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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 04 Da Organização dos Poderes: Do Poder Judiciário. I. DO PODER JUDICIÁRIO – DISPOSIÇÕES GERAIS ------------------------------------------ 3 II. DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ) ----------------------------------------------- 44 III. DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) ------------------------------------------------------- 56 IV. DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) ------------------------------------------------- 78 V. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES FEDERAIS -------------------- 94 VI. DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO ----------------------------------------------------- 109 VII. QUESTÕES DA AULA ------------------------------------------------------------------------------------------ 123 VIII. GABARITO ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 154 IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA -------------------------------------------------------------------------- 155 Olá futuros! Técnicos do TRT/RJ Prontos para o SEU salário de R$ 4.052,96? Na aula de hoje, estudaremos um assunto FUNDAMENTAL para a sua prova, afinal, o órgão no qual você irá trabalhar pertence a esse poder: o Poder Judiciário. Esse é um assunto bastante delicado para as aulas online, uma vez que a maioria das questões de prova cobra a literalidade da CF, sem muitas interpretações ou jurisprudência. Assim, você verá que os esquemas de hoje serão um pouco menos resumidos, com menos palavras-chave e mais transcrições do texto constitucional. Optei por fazer assim para que você já vá se acostumando com a letra da CF. Como sempre, faremos muitos exercícios da Fundação Carlos Chagas para que você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 82 questões comentadas! Eu caprichei bastante nessa aula para que você GABARITE a prova de Direito Constitucional!! Na aula de hoje, teremos APENAS 53 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre MUUUUUUUUITOS exercícios comentados, muitos esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 2 forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e agradável! Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email robertoconstitucional@gmail.com. Vamos então à nossa aula! CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 3 I. DO PODER JUDICIÁRIO – DISPOSIÇÕES GERAIS 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS Meu caro Técnico do TRT/RJ, você deve se lembrar do princípio da separação dos poderes, previsto no art. 2º da Constituição. Vamos revisar: Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Esse princípio é importantíssimo porque evita que o poder fique todo nas mãos de uma só pessoa, evitando, assim, arbitrariedades e excessos. Além disso, tais poderes são INDEPENDENTES e HARMÔNICOS entre si. Ainda relembrando: o Brasil é um Estado Democrático de direito, ou seja, o Estado brasileiro é governado pelo povo (democrático) e também tem que obedecer às leis (de direito). Pois bem, a independência do Poder Judiciário é a base do Estado de Direito, uma vez que ele efetua o controle dos atos dos outros poderes e faz com que a Constituição seja efetivamente cumprida, tanto pelo Estado quanto pelos particulares. A nossa Constituição trouxe ainda uma série de direitos fundamentais ligados ao Poder Judiciário, como o Princípio da unicidade de jurisdição (art. 5º XXXV), o princípio do juiz natural (art. 5º XXXVII), a duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII), o Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII), a presunção da inocência (art. 5º, LVII), dentre outros. 2. SISTEMAS DE JULGAMENTO DE CONFLITOS Observe que existem dois sistemas diferentes em relação a quem tem a competência para realizar o julgamento dos conflitos. O sistema inglês, adotado pelo Brasil, é o sistema que prevê a unicidade de jurisdição. Dessa forma, somente o Poder Judiciário tem a capacidade de fazer a coisa julgada e os conflitos administrativos NÃO podem ser julgados definitivamente nesse âmbito. Observe bem que um particular pode exigir seus direitos em âmbito administrativo, exercendo, por exemplo, seu direito de petição. No entanto, as decisões proferidas pelo Estado em âmbito administrativo poderão ser reformadas pelo Poder Judiciário. Assim, somente o Judiciário faz coisa julgada. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 4 O outro sistema de resolução de conflitos é o sistema francês, também chamado de contencioso administrativo. Nesse modelo, existem duas jurisdições: a comum, feita pelo Poder Judiciário e a administrativa, feita em âmbito administrativo. Nesse modelo, as decisões proferidas em âmbito administrativo possuem força de coisa julgada administrativa. Lembre-se: o modelo adotado pelo Brasil é o modelo inglês, onde somente o Judiciário faz coisa julgada. 3. FUNÇÕES DO PODER JUDICIÁRIO O Poder Judiciário, assim como os outros poderes, possui uma função típica e também funções atípicas. A função típica do Judiciário é a função jurisdicional, ou seja, de dizer e aplicar o direito às controvérsias a ele submetidas. Por outro lado, o Judiciário exerce, como funções atípicas, a função administrativa, quando atua enquanto Administração Pública (quando administra seus bens, serviços e pessoal, realiza licitações etc.) e a função legislativa, quando produz normas gerais obrigatórias aplicáveis no seu âmbito (ex: quando elabora seus Regimentos Internos). Esquematizando: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 5 PODER JUDICIÁRIO Observações Gerais ! O Poder Judiciário independente é a base do Estado de Direito ! Vários direitos fundamentais são - Princípio da unicidade de jurisdição (art. 5º XXXV) relacionados ao Poder Judiciário - Princípio do Juiz Natural (art. 5º XXXVII) - Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII) - Presunção da inocência (art. 5º, LVII) - Duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII) - Outros ! Sistema - Inglês - Adotado pelo Brasil - Unicidade de jurisdição - Os conflitos administrativos NÃO podem ser julgados definitivamente em âmbito administrativo. - Francês ou contencioso administrativo: Há coisa julgada administrativa ! Funções do - Típica - Função jurisdicional (ou de julgamento) Judiciário - Dizer e aplicar o Direito às controvérsias a ele submetidas - Atípica -Administrativa: Quando administra seus bens, serviços e pessoal, realiza licitações etc. - Legislativa - Quando produz normas gerais, aplicáveis no seu âmbito - Ex: Regimentos Internos dos Tribunais (equiparam-se às Leis Ordinárias) CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 6 4. ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO O art. 92 da Constituição Federal estabelece quais são os órgãos do Poder Judiciário. Observe: Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça; II - o Superior Tribunal de Justiça; III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. Antes de explicar como funciona a estrutura do Judiciário, observe-a atentamente e depois, na medida em que eu for explicando, retorne ao quadro a seguir e visualize bem onde está cada órgão. - Além desses órgãos, também integra o Poder Judiciário o Conselho Nacional de Justiça – CNJ, que não possui competências jurisdicionais. No topo do Poder Judiciário, está o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é o “Guardião da Constituição” e é ele quem possui a última palavra no que se refere à interpretação constitucional. (volte agora e localize o STF no organograma). Supremo Tribunal Federal - STF Superior Tribunal de Justiça - STJ Tribunal de Justiça Estadual - TJEst Juiz Estadual, do DF e Territórios Tribunal Regional Federal - TRF Juiz Federal Tribunal Superior Eleitoral - TSE Tribunal Regional Eleitoral - TRE Juízes e Juntas Eleitorais Tribunal Superior do Trabalho - TST Tribunal Regional do Trabalho - TRT Juiz do Trabalho Superior Tribunal Militar - STM Juízes Militares 1º grau 2º grau Tribunais Superiores Tribunais de Superposição Tribunais de Convergência CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 