Buscar

Ilicitude e culpabilidade Daniel

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

ILICITUDE E CULPABILIDADE
1 - Tipo e Tipicidade
1.1 Conceito;
1.2 Espécie de Tipo;
1.3 Estrutura de Tipo;
1.4 Elementos do Tipo;
1.5 Tipicidade.
1.1 Conceito de Tipo:
É a descrição abstrata de uma conduta, no âmbito da Legislação Penal.Trata-se de uma conceituação puramente funcional, que permite concretizar o Princípio da Legalidade (não há crime sem lei anterior que o defina, art. 5º CF/88).
“Tipo é uma descrição hipotética de uma conduta por uma lei penal, de modo a tornar aquela conduta como crime. Sem o tipo não há crime. A conduta embora imoral se não tipificada não é crime. O tipo penal separa o rele”
Tipo é uma norma que descreve condutas criminosas em abstrato. E, são necessárias, pois na CF/88, no art. 5º o princípio da legalidade afirma que a lei definirá a conduta criminosa e não apenas proibi-la. O tipo penal identifica o que é relevante para o Direito Penal e o separa das outras condutas.
1.2 Espécie de Tipo:
Tipo Incriminadora: descreve uma conduta proibida, são os tipos que cuidam de modelos de condutas proibidas pelo Direito Penal. Os tipos incriminadores têm a função de separar o penalmente ilícito do penalmente irrelevante.
Tipo Permissivos: descreve conduta permitida, autorizando determinada conduta, são os tipos que cuidam de modelos de condutas permitidas pelo Direito Penal.
A função do tipo penal permissivo é fazer valer a excludente de ilicitude. Ex: Matar em Legitima defesa.
Os tipos dão garantias aos destinatário da norma. Já que ninguém será punido pelo que o legislador considerou delito.
1.3 Estrutura de Tipo:
a) NOMEN JURIS – é a rubrica dada pelo legislador ao delito. É o título da conduta. No art. 121 CP o nomen juris é homicídio simples.
b) Preceito Primário – é a descrição da conduta proibida quando se tratar de tipo incriminador ou da conduta permitida quando se referir ao tipo permissivo.
Ex: art. 121 CP: Matar alguém. (conduta proibida/ tipo incriminador)
 ↓
 Preceito Primario
 Art. 25 CP: entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem (conduta permitida/ tipo permissivo).
c) Preceito Secundário – é a parte sancionadora que ocorre somente nos tipos incriminadores. 
 Ex: art. 125 – Provocar aborto, sem consentimento da gestante
 Pena – reclusão, de três a dez anos → (preceito secundário)
 
 Tipo permissivo não tem preceito secundário
1.4 Elementos do Tipo: são componentes fundamentais da figura típica sem os quais o crime não existe.
a) Elementos Objetivos: São todos aqueles que não dizem respeito a vontade do agente. São os componentes dos tipos passíveis de reconhecimento por juízo de realidade, isto é, captáveis por simples constatação fática.
Ex: É aquilo que se constata pelo mero juízo de realidade, observação dos fatos. Caim matou Abel. Art. 121 CP. Logo se constata o crime pelo mero acontecimento da conduta de Caim, dado objetivo.
b) Elementos Normativos: são os componentes desvendáveis por juízos de valoração, ou seja, captáveis pela verificação espiritual (sentimentos e opiniões).
 “são aqueles cujo significado não se extrai da mera observação, dependendo de uma interpretação, isto é, de um juízo de valor, da interpretação jurídica.”
Ex: art. 233 CP – ex: Ato ilícito(ato obsceno): Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público.
O que é obsceno? Questiona-se, por isso é um elemento que precisa de uma grande valoração do juiz para se determinar o que é ou não obsceno.
Elementos Subjetivos : São todos os elementos relacionados à vontade e à intenção do agente.
Há tipos penais que possuem elementos subjetivos e outros os dispensam.
Tipicidade
É a adequação do fato da vida real ao modelo descrito abstratamente na lei.
 Ou seja, quando há subsunção normativa. Sub (baixo) / sunção (sumir).
