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Aula 53 Direito Constitucional Aula 06

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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 06
Da Administração Pública: disposições gerais, dos servidores 
públicos. 
I. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ------------------------------------------------------------------------------------ 2 
II. SERVIDORES PÚBLICOS ---------------------------------------------------------------------------------------- 10 
III. REGIME DE PREVIDÊNCIA PRÓPRIO DOS SERVIDORES PÚBLICOS ----------- 29 
IV. DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DF E DOS TERRITÓRIOS --------------------- 34 
V. QUESTÕES DA AULA ----------------------------------------------------------------------------------------------- 70 
VI. GABARITO ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 86 
VII. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ------------------------------------------------------------------------------ 87 
Olá futuros Técnicos do TRT/RJ!
Prontos para o SEU salário de R$ 4.052,96?
Estamos chegando ao nosso último encontro! Espero que o curso tenha 
alcançado as expectativas de todos, e fico aguardando notícias com os 
resultados positivos, que certamente estão por vir!
Na aula de hoje, estudaremos a Administração Pública.
Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na sequência. Ao 
responder as questões, leia todos os comentários, pois foram feitas várias 
observações além da mera resolução da questão.
Na aula de hoje, teremos APENAS 22 páginas de conteúdo (teoria). O 
restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS
esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o 
número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e 
agradável!
Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email 
robertoconstitucional@gmail.com.
Estarei sempre à disposição de vocês! Vamos então à nossa aula!
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I. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Meus caros alunos e futuros Técnicos do TRT/RJ, o tema a ser estudado na 
aula de hoje é, na grande maioria das vezes, visto com muito mais 
profundidade na disciplina Direito Administrativo. Apesar de a Constituição 
trazer uma série de disposições sobre a Administração Pública, os demais atos 
normativos que regulamentam o texto constitucional são estudados naquele 
ramo do direito. Assim, por mais difícil que possa ser, peço a todos que,
nessa aula, se mantenham focados no texto constitucional e nas 
informações que eu repassar, senão, correremos o risco de ultrapassarmos 
os limites da nossa disciplina, combinado?
1. CONCEITO
A Administração Pública pode ser entendida de duas formas:
a) Sentido material ou objetivo: é o conjunto de atividades que 
costumam ser consideradas “próprias da função administrativa”, não 
importando quem as exerça. São exemplos dessas atividades: serviços 
públicos, polícia administrativa, intervenção e fomento econômicos, entre 
outros.
b) Sentido formal ou subjetivo: para esse conceito, a Administração Pública 
é o conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes que nosso 
ordenamento jurídico identifica como sendo partes da Administração Pública. 
Esse é o conceito adotado pelo Brasil.
Continuando: a Administração Pública pode ser divida em direta ou indireta.
Ela será DIRETA quando as atividades forem exercidas diretamente pela 
pessoa estatal (União, Estados, DF e municípios) e será INDIRETA quando a 
atividade for exercida por uma pessoa diferente daquelas pessoas estatais.
Explicando melhor: 
Quando José pega uma marreta com sua mão e bate na cabeça de alguém, o
responsável foi “José” ou foi a “mão de José”? Resposta: José.
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Continue no raciocínio: o coração de José não é José, mas sim um de seus 
órgãos; o pulmão de José não é José, mas sim um de seus órgãos... e José é o 
somatório de todos os seus órgãos.
Devemos compreender da mesma forma quando pensamos em 
Administração DIRETA: (exemplo) a pessoa jurídica é a UNIÃO e esta possui 
vários órgãos como a Presidência da República, a Polícia Federal, o Tribunal de 
Contas da União, a Câmara dos Deputados, o Senado Federal etc. Assim, a 
pessoa que pratica o ato não é a Câmara dos Deputados (órgão), mas sim a 
União (pessoa jurídica).
Já quando pensamos em Administração INDIRETA, devemos pensar em 
pessoas diferentes. O Estado cria uma nova pessoa para exercer uma 
determinada função que ele (o Estado) acha melhor não exercer diretamente. 
Nesse caso, não é a União em si quem pratica o ato, mas sim uma pessoa 
(entidade) criada por ela para exercer uma determinada atividade.
São entidades da Administração INDIRETA:
- Autarquias (Ex: Banco Central)
- Fundações Públicas (Ex: Universidade de Brasília)
- Empresas Públicas (EP) (Ex: Caixa Econômica Federal)
- Sociedades de Economia Mista (SEM) (Ex: Banco do Brasil)
ESQUEMATIZANDO:
DICA: 
Quando se fala em Administração DIRETA, fala-se em órgãos.
Quando se fala em Administração INDIRETA, fala-se em entidades.
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a) Sentido Material ou objetivo: 
- Conjunto de atividades que costumam ser consideradas próprias da função 
administrativa
- Não importa quem a exerce
- Atividades próprias i. Serviço público
1. CONCEITO ii. Polícia administrativa
iii. Fomento
iv. Intervenção
b) Sentido formal ou subjetivo:
- Conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes que nosso ordenamento 
jurídico identifica como Adm Pub
- Adotado pelo Brasil
- Integrado por i. Adm direta
ii. Adm indireta I - Autarquias
II - Fundações públicas
III - EP
IV - SEM
2. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICÁVEIS À ADM PÚBLICA 
A Constituição nos traz alguns princípios que devem ser aplicados à 
Administração Pública. Tais princípios podem ser implícitos ou expressos no 
texto constitucional. Vamos conferir os principais:
a) PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS
- Supremacia do interesse público: a relação Administração-particular não 
é de igual para igual, sendo que o interesse público deve prevalecer sobre o 
interesse particular, em caso de conflito.
- Indisponibilidade do interesse público: o interesse da Administração 
deve ser o que está disposto na lei e ele não pode ser negociado. Dessa forma, 
a Administração não pode abrir mão de seus direitos.
- Razoabilidade / Proporcionalidade: qualquer ato tomado pela 
Administração Pública deve ser adequado ao resultado que se quer obter. 
Assim, quando existem dois atos que alcancem o mesmo fim, deve-se utilizar 
o que restringe menos os direitos do particular. Além disso, a sanção ou 
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prevenção de uma conduta deve ser proporcional ao dano/lesividade dessa 
conduta.
b) PRINCÍPIOS EXPRESSOS
Quem nunca ouviu falar no famoso LIMPE? Esses são os princípios que a 
Constituição diz, expressamente, que a Administração Pública deverá seguir:
- Legalidade: para o particular, vale a autonomia da vontade, ou seja, ele 
pode fazer tudo aquilo que não for proibido pela lei. Por outro lado, a
Administração Pública somente pode fazer aquilo que estiver disposto na lei. 
Assim, a vontade da Administração deve estar disposta na LEI.
- Impessoalidade: segundo esse princípio, os atos não são do agente público, 
mas sim do órgão estatal. Além disso, a Administração Pública não pode 
diferenciar pessoas que estão na mesma situação fáticae jurídica, 
privilegiando alguns e prejudicando outros. Por isso, a impessoalidade possui 
grande relação com a finalidade e a isonomia.
- Moralidade: apesar do alto grau de indeterminação desse conceito, os atos 
administrativos devem seguir as regras de conduta tiradas da disciplina interior 
da Administração Pública. Assim, não vale a consciência do agente que 
praticou o ato (subjetiva), mas sim a moral jurídica (objetiva).
- Publicidade: a regra é que os atos da Administração devem ser públicos, 
permitindo o conhecimento e fiscalização amplos. Excepcionalmente, admite-
se o sigilo de determinados atos, desde que legalmente previsto e que atenda 
ao interesse público, como nos casos de segurança nacional e de 
investigações.
- Eficiência: esse princípio visa à maximização dos resultados da 
Administração Pública, permitindo a maior economia de recursos e a maior 
efetividade dos atos administrativos. Esse conceito se vincula à noção de 
Administração gerencial e visa a evitar a burocracia ineficiente.
