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Aula 31 Direito Constitucional Aula 04

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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO
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Aula 04
Da Organização dos Poderes: Do Poder Judiciário. 
I. DO PODER JUDICIÁRIO – DISPOSIÇÕES GERAIS ------------------------------------------ 3 
II. DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ) ----------------------------------------------- 44 
III. DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) ------------------------------------------------------- 56 
IV. DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) ------------------------------------------------- 78 
V. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES FEDERAIS -------------------- 94 
VI. DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DO TRABALHO ----------------------------------------------------- 109 
VII. QUESTÕES DA AULA ------------------------------------------------------------------------------------------ 123 
VIII. GABARITO ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 154 
IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA -------------------------------------------------------------------------- 155 
Olá futuros! Técnicos do TRT/RJ
Prontos para o SEU salário de R$ 4.052,96?
Na aula de hoje, estudaremos um assunto FUNDAMENTAL para a sua prova, 
afinal, o órgão no qual você irá trabalhar pertence a esse poder: o Poder 
Judiciário.
Esse é um assunto bastante delicado para as aulas online, uma vez que a
maioria das questões de prova cobra a literalidade da CF, sem muitas 
interpretações ou jurisprudência. Assim, você verá que os esquemas de hoje 
serão um pouco menos resumidos, com menos palavras-chave e mais 
transcrições do texto constitucional. Optei por fazer assim para que você 
já vá se acostumando com a letra da CF.
Como sempre, faremos muitos exercícios da Fundação Carlos Chagas para que 
você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 82
questões comentadas! Eu caprichei bastante nessa aula para que você 
GABARITE a prova de Direito Constitucional!!
Na aula de hoje, teremos APENAS 53 páginas de conteúdo (teoria). O 
restante das páginas é dividido entre MUUUUUUUUITOS exercícios 
comentados, muitos esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa 
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forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a leitura do material é 
bastante rápida e agradável!
Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email 
robertoconstitucional@gmail.com.
Vamos então à nossa aula!
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I. DO PODER JUDICIÁRIO – DISPOSIÇÕES GERAIS
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Meu caro Técnico do TRT/RJ, você deve se lembrar do princípio da
separação dos poderes, previsto no art. 2º da Constituição. Vamos revisar:
Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos 
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Esse princípio é importantíssimo porque evita que o poder fique todo nas mãos 
de uma só pessoa, evitando, assim, arbitrariedades e excessos. Além disso, 
tais poderes são INDEPENDENTES e HARMÔNICOS entre si.
Ainda relembrando: o Brasil é um Estado Democrático de direito, ou seja, o
Estado brasileiro é governado pelo povo (democrático) e também tem que 
obedecer às leis (de direito). Pois bem, a independência do Poder 
Judiciário é a base do Estado de Direito, uma vez que ele efetua o controle 
dos atos dos outros poderes e faz com que a Constituição seja efetivamente 
cumprida, tanto pelo Estado quanto pelos particulares.
A nossa Constituição trouxe ainda uma série de direitos fundamentais 
ligados ao Poder Judiciário, como o Princípio da unicidade de jurisdição (art. 
5º XXXV), o princípio do juiz natural (art. 5º XXXVII), a duração razoável do 
processo (art. 5º, LXXVIII), o Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII), a presunção 
da inocência (art. 5º, LVII), dentre outros.
2. SISTEMAS DE JULGAMENTO DE CONFLITOS
Observe que existem dois sistemas diferentes em relação a quem tem a 
competência para realizar o julgamento dos conflitos. O sistema inglês,
adotado pelo Brasil, é o sistema que prevê a unicidade de jurisdição.
Dessa forma, somente o Poder Judiciário tem a capacidade de fazer a 
coisa julgada e os conflitos administrativos NÃO podem ser julgados 
definitivamente nesse âmbito.
Observe bem que um particular pode exigir seus direitos em âmbito 
administrativo, exercendo, por exemplo, seu direito de petição. No entanto, as 
decisões proferidas pelo Estado em âmbito administrativo poderão ser 
reformadas pelo Poder Judiciário. Assim, somente o Judiciário faz coisa 
julgada.
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O outro sistema de resolução de conflitos é o sistema francês, também 
chamado de contencioso administrativo. Nesse modelo, existem duas 
jurisdições: a comum, feita pelo Poder Judiciário e a administrativa, feita em 
âmbito administrativo. Nesse modelo, as decisões proferidas em âmbito 
administrativo possuem força de coisa julgada administrativa.
Lembre-se: o modelo adotado pelo Brasil é o modelo inglês, onde 
somente o Judiciário faz coisa julgada.
3. FUNÇÕES DO PODER JUDICIÁRIO 
O Poder Judiciário, assim como os outros poderes, possui uma função típica e
também funções atípicas. A função típica do Judiciário é a função 
jurisdicional, ou seja, de dizer e aplicar o direito às controvérsias a ele 
submetidas.
Por outro lado, o Judiciário exerce, como funções atípicas, a função 
administrativa, quando atua enquanto Administração Pública (quando 
administra seus bens, serviços e pessoal, realiza licitações etc.) e a função 
legislativa, quando produz normas gerais obrigatórias aplicáveis no seu 
âmbito (ex: quando elabora seus Regimentos Internos).
Esquematizando:
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PODER JUDICIÁRIO
Observações Gerais
! O Poder Judiciário independente é a base do Estado de Direito
! Vários direitos fundamentais são - Princípio da unicidade de jurisdição (art. 5º XXXV)
relacionados ao Poder Judiciário - Princípio do Juiz Natural (art. 5º XXXVII)
- Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII)
- Presunção da inocência (art. 5º, LVII)
- Duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII)
- Outros
! Sistema - Inglês - Adotado pelo Brasil
- Unicidade de jurisdição
- Os conflitos administrativos NÃO podem ser julgados definitivamente 
em âmbito administrativo.
- Francês ou contencioso administrativo: Há coisa julgada administrativa
! Funções do - Típica - Função jurisdicional (ou de julgamento)
Judiciário - Dizer e aplicar o Direito às controvérsias a ele submetidas
- Atípica -Administrativa: Quando administra seus bens, serviços e pessoal, 
realiza licitações etc.
- Legislativa - Quando produz normas gerais, aplicáveis no seu 
âmbito
- Ex: Regimentos Internos dos Tribunais 
(equiparam-se às Leis Ordinárias)
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4. ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO
O art. 92 da Constituição Federal estabelece quais são os órgãos do Poder 
Judiciário. Observe:
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça; 
II - o Superior Tribunal de Justiça;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos
Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Antes de explicar como funciona a estrutura do Judiciário, observe-a
atentamente e depois, na medida em que eu for explicando, retorne ao quadro 
a seguir e visualize bem onde está cada órgão. 
- Além desses órgãos, também integra o Poder Judiciário o Conselho Nacional de Justiça – CNJ,
que não possui competências jurisdicionais.
No topo do Poder Judiciário, está o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é o 
“Guardião da Constituição” e é ele quem possui a última palavra no que se 
refere à interpretação constitucional. (volte agora e localize o STF no 
organograma).
Supremo Tribunal Federal -
STF 
Superior Tribunal de 
Justiça - STJ 
Tribunal de Justiça 
Estadual - TJEst 
Juiz Estadual, do 
DF e Territórios 
Tribunal Regional 
Federal - TRF 
Juiz Federal 
Tribunal Superior 
Eleitoral - TSE 
Tribunal Regional 
Eleitoral - TRE 
Juízes e Juntas 
Eleitorais 
Tribunal Superior do 
Trabalho - TST 
Tribunal Regional do 
Trabalho - TRT 
Juiz do Trabalho 
Superior Tribunal Militar -
STM 
Juízes Militares 1º grau
2º grau
Tribunais 
Superiores
Tribunais de 
Superposição
Tribunais de 
Convergência
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Logo abaixo do STF, estão os quatro Tribunais Superiores: Superior Tribunal 
de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior 
Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM). (volte agora e localize os 
Tribunais Superiores no organograma).