Encaixe perfeito de um fato típico em uma norma:
Ex: Tipicidade = fato real perfeitamente adequado ao tipo penal.
 Fato típico = conduta + resultado + nexo causal.
Tema da aula:
2. Antijuridicidade
2.1 Conceito Formal e Material
2.2 Excludente de Antijuridicidade
2.2.1 Causas Legais
2.2.1.1 Estado de Necessidade
2.2.1.2 Legítima Defesa.
2) Antijuridicidade é a contrariedade entre a conduta e o ordenamento jurídico que causa lesão ou expões a perigo de lesão um bem juridicamente tutelado.
2.1 a) Formal: Diz respeito a forma de ser da ilicitude. Contrariedade entre a conduta e o ordenamento jurídico (contrária ao jurídico).
2.1 b) Material: Revela o conteúdo substancial da ilicitude (efeito prático da conduta) – é o que causa lesão ou expõe a perigo de lesão um bem juridicamente tutelado (protegido).
Ex: Homicídio com resultado de morte → conduta efetivamente causal de lesão.
 Homicídio tentado (sem resultado morte) → conduta expõe a perigo de lesão.
Antijuridicidade é sinônimo de ilicitude.
2.3 Excludentes de Antijuridicidade → exclusão
2.2.1 Causa Legais → Leis
2.2.1.1 Estado de Necessidade – art. 24 CP: considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
Dois bens jurídicos estão em perigo, sendo que para um ser protegido, o outro terá de ser sacrificado.
P.S: A pessoa que vai sacrificar o direito alheio não poderá ter sido a pessoa causadora ou premeditadora do perigo da situação.
Caracteriza-se como sacrifício de um bem penalmente protegido com o objetivo de salvar de perigo atual e inevitável, direito do próprio agente ou de terceiros , desde que no momento da ação não fosse possível ao agente praticar conduta menos lesiva.
Ex: Duas pessoas a deriva em um barquinho que vem a naufragar em mar aberto com um único salva-vidas, para salvar a vida, tira a vida do outro. 
§ 1º do art. 24 do CP - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
Ex: Um salva-vida, um bombeiro ... Em um tiroteio com medo de ser atingido o policial recusa-se a agir, ou um bombeiro em um caso de incêndio, não reage.
Dever Legal – é aquele previsto em uma norma jurídica (lei, decreto, regulamento, etc.), o que inclui a obrigação funcional do policial, do soldado, do bombeiro, do médico sanitarista, do capitão de navio, etc.
Redução de Pena: § 2º do art. 24 CP – Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
Legítima Defesa art. 25 do CP
É a ação praticada pelo agente para repelir injusta agressão intentada contra si ou contra terceiros, desde de que o agente tenha usado com moderação dos meios necessários.
“Não há legitima defesa contra agressões futuras, remotas, que pode ser evitada por outro meio. O temor, embora fundado, não é suficiente para legitimar a conduta do agente, ainda que verossímil.
Não é admissível a excludente sequer contra uma ameaça desacompanhada de perigo concreto, pois não se concebe legitima defesa sem a certeza do perigo, e esta só existe em face de uma agressão imediata, isto é, quando o perigo se apresenta “ictu oculi” como realidade objetiva.”
Requisitos para ser considerados legítima defesa:
a) Agressão injusta;
b) Atual ou iminente;
c) A direito próprio ou de terceiros;
d) Repulsa com meios necessários;
e) Uso moderado de tais meios;
f) Conhecimento de situação justificante.
O que é Legitima Defesa Putativa?
Falsa percepção da realidade que se verdadeira fosse justificaria a conduta do agente. Porém, quem age em legitima defesa putativa tem excluída a culpabilidade de sua conduta. Respondendo pelo crime, mas não recebe pena, por afastar a culpabilidade.
Ex: 1)
Uma pessoa constantemente ameaça a vida de outra pessoa, sucessivamente a ponto da pessoa se sentir coagida (medo). O agressor diz hora e local para efetuar as ameaças, e no dia ao chegar no local a vítima fica assustado com a atitude do ameaçador em por a mão dentro da jaqueta, logo imagina ser uma arma de fogo. E, com isso, a vítima assustada tira uma arma e mata ser ameaçador (algoz), mas depois percebe que na jaqueta não era uma arma e sim um pedido de desculpas.