ESQUEMATIZANDO:
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- Implícitos - Supremacia do - Verticalidade na relação Adm-Particular
interesse público - Interesse público prevalece sobre o particular
- Indisponibilidade do - O interesse da Adm deve ser o interesse disposto em lei
interesse público - A Adm não pode "negociar"/"abrir mão" de seus direitos
- Razoabilidade / - O ato deve ser adequado à obtenção do resultado
Proporcionalidade - Quando existem dois atos que alcancem o mesmo fim, 
deve-se utilizar o menos restritivo
- A sanção ou prevenção de uma conduta deve ser 
proporcional ao dano/lesividade dessa conduta
a) Legalidade - Particular: a autonomia da vontade (CF, art. 5º, II)
- Adm Púb: Vontade legal (art. 37, caput)
b) Impessoalidade - Grande relação com a finalidade e isonomia
- Os atos são do órgão e não do agente público
- O adm pub só pode praticar o ato para o seu fim legal
- Objetiva sempre o interesse público
- Adm Púb deve tratar igualmente a todos que estejam 
na mesma situação fática e jurídica
c) Moralidade - Trata da moral jurídica (objetiva), e não da moral do 
indivíduo ou do agente que pratica o ato (subjetiva)
- Explícitos - Conceito indeterminado: zona de incerteza
- É o conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina 
interior da Adm Pub
d) Publicidade - Regra: Os atos da Adm Pub devem ser públicos
- Exceção: Sigilo de determinados atos, desde que 
legalmente previsto e que atenda ao interesse público, como 
nos casos de segurança nacional e de investigações 
e) Eficiência - Vinculado a noção de adm gerencial 
- Maximização dos resultados da ação da Adm Pub
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3. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
3.1. NORMAS GERAIS
A Constituição prevê uma série de normas que a Administração Pública deve 
seguir e que também devem ser aplicadas aos estados, DF e municípios, no 
que couber.
A criação transformação e extinção de cargos, empregos e funções 
públicos é competência do Congresso Nacional e deve ser feita mediante 
LEI. Quando se tratar de cargos, funções ou empregos públicos na 
administração direta e autárquica, a iniciativa dessa lei deverá ser do 
Presidente da República.
Além disso, a criação e extinção de ministérios e órgãos da Administração 
Pública também é competência do Congresso Nacional e deve ser feita 
mediante LEI de iniciativa do Presidente da República. 
O Presidente pode ainda, mediante Decreto Autônomo, dispor sobre:
x Extinção de cargos e funções públicos, QUANDO VAGOS.
x Organização e funcionamento da Administração Pública quando não 
implicar
I - Aumento de despesa
II - Criação / extinção de órgãos públicos
3.2. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
Vamos agora detalhar um pouco mais a Administração Indireta, apresentada 
agora a pouco. Essa divisão da Administração Pública pode ser formada por 
pessoas jurídicas de direito público ou privado.
As pessoas jurídicas de direito público que fazem parte da Administração 
Indireta são as autarquias e são criadas por LEI. Apesar de a CF não dizer 
nada sobre ela, as fundações públicas de direito público também são PJ de 
direito público.
Por sua vez, as PJ de direito privado podem ser: empresas públicas, 
sociedades de economia mista e fundações públicas (de direito 
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privado). Essas entidades são autorizadas por lei e criadas com a inscrição 
do ato constitutivo no registro público competente. Além disso, para que sejam 
criadas subsidiárias ou para que haja participação em empresas privadas, deve 
haver LEI que autorize (não precisa de uma lei para cada subsidiária, mas 
deve haver, pelo menos, autorização genérica na lei).
ESQUEMATIZANDO:
- Normas extensíveis aos estados, DF e municípios
i. Criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções
públicas - Competência do CN, exercida mediante LEI
- Iniciativa de lei do PR quando se tratar de cargos, funções 
ou empregos públicos na administração direta e autárquica
a) Normas gerais - art. 48, X + art. 61, § 1º, II, "a"
ii. Criação / extinção de ministérios e órgãos da Adm Púb
- Competência do CN, exercida mediante LEI
- Iniciativa de lei do Presidente da República 
- art. 84, XI + art. 61, § 1º, II, "e"
- OBS: o PR pode, mediante decreto autônomo, dispor sobre (art. 84, VI)
- Extinção de cargos e funções públicos, QUANDO VAGOS
- Organização e funcionamento da Adm Púb quando não implicar
I - Aumento de despesa
II - Criação / extinção de órgãos públicos
b) Adm i. PJ de direito - Tipos - Autarquia
indireta público - Fundação pública de direito público (o TEXTO da 
CF não diz nada sobre esse tipo de PJ)
- Forma de criação (autarquias): Lei específica cria
ii. PJ de direito -Tipos - Empresa pública
privado - Sociedade de economia mista (SEM)
- Fundação pública de direito privado
- Forma de criação - Lei específica autoriza criação 
- Art. 37, inc. XIX
- Criação ocorre com a inscrição do ato 
constitutivo no registro público competente 
(CC, art. 45)
- Depende de autorização - Criação de subsidiárias 
Legislativa - Pode haver autorização 
legislativa, em caráter genérico 
(art. 37, XX)
- Participação em empresas privadas
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4. LICITAÇÃO
Com o objetivo de garantir a isonomia (igualdade de tratamento), selecionar a 
proposta mais vantajosa para a Administração Pública e ampliar o controle dos 
atos da Administração, a regra é que é obrigatória a realização de 
licitação. No entanto, excepcionalmente, em casos especificados na 
legislação, pode haver casos onde ela não é realizada.
A Constituição diz que a licitação é obrigatória nos casos de delegação de 
serviços públicos mediante concessões e permissões, assim, não pode haver lei 
dispensando licitação para esses casos (art. 175).
A CF diz também que a lei deve regulamentar normas próprias de licitação
para as Empresas Públicas e para as Sociedades de Economia Mista. 
Entretanto, como essa lei ainda não foi criada, por enquanto, a regra a ser 
seguida é que essas entidades não fazem licitação quando o objeto estiver 
diretamente relacionado à atividade-fim da entidade, devendo realizá-la
quando o objeto for relacionado aatividade-meio (imagine só se o Banco do 
Brasil tivesse que fazer licitação para vender um seguro de automóvel ou 
emprestar dinheiro para alguém!)
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II. SERVIDORES PÚBLICOS
Meu caro Técnico do TRT/RJ, vamos ver agora algumas regras sobre os 
servidores públicos (regrinha que muito nos interessa, não é mesmo?)
1. INGRESSO NO SERVIÇO PÚBLICO
A Constituição diz que os cargos públicos podem ser ocupados por 
brasileiros e também por estrangeiros. No entanto, existe uma diferença 
entre eles:
x Brasileiro: deve preencher os requisitos estabelecidos na lei. Assim, é 
uma norma de eficácia contida (aquele direito que pode ser livremente 
exercido até que lei posterior o restrinja).
Além disso, os Requisitos para acesso a cargos e empregos públicos 
devem ser (art. 37, I):
I - Previstos em LEI - Edital de concurso público NÃO PODE 
estabelecer novos requisitos ou restrições ao acesso;
II - Devem observar o princípio da razoabilidade e estar 
relacionados à natureza das atribuições do cargo ou emprego;
III - Devem se pautar em critérios objetivos.
x Estrangeiro: os estrangeiros podem preencher os cargos públicos na 
forma da lei. Assim, somente se a lei autorizar é que os cargos podem 
ser ocupados por eles. Por isso, essa é uma norma de eficácia limitada
(aquela que, para ser plenamente exercida, depende de regulamentação 
por uma norma infraconstitucional).
x Cargos privativos de brasileiro nato: a regra é que os cargos públicos 
podem ser exercidos tanto pelos brasileiros natos quanto pelos 
naturalizados. No entanto, a Constituição nos diz que alguns
determinados cargos somente podem ser ocupados por brasileiros 
natos. São eles:
I - Presidente e Vice-Presidente da República
II - Presidente da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
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III - Ministro do Supremo Tribunal Federal
IV - Ministro de Estado de Defesa 
V - Oficial das Forças Armadas
VI - Carreira diplomática
Vou trazer agora algumas jurisprudências importantes para a sua prova:
x Só por LEI se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de 
candidato a cargo público. (Súmula 686/STF).
x É razoável a exigência de altura mínima para cargos da área de 
segurança, desde que prevista em LEI no sentido formal e material, bem 
como no edital que regule o concurso (ARE 640.284/SP).
x O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em
face do art. 7º, XXX, quando possa ser justificado pela natureza das 
atribuições do cargo a ser preenchido. (súmula 683/STF).
x Princípio da presunção da inocência: Não se pode restringir a 
participação de candidato exclusivamente pelo fato de ele estar 
respondendo à ação penal ainda não transitada em julgado. (RE 
634.224/DF).