O Poder Judiciário, para fins didáticos, se divide em duas esferas: federal e
estadual. A esfera federal possui competências expressamente
enumeradas na Constituição, enquanto as competências da esfera estadual
são residuais.
A esfera federal se subdivide ainda em justiça comum, que julga as causas 
consideradas ordinárias, e justiça especializada, que julga as causas relativas 
à justiça do trabalho, eleitoral e militar.
Na esfera federal, existem os chamados Tribunais de Superposição. Esses 
Tribunais são aqueles onde, embora não pertençam a nenhuma justiça,
suas decisões se sobrepõem às decisões proferidas pelos órgãos 
inferiores (tanto da justiça comum quanto da especializada). O Brasil possui 
dois tribunais de superposição: o STF, que julga questões relativas à 
Constituição Federal, e o STJ, que julga questões relativas às leis,
assegurando a uniformização na interpretação da legislação federal. 
Importante lembrar que o STJ não realiza o controle abstrato de 
constitucionalidade, realizando somente o controle difuso. (volte agora
ao quadro e identifique os Tribunais de Superposição).
Existem, além dos tribunais de superposição, os Tribunais de Convergência.
Eles possuem esse nome porque as causas processadas pelos juízos inferiores 
convergem para esses Tribunais. Os tribunais de convergência brasileiros são 
os seguintes: Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de 
Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior 
Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM). Observe que o STF e 
o STJ são, ao mesmo tempo, tribunais de convergência e de 
superposição. (volte agora e observe como os juízos inferiores convergem 
para os juízos superiores: os juízes e tribunais eleitorais convergem para o 
TSE, os juízes e tribunais do trabalho convergem para o TRE, e assim por 
diante).
Passando agora para o degrau mais inferior do organograma (e pulando os 
Tribunais de 2º grau), estão os juízes de primeiro grau ou primeira 
instância. Esses juízes são órgãos singulares (isso mesmo! Um juiz é um 
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ÓRGÃO do Poder Judiciário!) e julgam monocraticamente, ou seja, apenas 
uma pessoa julga. É nos juízes de primeiro grau onde começa a grande 
maioria dos processos do judiciário. Assim, existem os juízes estaduais de 
primeiro grau, os juízes federais de primeiro grau e assim por diante. (volte 
agora e identifique os juízes de primeiro grau).
Logo acima dos juízes de primeiro grau, estão os Tribunais de segundo grau 
ou segunda instância. Esses Tribunais, situados imediatamente acima dos 
juízos singulares, funcionam como instância recursal destes. Assim, caso 
alguém “não fique satisfeito” com a sentença que o juiz de primeiro grau 
proferiu, ele pode recorrer ao tribunal de segunda instância para que sua 
sentença seja reapreciada por este. 
Além de funcionarem como instância recursal, os tribunais também possuem 
competências originárias, ou seja, existem alguns tipos de processo que já 
se iniciam no âmbito do tribunal, jamais passando pelo juiz singular. Portanto, 
os Tribunais possuem competências originárias e recursais. (Volte agora 
e observe os tribunais de segundo grau).
Uma informação que você deve sempre ter em mente é que, diferentemente 
dos juízos singulares, onde apenas uma pessoa julga, todos os tribunais são 
órgãos colegiados, ou seja, existem várias pessoas julgando de maneira 
conjunta.
Os membros dos tribunais possuem nomes diferentes, a depender do tribunal 
que atuam. Os julgadores dos Tribunais de Justiça Estaduais, por exemplo, são 
chamados de desembargadores. Os desembargadores são “juízes que foram 
promovidos” a membros dos Tribunais de Justiça. Já os membros dos Tribunais 
Superiores e do STF são, em regra, chamados de Ministros. Por exemplo, um 
membro do STJ se chama Ministro do STJ, enquanto um membro do STF se 
chama Ministro do STF. 
Voltando à estrutura do Poder Judiciário, existe ainda o Conselho Nacional de 
Justiça (CNJ). Esse órgão não está integrando o organograma acima porque 
ele não possui função jurisdicional, ou seja, o CNJ não pode julgar causas 
no Judiciário (não pode dizer o direito), sendo um órgão eminentemente 
administrativo.
“Mas então para que serve o CNJ?” Esse órgão tem a incumbência de realizar o 
controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do 
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cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Dessa forma, o CNJ é um 
órgão de controle INTERNO do Poder Judiciário (e não de controle 
externo!). 
Lembre-se que o órgão máximo do judiciário brasileiro é o Supremo Tribunal 
Federal e que o CNJ não tem nenhuma competência sobre o STF ou seus 
ministros. Além disso, o CNJ teve sua constitucionalidade questionada e o 
STF entendeu que sua criação não viola a Constituição (ADI 3.367/DF).
Uma derradeira informação importante sobre o CNJ: ele é um órgão do Poder 
Judiciário como um todo e os Estados não podem criar órgãos estaduais 
de controle interno ou externo do Poder Judiciário (ADI 3.367). Observe 
a súmula 649 do STF:
“É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de 
controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem 
representantes de outros Poderes ou entidades.”
Por fim, o STF e os Tribunais Superiores possuem jurisdição em todo o 
território nacional (lembre-se que o CNJ não possui jurisdição) e estes e o CNJ 
(STF+Tribunais Superiores+CNJ) têm sede na Capital Federal.
Saindo da esfera federal e indo para a outra esfera: a esfera estadual. Esta 
possui competências não enumeradas expressamente pela Constituição.
Assim, o que não está previsto na CF como federal será de competência 
estadual, sendo, por isso, chamada de residual. Além disso, os Tribunais de 
Justiça Estaduais (TJEst) podem realizar tanto o controle difuso de
constitucionalidade (frente à CF e à Constituição Estadual) quanto o controle 
concentrado de constitucionalidade (somente frente à Constituição Estadual).
Deve-se
lembrar o fato de que não existe judiciário municipal e que não 
existem mais Tribunais de Alçada, sendo que seus membros passaram a 
integrar os Tribunais de Justiça dos respectivos estados-membros, respeitadas 
a antiguidade e a classe de origem.
Explicando melhor: os Tribunais de Alçada ERAM tribunais de 2ª instância, que 
julgavam processos em grau de recurso e que tinham por finalidade auxiliar o 
Tribunal de Justiça de determinado Estado da Federação no julgamento dos 
processos. Além disso, cada Tribunal de Alçada tinha sua competência própria 
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e delimitada, ou seja, havia um rol de ações que somente aquele Tribunal de 
Alçada poderia julgar.
No entanto, como dito, esses tribunais foram extintos e seus membros 
passaram a fazer parte dos Tribunais de Justiça Estaduais, respeitadas a 
antiguidade e a classe de origem.