Mostra uma situação complicada pois, quem seria a suposta vítima passou a ser o réu, porém, só veio a ser réu por que acreditava piamente na promessa feita pelo seu algoz.
Solução jurídica: Exclui o elemento da culpabilidade,
2) Um pai rigoroso proíbe filho de sair para balada, e acredita que seu filho foi para o quarto. Mas, o filho sai escondido pela janela. Pai levanta de madrugada para beber água e vê um vulto tentar entrar pela casa de madrugada. Para se defender o pai atira em seu filho que vem a óbito.
Solução jurídica: Exclui o elemento da culpabilidade, e não antijuridicidade. Não responde pelo crime.
Ofendículos – coisa que dificulta ou impede; estorvo, embaraço, empecilho, meios de defesa instalados para proteção da propriedade, como exemplos, cachorro, cerca-elétrica, cacos de vidros em cima de um muro.
São consideradas legítima defesa pré-ordenada. Assim, desde que as Ofendículos sejam visíveis e inacessíveis a terceiros inocentes, quem faz uso delas no intuito de proteger sua residência não será responsabilizado pela lesão corporal causada no criminoso.
2.2.2 Causas supralegais
Inexigibilidade de Conduta adversa
a) Coação Moral Irresistível
b) Obediência a ordem não manifestamente ilegal dada por superior hierárquico / estrita obediência
2.2.2.2 Consentimento do Ofendido
Excludente de ilicitude (antijuridicidade): Estrito cumprimento do dever legal
Se configura quando alguém está cumprindo o dever que a lei impôs a ele.
Cumprimento do dever no trabalho que pode causar danos a terceiros, a princípio configura fato típico (causar lesão/dano a alguém) porém quando uma pessoa age amparado por essa excludente sua conduta será excluída de ilicitude ainda que o resultado indesejado tenha acontecido.
Exemplo: 
 - Bandido assaltando uma loja,
 Policial desarma o bandido e entra em luta,
O policial o fere,
Policial não responderá por lesão corporal por estar em estrito cumprimento do dever legal, ou seja, amparado pela lei.
- Oficial de justiça a favor do dono de um imóvel adentra ao imóvel sem a autorização do Inquilino devedor para o cumprimento de uma ordem judicial.
Agente que pratica a conduta em estrita observância da lei ou de ordem judicial cumprindo o seu dever profissional.
Exercício Regular de Direito
Prática de uma conduta que embora cause um resultado lesivo a alguém não se pode dizer que havia ilicitude porque a pessoa que praticou a conduta não fez nada a mais do que colocar em prático o Direito que possui (inerente a ela/profissão)
Não há uma categoria podendo acontecer com todos.
É o desempenho de uma atividade ou prática de uma conduta autorizada por lei e que, embora tenha resultado aparentemente delituoso, não pode ser considerada antijurídica.
Exemplo:
- Jogador de futebol que lesiona outro jogador (violência esportiva dentro dos limites da competição) – premeditadamente não é exclusão de ilicitude (lesão corporal);
- Uma senhora sendo assaltada em frente de sua casa,e você vendo que o assaltante não estava armado e nem lhe causaria algum dono
Você o prende e lhe dá voz de prisão (desde que seja em flagrante delito) – prisão em flagrante por particular.
Exercício Regular de Direito exemplo do Direito Civil - Direito de retenção de benfeitoria
Veículo se envolve em um acidente, depois do acidente é desvalorizado, e levo o veículo ao mecânico para arrumar, quando vou retira-lo não tenho o dinheiro para pagá-lo. O mecânico retém o veiculo até o pagamento do veículo, essa atitude não é considerada ilícita já que a lei diz que se o mecânico recuperou o valor do meu patrimônio é justo que ele retenha o bem.
Embora pareça apropriação indébita, não é.
