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Aula 16 Direito Constitucional Aula 02

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Prévia do material em texto

CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/RJ - TÉCNICO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 02
Dos direitos sociais, da nacionalidade, dos direitos políticos
I. DIREITOS SOCIAIS --------------------------------------------------------------------------------------------2
II. DIREITOS POLÍTICOS ------------------------------------------------------------------------------------- 26
III. NACIONALIDADE ---------------------------------------------------------------------------------------------- 52
IV. QUESTÕES DA AULA----------------------------------------------------------------------------------------- 66
V. GABARITO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 77
VI. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA------------------------------------------------------------------------ 78
Olá futuros Técnicos do TRT/RJ!
Prontos para o SEU salário de R$ 4.052,96?
Na aula de hoje, estudaremos a seguinte parte do seu edital: Dos direitos 
sociais, da nacionalidade, dos direitos políticos.
Como sempre, faremos muitos exercícios da sua banca para que você treine 
muito e tenha uma visão completa de todos os ângulos da matéria. Vamos 
gabaritar Direito Constitucional!
Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a 
matéria for explicada. Ao responder as questões, leia todos os comentários, 
pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão.
Na aula de hoje, teremos APENAS 35 páginas de conteúdo (teoria). O 
restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS 
esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o 
número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e 
agradável!
Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente 
repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro 
que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento.
Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email 
robertoconstitucional@gmail.com.
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I. DIREITOS SOCIAIS
Meus futuros Técnicos do TRT/RJ, nós já estudamos as gerações dos direitos 
fundamentais. Pois bem, os direitos sociais são direitos de segunda geração,
assim, vieram após os direitos de primeira geração. O contexto histórico do 
seu surgimento foi a revolução industrial.
Naquela época, os trabalhadores faziam uma jornada de trabalho de até 12 
horas por dia e praticamente não tinham descanso. Até as crianças 
trabalhavam, e o pior: com um salário ainda menor.
A classe trabalhadora, então, começou a exigir que o estado garantisse alguns 
direitos para que os trabalhadores, literalmente, não “morressem de 
trabalhar”. Foi nesse contexto que surgiram os direitos sociais.
Mas além dos direitos dos trabalhadores, os direitos sociais são muito mais 
amplos. Neles estão contidos os direitos à educação, saúde, alimentação, 
moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade 
e à infância, assistência aos desamparados e outros.
Apesar disso, em termos de concursos públicos, os direitos dos trabalhadores 
são os mais importantes dentre os direitos sociais. Isso porque logo depois do 
artigo 5º, no artigo 7º, a CF já traz um dispositivo bem extenso sobre os
direitos do trabalhador e as bancas adoram cobrá-lo!
Caro aluno, você se lembra que os direitos individuais estavam contidos no 
artigo 5º e também esparramados ao longo da CF? Com os direitos sociais 
ocorre o mesmo. Eles estão na CF do artigo 6º ao 11 e, além desses, vários 
outros direitos sociais estão incluídos em dispositivos ao longo do texto 
constitucional em vários outros artigos, como por exemplo, o direito a saúde 
que está no final da CF (art. 196 em diante).
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1. CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS SOCIAIS
Meu caro Técnico do TRT/RJ, você se lembra que os direitos individuais eram 
chamados de liberdades negativas porque eles são uma barreira para atuação 
do estado? Exemplo: o Estado não pode intervir na propriedade, o Estado não 
pode intervir na vida das pessoas etc.
Assim, os direitos individuais são liberdades negativas que pressupõem 
uma não ação do Estado: uma omissão estatal.
Já os direitos sociais são justamente o contrário: o Estado tem que dar o lazer, 
o Estado tem que dar a saúde, o Estado tem que dar a educação, o Estado tem 
que dar o trabalho, entre outros. Assim, o Estado tem que agir para garantir 
os direitos sociais, que têm como requisito uma ação do estado, sendo, por 
isso, considerados liberdades positivas.
Em direito, tudo que é omissão é negativo, e tudo que é uma ação é positivo.
Assim, os direitos individuais são chamados de liberdades negativas
porque pressupõem uma não ação do Estado e os direitos sociais são 
chamados de liberdades positivas porque pressupõem uma ação do Estado.
Direitos sociais e cláusulas pétreas
Outra observação importante é que, em regra, os direitos sociais não são 
cláusulas pétreas. No artigo 60 parágrafo 4º, estão as chamadas cláusulas 
pétreas e, dentre elas, estão os direitos INDIVIDUAIS (e não os sociais). 
Alguns autores, no entanto, dizem que ALGUNS direitos sociais são cláusulas 
pétreas. No entanto, via de regra e para a melhor doutrina, os direitos sociais 
como um todo não são cláusulas pétreas, ok?
Assim, se cair na sua prova:
x “os direitos sociais não são cláusulas pétreas.” Você vai marcar certo.
x “apesar de doutrina contrária, alguns direitos sociais são cláusulas
pétreas.” Você vai marcar certo.
x “os direitos sociais são cláusulas pétreas”. Você vai marcar errado.
O principal artigo que trata sobre direitos sociais é o art. 7º, que traz uma lista 
bem extensa dos direitos trabalhistas. Mas cuidado: essa lista não é 
taxativa, ou seja, existem outros além desses direitos. Portanto, essa lista é 
exemplificativa.
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Além disso, os direitos sociais aplicam-se a trabalhadores urbanos, rurais 
e avulsos, ou seja, a todos os tipos de trabalhadores, salvo os domésticos, 
que possuem algumas restrições, que serão comentadas mais a frente.
Importante destacar que o trabalhador doméstico e a diarista não são 
trabalhadores avulsos. O trabalhador avulso é a pessoa física que presta 
serviços sem vínculo empregatício, de natureza urbana ou rural, a diversas 
pessoas, sendo sindicalizado ou não, com intermediação obrigatória do 
sindicato da categoria profissional ou do órgão gestor de mão de obra. Ele 
executa serviços de curta duração e tem seu pagamento feito por forma de 
rateio. Ex: estivador de porto
Esquematizando:
DIREITOS SOCIAIS: (Arts. 6º ao 11 + a longo da CF)
- Educação
- Saúde
- Alimentação
- Trabalho
x Direitos Sociais - Moradia
- Lazer
- Segurança
- Previdência social
- Proteção à maternidade e à infância
- Assistência aos desamparados
- Outros
• São liberdades positivas
• São Direitos Fundamentais de 2ª geração
• Não são cláusulas pétreas (somente os individuais art. 60, §4º)
o Características - Há doutrina contrária = ALGUNS direitos sociais são 
cláusulas pétreas 
• Estão nos arts. 6º a 11 + ao longo da CF
• Lista do art. 7º NÃO é exaustiva. Ela é exemplificativa
• Aplicam-se a trabalhadores urbanos, rurais e avulsos 
- restrições aos domésticos
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2. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DORETROCESSO E DOMÍNIO DOS 
DIREITOS FUNDAMENTAIS SOCIAIS
Meu caro Técnico do TRT/RJ, eu sempre digo para os meus alunos em sala: no
seu caderno, prefira sempre anotar da maneira mais simples possível e sempre 
da forma que você entenda. De nada adianta seu caderno estar cheio de 
palavras complicadas e bonitas se você tiver dificuldade em entendê-las. 
Assim, sempre anote de maneira simples. Se precisar, use até mesmo palavras 
chulas ou palavrões. Isso inclusive, quando bem empregado, te ajuda a reter 
melhor as informações.
Assim, com o devido respeito, usarei uma palavra dessas (te garanto que 
você sempre vai se lembrar disso!).
O melhor conceito para o Princípio da proibição do retrocesso e domínio dos 
direitos fundamentais é: “ofereceu, se fudeu!”.
Isso significa que os direitos que foram conquistados não podem mais ser 
perdidos. Os trabalhadores conquistaram o direito social ao 13º salário,
aposentadoria, férias etc. e o Estado não pode mais retirá-los.
3. CLÁUSULA DA RESERVA DO POSSÍVEL 
A reserva do possível nos diz que os direitos sociais devem ser efetivados, na 
medida exata em que isso é financeiramente possível. Assim, o Estado deve 
sempre buscar alcançar esses direitos, mas eles devem ser providos de
acordo com a sua disponibilidade financeira.
No entanto, isso não significa que o Estado pode simplesmente deixar de 
prover os direitos sociais alegando que não possui recursos para tal, mas 
significa que os direitos sociais devem ser providos dentro das possibilidades 
financeiras e da razoabilidade, caso contrário o Estado “quebraria”.