Esquematizando:
Estrutura do Poder Judiciário
- Supremo Tribunal Federal (STF)
- Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
- Superior Tribunal de Justiça (STJ)
- Tribunais Regionais Federais (TRFs) e Juízes Federais;
- Tribunais e Juízes do Trabalho (TRTs)
- Tribunais e Juízes Eleitorais (TREs)
- Tribunais e Juízes Militares 
- Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.(TJEst)
- Além desses órgãos, também integra o Poder Judiciário o Conselho Nacional de Justiça – CNJ,
que não possui competências jurisdicionais
Supremo Tribunal Federal -
STF 
Superior Tribunal de 
Justiça - STJ 
Tribunal de Justiça 
Estadual - TJEst 
Juiz Estadual, do 
DF e Territórios 
Tribunal Regional 
Federal - TRF 
Juiz Federal 
Tribunal Superior 
Eleitoral - TSE 
Tribunal Regional 
Eleitoral - TRE 
Juízes e Juntas 
Eleitorais 
Tribunal Superior do 
Trabalho - TST 
Tribunal Regional do 
Trabalho - TRT 
Juiz do Trabalho 
Superior Tribunal Militar -
STM 
Juízes Militares 
Ó
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Ju
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2)
1º grau
2º grau
Tribunais 
Superiores
Tribunais de 
Superposição
Tribunais de 
Convergência
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- STF
- Tribunais Superiores - STJ
- TST
- TSE
- STM
- CNJ: Não possui jurisdição
- Competências enumeradas expressamente na CF
• Comum
• Especializada - Justiça do Trabalho
- Justiça Eleitoral
- Justiça Militar
• Tribunais de - Embora não pertençam a nenhuma justiça, suas decisões se
Superposição sobrepõem às decisões proferidas pelos órgãos inferiores (tanto 
da justiça comum quanto da especializada)
- STF: questões relativas à CF
- STJ - Questões relativas às leis
- Assegurar a uniformização na interpretação da 
legislação federal
- Não realiza o controle abstrato de constitucionalidade
- Somente realiza o DIFUSO
• Tribunais de - As causas processadas pelos juízos inferiores convergem
Convergência para esses Tribunais
- STF
- STJ
- TST
- TSE
- STM
- Competências residuais
- Os TJ estaduais podem realizar o controle - Difuso (frente à CF e a CEst) 
- Concentrado (só frente a CEst)
- Não existe judiciário municipal
- Não existem mais Tribunais de Alçada: seus membros passaram a integrar os 
Tribunais de Justiça dos respectivos estados-membros, respeitadas a 
antiguidade e a classe de origem
E
sf
er
as
 d
o 
Ju
d
ic
iá
ri
o 
Federal 
Estadual
Tem jurisdição em todo 
o território nacional 
Tem sede na Capital Federal 
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5. O QUINTO CONSTITUCIONAL E OS ÓRGÃOS ESPECIAIS
Futuros Técnicos do TRT/RJ, ainda quanto à organização e estrutura do Poder 
Judiciário, a Constituição Federal contém duas importantes previsões: o 
quinto constitucional e os órgãos especiais.
a) O QUINTO CONSTITUCIONAL é uma regra que assegura que os 
advogados e os membros do Ministério Público participem da composição 
dos tribunais. Assim, alguns tribunais não são compostos apenas de 
“juízes promovidos” (ou desembargadores, lembra-se?), sendo que um 
quinto dos membros desses órgãos serão advogados ou membros do 
Ministério Público.
Requisitos: para poderem fazer parte da composição dos tribunais pelo 
quinto constitucional, os membros do Ministério Público precisam ter 
mais de 10 anos de carreira e os advogados precisam de notório 
saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade.
Tribunais onde se aplica o quinto constitucional: o quinto 
constitucional não se aplica a todos os tribunais, aplicando-se aos 
Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça Estaduais, 
Tribunal Superior do Trabalho e Tribunais Regionais do Trabalho.
Procedimento: o procedimento para que um advogado ou membro do 
Ministério Público entre em um tribunal pelo quinto constitucional é bem 
simples:
1- Os órgãos representativos das respectivas classes (do MP ou 
da OAB) enviam ao tribunal uma lista sêxtupla.
2- O tribunal escolhe três nomes dessa lista sêxtupla, elaborando 
uma lista tríplice e a envia ao chefe do executivo.
3- O chefe do executivo escolhe um dos três nomes em 20 dias.
b) A outra importante previsão constitucional acerca da estrutura e 
organização do Poder Judiciário é a possibilidade dos tribunais criarem 
um ÓRGÃO ESPECIAL.
Acompanhe o raciocínio:
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1- Um tribunal é a reunião dos seus membros. Por exemplo, o STF é 
a reunião de todos os seus 11 Ministros, o STJ é a reunião de todos os 
seus 33 Ministros, e assim por diante.
2- Quando todos os membros de um tribunal se reúnem ao mesmo 
tempo, eles estarão reunidos em Plenário, também chamado de 
Tribunal Pleno, ou simplesmente Pleno. (Ex: o Pleno do STF é a 
reunião dos seus 11 Ministros, o Pleno do STJ é a reunião dos seus 33 
Ministros etc.).
3- Para facilitar os trabalhos e acelerar a prestação jurisdicional, o 
tribunal pode se subdividir em órgãos fracionários (Câmaras e 
Turmas). Por exemplo, o STF se divide em duas turmas, cada uma 
com cinco Ministros.
Esses órgãos fracionários é que julgam a maioria dos processos, 
ficando a cargo do Pleno apenas as atribuições mais 
importantes.
4- Em tribunais pequenos, como o STF, o Pleno funciona com agilidade. 
Agora imagine o Tribunal de Justiça de São Paulo, que possui mais de 
trezentos desembargadores! Nesse caso, o Plenário é um órgão muito 
grande e pouco ágil. 
Dessa forma, para acelerar ainda mais a atividade jurisdicional e 
administrativa dos tribunais que possuam mais de 25 julgadores,
PODE (facultativo) ser criado um órgão intermediário, entre o Pleno e 
os órgãos fracionários, chamado de ÓRGÃO ESPECIAL. Esse órgão 
especial deverá possuir entre 11 e 25 membros e terá atribuições 
jurisdicionais e também administrativas.
Por fim, metade das vagas nos órgãos especiais serão providas por 
eleição do Tribunal Pleno e a outra metade por antiguidade.
5- Você observou o termo “possibilidade”? Pois bem, a criação dos 
órgãos especiais é facultativa.
6- Observe o organograma abaixo:
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Esquematizando:
- Assegura que os advogados e os membros do Ministério Público 
participem da composição dos Tribunais
- 1/5 dos membros do TRFs, dos TJEst, TST e TRTs serão membros 
do MP com mais de 10 anos de carreira ou advogados com notório 
saber jurídico, reputação
ilibada e mais de 10 anos de atividade
! Quinto constitucional - Indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos das 
respectivas classes
- O Tribunal recebe a lista sêxtupla e elabora a lista tríplice
- O Executivo escolhe um (da lista tríplice) em 20 dias
- Não vale para os membros dos Tribunais superiores (exceto TST). 
Valendo somente para - TST
- TRT
- TRF
- TJEst
! Órgão Especial - Facultativo
- Em tribunais com mais de 25 julgadores
- Número de membros do órgão especial - Mín 11
- Máx 25
- Provimento - ½ por antiguidade
- ½ por eleição do tribunal pleno
- Atribuições - Administrativas
- Jurisdicionais
- Delegadas do Tribunal Pleno
Plenário 
1ª Câmara 2ª Câmara 1ª Turma 2ª Turma 3ª Turma 
Órgão 
Especial 
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6. GARANTIAS INSTITUCIONAIS DO PODER JUDICIÁRIO
A Constituição prevê algumas garantias ao Poder Judiciário para preservar sua 
independência funcional. Essas garantias não são privilégios ou benefícios 
exagerados, mas sim prerrogativas que asseguram a necessária independência 
para o exercício de suas funções.
Primeiro, são crimes de responsabilidade do Presidente da República os 
atos que atentem contra o livre exercício do Judiciário (CF, art. 85, II).
Dessa forma, não pode o Presidente da República limitar ou ferir a 
independência do Judiciário, sob pena de cometer crime de responsabilidade.
Segundo, a Constituição Federal proíbe que as garantias do Judiciário 
sejam disciplinadas por medida provisória ou por lei delegada (CF, art. 
62, § 1º, I, "c" + 68, § 1º, I). Esse mecanismo evita que o Presidente da 
República cometa abusos ao regular as garantias do Poder Judiciário. 
Por fim, a CF prevê a autonomia administrativa e financeira do Poder 
Judiciário (art. 99). Por AUTONOMIA FINANCEIRA, entende-se o fato do 
Judiciário elaborar as sua própria proposta orçamentária, obviamente, 
respeitada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Assim, é o próprio 
Judiciário quem decide como e quando gastar os seus recursos, evitando-se a 
interferência dos demais poderes. 
O encaminhamento das propostas orçamentárias deve ser feito:
• Na União: pelos Presidentes do STF e dos Tribunais Superiores, com a 
aprovação dos respectivos tribunais.
• Nos Estados e DFT: pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a 
aprovação dos respectivos tribunais.
Se os responsáveis não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias 
dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para fins de 
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA 
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados conjuntamente com os 
demais poderes na LDO.
Além disso, se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo 
com os limites estipulados na LDO, o Executivo procederá aos ajustes para fins 
de consolidação da proposta orçamentária anual.
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Já a AUTONOMIA ADMINISTRATIVA é garantida pelo poder que o 
Judiciário tem de se auto-organizar. Dessa forma, os demais poderes não 
podem interferir na organização e estrutura do Poder Judiciário. Assim, a 
Constituição garante que os tribunais podem:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos 
internos, com observância das normas de processo e das garantias 
processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento 
dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos
que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional 
respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de 
carreira da respectiva jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso de provas, ou de provas e títulos, os cargos
necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos 
juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;
Ainda como pilar da autonomia administrativa, o Judiciário pode propor que o 
Legislativo elabore leis sobre sua organização. Assim, compete ao STF, aos 
Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo
(art. 96):
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus 
serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a 
fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos 
tribunais inferiores, onde houver;
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
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- Não são privilégios, mas sim prerrogativas que asseguram a necessária independência para o exercício de suas funções
i. São crimes de responsabilidade do Presidente da República os atos que atentem contra o livre exercício do Judiciário (CF, art. 85, II)
ii. Proibição que as garantias do Judiciário sejam disciplinadas por medida provisória ou por lei delegada (CF, art. 62, § 1º , I, "c" + 68, § 1º ,I)
- Tribunais elaboram suas próprias propostas orçamentárias
- Respeitando a LDO
- Encaminhamento das propostas orçamentárias deve ser feito:
• União: Presidentes do STF e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais
• Estados e DFT: Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais
- Se os responsáveis não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo
considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA vigente, ajustados de acordo 
com os limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na LDO
- Se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na LDO, o Executivo procederá aos 
ajustes para fins de consolidação da proposta orçamentária anual
I - Os Tribunais podem:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das 
partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional 
respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso de provas, ou de provas e títulos, os cargos necessários à administração da Just., exceto os de confiança;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;
II - O STF aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo:
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do 
subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
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7. ORGANIZAÇÃO DA CARREIRA DO PODER JUDICIÁRIO
Além da autonomia administrativa e financeira e das demais garantias 
institucionais, o Poder Judiciário possui também uma forma peculiar de 
organizar a carreira dos membros dos tribunais e dos juízes.
Primeiramente, a Constituição estabelece que o Estatuto da Magistratura
seja uma Lei Complementar de iniciativa do STF e organize a carreira do 
Judiciário. Além disso, a referida lei deverá observar alguns princípios:
! Cargo inicial: O cargo inicial de ingresso na carreira do Poder Judiciário 
será o de juiz substituto e deve ser provido mediante concurso 
público de provas e títulos. Além disso, a Ordem dos Advogados do 
Brasil deve participar em todas as fases do concurso e os candidatos 
devem comprovar, para tomarem posse, três anos de atividade 
jurídica. Por fim, ao nomear os aprovados para os cargos de juiz 
substituto, o tribunal deve obedecer rigorosamente à ordem de 
classificação no concurso.
! Promoção: Uma vez tomado posse e exercendo a profissão, os juízes 
podem ser promovidos. Assim, a promoção dos juízes será de entrância 
para entrância e alternadamente, por antiguidade e merecimento,
atendidas algumas normas. 
Meu caro Técnico do TRT/RJ, antes de estudarmos as normas para 
promoção dos juízes, vamos a algumas explicações:
Os juízos de primeira instância são divididos em comarcas, que são os 
limites territoriais da competência de um determinado juiz ou Juízo de 
primeira instância. As comarcas são escalonadas em entrâncias, assim, 
o juiz de direito toma posse nas entrâncias iniciais e vai progredindo de 
entrância em entrância até chegar à entrância final, que é o último 
degrau da primeira instância (não confundir instância com 
entrância!). Foi isso então que a Constituição quis dizer: o juiz será 
promovido de entrância para entrância: das iniciais até as finais.
Como exemplo, observe esse trecho, retirado do site
www.wikipedia.org.br, explicando como está organizado o Poder 
Judiciário do Estado do Rio grande do Norte:
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Ademais, como critérios de promoção, devem ser observados a 
antiguidade e o merecimento.
o Normas para a promoção:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes 
consecutivas ou 5 alternadas em lista de merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício 
na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta 
parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais 
requisitos quem aceite o lugar vago;
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos 
critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da 
jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais 
ou reconhecidos de aperfeiçoamento;
d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar 
o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus 
membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla 
defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver 
autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-
los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
! Acesso aos tribunais de segundo grau: Os juízes serão promovidos 
até os tribunais de segunda instância (e se tornarão desembargadores) 
O poder judiciário é uma unidade cuja principal função é avaliar, controlar, executar e 
planejar todos os trabalhos de administração integrantes do sistema.[85] Atualmente o diretor 
geral é Cláudio José Marinho da Lima. A sede está localizada na Praça 7 de setembro, em 
Natal.[85] Representações deste poder estão espalhadas por todo o estado por meio de 
Comarcas, termo jurídico que designa uma divisão territorial específica, que indica os limites 
territoriais da competência de um determinado juiz ou Juízo de primeira instância. No Rio 
Grande do Norte, existem três tipos de comarca: as de primeira, segunda e terceira entrância.
Dos sessenta e cinco municípios do estado com comarcas, trinta são de primeira entrância
(são eles: Afonso Bezerra, Almino Afonso, Arez, Baraúna, Campo Grande, Cruzeta,
Extremoz, Florânia, Governador Dix-Sept Rosado, Ipanguaçu, .......), vinte e cinco de 
segunda (instaladas nos municípios de Acari, Alexandria, Angicos, Apodi, Areia Branca,
Canguaretama, Caraúbas, Goianinha, Jardim do Seridó, Jucurutu, Lajes, Luís Gomes,
Macaíba, ......) e dez de terceira, este último com comarcas em Assu, Caicó, Ceará-Mirim,
Currais Novos, João Câmara, Macau, Mossoró, Natal, Nova Cruz e Pau dos Ferros.
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por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou 
única entrância;
! Cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de 
magistrados: são etapa obrigatória do processo de vitaliciamento
(falaremos sobre o vitaliciamento um pouco mais tarde).
! Aposentadoria e pensão: a aposentadoria e pensão dos membros do 
judiciário seguem a regra dos servidores públicos.
! Residência do juiz titular: o juiz titular residirá na respectiva comarca, 
salvo autorização do tribunal. Isso garante uma melhor prestação do 
Judiciário, uma vez que evita que os juízes titulares morem em uma 
comarca e trabalhem em outra (morem em uma cidade e trabalhem em 
outra cidade, por exemplo).
! Remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por 
interesse público: deverá ser fundado em decisão por voto da maioria
absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ, assegurada ampla defesa.
! Publicidade e motivação das decisões dos tribunais: via de regra, 
todas as decisões do Judiciário, tanto as administrativas quanto as 
jurisdicionais, são fundamentadas e públicas. Assim, todos os 
julgamentos são públicos, podendo ser acompanhados por qualquer 
pessoa. Excepcionalmente, a lei poderá limitar a publicidade para 
preservar o direito à intimidade.
Além disso, as decisões administrativas dos tribunais serão sempre 
motivadas e em sessão pública, sendo que as decisões disciplinares 
são tomadas pela maioria absoluta de seus membros.
! Atividade jurisdicional ininterrupta: o Poder Judiciário deve exercer 
sua atividade jurisdicional (de dizer o direito) de forma contínua e sem 
interrupções. Assim, são vedadas férias coletivas nos juízos e 
tribunais de segundo grau e, nos dias em que não houver expediente 
forense normal, deve haver juízes em plantão permanente. Observe que 
essa regra não se aplica aos Tribunais Superiores! Se aplicando 
somente aos de segundo grau.
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! Número de juízes: deve ser proporcional à efetiva demanda judicial e à 
respectiva população. Essa previsão serve para garantir a qualidade e a 
rapidez da prestação jurisdicional.