2.2.2 Causas Supralegais
Inexigibilidade de conduta adversa
Art. 22 CP: se o fato é cometido sob coação irresistível em estrita bediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
É a conduta que não poderia ser exigido de maneira diferente de que agiu porque qualquer outra pessoa na mesma posição faria o mesmo.
 a) Coação Moral Irresistível
Uma pressão que não dá para resistir, exemplo, sequestro da filha do gerente de um banco - gerente de um banco é coagido sem que ninguém perceba e sem nenhuma arma, o sequestrador coage o gerente moralmente mostrando fotos de sua família e pede em troca muito dinheiro, nesse caso o gerente irá agir pró a família.
Seria o gerente do banco cúmplice do roubo? Lembrando que todo crime é cometido por um autor que pratica o ato a ação descrita no verbo do crime.
Se ele for cúmplice ele será o autor do crime, porém se ele não poderia fazer outra coisa além do ato que o fez ele age de forma violada, sendo a marionete.
 b) Obediência a ordem não manifestamente ilegal dada por superior hierárquico / estrita obediência
A obediência hierárquica, só será suficiente para excluir a culpabilidade quando a ordem do superior não for manifestamente ilegal. Se for evidente a ilegalidade da ordem dirigida ao autor, a lei lhe exige o dever de se opor a ela, sob pena de responder criminalmente por sua conduta - Um policial pede para o soldado matar uma pessoa,
- Domador de cavalo avisa ao patrão que o cavalo é arredio
O Chefe manda mesmo assim que acaba causando lesões a terceiros. Culpa do chefe, o empregado agiu por estrita obediência.
 2.2.2.2 Consentimento do Ofendido 
Manifestação livre e consciente da vítima (o ofendido) concordando de modo inquestionável, com a lesão ou o perigo de lesão a bem jurídico disponível do qual seja o único titular ou agente expressamente autorizado a dispor dele.
Modalidade de exclusão de ilicitude porque a própria vítima quis participar da ação que lhe causaria lesão.
Significa, em linhas gerais, o ato da vítima (ou do ofendido) em anuir ou concordar com a lesão ou perigo de lesão a bem jurídico do qual é titular.
Exemplo: Piercing que causa dano, uma lesão após a rejeição do corpo.
 A invasão de domicílio alegada após abrir a porta e deixar a pessoa entrar voluntariamente, e após briga.
 Alegar estupro após o ato sexual concedido pela vítima.
Quatro requisitos que caracterizam o consentimento do ofendido:
a) Bem jurídico disponível – exceto, como exemplo o direito de um menor de idade dispor do direito de alimento;
b) Ofendido Capaz;
c) Consentimento livre, indubitável (sem dúvida) e anterior ou, no máximo, contemporâneo a conduta;
d) (eutanásia: matar a pedido da própria vítima e para abreviar o sofrimento dela – considerado pela jurisprudência como homicídio privilegiado por relevante valor moral (art. 121 §1º CP) não se exclui nem tipicidade, nem a ilicitude já que a vida é um bem indisponível).
2.3 Elementos caracterizadores da exclusão da Ilicitude
 Será que configura uma exclusão de ilicitude só com dados objetivos pragmáticos ou precisa de elementos subjetivos?
Suponha que A tenha intenção de matar B.
Ao apontar uma arma para B em uma fresta de uma porta sem visão total de B.
A atira e mata B
Sem que A soubesse que estava apontando uma arma para a cabeça de C (fora do campo de visão de A)
Lembrando que A só via B
B se não morto por A mataria C
A ao matar B salva a vida de C
A vai a julgamento: ele agiu em legítima defesa de terceiros? Sim ou não?
Raciocínio: Para quem acredita nos elementos objetivos, o A agiu em legitima defesa, salvando C.
Problemas causados sem uma resposta exata, irá depender dos indícios provados em julgamento.
 1.
Culpabilidade
1.1 Conceito
1.2 Responsabilidade Penal subjetiva e Objetiva
1.3 Imputabilidade Penal
1.4 Causas que excluem a culpabilidade
1.5 Causas que não excluem a culpabilidade
1.1 Conceito
É o juízo de censura (reprovação social) que recai sobre a formação e a manifestação de vontade do autor de um fato típico e antijurídico, tendo por objetivo legitimar a imposição de uma pena ao agente do crime.