7 Logo abaixo do STF, estão os quatro Tribunais Superiores: Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM). (volte agora e localize os Tribunais Superiores no organograma). O Poder Judiciário, para fins didáticos, se divide em duas esferas: federal e estadual. A esfera federal possui competências expressamente enumeradas na Constituição, enquanto as competências da esfera estadual são residuais. A esfera federal se subdivide ainda em justiça comum, que julga as causas consideradas ordinárias, e justiça especializada, que julga as causas relativas à justiça do trabalho, eleitoral e militar. Na esfera federal, existem os chamados Tribunais de Superposição. Esses Tribunais são aqueles onde, embora não pertençam a nenhuma justiça, suas decisões se sobrepõem às decisões proferidas pelos órgãos inferiores (tanto da justiça comum quanto da especializada). O Brasil possui dois tribunais de superposição: o STF, que julga questões relativas à Constituição Federal, e o STJ, que julga questões relativas às leis, assegurando a uniformização na interpretação da legislação federal. Importante lembrar que o STJ não realiza o controle abstrato de constitucionalidade, realizando somente o controle difuso. (volte agora ao quadro e identifique os Tribunais de Superposição). Existem, além dos tribunais de superposição, os Tribunais de Convergência. Eles possuem esse nome porque as causas processadas pelos juízos inferiores convergem para esses Tribunais. Os tribunais de convergência brasileiros são os seguintes: Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM). Observe que o STF e o STJ são, ao mesmo tempo, tribunais de convergência e de superposição. (volte agora e observe como os juízos inferiores convergem para os juízos superiores: os juízes e tribunais eleitorais convergem para o TSE, os juízes e tribunais do trabalho convergem para o TRE, e assim por diante). Passando agora para o degrau mais inferior do organograma (e pulando os Tribunais de 2º grau), estão os juízes de primeiro grau ou primeira instância. Esses juízes são órgãos singulares (isso mesmo! Um juiz é um CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 8 ÓRGÃO do Poder Judiciário!) e julgam monocraticamente, ou seja, apenas uma pessoa julga. É nos juízes de primeiro grau onde começa a grande maioria dos processos do judiciário. Assim, existem os juízes estaduais de primeiro grau, os juízes federais de primeiro grau e assim por diante. (volte agora e identifique os juízes de primeiro grau). Logo acima dos juízes de primeiro grau, estão os Tribunais de segundo grau ou segunda instância. Esses Tribunais, situados imediatamente acima dos juízos singulares, funcionam como instância recursal destes. Assim, caso alguém “não fique satisfeito” com a sentença que o juiz de primeiro grau proferiu, ele pode recorrer ao tribunal de segunda instância para que sua sentença seja reapreciada por este. Além de funcionarem como instância recursal, os tribunais também possuem competências originárias, ou seja, existem alguns tipos de processo que já se iniciam no âmbito do tribunal, jamais passando pelo juiz singular. Portanto, os Tribunais possuem competências originárias e recursais. (Volte agora e observe os tribunais de segundo grau). Uma informação que você deve sempre ter em mente é que, diferentemente dos juízos singulares, onde apenas uma pessoa julga, todos os tribunais são órgãos colegiados, ou seja, existem várias pessoas julgando de maneira conjunta. Os membros dos tribunais possuem nomes diferentes, a depender do tribunal que atuam. Os julgadores dos Tribunais de Justiça Estaduais, por exemplo, são chamados de desembargadores. Os desembargadores são “juízes que foram promovidos” a membros dos Tribunais de Justiça. Já os membros dos Tribunais Superiores e do STF são, em regra, chamados de Ministros. Por exemplo, um membro do STJ se chama Ministro do STJ, enquanto um membro do STF se chama Ministro do STF. Voltando à estrutura do Poder Judiciário, existe ainda o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Esse órgão não está integrando o organograma acima porque ele não possui função jurisdicional, ou seja, o CNJ não pode julgar causas no Judiciário (não pode dizer o direito), sendo um órgão eminentemente administrativo. “Mas então para que serve o CNJ?” Esse órgão tem a incumbência de realizar o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 9 cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Dessa forma, o CNJ é um órgão de controle INTERNO do Poder Judiciário (e não de controle externo!). Lembre-se que o órgão máximo do judiciário brasileiro é o Supremo Tribunal Federal e que o CNJ não tem nenhuma competência sobre o STF ou seus ministros. Além disso, o CNJ teve sua constitucionalidade questionada e o STF entendeu que sua criação não viola a Constituição (ADI 3.367/DF). Uma derradeira informação importante sobre o CNJ: ele é um órgão do Poder Judiciário como um todo e os Estados não podem criar órgãos estaduais de controle interno ou externo do Poder Judiciário (ADI 3.367). Observe a súmula 649 do STF: “É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros Poderes ou entidades.” Por fim, o STF e os Tribunais Superiores possuem jurisdição em todo o território nacional (lembre-se que o CNJ não possui jurisdição) e estes e o CNJ (STF+Tribunais Superiores+CNJ) têm sede na Capital Federal. Saindo da esfera federal e indo para a outra esfera: a esfera estadual. Esta possui competências não enumeradas expressamente pela Constituição. Assim, o que não está previsto na CF como federal será de competência estadual, sendo, por isso, chamada de residual. Além disso, os Tribunais de Justiça Estaduais (TJEst) podem realizar tanto o controle difuso de constitucionalidade (frente à CF e à Constituição Estadual) quanto o controle concentrado de constitucionalidade (somente frente à Constituição Estadual). Deve-se lembrar o fato de que não existe judiciário municipal e que não existem mais Tribunais de Alçada, sendo que seus membros passaram a integrar os Tribunais de Justiça dos respectivos estados-membros, respeitadas a antiguidade e a classe de origem. Explicando melhor: os Tribunais de Alçada ERAM tribunais de 2ª instância, que julgavam processos em grau de recurso e que tinham por finalidade auxiliar o Tribunal de Justiça de determinado Estado da Federação no julgamento dos processos. Além disso, cada Tribunal de Alçada tinha sua competência própria CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 10 e delimitada, ou seja, havia um rol de ações que somente aquele Tribunal de Alçada poderia julgar. No entanto, como dito, esses tribunais foram extintos e seus membros passaram a fazer parte dos Tribunais de Justiça Estaduais, respeitadas a antiguidade e a classe de origem. Esquematizando: Estrutura do Poder Judiciário - Supremo Tribunal Federal (STF) - Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - Superior Tribunal de Justiça (STJ) - Tribunais Regionais Federais (TRFs) e Juízes Federais; - Tribunais e Juízes do Trabalho (TRTs) - Tribunais e Juízes Eleitorais (TREs) - Tribunais e Juízes Militares - Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.(TJEst) - Além desses órgãos, também integra o Poder Judiciário o Conselho Nacional de Justiça – CNJ, que não possui competências jurisdicionais Supremo Tribunal Federal - STF Superior Tribunal de Justiça - STJ Tribunal de Justiça Estadual - TJEst Juiz Estadual, do DF e Territórios Tribunal Regional Federal - TRF Juiz Federal Tribunal Superior Eleitoral - TSE Tribunal Regional Eleitoral - TRE Juízes e Juntas Eleitorais Tribunal Superior do Trabalho - TST Tribunal Regional do Trabalho - TRT Juiz do Trabalho Superior Tribunal Militar - STM Juízes Militares Ó rg ão s d o P od er Ju d ic iá ri o (a rt . 