ESQUEMATIZANDO:
a) Cargo, emprego e função pública
i. Brasileiro - Deve preencher os requisitos estabelecidos na lei
- Norma de eficácia contida
- Requisitos para acesso a cargos e empregos públicos devem ser 
I - Previstos em LEI - Edital de concurso público NÃO PODE 
estabelecer requisitos ou restrições ao acesso
II - Devem observar o princípio da razoabilidade e estar relacionados à 
natureza das atribuições do cargo ou emprego
III - Devem se pautar em critérios objetivos
- art. 37, I
ii. Estrangeiro: Na forma da lei - Somente se a lei autorizar
- Norma constitucional de eficácia limitada 
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b) Cargos privativos de brasileiro nato (art. 12, § 1º)
I - Presidente e Vice-Presidente da República
II - Presidente da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
III - Ministro do Supremo Tribunal Federal
IV - Ministro de Estado de Defesa 
V - Oficial das Forças Armadas
VI - Carreira diplomática
c) Jurisprudências importantesx Só por LEI se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo 
público. (Súmula 686/STF)x É razoável a exigência de altura mínima para cargos da área de segurança, desde que
prevista em LEI no sentido formal e material, bem como no edital que regule o concurso 
(ARE 640.284/SP)x O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, 
XXX, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser 
preenchido. (súmula 683/STF)x Princípio da presunção da inocência: Não se pode restringir a participação de candidato 
exclusivamente pelo fato de ele estar respondendo à ação penal ainda não transitada em 
julgado. (RE 634.224/DF)
Concurso Público
Vamos falar agora um pouco sobre o processo que você enfrentará daqui a 
pouco. A Constituição nos diz que o concurso público pode ser de provas ou 
de provas e títulos e é obrigatório para ocupação de:
- Cargos públicos efetivos ou permanentes; 
- Empregos públicos;
- Na Administração direta e indireta, inclusive nas Empresas Públicas 
e nas Sociedades de Economia Mista.
Dessa forma, não é necessária a realização de concurso público para:
- Ocupação dos cargos em comissão (que são de livre nomeação e 
exoneração);
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- Contratação temporária do art. 37, IX (necessidade temporária de 
excepcional interesse público;
- Processo seletivo público dos agentes comunitários de saúde e 
agentes comunitários de combate às endemias (art. 198, § 4º).
Esses não exercem cargo e nem emprego público, mas sim função 
pública remunerada temporária de natureza jurídico-
administrativa.
Você também deve saber que o prazo de validade dos concursos públicos é de 
ATÉ dois anos, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período. Esse 
prazo é contado a partir da homologação do concurso e, durante o prazo 
improrrogável, o aprovado será convocado com prioridade sobre novos 
concursados.
Além disso, possuem direito subjetivo à nomeação:
1 - candidato aprovado em concurso público dentro do número de 
vagas, observado o prazo de validade do concurso (não precisa 
nomear todos os aprovados de uma só vez e nem imediatamente, 
basta respeitar o prazo de validade do concurso).
2 - Candidato aprovado e preterido na ordem de classificação 
(Súmula 15/STF)
Por fim, como regra, os gabaritos e critérios de correção dos concursos 
públicos não podem ser impugnados judicialmente. No entanto, 
excepcionalmente, o Poder Judiciário tem prolatado algumas decisões em 
sentido diverso, mas devemos acompanhar a jurisprudência para sabermos se 
esse posicionamento irá se solidificar.
ESQUEMATIZANDO:
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- De provas ou de provas+títulos
- Obrigatório para i. Cargo público Efetivo ou permanente
ii. Emprego público
- Adm direta e indireta: inclusive nas EP e SEM
- Não precisa - Cargos em Comissão (Livre nomeação e exoneração)
de concurso - Contratação temporária do art. 37, IX (necessidade temporária de 
excepcional interesse público
- Processo seletivo público dos agentes comunitários de saúde e agentes 
comunitários de combate às endemias (art. 198, § 4º)
- Exercem função pública remunerada temporária de natureza 
jurídico-administrativa
- Não são servidores públicos (não ocupam cargo público)
- Relação não é trabalhista (não é regida pela CLT / não têm 
emprego público)
- Prazo de validade - Até 2 Anos
- Prorrogável 1 vez, por igual período
- Contado a partir da homologação do concurso
- Durante o prazo improrrogável,o aprovado será convocado com 
prioridade sobre novos concursados
- art. 37, III e IV
- Possuem direito subjetivo à nomeação
1 - Candidato aprovado em concurso público dentro do número de vagas, 
observado o prazo de validade do concurso
- Não precisa nomear de uma só vez e nem imediatamente, basta 
respeitar o prazo de validade do concurso
- RE 598.099
2 - Candidato aprovado e preterido na ordem de classificação (Súm 15/STF)
- Impugnação judicial de gabaritos e critérios de correção
- Regra: não pode entrar no poder judiciário, pois é questão de mérito 
administrativo (AO 1.627/BA)
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Vedação ao Nepotismo
Nepotismo é a prática de dar importantes cargos políticos ou funções de relevo 
nos negócios aos membros da própria família. Para evitar esse tipo de prática, 
o Supremo Tribunal Federal editou a súmula vinculante nº 13:
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da 
autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, 
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o 
exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de 
função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas, viola a Constituição Federal.
Apesar de a regra ser de que a súmula vinculante citada não alcança cargos 
políticos, a depender da análise do caso concreto, o nepotismo pode ser 
caracterizado também para esses cargos (Rcl 12.478 + Rcl 6.650/PR).
Pessoas com deficiência: Buscando a igualdade material, e apesar de não 
estabelecer o quantitativo, a Constituição diz que a lei deve reservar vagas nos 
concursos públicos para os portadores de deficiência. 
Destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento: 
- Funções de confiança (exercidas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo); e
- Cargos em comissão (a serem preenchidos por servidores de carreira 
nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei).
Dessa forma, os cargos em comissão e funções de confiança não podem ser 
destinados a cargos de natureza eminentemente técnica.
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ESQUEMATIZANDO:
e) Vedação ao nepotismox A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até 
o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, 
investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e 
indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição 
Federal. (súmula vinculante no. 13)x NÃO alcança cargos políticos (Rcl 6.650/PR)
o a depender do caso concreto, pode caracterizar nepotismo (Rcl 12.478)
f) Pessoas com deficiência - A LEI deve reservar vagas
- A CF não estabelece quantitativo
i) Destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento:
- Funções de confiança (exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo)
- Cargos em comissão (a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e 
percentuais mínimos previstos em lei)
2. ESTABILIDADE
Vamos estudar agora uma das grandes vantagens do serviço público: a 
estabilidade. A primeira coisa que você deve saber é que ela somente é 
conferida aos ocupantes de cargo público EFETIVO. Dessa forma, ela não é 
aplicada aos cargos em comissão e nem aos empregos públicos.
Os requisitos para aquisição da estabilidade no serviço público, segundo a 
Constituição Federal, são:
i. Aprovação em concurso público para cargo público de provimento 
efetivo;
ii. 3 anos de efetivo exercício;
iii. Avaliação especial de desempenho por comissão instituída para 
essa finalidade.
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Cumpridos esses requisitos e adquirida a estabilidade, o servidor somente 
poderá perder o cargo por:
i. Sentença judicial transitada em julgado
ii. Processo administrativo, assegurada ampla defesa
iii. Procedimento de avaliação periódica de desempenho
iv. Cumprimento dos limites com a despesa com pessoal ativo e inativo 
(art. 169, §§ 3º a 5º).
Além disso, se uma sentença judicial invalidar a demissão do servidor estável, 
ele será reintegrado e o eventual ocupante da vaga, se for estável, entrará 
em uma das três hipóteses:
I - reconduzido ao cargo de origem (SEM direito a indenização);
II - será aproveitado em outro cargo;
III - posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao 
tempo de serviço.
Por fim, se o cargo for extinto ou for declarada a sua desnecessidade: o 
servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao 
tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
Viram só como é difícil um servidor público estável ir para a rua? Bom para 
nós, não é mesmo?