- grau de reprovação que vem em determinada culpa;
- juízo valorativo – aferido por um julgador.
 Para ser considerado culpado, o agente deve:
1) Ser imputável – aquele que se pode culpar;
2) Ter atuado com consciência potencial de ilicitude – noção de que a sua ação é censurável.
3) Ter tido possibilidade de agir de modo diverso do que de fato agiu, sendo inclusive exigível, diante das circunstâncias especificas do caso, que ele tivesse adotado comportamento diverso do escolhido.
1.2 Responsabilidade Penal subjetiva e Objetiva
A culpabilidade está diretamente ligada a chamada responsabilidade penal subjetiva, que é aquela que condiciona a responsabilização do agente à constatação de que por meio de seu comportamento ele poderia e deveria ter evitado a prática do crime
- verificação de culpa.
No entanto, em raras exceções (crimes societários) o STF admite a chamada responsabilidade penal objetiva que é aquela em que se pune o agente independentemente da análise de dolo e culpa.
- punido por uma simples relação de causa e efeito
1.3 Imputabilidade Penal – art. 26 CP isento de pena: É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente, incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
É a capacidade psíquica do agente entender o caráter criminoso de sua conduta e de se determinar de acordo com esse entendimento.
A capacidade de ser imputável resulta do somatório da maturidade do agente, da sua sanidade mental e da possibilidade de dirigir sua conduta de acordo como se determina com o que determina a norma jurídica (lei).
Semi imputável – parágrafo único do art. 26 CP: a pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Quando a capacidade de entendimento do caráter do criminoso do ato for parcial, o agente será semi imputável
Para se apurar inimputabilidade existem três critérios, que são:
1) Critério Biológico: Segundo esse critério, a verificação da inimputabilidade do agente depende exclusivamente da existência de doença mental ou de um desenvolvimento mental incompleto ou retardado.
3.3 Imputabilidade Penal – continuação da última aula.
3.4 Causas que excluem a culpabilidade
3.5 Causas que não excluem a culpabilidade
Para se apurar inimputabilidade existem três critérios, que são:
 1) Critério Biológico: Segundo esse critério, a verificação da inimputabilidade do agente depende exclusivamente da existência de doença mental ou de desenvolvimento mental incompleto ou retardado.
 2) Critério Psicológico: Segundo esse critério, a inimputabilidade do agente estará configurada se no momento do crime, ele não tinha a capacidade de entender o caráter criminoso de sua conduta e de autodeterminação.
 3) Critério Bio-psicológico: Segundo esse critério, a inimputabilidade do agente estará configurada se no momento do crime, ele não tinha a capacidade de entender o caráter criminoso do fato e nem de se determinar segundo esse entendimento, justamente em razão da doença mental ou do desenvolvimento mental incompleto ou retardado.
 Causa → Efeito → Tempo
O código penal adotou como regra geral o critério bio-psicológico e excepcionalmente o critério biológico para os menores de 18 anos – art. 27 CP: Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial.
O critério bio-psicológico possui 3 (três) requisitos, sendo o:
1) Requisito Causal (causa): existência de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado;
2) Requisito Consequencial (efeito): perda da capacidade de entender o resultado do ato criminoso;
3) Requisito Cronológico (tempo): a inimputabilidade deve estar presente no momento do crime.
3.4 Causas que excluem a culpabilidade
a) Doença mental: qualquer enfermidade física ou psíquica permanente ou transitória que seja capaz de eliminar totalmente a capacidade de entender do agente.
Obs: Precisa ser constada por perícia médica no Processo;
Conceito é abrangente, adotando os psicóticos, esquizofrênicos, epiléticos ...
b) Desenvolvimento mental incompleto: é o desenvolvimento que ainda não concluiu, compreendendo tanto os menores de 18 anos quanto os silvícolas (indígenas) que não assimilaram os valores da vida civilizada. O agente se torna imputável no dia em que completa 18 anos, independentemente do horário em que nasceu.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais