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Aula 40 Direito Constitucional Aula 05

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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso�� www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 05 
Funções Essenciais à Justiça�
I.� FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA�ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ�3�
II.� O MINISTÉRIO PÚBLICO (MP)�ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ�4�
III.� CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO (CNMP)�ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ�24�
IV.� DA DEFENSORIA PÚBLICA (DP)�ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ�54�
V.� DA ADVOCACIA PÚBLICA�ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ�57�
VI.� DA ADVOCACIA PRIVADA�ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ�62�
VII.� QUESTÕES DA AULA�ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ�73�
VIII.� GABARITO�ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ�91�
IX.� BIBLIOGRAFIA CONSULTADA�ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ�92�
�
Olá futuros Técnicos do TRT/RJ! 
Prontos para o SEU salário de 4.052,96?
Na aula de hoje, estudaremos um assunto FUNDAMENTAL para a sua prova, 
afinal, o órgão no qual você irá trabalhar atua lado a lado com essas 
instituições: as funções essenciais à justiça. 
Assim como o Poder Judiciário, esse é um assunto bastante delicado para as 
aulas online, uma vez que a maioria das questões de prova cobra a 
literalidade da CF, sem muitas interpretações ou jurisprudência. Assim, você 
verá que os esquemas de hoje serão um pouco menos resumidos, com menos 
palavras-chave e mais transcrições do texto constitucional. Optei por fazer 
assim para que você já vá se acostumando com a letra da CF.
Como sempre, faremos vários exercícios das FCC para que você treine muito: 
serão 54 questões comentadas!
Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a 
matéria for explicada. Ao responder as questões, leia todos os comentários, 
pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão. 
Na aula de hoje, teremos APENAS 28 páginas de conteúdo (teoria). O 
restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS 
esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o 
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número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e 
agradável!
Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente 
repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro 
que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento. 
Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email 
robertoconstitucional@gmail.com.
Vamos então à nossa aula! 
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I. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA 
Meu caro Técnico do TRT/RJ, nós vimos na aula referente ao Poder Judiciário 
que este somente age se for provocado, não agindo de ofício (princípio da 
demanda). Assim, para garantir a imparcialidade deste poder e para garantir 
uma efetiva prestação jurisdicional, é preciso que pessoas e órgãos atuem lado 
a lado com o Judiciário. 
Essas pessoas e órgãos que atuam junto ao Poder Judiciário (e que não 
fazem parte desse poder) são chamados de Funções Essenciais à 
Justiça.
As Funções Essenciais à Justiça são compostas pelo Ministério Público, 
Defensoria pública, Advocacia Pública e Advocacia Privada. 
Vamos começar com a função mais importante para as provas de concursos: o 
Ministério Público. 
Esquematizando:
x Funções Essenciais à Justiça - Não são órgãos do Judiciário / Não integram o Judiciário. 
- São pessoas ou órgãos que atuam perante o Judiciário 
- São instrumentos indispensáveis à imparcialidade do Judiciário, 
uma vez que este somente age por provocação 
- Composição - Ministério Público 
- Defensoria Pública 
- Advocacia Pública 
- Advocacia Privada 
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II. O MINISTÉRIO PÚBLICO (MP) 
1. OBSERVAÇÕES GERAIS 
Segundo a própria Constituição, o Ministério Público é uma instituição 
permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe 
a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses 
sociais e individuais indisponíveis.
O Ministério Público, também chamado de parquet, é o fiscal da lei e da 
federação. Ele é um órgão autônomo e independente e está fora da 
estrutura dos três poderes.
Dessa forma, o MP não é um 4º poder. Apesar de ser ligado ao orçamento 
do Executivo, não faz parte desse e não se subordina a nenhum dos três 
poderes.
Ingresso na carreira 
O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público 
de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do 
Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três
anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de 
classificação.
Capacidade postulatória 
A capacidade postulatória é a aptidão para agir em juízo, ou seja, a capacidade 
de se “conversar com o Juiz” dentro do processo. Um conceito mais formal é 
este: “é a capacidade de fazer valer e defender as próprias pretensões ou as 
de outrem em juízo ou, em outras palavras, a qualidade ou atributo necessário 
para poder pleitear ao juiz. Essa qualidade está consubstanciada na condição 
de ser membro da instituição ou ser inscrito na OAB”.
As partes do processo (autor e réu) não possuem a capacidade postulatória, 
assim, precisam de um advogado para agir dentro do processo. 
Saiba então que o Ministério Público possui capacidade postulatória. Ele 
pode entrar com ações tanto na esfera civil quanto na esfera penal. Na 
esfera civil, o MP pode entrar com a Ação Civil Pública (ACP) para proteger 
o patrimônio público e social, o meio ambiente e outros interesses difusos e 
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coletivos, também chamados de direitos transindividuais ou metaindividuais ou 
ainda direitos coletivos lato sensu. Eles são assim chamados porque são 
direitos que transcendem o indivíduo, se aplicando à coletividade. 
Já na esfera penal, o MP pode entrar com a ação penal pública. A regra é 
que a titularidade da ação penal é do Ministério Público (MP). Assim, o 
MP é o “dono” da ação penal e ela é PÚBLICA. No entanto, em caso de inércia 
do parquet em entrar com a ação penal ou em dar andamento à mesma, 
caberá a ação penal privada subsidiária da pública. Entretanto, a referida 
ação não retira o caráter privativo da ação penal (que é do Ministério Público). 
Exemplo 1: o crime de homicídio é um crime de ação penal pública. Caso seja 
instaurada uma ação penal por este crime, ela sempre será pública e o MP 
sempre será o titular da ação. Dessa forma, ainda que a família da vítima 
acompanhe os atos processuais, ajude o Ministério Público e a polícia ou até 
mesmo não queira que a ação seja instaurada, o “dono da ação” sempre será o 
parquet (MP), sendo ele quem decide sobre a instauração da ação e quem 
pratica os atos processuais. 
No entanto, caso o Ministério Público seja desidioso na propositura ou na 
condução da ação, aí sim caberá a ação penal privada subsidiária da pública. 
Exemplo 2: a calúnia é um crime de ação penal privada. Para que alguém sejaprocessado por este crime, o ofendido deve entrar com a ação penal contra o 
agressor, não podendo o MP instaurar a ação sozinho. 
Para a sua prova de Direito Constitucional, não é necessário saber quais crimes 
são de ação penal pública ou privada, bastando as informações colocadas aqui. 
Esquematizando:
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- É instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais 
indisponíveis
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- Também chamado de parquet
- Fiscal da lei/federação 
- É órgão autônomo e independente 
- Está fora da estrutura dos 3 poderes 
- Não se subordina a nenhum dos outros poderes 
- Não é um 4º poder. Ele é ligado ao orçamento do Executivo, mas não faz parte desse 
poder
- Ingresso na carreira - Mediante concurso público de provas e títulos 
- Participação da OAB 
- No mínimo, três anos de atividade jurídica 
- Observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. 
- MP possui - Civil: ACP para proteger - patrimônio público e social, meio ambiente 
capacidade - outros interesses difusos e coletivos 
postulatória - direitos transindividuais / metaindividuais / 
coletivos lato sensu): transcendem o 
indivíduo
- Penal: - Pública - Acusador 
- Ele é o titular exclusivo da ação penal pública 
- Inércia: cabe ação penal privada subsidiária da 
pública
- Privada: Fiscal da lei
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2. COMPOSIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
O Ministério Público se divide em dois ramos: o Ministério Público da União 
(MPU) e o Ministério Público Estadual (MPE). O MPU, por sua vez, se 
subdivide em quatro vertentes: MP Federal, MP Militar, MP do Trabalho e 
MP do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Observe que o MPDFT 
pertence ao MPU, sendo um órgão da União e não do DF. 
O chefe do Ministério Público da União é o Procurador-Geral da República 
(PGR) e é ele quem nomeia os Procuradores-Gerais do Trabalho e Militar. 
