação algébrica entre tensão e corrente em um resistor. Num resistor linear é utilizandoa convenção passiva, esta lei pode ser escrita da seguinte forma: 1v g – transcondutância (S) 12 vgi ⋅= S l S R l⋅= ρ R – resistência (Ω ) ρ - resistividade do material ( m⋅Ω ) l - comprimento (m) S – seção transversal ( 2m ) Símbolo 14 ∗ Condutância Gvv RR vi === 1 ; R G 1= (condutância em mho ou S (siemens) ) ∗ Potência num resistor Outras expressões usuais: Gv G i R vP 2 22 === . ∗ Observações Curto-circuito ⇔ resistência nula ⇔ tensão nula independente da corrente. Riv += v i ou Riv −= v i ivP ⋅= v i ivP ⋅−= v i Ora, Riv = . Então, 2RiiRiP =⋅= Ora, Riv −= . Então, 2)( RiiRiP =⋅−−= 0== Riv ; i∀ v 0=R 15 Circuito aberto ⇔ resistência infinita ⇔ corrente nula, independente da tensão. IV. Leis de Kirchhoff 1. Definições Nó: ponto de interconexão entre 2 ou mais elementos do circuito. Laço: caminho fechado passando apenas uma vez em cada nó e terminando no nó de partida. Malha: laço que não contém nenhum outro por dentro. Exemplo: 2. Lei de Kirchhoff para correntes (LCK) “A soma algébrica das correntes em qualquer nó de um circuito é sempre nula” ∑ = = N n ni 1 0 ⇔ Σ correntes entrando no nó = Σ correntes saindo do nó. 0== R vi ; v∀ v ∞=R R1 I E R2 R3 2 1 3 4 • 4 nós • 3 laços • 2 malhas 16 Convenção Corrente entrando no nó, atribuir sinal + Corrente saindo do nó, atribuir sinal - 3. Lei de Kirchhoff para tensões “A soma algébrica das tensões em qualquer laço de um circuito é sempre nula”. ∑ = = N n nv 1 0 Convenção Percorrer o caminho fechado no sentido horário, escrevendo a tensão com o primeiro sinal encontrado. Exemplo: E 1 R1 R2 R3 1RV 2RV 3RV 01 321 =−++− RRR VVVE 17 CAPÍTULO III CIRCUITOS RESISTIVOS 18 1. Resistores em série Associação série ⇔ mesma corrente em todos os elementos. 2. Resistores em paralelo Associação paralelo ⇔ todos os elementos sujeitos à mesma tensão. IRRR IRIRIR VVVV n n n )....( ...... ... 21 21 21 +++= +++= +++= IRV eq .= neq RRRR +++= ...21 1V 2V nV V 1R 2R nR ⇔ V eqR I I V 1R 2R nR ⇔ V eqR I I 1I 2I nI 19 Observação: IRV eq .= eq n n n R V RRR R V R V R V IIII 1 .1...11 ... ... 21 21 21 = ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ +++= +++= +++= neq neq GGGG ou RRRR +++= +++= ... 1...111 21 21 1R 2R 3R ⇔ 1R 2R 21 21. RR RR + 21 // RR 31 // RRou )//( 321 RRR + Å Ok! 20 3. Associação de fontes 3.1. Fontes de tensão em série 3.2. Fontes de Tensão em paralelo Fontes de tensão em paralelo só podem ser associadas se apresentarem o mesmo valor. 3.3. Fontes de corrente em série Fontes de corrente em série só podem ser associadas se apresentarem o mesmo valor. A2 A2 A2A4 1 V 2 V 3 V A B ⇔ 321 V V V + − B A V5 V5 V5V10 21 3.4. Fontes de corrente em paralelo 1I 2I 3I ⇔ 231 III −+ 4. Divisão de tensão De maneira geral iRV .11 = iRRV ).( 21 += ⇒ 21 1 1 . RR VRV +=21 2 1 . GG VGV += ou 1R 2R 1V 2V V i 21 1 2 . GG VGV += iRV .22 = nRRR VRV +++= ... . 21 1 1 1R 2R 1V 2V V i nR 22 5. O circuito divisor de corrente Mais geral ou 1R 2RI 1I 2I V 1 1 R VI = 2 2 R VI = e I RR RRV .. 21 21 += I RRR RRI . )( . 211 21 1 += e IRR RI . )( 21 1 2 += I GG GI . )( 21 2 2 +=IGG GI . )( 21 1 1 += ou 1 R 2RI 1 I 2I V nR I RR RRRI eq n . //...//// 1 32 1 += I GGG GI n . ...21 1 1 +++= 23 6. Transformação Δ→Υ ou Υ→Δ Resistência equivalente entre A e B ABR ACR BCR ABR BCRACR ⇔ A B C A C C B ABR ACRBCR B A BR AR A CR C B C BRAR A B CR C AR BR ⇔ A C B CR 24 BA BCACAB BCACAB RR RRR RRR +=++ + )( (1) Resistência equivalente entre B e C CB BCACAB ACABBC RR RRR RRR +=++ + )( (2) Resistência equivalente entre A e C CA BCACAB BCABAC RR RRR RRR +=++ + )( (3) Transformação Δ → Υ ACBCAB ACAB A RRR RRR ++= . ACBCAB BCAB B RRR RRR ++= . ACBCAB BCAC C RRR RRR ++= . Transformação Υ → Δ C CBCABA AB R RRRRRRR ... ++= B CBCABA AC R RRRRRRR ... ++= A CBCABA BC R RRRRRRR ... ++= ABR ACRBCR ARBR CR AB C 25 CAPÍTULO 4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE CIRCUITOS 26 Técnicas de Análise de Circuitos I. Definições Ramo: caminho que liga 2 nós. Circuito planar: circuito que pode ser desenhado no plano sem que dois ramos de cruzem. Exemplo: Circuitos planares 1 R 3 R 5 R 2 R 4 R 1 R 3 R 5 R 2 R 4 R Circuito não planar II. Método das tensões de nó (análise nodal) É baseada na Lei de Kirchhoff para correntes (LCK). Incógnitas são tensões. No de tensões incógnitas = No de nós – 1 . 27 Roteiro: a. Converter as resistências em condutâncias; b. Escolher o nó de referência, atribuindo-lhe tensão nula; c. Associar a cada nó (exceto o nó de referência, que tem tensão nula) uma tensão incógnita (tensão de nó); d. Aplicar a LCK em cada nó (exceto no nó de referência) considerando todas as correntes saindo do nó (por convenção); e. Resolver o sistema de equações. 1. Fontes do circuito: só fontes de corrente a. Só fontes de corrente independentes ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡=⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ − − 3 6 72 24 2 1 V V ... VV VV 1 2 2 1 = = Nó 1 0)(226 211 =−++− VVV Nó 2 035)(2 212 =−+− VVV ... 1V 2V Ω5,0 Ω2,0 Ω5,0 A6 A3− 0S2 S2 S5 ABV A BG ABV A BG i i ( )AB A Bi GV G V V= = − ( ) ( )AB A B B Ai GV G V V G V V= − = − − = − 28 b. Incluindo também fonte de corrente controlada 2. Fontes do circuito incluem fontes de tensão (dependentes ou independentes) a. Todas as fontes de tensão estão ligadas ao nó de referência Nó 1 1 1 26 2 2 2 ( ) 0i V V V− −+ + − = Nó 2 2 1 22( ) 5 2 3 0V V V i− + + − = i 25i V= − 0,5Ω Ω5,0 0,2Ω6A 3A− 2V1V i2 5S 2S 2S 1 2 1 21 2 4 8 6 4 8 6 2 3 3 2 3 3 V V V VV V + =⎧ ⎡ ⎤⎡ ⎤ ⎡ ⎤⇒ ⇔ =⎨ ⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥+ = − −⎣ ⎦ ⎣ ⎦⎣ ⎦⎩ ... 2 1 6 21 2 V V V V = −= Nó 2 2 1 2 31( ) 6 1( ) 0V V V V− − + − = Nó 3 3 2 3 41( ) 4 2( ) 0V V V V− − + − = 2 3 6 2 V V V V =⎧⇒ ⎨ =⎩ 1V 2V 3V S2S1S1 V2A4−A6V4 4V 1 4 4 2 V V V V =⎧⎨ = −⎩ Cada fonte de tensão ligada ao nó de referência diminui o número de tensões incógnitas em 1 unidade 29 b. Nem todas as fontes de tensão estão ligadas ao nó de referência Solução: considerar a fonte de tensão e os seus 2 nós como um único grande nó (supernó) ⇔ curtocircuitar nós 2 e 3. II. Método das correntes de malha (análise de malha) É baseada na Lei de Kirchhoff para Tensões (LTK). Incógnitas são correntes. No de incógnitas = No de correntes de malha . VV 101 = Nó 2 2 1 22( ) 4 1 0aV V V I− − + + = Nó 3 32 2 0aI V− + + = Problema: não se conhece a corrente aI na fonte de tensão 2 3 2 6 2 8 24 x x i V V V V i A P W =⎧⎪ =⎪⇒ ⎨ =⎪ =⎪⎩ 2 1 2 32( ) 4 1 2 2 0V V V V− − + + + = No supernó, 232 xiVV =− )(2 21 VVix −= ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡=⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ − 10 22 12 23 3 2 V V 1V 2V aI 2 xi S2 A2S1A4V10 xi S2 3V 30 Roteiro: a. Converter as condutâncias em resistências; b. Associar em cada malha uma corrente de malha no sentido horário; c. Aplicar a LTK em cada malha; d. Resolver o sistema de equações, obtendo o valor das correntes de malha. 1. Fontes do circuito: só fontes de tensão a. Só fontes de tensão independentes Correntes de ramo, em função das correntes de malha: 1 1 2 2 3 3 4 1 2 5 3 2 i I i I i I i I I i I I = = − = = − = − Correntes de malha: 1 2 3, ,I I I . 1I 2I 3I 1i 2i 3i 4i 5i 31 b. Incluindo também fontes de tensão controladas Malha 1 1 31 1 1 1 2 3 0 0R RV V V V R i R i− + + = ⇔ − + + = Malha 2 3 32 3 2 2 2 3 0 0R RV V V R i V R i+ − = ⇔ + − = Mas 1 1 1 1 1 2 1 2 2 2 2 3 2 2 2 2 3 1 2 ( ) 0 ( ) 0 i I V R I R I I i I V R I R I I i I I = ⎫ − + + − =⎧⎪= ⇒⎬ ⎨ + + − =⎩⎪= − ⎭ 1 2 2 1 1 2 2 3) 2 2 ( ) ( R R R I V R R R I V + −⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤⇒ =⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥− + −⎣ ⎦ ⎣ ⎦⎣ ⎦ ... Usando correntes de ramos, temos 3 incógnitas e 2 equações. 2 equações, 2 incógnitas 3 malhas⇒ 3 correntes incógnitas ⇒ 1 2 3 25 5 20 50 5 10 4 0 5 4 9 0 I I I − ⎡ ⎤⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥− − =⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎢ ⎥⎢ ⎥ ⎢ ⎥− −⎣ ⎦ ⎣ ⎦⎣ ⎦ ... 1 2 3 29,6 26 28 I A I A I A =⎧⎪ =⎨⎪ =⎩ 1I 2I 3i 1V 1i 2V 2i 3R1R 2R2RV 2R V 1R V 2 malhas⇒ 2 correntes incógnitas V50 Ω20 ϕi Ω4Ω5 Ω1 ϕi15 1I 3I 2I Malha 1: 1 2 1 350 5( ) 20( ) 0I I I I−− + − + = Malha 2: 2 2 3 2 11 4( ) 5( ) 0I I I I I+ − + − = Malha 3: 3 2 3 14( ) 15 20( ) 0I I i I Iϕ− + + − = 1 3i I Iϕ = − 32 2. Fontes no circuito: incluindo também fontes de corrente a. Cada uma das fontes de corrente pertence a uma única malha Calcular a potência na fonte de tensão: Malha 2: 2 2 1 1 2 3 22 2( ) 26 1 2( ) 0 4I I I I I I I A+ − − + + − = ⇒ = Potência na fonte de tensão: 1 226( ) 26(5 4) 26 P V I I I W = + ⋅ = − = = − = ⇒ Cada fonte de corrente que pertence a uma única malha diminui o número de incógnitas em 1 unidade. 3 malhas⇒ 3 incógnitas Do circuito, obtém-se imediatamente 1 5I A= e 3 2I A= − . 1I i V26 Ω2 Ω3 2I 3I Ω1 Ω2 33 b. Nem todas as fontes de corrente pertencem a uma única malha Calcular 1V : Existe uma fonte de corrente que pertence a uma única malha⇒ 2 incógnitas apenas. 1 4I A= Malha 2: 2 1 2 31 4( ) 0I v I I+ + − = Malha 3: 3 1 3 2 1 32( ) 4( ) 9 0I I I I v I− + − − + = Problema: não se conhece a tensão na fonte de corrente ( 1v não é incógnita principal do sistema). Solução: considerar a fonte de corrente como um circuito aberto e escrever a LKT na supermalha. 3 1 2 32( ) 1 9 0I I I I− + + = No interior da supermalha temos: 1 2 35V I I= − ora 1 1 32( )V I I= − Assim 2 184I A= e 3 16I A= − 3 malhas ⇒ 3 incógnitas supermalha 2I 1v Ω4 Ω1 Ω2 1V 1I A4 Ω9 3I 15V 34 IV. Análise nodal ou análise de malhas? a) Simplificar o circuito, b) determinar o número de equações necessárias utilizando a tabela abaixo. Análise Nodal Análise de Malha Incógnitas Tensões de nó Correntes de malha Número de incógnitas Número de nós –1 Número de malhas Critério para reduzir o número de incógnitas Fonte de tensão ligada ao nó de referência Fonte de corrente que pertence a uma única corrente de malha Caso especial Fonte de tensão não ligada ao nó de referência ⇒ aplicar conceito de supernó Fonte de corrente que pertence a duas correntes e malha ⇒ aplicar conceito de supermalha Obs.: o nó de referência tem que ser colocado de preferência no nó que tem o maior número de fontes de tensão (dependente ou independente) ligado nele. O método de análise mais adequado será aquele que leva a escrever o menor número de equações. 35 Exemplo 1 Determinar a potência na fonte de tensão controlada Ω300 Ω100 Ω250 Ω500 Ω400 V128V256 Ω200 i50 Ω150 i 36 Exemplo 2 Determinar 1V e 2V . Ω4 Ω6 Ω5,2 141,0 V A5,0 2V Ω5,7 Ω8 28,0 V Ω2 V193 1V 37 V. Transformações de fontes 1. Fonte real de tensão L s V LV V R I= − 2. Fonte real de corrente 1 L s L I I I V R = − Modelo Característica tensão-corrente sI LV b a LR LI IR fonte real fonte ideal de corrente LI LV VR sV LV b a LR LI fonte real fonte ideal de tensão LI LV Característica tensão-corrente Modelo 38 3. Equivalência de fontes Objetivo: transformar uma fonte real de tensão numa fonte real de corrente ou vice-versa. • Fonte de tensão Æ fonte de corrente VR sV LV b a LR ⇒ V s s R VI = b a LRVI RR = • Fonte de corrente Æ fonte de tensão VR sIs IRV = LV b a LR⇒sI b a LRIR Observações: • A equivalência deve valer para qualquer valor de IR . • A seta da fonte de corrente sempre aponta do - para + da fonte de tensão equivalente. b a1R 2R ⇔ b a 2R b a1R 2R ⇔ b a1R 39 VI. Deslocamento de fontes 1. Deslocamento de fonte ideal de corrente Nó 1: ia = I + i1 Nó 2: ib = I – i2 Nó 3: ic = i2 + i3 Nó 4: id = i4 – i3 Nó 5: ie = i4 – i5 Nó 6: if = i1 – i5 Nó 1: ia = I + i1 Nó 2: ib = I – i2 Nó 3: ic = i2 + i3 Nó 4: id = I-I+i4 – i3 Nó 5: ie = i4 – i5 Nó 6: if =I-I+ i1 – i5 As equações dos dois circuitos acima são iguais, portanto os dois circuitos são equivalentes. 40 2. Deslocamento de fonte ideal de tensão Vca = R1i1 + E Vda = R2i2 + E Vea = R3i3 + E Vca = R1i1 + E Vda = R2i2 + E Vea = R3i3 + E As equações dos dois circuitos acima são iguais, portanto os dois circuitos são equivalentes. 41 VII. Circuitos equivalentes de Thèvenin e Norton 1. Circuito equivalente de Thèvenin A. Objetivo Obtenção de circuito equivalente simples (fonte de tensão em série com um resistor)a partir de redes lineares quaisquer. LV LIa b ⇔ a b LV LI THV THR Onde THV é a tensão que aparece entra (a) e (b) com a carga desconectada. THR é a resistência equivalente vista dos terminais (a) e (b). B. Determinação de THV e THR : 1o método THV : desconectar a carga e determinar a tensão entre os terminais (a) e (b) CCi : curtocircuitar os terminais (a) e (b) e determinar a corrente de curto-circuito no sentido (a) Æ (b) CC TH TH i VR = C. Determinação de THR e THV : 2o método Objetivo: determinar os valores de THR e THV de tal forma que visto dos terminais (a) e (b) os dois circuitos abaixo são equivalentes. 42 a b ⇔ a b THV THR Rede linear Então se colocamos nos terminais (a) e (b) uma fonte de corrente de teste com valor TI nos dois circuitos, as tensões abV nos dois circuitos devem ser equivalentes. Comparando as equações (1) e (2) podemos deduzir que XRTH = YVTH = Observação: se a escolha da direção da corrente na fonte de teste é invertida, a b ⇔ a b THV THR Rede linear ABV TI ABV TI ab TV XI Y= + (1) ab TH T THV R I V= + (2) a b THV THR ABV TI a b ABV TIRedelinear ab TH T THV R I V= − + TH TH R X V Y = − = 43 D. Caso particular: circuito contendo apenas fontes independentes a b cargaR Rede linear • Determinação de THV : desconectar a carga e determinar a tensão vista dos terminais (a) e (b). • Determinação de THR : desconectar a carga e determinar a resistência equivalente vista dos terminais (a) e (b) com todas as fontes independentes em repouso. Fonte de tensão em repouso ⇔ 0=V (curto-circuito) Fonte de corrente em repouso ⇔ 0=I (circuito aberto). Exemplo: determinar o equivalente de Thèvenin que alimenta a carga LR . a b LRΩ6 Ω3 Ω7 V12 44 2. Circuito equivalente de Norton A. Objetivo Obtenção de circuito equivalente simples (fonte de corrente em paralelo com um resistor) a partir de redes lineares quaisquer. a b Rede linear LI LV ⇔ a b LV LI NI NR Onde: NI é a corrente que vai de (a) para (b) através de um curto-circuito; NR é a resistência equivalente vista dos terminais (a) e (b). B. Determinação de NR e NI : 1o método Idem primeiro do Thèvenin: CCN iI = CC TH N i VR = C. Determinação de NR e NI : 2o método De (1) e (2) ⇒ X RN 1= e YI N = a b Rede linear abI TV a b NI NR abI TV ab TI XV Y= + (1) 1ab T N N I V I R = + (2) 45 D. Caso particular: circuito contendo apenas fontes independentes Determinação de NR : idem a THR Determinação de NI : desconectar a carga, curto-circuitar (a) e (b) e determinar a corrente de curto-circuito que vai do terminal (a) ao terminal (b). E. Determinação de NR e NI : 3o método A partir do circuito equivalente de Thèvenin, fazer transformação de fontes. a b TH TH N R VI = NR LR a b LRTHV THR ⇒ VIII. Transferência máxima de potência Objetivo: obter a máxima potência possível de uma rede qualquer. LR Rede linear LR LI THV THR ⇒ Determinar LR de tal maneira que a potência dissipada nela seja máxima: 2 2 ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ +== LTH TH LLLR RR VRIRP L Maximizar LRP ⇔ 0= L R dR dP L ⇔ THL RR = 46 Então TH TH THTH TH THmáxR R V RR VRP L 4 22 , =⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ += Rendimento LTH L THL TH TH LTH TH L V R RR R RR VV RR VR P P TH L += +⋅ ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ +== 2 η Máxima transferência de potência não é necessariamente vantajosa. Ex: sistemas de potência 0,5 THR THR 2 4 TH TH V R LR LP LR η 47 IX. O princípio da superposição Circuito linear: se o circuito é alimentado por mais de uma fonte de energia, a resposta total é igual ao Σ das respostas a cada uma das fontes independentes em repouso. Observações: Fonte de tensão em repouso ⇔ 0=V (curto-circuito) Fonte de corrente em repouso ⇔ 0=I (circuito aberto). Fontes controladas não devem ser colocadas em repouso. Rede linear V I i Rede linear V i Rede linear I i Exemplo: obter XV por superposição. V2 Ω4 1I 12I Ω3 XVA3 48 CAPÍTULO V O AMPLIFICADOR OPERACIONAL 49 1. Introdução Amplificador operacional: circuito integrado composto por uma associação de transistores, capacitores, resistores etc... Funções: • Associado aos resistores pode desempenhar operação tais como adição, subtração, troca de sinal e multiplicação por um fator constante; • Associado aos capacitores e/ou indutores, realiza operações como integração e diferenciação; • Comparadores; • Osciladores. 2. Terminais do Amplificador Operacional Considerar o Amp. Op. como uma caixa preta cujos terminais são mostrados a seguir: 1 2 3 4 8 7 6 5 Entrada inversora – Entrada não inversora + VCC– VCC+ Saída ua 741 Símbolo + _ Entrada Não Inversora Entrada Inversora Saída Alimentação + _ Alimentação 50 3. Tensões e correntes nos terminais do Amp. Op. • Sentidos das correntes e polaridade das tensões no Amp. Op. + _ + _ _ + V+ V- + + _ _ Vcc Vcc pi oi ini −ci +ci oV pV nV • Regiões de operação do Amp. Op.: Vo = -Vcc se A(Vp - Vn) < -Vcc Vo = A(Vp - Vn) se -Vcc ≤ A(Vp - Vn) ≤ Vcc Vo = Vcc se A(Vp - Vn) > Vcc Curva de transferência de tensão do Amp. OP. O Amplificador operacional opera na região linear quando |Vp - Vn| < Vcc/A. Como A é um valor geralmente grande, então |Vp - Vn| deve ser pequeno. No caso ideal: Vp = Vn ⇒ A = ∞ resistência de entrada elevada ⇒ ip = in = 0 Saturação positiva Saturação negativa Re giã o l ine ar ccV ccV− oV A Vcc− A Vcc )( np VV − 51 De acordo com as leis de Kirschhoff para corrente: ip + in + io + ic- + ic+ = 0 i0 = - (ic+ + ic-) ora, ip = in = 0 Observações: o ip = In = 0 não significa que i0 = 0; o As tensões de alimentação não precisam ser simétricas. Ex.: V+ = 12V e V- = -8V Na região linear –8V ≤ Vo ≤ 12V Exemplo 1: 12V -12V 22k 220k 40k4,7k 1 2 Va Vb Vo o Supondo o Amplificador ideal. Calcule Vo para: a) Va = 3V e Vb = 2V; b) Va = 1,5V e Vb = 2,5V. c) para Vb = 4V, especifique o intervalo no qual deve ser mantida a tensão Va para que o amplificador não entre na região de saturação. 4. Modo de operação do amplificador operacional 4.1. Sem realimentação Este modo é denominado “operação em malha aberta”. Funciona sempre em modo saturação. Utilizado como circuito comparador. Ex. circuito de controle 52 ccV− ccV oVinV pV 4.2. Com realimentação positiva Realimentação significa que uma fração da tensão de saída é reinjetada numa das entradas. Na realimentação positiva o sinal de saída é reinjetado na entrada não inversora. Muito instável, utilizado em osciladores. Ex. geradores de sinais.gV oV ccV ccV− 4.3. Realimentação negativa Este tipo é o mais importante meio de realimentação, pois estabiliza o sinal e tende a aproximar as características do amplificador ideal. 5. O circuito amplificador-inversor Hipótese: Amp. op. ideal Amp. op. operando na região linear Objetivo: Vo = f(Vs) 1 ccV ccV− sR sV nV pV o V fR si fi 53 No nó 1 temos terra virtual, pois Vn = Vp. Ora, Vp = terra ⇒ Vn = terra. No nó 1: is + if = 0 ⇔ 0=−+− f no s ns R VV R VV Como o Amp. op. é ideal Vn = Vp, ip = in = 0 Ora, Vp = 0 ⇒ Vn =0 Logo s s f o VR R V −= ; a tensão de saída é uma reprodução invertida do sinal de entrada, multiplicada por uma constante ⇒ amp. inversor. 6. O circuito amplificador-somador Hipótese: Amp. op. ideal ⇒ Vn = Vp; ip = in = 0 Amp. op. operando na região linear ccV ccV− oV aV bV cV aR bR cR 1 fR ai bi ci fi ni ia + ib + ic + if = in = 0 0=−+−+−+− f no c nc b nb a na R VV R VV R VV R VV ⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ++−= c c f b b f a a f o VR R V R R V R R V ⇒ tensão de saída = - (soma das tensões de entrada multiplicada por um fator de escala). Se Ra = Rb = Rc = Rf ⇒ Vo = - (Va + Vb + Vc). Ex. misturador de áudio. 54 7. O circuito amplificador não inversor Vn = Vp ip = in 0 fs os n RR VR V += ora, Vn = Vp = Vg fs os g RR VR V += ⇒ g s fs o VR RR V += A tensão de saída é uma reprodução do sinal de entrada, multiplicada por uma constante. 