ESQUEMATIZANDO:
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- Conferida a ocupantes de cargo público EFETIVO
- Não alcança - Cargos em comissão
- Empregos públicos
- Requisitos i. Aprovação em concurso público para cargo público de provimento efetivo
ii. 3 anos de efetivo exercício
iii. Avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa 
finalidade
- Hipóteses de perda do cargo após a estabilidade
i. Sentença judicial transitada em julgado
ii. Processo administrativo, assegurada ampla defesa
iii. Procedimento de avaliação periódica de desempenho
iv. Cumprimento dos limites com a despesa com pessoal (art. 169, §§ 3º a 5º)
- Se uma sentença judicial invalidar a demissão do servidor estável, ele será reintegradox O eventual ocupante da - reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização
vaga, se for estável, será - aproveitado em outro cargo
- posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao 
tempo de serviço.
- Se o cargo for extinto ou for declarada a sua desnecessidade: o servidor estável ficará em 
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado 
aproveitamento em outro cargo.
3. ACUMULAÇÃO 
Via de regra, a acumulação remunerada de cargos, empregos ou funções
públicas é VEDADA. Atenção! Essa proibição é bastante ampla e compreende
também empregos e funções públicas e abrange não só a Administração 
direta, mas também a indireta: autarquias, fundações, empresas públicas, 
sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, 
direta ou indiretamente, pelo poder público.
Como quase toda boa regra, essa vedação admite exceções, trazidas pelo 
texto constitucional. São hipóteses onde é permitida a acumulação e
desde que haja compatibilidade de horários:
x 2 cargos de professorx 1 Cargo de professor + 1 cargo técnico ou científicox 2 cargos privativos área de saúdex Mandato de vereador (art. 38, III)x Juízes e membros do MP podem exercer o magistério 
2.
E
S
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A
B
IL
ID
A
D
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Além da acumulação de cargos, empregos oufunções, é vedada a 
acumulação de aposentadorias, salvo nos casos onde é permitida a 
acumulação de cargos.
Por fim, também é vedada a acumulação da remuneração (pessoal ativo) 
com proventos de aposentadoria do regime de previdência próprio dos 
servidores (RPPS), salvo:
x Cargos acumuláveis na forma da Constituiçãox Cargos eletivosx Cargos em comissão
ESQUEMATIZANDO:
- Acumulação remunerada de cargos, empregos ou funçõesx Regra: Vedada - Estende-se a empregos e funções (art. 37, XVI e XVII)
- Abrange - Autarquias
- Fundações
- Empresas públicas
- Sociedades de economia mista
- Suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta 
ou indiretamente, pelo poder públicox Exceção: Havendo compatibilidade de horários (PODE ACUMULAR)ƒ 2 cargos de professorƒ 1 Cargo de professor + 1 cargo técnico ou científicoƒ 2 cargos privativos área de saúdeƒ Mandato de vereador (art. 38, III)ƒ Juízes e membros do MP podem exercer o magistério 
- Remuneração + proventos de aposentadoria do regime de previdência próprio dos servidores 
(RPPS)x Regra: vedada (art. 37, § 10°)x Exceção - Cargos acumuláveis na forma da Constituição
- Cargos eletivos
- Cargos em comissão
- Acumulação de aposentadorias: vedado, salvo nos casos onde é permitida a acumulação de 
cargos
3.
 A
C
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M
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4. SERVIDOR EM MANDATO ELETIVO
O servidor público pode se candidatar a mandatos eletivos. Mas, caso seja 
eleito, como deverá ficar a sua situação, enquanto durar o mandato? Observe:
- Mandato federal, estadual ou distrital: ficará afastado
- Prefeito: afastado + opta pela remuneração
- Vereador - Com compatibilidade de horários: acumula
- Sem compatibilidade: afastado + opta pela remuneração
Em qualquer caso: o tempo de serviço será contado para todos os efeitos 
legais, exceto para promoção por merecimento.
5. DIREITO DE GREVE
Além de todos esses direitos vistos até agora, meus caros Técnicos do TRT/RJ,
vocês terão também direito de greve. A Constituição diz que esse direito deve 
ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica. Assim, essa é 
uma norma constitucional de eficácia limitada, devendo haver 
regulamentação infraconstitucional para seu pleno exercício. Como essa lei 
ainda não foi editada pelo Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal 
entende que, por enquanto, deve ser aplicada, no que couber, a lei de 
greve vigente no setor privado (670 + MI 708 + MI 712).
Além disso, não pode haver sanções administrativas diferenciadas ao servidor 
em estágio probatório, pelo simples fato de ele ter aderido à greve
(ADI 3.235), ou seja, você poderá aderir ao movimento grevista logo após ter 
passado no seu concurso!
Mas calma lá porque nem tudo são flores! A Administração pode descontar os 
dias não trabalhados (AI 799.041) e não possuem o direito de greve os 
militares (art. 142, §3º) e os policiais civis (Rcl 6.568/SP).
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6. DIREITO A ASSOCIAÇÃO SINDICAL
A Constituição Federal também assegura aos servidores públicos CIVIS o
direito a associação sindical, sendo essa uma norma constitucional de eficácia 
plena, ou seja, não precisa de lei regulamentadora para ser plenamente 
exercida. 
Além disso, diferentemente do setor privado, a fixação de vencimentos dos 
servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva (Súmula 
STF 679). Atenção! Qualquer alteração na remuneração dos servidores deve 
ser feita por meio de LEI!
Por fim, lembre-se de que os servidores públicos militares não podem se 
sindicalizar e nem fazer greve!
ESQUEMATIZANDO:
- Exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica
- Norma constitucional de eficácia limitada
5. DIREITO DE GREVE - Lei ainda não foi editada
- CF, art. 37, VII
- STF - Aplicação, enquanto não editada a lei que regulamenta o art. 
37, VII da CF, no que couber, da lei de greve vigente no setor 
privado (MI 670 + MI 708 + MI 712)
- Adm pode descontar os dias não trabalhados (AI 799.041)
- Não pode haver sanções administrativas diferenciadas ao 
servidor em estágio probatório, pelo simples fato de ele ter 
aderido à greve (ADI 3.235)
- Direito de greve é vedado aos - Militares (art. 142, §3º)
- Polícias civis (Rcl 6.568/SP)
6. DIREITO A - Servidor público CIVIL pode
ASSOCIAÇÃO - Norma constitucional de eficácia plena
SINDICAL - Fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de 
convenção coletiva (Súmula STF 679)
- Militares: não podem se sindicalizar e nem fazer greve
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7. DIREITOS TRABALHISTAS DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Meu caro aluno, você se lembra dos direitos do trabalhador, previstos no 
art. 7º da CF? O próprio texto magno assegura que alguns daqueles direitos 
também devem ser aplicados aos servidores públicos. São eles: (nessa parte, 
não temos muito para onde correr, é meio decorebinha mesmo...)
- Salário Mínimox Súmula vinculante 16/STF: refere-se ao total da remuneração percebida pelo servidor 
público e não ao vencimento básico
- Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável
- 13º salário
- Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno
- Salário-família
- Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
- Repouso semanal remunerado
- Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal
- Férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal
- Licença à gestante
- Licença paternidade
- Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei
- Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança
- Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por 
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil
OBS: servidor público NÃO tem - FGTS
- Seguro-desemprego
- Aviso prévio
- Relação de emprego protegida contra despedida 
arbitrária ou sem justa causa
Quanto a esse último ponto, pode até parecer que você, meu caro Técnico do 
TRT/RJ, foi injustiçado... “mas por que eu não tenho direito ao FGTS?”....
vamos pensar: como o servidor possui estabilidade, ele não pode ser 
mandado para a rua a qualquer momento, ao bel prazer do empregador. Por 
isso, ele não precisa do FGTS, do seguro desemprego, do aviso prévio e da 
relação protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa!
Ficou mais tranquilo agora?
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8. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Como diria o ditado: "Grandes poderes geram grandes responsabilidades".
Caso um servidor público cometa algum ato de improbidade administrativa (é
o ato ilegal ou contrário aos princípios básicos da Administração, cometido por 
agente público, durante o exercício de função pública ou decorrente desta),
poderá ocorrer, sem prejuízo da ação penal cabível:
x SUSPENSÃO dos direitos políticos; (lembre-se de que a 
Constituição veda a cassação dos direitos políticos!)x Perda da função pública;x Indisponibilidade dos bens;x Ressarcimento ao erário.