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4. PRINCIPAIS DIREITOS SOCIAIS
Quando os direitos individuais são cobrados em prova, costuma-se cobrar 
questões interpretativas e com muitas jurisprudências. Já quanto aos 
direitos sociais, geralmente é exigida a letra do texto constitucional.
Assim, comentarei alguns direitos sociais e trarei a letra da CF para os demais, 
combinado? Atenção! É importante que você leia todos eles e não só os que 
eu comentar!
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que 
visem à melhoria de sua condição social: (lembre-se que essa lista é 
exemplificativa).
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa 
causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização 
compensatória, dentre outros direitos;
A Constituição protege o trabalhador contra a dispensa arbitrária, ou 
seja, caso o trabalhador seja dispensado sem justa causa, haverá uma 
indenização. 
Além disso, a Constituição protege de forma mais veemente a dispensa 
arbitrária ou sem justa causa de duas figuras bastante frágeis:
• Do empregado eleito para cargo de direção de comissões internas 
de prevenção de acidentes - Desde o registro da candidatura até 
um ano após o mandato.
• Da gestante - Da confirmação da gravidez até 5 meses após o 
parto.
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo 30 
dias, nos termos da lei;
Para evitar que alguém perca seu emprego “de um dia para o outro”, a 
Constituição garante aos trabalhadores o aviso prévio, ou seja, o patrão 
tem que avisar ao empregado que ele será demitido algum tempo antes 
da demissão para que o empregado já vá procurando outro emprego e 
não fique desamparado. Essa comunicação prévia deve ser de no mínimo 
30 dias.
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II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
A Constituição garante também ao trabalhador que está desempregado 
involuntariamente o seguro desemprego, que é o recebimento de uma 
ajuda financeira, durante um certo tempo, para o sustento do 
trabalhador até que ele ache outro emprego.
Atenção: o seguro desemprego só é devido no caso de desemprego 
involuntário, ou seja, quando for demitido. Se ele “pedir pra sair”, não 
terá esse direito.
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
O FGTS é uma espécie de “poupança forçada” do trabalhador. Ele é 
devido aos trabalhadores rurais e urbanos e é facultativo aos 
domésticos. Lembre-se que o servidor público NÃO tem FGTS.
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a 
suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, 
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, 
com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada 
sua vinculação para qualquer fim;
Quem lê esse artigo, de início pensa que o salário mínimo, para garantir 
tudo o que está previsto nesse inciso, deveria ser de pelo menos R$ 
3.000,00, não é mesmo? Mas lembre-se que os direitos sociais estão 
sujeitos à Cláusula da Reserva do Possível e devem ser efetivados, 
na medida exata em que isso é financeiramente possível ao 
Estado. Assim, hoje o salário mínimo para garantir todos os direitos 
previstos nesse inciso é de R$ 622,00.
Além disso, o direito à moradia não é necessariamente o direito à casa 
própria e sim o direito de ocupar uma habitação digna e adequada. Ela 
pode ser alugada, por exemplo.
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
Acordos e convenções coletivas são negociações entre empregadores e 
empregados que tratam de assuntos de interesse da categoria. Eles são 
considerados “Lei” entre as partes (trabalhador e empregador).
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Mas imagine os empregados sentados na mesma mesa e negociando 
com os patrões! É claro que aqueles estarão em posição desprivilegiada 
em relação a estes. Assim, para garantir o equilíbrio entre as partes na 
negociação, os sindicatos devem sempre estar presentes nos 
acordos e convenções coletivas.
Observe que nem mesmo com o consentimento entre as partes, os 
direitos sociais podem ser violados. A Constituição, em vários direitos 
sociais, assegura a validade dos acordos e convenções coletivas de 
trabalho, mas nunca a violação dos direitos sociais.
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo 
coletivo;
Este inciso serve para garantir ao trabalhador que seu salário não poderá 
ser reduzido arbitrariamente pelo patrão. Ele serve para dar a segurança 
e a previsibilidade ao empregado de que não passará a ganhar menos de 
um dia para o outro.
No entanto, por acordo ou convenção coletiva, os salários podem 
sim ser reduzidos. Imagine a seguinte situação: as fábricas de 
automóveis estão passando por dificuldades e terão que demitir 50 mil 
funcionários. Ao invés disso, pode-se fazer um acordo para que os 
funcionários trabalhem menos horas por dia e tenham seus salários 
reduzidos para evitar essa demissão em massa.
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor 
da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
O trabalho noturno, por ser mais desgastante do que o diurno, deve ser 
mais bem remunerado.
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a 
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 
cinquenta por cento à do normal;
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Observe que a CF fixa que a remuneração do serviço extraordinário será 
superior em NO MÍNIMO 50% por cento à do normal (e não exatamente 
50%).
o Jornadade trabalho - 8h por dia
- 44h semanais
- Pode ser reduzida / compensada por acordo ou convenção 
coletiva
- Jornada extraordinária (hora-extra): min 50% sobre a hora normal
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos 
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
Os turnos ininterruptos de revezamento são aqueles onde a empresa 
funciona de forma contínua, durante dia e noite e onde a jornada de 
trabalho dos empregados abrange o dia e noite, ou seja, devido à escala 
de serviço, ora é realizada na parte da manhã, ora na parte da tarde e 
ora na parte da noite.
Como esse tipo de jornada é muito mais desgastante para o trabalhador, 
a Constituição o protege de forma mais intensa, reduzindo sua jornada 
de trabalho para, no máximo, 6 horas, podendo ser alterada por 
negociação coletiva.
Observe que, nos turnos ininterruptos, a jornada não é sempre de seis 
horas, ela pode ser alterada por negociação coletiva.
Uma observação importante é que, o intervalo para descanso e 
alimentação durante a jornada de trabalho não descaracteriza o 
sistema de turnos ininterruptos de revezamento.
o Turnos ininterruptos de - 6h
revezamento - Pode ser alterada mediante negociação coletiva
- O intervalo para descanso e alimentação durante a jornada 
de 6h não descaracteriza o sistema de turnos ininterruptos de 
revezamento (súmula 675 STF)
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
Atenção! O repouso semanal remunerado não deve ser aos domingos. 
Deve ser preferencialmente aos domingos. Assim, o descanso pode ser 
na segunda-feira, por exemplo.
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XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a
mais do que o salário normal;
Atenção! A Constituição não fala que as férias deverão ser de 30 dias. 
Quem prevê isso é a lei. 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a 
duração de 120 dias;
A licença gestante prevista na Constituição tem a duração de 120 dias.
Mas Roberto, esse prazo não foi alterado para 180 dias? Não. A lei nº 
11.770/2008 não alterou o inciso XVIII do art. 7º da CF e também não 
tornou a licença gestante de 180 dias obrigatória. Ela serve para 
algumas empresas que optam em dar uma licença maior em troca de 
benefícios fiscais. Assim, a extensão para 180 dias da licença gestante é 
facultativa e não está prevista na Constituição.
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos 
específicos, nos termos da lei;
Observe que essa é uma norma de eficácia limitada e deve ser regulamentada 
para que possua efeitos completos.
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 
(cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; 
Atenção! Esse inciso é bastante cobrado em provas porque, até 2006, 
esse período era de 6 anos. No entanto com a emenda constitucional 
53/2006, o período foi reduzido para 5 anos.
Uma observação importante: esse direito é considerado um direito 
subjetivo e o Estado não pode alegar a reserva do possível para se 
eximir de dar a assistência gratuita em creches e pré-escolas. Isso 
significa que, caso o Estado não proveja esse direito, pode-se entrar no 
judiciário e o mesmo será garantido (RE 463210).
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com 
prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o 
limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
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o Prescrição dos créditos resultantes - Mesmo tempo para urbanos e rurais
de relações trabalhistas - 5 anos
- Podem ser pedidos até 2 anos da extinção do 
contrato de trabalho
Meu caro Técnico do TRT/RJ, conforme combinado, comentei os direitos do 
trabalhador que mereciam alguma explicação e trarei agora o texto da 
Constituição dos outros direitos previstos no art. 7º. Atenção: eles são 
igualmente importantes e é fundamental saber a letra da Constituição
nesses dispositivos, pois, quase sempre, as provas de concursos cobram o 
texto literal. Vamos lá:
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 
dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição 
de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo 
empregatício permanente e o trabalhador avulso.
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem 
remuneração variável;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, 
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em 
lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa 
renda nos termos da lei;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 
cinquenta por cento à do normal;
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XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, 
higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou 
perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir 
a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério 
de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de 
admissão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou 
entre os profissionais respectivos;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a 
eleição de um representante estes com a finalidade exclusiva de promover-
lhes o entendimento direto com os empregadores.
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5. TRABALHADORES DOMÉSTICOS
Como foi dito, a Constituição fez algumas restrições aos trabalhadores 
domésticos. A CF assegura a eles os seguintes direitos:
- Salário mínimo
- Irredutibilidade de salário
- 13o
- Previdência social
Trabalhadores - Férias + 1/3 de férias
Domésticos - Repouso semanal remunerado
- Aviso prévio
- Licença paternidade
- Licença gestante de 120 dias
- Aposentadoria
- FGTS facultativo*
6. SINDICATOS
O sindicato é uma agremiação fundada para a defesa comum dos interesses de 
seus aderentes. A CF garante a livre criação de sindicatos, ou seja, a lei não 
poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o 
registro no órgão competente. Ademais, o Poder Público também não pode 
interferir ou intervir na organização sindical. No entanto, a Constituição prevê 
alguns requisitos:
a) A base territorial mínima é de um município. Assim, não se poder 
ter, por exemplo, o sindicato dos bancários do bairro “X” ou “Y”. A 
representatividade deve ser de, no mínimo, um município.
b) Somente pode haver um sindicato por base territorial e, caso haja 
conflito, deve ser usado o princípio da anterioridade, ou seja, o primeiro 
sindicato que foi criadoprevalece.
c) A CF traz, na parte dos direitos individuais e coletivos, que ninguém será 
obrigado a se associar ou a permanecer associado. Aqui esse princípio 
também se aplica: ninguém será obrigado a se filiar ao sindicato ou 
a permanecer filiado.
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d) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou 
individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou 
administrativas.
e) A participação dos sindicatos nas negociações coletivas de 
trabalho é obrigatória.
f) O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações 
sindicais.
g) A Constituição protege o empregado que se candidata e que exerce 
cargo de direção ou de representação sindical. Isso porque esse 
empregado, geralmente, é aquela pessoa “chata” que fica exigindo os 
direitos e reclamando com o patrão por melhores condições de trabalho e 
melhores salários. É óbvio que essa pessoa não é muito bem vista pelo 
patrão e ela acaba sendo uma figura fragilizada na relação trabalhista. 
Assim, a Constituição veda a dispensa do empregado sindicalizado a
partir do registro de sua candidatura ao cargo de direção ou 
representação sindical e, se ele for eleito, até UM ANO após o final do 
mandato. É claro que, se o empregado cometer falta grave, ele poderá 
sim ser dispensado normalmente. 
h) As disposições em relação aos sindicatos aplicam-se à organização de 
sindicatos rurais e de colônias de pescadores
Esquematizando: 
- É uma agremiação fundada para a defesa comum dos interesses de seus aderentes
- Livre criação (não precisa de autorização)
- Base territorial mínima: um município
Sindicatos - Somente um sindicato por base territorial
- Em caso de conflito: princípio da anterioridade
- Ninguém será obrigado a se filiar ou a se manter filiado
- Participação do sindicato nas negociações coletivas de trabalho é obrigatória 
-Vedada dispensa do - a partir do registro da candidatura a cargo de
empregado sindicalizado direção ou representação sindical 
- se eleito (ainda que suplente): até um ano após o 
final do mandato
- Salvo se cometer falta grave
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7. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL E CONFEDERATIVA
A Constituição prevê duas contribuições em relação aos sindicatos:
x Contribuição confederativa: essa contribuição tem natureza não 
tributária e deve ser paga somente pelos filiados dos sindicatos. Ela 
serve para manter o sindicato (ex. pagar água, aluguel, secretária...) e 
é fixada por assembléia-geral.
x Contribuição sindical: já essa contribuição é devida por todos os 
trabalhadores da categoria, filiados ou não ao sindicato. Ela possui 
natureza de tributo e é fixada em lei.
Mas Roberto, como é que eu memorizo isso? É só lembrar que a contribuição 
conFEderativa é para os FIliados.
Esquematizando:
- Confederativa - Natureza não tributária
- Devida somente pelos filiados
x Contribuição - Fixada por assembléia-geral
- art. 8º, IV
- Sindical - Devida por todos os trabalhadores da categoria, filiados ou não 
- Natureza tributária
- Fixada em lei
- art. 149
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EXERCÍCIOS
1. (FCC - 2011 - TRT - 19ª Região) Conforme previsto no artigo 7º da 
Constituição Federal, é direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de 
outros que visem à melhoria de sua condição social, a assistência gratuita aos 
filhos e dependentes desde o nascimento em creches e pré-escolas até 
a) 6 (seis) anos de idade. 
b) 5 (cinco) anos de idade. 
c) 7 (sete) anos de idade. 
d) 8 (oito) anos de idade. 
e) 9 (nove) anos de idade. 
GABARITO: B. Conforme art. 7º, XXV da CF. Esse inciso é bastante 
cobrado em provas porque, até 2006, esse período era de 6 anos. No 
entanto com a emenda constitucional 53/2006, o período foi reduzido 
para 5 anos.
2. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) Adalta é empregada 
sindicalizada e foi eleita suplente de cargo de representação sindical. Neste 
caso, segundo a Constituição Federal brasileira, 
a) é vedada a dispensa de Adalta a partir da proclamação do resultado das 
eleições até três meses após o final do mandato, salvo se cometer falta grave 
nos termos da lei.
b) não há vedação para a dispensa de Adalta uma vez que ela foi eleita 
suplente, e os suplentes não gozam de estabilidade constitucional.
c) é vedada a dispensa de Adalta a partir do registro da candidatura até três 
meses após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
d) não há vedação para a dispensa de Adalta uma vez que a Constituição 
Federal só prevê a estabilidade para ocupante de cargo de direção.
e) é vedada a dispensa de Adalta a partir do registro da candidatura até um 
ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Gabarito: E. A Constituição veda a dispensa do empregado 
sindicalizado a partir do registro de sua candidatura ao cargo de 
direção ou representação sindical e, se ele for eleito, até UM ANO após 
o final do mandato. É claro que, se o empregado cometer falta grave, 
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ele poderá sim ser dispensado normalmente. Matamos as letras A, C, D 
e E.
Já a letra B está errada, pois os suplentes também são 
constitucionalmente protegidos. Observe o art. 8º, VIII “é vedada a 
dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da 
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, 
ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se 
cometer falta grave nos termos da lei.”
3. (FCC - 2011 - TRE-RN) NÃO é assegurado à categoria dos trabalhadores 
domésticos seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem 
excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou 
culpa. 
Certo. A Constituição não assegura expressamente aos domésticos o 
seguro contra acidentes de trabalho, conforme o parágrafo único do 
art. 7º. Vamos revisar os direitos assegurados aos domésticos:
- Salário mínimo
- Irredutibilidade de salário
- 13o
- Previdência social
Trabalhadores - Férias + 1/3 de férias
Domésticos - Repouso semanal remunerado
- Aviso prévio
- Licença paternidade
- Licença gestante de 120 dias
- Aposentadoria
- FGTS facultativo*
4. (FCC - 2011 - TRE-RN) NÃO é assegurado à categoria dos trabalhadores 
domésticos décimo terceiro salário com base na remuneração integral. 
Errado. O décimo terceiro salário é assegurado também aos 
domésticos, conforme o parágrafo único do art. 7º.
5. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) Considere os seguintes 
cargos:
I. Presidente da Câmara dos Deputados. 
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II. Presidente do Senado Federal. 
III. Membro de Tribunal Regional Federal. 
IV. Ministro do Superior Tribunal de Justiça. 
São, dentre outros, cargos privativos de brasileiro nato os indicados APENAS 
em:
a) I, II e III.
b) II e III.
c) I e II.
d) I e IV.
e) II e IV.
Gabarito: C. Em regra, para que alguém seja eleito, é necessário ser 
brasileiro (nato ou naturalizado) ou ainda português equiparado. No 
entanto, existem alguns cargos privativos de brasileiro nato. São eles: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministrodo Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas;
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
VIII - Dentre os componentes do Conselho da República, deve haver 
seis brasileiros natos (art. 89)
6. (FCC - 2009 - TCE-GO - Analista de Controle Externo) Ao dispor sobre os 
direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, a Constituição da República 
admite, expressamente, que seja objeto de acordo ou convenção coletiva de 
trabalho a concessão de seguro-desemprego, em caso de desemprego 
involuntário.
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Errado. Apesar do seguro-desemprego realmente ser um direito do 
trabalhador, a Constituição não admite de forma expressa a 
possibilidade de acordo ou convenção coletiva (art. 7º, II).
7. (FCC - 2011 - PGE-MT - Procurador) Como garantia da liberdade de associação 
profissional ou sindical, a Constituição da República prevê que
a) a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, 
ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a 
interferência e a intervenção na organização sindical.
b) os trabalhadores ou empregadores interessados definirão a base territorial 
para a criação de organização sindical, em qualquer grau, representativa de 
categoria profissional ou econômica, não podendo a base, contudo, ser inferior 
à área de um Estado.
c) ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato, salvo 
disposição contrária prevista nos atos constitutivos respectivos.
d) é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir de sua eleição 
para cargo de direção ou representação sindical, ainda que suplente, até dois 
anos após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
e) o aposentado filiado tem direito a votar nas organizações sindicais, embora 
não o tenha a ser votado.
Gabarito: A. O sindicato é uma agremiação fundada para a defesa 
comum dos interesses de seus aderentes. A CF garante a livre criação 
de sindicatos, ou seja, a lei não poderá exigir autorização do Estado 
para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão 
competente. Ademais, o Poder Público também não pode interferir ou 
intervir na organização sindical. No entanto, a Constituição prevê 
alguns requisitos:
a) A base territorial mínima é de um município. Assim, não se poder 
ter, por exemplo, o sindicato dos bancários do bairro “X” ou “Y”. A 
representatividade deve ser de, no mínimo, um município. (matamos a 
letra B).
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b) Somente pode haver um sindicato por base territorial e, caso haja 
conflito, deve ser usado o princípio da anterioridade, ou seja, o primeiro 
sindicato que foi criado prevalece.
c) A CF traz, na parte dos direitos individuais e coletivos, que ninguém será 
obrigado a se associar ou a permanecer associado. Aqui esse princípio 
também se aplica: ninguém será obrigado a se filiar ao sindicato ou 
a permanecer filiado. (matamos a letra C).
d) Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou 
individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou 
administrativas.
e) A participação dos sindicatos nas negociações coletivas de 
trabalho é obrigatória.
f) O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações 
sindicais. (matamos a letra E).
g) A Constituição protege o empregado que se candidata e que exerce 
cargo de direção ou de representação sindical. Isso porque esse 
empregado, geralmente, é aquela pessoa “chata” que fica exigindo os 
direitos e reclamando com o patrão por melhores condições de trabalho e 
melhores salários. É óbvio que essa pessoa não é muito bem vista pelo 
patrão e ela acaba sendo uma figura fragilizada na relação trabalhista. 
Assim, a Constituição veda a dispensa do empregado sindicalizado a
partir do registro de sua candidatura ao cargo de direção ou 
representação sindical e, se ele for eleito, até UM ANO após o final do 
mandato. É claro que, se o empregado cometer falta grave, ele poderá 
sim ser dispensado normalmente. (matamos a letra D).
h) As disposições em relação aos sindicatos aplicam-se à organização de 
sindicatos rurais e de colônias de pescadores
8. (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO) Os direitos sociais previstos 
constitucionalmente são normas de ordem pública, com a característica de 
imperativas, sendo invioláveis, portanto, pela vontade das partes da relação 
trabalhista. 
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Certo. Nem mesmo com o consentimento entre as partes, os direitos 
sociais podem ser violados. Ressalta-se que a Constituição em vários 
direitos sociais, assegura a validade dos acordos e convenções 
coletivas de trabalho, mas nunca a violação desses direitos.
9. (FCC - 2009 - TCE-GO - Analista de Controle Externo) Ao dispor sobre os 
direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, a Constituição da República 
admite, expressamente, que seja objeto de acordo ou convenção coletiva de 
trabalho a garantia de irredutibilidade do salário. 
Certo. A Constituição prevê como um direito do trabalhador 
expressamente, em seu art. 7º, VI “irredutibilidade do salário, salvo o 
disposto em convenção ou acordo coletivo“.
10. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) A Constituição Federal 
brasileira de 1988 NÃO previa, expressa e originariamente, dentre os direitos 
sociais, 
a) a educação.
b) a alimentação.
c) a saúde.
d) o trabalho.
e) o lazer.
Gabarito: B. Nem a moradia e nem a alimentação estavam previstas 
como direitos sociais no texto originário da CF 88, alterado pelas ECs 
26/2000 e 64/2010.
11. (FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Maria trabalha como 
costureira em uma fábrica de roupas, devidamente registrada e dá a luz ao seu 
filho Enzo, no mês de fevereiro de 2012. Maria tem assegurada, pela 
Constituição Federal de 1988, assistência gratuita ao filho e dependente em 
creches e pré-escolas desde o nascimento até 
a) 4 (quatro) anos de idade.
b) 6 (seis) anos de idade.
c) 7 (sete) anos de idade.
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d) 5 (cinco) anos de idade.
e) 3 (três) anos de idade.
Gabarito: D. Percebam esse inciso é bastante cobrado em provas! Até 
2006, esse período era de 6 anos. No entanto com a emenda 
constitucional 53/2006, o período foi reduzido para 5 anos.
Uma observação importante: esse direito é considerado um direito 
subjetivo e o Estado não pode alegar a reserva do possível para se 
eximir de dar a assistência gratuita em creches e pré-escolas. Isso 
significa que, caso o Estado não proveja esse direito, pode-se entrar 
no judiciário e o mesmo será garantido (RE 463210).
12. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região) É direito do trabalhador urbano e rural, além 
de outros que visem à melhoria de sua condição social, a remuneração do 
serviço extraordinário superior, no mínimo, em trinta por cento à do normal. 
Errado. A remuneração do serviço extraordinário deve ser superior, no 
mínimo, em cinquenta por cento à do normal e não trinta, como afirma 
a questão.
13. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO) Em caráter excepcional, é direito dos 
trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social, proteção em face da automação, na forma da lei. 
Errado. A proteção em face da automação, na forma da lei é direito dos 
trabalhadores que não possui caráter de excepcionalidade, conforme 
art. 7º, XXVII.
14. (FCC- 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) Considere:
I. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
II. Aposentadoria.
III. Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
IV. Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em sessenta 
por cento à do normal.
V. Licença-paternidade, nos termos fixados em lei.
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A Constituição Federal brasileira de 1988 assegura à categoria dos 
trabalhadores domésticos, dentre outros, os direitos indicados APENAS em 
a) I, IV e V.
b) I e II.
c) III e V.
d) II, III e V.
e) II e V.
Gabarito: E. A Constituição fez algumas restrições aos trabalhadores 
domésticos. A CF assegura a eles os seguintes direitos:
- Salário mínimo
- Irredutibilidade de salário
- 13o
- Previdência social
Trabalhadores - Férias + 1/3 de férias
Domésticos - Repouso semanal remunerado
- Aviso prévio
- Licença paternidade
- Licença gestante de 120 dias
- Aposentadoria
- FGTS facultativo*
15. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO) Em caráter excepcional, é direito dos 
trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei. 
Certo. Conforme art. 7º, XI. Observe que a participação na gestão é
excepcional. Já a participação nos lucros ou resultados é desvinculada 
da remuneração: “art. 7º, XI – participação nos lucros, ou resultados, 
desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na 
gestão da empresa, conforme definido em lei”.
16. (FCC - 2011 - TRE-RN) NÃO é assegurado à categoria dos trabalhadores 
domésticos repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos. 
Errado. O repouso semanal remunerado é assegurado também aos 
domésticos, conforme o parágrafo único do art. 7º.
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17. (FCC - 2012 - INSS - Perito Médico Previdenciário) São direitos sociais, 
segundo rol expresso contido na Constituição Federal: 
a) a educação, a alimentação e a moradia.
b) a saúde, o lazer e a felicidade.
c) o trabalho, a segurança e a propriedade.
d) a vida, a liberdade e o trabalho.
e) a saúde, a alimentação e a felicidade.
Gabarito: A. Lembre-se que o rol dos direitos sociais não é taxativo, 
mas a CF enumera expressamente os seguintes:
- Educação
- Saúde
- Alimentação
- Trabalho
x Direitos Sociais - Moradia
- Lazer
- Segurança
- Previdência social
- Proteção à maternidade e à infância
- Assistência aos desamparados 
- Outros
18. (FCC - 2009 - TCE-GO - Analista de Controle Externo) Ao dispor sobre os 
direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, a Constituição da República 
admite, expressamente, que seja objeto de acordo ou convenção coletiva de 
trabalho o décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no 
valor da aposentadoria. 
Errado. Apesar do décimo terceiro salário realmente ser um direito do 
trabalhador, a Constituição não admite de forma expressa a 
possibilidade de acordo ou convenção coletiva (art. 7º, VIII).
19. (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO) Os direitos sociais previstos 
constitucionalmente são normas de liberdades negativas, de observância 
facultativa em um Estado Social de Direito.
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Errado. Para prover os direitos sociais, o Estado tem que dar o lazer, 
dar a saúde, dar a educação, providenciar condições de trabalho (etc). 
Assim, o Estado tem que agir para garantir os direitos sociais, que têm 
como requisito uma ação estatal, sendo considerados liberdades 
positivas. Além disso, eles são normas de observância obrigatória em 
um Estado Social de Direito.
20. (FCC - 2012 - TJ-PE - Oficial de Justiça) Aposentado resolveu candidatar-se ao 
cargo de Diretor do Sindicato do qual é filiado, o que gerou controvérsias entre 
os sindicalistas. Com base na Constituição Federal, é correto afirmar que
a) pode candidatar-se, desde que a sua aposentadoria tenha ocorrido a menos 
de dois anos da candidatura.
b) não pode candidatar-se por estar aposentado.
c) pode candidatar-se, desde que a sua aposentadoria tenha ocorrido a menos 
de um ano da candidatura.
d) pode candidatar-se, desde que haja previsão expressa na Convenção 
Coletiva de Trabalho de sua categoria profissional.
e) o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações 
sindicais, sendo, assim, permitida a sua candidatura.
Gabarito: E. O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas 
organizações sindicais, conforme o art. 8º, VII.
21. (FCC - 2011 - TRE-RN) NÃO é assegurada à categoria dos trabalhadores 
domésticos a aposentadoria.
Errado. A aposentadoria é assegurada também aos domésticos, 
conforme o parágrafo único do art. 7º.
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II. DIREITOS POLÍTICOS
Os direitos políticos são os instrumentos através dos quais a CF garante o 
exercício da soberania popular: sufrágio universal, voto direto, secreto e 
igualitário, plebiscito, referendo e a iniciativa popular de lei.
Eles estão intimamente ligados à democracia, classificada pela doutrina em 
três tipos:
a) Democracia Direta: onde o povo participa diretamente, ou seja, o 
próprio povo elabora as políticas públicas. Esse tipo de democracia é 
típica da Grécia antiga e é inviável nos dias de hoje (imagine só 180 
milhões de brasileiros mandando emails para se discutir como será a 
atuação do governo na saúde). 
b) Democracia Indireta: onde o povo elege os representantes e estes 
elaboram as políticas públicas.
c) Democracia Semidireta ou participativa: é um misto da 
democracia direta e da indireta. Nela, em regra, o povo elege os 
representantes e estes elaboram as políticas públicas. 
Complementarmente, existem mecanismos para que o povo também 
participe dessa elaboração. Assim, a regra é participação indireta, 
combinada com alguns meios de exercício direto do povo. Esse é o 
modelo adotado pelo Brasil. Confira o art. 1º parágrafo único da CF: 
“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes 
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
Esquematizando: 
x Direitos políticos: instrumentos através dos quais a CF garante o exercício 
da soberania popular - Sufrágio Universal
- Voto direto, secreto e igualitário
- Plebiscito
- Referendo
- Iniciativa Popular de lei
x Democracia - Direta
- Indireta
- Participativa - Sistema híbrido da democracia direta com a indireta
ou semidireta - Participação popular pelo exercício da soberania popular
- Adotado pelo Brasil
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1. CONCEITOS IMPORTANTES
Meu caro Técnico do TRT/RJ, trarei agora para você alguns conceitos 
importantes para a compreensão dos direitos políticos:
x Sufrágio: é o direito de votar e ser votado.
x Voto: é o ato através do qual se exercita o sufrágio.
x Escrutínio: é o modo através do qual se dá o voto.
x Capacidade eleitoral ativa: é a capacidade de votar. É a 
capacidade eleitoral ativa dá à pessoa o título de CIDADÃO. Assim, 
para a Constituição brasileira, só é cidadão quem pode votar (só é 
cidadão quem possui a capacidade eleitoral ativa).
x Capacidade eleitoral passiva: é a capacidade de ser votado. Para
se possuir capacidade eleitoral passiva, deve-se possuir capacidade 
eleitoral ativa – necessariamente. Ou seja, para que alguém possaser 
votado, ele precisa, primeiro, poder votar.
x Princípio da anterioridade eleitoral: está previsto no artigo 16 da CF 
que “A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de 
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da 
data de sua vigência”.
Assim, qualquer lei que alterar o processo eleitoral somente pode ser 
aplicada um ano após a sua entrada em vigor. Esse princípio serve para 
que seja garantida a segurança jurídica eleitoral, garantindo que as 
regras da eleição não sejam mudadas de uma hora para outra e 
garantindo que haja um tempo hábil para que todos conheçam as 
regras do processo eleitoral (um ano).
Importante ressaltar que a anterioridade eleitoral é uma cláusula 
pétrea e que a “lei” prevista no artigo 16 é a “lei em sentido amplo”,
ou seja, qualquer norma jurídica que altere o processo eleitoral se 
submete a esse princípio, inclusive emendas à Constituição.
Esquematizando:
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x Sufrágio: Direito de votar e ser votado
o Capacidade eleitoral - Ativa: direito de votar
- Passiva: direito de ser votado
ƒ A capacidade eleitoral ativa dá à pessoa o título de CIDADÃO
ƒ Para possuir capacidade eleitoral passiva, deve-se possuir capacidade 
eleitoral ativa - necessariamente
x Voto: ato através do qual se exercita o sufrágio
x Escrutínio: é o modo através do qual se dá o voto
x Lei que regula eleição - UM ano antes do pleito (art. 16)
- Princípio da anterioridade eleitoral
- Também vale para EC
- É cláusula pétrea
ƒ CF, art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de 
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de 
sua vigência.
2. CARACTERÍSTICAS DO VOTO
É importante que você saiba quais são as características do voto abraçadas 
pela Constituição e pela doutrina. O voto é:
x Direto: não possui intermediários. O cidadão vota exatamente na 
pessoa que deseja que ocupe o cargo em questão. O seu oposto é o 
voto indireto, onde o eleitor vota em um representante e este (o 
representante) vota no detentor do cargo. Um país que adota as 
eleições indiretas para o cargo presidencial são os Estados Unidos.
Deve-se ressaltar que existe um caso de eleições indiretas no Brasil: 
caso os cargos de Presidente E Vice-Presidente da República fiquem 
vagos nos dois últimos anos do mandato, haverá eleição indireta
pelo Congresso Nacional em 30 dias. Esse mandato gerado por 
eleições indiretas será somente para o período que restava do mandato 
dos titulares anteriores e é chamado de mandato tampão.
x Secreto: para garantir que o cidadão vote em quem ele realmente 
deseja votar, sem interferências externas, a Constituição garante que o 
voto seja secreto.
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x Universal: não há qualquer condição discriminatória para o voto.
x Periódico: os mandatos devem ser por prazo determinado para que 
seja garantida a alternância de poder.
x Livre: o eleitor pode votar em quem bem entender, ou ainda branco ou 
nulo.
x Personalíssimo: somente a pessoa pode votar por si mesma. Não 
pode haver o voto por procuração.
x Igualitário: o voto tem valor igual para todos. Assim, o voto do 
Presidente da República possui o mesmo valor do voto de um cidadão 
comum. É seguido o princípio: “um homem, um voto” (one man, one 
vote).
x Cláusula pétrea: está previsto no art. 60, § 4º que: “Não será objeto 
de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: II - o voto 
direto, secreto, universal e periódico.”
x Obrigatório: para os maiores de 18 anos e menores de 70 anos.
x Facultativo: para os analfabetos, para os maiores de 70 anos e para os 
maiores de 16 anos e menores de 18 anos.
Esquematizando:
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- Direto - Sem intermediários
- Excepcionalmente: vacância de PR e VP nos 2 últimos anos do 
mandato: eleição INDIRETA pelo CN em 30d e válida somente 
para o período que restar do mandato (mandato tampão).
- Secreto – sem publicidade
- Universal – não há qualquer condição discriminatória
x O voto é - Periódico - mandatos por prazo determinado (democracia representativa)
- alternância de poder
- Livre – vota em qualquer candidato, branco ou nulo
- Personalíssimo – não pode votar por procuração
- Igualitário – com valor igual para todos – “one man one vote”
- Cláusula pétrea – 60 §4º
- Obrigatório – maiores de 18 e menores de 70
- Facultativo - Analfabetos
- Maiores de 70 
- Maiores de 16 e menores de 18
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3. REQUISITOS DA CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA
Nós já vimos que a capacidade eleitoral ativa é a capacidade de votar. É ela 
que confere a alguém o título de cidadão. No entanto, para que alguém 
possua a capacidade eleitoral ativa, devem ser preenchidos quatro requisitos:
x Nacionalidade brasileira: por nacionalidade brasileira entende-se o 
brasileiro nato ou naturalizado.
x Ser maior de 16 anos
x Alistamento eleitoral: ou seja, a inscrição no Cartório Eleitoral.
x Não ser conscrito: conscrito é quem está prestando o serviço militar 
obrigatório. Assim, se alguém é conscrito, ele não possui a capacidade 
eleitoral ativa. 
Atenção: não confundir conscrito com os militares de carreira. Esses 
(os militares de carreira) podem votar normalmente. Só não vota quem 
está prestando o serviço militar obrigatório (o conscrito).
4. REQUISITOS DA CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA (CONDIÇÕES DE 
ELEGIBILIDADE)
Como já visto, a capacidade eleitoral passiva é a capacidade de ser eleito e, 
para que alguém a possua, é necessário que possua primeiro a capacidade 
eleitoral ATIVA.
Os requisitos para que alguém possua a capacidade eleitoral passiva 
(capacidade de ser eleito) são os seguintes:
a) Nacionalidade brasileira ou português equiparado: em regra, para 
que alguém seja eleito, é necessário ser brasileiro (nato ou 
naturalizado) ou ainda português equiparado. No entanto, existem 
alguns cargos privativos de brasileiro nato. São eles: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
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IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas;
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
VIII - Dentre os componentes do Conselho da República, deve haver 
seis brasileiros natos (art. 89)
b) Estar em pleno exercício dos direitos políticos: para ser eleito, o 
cidadão não pode ter perdido ou ter tido seus direitos políticos 
suspensos (estudaremos mais à frente os direitos políticos negativos).
c) Alistamento eleitoral: ou seja, a inscrição no Cartório Eleitoral. 
Observe que esta também é uma condição para a capacidade eleitoral 
ativa.
d) Domicílio eleitoral na circunscrição: esse requisito serve para 
garantir que não seja eleito “alguém de fora”. Assim, para que alguém 
seja eleito prefeito, o seu título de eleitor deve ser do município. Para 
que alguém seja eleito governador, o seu título de eleitor deve ser de 
qualquer município do estado etc.
e) Filiação partidária: é vedada a candidatura avulsa ou autônoma, ou 
seja, ninguém pode se candidatar sem partido político.
f) Idade mínima de acordo com o cargo na data da POSSE: observeque não é exigida a idade na data da eleição e sim na data da posse:
- 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
- 30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal;
- 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, 
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
- 18 anos para Vereador.
Esquematizando:
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x Capacidade eleitoral ATIVA
• Nacionalidade brasileira (nato ou naturalizado)
o Requisitos • >16
• Alistamento eleitoral
• Não ser conscrito
x Capacidade eleitoral PASSIVA
o Condições de elegibilidade - Nacionalidade brasileira ou português equiparado
x PR e VP – tem que ser brasileiro NATO
- Pleno exercício dos direitos políticos
- Alistamento eleitoral
- Domicílio eleitoral na circunscrição 
- Filiação partidária (não pode candidatar sem partido –
vedada a candidatura avulsa ou autônoma)
- Idade mín de acordo com o cargo na data da POSSE
x Cargos privativos de brasileiro nato 
a) de Presidente e Vice-Presidente da República;
b) de Presidente da Câmara dos Deputados;
c) de Presidente do Senado Federal;
d) de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
e) da carreira diplomática;
f) de oficial das Forças Armadas;
g) de Ministro de Estado da Defesa.
h) Dentre os componentes do Conselho da República, deve haver 6 brasileiros natos (art. 89)
a)
ͻ�ϭϴ�– Vereador
ͻ�Ϯϭ� - Deputado - Federal
- Estadual
- Distrital
- Prefeito
- Vice-Prefeito
- Juiz de paz
ͻ�ϯϬ�– Governador e Vice-Governador
ͻ�ϯϱ� - Presidente da República
- Vice-Presidente da República
- Senador
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5. CANDIDATURA NATA
A candidatura nata é o instituto jurídico que garante àqueles que ocupam 
cargo eletivo o registro de candidatura para o mesmo cargo que ocupam, pelo 
partido a que estejam filiados. Ela não existe mais no Brasil, pois viola a 
livre organização dos partidos políticos.
Exemplificando: caso José seja prefeito do município X pelo partido Y, o 
instituto da candidatura nata garante que José possa concorrer às próximas 
eleições de prefeito do mesmo município X pelo mesmo partido Y (mesmo 
cargo e mesmo partido). 
Observe que o atual prefeito pode sim ser candidato à reeleição pelo mesmo 
partido. Para isso, a sua candidatura deve ser aprovada pelo partido 
político ao qual é filiado. O que é vedado é a candidatura nata, ou seja, 
ainda que o partido não quisesse, o titular do mandato teria o direito a se 
candidatar (mesmo contra a vontade do partido).
No entanto, como dito, o Supremo entende que esse instituto viola a livre 
organização dos partidos políticos e ela não existe mais no Brasil.
6. DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS
Os direitos políticos negativos são divididos em três espécies: perda dos 
direitos políticos, suspensão dos direitos políticos e inelegibilidades. Uma 
observação importante é que é sempre vedada a CASSAÇÃO dos direitos 
políticos (cassação é a retirada unilateral dos direitos políticos de alguém sem
que sejam assegurados a esse indivíduo seus direitos constitucionais, como a 
ampla defesa e o contraditório).
Vamos estudar agora cada uma das espécies de direitos políticos negativos:
6.1. Perda dos direitos políticos
A perda dos direitos políticos é definitiva e ocorre nos seguintes casos:
a) Cancelamento da naturalização por sentença transitada em 
julgado;
b) Recusa a cumprir obrigação a todos imposta ou prestação 
alternativa. Importante ressaltar que os direitos políticos são 
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readquiridos a qualquer tempo se a obrigação for cumprida e, 
justamente por isso, existem doutrinadores que colocam essa hipótese 
como suspensão e não como perda dos direitos políticos.
c) Perda da nacionalidade brasileira em virtude de aquisição de 
outra, salvo nos casos de:
ƒ Reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; e
ƒ Imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro 
residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência 
em seu território ou para exercício de direitos civis.
6.2. Suspensão dos direitos políticos
A suspensão dos direitos políticos é sempre temporária e ocorre nas 
seguintes hipóteses:
a) Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem 
seus efeitos. Ressalta-se o fato de que a suspensão de direitos 
políticos decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessa 
com o cumprimento ou a extinção da pena, independendo de 
reabilitação ou de prova de reparação dos danos (Súmula TSE nº 9).
b) Improbidade Administrativa declarada por sentença judicial 
transitada em julgado, não podendo ser simplesmente por processo 
administrativo.
c) Incapacidade civil absoluta 
Esquematizando:
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x Direitos políticos negativos - Perda dos direitos políticos
- Suspensão dos direitos políticos
- Inelegibilidades
o Perda e suspensão dos direitos políticos
ƒ OBS: Vedado cassação dos direitos políticos
x Cassação é a retirada dos direitos políticos por ato unilateral do 
poder público, sem observância dos princípios elencados no art. 5º 
inciso LV da CF/88 (ampla defesa e contraditório), tal 
procedimento, é característico de governos ditatoriais.
ƒ Definitiva
ƒ Hipóteses - Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado
- Recusa a cumprir obrigação a todos imposta e prestação alternativa
o Readquire a qualquer tempo se cumprir a obrigação
o Existem doutrinadores que colocam essa hipótese como 
suspensão
- Perda da nacionalidade brasileira em virtude de aquisição de outra*,
salvo nos casos de - Reconhecimento de nacionalidade originária pela 
lei estrangeira
- Imposição de naturalização, pela norma 
estrangeira, ao brasileiro residente em Estado 
estrangeiro, como condição para permanência em 
seu território ou para exercício de direitos civis
* (não está expresso na CF)
- (art. 15 + art. 12 §40)
ƒTemporária
ƒHipóteses - Condenação criminal transitada em julgado
o Enquanto durarem seus efeitos
o Súmula TSE nº 9 - A suspensão de direitos políticos decorrente 
de condenação criminal transitada em julgado cessa com o 
cumprimento ou a extinção da pena, independendo de 
reabilitação ou de prova de reparação dos danos.
- Improbidade Administrativa
o Não pode só por processo administrativo
o Tem que ser por sentença judicial transitada em julgado
- Incapacidade civil absoluta 
Perda
Suspensão
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6.3. Inelegibilidades
As inelegibilidades podem ser de dois tipos: absolutas e relativas. O atingido 
pelas inelegibilidades absolutas fica impossibilitado de ser eleito para 
qualquer cargo eletivo. Já os atingidos pelas inelegibilidades relativas
ficam impedidos de serem eleitos apenas para alguns casos.
Importante ressaltar que a LEI não pode ampliar o rol das 
inelegibilidades absolutas, isso pode ser feito apenas por Emenda à 
Constituição. Já as hipóteses de inelegibilidades relativas podem ser 
ampliadas por LEI COMPLEMENTAR (CF art. 14, §9º).
Vamos a elas:
a) Inelegibilidade Absoluta. São inelegíveis:
I – Inalistáveis, estrangeiros e conscritos;
II – Analfabetos (apesar de possuírem capacidade eleitoral ativa –
FACULTATIVA).
b) Inelegibilidade Relativa
As inelegibilidades relativassomente atingem os chefes do 
executivo, não atingindo os demais cargos eletivos, como deputados, 
senadores, vereadores etc. São elas:
I - O Presidente da República, os Governadores de Estado e do 
Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou 
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para 
um único período subsequente.
Assim, os chefes do executivo não podem ser eleitos para um terceiro 
mandato consecutivo.
Atenção: a mesma pessoa pode ocupar o cargo por mais de 2 
mandatos. O que não se pode é ocupar o mesmo cargo por mais de 2 
mandatos SUCESSIVOS.
Por outro lado, não há impedimento para que alguém ocupe um cargo 
de chefia do executivo por dois mandatos consecutivos e depois se eleja 
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para OUTRO CARGO, devendo apenas se desincompatibilizar
(renunciar até seis meses antes do pleito) para concorrer às eleições.
Já o vice pode se candidatar ao cargo do titular, reeleito ou não e tendo 
substituído ou não (porque é outro cargo). No entanto, caso o vice 
tenha sucedido o titular ou o substituído dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, ele somente pode se reeleger uma vez. O mandato 
que ele assumiu é considerado um mandato inteiro para fins de 
reeleição.
Já os detentores do cargo titular, se forem reeleitos, não podem se 
candidatar a vice no período subsequente, pois teriam a possibilidade 
de exercer o mandato por três períodos seguidos, burlando a essência 
do sistema. Assim, por exemplo, um prefeito reeleito não pode se 
candidatar ao cargo de vice-prefeito imediatamente após o término de 
seu segundo mandato.
Ademais, o titular já reeleito não pode renunciar antes do 
término do mandato para pleitear um terceiro mandato, pois 
seria uma forma de burlar o sistema e exercer três mandatos 
consecutivos. Cabe ressaltar que a renúncia valerá, o que não pode 
haver é a reeleição.
Por fim, observe que essa proibição é apenas para os chefes do 
executivo. Dessa forma, alguém pode exercer 10 mandatos de 
deputado federal em sequencia, por exemplo.
II - Para concorrerem a OUTROS CARGOS, o Presidente da 
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os 
Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis 
meses antes do pleito. 
A esta proibição, dá-se o nome de DESINCOMPATIBILIZAÇÃO e
atenção: a renúncia deve ser feita até seis meses antes do pleito (da 
eleição) e não do término do mandato.
A desincompatibilização é obrigatória para qualquer OUTRO cargo 
eletivo, ou seja, o chefe do executivo não precisa se 
desincompatibilizar para concorrer ao mesmo cargo. Já o vice 
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somente precisa se desincompatibilizar se tiver sucedido ou substituído 
o titular dentro dos seis meses anteriores ao pleito.
III - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o 
cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo 
grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador 
de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de 
quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao 
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à 
reeleição.
A essa proibição, dá-se o nome de INELEGIBILIDADE REFLEXA e ela 
alcança somente a circunscrição de jurisdição do titular. Assim, 
os parentes até o segundo grau do prefeito não podem ser eleitos para 
qualquer cargo dentro do município; os parentes até o segundo grau 
do governador não podem ser eleitos para qualquer cargo dentro do 
estado; e os parentes até o segundo grau do Presidente da República 
não podem ser eleitos para qualquer cargo eletivo dentro país.
A incompatibilidade se aplica também a quem os substituir dentro dos 
seis meses anteriores ao pleito. Exemplo:
Suponhamos que a eleição seja dia 3 de outubro do último ano do 
mandato do prefeito (exemplo 03/10/2012). Se o vice o tiver 
substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, ou seja, de 
03/04/2012 até 03/10/2012, a inelegibilidade reflexa impedirá que o 
cônjuge e os parentes de até segundo grau do VICE-PREFEITO também 
sejam eleitos para qualquer cargo dentro do município.
No entanto, se o vice-prefeito substituiu em período diferente do citado, 
não haverá inelegibilidade para o cônjuge e parentes até segundo grau. 
Exemplo: se o vice substitui por um mês no ano de 2010, não haverá 
inelegibilidade reflexa para as eleições de 2012.
Importante ressaltar que essa proteção se dá de forma bastante ampla:
x Se o cônjuge separou durante o mandato, ainda assim é 
inelegível.
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x Caso haja a criação de município por desmembramento, as 
inelegibilidades também alcançam o município filho, uma vez que 
as vidas políticas dos dois municípios ainda estão interligadas e 
sofrem influências mútuas.
x O TSE decidiu que "em se tratando de eleição para deputado 
federal ou senador, cada Estado e o DF constituem uma 
circunscrição eleitoral", o que amplia a relação dos impedimentos 
(Res 19.970, de 21/10/1997).
Assim, cônjuge, parentes ou afins até segundo grau do 
governador não poderão candidatar-se a qualquer cargo no 
Estado (vereador, prefeito de qualquer município do respectivo 
Estado, deputado estadual, federal e senador nas vagas do 
próprio estado).
Obs.: AS INELEGIBILIDADES REFLEXAS NÃO ATINGEM (ou seja, 
pode se candidatar):
a) Viúva (Lembrando que se o cônjuge se separou durante o 
mandato, ainda assim é inelegível).
b) Se o cônjuge, parente ou afim já possui mandato eletivo e 
se candidatou à REELEIÇÃO. 
Acompanhe o raciocínio:
1) Suponha que marido e mulher não possuam mandato eletivo e 
se candidatem ao mesmo tempo para governador e prefeita de 
cidade de um mesmo estado. 
2) Suponha também que ambos sejam eleitos, exerçam seus 
mandatos até o final e queiram se reeleger (ou seja, mesmo 
cargo).
Ao final do mandato, seria injusto se a inelegibilidade atingisse a 
mulher, uma vez que ela já possuía o mandato eletivo de prefeita 
e o assumiu ao mesmo tempo que o marido (que é o 
governador).
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Dessa forma, a inelegibilidade reflexa não atinge esse caso:
quando ambos já possuem mandato eletivo e queiram se 
candidatar à reeleição.
É importante ressaltar que a mulher somente pode concorrer,
pelo mesmo estado, à reeleição, ou seja, concorrer ao mesmo 
cargo. Se ela pretendesse se candidatar a OUTRO cargo 
dentro do mesmo estado, não poderia, pois haveria a 
inelegibilidade reflexa.
c) Se o titular do cargo renunciar até 6 meses antes do pleito 
e tiver direito à reeleição.
Dessa forma, caso o titular do cargo esteja em seu primeiro 
mandato, tendo, portanto o direito à reeleição, e renuncie até 6 
meses antes do pleito, seu cônjuge e parentes até segundo 
grau poderão concorrer a qualquer cargo eletivo dentro de sua 
circunscrição, inclusive para o mesmo cargo do titular.
Exemplo: se o governador de um estado estiver exercendo seu 
primeiro mandato e renunciar até seis meses antes do 
pleito, sua mulher e parentes até segundo grau poderão se 
candidatar para qualquer cargo eletivo dentro do seu estado, 
inclusive para o cargo de governador.
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Esquematizando:
o Inelegibilidade - Absoluta - Para qualquer cargo eletivo
- Lei não pode ampliar o rol (ECpode)
- Relativa - Para alguns casos
- LC pode estabelecer novas formas de 
inelegibilidade RELATIVA (art. 14, §9º)
¾ Inelegibilidade ABSOLUTA
São inelegíveis:
I – inalistáveis, estrangeiros e conscritos
II – analfabetos (apesar de possuírem capacidade eleitoral ativa – FACULTATIVA)
¾ Inelegibilidade RELATIVA
I – Presidente da República (PR), Governador (Gov), Prefeito (Pref) e quem os houver 
sucedido ou substituído não podem se reeleger para um 3º mandato
ƒ Pode ocupar o cargo por mais de 2 mandatos. O que não pode é mais de 2 
mandatos SUCESSIVOS
ƒ Pode cumprir 2 mandatos e se candidatar a OUTRO CARGO (tem que 
desincompatibilizar)
ƒ Chefes do executivo não precisam se desincompatibilizar para concorrer à 
REELEIÇÃO.
ƒ Vice 
x O Vice poderá candidatar-se à reeleição (para o cargo de vice) por 1 
período subsequente 
o Só pode ser vice por 2 mandatos consecutivos
x O vice pode se candidatar para o cargo titular
o Reeleito ou não
o Tendo substituído ou não
x Havendo vaga no mandato do titular e o vice assumindo: só pode 
reeleger UMA VEZ
x Chefes do executivo (PR, Gov e Pref) reeleitos não podem se 
candidatar a Vice no período subsequente
ƒ Renúncia
x Titular já reeleito não pode renunciar antes do término do mandato 
para pleitear um 3º mandato
o A renúncia vale, mas não pode reeleger
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II – PR, Gov e Pref, para concorrerem a OUTROS cargos, devem renunciar a seus mandatos 
até 6m antes do PLEITO
Não é do término do mandato
- Para concorrer à reeleição (mesmo cargo): Chefes do executivo não precisam se 
desincompatibilizar
- Para concorrer a outro cargo: Tem que desincompatibilizar
- Desincompatibilização é obrigatória para qualquer OUTRO cargo eletivo
(inclusive suplente de senador)
- Vice não precisa desincompatibilizar – a não ser que tenha sucedido ou
substituído o titular nos 6m anteriores ao pleito
III – São inelegíveis NO TERRITÓRIO DA CIRCUNSCRIÇÃO DO TITULAR, cônjuge e 
parentes até 2º grau do PR, Gov, Pref ou quem os houver substituído dentro dos 6 meses 
anteriores ao pleito. 
ƒ Inelegibilidade reflexa
ƒ Alcança somente a circunscrição de jurisdição do titular
ƒ É inelegível para QUALQUER CARGO na jurisdição do titular e não somente 
para o cargo do titular
ƒ Parente = consangüíneo, afim ou por adoção
ƒ Incompatibilidade se aplica também a quem os substituir dentro dos 6m 
anteriores ao pleito
x Suponhamos que a eleição seja dia 3 de outubro do último ano do 
mandato do prefeito (exemplo 03/10/2012). Se o vice o tiver 
substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, ou seja, de 
3/04/2012 até 03/10/2012, a inelegibilidade reflexa impedirá que o 
cônjuge e os parentes de até segundo grau do VICE-PREFEITO 
também sejam eleitos para qualquer cargo dentro do município.
x No entanto, se o vice-prefeito substituiu em período diferente do 
citado, não haverá inelegibilidade para o cônjuge e parentes até 
segundo grau. Exemplo: se o vice substitui por um mês no ano de 
2010 não haverá inelegibilidade reflexa.
ƒ Se cônjuge separou durante o mandato, ainda assim é inelegível
x Súmula vinculante 18
ƒ Criação de Município por desmembramento: as inelegibilidades também 
alcançam o município filho
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ƒ O TSE decidiu que "em se tratando de eleição para deputado federal ou 
senador, cada Estado e o DF constituem uma circunscrição eleitoral", o que 
amplia a relação dos impedimentos (Res 19.970, de 21/10/1997).
x Assim, cônjuge, parentes ou afins até segundo grau do governador 
não poderão candidatar-se a qualquer cargo no Estado (vereador ou 
prefeito de qualquer município do respectivo Estado; deputado federal 
e senador nas vagas do próprio estado)
o Exceções: (pode candidatar / a inelegibilidade reflexa não atinge)
I – Viúva
ƒ Lembrando: Se cônjuge separou durante o mandato, ainda assim é inelegível
x Súmula vinculante 18
II – Se o cônjuge, parente ou afim já possui mandato eletivo e se candidatou à 
REELEIÇÃO
ƒ Se for para outro cargo não pode
III – Se o titular do cargo - Renunciar até 6m antes do pleito
- E Tiver direito à reeleição
7. MILITARES
A Constituição estabelece que o militar é alistável e pode ser eleito. No 
entanto, ela também versa que o militar, enquanto ativo, não pode ser filiado 
a partido político. Assim, como forma de compatibilizar esses dois dispositivos, 
firmou-se o entendimento que o registro da candidatura apresentada pelo 
partido político e autorizada pelo candidato supre a ausência da prévia filiação 
partidária.
Além disso, o militar, para ser elegível, deve preencher a um dos seguintes 
requisitos:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da 
atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela 
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da 
diplomação, para a inatividade.
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Importante lembrar que ser militar (de carreira) é diferente de ser conscrito 
(quem está prestando o serviço militar obrigatório). Assim, o militar possui 
capacidade eleitoral ativa e passiva, enquanto o conscrito não as possui. 
8. SERVIDOR PÚBLICO EM MANDATO ELETIVO
O servidor público também pode ser eleito. Caso isso ocorra, devem ser 
obedecidas as seguintes regras:
o Mandato Federal, estadual ou distrital: o servidor será afastado.
o Prefeito: o servidor será afastado e pode optar pela remuneração.
o Vereador: se houver compatibilidade, pode haver o acúmulo das 
funções. Caso não haja compatibilidade, servidor será afastado e 
poderá optar pela remuneração.
9. IMPUGNAÇÃO DO MANDATO ELETIVO
O mandato eletivo poderá ser contestado perante a Justiça Eleitoral no prazo 
de quinze dias contados da diplomação e a ação deve ser instruída com 
provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. Além disso, a ação 
de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça e o autor 
responderá caso a mesma seja temerária ou de manifesta má-fé.
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EXERCÍCIOS
22.(FCC - 2011 - TRE-AP - Analista Judiciário) Plínio filiado à partido político e 
brasileiro, de reputação ilibada que acabara de completar vinte anos de idade 
no mês de junho de 2008, efetuou o seu alistamento eleitoral na circunscrição 
eleitoral do Município de Caju, onde mantinha seu domicilio. A sua intenção era 
a de concorrer ao cargo de Prefeito no Município de Margarida, nas eleições 
daquele mesmo ano, posto que frequentava faculdade na referida Cidade, e 
era presidente do diretório acadêmico, sendo conhecido e amado pelos colegas 
de faculdade e pela maioria dos habitantes da região, com grandes chances de 
vencer as eleições. Porém, sua candidatura ao referido cargo foi barrada, 
porque não preenchia os requisitos de
a) idade mínima de vinte e cinco anos de idade e domicílio eleitoral referente a 
um período de dois anos. 
b) idade mínima de vinte e um anos de idade e de domicílio eleitoral na 
circunscrição do Município de Margarida. 
c) domicílio eleitoral na circunscrição do Município de Margarida e de idade 
mínima de trinta anos de idade. 
d) pleno exercício dos direitos políticos e de idade mínima de trinta anos de 
idade. 
e) pleno exercício dos direitos políticos e de idade mínima de vinte e cinco anos 
de idade. 
GABARITO: B. Plínio deve, para ser eleito

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