8. O circuito amplificador diferença aR cR bR oV ccV ccV− dRa V bV nV pV 1 2 No nó 1: 0=+−+− n b on a an i R VV R VV No amplificador operacional ideal in=0 =ip e Vn=Vp dc bd pn RR VR VV +== gV sR gR fR oV ccV ccV− 55 ( )( ) aa b b dca bad o VR R V RRR RRR V −+ += se d c b a R R R R = ⇒ ( )ab a b o VVR R V −= ⇒ a tensão de saída é proporcional à diferença entre as tensões de entrada. Uma característica importante de uma conexão de circuito diferencial é sua capacidade de amplificar consideravelmente sinais opostos nas duas entradas, enquanto amplifica suavemente sinais comuns a ambas as entradas. Vamos escrever as tensões de entrada em função de duas outras tensões chamadas de tensão do modo diferencial e de tensão do modo comum: Vdm = Vb – Va (tensão de modo diferencial) Vcm = ½ (Va + Vb) (tensão de modo comum) Então Va = Vmc – ½ Vmd Vb = Vmc + ½ Vmd aR cR bR oV ccV ccV− dR mcV 2 mdV 2 mdV ( ) ( ) ( ) ( ) mddca dcbbad mc dca cbad o VRRR RRRRRR V RRR RRRR V ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ + ++++⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ + −= 2 56 Vo = Amc Vmc + Amd Vmd ganho de ganho de modo modo comum diferencial Fator de rejeição de modo comum é um parâmetro usado para indicar até que ponto um amplificador diferença se aproxima de um amplificador ideal. CMRR = mc md A A ⇒ quanto maior CMRR, melhor o Amp. op. No Amp. op. ideal Amc = 0 e Amd elevado. 9. Modelo mais realista para o amplificador operacional No Amp. Op não ideal, a resistência de entrada Ri é de valor finito, o ganho A é de valor finito e a resistência de saída R0 ≠ 0. Assim o circuito equivalente do Amp. Op. mais realista é apresentado abaixo. iR oR ni oV pi oi ( )np VVA −p V nV Exemplo: Determinar Vo = f(parâmetros do circuito) Amplificador não ideal 57 sV sR fR oV ccV ccV− nó 1: i n f no s ns R V R VV R VV =−+− ( ) 0=−+−− f no o npo R VV R VVAV ora Vp = 0 então ( ) s f o i s i o f s fo V R R R R R RA R R RRA V +⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ++⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ ++ +−= 11 0 Obs.: Ro = 0 Ri → ∞ Amp. op. ideal A → ∞ ⇒ s s f o VR R V −= 58 CAPÍTULO VI INDUTORES E CAPACITORES 59 Indutores e Capacitores Estudo de 2 novos elementos: indutor e capacitor (elementos capazes de armazenar energia). I. O Indutor 1. Características do indutor Basicamente o Indutor é um dispositivo de 2 terminais composto de um fio condutor, enrolado em espiral. O comportamento dos indutores se baseia em fenômenos associados a campos magnéticos. A aplicação de uma corrente variável no indutor produz um campo magnético variável no seu redor. Um campo magnético variável induz uma tensão nos terminais do indutor e essa tensão é proporcional à taxa de variação de corrente que o atravessa. Matematicamente: div L dt = Tensão em Volts Indutância em Henry [H] Corrente [A] Tempo [s] Li dv dt Φ = ⎫⎪ ⇒⎬Φ= ⎪⎭ Fluxo magnético concatenado Lei de Faraday { )(tv )(ti 60 )(tv )(ti L dt tdi Ltv )( )( = )(tv )(ti L dt tdi Ltv )( )( −= Observações: Quando a corrente é constante, a tensão entre os terminais de um indutor ideal é nula . Assim, o indutor se comporta como um curto- circuito para corrente contínua. A corrente que atravessa um indutor não pode variar instantaneamente, ou seja, existe inércia de corrente no indutor. Se a corrente variar bruscamente é porque há tensão infinita (imposta por um circuito externo) entre os terminais do indutor. O conceito de impulso é utilizado para modelar matematicamente este fenômeno. Neste caso temos um impulso de tensão nos terminais do indutor. 2. Corrente em um indutor em função da tensão entre os terminais do indutor: 0 0) 0 0 0 ( ) ( 0 0 ( ) 1( ) ( ) ( ) 1 1( ) ( ) 1 1( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) i tt t t i t t t t t t di tv t L di t v t dt dt L di t di v t dt L L i t i t v t dt i t i t v t dt L L = ⇔ = ⇒ = = ⇒ − = ⇒ = + ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ 3. Potência e energia nos indutores: 61 0 0 0 0 0 ( ) ( ) ( )2 0 ( ) ( ) ( ) 2 2 0 0 ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) 1( ) ( ) 2 1( ) ( ) ( ) ( ) 2 t t t t W t i t i t i t W t i t di tp t v t i t Li t dt dW tp t dW t p t dt dt di t di tdW t Li t dt dW t L i t dt dt dt dW L idi W t W t L i W t W t L i t i t ⎧ = ⋅ =⎪⎪⎨⎪ = ⇒ =⎪⎩ ⇒ = ⇒ = ⎡ ⎤⇒ = ⇒ − = ⎣ ⎦ ⎡ ⎤⇒ − = −⎣ ⎦ ∫ ∫ ∫ ∫ Se 0( ) 0i t = , e 0( ) 0W t = , então 21( ) 2W t Li= . II. O Capacitor O capacitor é um dispositivo de 2 terminais composto por 2 placas condutoras separadas por um isolante. O comportamento do capacitor se baseia em fenômenos associados ao campo elétrico. Os campos elétricos são produzidos por uma separação de cargas elétricas, ou seja, por tensão. Então a carga é proporcional à diferença de potencial e podemos escrever que q = C v. Ora sabemos que i = dq/dt. Assim a relação tensão- corrente no capacitor pode ser escrita da seguinte forma: dvi C dt = Corrente [A] Tensão [V] Capacitância, em Farads [F] vΔ 62 Observações: Quando a tensão é constante, a corrente em um capacitor ideal é nula, ou seja, o capacitor se comporta como um circuito aberto para corrente contínua. A tensão nos terminais de um capacitor não pode variar instantaneamente: Existe inércia de tensão no capacitor. Se a tensão variar bruscamente, é porque há corrente infinita (imposta por um circuito externo) passando pelo capacitor. O conceito de impulso é utilizado para modelar matematicamente este fenômeno. Neste caso temos um impulso de corrente passando pelo capacitor. 2. Relações integrais para o capacitor 0 0 0 0 0 ( ) 0 ( ) ( ) 1( ) ( ) ( ) 1 1( ) ( ) ( ) ( ) t t t t v t t t v t t t dv ti t C dv t i t dt dt C dv i t dt v t v t i t dt C C = ⇒ = ⇒ = ⇒ = + ∫ ∫ ∫ ∫ ∫ 3. Potência e energia nos capacitores 0 0 0 0 ( ) ( ) ( ) ( ) 2 2 0 0 ( )( ) ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) 1( ) ( ) ( ) ( ) 2 W t v tt t t t W t v t dv tp t v t i t v t C dt dW tp t dW t p t dt dt dv tdW t C v t dW C vdv dt W t W t C v t v t ⎧ = ⋅ =⎪⎪⎨⎪ = ⇒ =⎪⎩ ⇒ = ⇒ = ⎡ ⎤⇒ = + −⎣ ⎦ ∫ ∫ ∫ ∫ Se 0( ) 0W t = e 0( ) 0v t = , 21( ) ( )2W t Cv t= 63 1 2 1 2 1 2 ( ) ( ) ( ) ... ( ) ( ) ( ) ( )... ( ) ... n n eq eq n v t v t v t v t di t di t di tL L L dt dt dt di tL dt L L L L = + + + = + + + = ∴ = + + + Os indutores em série se associam como resistores em série. III. Associações de indutores e capacitores em série e em paralelo 1. Associações de indutores A. Indutores em série B. Indutores em paralelo nL2L1L )(1 ti )(2 ti )(tin )(ti )(tv ⇔ eqL )(ti )(tv )(1 tv )(2 tv )(tvn)(tv c )(ti )(tv )(ti 1L 2L nL eqL 64 0 0 0 0 0 1 2 1 0 2 0 0 1 2 1 0 2 0 0 1 2 ( ) 1 ( ) ( ) ( ) ... ( ) 1 1 1( ) ( ) ( ) ( ) ... ( ) ( ) 1 1 1( ) ... ( ) ( ) ( ) ... ( ) eq n t t t n nt t t t n n t i t L i t i t i t i t v t dt i t v t dt i t v t dt i t L L L i t v t dt i t i t i t L L L = + + + = + + + + + + ⎛ ⎞⇒ = + + + ⋅ + + + +⎜ ⎟⎝ ⎠ ∫ ∫ ∫ ∫ 14444244443 144424443 neq LLLL 1...111 21 +++= Os indutores em paralelo se associam como resistores em paralelo. Para 2 indutores, 21 21 LL LLLeq += . 2. Associações de capacitores A. Capacitores em paralelo nC2C1C )(1 ti )(2 ti )(tin )(ti )(tv eqC )(ti )(tv c dt tdvC dt tdvCCC dt tdvC dt tdvC dt tdvC titititi eq n n n )( )()...( )(...)()( )(...)