Além disso, os ilícitos que causam dano ao erário são prescritíveis (a lei 
estabelecerá os prazos de prescrição), mas as ações de ressarcimento ao 
erário são imprescritíveis (art. 37, § 5º).
9. ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
Quanto a esse tema, apenas duas informações são importantes para fins de 
prova:x A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de 
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma 
da lei.x As administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores 
de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e
atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de 
informações fiscais, na forma da lei ou convênio
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10. SISTEMA REMUNERATÓRIO
Meus queridos Técnicos do TRT/RJ, além de todos esses direitos e vantagens
estudados até aqui, vamos ver mais uma coisinha BASTANTE INTERESSANTE:
o seu futuro sistema remuneratório (hehehehe).
Primeiramente, você deve saber que a remuneração e o subsídio dos 
servidores públicos devem ser SEMPRE fixados ou alterados por LEI 
específica. Assim, não pode haver aumento baseado exclusivamente em 
decisão interna do órgão público.
Além disso, é garantida aos servidores públicos a revisão geral anual,
sempre na mesma data e sem distinção de índices.
Mais duas observações:
x Os vencimentos dos cargos do Legislativo e do Judiciário não 
poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
x É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies 
remuneratórias.
Subsídio
O subsídio é uma modalidade de remuneração fixada em parcela única e
conferida a certos cargos. Por ser uma parcela única, é vedado o acréscimo de 
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra 
espécie remuneratória.
O subsídio é facultativo para servidores públicos organizados em 
carreira e obrigatório para:
x Chefes do Poder Executivo;x Ministros de Estado;x Secretários Estaduais e Municipais;x Membros do - Poder Legislativo
- Poder Judiciário
- Ministério Público
- Tribunais de Contas
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Vencimentos ou remuneração (em sentido estrito)
O vencimento (ou remuneração em sentido estrito) é a retribuição pecuniária 
pelo exercício do cargo público. Ele é aplicado aos servidores estatutários e é 
irredutível.
O vencimento é composto da seguinte forma:
Salário
O salário contraprestação pecuniária paga aos empregados públicos.
Empregado público é aquele que trabalha sob o regime celetista (CLT).
Irredutibilidade dos subsídios e vencimentos 
Tanto os vencimentos quanto os subsídios dos servidores públicos são 
irredutíveis. No entanto, a irredutibilidade é sobre o valor nominal e não 
sobre o valor real. Dessa forma, os valores não estão protegidos contra a 
inflação, por exemplo.
Já para os salários dos empregados públicos regidos pela CLT a regra aplicada 
é o art. 7º, VI: irredutibilidade, salvo acordo ou negociação coletiva.
11. LIMITES PARA A REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Agora a parte ruim da aula de hoje (rsrsrsrsrs)... vamos estudar os limites da 
remuneração dos servidores públicos.
Na União, o limite é o subsídio dos ministros do Supremo Tribunal 
Federal. Ele é fixado lei de iniciativa do STF e é o teto geral, para todos os 
Poderes, em todas as esferas da Federação.
Vencimentos/remuneração = Vencimento básico do cargo 
+
Vantagens pecuniárias permanentes 
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Nos municípios, o limite é o subsídio do prefeito.
Nos estados e no Distrito Federal, o limite é diferente para cada poder. 
x Poder Executivo: Subsídio do Governador
x Poder Legislativo: Subsídio dos Deputados Estaduais/Distritais
x Poder Judiciário: Subsídio dos Desembargadores do TJ, limitado 
a 90,25% do subsídio do Ministro do STF
o Este limite também é aplicável aos membros do Ministério 
Público, Procuradores e Defensores Públicos.
o Além disso, não pode haver diferenciação de limites de 
remuneração de magistrados estaduais e federais, devido ao 
caráter unitário do poder judiciário.
Já para o salário dos empregados públicos, o teto somente é aplicado às
estatais que receberem recursos do ente político para pagamento de 
despesas de pessoal ou de custeio em geral (art. 37, § 9º).
Por fim, o teto somente é válido para as parcelas de caráter remuneratório. 
Assim, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei (como as 
diárias e vale transporte) não são computadas na aplicação do teto
(art. 37, § 11).
ESQUEMATIZANDO
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SISTEMA REMUNERATÓRIO
- Remuneração e o subsídio - Fixados ou alterados por lei específica
- Revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção 
de índices
- Os vencimentos dos cargos do LEG e do JUD não poderão ser superiores aos pagos pelo PEX
- Vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias: vedada
- Modalidade de remuneração conferida a certos cargos 
- Fixada em parcela única
- Vedado o acréscimo de gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de 
representação ou outra espécie remuneratória
a) Subsídio - Obrigatório para - Chefes do Poder Executivo
- Ministros de Estado
- Secretários Estaduais e Municipais
- Membros do - Poder Legislativo
- Poder Judiciário
- Ministério Público
- Tribunais de Contas
- Facultativo para: servidores públicos organizados em carreira
b) Vencimentos ou remuneração (em sentido estrito)
- Retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público 
- Aplicado aos servidores estatutários
- O vencimento do cargo efetivo, acrescido de vantagens permanentes, é irredutível
- Composição: Vencimentos/remuneração = Vencimento básico do cargo 
+
Vantagens pecuniárias permanentes
c) Salário: Contraprestação pecuniária paga aos empregados públicos
d) Irredutibilidade dos - Aplica-se aos subsídios e vencimentos
subsídios e vencimentos - Salário (emprego público/CLT): irredutibilidade, salvo acordo ou 
negociação coletiva (art. 7º, VI)
- Refere-se ao valor nominal e não ao valor real
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i. União - Subsídio do Ministro do STF
- Fixado por lei de iniciativa do STF
- É o teto geral, para todos os Poderes, em todas as esferas da 
Federação
- Poder Executivo: Subsídio do Governador
- Poder Legislativo: Subsídio dos Deputados Estaduais/Distritais
- Poder Judiciário: Subsídio dos Desembargadores do TJ,
limitado a 90,25% do subsídio do Ministro do STF
- Limite aplicável também aos I - MP
ii. Estados/DF II - Procuradores
III - Defensores Públicos
- Não pode haver diferenciação de limites de remuneração
de magistrados estaduais e federais (caráter unitário do 
poder judiciário)
e) Limites
- OBS - Facultado aos Estados/DF fixar, como limite único, o 
subsídio dos Desembargadores do TJ
- Mediante emenda à Constituição Estadual de 
iniciativa privativa do governador (ADI 4.154)
- Não se aplica o limite ao subsídio dos Deputados 
Estaduais/Distritais, nem dos Vereadores
iii. Municípios: Subsídio do Prefeito
iv. Salário dos empregados públicos: Aplicabilidade do teto somente às estatais 
que receberem recursos do ente político para pagamento de despesas de pessoal
ou de custeio em geral (art. 37, § 9º)
v. Parcelas de caráter indenizatório previstas em lei: Não são computadas na 
aplicação do teto (art. 37, § 11)
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III. REGIME DE PREVIDÊNCIA PRÓPRIO DOS 
SERVIDORES PÚBLICOS
Meus caros Técnicos do TRT/RJ, vamos agora estudar uma coisa que muito nos 
interessa: nossa aposentadoria.
No Brasil existem dois regimes de aposentadoria. O primeiro deles é o regime 
de previdência próprio dos servidores públicos (RPPS). Ele somente é 
aplicável aos servidores efetivos e não pode haver criação de mais de um 
RPPS, ou seja, ele deve ser único de cada ente federativo.
O segundo é o regime geral de previdência social (RGPS), aplicável aos 
demais trabalhadores, incluindo: celetistas, ocupantes exclusivamente de 
cargos em comissão, cargos temporários e empregos públicos.
Características
O RPPS é um regime contributivo e solidário. Contributivo porque o que 
importa é o tempo que o servidor contribuiu para o sistema, não interessando 
o tempo de serviço. Além disso, é vedada a criação de tempo de serviço 
fictício.
O RPPS é solidário porque várias pessoas contribuem para sua manutenção: 
governo, servidores ativos, inativos e pensionistas. É isso mesmo! Até quem já 
está aposentado continua contribuindo para o regime (art. 40, § 18).