! Delegação aos servidores: os servidores (analistas e técnicos dos 
tribunais) receberão delegação para a prática de atos de administração e 
atos de mero expediente sem caráter decisório. Assim, para agilizar os 
trabalhos, o juiz pode delegar a algumas pessoas (um Diretor de 
Secretaria, por exemplo) alguns atos sem caráter decisório.
! Distribuição de processos: também para garantir a agilidade da 
prestação jurisdicional,
a distribuição de processos será imediata, em 
todos os graus de jurisdição. Isso significa que os processos chegarão 
nas mãos dos julgadores assim que derem entrada no tribunal.
! Subsídio: o valor máximo do subsídio de qualquer magistrado deve 
sempre respeitar o valor do subsídio dos Ministros do STF (o teto da 
Administração Pública). Além disso, existem algumas “regrinhas”:
o O subsídio dos magistrados é sempre fixado ou alterado por lei 
específica, observada a iniciativa privativa dos tribunais em cada 
caso;
o É garantida a revisão geral anual dos valores, sempre na mesma 
data e sem distinção de índices;
o É garantida a irredutibilidade dos subsídios, para que o 
Judiciário não sofra pressões dos outros poderes. Deve-se ressaltar 
que essa irredutibilidade é nominal e não real, ou seja, a
irredutibilidade protege somente contra a redução do valor em si, 
não protegendo o “salário do juiz” da inflação, por exemplo.
o Teto do subsídio Ministros dos Tribunais Superiores: 95% 
do subsídio dos Ministros do STF.
o Subsídio dos demais magistrados: deve ser fixado em lei e 
será, no máximo, 95% do subsídio dos Ministros dos 
Tribunais Superiores.
Além disso, os valores dos subsídios serão escalonados, em nível 
federal e estadual, conforme as respectivas categorias da 
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estrutura judiciária nacional, sendo que a diferença entre a 
federal e a estadual será de, no mínimo 5% e no máximo 10%.
Esquematizando:
Organização da carreira do Poder Judiciário
! Estatuto da Magistratura: LC de iniciativa do STF
! Ingresso na carreira - Cargo inicial: juiz substituto
- Mediante concurso público de provas e títulos
- Participação da OAB em todas as fases
- 3 anos de atividade jurídica
- Obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação
! Promoção - De entrância para entrância, 
- Alternadamente, por antiguidade e merecimento
- Atendidas as seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes consecutivas ou 5 
alternadas em lista de merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância 
e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não 
houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;
c) aferição do - desempenho 
merecimento - critérios objetivos - produtividade 
- presteza no exercício da jurisdição 
- pela frequência 
- aproveitamento em cursos oficiais ou 
reconhecidos de aperfeiçoamento;
d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo 
pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento 
próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além 
do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou 
decisão;
! Acesso aos tribunais de segundo grau: por antiguidade e merecimento, alternadamente, 
apurados na última ou única entrância;
! Cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados: são etapa 
obrigatória do processo de vitaliciamento
! Aposentadoria e pensão: segue a regra dos servidores públicos
! Residência do juiz titular: o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do 
tribunal
! Ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público: decisão 
por voto da MA - do respectivo tribunal ou
- do CNJ
o Assegurada ampla defesa
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! Publicidade e motivação - Regra - Todas as decisões são fundamentadas
das decisões - Todos os julgamentos são públicos
- Exceção: A lei poderá limitar a publicidade para preservar o 
direito à intimidade
- Decisões administrativas - Motivadas
dos tribunais - Sessão pública
- As disciplinares são tomadas pela 
MA de seus membros
! Atividade jurisdicional - Vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau
ininterrupta - Não se aplica aos Tribunais Superiores!
- Somente aos de segundo grau
- Dias em que não houver expediente forense normal: juízes em 
plantão permanente
! Número de juízes: proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população
! Delegação aos servidores: os servidores receberão delegação para a prática de atos de 
administração e atos de mero expediente sem caráter decisório
! Distribuição de processos: será imediata, em todos os graus de jurisdição
! Subsídio - Sempre observado o teto dos Ministros do STF
- Fixado ou alterado por lei específica, observada a iniciativa privativa dos tribunais 
em cada caso
- Revisão geral anual - Sempre na mesma data
- Sem distinção de índices
- Irredutibilidade dos subsídios (Nominal e não real)
- Ministros dos Tribunais Superiores: 95% dos Ministros do STF
- Demais magistrados - Fixado em lei
- No máximo 95% dos Ministros dos Tribunais 
Superiores
- Escalonados, em nível federal e estadual, conforme as 
respectivas categorias da estrutura judiciária nacional
- Diferença entre a federal e a estadual - Mín 5%
- Máx 10%
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8. GARANTIAS DOS MAGISTRADOS
A Constituição prevê ainda três garantias aos membros do poder judiciário: 
vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios.
A vitaliciedade é adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2 
anos e, uma vez adquirida, o magistrado só perderá o seu cargo em 
virtude de sentença judicial transitada em julgado. Assim, nem mesmo 
o Conselho Nacional de Justiça poderá declarar a perda do cargo de 
magistrado que adquiriu a vitaliciedade.
Vale lembrar que os magistrados não possuem vitaliciedade durante o estágio 
probatório e, durante esse período, a perda do cargo dependerá de deliberação 
do tribunal a que o juiz está vinculado.
Outra observação importante é que os Ministros do STF, dos Tribunais 
Superiores e os Magistrados que ingressam nos Tribunais federais ou estaduais 
pela regra do "quinto constitucional" adquirem vitaliciedade no momento da
posse, não precisando cumprir o estágio probatório.
Existe uma exceção à vitaliciedade, onde o magistrado pode perder seu 
cargo por uma decisão de um órgão estranho ao judiciário: os Ministros do STF 
e os Conselheiros do CNJ poderão perder seus cargos caso sejam condenados 
pelo Senado Federal nos crime de responsabilidade.
Já a Inamovibilidade assegura que os magistrados somente poderão ser 
removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer 
autoridade). Assim, a regra é que os magistrados somente podem ser 
removidos a pedido e nunca de ofício.
No entanto, excepcionalmente, existem duas hipóteses de remoção contra a 
vontade do magistrado:
1- Quando houver interesse público, somente pela decisão da maioria 
absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ e assegurada ampla defesa
(art. 95, II).
2- Determinação do CNJ, a título de sanção administrativa, assegurada 
a ampla defesa (art. 103-B, §4º, III).
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Por fim, a irredutibilidade de subsídio garante que os magistrados não 
poderão ter seus “salários” reduzidos e objetiva evitar que a atuação do 
magistrado seja objeto de pressões, advindas da redução remuneratória, 
garantindo a independência para o exercício das funções. Vale lembrar que a
irredutibilidade é nominal e não real.
Esquematizando:
- Adquirida
após o cumprimento do estágio probatório de 2 anos
- Durante o estágio - Não há vitaliciedade
probatório - A perda do cargo dependerá de deliberação do 
tribunal a que o juiz está vinculado
a) Vitaliciedade - Uma vez adquirida, magistrado só perderá o seu cargo em virtude de 
sentença judicial transitada em julgado
- Nem mesmo o Conselho Nacional de Justiça poderá declarar a perda do 
cargo de magistrado que adquiriu a vitaliciedade
- Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e os Magistrados que 
ingressam nos Tribunais federais ou estaduais pela regra do "quinto 
constitucional" adquirem vitaliciedade no momento da POSSE
- Exceção à vitaliciedade: os Ministros do STF e Conselheiros do 
CNJ serão julgados pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade, 
podendo perder seus cargos.
- Assegura que os magistrados somente poderão ser removidos por 
iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer 
autoridade)
• Salvo a) Por interesse público
b) Inamovibilidade - Por decisão - Respectivo tribunal ou 
da MA do - CNJ
- Assegurada ampla defesa
b) determinação do CNJ, a título de sanção 
administrativa, assegurada a ampla defesa
- CF, art. 103-B, § 4º, III + art. 95, II
c) Irredutibilidade de subsídio: Objetiva evitar que a atuação do magistrado seja objeto de 
pressões, advindas da redução remuneratória, garantindo a independência para o
exercício das funções.