()()( 21 21 21 = =+++= =+++ =+++= neq CCCC +++= ...21 Os capacitores em paralelo se associam como condutâncias em paralelo. 65 B. Capacitores em série )(1 tv )(2 tv )(tvn)(tv )(ti )(tv )(ti1C 2C eqCnC ⇔ 4444 34444 21 444 3444 21 )( 00201 1 21 002 2 01 1 21 00 0 00 )(...)()()(1...11 )()(1...)()(1)()(1 )(...)()()( tv n t t C n t t t t n n t t n tvtvtvdtti CCC tvdtti C tvdtti C tvdtti C tvtvtvtv eq ++++⎟⎟⎠ ⎞ ⎜⎜⎝ ⎛ +++= =++++++= =+++= ∫ ∫ ∫∫ neq CCCC 1...111 21 +++= . Os capacitores em série se associam como condutâncias em série. 66 IV. Dualidade Definição: dois circuitos são duais se a equação de malhas que caracteriza um deles tem a mesma forma matemática que a equação nodal que caracteriza o outro. Grandeza Dual Tensão Corrente Carga Fluxo Resistência Condutância Indutância Capacitância Curto-circuito Circuito aberto Impedância admitância Nó (não-referência) Malha Nó de referência Malha externa (laço) Ramo de árvore Ramo de ligação Série Paralelo LKT LKC Exemplo: Determinação de um circuito dual utilizando a tabela acima Capacitor dt dvCi = Indutor dt diLv = ⎭⎬ ⎫ ↔ ↔ LC vi Grandezas duais 67 V. Resposta natural de um circuito RL O circuito estava operando em regime permanente quando em 0=t a chave passa da posição A para a posição B. Determine )(til para ≥t 0. HL R R R VE 5 4 20 30 100 3 2 1 = Ω= Ω= Ω= = c 1R C 2RLV I 1G 2G C L 1. Colocar um nó em cada malha + um nó de referência 2. Aplicar as regras de dualidade E 1R 0t = A B 2R 3R L 1R 2R 3R Li ⇔ 1R 2R 3R Li 1 E R eqR t<0 (antes do chaveamento): regime permanente 68 3 3 3 3 3 3 3 ( ) ( ) 0 ( ) ( ) 0 ( ) ( ) ( ) ( ) ln( ( )) ( ) ( ) L R L L L L L L R t kL L R tk L L V t V t di tL R i t dt R Rdi t di tdt dt i t L i t L Ri t t k i t e e L K e i t Ke − − + = + = = − ⇒ = − ⇒ = − + ⇒ = ⋅ ⇒ = ∫ ∫ � K depende das condições iniciais: 0(0 )Li Ke K + = = Como há inércia de corrente no indutor, (0 ) (0 ) 2,5L Li i A K − += = = 4 5( ) 2,5 t Li t e −⇒ = 1 3 2,5 (0 ) 2,5 eq L eq L ER Ri A R R i A− ⋅ = =+ = t= 0+ ( logo depois do chaveamento) E 1R 2R 3R L ⇔ 3R L ( )LV t ( )Li t 3 ( )RV t 69 Calcular L di dt em 0t += e 0t −= : a) utilizando as expressões da corrente em t = 0- e em t = 0+ 0,8 0,8 0 0 (0 ) 2,5 0,8 2,5 2 / (0 ) 0 t t L t t L ddi e e A s dt di dt + − − = = − ⎡ ⎤ ⎡ ⎤= = − ⋅ = −⎣ ⎦ ⎣ ⎦ = b) Utilizando o circuito logo depois do chaveamento (0 ) (0 ) 4 2,5(0 ) (0 ) 2 / 5 L L L L di div L v A s dt dt + ++ + − ⋅= ⇒ = = = − Calcular 3 0 ( )R t dV t dt += : 3 3 3 0,8 3 0 ( ) (0 ) (0 ) 4 ( 0,8) 2,5 8 / R L R tL t V R i t dV diR e V s dt dt + + − = = ⇒ = = ⋅ − ⋅ = − ( )t s ( )( )Li t Ampères 2,5 0 70 CAPÍTULO VII ANÁLISE DE CIRCUITOS SENOIDAIS 71 1. Fontes senoidais. Fontes de tensão (corrente) senoidal produzem uma tensão (corrente) que varia com o tempo. wtIti p sen)( = wtVtv p cos)( = obs.: • A função senoidal é uma função periódica isto é ela se repete em intervalos regulares. • Um ciclo da função é um trecho que começa em uma certa amplitude e termina na mesma amplitude. • O tempo necessário para percorrer um ciclo é chamado período. • A freqüência é o número de ciclo por segundo ][1 Hz T f = ou ciclo/s. • Freqüência angular ]/[22 srad T wwt ππ =→= • Função cosseno defasado )cos()( ϕ+= wtAtf Onde ϕ é o ângulo de fase da função cosenoidal e é geralmente apresentado em graus. Ex.: )302cos(20)( o+= ttv ) 180 .301.2cos(20)1( π+=v rad/s Transformação para radianos 0 1.5708 3.1416 4.7124 6.2832 7.854 9.4248 -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 wt v(t) Vp x rad0 1.5708 3.1459 6.28324.7124 6.2832 7.854 9.4248 -1 -0.8 -0.6 -0.4 -0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 wt i(t) 1 ciclo Ip x rad 72 • Para determinar a defasagem entre 2 funções senoidais. Seja )cos()( 11 α+= wtVtv p e )cos()( 22 β+= wtVtv p então,)(1 tv está adiantado de βα − em relação à )(2 tv Ex.: 1( ) 100 (7 30 )v t sen t= − o )107cos(40)(2 o+= ttv )1207cos(100)90307cos(100)(1 ooo −=−−= tttv )1007sen(40)10907cos(40)(2 ooo +=++= tttv )(1 tv está adiantada de ooo 13010030 −=−− em relação à )(2 tv . ou )(1 tv está atrasada de o130+ em relação à )(2 tv . 2. Respostas senoidais )()(cos tvtVwtV LRp += Obter uma resposta em Regime Permanente senoidal corresponde a obter a solução particular da equação diferencial (1). A solução particular da equação diferencial tem a mesma forma que a fonte de excitação, então vamos supor que ( ) cos( )pi t I wt ϕ= + . Objetivo: determinar pI e ϕ . RV wtV p cos LV )(ti LR Hipótese: circuito está em regime permanente dt tdiLtiRwtVp )()(.cos += (1) 73 )sen()()cos(.cos ϕϕ +−++= wtIwLwtIRwtV ppp ora o ABBABA cos.sencos.sen)sen( ±=± o BABABA sen.sencos.cos)cos( ±=± ]cos.sencos.[sen]sen.sencos.[cos.cos wtwtLwIwtwtIRwtV ppp ϕϕϕϕ +−−= wtwLIRIwtLwIRI pppp sen].cos.sen.[cos].sen.cos.[ ϕϕϕϕ −−+−= Por identificação de variável ppp VwLIRI =− ϕϕ sencos (2) 0cossen =−− ϕϕ pp wLIRI (3) fazendo as eqs. (2)2 + (3)2, temos: 22222 )( ppp VIwLIR =+ ⇒ 22 )(LwR V I pp += e da eq. 3 temos, ϕϕ cossen pp wLIRI −= ⇒ R wLarctg−=ϕ portanto, )cos(. )( )( 22 R wLarctgwt LwR V ti p −+= podemos constatar que a corrente está atrasada de ϕ em relação à tensão. 3. Fasores. Definição: Fasor é um número complexo que representa uma tensão ou uma corrente alternada, cuja parte real representa uma grandeza co-senoidal em t=0. O conceito fasor é baseado na identidade de Euler: θθθ sencos je j ±=± 74 A transformada fasorial de uma tensão senoidal é feita da seguinte forma: { } { } { }jwtjp jwtjwt p wtj p p eeVe eeeV eeV wtVv ϕ ϕ ϕ ℜ= ℜ= ℜ= += + )( )cos( ⇒ Transformada fasorial transfere a função senoidal do domínio do tempo para o domínio da freqüência. Ex.: )502cos(100)(1 += ttv [V] o& 63202 −∠=V [V] 501001 ∠=V& [V] )63cos(20)(2 o−= wttv [V] 4. Excitação Complexa v(t) rede linear i(t) )cos()(1 vp wtVtv θ+= ⇒ )cos()(1 ip wtIti θ+= )sen()(2 vp wtjVtv θ+= ⇒ )sen()(2 ip wtjIti θ+= Utilizando o conceito de superposição [ ] )(21 )sen()cos()()()( vwtjpvvp eVwtjwtVtvtvtv θθθ +=+++=+= Fasor tensão ϕϕϕϕ sinjVVVeVV pppjp +=∠== cos& Forma retangular Forma polar 75 ⇒ [ ] )(21 )sen()cos()()()( iwtjpiip eIwtjwtItititi θθθ +=+++=+= rede linear )( vwtj peV θ+ )( iwtj peI θ+ Fator jwte aparece em todos os termos, o mesmo pode então ser suprimido ficando subentendido. Assim o circuito no domínio da freqüência é: rede linear vj peV θ ij peI θ 5. Elementos passivos no domínio da freqüência 5.1) Para o resistor. )(tv )(ti R Aplicando a Lei de Ohm )(.)( tiRtv = ⇒ )()( . iv wtjpwtjp eIReV θθ ++ = Utilizando uma excitação complexa do tipo )()( vwtjpeVtv θ+= teremos uma corrente do tipo )()( iwtjpeIti θ+= 76 iv jp j p eIReV θθ .= ⇒ no domínio da freqüência: IRV && .= O circuito no domínio da freqüência é V& I& R 5.2) Para o indutor )(tv )(ti L No indutor, a corrente esta atrasada de 90° em relação à tensão. 