Proventos de aposentadoria
A partir da EC 41/2003, os proventos de aposentadoria devem ser calculados a
partir das remunerações utilizadas como base para contribuição do 
servidor, na forma da lei. Dessa forma, não há mais aposentadorias com 
proventos integrais para os servidores que ingressaram no serviço público 
depois da EC 41/03. Além disso, não há mais paridade entre ativos e inativos.
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Hipóteses de aposentadoria
Vamos estudar agora as hipóteses de aposentadoria:
x Invalidez permanente: nesse caso, os proventos serão 
proporcionais ao tempo de contribuição, exceto para os 
seguintes casos:
o i. Acidente em serviço;
o ii. Moléstia profissional;
o iii. Doença grave, contagiosa ou incurável;
o iv. Servidores aposentados por invalidez que tenham 
ingressado no serviço público até 31/12/03 (EC 70/12).
x Compulsória: nesse caso, os proventos serão proporcionais ao 
tempo de contribuição e ocorre quando o servidor completar 70 
anos.
x Voluntária: em ambos os casos a seguir, o servidor deve ter, pelo 
menos, 10 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos 
no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria.
o Com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição:ƒ Homem: Idade mínima 65 anosƒ Mulher: Idade mínima 60 anos
o Com Proventos calculados, na forma da lei, a partir das 
remunerações utilizadas como base para as 
contribuições do servidor ao RPPS e RGPS, 
devidamente atualizadas:ƒ Homem - Idade mínima: 60 anos
- Tempo de contribuição: 35 anosƒ Mulher - Idade mínima: 55 anos
- Tempo de contribuição: 30 anos
o Professores: o professor exclusivo da educação infantil e do 
ensino fundamental e médio (não vale para professores 
universitários!) recebe um pequeno incentivo da 
Constituição: os tempos de contribuição e idade são 
reduzidos em 5 anos.
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Abono de permanência
O abono permanência é um benefício concedido ao servidor que permanece 
trabalhando após ter cumprido todos os requisitos para a aposentadoria 
voluntária. Nessa situação, o servidor fica dispensado do pagamento da 
contribuição previdenciária, até completar as exigências para a aposentadoria 
compulsória ou se aposentar voluntariamente.
Critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria
É vedada a adoção de critérios diferenciados para a concessão de 
aposentadoria, com as seguintes exceções:
o Portadores de deficiência;
o Atividades de risco;
o Atividades exercidas sob condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física.ƒ Todas nos termos definidos em leis complementares
ESQUEMATIZANDO:
- No Brasil existem 2 regimes - RPPS - Aplicável aos servidores efetivos
- Não pode haver criação de mais de um RPPS - deve 
ser único de cada ente federativo
- RGPS - aplicável aos demais trabalhadores
a) Abrangência - Servidores públicos titulares de cargo efetivo
- Não se aplica ao ocupante de - Cargo em comissão
- Emprego público
- Cargo temporário
b) Características i. Regime contributivo -Para concessão de aposentadoria o que importa é o 
tempo de contribuição e não o tempo de serviço
- Vedado criação de tempo de serviço fictício
ii. Regime solidário - Devem contribuir - Governo
- Servidor ativo
- Servidor inativo (aposentado)
- Pensionistas
- Legitimou a exigência de contribuição dos 
aposentados e pensionistas (art. 40, § 18)
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c) Proventos de aposentadoria - Calculados a partir das remunerações utilizadas como base para 
contribuição do servidor, na forma da lei
- Fim das aposentadorias com proventos integrais para os 
servidores que ingressaram no serviço público depois da 
EC 41/03
- Não há mais paridade entre ativos e inativos
e) Hipóteses de i. Invalidez permanente - Proventos proporcionais ao tempo de contribuição
aposentadoria - Exceto i. Acidente em serviço
ii. Moléstia profissional
iii. Doença grave, contagiosa ou incurável
iv. Servidores aposentados por invalidez 
que tenham ingressado no serviço público 
até a EC 41/2003 (EC 70/12)
ii. Compulsória - Proventos proporcionais ao tempo de contribuição
- 70 anos
iii. Voluntária - Requisito de tempo mínimo para os dois casosx 10 anos de efetivo exercício no serviço públicox 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria
- Casos:
I - Proventos proporcionais ao tempo de contribuição
o Homem: Idade mínima 65 anos
o Mulher: Idade mínima 60 anos
II - Proventos calculados, na forma da lei, a partir das 
remunerações utilizadas como base para as contribuições 
do servidor ao RPPS e RGPS, devidamente atualizadas
o Homem -Idade mínima: 60 anos
- Tempo de contribuição: 35 anos
o Mulher - Idade mínima: 55 anos
- Tempo de contribuição: 30 anos
Obs.: Professor exclusivo da educação infantil e do ensino 
fundamental e médio - Tempo de contribuição e idade 
reduzidos em 5 anos
- Não vale para professores 
universitários!
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f) Abono de permanência - Benefício concedido ao servidor que permanece trabalhando após ter 
cumprido todos os requisitos para a aposentadoria voluntária do caso II
- Servidor fica dispensado do pagamento da contribuição 
previdenciária, até completar as exigências para a aposentadoria 
compulsória ou se aposentar voluntariamente
g) Adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoriax Regra: Vedadox Exceção I portadores de deficiência;
II atividades de risco;
III atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física.
- Nos termos definidos em leis complementares
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IV. DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DF E DOS 
TERRITÓRIOS
Essa parte será bem rápida, pois é bem curtinha! A Constituição nos diz que a
Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar são militares dos 
Estados, DF e Territórios são organizados com base na hierarquia e
disciplina.
Vamos ver, por meio de esquema, algumas regras aplicadas a eles: 
- O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições
I - se contar menos de 10 anos de serviço: será afastadoda atividade;
II - se contar mais de 10 anos de serviço: será agregado pela autoridade superior e, se 
eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
- As patentes dos oficiais são conferidas pelos respectivos governadores.
- Além do que vier a ser fixado em lei
- Cabe à lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X,
- Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o 
que for fixado em lei específica do respectivo ente estatal.
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EXERCÍCIOS
1. (FCC - 2012 - TCE-AM - Analista de Controle Externo) A Constituição Federal 
estabelece regras para a concessão de aposentadoria aos servidores públicos, 
dentre as quais está aquela segundo a qual 
a) a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de 
aposentadoria é vedada, inclusive aos servidores que exerçam atividade de 
risco. 
b) os proventos de aposentadoria não se sujeitam ao limite máximo 
remuneratório estabelecido pela Constituição Federal. 
c) os proventos de aposentadoria serão sempre proporcionais ao tempo de 
contribuição do servidor. 
d) a aposentadoria compulsória aos setenta anos de idade não se aplica aos 
servidores que exerçam o magistério no ensino superior.
e) a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de 
previdência dos servidores públicos é vedada, ressalvadas as aposentadorias 
decorrentes dos cargos acumuláveis. 
Item A – ERRADO. De fato, a regra é que a adoção de requisitos e 
critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria é vedada. 
Entretanto, existem algumas exceções ao critério geral de concessão 
de aposentadoria. Leis complementares podem estabelecer critérios 
diferenciados em alguns casos, trazidos no art. 40, §4º. Vamos 
esquematizar?
Adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoriax Regra: Vedadox Exceção I portadores de deficiência;
II atividades de risco;
III atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física.
- Nos termos definidos em leis complementares
Item B – ERRADO. É claro que se limitam! É o que diz o art. 40, §2º: 
“Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua 
concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo 
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servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que 
serviu de referência para a concessão da pensão”
Item C – ERRADO. Essa é a regra. No entanto, existem algumas 
exceções, trazidas no art. 40, §1º, I. No caso de acidente em serviço, 
moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, os 
proventos serão integrais.
Item D – ERRADO. Não existe essa exceção. Até os professores serão 
aposentados de maneira compulsória aos setenta anos.
Item E – CERTO. É isso mesmo. O raciocínio é o seguinte: Se ele podia 
acumular os cargos na ativa, poderá acumular os proventos de 
aposentadoria. Relembrando a acumulação de cargos (horários 
compatíveis):
x 2 cargos de professorx 1 Cargo de professor + 1 cargo técnico ou científicox 2 cargos privativos área de saúdex Mandato de vereador (art. 38, III)x Juízes e membros do MP podem exercer o magistério 
Gabarito: E.