- A irredutibilidade é nominal; não é irredutibilidade real
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9. VEDAÇÕES AOS MEMBROS DO JUDICIÁRIO
A Constituição Federal, além de estabelecer a estrutura do Poder Judiciário, 
suas garantias e organização da carreira de seus membros, prevê também 
algumas vedações aos membros do Poder Judiciário. Essas vedações têm a 
finalidade de assegurar maior imparcialidade ao exercício da magistratura.
As vedações são as seguintes:
i. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo 
uma de magistério. Apesar do texto constitucional dizer “uma de 
magistério”, o Supremo decidiu que o magistrados pode exercer mais 
de uma atividade de magistério, desde que haja compatibilidade.
ii. Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em 
processo.
iii. Dedicar-se à atividade político-partidária. O magistrado não pode 
sequer filiar-se a partido político, devendo, afastar-se definitivamente da 
magistratura, mediante aposentadoria ou exoneração, caso decida pela 
atividade político-partidária. (TSE, Resolução Nº 19.978 (25.9.97).
Consulta N° 353 – DF, Relator: Ministro Costa Leite).
iv. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições,
ressalvadas exceções previstas em lei.
v. Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou,
antes de decorrido três anos do afastamento do cargo. Essa vedação, 
chamada de “quarentena”, evita o tráfico de influência dentro do mesmo 
juízo, impedindo que um magistrado que se aposente atue como 
advogado no juízo ou tribunal do qual se afastou (pelo período de 3 anos 
contado de sua aposentadoria).
Esquematizando:
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- Tem por intuito assegurar maior imparcialidade ao exercício da magistratura
i. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de 
magistério
- Pode exercer mais de uma atividade de magistério, desde que haja 
compatibilidade
ii. Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo
iii. Dedicar-se à atividade político-partidária
- Para se filiar a partido político, tem que se aposentar ou pedir exoneração.
iv. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições, ressalvadas 
exceções previstas em lei
v. Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido 
três anos do afastamento do cargo
- Evita o tráfico de influência
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EXERCÍCIOS
1. (FCC - 2010 - TRE-AL - Analista Judiciário) Sobre o Poder Judiciário é correto 
afirmar:
a) Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre 
o Estatuto da Magistratura.
b) Um sexto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais será composto de 
membros do Ministério Público e de advogados, indicados em lista quíntupla 
pelos órgãos de representação das respectivas classes.
c) Os juízes gozam de vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida 
após cinco anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de 
deliberação do Supremo Tribunal Federal.
d) Somente pelo voto de um terço de seus membros ou dos membros do 
respectivo órgão especial poderão os Tribunais declarar a inconstitucionalidade 
de lei ou ato normativo do Poder Público.
e) A União, o Distrito Federal, os Territórios e os Estados criarão a justiça de 
paz, remunerada, composta de cidadãos indicados pelo Congresso Nacional, 
com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar 
casamentos.
Gabarito: A.
Item A – CERTO. O Estatuto da Magistratura, lei complementar que 
organiza a carreira dos membros do Judiciário, é de iniciativa do 
Supremo Tribunal Federal, conforme o art. 93 da Constituição.
Item B – ERRADO. A questão tentou nos confundir trocando os 
números! Essa proporção de advogados e membros do MP será de um 
quinto (é o famoso quinto constitucional, disposto no art. 94), 
indicados em listas sêxtuplas. Lembre-se de que o quinto 
constitucional se aplica aos seguintes tribunais: Tribunais Regionais 
Federais, Tribunais de Justiça Estaduais, Tribunal Superior do Trabalho 
e Tribunais Regionais do Trabalho.
Item C – ERRADO. Dois erros aqui: Os juízes adquirem vitaliciedade 
após dois anos de exercício e podem perder o cargo, durante o estágio 
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probatório, por deliberação do tribunal a que estiverem vinculados (e 
não do STF, como afirma a questão).
Item D – ERRADO. O item aborda a conhecida “reserva de plenário”. 
Para se declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato do Poder Público 
em tribunais, é necessário o voto da maioria absoluta do plenário ou 
do órgão especial.
Não confunda órgão especial com órgão fracionário! Órgãos especiais 
podem (é facultativo) ser criados por tribunais com mais de 25 
membros, tendo atribuições jurisdicionais e também administrativas 
delegadas do Pleno. O órgão fracionário é uma subdivisão do Tribunal 
no intuito de acelerar a prestação da justiça, e não tem competência 
para declarar inconstitucionalidade de lei ou ato do Poder Público.
Item E – ERRADO. Os juízes de paz são eleitos pelo povo, conforme o 
art. 98, II.
2. (FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário) Aos Juízes é vedado o exercício da 
advocacia no
a) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento 
do cargo por exoneração.
b) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do 
cargo por exoneração.
c) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dez anos do afastamento 
do cargo por exoneração.
d) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do 
cargo por aposentadoria.
e) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quatro anos do 
afastamento do cargo por aposentadoria.
Gabarito: A. Nessa questão, só precisávamos saber
por quanto tempo 
os juízes afastados do cargo ou aposentados ficam impedidos de 
advogar em seu tribunal ou juízo de origem. Conforme o art. 95, 
parágrafo único, V, o tempo é de três anos. Isso é uma espécie de 
“quarentena” estabelecida pela CF88. 
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3. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário) Ao Poder Judiciário é assegurada 
autonomia administrativa e financeira. Os tribunais elaborarão suas propostas 
orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais 
Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. O encaminhamento da proposta, 
ouvidos os outros tribunais interessados, compete, no âmbito da União,
a) ao Presidente da República, com aprovação do Supremo Tribunal Federal.
b) ao Presidente do Supremo Tribunal Federal com aprovação do Superior 
Tribunal de Justiça e do Tribunal Superior Eleitoral.
c) aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, 
com a aprovação dos respectivos tribunais.
d) aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, 
com a aprovação do Presidente da República.
e) ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, com aprovação da Ordem dos 
Advogados do Brasil.
Gabarito: C. A resposta está no art. 99, que trata das questões 
administrativas e financeiras do Poder Judiciário. No âmbito da União, 
o STF e os Tribunais Superiores (STJ, TSE, STM e TST), com a 
aprovação dos respectivos tribunais, encaminharão a proposta do 
orçamento ao Presidente da República (responsável por apresentar o 
projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional).
4. (FCC - 2011 - TCE-SP - Procurador) Ao assegurar a autonomia administrativa e 
financeira do Poder Judiciário, a Constituição da República prevê que
a) os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites 
estipulados pelo Poder Executivo na lei de diretrizes orçamentárias.
b) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito dos 
Estados, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos 
respectivos tribunais.
c) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito da União, 
ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, ouvidos os outros tribunais 
interessados.
d) se as propostas orçamentárias do Poder Judiciário forem encaminhadas em 
desacordo com os limites da lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Legislativo 
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procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta 
orçamentária anual.
e) durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a 
realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
Gabarito: B.
Item A – ERRADO. A Constituição afirma que os limites serão 
estipulados conjuntamente com os demais Poderes na LDO (art. 99, § 
1º).
Item B – CERTO. De acordo com o art. 99, §2º, II. 
Item C – ERRADO. o encaminhamento da proposta orçamentária 
compete, no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal 
Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos 
tribunais (art. 99, §2º, I). 
Item D – ERRADO. Quem faz esse ajuste é o Poder Executivo, visto que 
é ele quem consolida a proposta que será enviada para aprovação do 
Legislativo. A situação em questão é trazida pelo §4º do artigo 99.
Item E – ERRADO. Pequena (ou grande) maldade da banca, que 
suprimiu uma exceção que o §5º do art. 99 traz. Segue a íntegra do 
dispositivo: “Durante a execução orçamentária do exercício, não 
poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações 
que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a 
abertura de créditos suplementares ou especiais”
5. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) Em matéria de garantias aos juízes, 
considere:
I. A que consiste na permanência na comarca em que é titular, salvo por 
motivo de interesse público.