5.3) Para o capacitor Tensão e corrente em fase dt tdiLtv )()( = )()( iv wtj p wtj p eIdt dLeV θθ ++ = )( iwtjpejLwI θ+= iv j p j p eIjLweV θθ .= o&&& 90.. ∠== ILwIjLwV V& I& jLw dt tdvCti )()( = )()()( ][ vvi wtjp wtj p wtj p ejCwVeVdt dCeI θθθ +++ ==)(tv )(ti C 77 VjCwI && = I jwC V && 1= o && 90−∠= Cw IV No capacitor, a corrente está adiantada de 90° em relação à tensão. Exemplo: Determinar i(t) em regime permanente. wtV p cos )(ti LR No domínio da freqüência: vj p j p ejCwVeI i θθ = V& I& jCw 1 o0∠pV I& jLwR R LwarctgwLR V jwLR V I pp ∠+ ∠=+ ∠= 22 )( 00 oo& 22 )( 0 wLR R LwarctgV I p + −∠∠ = o & )cos( )( )( 22 R Lwarctgwt LwR V ti p −+= 78 Ω 6. Impedância ( Z ) e admitância (Y ) a) Impedância( Z ) É a razão entre o fasor tensão e o fasor corrente. (Ω) { } { } reatânciaBZm aresistênciAZe ==Ι ==ℜ As impedâncias se associam da mesma forma que as resistências. Série neq ZZZZ +++= ...21 Paralelo neq ZZZZ 1...111 21 +++= b) Admitância (Y ) É a razão entre o fasor corrente e o fasor tensão em um elemento. ( S ou ) I VZ & &= V& I& Z Z é um número complexo mas não é um fasor jBAZZ +=∠= θ V IY & &= VYI && = ZY 1= jBGYY y +=∠= θ Condutância Susceptância V& I& Y 79 Admitâncias se associam da mesma forma que as capacitâncias. Série neq YYYY 1...111 21 +++= Paralelo neq YYYY +++= ...21 Observação: jbaZ += 22 11 ba jbaBjG jbaZ Y + −=+=+== aG ≠ 22 ba aG += bB ≠ 22 ba bB += 7. Análise de circuitos alimentados por fontes senoidais. Determinar o circuito equivalente no domínio da freqüência do circuito estudado. 7.1) Análise nodal Mesmo procedimento que no capítulo 4. 7.2) Análise de malha Idem capitulo 4. 7.3) Transformação de fontes Ver capítulo 4. 7.4) Teorema de Thèvenin ou Norton obs.: fonte teste = fonte de amplitude TI e fase 0. o& 0∠= TT II 7.5) Superposição 80 )30 10cos(10 o+ t )(tvR Ω20 Ω5 H2 V15 )60 20sen(20 o+ t sradw /10= sradw /0= sradw /20= o& 3010 )20//20(5 5 1 ∠+= jV VV o& 69,377,21 −∠= ′ 1V& Ω20 Ω5 V15 ″ 1V& Ω20 Ω40j o6020∠ o3010∠ 1V& Ω20 Ω5 Ω20j VV 151 −=′& o& 6020 )40//5(20 40//5 1 ∠+ −=″ j jV 81 ″+′+≠ 111 VVVVR &&&& pois não estão na mesma freqüência. VtttvR )7,6520sen(98,315)69,310cos(77,2)( oo −−−−= 8. Diagramas fasoriais São representações no plano complexo de todos os fasores de tensão e de corrente que aparecem num circuito. Elas permitem visualizar a defasagem entre os fasores tensões e correntes.Regra para construção dos diagramas: • No resistor a corrente está em fase com a tensão. • • No indutor a corrente está atrasada de 90° em relação a V. • • No capacitor a corrente está adiantada de 90° em relação a V. Exemplo 1: LI CI RI mH2,0 RFμ8000I V& sradw /5000= o L C RI I I I= + +& & & & Use um ou mais diagramas fasoriais para determinar R para que a corrente no resistor RI fique atrasada de 45° em relação à corrente da fonte 0I . 82 CI& SI& LI& LC II && + R VI PR =& V & pV3 45 o45 P P V R V tg 3 45 =o ⇒ R VV PP =3 ⇒ Ω= 333.0R o o&& 90 102,05000 0 3 −∠=×× ∠== − pp L L Vj V Z VI o&& 904 ∠== p C C VZ VI R V I pR o & 0∠= 83 Exemplo 2: No circuito abaixo, o amperímetro indica 5 A. Adotando o fasor V& como referência, desenhar o diagrama fasorial e determinar SV& . A Ω5 Ω10 Ω4jSV& I& 1I& 2I& XV& V& VIjV 20544 2 =×=×= && A V I 2 10 20 101 === & & AI 52 =& 21 III &&& += 39,525 22 2 2 2 1 =+=+= III &&& o & & 2.68 2 5 1 2 −=−== arctg I I arctgiθ 93,2639,555 =×== IVX && VVV XS &&& += Componente horizontal de VVVV iXS 30)2,68cos(93,2620cos =−+=+= o&&& θ Componente vertical de VVV iXS 25)2,68sen(93,26sen −=−== o&& θ VVS 05,39)25(30 22 =−+=& o8,39 30 25 −=−= arctg SVθ ][8,3905,39 VVS o& −∠= 84 CAPÍTULO VIII POTÊNCIA EM CIRCUITOS SENOIDAIS 85 1. Potência instantânea ( ) ( ) ( )p t v t i t= 2. Potência média 0 0 1 ( ) t T t P p t dt T + = ∫ 3. Valores eficazes de corrente e tensão Método para comparar a potência média dissipada num resistor alimentada por forma de onda diferente. 0I R ( ) cos( )pI t I tω ϕ= + R 21 0P R I= P2 = P1 se ( ) cos( )pi t I tω ϕ= + 0 2pI I= Verificação: Potência no resistor alimentado por CC rede linear ( )i t ( )v t ( )p t T ( )t s0t 86 2 1 0P R I= Potência no resistor alimentado por CA [ ] 2 2 2 2 2 1( ) ( ) cos ( ) cos (1 cos 2 ) 2 1 cos2( ) 2 p p p t Ri t R I t ora A A R I t ω ϕ ω ϕ = = + = + = + + 1 2P P= ⇔ 2 2 0 2 pR IR I = 0 0 22 p p I I I I= → = Conclusão: Uma senoide com amplitude de pico igual a pI dissipa a mesma potência que uma corrente constante de valor 2 pI sobre um resistor. Método genérico para determinar o valor eficaz de uma grandeza 0 0 0 0 2 2 2 2 1 ( ) 2 1 ( ) t Tp rms t t T rms t I P R R I R i t dt T I i t dt T + + ⎛ ⎞= = =⎜ ⎟⎝ ⎠ = ∫ ∫ Obs.: para senoide 2 p rms I I = , 2 p rms V V = 87 4. Potência em elementos passivos 4.1. Caso geral (impedância qualquer) v iϕ θ θ= − ( ) cospv t V tω= 0p p p V VVI I Z ZZ φ φϕ ° ° = = = − = − ( ) cos( )pi t I tω ϕ= − ( ) ( ) ( ) cos( ) cos( )p pp t v t i t V t I tω ω ϕ= = − 1 1( ) cos( ) cos(2 ) 2 2p p p t V I t t tω ω ϕ ω ϕ⎡ ⎤= − + + −⎢ ⎥⎣ ⎦ ,ora [ ]1cos cos cos( ) cos( ) 2 A B A B A B= − + + 1 1( ) cos( ) cos(2 ) 2 2p p p p p t V I V I tϕ ω ϕ= + − ( ) cos( ) cos(2 )rms rms rms rmsp t V I V I tϕ ω ϕ= + − ,ora cos( ) cos cos sin sinA B A B A B− = + [ ]( ) cos( ) cos(2 )cos( ) sin(2 )sin( )rms rms rms rmsp t V I V I t tϕ ω ϕ ω ϕ= + + [ ]( ) cos( ) 1 cos(2 ) sin( )sin(2 )rms rms rms rmsp t V I t V I tϕ ω ϕ ω= + + ������������������������������������ potência instantânea na potência instantânea na parte resistiva de Z parte reativa de Z • Potência média: 0 1 ( ) cos( ) T rms rmsP p t dt V IT ϕ= =∫ , [ W ] V ο I ο Z Z φ= 88 • Potência reativa: Valor de pico da potência instantânea da parte reativa. sin( )rms rmsQ V I ϕ= 4.2. Circuito resistivo Tensão e corrente em fase. 0v iθ θ ϕ= ⇒ = . [ ]( ) 1 cos(2 )rms rmsp t V I tω= + [ ] 0 1 1 cos(2 ) T R rms rmsP V I t dtT ω= +∫ 2 2 rms R rms rms rms VP V I R I R = = = 0RQ = 4.3. Circuito exclusivamente indutivo 0 90 90v iθ θ ϕ= = − ° ⇒ = ° ( ) sin(2 )rms rmsp t V I tω= 0LP = 2 2 rms L rms rms L rms L VQ V I X I X = = = 4.4 Circuito exclusivamente capacitivo 0 90 90v iθ θ ϕ= = ° ⇒ = − ° ( ) sin(2 )rms rmsp t V I tω= − 0CP = 2 2 rms C rms rms C rms C VQ V I X I X = − = − = − 89 5. Potência aparente e fator de potência a) Potência aparente: rms rmsS V I= , [VA] potência desenvolvida pela fonte. b) Fator de potência: Fator de potência: coseno do ângulo da carga, ou coseno da defasagem entre a tensão e a corrente. cos( ) cos( )p v iF ϕ θ θ= = − [adimensional] Como a função coseno é uma função par, cos( ) cos( )v i i vθ θ θ θ− = − . Acrescenta-se “atrasado” ou “indutivo” se a corrente da carga é atrasada em relação à tensão nos seus terminais, e “adiantado” ou “capacitivo” se a corrente da carga é adiantada em relação à tensão. • Fluxo da potência num circuito: F o n t e R L C Carga • Relações adicionais: cos( )P S ϕ= sin( )Q S ϕ= 2 2S P Q= + tan( ) Q P ϕ = 90 