2. (FCC - 2012 - TCE-AM - Analista de Controle Externo) Segundo a Constituição 
Federal, as empresas e sociedades de economia mista, que explorem atividade 
econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de 
serviços, 
a) não se sujeitam ao regime jurídico próprio das empresas privadas no que 
toca aos direitos e obrigações civis.
b) não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos aos do setor privado. 
c) não se sujeitam ao regime próprio das empresas privadas no que toca aos 
direitos e obrigações trabalhistas. 
d) não podem exercer atividades econômicas livres à iniciativa privada.
e) sujeitam-se às regras do direito privado no que toca à contratação de obras, 
serviços, compras e alienações. 
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Importante lembrarmos de que as empresas públicas e sociedades de 
economia mista, prestando atividade econômica ou comercialização de 
bens e serviços, possuem personalidade jurídica de direito privado. 
Isso faz com que elas se assemelhem muito mais às entidades 
privadas, em quase todos os aspectos. Vamos aos itens:
Item A e C – ERRADOS. O item contraria diretamente o comando do 
art. 173, §1º, II. As referidas entidades se sujeitam ao regime privado, 
com sujeição aos mesmos direitos e obrigações civis, comerciais,
trabalhistas e tributários das empresas privadas.
Item B – CERTO. É isso mesmo. As EPs e SEMs estão em um ambiente 
competitivo, sujeito a regras de mercado. Não seria justo que o Estado 
favorecesse suas entidades, prejudicando o particular que exerce a 
mesma atividade. Veja no art. 173, §2º.
Item D – ERRADO. Lógico que podem! O Banco do Brasil, por exemplo, 
é uma sociedade de economia mista que presta serviços bancários, 
amplamente explorados também pela iniciativa privada.
Item E – ERRADO. Essa é uma das “amarras” das entidades da 
administração indireta. Elas estão sujeitas às regras de licitações 
impostas às pessoas jurídicas de direito público. Veja o art. 173, §1º, 
III.
Gabarito: B.
3. (FCC – 2012 – TST – Analista) No tocante aos direitos sociais, estabelecidos na 
Constituição Federal de 1988, aplica-se, dentre outros, aos servidores 
ocupantes de cargo público, o direito
a) à remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
b) à assistência gratuita aos filhos e dependentes, desde o nascimento até 5 
anos de idade em creches e pré-escolas.
c) ao fundo de garantia do tempo de serviço.
d) à jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de 
revezamento, salvo negociação coletiva.
e) ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 
trinta dias, nos termos da lei.
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Nem todos os direitos conferidos aos trabalhadores em geral se 
estendem aos ocupantes de cargos públicos efetivos (servidores 
públicos). A resposta dessa questão está no art. 39, § 3º: “Aplica-se 
aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, 
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, 
podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando 
a natureza do cargo o exigir.”
De todos os incisos citados, apenas o IX responde a questão -
remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
Gabarito: A.
4. (FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário) Dentre as regras da Constituição 
Federal a respeito da investidura em cargos públicos está aquela segundo a 
qual
a) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis apenas aos 
brasileiros natos, não podendo ser exercidos por brasileiros naturalizados, nem 
por estrangeiros. 
b) a investidura em cargo, mas não a investidura em emprego, depende de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos.
c) o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável 
uma vez, pela metade do período, caso expressamente autorizado no edital de 
abertura do concurso.
d) durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele 
aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado 
com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego,na 
carreira. 
e) os cargos em comissão, exercidos exclusivamente por servidores de 
carreira, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento. 
Item A – ERRADO. Essa afirmação beira o absurdo! Para 99% dos 
efeitos, o brasileiro naturalizado é tão brasileiro quanto o nato. Apenas 
nos poucos casos estabelecidos na Constituição Federal (art. 12, §3º e 
outros), haverá restrição ao acesso a determinados cargos públicos 
para brasileiros naturalizados. Até o estrangeiro pode, na forma da lei, 
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ocupar cargo público no país (professores e pesquisadores, por 
exemplo). Veja o art. 37, I.
Item B – ERRADO. O “emprego” citado na questão é o emprego 
público. Este pouco se diferencia do emprego na iniciativa privada, 
exceto pela obrigatoriedade de prévio concurso público para a 
contratação de pessoal. Basta se lembrar dos concursos para o Banco 
do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobras e outras entidades 
públicas regidas pelo direito privado. Cargo e emprego público são 
coisas muito diferentes, mas este é um ponto de convergência. Veja o 
art. 37, II.
Item C – ERRADO. Item moleza. A prorrogação do prazo de validade de 
concursos públicos, como todos vocês devem saber, é por igual 
período (art. 37, III). Se ele valer inicialmente, por um ano, poderá ser 
prorrogado por mais um ano. Lembre-se de que o prazo máximo de 
validade inicial é de dois anos, ou seja, nenhum concurso público pode 
durar mais de quatro anos (já inclusa a prorrogação)!
Item D – CERTO. É o que dispõe o art. 37, IV. Ninguém pode “furar” a 
fila de um concurso vigente!
Item E – ERRADO. Não confunda “cargo em comissão” com “função de 
confiança”. As funções de confiança são reservadas a servidores de 
cargo efetivo, enquanto, para os cargos em comissão, existe apenas 
um percentual mínimo a ser ocupado por servidores da carreira. O
restante pode ser ocupado por não-servidores, nomeados e 
exonerados livremente pela autoridade competente.
Gabarito: D.
5. (FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário) No tocante aos direitos sociais, 
estabelecidos na Constituição Federal de 1988, NÃO se aplica, dentre outros, 
aos servidores ocupantes de cargo público, o direito 
a) à participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração.
b) ao salário-mínimo fixado em lei, nacionalmente unificado.
c) à remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta 
por cento à do normal.
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d) ao salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa 
renda nos termos da lei.
e) à redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, 
higiene e segurança.
Para matarmos essa questão, nem precisávamos da memorização de 
quais normas trabalhistas se aplicam aos servidores públicos. Bastava 
um pouco de raciocínio: participação nos lucros ou resultados parece 
um pouco fora da realidade do serviço público, não acham? De 
qualquer maneira, é muito importante sabermos que nem todos os 
direitos trabalhistas se aplicam aos ocupantes de cargos públicos (veja 
o art. 39, §3º) e quais se aplicam aos trabalhadores domésticos (veja 
o art. 7º, parágrafo. único). A FCC gosta demais de cobrar isso!
Gabarito: A.
6. (FCC - 2012 - TRE-SP - Técnico Judiciário) Servidor público ocupante de cargo 
em órgão da Administração direta estadual pretende candidatar-se a Prefeito 
do Município em que reside, nas eleições deste ano. Nessa hipótese, 
a) deverá pedir exoneração do cargo até seis meses antes do pleito, para 
poder concorrer.
b) perderá o cargo, se investido no mandato.
c) será afastado do cargo, se investido no mandato, sendo-lhe facultado optar 
pela sua remuneração.
d) manterá o cargo e seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos 
legais, inclusive para promoção por merecimento.
e) perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do 
cargo eletivo, desde que haja compatibilidade de horários.
O servidor público pode perfeitamente concorrer a cargos eletivos 
(existe até licença para isto nas leis que tratam de pessoal de serviço 
público!). A regra é que, eleito, o servidor se afasta do cargo e será 
remunerado conforme o seu cargo eletivo. As exceções aparecem na 
esfera municipal: o prefeito se afasta, mas pode escolher qual 
remuneração receberá; o vereador pode acumular as funções e a 
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remuneração, se houver compatibilidade de horário. Isso está no art. 
38 da Constituição Federal.
Gabarito: C.
7. (FCC - 2012 - TRF - 5ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Ana, regularmente 
aprovada em concurso público, foi nomeada para cargo efetivo. Neste caso, de 
acordo com a Constituição Federal brasileira, Ana adquirirá a estabilidade, 
dentre outros requisitos, somente após o efetivo exercício por 
a) dois anos.
b) um ano.
c) seis meses.
d) três anos.
e) dezoito meses.
No que tange a administração pública, não há muito o que precise ser 
decorado. Este caso é uma exceção. Decorem comigo: para se alcançar 
a estabilidade, são necessários 3 (três) anos de efetivo exercício!
Gabarito: D.