II. A que implica na sua permanência no cargo, salvo entre outras situações, 
por sentença judicial transitada em julgado, exoneração a pedido ou 
aposentadoria.
As hipóteses dizem respeito, respectivamente,
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a) à indisponibilidade e ao juízo natural.
b) à vitaliciedade e a inamovibilidade.
c) ao juízo natural e a inamovibilidade.
d) à inamovibilidade e a vitaliciedade.
e) à vitaliciedade e a segurança jurídica.
Gabarito: D. A Constituição prevê três garantias aos membros do poder 
judiciário: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de 
subsídios.
A vitaliciedade é adquirida após o cumprimento do estágio probatório 
de 2 anos e, uma vez adquirida, o magistrado só perderá o seu cargo 
em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
Já a inamovibilidade assegura que os magistrados somente poderão 
ser removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de 
qualquer autoridade). Cuidado, existem duas exceções!
1 - Quando houver interesse público, somente pela decisão da 
maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ e assegurada 
ampla defesa (art. 95, II).
2 - Determinação do CNJ, a título de sanção administrativa,
assegurada a ampla defesa (art. 103-B, §4º, III).
6. (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário) A Constituição da República
estabelece igualmente para membros do Poder Judiciário e do Ministério 
Público que
a) os integrantes das carreiras deverão residir na comarca da respectiva 
lotação, salvo autorização do Tribunal.
b) a vitaliciedade será adquirida após dois anos de exercício da função, 
dependendo a perda do cargo, inclusive nesse período, de sentença judicial 
transitada em julgado.
c) o exercício da advocacia no juízo ou Tribunal do qual se afastaram é vedado 
antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou 
exoneração.
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d) o exercício de atividade político-partidária é proibido, salvo exceções 
previstas em lei.
e) o ato de remoção por interesse público será fundado em decisão do órgão 
colegiado competente, pelo voto de dois terços de seus membros, assegurada 
ampla defesa.
Gabarito: C.
Item A – ERRADO. Está correto para os membros do Judiciário, mas 
para os membros do Ministério Público, quem autoriza é o chefe da 
Instituição, conforme §2º do art. 129.
Item B – ERRADO. Tanto para os membros do Judiciário quanto do 
Ministério Público, a vitaliciedade somente é adquirida após dois anos 
de exercício, não podendo perder o cargo (após a vitaliciedade) senão 
por sentença judicial transitada em julgado. Nos dois primeiros anos 
de exercício (antes da vitaliciedade), poderá o juiz perder o cargo por
deliberação do tribunal ao qual está vinculado, conforme o art. 95, I.
Item C – CERTO. A Constituição veda expressamente que o 
juiz/membro do MP exerçam a advocacia no juízo ou tribunal do qual 
se afastaram, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo 
por aposentadoria ou exoneração. As garantias e vedações 
relacionadas aos juízes e membros do MP são constantemente 
cobradas pela FCC!
Item D – ERRADO. Essa vedação é absoluta (não admite exceção),
conforme art. 95, parágrafo único da CF88.
Item E – ERRADO. O equívoco está no quórum. No art. 93, VIII, lemos: 
“o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por 
interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta
do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada 
ampla defesa”.
7. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) A Fazenda Pública 
Federal, em virtude de sentenças judiciais transitadas em julgado, deve para 
Carlos, Plínio, Marcos, Flávio e Pompeu, cujos créditos são respectivamente 
decorrentes de salário, de pensão, de restituição de imposto, de indenização 
por morte e de indenização por invalidez. Segundo a Constituição Federal 
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brasileira, no caso, os pagamentos desses débitos serão realizados 
exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e, em 
tese, NÃO terá preferência, sobre os demais, o crédito de
a) Pompeu.
b) Carlos.
c) Marcos.
d) Plínio.
e) Flávio.
Gabarito: C. No §1º do art. 100, temos as situações em que alguns 
débitos judiciais da Fazenda Pública (precatórios) serão pagos com 
preferência sobre os demais. Entre eles, não se encontra o caso da 
restituição de imposto.
8. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) Os pagamentos 
devidos pela Fazenda Pública, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão na 
ordem cronológica de apresentação dos precatórios,
a) sem qualquer exceção, e não gozam de qualquer preferência os portadores 
de doença grave e idosos, que apenas têm direito à prioridade de tramitação 
do processo nas fases de conhecimento e de execução.
b) mas os débitos de natureza alimentícia e aqueles de que são credores 
pessoas com 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data da expedição do 
precatório, ou portadores de doenças graves, definidos na forma da lei, gozam 
de preferências autorizadas pela Constituição Federal.
c) excluindo-se dessa regra os pagamentos de obrigações definidas em lei, 
como de pequeno valor, o qual será idêntico para todas as pessoas jurídicas 
públicas.
d) excluindo-se dessa regra apenas os titulares que forem completando 60 
(sessenta) anos de idade, os quais, imediatamente, de ofício ou a seu 
requerimento, passarão a gozar de preferência prevista na Constituição 
Federal.
e) excluindo-se dessa regra somente os débitos de natureza alimentícia 
considerados de pequeno valor, o qual poderá ser variável para as diversas 
pessoas jurídicas públicas.
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Gabarito: B. A alternativa B é a única que traz corretamente as 
hipóteses de exceções à regra da ordem cronológica da apresentação 
dos precatórios conforme o artigo 100, §§ 1º e 2º.
9. (FCC - 2011 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário) Conforme prevê a 
Constituição Federal, no tocante ao Poder Judiciário, durante a execução 
orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a 
assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias, EXCETO se
a) previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou 
especiais.
b) independentemente de prévia autorização, forem para receber chefe de 
delegação estrangeira em visita ao Supremo Tribunal Federal.
c) independentemente de prévia autorização, forem para receber o chefe do 
Poder Executivo em visita ao Supremo Tribunal Federal.
d) independentemente de prévia autorização, forem para homenagear o 
Presidente do Supremo Tribunal Federal por recebimento de prêmio no 
exterior.
e) independentemente de prévia autorização, forem para realizar solenidade 
de despedida do Presidente do Supremo Tribunal Federal em exercício no 
término do seu mandato no caso de aposentadoria por tempo de serviço.
Gabarito: A. Essa questão virou um clássico da FCC. Não há, na 
Constituição Federal, nenhuma previsão de procedimentos em relação 
a gastos de recepção e homenagens a chefes de missão estrangeira e 
chefes de Poderes. A alternativa A é a única de acordo com a CF88. 
Veja o art. 99, §5º: “Durante a execução orçamentária do exercício, 
não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de 
obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a 
abertura de créditos suplementares ou especiais.”
10. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) No que 
concerne ao Poder Judiciário, a Constituição Federal estabelece a necessidade 
de ser observado o princípio da alternância quanto aos critérios de antiguidade 
e merecimento na promoção de entrância para entrância, atendida, dentre 
outras, a seguinte norma:
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a) Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu 
poder além do prazo legal, podendo devolvê-los ao cartório sem o devido 
despacho ou decisão.
b) A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na 
respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quarta parte da lista de 
antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar 
vago.
c) Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos 
de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência, sendo 
dispensável aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de 
aperfeiçoamento.
d) Na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais 
antigo pelo voto fundamentado de um terço de seus membros, conforme 
procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até 
fixar-se a indicação.
e) É obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou 
cinco alternadas em lista de merecimento.
Gabarito: E.
Item A – ERRADO. A primeira parte está certa, o juiz que retiver autos 
em seu poder além do prazo estipulado não será promovido. Mas ele 
não pode devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.
Item B – ERRADO. O corretor seria “a primeira quinta parte” da lista 
de antiguidade.
Item C – ERRADO. A Constituição cita “FREQUÊNCIA E 
APROVEITAMENTO em cursos oficiais ou reconhecidos de 
aperfeiçoamento” como critério para aferição do merecimento.
