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Prática I - Instrumentos de medida

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE
CENTRO DE ENGENHARIA E CIENCIAS EXATAS – CECE
ENGENHARIA QUIMICA – 3a SÉRIE
INSTRUMENTOS DE MEDIDA DE TEMPERATURA, PRESSÃO E VAZÃO
TOLEDO – PR
2013
Dahiane Cecchin Gebert
Maria Elisa Mrozinski
Maycon Vinícius de Senna Ribeiro
Weslley Geoffer Perusso Borges
INSTRUMENTOS DE MEDIDA DE TEMPERATURA, PRESSÃO E VAZÃO
Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Laboratório de Engenharia Química I em cumprimento parcial aos requisitos para obtenção do título de graduação em Engenharia Química na Universidade Estadual do Oeste do Paraná Campus de Toledo.
Docente: Veronice Slusarski Santana
TOLEDO – PR
2013
Resumo
	A prática teve como objetivo a calibração de três instrumentos de medida, bem como o aprendizado do funcionamento destes. Para todos os instrumentos foi feito uma análise de regressão linear, em que quanto mais o coeficiente linear A estivesse perto de 0 e o coeficiente angular B perto de 1, melhor seria a calibração.
	Para a medição da temperatura, utilizaram-se três termômetros e um banho termostático, o qual indicava a temperatura de referência. Do termômetro de mercúrio obteve-se A= - 0,61039 e B= 0,03203; para o termômetro analógico, A= - 0,65447 e B= 0,96491; e para o termômetro digital, A= - 0,62054 e B= 1,00425. Para a medição da pressão, o manômetro de Bourdon foi o instrumento a ser calibrado e o manômetro de tubo em U foi usado como referência, fazendo uso da equação P = ρ.g.HHg. Obteve-se A= 0,01029 e B= 0,750912. Na medição da vazão, o instrumento a ser aferido foi o rotâmetro e a vazão de referência foi feita de forma direta, calculando a vazão volumétrica a partir da equação . Obteve-se A= 0,0242 e B= 1,0163.
	A discrepância demonstrada no coeficiente angular B= 0,750912 referente ao manômetro de Bourdon deve-se ao fato da grande oscilação apresentada na coluna do tubo em U. No geral, podemos concluir que todos os instrumentos aferidos na prática estão calibrados, disponibilizando uma leitura bastante exata dos valores medidos.
Índice
Lista de Figuras
Figura 1: Esquema de um Manômetro de Bourdon	4
Figura 2: Representação de um manômetro de Tubo em U	5
Figura 3: Esquema de funcionamento de um rotâmetro	6
Figura 4: Curva de calibração para o banho termostático em relação ao tempo	10
Figura 5: Curva de calibração para o Termômetro de Mercúrio em relação ao Banho Térmico	11
Figura 6: Curva de calibração para o Termômetro analógico em relação ao Banho Térmico	12
Figura 7: Curva de calibração para o Termômetro digital em relação ao	13
Figura 8: Curva de calibração para o manômetro de Bourdon em relação à medida de pressão pelo manômetro de mercúrio	15
Figura 9: Curva de calibração da vazão medida por pesagem direta em função da vazão lida no rotâmetro	18
Lista de Tabelas
Tabela 1: Dados experimentais para diferentes temperaturas	9
Tabela 2: Dados experimentais obtidos pelas medições das pressões a partir do manômetro e da coluna de mercúrio	14
Tabela 3: Dados experimentais de massa, tempo para as diferentes vazões aferidas no rotâmetro	16
Tabela 4: Vazão volumétrica para cada medida	17
Nomenclatura
Símbolo Descrição/Unidade
 Vazão (L/s; Kg/s)
 Massa (Kg)
 Tempo (s)
 Pressão (N/m²; Pa; psi)
 Força (N)
 Área (m²)
 Aceleração da gravidade (m/s²)
 Altura (m)
 Volume(L)
 Vazão mássica (Kg/s)
 Vazão volumétrica (L/s)
 Densidade (Kg/L)
Introdução 
	Para controlar um processo industrial, independente de qual o produto fabricado, é necessária a medição e o controle de uma série de variáveis físicas e químicas, e para isso se utiliza os instrumentos de medida. É importante que estes instrumentos estejam aferidos para uma maior precisão nas medidas do processo. 
	Sabe-se que a qualidade principal de um instrumento ou padrão de medição é a de medir com o mínimo erro, isto é, um instrumento de medição de boa qualidade deve ser capaz de apresentar resultados com pequenos erros de medição e, para isto seus princípios construtivos e operacionais devem ser projetados para minimizar os erros de medição (SILVA & ALVES, 2004).
	A prática tem como objetivo, conhecer o funcionamento e efetuar a calibração de instrumentos de medida de temperatura, pressão e vazão a partir de dados coletados.
Fundamentação Teórica
 Temperatura
	O conceito de temperatura é bastante intuitivo, na medida em que está associado a nossa sensação física de quente e frio. Entretanto, sua definição formal não é tão simples e está assentada na Termodinâmica. 
	Uma definição de temperatura advém da Lei Zero da Termodinâmica, que trata do equilíbrio térmico entre sistemas: “Se dois sistemas A e B estão em equilíbrio térmico, e se um terceiro sistema C está em equilíbrio térmico com B, então A e C estão em equilíbrio térmico”. É o que se denomina de relação transitiva na matemática: A está relacionado com B; B está relacionado com C; então A está relacionado com C. Esta é uma observação empírica: se A, B e C estão em equilíbrio térmico, então há uma relação transitiva entre eles, ou seja, há uma propriedade comum entre eles. E esta propriedade é chamada de temperatura. 
	Assim, esta é a definição termodinâmica de temperatura: a propriedade comum a sistemas térmicos em equilíbrio.
	Em processos industriais, frequentemente se necessita fazer medição de temperatura, seja para assegurar que determinado processo ocorra, ou para o controle de certas variáveis importantes que são determinantes na obtenção do produto. O parâmetro temperatura tem grande importância na indústria, pois a partir dela se pode estimar uma gama de propriedades termodinâmicas importantes (ARAUJO FILHO, 1999).
	Existem muitos métodos para realizar essa medição da temperatura. A maioria deles baseia-se na medição de uma propriedade física de um material, propriedade esta que varia com a temperatura. Por exemplo, um dos dispositivos mais antigos é o termômetro de vidro, que se baseia na expansão do mercúrio ou outro líquido com a temperatura. Outro dispositivo é o termômetro de gás, muito pouco usado na prática, mas importante do ponto de vista teórico, que opera com a variação do volume de um gás com a temperatura. Outro muito comum é o bimetálico, que opera com a expansão diferencial de dois metais mecanicamente acoplados. Um sensor de temperatura muito utilizado em equipamentos eletrônicos é o de resistência, que opera com a variação da resistividade elétrica de um metal com a temperatura.
	Assim, os instrumentos de medição operam com diferentes princípios físicos, respondendo à variação da temperatura. Alguns desses princípios são:
Expansão da substância, provocando alteração de comprimento, volume ou pressão;
Alteração da resistência elétrica;
Alteração do potencial elétrico de metais diferentes;
Alteração da potência radiante;
Alteração da intensidade de carga elétrica em um fotodiodo.
 Pressão
	A pressão média aplicada sobre uma superfície pode ser definida pela relação entre a força aplicada e a área dessa superfície. 
	Como a força aplicada é dada em Newtons [N] e a área em metro ao quadrado [m²], o resultado dimensional será o quociente entre essas duas unidades, portanto a unidade básica de pressão no sistema internacional de unidades (SI) é N/m² (Newton por metro ao quadrado). A unidade N/m² também é usualmente chamada de Pascal (Pa), portanto é muito comum na indústria se utilizar a unidade Pa e os seus múltiplos kPa (quilopascal) e MPa (megapascal).
	Na prática industrial, muitas outras unidades para aespecificação da pressão também são utilizadas, essas unidades são comuns nos mostradores dos manômetros industriais e as mais comuns são: atm, mmHg, kgf/cm², bar, psi e mca.
	A medida de pressão é feita através de manômetros. A pressão manométrica é o resultado da diferença da pressão de interesse e a pressão do ambiente no qual o instrumento se encontra (ou ainda chamada pressão efetiva ou pressão relativa) (SMITH et al., 2000).
	Existem três categorias de medidores de pressão. A primeira é a dos manômetros em que a medição de pressão se faz por equilíbrio com uma coluna de líquido de densidade conhecida (Strain Gage). Também há os manômetros em que a medição de pressão se faz equilibrando a força produzida sobre uma área conhecida, com uma força mensurável (manômetros de tubo em U).
	Ainda há os manômetros em que a medição de pressão se faz por equilíbrio da força produzida numa área conhecida com a tensão atuante num meio elástico (manômetro de Bourdon).
Fonte: http://www.eq.uc.pt/~lferreira/BIBL_SEM/global/bourdon/Pdf/bourdon.pdf
Figura 1: Esquema de um Manômetro de Bourdon
	Na Figura 1 está ilustrado o esquema de um manômetro de Bourdon, que tem seu funcionamento baseado na alteração da curvatura originada num tubo de seção elíptica, em forma de “C”, espiral ou helicoidal, pela pressão exercida no seu interior. A secção elíptica tende para uma secção circular com o aumento da pressão no interior do tubo levando a que o tubo se desenrole.
	Este tubo tem a uma das extremidades fechadas e ligada a um mecanismo (com rodas dentadas e mecanismos de alavanca) que permite transformar o seu movimento de "desenrolar" (originado pelo aumento de pressão no interior do tubo) no movimento do ponteiro do manômetro.
	A medida da pressão é relativa uma vez que o exterior do tubo está sujeito à pressão atmosférica.
	Outro manômetro de grande utilização e também o mais simples de todos é o Manômetro de Tubo em U, ilustrado na Figura 2.
Fonte: http://www.temperuniao.com.br/manometro%20coluna%20U,%20inclinados%20e%20v%E1cuo.pdf
Figura 2: Representação de um manômetro de Tubo em U
	O aparelho é construído basicamente em tubo reto em forma de “U” preenchido com fluido manométrico até a sua metade, sendo que as extremidades deste tubo devem estar abertas para a atmosfera. Seu princípio de funcionamento consiste na aplicação de pressão num de seus ramos o que provocará o líquido descer por este ramo e a subir no outro. Na condição de repouso (sem aplicação de pressão) como ambos abertos para a atmosfera a força atua nas superfícies consideradas como niveladas e simultaneamente referenciadas ao zero da escala. 
	A pressão indicada é mostrada pela diferença de altura em função do movimento do fluido nos dois ramos e lida através de uma escala graduada, sendo que seu valor numérico é igual ao das leituras acima e abaixo do ponto médio (zero da escala). 
	O Manômetro de Tubo em “U” é um padrão primário porque a diferença na altura entre os dois ramos constitui sempre uma ideia real da pressão independentemente das variações do diâmetro interno dos tubos. 
 Vazão
	Em hidráulica ou em mecânica dos fluidos, define-se vazão como a relação entre o volume e o tempo. A vazão pode ser determinada a partir do escoamento de um fluido através de determinada seção transversal de um conduto livre (canal, rio ou tubulação aberta) ou de um conduto forçado (tubulação com pressão positiva ou negativa). 
	Isto significa que a vazão representa a rapidez com a qual um volume escoa. As unidades de medida adotadas são geralmente o m³/s, m³/h, l/h ou o l/s.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAALB0AD/trabalho-instrumentacao-mecanica-dos-fluidos
Figura 3: Esquema de funcionamento de um rotâmetro
	Os rotâmetros (Figura 3) são medidores de vazão de área variável, nos quais o fluido (líquido, gás ou vapor) escoa em um tubo cônico, vertical, de baixo para cima, no qual há um flutuador. Este tubo pode ser de vidro, plástico ou metal dependendo da aplicação.
	Como o peso do flutuador é constante, o aumento da vazão requer um aumento de área livre de escoamento, uma vez que a perda de carga do flutuador permanece constante. Desta forma, a posição de equilíbrio do flutuador indica a vazão.
	Estes medidores são amplamente utilizados em processos industriais, onde há necessidade de observação instantânea da vazão. São muito adequados para baixas vazões, onde apresentam uma excelente relação entre desempenho e custo. Não são afetados por variações do perfil de velocidade na entrada, não necessitando, portanto, de trechos retos à montante.
Materiais e Métodos
 Temperatura
	Os materiais utilizados foram:
Termômetro Digital
Termômetro Analógico
Termômetro de Mercúrio
Banho Termostático
Cronômetro
	Em um banho termostático, inicialmente desligado, foram colocados três termômetros diferentes, analógico, digital e de mercúrio. Assim que o banho foi ligado, anotaram-se as temperaturas de todos os termômetros e do banho termostático. O cronômetro foi acionado e iniciou a contagem no exato momento em que se ligou o banho termostático e as temperaturas foram anotadas.
	Em intervalos de 5° C de aumento da temperatura, o tempo do cronometro foi anotado, juntamente com todas as temperaturas dos termômetros. 
	O processo repetiu-se até que a temperatura do banho termostático atingir 55° C. De posse dos dados, construiu-se as curvas de calibração para os três termômetros e a taxa de aquecimento do banho termostático.
Pressão
	Os materiais utilizados foram:
Manômetro de Tubo em U
Manômetro de Bourbon
Régua de metal
	No módulo experimental para medição de pressão, mantiveram-se fechadas a válvulas V3, V4 e V5, enquanto foram abertas as válvulas V1 e V2. Ligou-se a bomba e abriu-se a válvula V4. Aferiu-se a pressão no manômetro de Bourdon até 0,1kgf/cm² abrindo a válvula V3. Mediu-se a diferença de altura (ΔH) na curva em U de mercúrio. Da mesma forma, aferiu-se para 0,2 e 0,3 kgf/cm². Para a aferição de 0,4 e 0,5 kgf/cm², fechou-se a válvula V1 até o manômetro marcar as pressões requeridas, sempre medindo as diferenças de altura. 
	As diferenças de altura e as pressões foram anotadas e construiu-se a curva de calibração.
 Vazão
	Os instrumentos para medida de vazão utilizados foram:
Rotâmetro
Bomba Centrífuga
Caixa de água (50L)
Cronômetro
Balança
Recipiente para coleta do material (balde)
	Com as válvulas V1 e V5 totalmente fechadas e as válvulas V2 e V3 totalmente abertas, ligou-se a bomba. Abriu-se totalmente a válvula V5. Para controlar a vazão de água desejada, abriu-se a válvula V1, observando a vazão indicada pelo rotâmetro. Com o auxilio de um balde, previamente pesado, coletou-se a água em um tempo de, aproximadamente, 15 segundos. A massa de água foi pesada para convertê-la em vazão. O material foi coletado em duplicata. O procedimento repetiu-se para as vazões de 1, 2, 3, 3.5, 4 e 4.5 L/min. E, então, fechou-se a válvula V5 e desligou-se a bomba. 
	Os dados foram anotados, calcularam-se as vazões e construiu-se a curva de calibração.
Resultados e Discussões
 Temperatura
	As temperaturas obtidas no experimento foram anotadas e estão dispostas na Tabela 1, bem como os erros instrumentais de cada instrumento de medida.