8. (FCC - 2012 - TJ-GO – Juiz) Ao servidor público da administração direta, 
autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplica-se a seguinte 
disposição:
a) tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual (mas não distrital) ficará 
afastado de seu cargo, emprego ou função.
b) investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou 
função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
c) investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, 
perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, mais a diferença 
pecuniária havida entre essas e a remuneração do cargo eletivo.
d) em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato 
eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto 
para promoção por antiguidade.
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e) para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores 
serão determinados na forma da lei, vedada a equiparação à situação de como 
se no exercício estivesse.
Item A – ERRADO. O item equivocadamente excluiu o mandato distrital 
dos casos onde há o afastamento incondicional do cargo, emprego ou 
função. Veja que os mandatos distritais se incluem na regra (art. 
38, I).
Item B – CERTO. Eleito no âmbito municipal, o servidor público começa 
a ter mais opções: em caso de eleição para prefeito, ele fica afastado 
do cargo, mas pode optar pela sua remuneração. O vereador pode 
acumular as atividades e as remunerações, caso haja compatibilidade 
de horário.
Item C – ERRADO. Não é a diferença, mas sim a acumulação dos dois 
cargos (o efetivo e o eletivo de vereador).
Item D – ERRADO. Pegadinha! O correto seria: em qualquer caso que 
exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de 
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para 
promoção por MERECIMENTO.
Item E – ERRADO. Mais uma pegadinha da FCC! O correto é: para efeito 
de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão 
determinados como se no exercício estivesse.
Gabarito: B.
9. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Considere os servidores 
públicos abaixo, todos nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude 
de concurso público,exercendo efetivamente os cargos conforme tabela 
abaixo: 
Servidor Tempo de exercício desde a nomeação
Jonas 3 anos e meio
Bruno 1 ano e meio
Pedro 4 anos
Sanção 3 anos e um mês
Hércules 2 anos
Tito 2 anos e meio
Juliana 5 anos
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Tatiana 5 anos e meio
Eustáquio 4 anos e meio
Gilson 1 ano
Alexandre 6 meses
Amélia 2 anos e 10 meses
Segundo a Constituição Federal brasileira, são estáveis apenas 
a) Amélia, Gilson, Sanção, Eustáquio, Tito e Pedro.
b) Hercules, Bruno, Tito, Gilson, Alexandre e Amélia.
c) Pedro, Hercules, Juliana, Gilson, Eustáquio e Alexandre.
d) Sanção, Bruno, Amélia, Jonas, Tatiana e Pedro.
e) Jonas, Pedro, Sanção, Juliana, Tatiana e Eustáquio.
Questão das mais tranquilas! Basta saber quem tem mais de três anos 
de efetivo exercício! Como a questão não trouxe nenhum outro 
requisito para dificultar, só levaremos em consideração o tempo de 
exercício.
Gabarito: E.
10. (FCC - 2012 - TRE-SP - Analista Judiciário) Segundo a jurisprudência do 
Supremo Tribunal Federal a respeito dos princípios constitucionais que regem a 
Administração Pública, analise:
I. A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente da autoridade nomeante, 
para o exercício de cargo em comissão ou de confiança na administração 
pública, somente pode ser coibida por lei específica de cada ente federativo, 
não se podendo extrair essa proibição da própria Constituição da República. 
II. A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios 
que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los, 
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos 
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 
III. Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, 
inscrição em concurso para cargo público. 
Está correto o que consta em
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a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II, apenas.
e) II e III, apenas.
Item I – ERRADO. O Supremo Tribunal Federal editou, inclusive, uma 
súmula vinculante específica vedando o nepotismo (SV N° 13). O 
parâmetro constitucional predominante para a edição desta 
jurisprudência foi o princípio da moralidade administrativa, 
consagrado no art. 37.
Item II – CERTO. Este item está mais relacionado ao direito 
administrativo, mas está corretíssimo. A anulação se relaciona à 
ilegalidade do ato, enquanto a revogação, ao mérito administrativo. O 
item trouxe o texto da súmula 473 do STF.
Item III – CERTO. O limite de idade para a inscrição em concurso 
público só se legitima em face do art. 7º, XXX, quando possa ser 
justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. 
(súmula 683/STF). Além disso, não basta que o limite esteja no edital, 
devendo estar fixado também em lei.
Gabarito: E. 
11. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário) José, funcionário público 
do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, é eleito Deputado Estadual pelo 
Estado do Rio de Janeiro e, nos termos da Constituição Federal de 1988, 
a) não ficará afastado de seu cargo, havendo compatibilidade de horários, e 
perceberá necessariamente as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da 
remuneração do cargo eletivo.
b) deverá ficar afastado de seu cargo, e o tempo de serviço, durante o período 
de afastamento, será contado para todos os efeitos legais, exceto para 
promoção por merecimento.
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c) deverá ficar afastado de seu cargo, sendo-lhe facultado optar pela 
remuneração e, para efeito de benefício previdenciário, os valores não serão 
determinados como se no exercício estivesse.
d) não ficará afastado de seu cargo, havendo compatibilidade de horários, e 
deverá optar pela remuneração do cargo eletivo ou do cargo efetivo junto ao 
TRF da 2ª Região.
e) deverá ficar afastado de seu cargo, e o tempo de serviço, durante o período 
de afastamento, será contado para todos os efeitos legais, inclusive para 
promoção por merecimento.
No caso de mandato eletivo estadual (ou federal), o que vale é a regra: 
o nosso amigo José ficará afastado das suas funções no serviço 
público, exercendo seu mandato com exclusividade e sendo por ele 
remunerado. Esse tempo de afastamento contará para todos os 
efeitos, exceto promoção por merecimento. Vamos ver um esquema 
com todas as situações?
- Mandato federal, estadual ou distrital: ficará afastado
- Prefeito: afastado + opta pela remuneração
- Vereador - Com compatibilidade de horários: acumula
- Sem compatibilidade: afastado + opta pela remuneração
Em qualquer caso: o tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para 
promoção por merecimento.
Gabarito: B.
12. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) A empresa KYJP, ente da 
administração pública indireta da União, no âmbito do território nacional, 
responsável pelo recadastramento de famílias carentes, NÃO está sujeita ao 
princípio da 
a) impessoalidade.
b) não-intervenção.
c) moralidade.
d) publicidade.
e) eficiência.
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A administração pública, seja ela direta ou indireta, se sujeita a cinco 
princípios administrativos, trazidos pelo art. 37: Legalidade, 
Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência (LIMPE). O 
princípio da não-intervenção rege o Brasil nas suas relações 
internacionais (art. 4º, IV), não sendo uma opção cabível no contexto 
trazido pela questão.
Gabarito: B.
13. (FCC - 2012 - TCE-SP - Agente de Fiscalização Financeira) Em junho de 2008, 
um órgão da Administração direta estadual homologou resultado de concurso 
para o preenchimento de 100 cargos de seu quadro efetivo, tendo sido 
aprovados e classificados, no total, 70 candidatos, dos quais 50 foram 
convocados para assumir os cargos respectivos. O prazo de validade do 
concurso, inicialmente de 2 anos, foi prorrogado por igual período, na época 
oportuna. A Administração pretende, até o fim do primeiro semestre de 2012, 
preencher as vagas remanescentes. 
Nessa hipótese, considerada a disciplina constitucional da matéria, a 
Administração 
a) estará impedida de realizar novo concurso, durante o prazo de validade do 
concurso anterior, já que ainda há candidatos aprovados a serem convocados 
para assumir cargos.
b) deverá, desde logo, realizar novo concurso para o preenchimento das 50 
vagas remanescentes, desconsiderando os candidatos aprovados e não 
convocados do concurso anterior, já que não os há em número suficiente para 
o fim pretendido.
c) deverá promover a responsabilização da autoridade competente para a 
convocação dos candidatos aprovados, por não ter adotado as providências 
necessárias ao preenchimento de todos os cargos vagos durante o prazo de 
validade do concurso.
d) poderá, desde logo, realizar novo concurso para o preenchimento das vagas 
remanescentes, devendo, contudo, assegurar prioridade aos aprovados no 
concurso anterior sobre os novos concursados, para a atribuição dos cargos em 
questão.
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e) poderá realizar novo concurso para o preenchimento das vagas 
remanescentes a qualquer momento, não estando obrigada a convocar os 
aprovados no concurso anterior para assumir os cargos respectivos.

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