9 2) 1º grau 2º grau Tribunais Superiores Tribunais de Superposição Tribunais de Convergência CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 11 - STF - Tribunais Superiores - STJ - TST - TSE - STM - CNJ: Não possui jurisdição - Competências enumeradas expressamente na CF • Comum • Especializada - Justiça do Trabalho - Justiça Eleitoral - Justiça Militar • Tribunais de - Embora não pertençam a nenhuma justiça, suas decisões se Superposição sobrepõem às decisões proferidas pelos órgãos inferiores (tanto da justiça comum quanto da especializada) - STF: questões relativas à CF - STJ - Questões relativas às leis - Assegurar a uniformização na interpretação da legislação federal - Não realiza o controle abstrato de constitucionalidade - Somente realiza o DIFUSO • Tribunais de - As causas processadas pelos juízos inferiores convergem Convergência para esses Tribunais - STF - STJ - TST - TSE - STM - Competências residuais - Os TJ estaduais podem realizar o controle - Difuso (frente à CF e a CEst) - Concentrado (só frente a CEst) - Não existe judiciário municipal - Não existem mais Tribunais de Alçada: seus membros passaram a integrar os Tribunais de Justiça dos respectivos estados-membros, respeitadas a antiguidade e a classe de origem E sf er as d o Ju d ic iá ri o Federal Estadual Tem jurisdição em todo o território nacional Tem sede na Capital Federal CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 12 5. O QUINTO CONSTITUCIONAL E OS ÓRGÃOS ESPECIAIS Futuros Técnicos do TRT/RJ, ainda quanto à organização e estrutura do Poder Judiciário, a Constituição Federal contém duas importantes previsões: o quinto constitucional e os órgãos especiais. a) O QUINTO CONSTITUCIONAL é uma regra que assegura que os advogados e os membros do Ministério Público participem da composição dos tribunais. Assim, alguns tribunais não são compostos apenas de “juízes promovidos” (ou desembargadores, lembra-se?), sendo que um quinto dos membros desses órgãos serão advogados ou membros do Ministério Público. Requisitos: para poderem fazer parte da composição dos tribunais pelo quinto constitucional, os membros do Ministério Público precisam ter mais de 10 anos de carreira e os advogados precisam de notório saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade. Tribunais onde se aplica o quinto constitucional: o quinto constitucional não se aplica a todos os tribunais, aplicando-se aos Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça Estaduais, Tribunal Superior do Trabalho e Tribunais Regionais do Trabalho. Procedimento: o procedimento para que um advogado ou membro do Ministério Público entre em um tribunal pelo quinto constitucional é bem simples: 1- Os órgãos representativos das respectivas classes (do MP ou da OAB) enviam ao tribunal uma lista sêxtupla. 2- O tribunal escolhe três nomes dessa lista sêxtupla, elaborando uma lista tríplice e a envia ao chefe do executivo. 3- O chefe do executivo escolhe um dos três nomes em 20 dias. b) A outra importante previsão constitucional acerca da estrutura e organização do Poder Judiciário é a possibilidade dos tribunais criarem um ÓRGÃO ESPECIAL. Acompanhe o raciocínio: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 13 1- Um tribunal é a reunião dos seus membros. Por exemplo, o STF é a reunião de todos os seus 11 Ministros, o STJ é a reunião de todos os seus 33 Ministros, e assim por diante. 2- Quando todos os membros de um tribunal se reúnem ao mesmo tempo, eles estarão reunidos em Plenário, também chamado de Tribunal Pleno, ou simplesmente Pleno. (Ex: o Pleno do STF é a reunião dos seus 11 Ministros, o Pleno do STJ é a reunião dos seus 33 Ministros etc.). 3- Para facilitar os trabalhos e acelerar a prestação jurisdicional, o tribunal pode se subdividir em órgãos fracionários (Câmaras e Turmas). Por exemplo, o STF se divide em duas turmas, cada uma com cinco Ministros. Esses órgãos fracionários é que julgam a maioria dos processos, ficando a cargo do Pleno apenas as atribuições mais importantes. 4- Em tribunais pequenos, como o STF, o Pleno funciona com agilidade. Agora imagine o Tribunal de Justiça de São Paulo, que possui mais de trezentos desembargadores! Nesse caso, o Plenário é um órgão muito grande e pouco ágil. Dessa forma, para acelerar ainda mais a atividade jurisdicional e administrativa dos tribunais que possuam mais de 25 julgadores, PODE (facultativo) ser criado um órgão intermediário, entre o Pleno e os órgãos fracionários, chamado de ÓRGÃO ESPECIAL. Esse órgão especial deverá possuir entre 11 e 25 membros e terá atribuições jurisdicionais e também administrativas. Por fim, metade das vagas nos órgãos especiais serão providas por eleição do Tribunal Pleno e a outra metade por antiguidade. 5- Você observou o termo “possibilidade”? Pois bem, a criação dos órgãos especiais é facultativa. 6- Observe o organograma abaixo: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 14 Esquematizando: - Assegura que os advogados e os membros do Ministério Público participem da composição dos Tribunais - 1/5 dos membros do TRFs, dos TJEst, TST e TRTs serão membros do MP com mais de 10 anos de carreira ou advogados com notório saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade ! Quinto constitucional - Indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos das respectivas classes - O Tribunal recebe a lista sêxtupla e elabora a lista tríplice - O Executivo escolhe um (da lista tríplice) em 20 dias - Não vale para os membros dos Tribunais superiores (exceto TST). Valendo somente para - TST - TRT - TRF - TJEst ! Órgão Especial - Facultativo - Em tribunais com mais de 25 julgadores - Número de membros do órgão especial - Mín 11 - Máx 25 - Provimento - ½ por antiguidade - ½ por eleição do tribunal pleno - Atribuições - Administrativas - Jurisdicionais - Delegadas do Tribunal Pleno Plenário 1ª Câmara 2ª Câmara 1ª Turma 2ª Turma 3ª Turma Órgão Especial CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 15 6. GARANTIAS INSTITUCIONAIS DO PODER JUDICIÁRIO A Constituição prevê algumas garantias ao Poder Judiciário para preservar sua independência funcional. Essas garantias não são privilégios ou benefícios exagerados, mas sim prerrogativas que asseguram a necessária independência para o exercício de suas funções. Primeiro, são crimes de responsabilidade do Presidente da República os atos que atentem contra o livre exercício do Judiciário (CF, art. 85, II). Dessa forma, não pode o Presidente da República limitar ou ferir a independência do Judiciário, sob pena de cometer crime de responsabilidade. Segundo, a Constituição Federal proíbe que as garantias do Judiciário sejam disciplinadas por medida provisória ou por lei delegada (CF, art. 62, § 1º, I, "c" + 68, § 1º, I). Esse mecanismo evita que o Presidente da República cometa abusos ao regular as garantias do Poder Judiciário. Por fim, a CF prevê a autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário (art. 99). Por AUTONOMIA FINANCEIRA, entende-se o fato do Judiciário elaborar as sua própria proposta orçamentária, obviamente, respeitada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Assim, é o próprio Judiciário quem decide como e quando gastar os seus recursos, evitando-se a interferência dos demais poderes. O encaminhamento das propostas orçamentárias deve ser feito: • Na União: pelos Presidentes do STF e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais. • Nos Estados e DFT: pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. Se os responsáveis não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados conjuntamente com os demais poderes na LDO. Além disso, se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na LDO, o Executivo procederá aos ajustes para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 16 Já a AUTONOMIA ADMINISTRATIVA é garantida pelo poder que o Judiciário tem de se auto-organizar. Dessa forma, os demais poderes não podem interferir na organização e estrutura do Poder Judiciário. Assim, a Constituição garante que os tribunais podem: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição; d) propor a criação de novas varas judiciárias; e) prover, por concurso de provas, ou de provas e títulos, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança; f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados; Ainda como pilar da autonomia administrativa, o Judiciário pode propor que o Legislativo elabore leis sobre sua organização. Assim, compete ao STF, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo (art. 96): a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 17 - Não são privilégios, mas sim prerrogativas que asseguram a necessária independência para o exercício de suas funções i. São crimes de responsabilidade do Presidente da República os atos que atentem contra o livre exercício do Judiciário (CF, art. 85, II) ii. Proibição que as garantias do Judiciário sejam disciplinadas por medida provisória ou por lei delegada (CF, art. 62, § 1º , I, "c" + 68, § 1º ,I) - Tribunais elaboram suas próprias propostas orçamentárias - Respeitando a LDO - Encaminhamento das propostas orçamentárias deve ser feito: • União: Presidentes do STF e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais • Estados e DFT: Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais - Se os responsáveis não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na LDO - Se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na LDO, o Executivo procederá aos ajustes para fins de consolidação da proposta orçamentária anual I - Os Tribunais podem: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição; d) propor a criação de novas varas judiciárias; e) prover, por concurso de provas, ou de provas e títulos, os cargos necessários à administração da Just., exceto os de confiança; f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados; II - O STF aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo: a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; G a r a n t i a s I n s t i t u c i o n a i s d o P o d e r J u d i c i á r i o i i i . A u t o n o m i a ( C F , a r t . 9 9 ) F i n a n c e i r a A d m i n i s t r a t i v a CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 18 7. ORGANIZAÇÃO DA CARREIRA DO PODER JUDICIÁRIO Além da autonomia administrativa e financeira e das demais garantias institucionais, o Poder Judiciário possui também uma forma peculiar de organizar a carreira dos membros dos tribunais e dos juízes. Primeiramente, a Constituição estabelece que o Estatuto da Magistratura seja uma Lei Complementar de iniciativa do STF e organize a carreira do Judiciário. Além disso, a referida lei deverá observar alguns princípios: ! Cargo inicial: O cargo inicial de ingresso na carreira do Poder Judiciário será o de juiz substituto e deve ser provido mediante concurso público de provas e títulos. Além disso, a Ordem dos Advogados do Brasil deve participar em todas as fases do concurso e os candidatos devem comprovar, para tomarem posse, três anos de atividade jurídica. Por fim, ao nomear os aprovados para os cargos de juiz substituto, o tribunal deve obedecer rigorosamente à ordem de classificação no concurso. ! Promoção: Uma vez tomado posse e exercendo a profissão, os juízes podem ser promovidos. Assim, a promoção dos juízes será de entrância para entrância e alternadamente, por antiguidade e merecimento, atendidas algumas normas. Meu caro Técnico do TRT/RJ, antes de estudarmos as normas para promoção dos juízes, vamos a algumas explicações: Os juízos de primeira instância são divididos em comarcas, que são os limites territoriais da competência de um determinado juiz ou Juízo de primeira instância. As comarcas são escalonadas em entrâncias, assim, o juiz de direito toma posse nas entrâncias iniciais e vai progredindo de entrância em entrância até chegar à entrância final, que é o último degrau da primeira instância (não confundir instância com entrância!). Foi isso então que a Constituição quis dizer: o juiz será promovido de entrância para entrância: das iniciais até as finais. Como exemplo, observe esse trecho, retirado do site www.wikipedia.org.br, explicando como está organizado o Poder Judiciário do Estado do Rio grande do Norte: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 19 Ademais, como critérios de promoção, devem ser observados a antiguidade e o merecimento. o Normas para a promoção: a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes consecutivas ou 5 alternadas em lista de merecimento; b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê- los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; ! Acesso aos tribunais de segundo grau: Os juízes serão promovidos até os tribunais de segunda instância (e se tornarão desembargadores) O poder judiciário é uma unidade cuja principal função é avaliar, controlar, executar e planejar todos os trabalhos de administração integrantes do sistema.[85] Atualmente o diretor geral é Cláudio José Marinho da Lima. A sede está localizada na Praça 7 de setembro, em Natal.[85] Representações deste poder estão espalhadas por todo o estado por meio de Comarcas, termo jurídico que designa uma divisão territorial específica, que indica os limites territoriais da competência de um determinado juiz ou Juízo de primeira instância. No Rio Grande do Norte, existem três tipos de comarca: as de primeira, segunda e terceira entrância. Dos sessenta e cinco municípios do estado com comarcas, trinta são de primeira entrância (são eles: Afonso Bezerra, Almino Afonso, Arez, Baraúna, Campo Grande, Cruzeta, Extremoz, Florânia, Governador Dix-Sept Rosado, Ipanguaçu, .......), vinte e cinco de segunda (instaladas nos municípios de Acari, Alexandria, Angicos, Apodi, Areia Branca, Canguaretama, Caraúbas, Goianinha, Jardim do Seridó, Jucurutu, Lajes, Luís Gomes, Macaíba, ......) e dez de terceira, este último com comarcas em Assu, Caicó, Ceará-Mirim, Currais Novos, João Câmara, Macau, Mossoró, Natal, Nova Cruz e Pau dos Ferros. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 20 por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância; ! Cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados: são etapa obrigatória do processo de vitaliciamento (falaremos sobre o vitaliciamento um pouco mais tarde). ! Aposentadoria e pensão: a aposentadoria e pensão dos membros do judiciário seguem a regra dos servidores públicos. ! Residência do juiz titular: o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal. Isso garante uma melhor prestação do Judiciário, uma vez que evita que os juízes titulares morem em uma comarca e trabalhem em outra (morem em uma cidade e trabalhem em outra cidade, por exemplo). ! Remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público: deverá ser fundado em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ, assegurada ampla defesa. ! Publicidade e motivação das decisões dos tribunais: via de regra, todas as decisões do Judiciário, tanto as administrativas quanto as jurisdicionais, são fundamentadas e públicas. Assim, todos os julgamentos são públicos, podendo ser acompanhados por qualquer pessoa. Excepcionalmente, a lei poderá limitar a publicidade para preservar o direito à intimidade. Além disso, as decisões administrativas dos tribunais serão sempre motivadas e em sessão pública, sendo que as decisões disciplinares são tomadas pela maioria absoluta de seus membros. ! Atividade jurisdicional ininterrupta: o Poder Judiciário deve exercer sua atividade jurisdicional (de dizer o direito) de forma contínua e sem interrupções. Assim, são vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau e, nos dias em que não houver expediente forense normal, deve haver juízes em plantão permanente. Observe que essa regra não se aplica aos Tribunais Superiores! Se aplicando somente aos de segundo grau. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 21 ! Número de juízes: deve ser proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população. Essa previsão serve para garantir a qualidade e a rapidez da prestação jurisdicional. ! Delegação aos servidores: os servidores (analistas e técnicos dos tribunais) receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório. Assim, para agilizar os trabalhos, o juiz pode delegar a algumas pessoas (um Diretor de Secretaria, por exemplo) alguns atos sem caráter decisório. ! Distribuição de processos: também para garantir a agilidade da prestação jurisdicional, a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. Isso significa que os processos chegarão nas mãos dos julgadores assim que derem entrada no tribunal. ! Subsídio: o valor máximo do subsídio de qualquer magistrado deve sempre respeitar o valor do subsídio dos Ministros do STF (o teto da Administração Pública). Além disso, existem algumas “regrinhas”: o O subsídio dos magistrados é sempre fixado ou alterado por lei específica, observada a iniciativa privativa dos tribunais em cada caso; o É garantida a revisão geral anual dos valores, sempre na mesma data e sem distinção de índices; o É garantida a irredutibilidade dos subsídios, para que o Judiciário não sofra pressões dos outros poderes. Deve-se ressaltar que essa irredutibilidade é nominal e não real, ou seja, a irredutibilidade protege somente contra a redução do valor em si, não protegendo o “salário do juiz” da inflação, por exemplo. o Teto do subsídio Ministros dos Tribunais Superiores: 95% do subsídio dos Ministros do STF. o Subsídio dos demais magistrados: deve ser fixado em lei e será, no máximo, 95% do subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores. Além disso, os valores dos subsídios serão escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 22 estrutura judiciária nacional, sendo que a diferença entre a federal e a estadual será de, no mínimo 5% e no máximo 10%. Esquematizando: Organização da carreira do Poder Judiciário ! Estatuto da Magistratura: LC de iniciativa do STF ! Ingresso na carreira - Cargo inicial: juiz substituto - Mediante concurso público de provas e títulos - Participação da OAB em todas as fases - 3 anos de atividade jurídica - Obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação ! Promoção - De entrância para entrância, - Alternadamente, por antiguidade e merecimento - Atendidas as seguintes normas: a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes consecutivas ou 5 alternadas em lista de merecimento; b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; c) aferição do - desempenho merecimento - critérios objetivos - produtividade - presteza no exercício da jurisdição - pela frequência - aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; ! Acesso aos tribunais de segundo grau: por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância; ! Cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados: são etapa obrigatória do processo de vitaliciamento ! Aposentadoria e pensão: segue a regra dos servidores públicos ! Residência do juiz titular: o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal ! Ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público: decisão por voto da MA - do respectivo tribunal ou - do CNJ o Assegurada ampla defesa CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 23 ! Publicidade e motivação - Regra - Todas as decisões são fundamentadas das decisões - Todos os julgamentos são públicos - Exceção: A lei poderá limitar a publicidade para preservar o direito à intimidade - Decisões administrativas - Motivadas dos tribunais - Sessão pública - As disciplinares são tomadas pela MA de seus membros ! Atividade jurisdicional - Vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau ininterrupta - Não se aplica aos Tribunais Superiores! - Somente aos de segundo grau - Dias em que não houver expediente forense normal: juízes em plantão permanente ! Número de juízes: proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população ! Delegação aos servidores: os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório ! Distribuição de processos: será imediata, em todos os graus de jurisdição ! Subsídio - Sempre observado o teto dos Ministros do STF - Fixado ou alterado por lei específica, observada a iniciativa privativa dos tribunais em cada caso - Revisão geral anual - Sempre na mesma data - Sem distinção de índices - Irredutibilidade dos subsídios (Nominal e não real) - Ministros dos Tribunais Superiores: 95% dos Ministros do STF - Demais magistrados - Fixado em lei - No máximo 95% dos Ministros dos Tribunais Superiores - Escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional - Diferença entre a federal e a estadual - Mín 5% - Máx 10% CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 24 8. GARANTIAS DOS MAGISTRADOS A Constituição prevê ainda três garantias aos membros do poder judiciário: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios. A vitaliciedade é adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2 anos e, uma vez adquirida, o magistrado só perderá o seu cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado. Assim, nem mesmo o Conselho Nacional de Justiça poderá declarar a perda do cargo de magistrado que adquiriu a vitaliciedade. Vale lembrar que os magistrados não possuem vitaliciedade durante o estágio probatório e, durante esse período, a perda do cargo dependerá de deliberação do tribunal a que o juiz está vinculado. Outra observação importante é que os Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e os Magistrados que ingressam nos Tribunais federais ou estaduais pela regra do "quinto constitucional" adquirem vitaliciedade no momento da posse, não precisando cumprir o estágio probatório. Existe uma exceção à vitaliciedade, onde o magistrado pode perder seu cargo por uma decisão de um órgão estranho ao judiciário: os Ministros do STF e os Conselheiros do CNJ poderão perder seus cargos caso sejam condenados pelo Senado Federal nos crime de responsabilidade. Já a Inamovibilidade assegura que os magistrados somente poderão ser removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer autoridade). Assim, a regra é que os magistrados somente podem ser removidos a pedido e nunca de ofício. No entanto, excepcionalmente, existem duas hipóteses de remoção contra a vontade do magistrado: 1- Quando houver interesse público, somente pela decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ e assegurada ampla defesa (art. 95, II). 2- Determinação do CNJ, a título de sanção administrativa, assegurada a ampla defesa (art. 103-B, §4º, III). CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 25 Por fim, a irredutibilidade de subsídio garante que os magistrados não poderão ter seus “salários” reduzidos e objetiva evitar que a atuação do magistrado seja objeto de pressões, advindas da redução remuneratória, garantindo a independência para o exercício das funções. Vale lembrar que a irredutibilidade é nominal e não real. Esquematizando: - Adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2 anos - Durante o estágio - Não há vitaliciedade probatório - A perda do cargo dependerá de deliberação do tribunal a que o juiz está vinculado a) Vitaliciedade - Uma vez adquirida, magistrado só perderá o seu cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado - Nem mesmo o Conselho Nacional de Justiça poderá declarar a perda do cargo de magistrado que adquiriu a vitaliciedade - Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e os Magistrados que ingressam nos Tribunais federais ou estaduais pela regra do "quinto constitucional" adquirem vitaliciedade no momento da POSSE - Exceção à vitaliciedade: os Ministros do STF e Conselheiros do CNJ serão julgados pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade, podendo perder seus cargos. - Assegura que os magistrados somente poderão ser removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer autoridade) • Salvo a) Por interesse público b) Inamovibilidade - Por decisão - Respectivo tribunal ou da MA do - CNJ - Assegurada ampla defesa b) determinação do CNJ, a título de sanção administrativa, assegurada a ampla defesa - CF, art. 103-B, § 4º, III + art. 95, II c) Irredutibilidade de subsídio: Objetiva evitar que a atuação do magistrado seja objeto de pressões, advindas da redução remuneratória, garantindo a independência para o exercício das funções. - A irredutibilidade é nominal; não é irredutibilidade real G ar an ti as d os m ag is tr ad os CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 26 9. VEDAÇÕES AOS MEMBROS DO JUDICIÁRIO A Constituição Federal, além de estabelecer a estrutura do Poder Judiciário, suas garantias e organização da carreira de seus membros, prevê também algumas vedações aos membros do Poder Judiciário. Essas vedações têm a finalidade de assegurar maior imparcialidade ao exercício da magistratura. As vedações são as seguintes: i. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério. Apesar do texto constitucional dizer “uma de magistério”, o Supremo decidiu que o magistrados pode exercer mais de uma atividade de magistério, desde que haja compatibilidade. ii. Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo. iii. Dedicar-se à atividade político-partidária. O magistrado não pode sequer filiar-se a partido político, devendo, afastar-se definitivamente da magistratura, mediante aposentadoria ou exoneração, caso decida pela atividade político-partidária. (TSE, Resolução Nº 19.978 (25.9.97). Consulta N° 353 – DF, Relator: Ministro Costa Leite). iv. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições, ressalvadas exceções previstas em lei. v. Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido três anos do afastamento do cargo. Essa vedação, chamada de “quarentena”, evita o tráfico de influência dentro do mesmo juízo, impedindo que um magistrado que se aposente atue como advogado no juízo ou tribunal do qual se afastou (pelo período de 3 anos contado de sua aposentadoria). Esquematizando: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 27 - Tem por intuito assegurar maior imparcialidade ao exercício da magistratura i. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério - Pode exercer mais de uma atividade de magistério, desde que haja compatibilidade ii. Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo iii. Dedicar-se à atividade político-partidária - Para se filiar a partido político, tem que se aposentar ou pedir exoneração. iv. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições, ressalvadas exceções previstas em lei v. Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido três anos do afastamento do cargo - Evita o tráfico de influência V ed aç õe s ao s m em b ro s d o ju d ic iá ri o CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 28 EXERCÍCIOS 1. (FCC - 2010 - TRE-AL - Analista Judiciário) Sobre o Poder Judiciário é correto afirmar: a) Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura. b) Um sexto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais será composto de membros do Ministério Público e de advogados, indicados em lista quíntupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. c) Os juízes gozam de vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após cinco anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do Supremo Tribunal Federal. d) Somente pelo voto de um terço de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os Tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. e) A União, o Distrito Federal, os Territórios e os Estados criarão a justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos indicados pelo Congresso Nacional, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos. Gabarito: A. Item A – CERTO. O Estatuto da Magistratura, lei complementar que organiza a carreira dos membros do Judiciário, é de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, conforme o art. 93 da Constituição. Item B – ERRADO. A questão tentou nos confundir trocando os números! Essa proporção de advogados e membros do MP será de um quinto (é o famoso quinto constitucional, disposto no art. 94), indicados em listas sêxtuplas. Lembre-se de que o quinto constitucional se aplica aos seguintes tribunais: Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça Estaduais, Tribunal Superior do Trabalho e Tribunais Regionais do Trabalho. Item C – ERRADO. Dois erros aqui: Os juízes adquirem vitaliciedade após dois anos de exercício e podem perder o cargo, durante o estágio CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 29 probatório, por deliberação do tribunal a que estiverem vinculados (e não do STF, como afirma a questão). Item D – ERRADO. O item aborda a conhecida “reserva de plenário”. Para se declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato do Poder Público em tribunais, é necessário o voto da maioria absoluta do plenário ou do órgão especial. Não confunda órgão especial com órgão fracionário! Órgãos especiais podem (é facultativo) ser criados por tribunais com mais de 25 membros, tendo atribuições jurisdicionais e também administrativas delegadas do Pleno. O órgão fracionário é uma subdivisão do Tribunal no intuito de acelerar a prestação da justiça, e não tem competência para declarar inconstitucionalidade de lei ou ato do Poder Público. Item E – ERRADO. Os juízes de paz são eleitos pelo povo, conforme o art. 98, II. 2. (FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário) Aos Juízes é vedado o exercício da advocacia no a) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por exoneração. b) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do cargo por exoneração. c) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dez anos do afastamento do cargo por exoneração. d) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do cargo por aposentadoria. e) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quatro anos do afastamento do cargo por aposentadoria. Gabarito: A. Nessa questão, só precisávamos saber por quanto tempo os juízes afastados do cargo ou aposentados ficam impedidos de advogar em seu tribunal ou juízo de origem. Conforme o art. 95, parágrafo único, V, o tempo é de três anos. Isso é uma espécie de “quarentena” estabelecida pela CF88. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 30 3. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário) Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete, no âmbito da União, a) ao Presidente da República, com aprovação do Supremo Tribunal Federal. b) ao Presidente do Supremo Tribunal Federal com aprovação do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal Superior Eleitoral. c) aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais. d) aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação do Presidente da República. e) ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, com aprovação da Ordem dos Advogados do Brasil. Gabarito: C. A resposta está no art. 99, que trata das questões administrativas e financeiras do Poder Judiciário. No âmbito da União, o STF e os Tribunais Superiores (STJ, TSE, STM e TST), com a aprovação dos respectivos tribunais, encaminharão a proposta do orçamento ao Presidente da República (responsável por apresentar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional). 4. (FCC - 2011 - TCE-SP - Procurador) Ao assegurar a autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário, a Constituição da República prevê que a) os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados pelo Poder Executivo na lei de diretrizes orçamentárias. b) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito dos Estados, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. c) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito da União, ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, ouvidos os outros tribunais interessados. d) se as propostas orçamentárias do Poder Judiciário forem encaminhadas em desacordo com os limites da lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Legislativo CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 31 procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. e) durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. Gabarito: B. Item A – ERRADO. A Constituição afirma que os limites serão estipulados conjuntamente com os demais Poderes na LDO (art. 99, § 1º). Item B – CERTO. De acordo com o art. 99, §2º, II. Item C – ERRADO. o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais (art. 99, §2º, I). Item D – ERRADO. Quem faz esse ajuste é o Poder Executivo, visto que é ele quem consolida a proposta que será enviada para aprovação do Legislativo. A situação em questão é trazida pelo §4º do artigo 99. Item E – ERRADO. Pequena (ou grande) maldade da banca, que suprimiu uma exceção que o §5º do art. 99 traz. Segue a íntegra do dispositivo: “Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais” 5. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) Em matéria de garantias aos juízes, considere: I. A que consiste na permanência na comarca em que é titular, salvo por motivo de interesse público. II. A que implica na sua permanência no cargo, salvo entre outras situações, por sentença judicial transitada em julgado, exoneração a pedido ou aposentadoria. As hipóteses dizem respeito, respectivamente, CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 32 a) à indisponibilidade e ao juízo natural. b) à vitaliciedade e a inamovibilidade. c) ao juízo natural e a inamovibilidade. d) à inamovibilidade e a vitaliciedade. e) à vitaliciedade e a segurança jurídica. Gabarito: D. A Constituição prevê três garantias aos membros do poder judiciário: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios. A vitaliciedade é adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2 anos e, uma vez adquirida, o magistrado só perderá o seu cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado. Já a inamovibilidade assegura que os magistrados somente poderão ser removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer autoridade). Cuidado, existem duas exceções! 1 - Quando houver interesse público, somente pela decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ e assegurada ampla defesa (art. 95, II). 2 - Determinação do CNJ, a título de sanção administrativa, assegurada a ampla defesa (art. 103-B, §4º, III). 6. (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário) A Constituição da República estabelece igualmente para membros do Poder Judiciário e do Ministério Público que a) os integrantes das carreiras deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do Tribunal. b) a vitaliciedade será adquirida após dois anos de exercício da função, dependendo a perda do cargo, inclusive nesse período, de sentença judicial transitada em julgado. c) o exercício da advocacia no juízo ou Tribunal do qual se afastaram é vedado antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 33 d) o exercício de atividade político-partidária é proibido, salvo exceções previstas em lei. e) o ato de remoção por interesse público será fundado em decisão do órgão colegiado competente, pelo voto de dois terços de seus membros, assegurada ampla defesa. Gabarito: C. Item A – ERRADO. Está correto para os membros do Judiciário, mas para os membros do Ministério Público, quem autoriza é o chefe da Instituição, conforme §2º do art. 129. Item B – ERRADO. Tanto para os membros do Judiciário quanto do Ministério Público, a vitaliciedade somente é adquirida após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo (após a vitaliciedade) senão por sentença judicial transitada em julgado. Nos dois primeiros anos de exercício (antes da vitaliciedade), poderá o juiz perder o cargo por deliberação do tribunal ao qual está vinculado, conforme o art. 95, I. Item C – CERTO. A Constituição veda expressamente que o juiz/membro do MP exerçam a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastaram, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. As garantias e vedações relacionadas aos juízes e membros do MP são constantemente cobradas pela FCC! Item D – ERRADO. Essa vedação é absoluta (não admite exceção), conforme art. 95, parágrafo único da CF88. Item E – ERRADO. O equívoco está no quórum. No art. 93, VIII, lemos: “o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa”. 7. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) A Fazenda Pública Federal, em virtude de sentenças judiciais transitadas em julgado, deve para Carlos, Plínio, Marcos, Flávio e Pompeu, cujos créditos são respectivamente decorrentes de salário, de pensão, de restituição de imposto, de indenização por morte e de indenização por invalidez. Segundo a Constituição Federal CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 34 brasileira, no caso, os pagamentos desses débitos serão realizados exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e, em tese, NÃO terá preferência, sobre os demais, o crédito de a) Pompeu. b) Carlos. c) Marcos. d) Plínio. e) Flávio. Gabarito: C. No §1º do art. 100, temos as situações em que alguns débitos judiciais da Fazenda Pública (precatórios) serão pagos com preferência sobre os demais. Entre eles, não se encontra o caso da restituição de imposto. 8. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) Os pagamentos devidos pela Fazenda Pública, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão na ordem cronológica de apresentação dos precatórios, a) sem qualquer exceção, e não gozam de qualquer preferência os portadores de doença grave e idosos, que apenas têm direito à prioridade de tramitação do processo nas fases de conhecimento e de execução. b) mas os débitos de natureza alimentícia e aqueles de que são credores pessoas com 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data da expedição do precatório, ou portadores de doenças graves, definidos na forma da lei, gozam de preferências autorizadas pela Constituição Federal. c) excluindo-se dessa regra os pagamentos de obrigações definidas em lei, como de pequeno valor, o qual será idêntico para todas as pessoas jurídicas públicas. d) excluindo-se dessa regra apenas os titulares que forem completando 60 (sessenta) anos de idade, os quais, imediatamente, de ofício ou a seu requerimento, passarão a gozar de preferência prevista na Constituição Federal. e) excluindo-se dessa regra somente os débitos de natureza alimentícia considerados de pequeno valor, o qual poderá ser variável para as diversas pessoas jurídicas públicas. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 35 Gabarito: B. A alternativa B é a única que traz corretamente as hipóteses de exceções à regra da ordem cronológica da apresentação dos precatórios conforme o artigo 100, §§ 1º e 2º. 9. (FCC - 2011 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário) Conforme prevê a Constituição Federal, no tocante ao Poder Judiciário, durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, EXCETO se a) previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. b) independentemente de prévia autorização, forem para receber chefe de delegação estrangeira em visita ao Supremo Tribunal Federal. c) independentemente de prévia autorização, forem para receber o chefe do Poder Executivo em visita ao Supremo Tribunal Federal. d) independentemente de prévia autorização, forem para homenagear o Presidente do Supremo Tribunal Federal por recebimento de prêmio no exterior. e) independentemente de prévia autorização, forem para realizar solenidade de despedida do Presidente do Supremo Tribunal Federal em exercício no término do seu mandato no caso de aposentadoria por tempo de serviço. Gabarito: A. Essa questão virou um clássico da FCC. Não há, na Constituição Federal, nenhuma previsão de procedimentos em relação a gastos de recepção e homenagens a chefes de missão estrangeira e chefes de Poderes. A alternativa A é a única de acordo com a CF88. Veja o art. 99, §5º: “Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.” 10. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) No que concerne ao Poder Judiciário, a Constituição Federal estabelece a necessidade de ser observado o princípio da alternância quanto aos critérios de antiguidade e merecimento na promoção de entrância para entrância, atendida, dentre outras, a seguinte norma: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 36 a) Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão. b) A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quarta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. c) Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência, sendo dispensável aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento. d) Na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de um terço de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação. e) É obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento. Gabarito: E. Item A – ERRADO. A primeira parte está certa, o juiz que retiver autos em seu poder além do prazo estipulado não será promovido. Mas ele não pode devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão. Item B – ERRADO. O corretor seria “a primeira quinta parte” da lista de antiguidade. Item C – ERRADO. A Constituição cita “FREQUÊNCIA E APROVEITAMENTO em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento” como critério para aferição do merecimento. Item D – ERRADO. O juiz mais antigo só será preterido pelo voto fundamentado de dois terços dos membros do tribunal, assegurada a ampla defesa. Item E – CERTO. É o que nos traz o art. 93, II, “a”. Se um juiz aparecer três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento, terá direito líquido e certo à promoção. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 37 11. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) Hércules, Presidente do Tribunal de Justiça, visando beneficiar seu filho Abrão, burlou a ordem cronológica e retardou a liquidação regular do precatório de Otávio. Nesse caso, Hércules incorreu em a) ilícito administrativo e responderá perante a Assembleia Legislativa do respectivo Estado. b) ilícito administrativo e responderá perante a Corregedoria do respectivo Tribunal. c) crime comum e responderá perante o Órgão Especial do respectivo Tribunal. d) crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça. e) crime comum e responderá perante a Assembleia Legislativa do respectivo Estado. Gabarito: D. Compreende ao disposto no §7º do art. 100. “O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça”. 12. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados, dentre outros, os seguintes princípios: a) o ato de remoção do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria simples do respectivo tribunal, assegurada ampla defesa. b) os servidores do judiciário receberão delegação para a prática de atos da administração e atos de mero expediente sem caráter decisório. c) ingresso na carreira, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil e do Ministério Público em todas as fases. d) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria relativa de seus membros. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 38 e) a promoção, de entrância para entrância, por merecimento, pressupõe um ano de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. Gabarito: B. Item A – ERRADO. O quórum correto é a maioria absoluta. Lembre-se de que ele pode ser removido pelo seu tribunal de origem ou pelo Conselho Nacional de Justiça. Item B – CERTO. De acordo com o art. 93, XIV, os atos de administração e de mero expediente poderão ser delegados a servidores, não precisando ser feitos por magistrados. Item C – ERRADO. O Ministério Público não participa da realização de concursos, somente a OAB. Item D – ERRADO. O correto seria maioria absoluta, de acordo com o art. 93, X. Item E – ERRADO. O erro está no tempo de exercício na respectiva entrância, que deve ser de dois anos, segundo o art. 93, II, alínea “b”. 13. (FCC - 2011 - TRE-RN - Técnico Judiciário) Os juízes gozam da garantia da vitaliciedade, que, a) no primeiro grau, só será adquirida após três anos de exercício. b) no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício. c) será sempre adquirida após cinco anos de exercício, independente do grau. d) será sempre adquirida após três anos de exercício, independente do grau. e) no primeiro grau, só será adquirida após cinco anos de exercício. Gabarito: B. A vitaliciedade é adquirida no primeiro grau, após dois anos de exercício, conforme o art. 95, I. Lembre-se de que os Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e os Magistrados que ingressam nos Tribunais federais ou estaduais pela regra do "quinto constitucional" adquirem vitaliciedade no momento da posse, não precisando cumprir o estágio probatório. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 39 14. (FCC - 2011 - TRE-TO - Técnico Judiciário) O Conselho Nacional de Justiça é um órgão a) do Poder Legislativo. b) do Poder Judiciário. c) do Poder Executivo. d) independente de qualquer órgão. e) vinculado ao Poder Legislativo e subordinado ao Executivo. Gabarito: B. O Conselho Nacional de Justiça foi criado pela Emenda Constitucional 45, de 2004, também chamada de “reforma do judiciário”. Tal emenda, entre diversas alterações, inseriu no texto constitucional o CNJ como órgão do Poder Judiciário (art. 92, I-A). 15. (FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário) No tocante ao Poder Judiciário, o Estatuto da Magistratura é disposto por Lei a) ordinária, de iniciativa do Senado Federal. b) ordinária, de iniciativa da Câmara dos Deputados. c) complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal. d) ordinária, de iniciativa do Conselho Nacional de Justiça. e) complementar, de iniciativa da Câmara dos Deputados. Gabarito: C. O Estatuto da Magistratura é a lei que, dentre outros, organiza a carreira do Judiciário brasileiro. Segundo o art. 93, a iniciativa desta lei complementar é do Supremo Tribunal Federal. 16. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário) O Estatuto da Magistratura será disposto por meio de lei a) ordinária, de iniciativa do Superior Tribunal de Justiça. b) delegada, de iniciativa da Câmara dos Deputados. c) ordinária, de iniciativa do Presidente da República. d) complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal. e) ordinária, de iniciativa do Senado Federal. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 40 Gabarito: D. Segundo o art. 93 da Constituição Federal, o estatuto da magistratura é uma lei complementar e sua iniciativa caberá ao Supremo Tribunal Federal. 17. (FCC - 2010 - SJCDH-BA - Agente Penitenciário) Para o efeito de cumprimento do quinto constitucional, o Tribunal competente, ao receber as indicações, formará uma lista tríplice e a enviará, para escolha e nomeação, ao a) Poder Executivo. b) Senado Federal. c) Congresso Nacional. d) Supremo Tribunal Federal. e) Conselho Nacional de Justiça. Gabarito: A. O procedimento para que um advogado ou membro do Ministério Público entre em um tribunal pelo quinto constitucional é bem simples: 1 - Os órgãos representativos das respectivas classes (do MP ou da OAB) enviam ao tribunal uma lista sêxtupla. 2 - O tribunal escolhe três nomes dessa lista sêxtupla, elaborando uma lista tríplice e a envia ao chefe do executivo. 3 - O chefe do executivo escolhe um dos três nomes em 20 dias. 18. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário) Quanto ao Poder Judiciário, considere: I. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de treze membros com mandato de dois anos, vedada a recondução. II. O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. III. Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente, além de outras, a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas rogatórias. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 41 IV. O número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população. V. É vedado aos servidores a percepção de delegação para a prática de atos de administração ou atos de mero expediente, ainda que sem caráter decisório. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e V. b) I, II e III. c) II, III e IV. d) III, IV e V. e) III e V. Gabarito: C. Item I – ERRADO. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de quinze membros, conforme o art. 103-B da Constituição Federal. Item II – CERTO. Trata-se da literalidade do art. 103, §1º da Constituição. O PGR deve ser ouvido em TODAS as ações do STF. Item III – CERTO. A carta rogatória é um instrumento jurídico de cooperação entre dois países. É similar à carta precatória, mas se diferencia deste por ter caráter internacional. A carta rogatória tem por objetivo a realização de atos e diligências processuais no exterior, como, por exemplo, audição de testemunhas. O exequatur significa “execute-se” ou “cumpra-se” e é dado pelo STJ. Assim, se algum país envia uma carta rogatória ao Brasil, quem dá a ordem de cumprimento é o STJ. Item IV – CERTO. É o que nos traz o art. 93, XIII. Com isso, a CF procura a prestação jurisdicional proporcional às demandas locais. Item V – ERRADO. Atos administrativos e atos de mero expediente sem caráter decisório poderão ser delegados a servidores do Judiciário, para que os magistrados possam exercer sua atividade-fim (prestar a justiça) com maior eficiência. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO PROFESSOR: ROBERTO
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