Observe que não foi falado o Ministério Público Eleitoral, uma vez que ele não 
dispõe de estrutura própria e será integrado por membros do MP federal e 
membros do MP estadual. 
Existe ainda um Ministério Público que atua junto aos Tribunais de Contas 
(MPjTC). Saiba que esse MPjTC não faz parte do Ministério Público, 
integrando a estrutura do próprio Tribunal de Contas. 
Esquematizando:
x Composição 1 - MPU - Ministério Público Federal (MPF) 
do MP - Ministério Público do Trabalho 
- Ministério Público Militar 
- Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 
2 - MP Estadual 
o OBS - O Procurador-Geral da República é o chefe do MPU
- PGR nomeia os Procuradores-Gerais do Trabalho e Militar
- Observe que não aparece o Ministério Público Eleitoral. Ele não dispõe de 
estrutura própria e será integrado por membros do MP federal e membros 
do MP estadual.
- MPjTC: - Ministério Público que funciona junto aos Tribunais de Contas.
- NÃO faz parte do MP 
- Integra a estrutura do próprio Tribunal de Contas.
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3. GARANTIAS DOS MEMBROS DO MP 
Meus queridos Técnicos do TRT/RJ, vocês se lembram que, os membros do 
Poder Judiciário possuíam uma série de garantias e de vedações? Para os 
membros do Ministério Público funciona de forma bastante parecida: eles 
também possuem várias garantias e vedações para que seja assegurada a sua 
imparcialidade. Essas garantias não são benefícios desarrazoados, mas sim 
instrumentos para que seja garantida a autonomia e a correta função de 
fiscalização das leis e da federação.
A primeira garantia é a vitaliciedade, que é adquirida após dois anos de 
exercício. Uma vez adquirida a vitaliciedade, o membro do MP somente 
perderá o cargo por sentença JUDICIAL transitada em julgado. Observe 
que o membro do MP não pode perder o cargo por decisão do CNJ ou do 
CNMP.
A segunda garantia é a inamovibilidade, que garante que, via de regra, os 
membros do Ministério Público somente possam ser removidos a pedido e 
nunca ex oficio. Entretanto, existem duas exceções a essa regra:
1- Remoção por interesse público, por deliberação da maioria absoluta
do órgão colegiado competente do MP, assegurada ampla defesa. 
2- Sanção administrativa, aplicada pelo Conselho Nacional do 
Ministério Público, assegurada ampla defesa. 
A terceira garantia é a irredutibilidade de subsídios, e serve para evitar 
pressões externas e garantir a imparcialidade. Assim como a garantia dos 
magistrados, é assegurada a irredutibilidade nominal e não real. Dessa 
forma, essa garantia não protege o salário do membro do MP contra a inflação, 
por exemplo. 
Esquematizando:
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- Vitaliciedade - Adquirida após dois anos de exercício
- Após a vitaliciedade, só perde o cargo por sentença judicial 
transitada em julgado 
- Inamovibilidade - Regra: somente podem ser removidos a pedido e nunca ex oficio 
- Exceções - Por interesse público - MA do órgão colegiado 
competente do MP 
- Assegurada ampla defesa 
- Sanção administrativa - Determinação do CNMP, 
- Assegurada ampla defesa 
- Irredutibilidade de subsídios - Para evitar pressões externas e garantir a imparcialidade
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- Irredutibilidade nominal.
- Não é assegurada a irredutibilidade real 
- Não protege o salário contra a inflação 
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4. VEDAÇÕES DOS MEMBROS DO MP 
Uma vez estudadas as garantias dos membros do MP, confira agora as 
vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens 
ou custas processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo 
uma de magistério; 
e) exercer atividade político-partidária;
Vale lembrar que, assim como a vedação dos magistrados, essa vedação é 
absoluta. Dessa forma, os membros do MP somente podem se filiar a partido 
político se forem exonerados ou aposentados. 
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas 
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em 
lei.
g) Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de 
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou 
exoneração.
Esquematizando:
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� - Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais 
- Exercer a advocacia 
- Participar de sociedade comercial, na forma da lei
- Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério 
- Exercer atividade político-partidária - Vedação absoluta, assim como a dos membros do Jud. 
- Não podem se filiar a partido político salvo se 
exonerados ou aposentados 
- Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades 
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei 
- Exercera advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do 
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
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5. PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DO MP 
A Constituição de 1988, em seu art. 127, §1º, elenca alguns princípios do 
Ministério Público enquanto instituição: a unidade, a indivisibilidade e a 
independência funcional. A Carta Magna ainda traz em seu texto outros 
princípios que serão estudados de forma conjunta: o princípio do promotor
natural e da autonomia funcional e administrativa.
Segundo o princípio da UNIDADE, o Ministério Público (MP) é uno e constitui 
um único órgão, com todos os seus membros administrativamente chefiados 
por um único Procurador-Geral: o Procurador-Geral da República (PGR),
chefe do MPU e o Procurador-Geral de Justiça (PGJ), chefe do MPE (existe 
um PGJ para cada estado da federação). 
Observe que essa unidade deve ser entendida internamente, no âmbito de 
cada um dos ramos do MP. Não se fala em unidade, por exemplo, entre o MP 
Federal e o MP do Trabalho. 
O segundo princípio é o da INDIVISIBILIDADE, segundo o qual, a atuação 
do MP é do respectivo órgão, e não de seus membros individualmente. Assim, 
os membros do MP não estão vinculados ao processo em que estão 
atuando e podem ser substituídos, na forma da lei. Da mesma forma que o 
princípio da unidade, este princípio tem aplicação restrita ao âmbito de cada 
um dos ramos do MP. 
O terceiro princípio, o da INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL, nos diz que os 
membros do Ministério Público não se subordinam a ninguém: a nenhum 
dos três Poderes e nem mesmo ao respectivo Procurador-Geral. Dessa 
feita, cada membro do MP se subordina apenas à CF, às leis e a sua própria 
consciência.
“Mas Roberto, você me disse que o PGR e o PGJ são os chefes dos respectivos 
Ministérios Públicos e agora me diz que os membros do MP não se subordinam 
a ninguém. Dá pra explicar melhor?” 
Claro! Ocorre que a subordinação entre os membros do MP e seus 
respectivos Procuradores-Gerais é meramente administrativa e não 
funcional. Assim, um membro do parquet terá sempre independência para 
agir livremente nos processos em que atuar, não tendo que obedecer a ordens 
de ninguém, nem mesmo do Procurador-Geral. 
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O próximo princípio estudado é o do PROMOTOR NATURAL. Segundo ele, as 
funções do MP somente poderão ser desempenhadas pelos seus membros, 
investidos no exercício do cargo e com estreita observância das regras 
constitucionais.
Explicando melhor: você se lembra do princípio do juiz natural? Vamos 
revisá-lo, observando um trecho da aula sobre direitos fundamentais: 
Assim, a Constituição protege o cidadão porque assegura que todos saibam 
qual será a autoridade julgadora (o foro competente) antes mesmo de 
se entrar com uma ação no Poder Judiciário.
Por exemplo: imagine que José cometa um crime que choque toda a 
população nacional e que cause grave comoção de toda a nação. Imagine 
também que se queira criar um Tribunal somente para julgar esse tipo de 
crime. O princípio do Juiz Natural assegura que José não poderá ser julgado 
por esse novo Tribunal, uma vez que sua condenação seria quase certa, pois 
todos estão comovidos e a autoridade julgadora não seria imparcial. 
Assim, essa garantia constitucional assegura que as regras de 
julgamento e processo não sejam mudadas durante o jogo. No 
exemplo, José será julgado por um Juiz Criminal de primeira instância (se for 
o caso) e não por um Tribunal criado somente para julgá-lo. 
Da mesma forma como não se pode haver um juízo ou tribunal de exceção, 
também não pode haver o "promotor de exceção", ou seja, não poderão os 
membros do MP ser casuisticamente designados para atuarem em processos 
específicos, em desrespeito aos procedimentos previamente fixados na 
legislação de regência. 
Esses dois princípios: o do juiz natural e o do promotor natural protegem o 
indivíduo contra “mudanças nas regras durante o jogo”. 
Por fim, ressalta-se que o princípio do promotor natural não está expresso na 
Constituição. Ele é um princípio implícito que decorre do princípio do juiz 
natural, da independência funcional e da inamovibilidade dos membros do MP. 
Por último, estudaremos a autonomia administrativa e financeira do Ministério 
Público. A AUTONOMIA ADMINISTRATIVA é o poder que o MP possui de 
criar e extinguir seus cargos e serviços auxiliares, bem como de instituir a sua 
própria política remuneratória e os planos de carreira. 
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Lembre-se que quem organiza e mantém o MP estadual é o próprio estado
e quem organiza e mantém o MPDFT é a União. Dessa forma, as leis de 
organização dos MPs dos estados serão apresentadas nas assembleias 
legislativas estaduais enquanto a lei de organização do MPDFT será 
apresentada no Congresso Nacional.
A AUTONOMIA FINANCEIRA, por sua vez, é o poder que o Ministério Público 
possui de elaborar a sua própria proposta orçamentária, observando, é claro, 
os limites da Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
O orçamento, em rápidas palavras, é um planejamento de gastos. Dessa 
forma, a regra é simples: só se pode gastar o que foi planejado, OU SEJA, só 
se pode gastar o que está no orçamento, OU SEJA, só se pode efetuar 
despesas se houver prévia dotação orçamentária.
O orçamento é materializado através da Lei Orçamentária Anual (LOA) que, 
por sua vez, deve obedecer ao que está disposto na Lei de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO). 
“E como é feita a lei orçamentária?” Simples: cada poder elabora sua própria 
proposta (dentro dos limites da LDO) e a envia ao Poder Executivo, que 
consolida todas as propostas orçamentárias em um Projeto de Lei e o envia ao 
Poder Legislativo. 
Dessa feita, o MP não envia a proposta orçamentária diretamente ao 
Legislativo, sendo que seu orçamento está dentro do orçamento do Executivo. 
Observe que é apenas o orçamento do MP que está dentro do Executivo e que 
de modo algum o MP está subordinado a este ou a qualquer outro 
poder!
Além disso, quando o MP elabora sua proposta orçamentária, algumas regras 
devem ser seguidas: 
i. Caso o MP não encaminhe a proposta orçamentária (ao Executivo) 
dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para 
fins de consolidação, os valores da LOA vigente.
Funciona assim: no atual exercício financeiro, elabora-se a Lei 
Orçamentária Anual do próximo exercício. Ex.: em 2009, elabora-se a 
LOA de 2010. Em 2010, elabora-se a LOA de 2011, e assim por 
diante. 
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Explicando a regra i.: por exemplo, caso o MP, no ano de 2010, não 
envie a proposta orçamentária para o ano de 2011, o Executivo deve 
considerar como proposta para o ano de 2011 os valores da LOA de 
2010 (a LOA vigente). Além disso, o Executivo fará os ajustes 
necessários para adequação desses valores à LDO. 
ii. Se o MP encaminhar proposta orçamentária em desacordo com 
os limites da LDO, o Executivo fará os ajustes necessários. 
iii. É vedado ao MP realizar despesas ou assumir obrigações que 
extrapolem os limites da LDO, exceto se previamente autorizadas, 
mediante créditos suplementares ou especiais. 
Você se lembra da regra? Somente se pode gastar se o dispêndio 
estava previsto no orçamento. Dessa forma, a Constituição veda 
expressamente que o MP (ou qualquer outro poder) realize despesas 
ou assuma obrigaçõesque extrapolem os limites da LDO, salvo se 
previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos 
suplementares ou especiais. Assim, não basta que o Projeto de Lei 
de créditos suplementares ou especiais esteja em tramitação no 
Congresso Nacional, havendo a necessidade de que o mesmo já 
tenha sido aprovado.
Por fim, deve-se frisar que os recursos correspondentes às dotações 
orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, 
destinados ao Ministério Público, serão entregues até o dia 20 de cada mês, 
em duodécimos, na forma de lei complementar. 
Esquematizando:
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- Unidade - O Ministério Público (MP) é uno
- Constitui um único órgão, com todos os seus membros administrativamente chefiados por 
um único Procurador-Geral 
- Deve ser entendido como aplicável internamente, no âmbito de cada um dos ramos do MP
- Não se fala em unidade, por ex., entre o MP Federal e o MP do Trabalho 
- Indivisibilidade - A atuação do MP é do respectivo órgão, e não de seus membros 
- Os membros do MP não estão vinculados ao processo em que estão atuando e 
podem ser substituídos, na forma da lei 
- Tem aplicação restrita ao âmbito de cada um dos ramos do MP 
- Independência funcional - Não se subordinam a ninguém: a nenhum dos três Poderes, nem ao 
respectivo Procurador-Geral 
- Subordinam-se, tão somente, à CF, e às leis 
- Subordinação entre os membros do MP e o Procurador-Geral é 
meramente administrativa e não funcional 
- Promotor natural - Funções do MP somente poderão ser desempenhadas pelos seus membros, 
investidos no exercício do cargo com estreita observância das regras 
constitucionais
- Não pode haver o "promotor de exceção"
- Não poderão os membros do MP ser casuisticamente designados para atuarem 
em processos específicos, em desrespeito aos procedimentos previamente 
fixados na legislação de regência 
- Autonomia - Adm - Criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares 
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- Política remuneratória e os planos de carreira
- Lembrando - Quem organiza - MP dos estados é o próprio estado 
e mantém o - MPDFT é a União 
- Lei de organização - Estadual: apresentadas nas 
Assembleias legislativas estaduais 
- do DFT: apresentado no Congresso 
Nacional 
- Financeira - Elabora a própria proposta orçamentária - limites da LDO 
- O MP não envia a proposta orçamentária diretamente ao Legislativo 
- O orçamento do MP está dentro do orçamento do Executivo 
i. Caso o MP não encaminhe a proposta orçamentária dentro do prazo 
estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para fins de 
consolidação, os valores da LOA vigente 
ii. Se MP encaminhar proposta orçamentária em desacordo com os 
limites da LDO, o Executivo fará os ajustes necessários
iii. É vedado ao MP realizar despesas ou assumir obrigações que 
extrapolem os limites da LDO, exceto se previamente autorizadas, 
mediante créditos suplementares ou especiais
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6. CHEFIAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
Procurador-Geral da República
Meu querido aluno e futuro Técnico do TRT/RJ, como já visto, existe um MP da 
União e um MP de cada estado da federação. Estudaremos agora as 
disposições mais importantes para a sua prova quanto aos chefes de cada MP. 
O MPU tem como chefe o Procurador-Geral da República (PGR). Ele é 
nomeado pelo Presidente da República, dentre os integrantes da 
carreira maiores de 35 anos. Observe que o Presidente da República é livre 
para escolher o PGR, não havendo lista tríplice. Assim como os principais 
agentes políticos nomeados pelo Presidente da República, o nome do PGR deve 
ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal.
O mandato do PGR é de dois anos, sendo que ele poderá ser 
sucessivamente reconduzido, não havendo limite do número de 
reconduções. No entanto, a cada recondução, o nome deve ser aprovado 
novamente pela maioria absoluta do Senado Federal.
Observe que, como estudaremos adiante, os Procuradores-Gerais de 
Justiça somente podem ser reconduzidos uma única vez.
A destituição do Procurador-Geral da República antes do término de seu 
mandato, por iniciativa do Presidente da República, deve ser autorizada pela 
maioria absoluta do Senado Federal em votação secreta (art. 52, XI). 
Além disso, o PGR é ouvido em TODAS as ações no STF, sendo que 
somente ele pode atuar perante o Supremo, não estando nenhum outro 
membro do MP autorizado a fazê-lo. 
Procurador-Geral de Justiça
O Procurador-Geral de Justiça (PGJ), chefe do MP Estadual, é nomeado pelo 
Governador do Estado dentre integrantes da carreira, a partir de lista 
tríplice elaborada pelo próprio MP (no PGR não tem essa lista!). Além disso, o 
mandato do PGJ é de dois anos, permitida uma única recondução.
Adicionalmente, a destituição do PGJ por iniciativa do Governador deve ser 
aprovada pela maioria absoluta da Assembleia Legislativa do respectivo 
estado.
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Observe que existem três importantes diferenças em relação à nomeação do 
PGR:
1) O Legislativo não participa da escolha do PGJ, somente de sua 
destituição. Já o PGR deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado 
Federal.
2) A escolha do PGJ é feita a partir de lista tríplice, enquanto não há essa 
previsão para a nomeação do PGR; 
3) O PGJ somente pode ser reconduzido uma única vez, enquanto não há 
limite para o número de reconduções do PGR. 
Nunca é demais recordar: como o MPDFT é organizado e mantido pela União, o
PGJ do DF é nomeado pelo Presidente da República e não pelo 
governador do DF, além disso, sua destituição deve ser aprovada pela 
maioria absoluta do Senado Federal e não da Câmara Legislativa do DF. 
Ademais, aplicam-se ao PGJ do DF as mesmas regras dos estados: a escolha é 
feita a partir de lista tríplice elaborada pelo MPDFT, para um mandato de 2 
anos, permitida uma única recondução. 
Esquematizando:
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- Procurador-Geral da República (PGR): Chefe do MPU
- Nomeação - Pelo Presidente da República 
- Dentre integrantes da carreira 
- Maiores de 35 anos 
- Não tem lista tríplice 
- Após a aprovação da MA do Senado Federal
- MP da União - Mandato - 2 anos
(MPU) - Poderá ser sucessivamente reconduzido 
- Não há limite do número de reconduções do PGR 
- A cada recondução, o nome deve ser aprovado novamente 
pela MA do SF:
1) Manifestação de interesse do PR 
2) Aprovação do Senado Federal, por MA 
- Obs.: Demais PGs (estaduais): uma única recondução 
- Destituição 1) Representação do Presidente da República 
2) Deliberação da MA do Senado Federal (voto secreto) 
- O PGR é ouvido em TODAS as ações no STF: somente ele pode atuar 
perante o STF, nenhum outro membro do MP pode fazer isso 
- Procurador-Geral de Justiça (PGJ) - Chefe do MP Estadual 
- Nomeação - Pelo Governador 
- A partir de lista tríplice elaborada pelo próprio MP 
- Dentre integrantes da carreira 
- O Leg. não participa da escolha, somente da destituição 
- MP dos Estados - Mandato - 2 anos
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- Permitida uma única recondução
- Destituição - Iniciativa do Governador 
- Deliberação da MA da Assembleia Legislativa 
- MPDFT - PGJ do DF é nomeado pelo Presidente da República 
- MPDFT é parte do MPU 
- A partir de listatríplice elaborada pelo MPDFT 
- Mandato de 2 anos
- Permitida uma única recondução
- Art. 21, XII - a CF determina expressamente que o MPDFT 
será organizado e mantido pela União 
- Destituição pelo Senado Federal 
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7. INICIATIVA DE LEI DE ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Meus amigos, futuros Técnicos do TRT/RJ e ganhadores de um salário de 
R$ 4.052,96, vocês se lembram do princípio da autonomia administrativa 
estudado agora a pouco? Pois bem, uma questão bastante recorrente em 
provas de concurso é acerca da iniciativa de lei de organização do Ministério 
Público, ou seja, quem pode propor ao legislativo as leis que organizam o MP? 
Vamos tratar a matéria de forma bem esquematizada: 
x MPU • Normas gerais: é organizado por Lei Complementar de 
iniciativa concorrente entre o Presidente da República e 
o PGR (art. 61, § 1º, II, “d” + art. 128, § 5º). 
• Normas específicas: Lei de criação e extinção de cargos e 
serviços auxiliares do Ministério Público, a política 
remuneratória e os planos de carreira: iniciativa é privativa 
do PGR (CF, art. 127, § 2º). 
x MPE • Normas gerais: Lei federal de normas gerais para a 
organização do MP dos Estados: iniciativa é privativa do 
Presidente da República (CF, art. 61, § 1º, II, “d”). 
• Normas específicas: Lei Complementar estadual de 
organização do MP do Estado: iniciativa concorrente entre o 
Governador e o PGJ (art. 61, § 1º, II, “d” + 128, § 5º). 
• Lei sobre a organização do MPDFT: concorrente entre 
o Presidente da República e o PGR. (O MPDFT integra 
o MPU e é organizado e mantido pela União). x MPjTC: Lei de organização do MP especial que atua junto à Corte de 
Contas: iniciativa privativa do Tribunal de Contas.
Organização do MP 
MP Normas Gerais Normas Específicas 
União 
PR + PGR 
(61, § 1º, II, d + 128 § 5º) 
PGR (127, § 2º) 
DFT 
PR + PGR 
(61, § 1º, II, d + 128 § 5º) 
PGR (127, § 2º) 
Estados PR (61, § 1º, II, d) 
Gov + PGJ 
(61, § 1º, II, d + 128 § 5º + ADI 852) 
MPjTC TC TC
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8. FUNÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO
A Constituição Federal traz algumas disposições acerca das funções do 
Ministério Público. Tais papéis somente podem ser exercidos por um membro 
do MP, integrante da carreira, e que resida na comarca, salvo autorização do 
chefe da instituição. 
Conforme o artigo 129, são funções institucionais do Ministério Público: 
I) Promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei. 
O MP é o titular exclusivo dessa ação. Além disso, não é necessário que 
haja investigação policial anterior à propositura da ação penal pública, ou 
seja, o MP pode propor a referida ação mesmo sem ter havido 
investigação policial, desde que tenha as provas de autoria e 
materialidade.
Outra observação importante é que, caso haja inércia ou desídia do 
Ministério Público, o particular pode propor a ação penal privada 
subsidiária da pública (art. 5º, LIX). 
II) Zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de 
relevância pública aos direitos assegurados na Constituição, promovendo 
as medidas necessárias a sua garantia
II) Promover o inquérito civil e a ação civil pública (ACP), para a proteção 
do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses 
difusos e coletivos. 
Importante ressaltar que a promoção da ACP não é privativa do MP: 
inclui diversos outros legitimados (a Defensoria Pública, os entes 
federados e suas entidades da administração indireta, a associação 
constituída há pelo menos um ano desde que tenha entre suas 
finalidades as matérias protegidas pela ação civil pública). 
IV) Promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins 
de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na CF. 
V) Defender judicialmente os direitos e interesses das populações 
indígenas. 
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Segundo o art. 232 da Constituição, o MP deve intervir em todos os atos 
dos processos do quais os índios sejam parte. 
VI) Expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua 
competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na 
forma da lei complementar respectiva. 
VII) Exercer o controle externo da atividade policial, na forma da LC. 
VIII) Requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito 
policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações 
processuais. 
IX) Exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que 
compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação 
judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
Conforme este último dispositivo, as competências do MP não são 
exaustivas, podendo ser criadas novas competências, desde que 
compatíveis com a finalidade do MP. 
Além disso, é vedado ao MP representar judicialmente ou servir de 
órgão de consulta de entidades públicas. Esse dispositivo assegura 
que o Ministério Público sempre atue como fiscal da lei e da federação, 
não podendo servir de simples consultor jurídico ou advogado de 
entidades públicas. 
Por fim, assim como no Judiciário, a distribuição dos processos ao MP 
será imediata.
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9. JULGAMENTO DOS MEMBROS DO MP 
Os membros do Ministério Público possuem foro privilegiado, isso significa que 
eles não serão julgados pelos mesmos órgãos julgadores das pessoas comuns. 
Atenção: o foro privilegiado somente é utilizado para ações de 
natureza PENAL! 
Os membros do MPU são julgados da seguinte forma: 
a) O Procurador-Geral da República é julgado pelo STF nos crimes 
comuns e pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade.
b) Já os membros do MPU que oficiam perante os Tribunais, ou seja, os 
membros do “MP de 2ª instância”, são julgados pelo STJ.
c) Os membros do MP que atuam perante os juízos de primeiro grau, ou 
seja, os membros que atuam na 1ª instância, são processados e 
julgados pelos TRFs nos crimes comuns e de responsabilidade, 
ressalvada a competência da justiça eleitoral. 
Os membros do Ministério Público Estadual são julgados da seguinte forma: 
a) Os membros do MPE que atuam perante os tribunais, ou seja, na 
segunda instância, são julgados pelo STJ tanto nos crimes comuns 
quanto nos de responsabilidade. 
b) Já os membros do MPE que atuam perante os juízos de 1º grau, ou seja, 
na 1ª instância, são julgados pelo respectivo Tribunal de Justiça 
Estadual.
Por fim, os membros do Conselho Nacional do Ministério Público são
julgados da seguinte forma: 
a) Por crimes de responsabilidade: serão julgados pelo Senado
Federal.
b) Por crimes comuns: não possuem foro privilegiado. Assim, cada 
membro do CNMP responde perante o foro competente. 
Esquematizando:
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a) Membros do MPU - PGR - Crimes comuns: STF
(incluído o MPDFT) - Crimes de responsabilidade: Senado Federal
- Membros que atuam perante Tribunais: STJ
- Membros que atuam perante juízos de 1º grau: TRF
- Crimes comuns e de responsabilidade 
- Ressalvadas a competência da Justiça Eleitoral 
b) Membros do - Se atuarem perante - TJ: STJ (Crimes comuns e de resp.) 
MP estadual - Juiz de 1ª instância: TJ
c) Membros do CNMP - Crimes Comuns - Não possui foro privilegiadoJu
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- Cada membro responde perante o foro 
competente de origem 
- Crimes de responsabilidade: Senado Federal
10. O MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AOS TRIBUNAIS DE 
CONTAS (MPjTC) 
Além do Ministério Público da União e do Ministério Público Estadual, existe o 
Ministério Público que atua junto aos tribunais de contas, tanto do Tribunal de 
Contas da União (TCU), quanto dos Tribunais de Contas Estaduais (TCEs). 
Todavia, os MPjTC não integram o MPU e nem o MPE. Eles fazem parte 
da respectiva Corte de Contas. Assim, sua organização é veiculada por meio 
de lei ordinária de iniciativa privativa da respectiva Corte de Contas e os 
membros do MP comum não podem atuar como MPjTC. 
Ademais, são aplicados aos membros do MPjTC os mesmos direitos, vedações 
e forma de investidura previstos para os demais membros do MP comum. 
Esquematizando:
- Integram a respectiva Corte de Contas 
- Não integram o MPU e nem o MPE 
- Existe MPjTCU e MPjTCE 
- Os MPjTCE não podem integrar os MPE 
- Os membros do MP comum não podem atuar como MPjTC 
- São aplicados os mesmos direitos, vedações e forma de investidura previstos para os 
demais membros do MP 
- Sua organização é veiculada por meio de lei ordinária 
- A iniciativa de lei de sua organização é privativa da respectiva Corte de Contas M
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III. CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
(CNMP)
1. FUNÇÕES DO CNMP
Meus caros Técnicos do TRT/RJ, o Conselho Nacional do Ministério Público é um 
órgão trazido pela Emenda Constitucional 45/2004 e possui a função de 
controlar a atuação administrativa e financeira do MP e de fiscalizar o 
cumprimento dos deveres funcionais de seus membros.
2. COMPOSIÇÃO DO CNMP 
O CNMP é composto de 14 membros nomeados pelo Presidente da 
República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado 
Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma única 
recondução. São eles: 
- PGR (presidente do CNMP);
- 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de 
suas carreiras; 
- 3 membros do MP dos Estados; 
- 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ; 
- 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil. O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, 
dessa forma, não pode ser indicado a membro deste Conselho. 
- 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um 
pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. 
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3. COMPETÊNCIAS DO CNMP
São competências do Conselho Nacional do Ministério Público: 
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério 
Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua 
competência, ou recomendar providências; 
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante 
provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por 
membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, 
podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se 
adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, 
sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas; 
III receber e conhecer das reclamações contra membros ou 
órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive 
contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e 
correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares 
em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a 
aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de 
serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla 
defesa;
Além disso, leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do MP, para 
receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra 
membros ou órgãos do MP, inclusive contra seus serviços auxiliares, 
representando diretamente ao CNMP. 
IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos
disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados 
julgados há menos de um ano;
Observe que o CNMP somente pode rever os processos DISCIPLINARES,
nunca podendo interferir na atuação institucional dos membros 
do Ministério Público.
V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar 
necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades 
do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. 
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4. AÇÕES CONTRA O CNMP
A Constituição Federal estabelece que as ações contra o CNJ e contra o CNMP 
serão julgadas pelo STF. No entanto, essa regra é aplicada somente às 
manifestações do colegiado e não de seus membros individualmente. 
Assim, compete ao STF julgar as ações contra o CNJ ou o CNMP. No entanto, 
existe uma observação importante acerca desse dispositivo. Olhando o art. 
102, I, r da CF, temos a impressão que o STF é competente para julgar Ação
Civil Pública contra atos do CNJ. No entanto, o STF já decidiu que, nesse 
caso, o sujeito passivo é a UNIÃO e não o CNJ, pois este é um ÓRGÃO do 
Poder Judiciário (ACO 1680/AL e Pet 3986 AgR/TO). 
Ainda segundo o STF: “Por óbvio, essa não é a interpretação quando se cuide 
de mandado de segurança, mandado de injunção e habeas data contra atos do 
CNJ. Nessas hipóteses, o pólo passivo é ocupado diretamente por aquele 
Conselho ou pelo seu presidente, como autoridade impetrada, ainda que a 
União figure como parte. Isso diante da chamada personalidade judiciária que 
é conferida aos órgãos das pessoas político-administrativas para defesa de 
seus atos e prerrogativas nessas ações constitucionais mandamentais.” 
5. CORREGEDOR NACIONAL 
O Corregedor Nacional é escolhido dentre os membros do MP que 
integram o CNMP e escolhido pelo próprio Conselho em eleição secreta.
Além disso, o mandato é único, sendo vedada a recondução.
As funções do corregedor Nacional são as seguintes: 
I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas 
aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares; 
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição 
geral;
III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-
lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério 
Público. 
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Quadro-resumo
Observe o quadro-resumo a seguir, com as principais informações dos 
principais cargos do MP: 
Cargo Nomeação Mandato Recondução Aprovação/Destituição
PGR Presidente da República 2 anos Sem limite Senado Federal 
PGJ Governador 2 anos Uma única recondução 
Assembleia Legislativa 
(somente destituição) 
PGJ do DF Presidente da República 2 anos Uma única recondução Senado Federal 
Membro do 
CNMP 
Presidente da República 2 anos Uma única recondução Não se aplica 
Corregedor
Nacional
Escolhido dentre os 
membros do CNMP em 
votação secreta 
2 anos Vedada Não se aplica 
Esquematizando:
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a) Funções - Controlar a atuação administrativa e financeira do MP 
- Fiscalizar ocumprimento dos deveres funcionais de seus membros, por meio do 
desempenho das atribuições que lhe foram constitucionalmente outorgadas 
b) Composição - Nomeados pelo PR, depois de aprovada a escolha pela MA do SF
- Mandato: 2 anos, admitida uma única recondução 
- 14 membros - PGR (presidente do CNMP) 
- 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de 
suas carreiras 
- 3 membros do MP dos Estados
- 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ
- 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB
- O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, dessa 
forma, não pode ser indicado a membro deste conselho 
- 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, 
indicados um pela CD e outro pelo SF 
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do MP, podendo expedir atos regulamentares,
no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; 
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar a legalidade dos atos adm praticados por membros 
ou órgãos do MPU e MPE, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se cumpra 
a lei, sem prejuízo da competência dos TCs 
III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do MPU ou MPE, inclusive 
contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da 
instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a 
disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de 
serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; 
- Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do MP, para receber reclamações e 
denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do MP, inclusive contra seus 
serviços auxiliares, representando diretamente ao CNMP. 
IV rever os processos disciplinares de membros do MPU ou MPE julgados há menos de um ano;
V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do 
MP no País e as atividades do Conselho, que deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. 
d) Ações contra o CNMP - Julgadas pelo STF 
- Somente das manifestações do colegiado e não de seus membros 
individualmente 
d) Corregedor Nacional - Eleição secreta 
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- Escolhido dentre os membros do MP que integram o CNMP 
- Vedada recondução 
- Funções I receber reclamações e denúncias relativas aos membros 
do MP e dos seus serviços auxiliares; 
II exercer funções executivas, de inspeção e correição; 
III requisitar e designar membros do MP, delegando-lhes 
atribuições, e requisitar servidores de órgãos do MP
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EXERCÍCIOS 
1. (FCC - 2010 - SEFIN-RO - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) O Ministério 
Público da União tem por chefe o Procurador- Geral da República, nomeado 
pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta 
e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos 
membros do 
a) Congresso Nacional, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
b) Congresso Nacional, para mandato de um ano, permitida a recondução 
c) Congresso Nacional, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
d) Senado Federal, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
e) Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
Gabarito: E. O Procurador-Geral da República deve ser aprovado pela 
maioria absoluta do Senado Federal. Note que a Constituição Federal 
autorizou a recondução sem limites dessa autoridade ao cargo de PGR. 
Lembre-se de que, a cada recondução, o nome deve ser aprovado 
novamente pela maioria absoluta do Senado Federal. Por outro lado, 
os Procuradores-Gerais de Justiça somente podem ser reconduzidos 
uma única vez.
2. (FCC - 2012 - TRE-SP - Técnico Judiciário) Por meio do Ato Normativo no 721, 
de 16 de dezembro de 2011, o Procurador-Geral de Justiça do Ministério 
Público do Estado de São Paulo estabeleceu o Plano Geral de Atuação da 
instituição para o ano de 2012. Elegendo a segurança escolar como tema 
prioritário, o Plano indica, dentre outras ações e diretrizes, a realização de 
"visitas e reuniões setoriais em estabelecimentos de ensino, com o fim de 
possibilitar diagnóstico com vistas à identificação daqueles em que a situação 
de violência seja especialmente relevante e de qual a modalidade criminosa 
que mais aflige a população escolar respectiva, para possibilitar atuação 
preventiva e a pacificação do ambiente escolar". 
As ações e diretrizes acima referidas decorrem de previsão da Constituição da 
República, segundo a qual ao Ministério Público compete 
a) defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e 
individuais indisponíveis, promovendo as medidas necessárias à garantia dos 
direitos assegurados na Constituição. 
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b) promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei. 
c) promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do 
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e 
coletivos. 
d) exercer o controle externo da atividade policial, na forma estabelecida em 
lei complementar. 
e) requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, 
indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais. 
Gabarito: A. Atenção! Todas as alternativas apontam corretamente 
para funções institucionais do Ministério Público, dispostas no art. 129 
da Constituição. Devemos escolher a alternativa que mais se encaixa 
com o disposto no enunciado. Assim, não temos maiores dificuldades 
em escolher a alternativa “A”. 
3. (FCC - 2009 - TCE-GO - Analista de Controle Externo) Considere as seguintes 
afirmações sobre a proposta orçamentária do Ministério Público:
I. O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e, caso encaminhada em 
desacordo com esses limites, caberá ao Poder Executivo proceder aos ajustes 
necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. 
II. Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária 
dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder 
Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária 
anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo 
com os limites estipulados na lei de diretrizes orçamentárias.
III. Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a 
realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente 
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. 
Está correto o que se afirma em 
a) I, apenas. 
b) II, apenas. 
c) III, apenas. 
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d) I e II, apenas. 
e) I, II e III. 
Gabarito: E. Todas as alternativas estão corretas, juntando os 
parágrafos 3º ao 6º do art. 127 em três assertivas. Boa questão para 
revisar o assunto “proposta orçamentária do Ministério Público”. 
4. (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário) A Constituição da República 
estabelece igualmente para membros do Poder Judiciário e do Ministério 
Público que 
a)os integrantes das carreiras deverão residir na comarca da respectiva 
lotação, salvo autorização do Tribunal. 
b) a vitaliciedade será adquirida após dois anos de exercício da função, 
dependendo a perda do cargo, inclusive nesse período, de sentença judicial 
transitada em julgado. 
c) o exercício da advocacia no juízo ou Tribunal do qual se afastaram é vedado 
antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou 
exoneração.
d) o exercício de atividade político-partidária é proibido, salvo exceções 
previstas em lei. 
e) o ato de remoção por interesse público será fundado em decisão do órgão 
colegiado competente, pelo voto de dois terços de seus membros, assegurada 
ampla defesa. 
Gabarito: C
Item A – ERRADO. Está correto para os membros do Judiciário, mas 
para os membros do Ministério Público, quem autoriza é o chefe da 
Instituição, conforme §2º do art. 129. 
Item B – ERRADO. Tanto para os membros do Judiciário quanto do 
Ministério Público, a vitaliciedade somente é adquirida após dois anos 
de exercício, não podendo perder o cargo (após a vitaliciedade) senão 
por sentença judicial transitada em julgado. Nos dois primeiros anos 
de exercício (antes da vitaliciedade), poderá o juiz perder o cargo por
deliberação do tribunal ao qual está vinculado, conforme o art. 95, I. 
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Item C – CERTO. O art. 95, parágrafo único, V, que proíbe o exercício 
da advocacia no tribunal de origem por três anos após o afastamento, 
se aplica aos membros do MP, conforme o art. 128, §6º. 
Item D – ERRADO. Essa vedação é absoluta (não admite exceção),
conforme art. 95, parágrafo único da CF88 e 128, § 5º, II “e”. 
Item E – ERRADO. O equívoco está no quórum. No art. 93, VIII, lemos: 
“o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por 
interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta
do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada 
ampla defesa”. Já para o Ministério Público, o quórum também é da 
maioria absoluta, segundo o art. 128, § 5º, I, “b”. 
5. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) Peixoto, membro do Ministério 
Público Estadual, está passando por enorme dificuldade financeira, e precisa 
auferir maior rendimento para custear as suas despesas básicas, pois o seu 
subsídio não está sendo suficiente. Nesse caso, para complementar sua renda, 
Peixoto poderá 
a) participar de sociedade comercial, na forma da lei. 
b) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens 
ou custas processuais nas causas que funcionar. 
c) exercer a advocacia, desde que não advogue contra o Estado. 
d) exercer uma função de magistério. 
e) exercer atividade político-partidária em qualquer situação. 