Item D – ERRADO. O juiz mais antigo só será preterido pelo voto 
fundamentado de dois terços dos membros do tribunal, assegurada a 
ampla defesa.
Item E – CERTO. É o que nos traz o art. 93, II, “a”. Se um juiz aparecer 
três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento, 
terá direito líquido e certo à promoção.
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11. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) Hércules, Presidente do Tribunal de 
Justiça, visando beneficiar seu filho Abrão, burlou a ordem cronológica e 
retardou a liquidação regular do precatório de Otávio. Nesse caso, Hércules 
incorreu em
a) ilícito administrativo e responderá perante a Assembleia Legislativa do 
respectivo Estado.
b) ilícito administrativo e responderá perante a Corregedoria do respectivo 
Tribunal.
c) crime comum e responderá perante o Órgão Especial do respectivo Tribunal.
d) crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho 
Nacional de Justiça.
e) crime comum e responderá perante a Assembleia Legislativa do respectivo 
Estado.
Gabarito: D. Compreende ao disposto no §7º do art. 100. “O Presidente 
do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar 
ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em 
crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho 
Nacional de Justiça”.
12. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário) Lei complementar,
de 
iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da 
Magistratura, observados, dentre outros, os seguintes princípios:
a) o ato de remoção do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em 
decisão por voto da maioria simples do respectivo tribunal, assegurada ampla 
defesa.
b) os servidores do judiciário receberão delegação para a prática de atos da 
administração e atos de mero expediente sem caráter decisório.
c) ingresso na carreira, mediante concurso público de provas e títulos, com a 
participação da Ordem dos Advogados do Brasil e do Ministério Público em 
todas as fases.
d) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão 
pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria relativa de seus 
membros.
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e) a promoção, de entrância para entrância, por merecimento, pressupõe um 
ano de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta 
parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos 
quem aceite o lugar vago.
Gabarito: B.
Item A – ERRADO. O quórum correto é a maioria absoluta. Lembre-se 
de que ele pode ser removido pelo seu tribunal de origem ou pelo 
Conselho Nacional de Justiça.
Item B – CERTO. De acordo com o art. 93, XIV, os atos de 
administração e de mero expediente poderão ser delegados a 
servidores, não precisando ser feitos por magistrados.
Item C – ERRADO. O Ministério Público não participa da realização de 
concursos, somente a OAB.
Item D – ERRADO. O correto seria maioria absoluta, de acordo com o 
art. 93, X.
Item E – ERRADO. O erro está no tempo de exercício na respectiva 
entrância, que deve ser de dois anos, segundo o art. 93, II, alínea “b”.
13. (FCC - 2011 - TRE-RN - Técnico Judiciário) Os juízes gozam da garantia da 
vitaliciedade, que,
a) no primeiro grau, só será adquirida após três anos de exercício.
b) no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício.
c) será sempre adquirida após cinco anos de exercício, independente do grau.
d) será sempre adquirida após três anos de exercício, independente do grau.
e) no primeiro grau, só será adquirida após cinco anos de exercício.
Gabarito: B. A vitaliciedade é adquirida no primeiro grau, após dois 
anos de exercício, conforme o art. 95, I. Lembre-se de que os Ministros 
do STF, dos Tribunais Superiores e os Magistrados que ingressam nos 
Tribunais federais ou estaduais pela regra do "quinto constitucional"
adquirem vitaliciedade no momento da posse, não precisando cumprir 
o estágio probatório.
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14. (FCC - 2011 - TRE-TO - Técnico Judiciário) O Conselho Nacional de Justiça é 
um órgão
a) do Poder Legislativo.
b) do Poder Judiciário.
c) do Poder Executivo.
d) independente de qualquer órgão.
e) vinculado ao Poder Legislativo e subordinado ao Executivo.
Gabarito: B. O Conselho Nacional de Justiça foi criado pela Emenda 
Constitucional 45, de 2004, também chamada de “reforma do 
judiciário”. Tal emenda, entre diversas alterações, inseriu no texto 
constitucional o CNJ como órgão do Poder Judiciário (art. 92, I-A).
15. (FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário) No tocante ao 
Poder Judiciário, o Estatuto da Magistratura é disposto por Lei
a) ordinária, de iniciativa do Senado Federal.
b) ordinária, de iniciativa da Câmara dos Deputados.
c) complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal.
d) ordinária, de iniciativa do Conselho Nacional de Justiça.
e) complementar, de iniciativa da Câmara dos Deputados.
Gabarito: C. O Estatuto da Magistratura é a lei que, dentre outros, 
organiza a carreira do Judiciário brasileiro. Segundo o art. 93, a 
iniciativa desta lei complementar é do Supremo Tribunal Federal.
16. (FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário) O Estatuto da 
Magistratura será disposto por meio de lei
a) ordinária, de iniciativa do Superior Tribunal de Justiça.
b) delegada, de iniciativa da Câmara dos Deputados.
c) ordinária, de iniciativa do Presidente da República.
d) complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal.
e) ordinária, de iniciativa do Senado Federal.
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Gabarito: D. Segundo o art. 93 da Constituição Federal, o estatuto da 
magistratura é uma lei complementar e sua iniciativa caberá ao 
Supremo Tribunal Federal.
17. (FCC - 2010 - SJCDH-BA - Agente Penitenciário) Para o efeito de cumprimento 
do quinto constitucional, o Tribunal competente, ao receber as indicações, 
formará uma lista tríplice e a enviará, para escolha e nomeação, ao
a) Poder Executivo.
b) Senado Federal.
c) Congresso Nacional.
d) Supremo Tribunal Federal.
e) Conselho Nacional de Justiça.
Gabarito: A. O procedimento para que um advogado ou membro do 
Ministério Público entre em um tribunal pelo quinto constitucional é 
bem simples:
1 - Os órgãos representativos das respectivas classes (do MP 
ou da OAB) enviam ao tribunal uma lista sêxtupla.
2 - O tribunal escolhe três nomes dessa lista sêxtupla, 
elaborando uma lista tríplice e a envia ao chefe do executivo.
3 - O chefe do executivo escolhe um dos três nomes em 
20 dias.
18. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Analista Judiciário) Quanto ao Poder 
Judiciário, considere:
I. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de treze membros com mandato 
de dois anos, vedada a recondução.
II. O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações 
de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo 
Tribunal Federal.
III. Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, 
originariamente, além de outras, a homologação de sentenças estrangeiras e a 
concessão de exequatur às cartas rogatórias.
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IV. O número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva 
demanda judicial e à respectiva população.
V. É vedado aos servidores a percepção de delegação para a prática de atos de 
administração ou atos de mero expediente, ainda que sem caráter decisório.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e V.
b) I, II e III.
c) II, III e IV.
d) III, IV e V.
e) III e V.
Gabarito: C.
Item I – ERRADO. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de quinze 
membros, conforme o art. 103-B da Constituição Federal.
Item II – CERTO. Trata-se da literalidade do art. 103, §1º da 
Constituição. O PGR deve ser ouvido em TODAS as ações do STF.
Item III – CERTO. A carta rogatória é um instrumento jurídico de 
cooperação entre dois países. É similar à carta precatória, mas se 
diferencia deste por ter caráter internacional. A carta rogatória tem 
por objetivo a realização de atos e diligências processuais no exterior, 
como, por exemplo, audição de testemunhas. O exequatur significa 
“execute-se” ou “cumpra-se” e é dado pelo STJ. Assim, se algum país 
envia uma carta rogatória ao Brasil, quem dá a ordem de cumprimento
é o STJ.
Item IV – CERTO. É o que nos traz o art. 93, XIII. Com isso, a CF 
procura a prestação jurisdicional proporcional às demandas locais.
Item V – ERRADO. Atos administrativos e atos de mero expediente 
sem caráter decisório poderão ser delegados a servidores do 
Judiciário, para que os magistrados possam exercer sua atividade-fim 
(prestar a justiça) com maior eficiência.
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