6. Potência complexa v iφ θ θ= − cos( ) cos( )rms rms rms rms v iP V I V Iφ θ θ= = − { }cos( ) sin( )rms rms v i rms rms v iP V I jV Iθ θ θ θ= ℜ − + − { }( )v ijrms rmsP V I e θ θ−= ℜ { }v ij jrms rmsP V e I eθ θ−= ℜ { }*P V I° °= ℜ { }P S= ℜ Definindo a potência complexa * S V I S φ° °= = Portanto { }P S= ℜ { }ImQ S S P jQ= = + S S= cos( )pF φ= rms iI I θ ° = rmsV V vθ ° = Z Z φ= 91 • Conservação da potência complexa: * S V I ° °= ( )* *1 2S V I I° ° °= + * * 1 2S V I V I ° ° ° °= + 1 2S S S= + ⇒ Não importa como os elementos estão conectados entre eles, para determinar a potência complexa desenvolvida pela fonte, basta somar todas as potências complexas de cada elemento. • Triângulos de potência (interpretação geométrica da potência complexa): 0ϕ > → carga indutiva • Relações adicionais: V Z I ° °= 2 * * 2 rms rms I S V I Z I I S Z I Y ° ° ° °= = ⇒ = = * 2 * 2 * * rms rms VVV S Y V Z Z ° °= ⇒ = = I ° V ° 1I ° 2I ° S P Q ϕ 92 7. Correção do fator de potência Objetivo: Minimizar a troca de energia reativa entre a fonte e a carga, sem alterar a energia útil absorvida pela carga. S P Q ϕ 'ϕ Q' S' Exemplo: Uma carga de 500 kVA com fator de potência igual a 0,6 atrasado, é alimentado sob uma tensão de 13,8 kVrms. f = 60 Hz a) Determinar a corrente da carga b) Deseja-se corrigir o fator de potência para 0,9 atrasado, através da ligação de capacitores em paralelo com a carga. Determine o valor da capacitância requerida. c) Calcular a nova corrente da carga. Solução: a) 3 3 500 10 36,2 13,8 10 rms SI AV ×= = =× b) 31 500 10 53,13 cos( ) 0,6 53,13S VA ϕ ϕ° = × ° = ⇒ = ° 300 400k j k= + 300P kW= ' cos(0,9) 25,84Q arc= = ° 400Q kVAR= ' 333,33 cos( ') PS kVAϕ= = ' 'sin( ') 145,3Q S kVARϕ= = S P Q ϕ 'ϕ Q' S' 93 Potência reativa do capacitor: ' 254,7CQ Q Q kVAR= − = − Potência complexa no capacitor: * CC CS V I P ° ° °= = 0C CjQ+ V ° C * CC CV I jQ ° ° = * 2 * * C C C C C CC VVV jQ jQ ZZ ° ° = ⇒ = *1 1 C CZ Zjc jcω ω= ⇒ = − 22 C C QC f Vπ= − 3 3 254,7 10 3,55 2 60 13,8 10 C Fμπ ×= − =× × − × c) 3 3 ' 333,33 10' 24,15 13,8 10 SI A V ×= = =× 94 8. Transferência máxima de potência Objetivo: obter LZ de modo que a potência ativa na carga seja máxima. SV ° L L LZ R jX= + S S SZ R jX= + A B 8.1 Carga puramente resistiva → L LZ R= SV ° LR SZ LI ° S SL S S LS L V VI R jX RZ R ° ° ° = = + ++ 2 2( ) S L S L S V I R R X = + + Potência na carga: 2 2 2 2( ) L S L L L S L S R VP R I R R X = = + + max 0 L L L dPP se dR = 2 2 L S S SR R X Z= + = 95 8.2 Carga com RL fixo e XL variável SV ° LR SZ LI ° A B LjX ( ) ( ) S L S L S L VI R R j X X ° ° = + + + 2 2( ) ( ) S L S L S L V I R R X X ° ° = + + + Potência na carga: 2 2 2 2 max ( ) ( ) L S L L L L S L S L S L R V P R I P se X X R R X X = = = −+ + + 2 max 2( ) L S L S L R V P R R = + 8.3 Carga com RL variável e XL fixo SV LR SZ A B LjX 96 ( ) ( )2 2 S L S L S L V I R R X X = + + + ( ) ( ) 2 2 2 L S L S L S L R V P R R X X = + + + ; max 0 L L L dPP se dR = então ( )22L S S LR R X X= + + 8.4 Carga com RL variável e XL variável ( ) ( ) 2 2 2 L S L S L L S R V P R R X X = + + + Fazendo LX variar: maxLP para L SX X= − . Então: ( ) 2 2' L S L S L R V P R R = + . Em seguida, fazendo LR variar: max ' 0LL L S L dPP se R R dR = ⇔ = . Então: * L S S SZ R jX Z= − = . SV ° LR SZ LjX 97 CAPÍTULO IX CIRCUITOS TRIFÁSICOS 98 1. Tensões trifásicas equilibradas • Um sistema de tensões trifásicas equilibradas é um conjunto de 3 tensões senoidais com mesma a mesma amplitude, a mesma freqüência mas defasadas entre si de 120º. • As tensões são chamadas tensões de fase a, b, c. • Seqüência de fases (defasagem entre as tensões de fase): Seqüência abc, positiva ou direta 0an PV V ° = ° 120bn PV V ° = − ° 120cn PV V ° = + ° bnV ° cnV ° anV ° Seqüência acb, negativa ou indireta 0an PV V ° = ° 120bn PV V ° = ° 120cn PV V ° = − ° 0an bn cnV V V ° ° °+ + = bnV ° cnV ° anV ° 99 • Tipos de ligações possíveis de um gerador 3φ ideal: caV ° bcV ° abV ° a c b tipo Y tipo Δ 2. Análise do circuito Y-Y (equilibrado) anV ° cnV ° bnV ° a c b A C B n N NnI ° aAI ° bBI ° cCI ° Z Z Z • Tensões nas fases: Tensões entre o neutro e cada uma das linhas, ou tensões nos terminais de cada elemento. Na fonte: anV ° , bnV ° , cnV ° Na carga: ANV ° , BNV ° , CNV ° anV ° cnV ° bnV ° a c b 100 • Tensões de linhas: Tensões entre as linhas Na fonte = na carga : abV ° , bcV ° , caV ° . • Corrente no neutro: Nn aA bB cCI I I I ° ° ° °= + + 1 0an bn cnNn an bn cn V V V I V V V Z Z Z Z ° ° °° ° ° °⎛ ⎞= + + = + + =⎜ ⎟⎝ ⎠ Portanto, não existe corrente circulando no neutro num sistema equilibrado. Então: ⇒ Quando existe impedância de linha no neutro, o mesmo pode ser considerado como um curto circuito. ⇒ Quando o neutro não está disponível, o mesmo pode ser colocado no circuito para efeito de cálculo. • Relação entre as tensões de fase e de linha: Supondo seqüência ⊕ então: 0an PV V ° = ° 120bn PV V ° = − ° 120cn PV V ° = ° Sabendo que ab an nbV V V ° ° °= + 0 120an bn P PV V V V ° °= − = ° − − ° 3 3(cos( 120 ) sin( 120 )) 2 2P P P V V j V j ⎡ ⎤= − − ° + − ° = +⎢ ⎥⎢ ⎥⎣ ⎦ Logo 3 30ab PV V ° = ° 3 90bc PV V ° = − ° da forma mais geral fase PV V ϕ ° = 3 150ca PV V ° = ° 3 30linha PV V φ ° = + ° 101 bnV ° cnV ° anV °30° abV ° • Circuito monofásico equivalente (válido somente para sistema equilibrado): anV ° Z bnV ° cnV ° a,b,c A,B,C n N 102 3. Análise do circuito Y-Δ (equilibrado) anV ° cnV ° bnV ° a c b A CB n aAI ° bBI ° cCI ° Z Δ ABI ° BCI ° CAI ° Z Δ Z Δ Correntes de fase: Na carga: , ,AB BC CAI I I ° ° °⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠ Na fonte: , ,aA bB cCI I I ° ° °⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠ Correntes de linhas: Na carga = na fonte: , ,aA bB cCI I I ° ° °⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠ • Determinação das correntes de linhas: Ex.: anaA Y V I Z °° = cncC Y V I Z °° = bnbB Y V I Z °° = Circuito monofásico equivalente aAI ° 3Y ZZ = � a,b,c A,B,C n N cCI ° bBI ° 103 • Determinação das correntes de fases nas cargas pela relação entre correntes de linhas e correntes de fase: aA AB CAI I I ° ° °= − Supondo seqüência ⊕: 0AB pI I° °= ° 120BC pI I ° = − ° 120CA pI I ° = ° 0 120aA p pI I I ° = ° − ° (cos(120 ) sin(120 ))aA p pI I I j ° = − ° + ° 3 3 2 2aA p I I j ° ⎛ ⎞= −⎜ ⎟⎜ ⎟⎝ ⎠ 3 30aA pI I ° = − ° 3 150bB pI I ° = − ° 3 90cC pI I ° = ° da forma mais geral, 0fase pI I ° = ° 3 30linha pI I φ ° = − ° Observação: se o gerador estiver ligado em Δ, substitui-se o mesmo por um gerador equivalente ligado em Y tal que a tensão de linha senha a mesma. a c b 220 90 3 ° 220 30 3 − ° 220 150 3 − ° seqüência ⊕ 3 30 30 3 linha linha fase fase V V V V= ° ⇒ = − ° 220120° a c b 220 0° 220 120− ° 104 4. Circuitos 3φ desequilibrados 4.1. Carga desequilibrada em Y com neutro A C B N NI ° AI ° BI ° CI ° AZ BZ CZ 3 circuitos independentes. 