Gabarito: D. Coitado do Sr. Peixoto! Os membros do MP realmente 
ganham muito mal, não é? Rs! Vamos ajudá-lo a complementar sua 
renda sem ferir a Constituição Federal? As vedações aos membros do 
Ministério Público estão no art. 128, §5º, II. Analisemos as 
alternativas, indicando em qual alínea do parágrafo se encontra 
vedada a atividade proposta para o Sr. Peixoto: 
Item A – ERRADO. Vedada pela alínea “c”. 
Item B – ERRADO. Vedada pela alínea “a”. 
Item C – ERRADO. Vedado pela alínea “b”. 
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Item D – CERTO. Liberado! Ele pode exercer uma função pública de 
magistério (dar aula) sem ferir a Constituição (alínea “d”). 
Item E – ERRADO. Vedada pela alínea “e”. 
6. (FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário) O Ministério Público da União tem 
por chefe o
a) Procurador-Geral da República, cuja destituição é de iniciativa do Presidente 
da República. 
b) Advogado-Geral da União, nomeado pela Câmara dos Deputados. 
c) Procurador-Geral da República, nomeado pelo Senado Federal. 
d) Ministro da Justiça, nomeado pelo Presidente da República. 
e) Ministro da Justiça, cuja destituição é de iniciativa do Senado Federal. 
Gabarito: A. Tranquila essa hein, pessoal? A resposta está nos 
parágrafos 1º e 2º do art. 128. O chefe do Ministério Público é o 
Procurador-Geral da República, e sua destituição, por iniciativa do 
Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da 
maioria absoluta do Senado Federal. 
7. (FCC - 2007 - MPU - Analista de Informática) Conforme disposto na 
Constituição Federal vigente, o Procurador-Geral da República poderá ser 
destituído pelo voto de dois terços dos membros do Conselho Superior do 
Ministério Público Federal, desde que autorizado pelo Presidente da República. 
Errado. Conforme art. 128, § 2º “A destituição do Procurador-Geral da 
República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser 
precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.”
8. (FCC - 2008 - MPE-RS - Secretário de Diligências) De acordo com a 
Constituição Federal brasileira, os Ministérios Públicos dos Estados e o do 
Distrito Federal formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma 
da lei respectiva, para escolha de seu Procurador- Geral, que será nomeado 
pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de três anos, vedada a 
recondução.
Errado. De acordo com a CF, art. 128, § 3º “Os Ministérios Públicos dos 
Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice
dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha 
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de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder 
Executivo, para mandato de DOIS anos, permitida uma recondução.”
9. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) Tanto o Conselho 
Nacional de Justiça quanto o Conselho Nacional do Ministério Público 
a) possuem, entre seus membros, dois cidadãos de notável saber jurídico e 
reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo 
Senado Federal. 
b) são órgãos do Poder Judiciário. 
c) escolhem, em votação secreta, um entre seus membros para exercer a 
função de Corregedor. 
d) têm competência para rever, de ofício ou mediante provocação, processos 
disciplinares de membros dos órgãos sujeitos à sua atuação, julgados há 
menos de dois anos. 
e) podem fixar prazo para que os órgãos sujeitos à sua atuação adotem as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, afastada, nessa 
hipótese, a competência dos Tribunais de Contas para a matéria. 
Gabarito: A.
Item A – CERTO. Vamos rever a composição dos dois órgãos? 
Composição do CNMP: 
- PGR (presidente do CNMP);
- 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de 
suas carreiras; 
- 3 membros do MP dos Estados; 
- 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ; 
- 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil. O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, 
dessa forma, não pode ser indicado a membro deste Conselho. 
- 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um 
pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. 
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Composição do CNJ: 
CNJ 
Componente
Órgão responsável pela 
indicação 
Presidente do STF 
STF 1desembargador de TJ 
1 juiz estadual 
1 Ministro do STJ 
STJ 1 juiz de TRF 
1 juiz federal 
1 Ministro do TST 
TST1 juiz de TRT 
1 juiz do trabalho 
1 membro do MPU 
PGR
1 membro do MPE 
2 advogados Conselho Federal da OAB 
2 cidadãos, de notável saber 
jurídicoe reputação ilibada 
Um pela Câmara e outro 
pelo Senado 
Item B – ERRADO. O CNMP não é órgão do Poder Judiciário. 
Item C – O corregedor do CNJ será o ministro do STJ, conforme art. 
103-B, §5º. No CNMP, o corregedor será eleito dentre os membros do 
Ministério Público que o integram (art. 130-A, §3º). 
Item D – ERRADO. Estaria perfeito se afirmasse que ambos os 
conselhos têm competência para rever, de ofício ou mediante 
provocação, processos disciplinares de membros dos órgãos sujeitos à 
sua atuação, julgados há menos de UM ano. 
Item E – ERRADO. A Constituição garante a inafastabilidade da 
competência dos Tribunais de Contas para esta matéria. Veja os arts. 
103-B, §4º, II e 130-A, §2º, II. 
10. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) Nos termos da 
Constituição da República, aos membros do Ministério Público junto aos 
Tribunais de Contas é vedado
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens 
ou custas processuais, ressalvadas as exceções previstas em lei. 
b) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas 
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em 
lei.
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c) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública. 
d) exercer atividade político-partidária, salvo exceções previstas na lei. 
e) exercer a advocacia, ressalvadas as exceções previstas em lei. 
Gabarito: B. As vedações impostas aos membros do Ministério Público 
junto aos Tribunais de Contas são as mesmas dos membros do 
Ministério Público. Vamos ver quais são?
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- Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais 
- Exercer a advocacia 
- Participar de sociedade comercial, na forma da lei
- Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério 
- Exercer atividade político-partidária - Vedação absoluta, assim como a dos membros do Jud. 
- Não podem se filiar a partido político salvo se 
exonerados ou aposentados 
- Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades 
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei 
- Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do 
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Item A – ERRADO. Não há exceção a esta vedação. 
Item B – CERTO. A lei pode prever casos onde os membros do 
Ministério Público junto aos Tribunais de Contas poderão receber tais 
auxílios ou contribuições. 
Item C – ERRADO. Ele poderá exercer uma função pública de 
magistério. 
Item D – ERRADO. Não há exceção para esta vedação. 
Item E – ERRADO. Não há exceção para esta vedação. 
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11. (FCC - 2010 - MPE-SE - Analista - Direito) Tendo em vista o Ministério Público, 
analise:
I. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de 11 (onze) 
membros, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a 
escolha pela maioria simples da Câmara dos Deputados, para um mandato de 
2 (dois) anos, vedada a recondução. 
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II. A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente 
da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do 
Senado Federal.
III. São funções institucionais, entre outras, promover a ação de 
inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos 
Estados nos casos previstos na Constituição Federal.
IV. As funções só podem ser exercidas pelos integrantes da carreira, salvo nos 
casos de impedimento ou suspeição, sendo obrigatória a residência da 
respectiva comarca. 
Nesses casos, está correto o que consta APENAS em 
a) III e IV. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) I, II e III. 
e) I, II e IV. 
Gabarito: C. 
Item I – ERRADO. Vários erros! O CNMP é composto de 14 membros 
nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha 
pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois 
anos, admitida uma única recondução.
Item II – CERTO. Literalidade do art. 128, §2º.
Item III – CERTO. O Ministério Público, na figura de seu chefe, tem 
legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade e 
representações interventivas. Veja no art. 129, IV. 
Item IV – ERRADO. As funções do MP somente podem ser exercidas 
por integrantes da carreira, sem exceções. Caso haja suspeição ou 
impedimento de membro do MP, em seu lugar, deve atuar outro 
membro do MP.
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Além disso, os membros do MP devem residir na comarca em que 
atuam, salvo autorização do chefe da instituição. Confira o art. 129, § 
2º: “As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por 
integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva 
lotação, salvo autorização do chefe da instituição.”
12. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico Judiciário) A destituição do 
Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, 
deverá ser precedida de autorização 
a) da maioria absoluta da Câmara dos Deputados. 
b) da maioria absoluta do Senado Federal. 
c) do Supremo Tribunal Federal. 
d) do Superior Tribunal de Justiça. 
e) do Conselho Nacional do Ministério Público. 
Gabarito: B. Essa estava de graça hein pessoal! Literalidade do art. 
128, §2º. 
13. (FCC - 2011 - TRE-TO - Técnico Judiciário - Área Administrativa) O Ministério 
Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado, 
dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, pelo 
a) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pelo Presidente da 
República, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
b) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Congresso Nacional, para mandato de dois anos, 
vedada a recondução. 
c) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, 
permitida a recondução. 
d) Senado Federal após a aprovação de seu nome pelo Presidente da 
República, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
e) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pela Câmara dos 
Deputados, para mandato de dois anos, vedada a recondução. 
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Gabarito: C. Quem nomeia o PGR é o Presidente da República, após a 
aprovação da maioria absoluta do Senado Federal. É mais um caso 
onde o Senado vai “sabatinar” uma autoridade antes da sua nomeação 
pelo Presidente da República. Veja no art. 128, §1º. 
14. (FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário) O Conselho 
Nacional do Ministério Público compõe-se de 
a) oito membros, nomeados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
b) trinta e três membros, nomeados pelo Procurador Geral da República. 
c) quinze membros, nomeados pelo Procurador Geral da República. 
d) oito membros, nomeados pelo Presidente do Superior Tribunal de Justiça. 
e) quatorze membros, nomeados pelo Presidente da República. 
Gabarito: E. Essa nós mataríamos só sabendo o número de membros: 
são quatorze, de acordo com o art. 130-A. Só não vale confundir com o 
CNJ, que tem 15 membros! 
15. (FCC- 2010 - MPE-RS - Agente Administrativo) Nos termos da Constituição 
Federal, além de outros membros, integrarão o Conselho Nacional do 
Ministério Público 
a) dois juízes, indicados pelos Tribunais de Justiça Regionais Federais. 
b) três membros do Ministério Público da União, além de dois do Ministério 
Público do Trabalho. 
c) três advogados, indicados pelos Conselhos Estaduais da Ordem dos 
Advogados do Brasil. 
d) três membros do Ministério Público dos Estados. 
e) três cidadãos com mais de 30 anos de idade, indicados um pela Câmara dos 
Deputados e dois pelo Senado Federal. 
Gabarito: D. A composição completa do CNMP é a seguinte: 
- PGR (presidente do CNMP);
- 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de 
suas carreiras; 
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- 3 membros do MP dos Estados; 
- 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ; 
- 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil. O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, 
dessa forma, não pode ser indicado a membro deste Conselho. 
- 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um 
pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. 
16. (FCC - 2010 - MPE-RS - Agente Administrativo) Dentre as garantias 
constitucionais asseguradas aos membros do Ministério Público, destaca-se a 
a) participação em sociedade comercial sob qualquer de suas formas. 
b) possibilidade de exercer, quando em disponibilidade, qualquer outra função 
pública, vedado o magistério. 
c) inamovibilidade por motivo de interesse público, mediante decisão do 
Colégio de Procuradores de Justiça, pelo voto da maioria de seus membros. 
d) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo 
senão por sentença judicial transitada em julgado. 
e) possibilidade de receber, a qualquer título e pretexto, honorários, 
percentagens ou custas processuais, especialmente nas ações civis públicas. 
Gabarito: D. As vedações e garantias aos membros do MP estão no art. 
128, §5º, I e II, respectivamente. Vamos passar item por item: 
Item A – ERRADO. A participação em sociedade comercial, na forma da 
lei, é uma vedação imposta aos membros do MP, e não uma garantia. 
Item B – ERRADO. Aos membros do MP, é vedado o exercício de outra 
função pública, exceto uma de magistério. O item inverteu a situação. 
Item C – ERRADO. O interesse público é uma condição que restringe a 
garantia da inamovibilidade. Se houver o interesse público, o membro 
do MP pode ser removido. Confira o texto da Constituição:
“inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante 
decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo 
voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa”.
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Item D – CERTO. Literalidade do art. 128, § 5º, I, ”a”.
Item E –ERRADO. Outra vedação prevista para os membros do MP. 
17. (FCC - 2010 - MPE-RS - Agente Administrativo) O Conselho Nacional do 
Ministério Público, órgão constitucional criado pela Emenda Constitucional nº 
45/2004,
a) é presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
b) é competente, além de outras matérias, para rever os processos 
disciplinares e criminais de membros do Ministério Público julgados há menos 
de dois anos. 
c) escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros 
do Ministério Público que o integram, vedada a recondução. 
d) compõe-se de onze membros nomeados pelo Congresso Nacional. 
e) confere para os seus membros um mandato de dois anos, vedada a 
recondução.
Gabarito: C.
Item A – ERRADO. O CNMP será presidido pelo Procurador-Geral da 
República, conforme o art. 130-A, I. 
Item B – ERRADO. A competência está correta, mas o prazo é de 
processos julgados há menos de um ano.
Item C – CERTO. O Corregedor do CNMP será eleito entre os membros 
do Ministério Público que o integram. A recondução é vedada. Veja no 
§3º do art. 130-A. 
Item D – ERRADO. O CNMP compõe-se de quatorze membros,
nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha 
pela maioria absoluta do Senado Federal. 
Item E – ERRADO. É admitida uma recondução, de acordo com o art. 
130-A.
18. (FCC - 2010 - MPE-RS - Secretário de Diligências) O Conselho Nacional do 
Ministério Público 
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a) exerce o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério 
Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. 
b) terá seus integrantes eleitos para um mandato de dois anos, vedada a 
recondução, sendo presidido pelo integrante mais antigo. 
c) tem como integrantes, dentre outros, dois juízes federais, indicados um pelo 
Superior Tribunal de Justiça e outro pelos Tribunais Regionais Federais. 
d) escolherá, em votação aberta e pública, um Corregedor nacional, dentre os 
membros do Ministério Público Estadual ou Federal, permitida uma 
recondução.
e) compõe-se de quinze membros nomeados pelo Procurador-Geral da 
República, depois de aprovada a escolha pela maioria simples da Câmara dos 
Deputados. 
Gabarito: A. 
Item A – CERTO. Praticamente a literalidade do §2º do art. 130-A da 
Constituição.
Item B – ERRADO. Dois erros: É permitida uma recondução aos 
membros CNMP. Além disso, este órgão é presidido pelo Procurador-
Geral da República.
Item C – ERRADO. Vamos revisar quem são os integrantes do Conselho 
Nacional do Ministério Público? 
- PGR (presidente do CNMP);
- 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de 
suas carreiras; 
- 3 membros do MP dos Estados; 
- 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ; 
- 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos 
Advogados do Brasil. O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, 
dessa forma, não pode ser indicado a membro deste Conselho. 
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- 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um 
pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. 
Item D – ERRADO. A recondução ao cargo de corregedor do CNMP é 
vedada pelo §3º do art. 130-A. 
Item E – Vários erros. Vamos reproduzir o caput do art. 130-A, que 
traz estas disposições: “O Conselho Nacional do Ministério Público 
compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da 
República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do 
Senado Federal,...”
19. (FCC - 2010 - MPE-RS - Secretário de Diligências) Quanto ao Ministério 
Público, considere: 
I. O ingresso na carreira far-se-á mediante concurso público de provas e 
títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua 
realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de 
atividade jurídica.
II. A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente 
da República, deverá ser precedida de autorização da maioria simples do 
Congresso Nacional. 
III. Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal poderão ser 
destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma 
da lei complementar respectiva. 
IV. A legitimação do Ministério Público para as ações civis relativas à defesa de 
interesses das populações indígenas impede a de terceiros, nas mesmas 
hipóteses, segundo o disposto na Constituição Federal e na lei. 
Estão corretas APENAS as afirmações 
a) III e IV.

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