0N A B CI I I I ° ° ° °= + + ≠ Neste caso ANA A V I Z °° = BNB B V I Z °° = CNC C V I Z °° = 4.2. Carga desequilibrada em Y sem neutro anV ° cnV ° bnV ° AI ° BI ° CI ° BZ AZ CZ 1I 2I Utiliza-se o método das malhas ou análise nodal. 105 4.3. Carga desequilibrada em Δ • Caso não se conhece as tensões de linha na carga, substitui-se o circuito Δ por seu equivalente em Y, e utiliza-se o método das malhas.⇔ • Conhece-se as tensões de linha na carga: anV ° cnV ° bnV ° A CB aI ° 1Z ABI ° 2Z 3Z 1 AB AB VI Z °° = 2 CA CA V I Z °° = => a CA ABI I I ° ° °= − gZ gZ gZ 1Z 2Z 3Z 106 5. Potência em sistema 3φ A A AZ Z φ= B B BZ Z φ= C C CZ Z φ= , , , ,, , A B C A B CA B C v iφ θ θ= − Tensões de fase instantâneas: Correntes de fase instantâneas: ( ) cos( ) AN Ap vAv t V tω θ= + ( ) cos( )AN Ap iAi t I tω θ= + ( ) cos( ) BN Bp vBv t V tω θ= + ( ) cos( )BN Bp iBi t I tω θ= + ( ) cos( ) CN Cp vCv t V tω θ= + ( ) cos( )CN Cp iCi t I tω θ= + Sabendo que [ ]1cos cos cos( ) cos( ) 2 A B A B A B= + + − Potências instantâneas em cada fase: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) cos ( ) ( ) cos 2 A B C A AN A A rms A rms A A rms A rms v A B B B B B B B B B C C C C C C C C C P t v t i t V t I t V t I t tφ ω θ φ ⎡ ⎤⎛ ⎞⎢ ⎥⎜ ⎟= = + + −⎢ ⎥⎜ ⎟⎜ ⎟⎢ ⎥⎝ ⎠⎣ ⎦ Potência instantânea total: ( ) ( ) ( ) ( )A B Cp t p t p t p t= + + Potência ativa total: cos cos cos rms rms rms rms rms rmsA B C A A A B B B C C CP P P P V I V I V Iφ φ φ= + + = + + 5.1. Para um sistema equilibrado rms rms rmsA B C rmsV V V V= = = A B C A B CZ Z Z Z φ φ φ φ= = = ⇒ = = = rms rms rmsA B C rmsI I I I= = = • Potência instantânea: ( ) 3 cosrms rmsp t V I ϕ= A C B ( )AI t ( )BI t ( )CI t AZ BZ CZ 107 • Potência média: 3 cosrms rmsP V I ϕ= → Para carga ligada em Y fase linhaI I= 3 fase linhaV V= 3 cos 3 cos 3 linha Y linha Y linha linha V P I P V Iϕ ϕ= ⇒ = → Para carga ligada em Δ fase linhaV V= 3 fase linhaI I= 3 cos 3 cos 3 linha linha linha linha I P V P I Vϕ ϕ= ⇒ =� � YP P= � Resumo: V e I em valores eficazes. Por fase Total Potência ativa cosf f fP V I ϕ= 3 cos 3 cosT f f L LP V I V Iϕ ϕ= = Potência reativa sinf f fQ V I ϕ= 3 sin 3 sinT f f L LQ V I V Iϕ ϕ= = Potência aparente f f fS V I= 3 3T f f L LS V I V I= = Potência complexa * ff fS V I ° ° °= * 3T f fS V I °° °= Fator de potência cospF ϕ= cospF ϕ= 5.2. Para um sistema desequilibrado Potência ativa total: T A B CP P P P= + + Potência reativa total: T A B CQ Q Q Q= + + Potência aparente total: 2 2T T TS P Q= + Fator de potência: cos TT T P S ϕ = Potência complexa total: T A B CS S S S ° ° ° °= + + 108 6. Medida da potência média em um circuito 3φ 6.1. O Wattímetro I V C A R G A bobina da tensão (resistência alta) bobina da corrente (resistência baixa) Observação: Bobina da corrente em série com a carga Bobina da tensão em paralelo com a carga. cos( )v iW V I θ θ= − 6.2. O método dos dois Wattímetros 1 cos( )ac aac a v IW V I θ θ= − 2 cos( )bc bbc b v IW V I θ θ= − 1 2P W W= + � ou Y a c b 1W 2W 109 Exemplo: Se a carga estiver ligada em Y, e o gerador ligado em Y: Seqüência ⊕ 0anV V= ° 120bnV V= − ° 120cnV V= ° Z Z ϕ= 3 30linha faseV V= ° 3 30bc bnV V ° = ° 3 120 30bcV V ° = − ° ° 3 90bcV V ° = − ° ac caV V ° °= − 3 30ca cnV V ° = ° 3 30 120caV V ° = ° ° 3 150caV V ° = ° 3 150 3 330 3 30V V V V °⇒ = − ° = ° = − ° 0ana V VI I ZZ ϕϕ °° °= = = − 120 120bnb V VI I ZZ ϕϕ °° − °= = = − − ° 1 3 cos( 30 ( ))W V I ϕ= − ° − − 2 3 cos( 90 ( 120 ))W V I ϕ= − ° − − ° 1 cos( 30 )L LW V I ϕ= − ° 2 cos( 30 )L LW V I ϕ= + ° Obs.: Para o sistema equilibrado é possível determinar o fator de potência da carga. [ ]1 cos( ) cos(30 ) sin( ) sin(30 )L LW V I ϕ ϕ= ° + ° [ ]2 cos( ) cos(30 ) sin( ) sin(30 )L LW V I ϕ ϕ= ° − ° 110 2 1( ) 2 cos( ) cos(30 )L LW W V I ϕ+ = ° 2 1 2 1 cos(30 ) cos( ) sin( ) cos(30 ) W W W W ϕ ϕ + °= −− ° 2 1( ) 2 sin( ) sin(30 )L LW W V I ϕ− = − ° 2 1 2 1 3 cos( ) 32 1 tan( )sin( ) 2 W W W W ϕ ϕϕ + −= − =− 1 2 1 2 tan( ) 3 W W W W ϕ −= + ⇒ 1 2 tan( ) 0 0 cos( ) 1W W ϕ ϕ ϕ= = ⇒ = ⇒ = ⇒ carga resistiva 1 2W W= com sinais apostos → carga reativa pura 1 2 0W W ϕ> ⇒ > ⇒ carga indutiva 1 2 0W W ϕ< ⇒ < ⇒ carga capacitiva 111 CAPÍTULO X INTRODUÇÃO AOS CIRCUITOS DE SELEÇÃO DE FREQÜÊNCIAS 112 1. Introdução Até agora, em nossas análises de circuitos com fontes senoidais, supomos que a freqüência da fonte era constante. Neste capitulo, vamos estudar o efeito da variação da freqüência sobre as tensões e correntes do circuito ⇒ resposta em freqüência do circuito. jLω se ω = ∞ ⇔ 0se ω = ⇔ 1 jCω se ω = ∞ ⇔ 0se ω = ⇔ Escolhendo adequadamente os valores das componentes e a forma de ligação entre eles, podemos montar circuitos que deixam passar apenas sinais cujas freqüências estejam dentro de uma certa faixa ⇒ circuitos de seleção de freqüência ou Filtros. Exemplos de aplicação: telefone, televisão, satélites, rádios, equalizadores, etc. Principais tipos de filtro: filtro passa-baixas, filtro passa-altas, filtro de banda de passagem, filtro de banda de rejeição. Estes filtros são chamados filtros passivos, pois são construídos a partir de componentes passivos. 113 2. Filtros passa-baixas iV oV R C Para identificar o tipo de filtro, examina-se o gráfico da resposta de freqüência no domínio da freqüência. iV ° oV ° R jLω ( )i oo i RV V RV H j R jL R jLV ωω ω ° °° ° °= ⇒ = =+ + 2 2 ( ) ( ) R R L LH j H j R Rj L L ω ω ω ω ° = ⇒ = + ⎛ ⎞+ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ( ) arctan Lj R ωθ ω = − Gráfico de amplitude: Para freqüências altas o circuito deixa passar pouco sinal. iV oVR L 0 1 1 2 ( )H jω ωcω Banda rejeitada Banda passante 114 Gráfico de fase: Tensão de saída atrasada de 90º em relação à tensão de entrada. A freqüência limite entre a banda rejeitada e a banda passante é chamada freqüência de corte cω . Ela corresponde à freqüência pela qual max 1( ) 2c H j Hω = .⇔ Amplitude da função de saída é igual a pelo menos 70,7% do valor máximo possível. Razão da escolha de max 2 H para definir cω : • Potência máxima na saída: 2 max1 2 R R V P R = • Potência na saída quando cω ω= : max max 1 1( ) ( ) 2 2c o R c R H j H V V j Vω ω= ⇒ ⇒ = 2 2 2max max 1 ( )1 1 12 2 2 2 2c R R RR c P V VV j P R R Rω ω ⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠= = = 123 1 2c R P Pω = No limite entre a banda rejeitada e a banda passante a potência média fornecida à carga = 50% da potência média máxima. cω = freqüência de meia potência. ⇒ Dentro da banda passante, a potência fornecida a uma carga é pelo menos 50% da potência média máxima. 0( )jθ ω 90− ° ω 115 3. Filtros de banda de passagem Circuitos que deixam passar sinais cujas freqüências estejam dentro de uma certa faixa e rejeitam sinais cujas freqüências estejam fora desta faixa. Exemplo: No domínio da freqüência: iV ° R 1 jCωjLω i ° 1
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