Tabela 1: Dados experimentais para diferentes temperaturas
	
Tempo (min)
	
T1(ºC) Termômetro de mercúrio
(± 0,25)
	
T2(ºC) Termômetro analógico
(±1)
	
T3(ºC) Termômetro digital
(± 0,05)
	
T0(ºC) Temperatura do banho termostático
(± 0,005)
	0
	23
	22
	22,5
	23
	2,49
	28,2
	26
	27,4
	28
	5,49
	33,6
	31
	32,6
	33
	8,53
	38,6
	36
	37,6
	38
	12,03
	44
	40,5
	42,5
	43
	15,18
	49
	46
	47,6
	48
	18,45
	54
	51
	52,5
	53
	20,16
	56
	52
	54,7
	55
	A calibração é feita analisando a temperatura dos termômetros a serem calibrados a partir de um termômetro de controle (banho térmico).
	A partir dos dados da Tabela 1 foram construídos os gráficos a seguir, relacionando cada temperaturamedida pelos aparelhos e as temperaturas do banho termostático. Foi construído o gráfico relacionando a temperatura do banho pelo tempo, com o objetivo de obter a taxa de aquecimento do mesmo. Os gráficos de cada aparelho representam as curvas de calibração, obtidas com o objetivo de analisar a aferição dos termômetros.
Figura 4: Curva de calibração para o banho termostático em relação ao tempo
.
	A curva que relaciona o tempo de aquecimento pela temperatura de banho foi ajustada utilizando uma regressão linear, de forma que a reta ajustada ficou da forma:
				 (Equação 1)
	 Para a reprodução dos dados, é necessário que a reta cumpra o quesito de B ser igual a 1 e A ser igual a zero. Na prática, dificilmente um instrumento mostrará tal resultado, mas quanto mais próximo dessa condição, mais confiável é o equipamento.
	Nesse caso, A = 23,9262 e B = 1,57403. O coeficiente angular (B) representa a tangente do ângulo de inclinação da reta, o que prediz que a taxa de aquecimento é igual a 1,57403 ºC.min-1. O valor de r²=0,99896, ou seja, um ótimo coeficiente, permitindo a construção das outras curvas, devido à confiabilidade da taxa de aquecimento linear do banho.
Figura 5: Curva de calibração para o Termômetro de Mercúrio em relação ao Banho Térmico
	A curva acima representa a curva de calibração para o termômetro de mercúrio, e sua reta ajustada tem a forma Y= 1,03203x – 0,61039. A confiabilidade do instrumento reflete em um coeficiente linear próximo de zero e o coeficiente angular próximo de um. Observando os valores de coeficientes obtidos podemos dizer que a curva é válida, uma vez que a proximidade dos valores foi boa. B teve um erro de 0,04% e A um erro de 61%. É importante ressaltar que o erro de 61% em A não se enquadra na importância da aproximação de zero, porém o resultado foi satisfatório. O valor de r² foi de 0,99984, que realça a viabilidade da curva de calibração.
	Levando em conta que o termômetro de mercúrio é de difícil visibilidade, além do seu princípio de funcionamento citado em 2.1, podemos justificar os erros de aproximação obtidos.
Figura 6: Curva de calibração para o Termômetro analógico em relação ao Banho Térmico
	A curva de calibração para o termômetro analógico é da forma Y= 0,96491x – 0,65447. Conforme o mesmo seguimento do último gráfico, este possui uma curva de calibração válida da mesma forma. O ponteiro do termômetro analógico oscilava muito durante o experimento, o que se pode associar o erro ao mesmo. Porém, podemos dizer que pelas proximidades dos valores de A e B o aparelho está calibrado e sua curva de calibração é válida.
Figura 7: Curva de calibração para o Termômetro digital em relação ao
	A curva para o termômetro digital obteve A = -0,62054 e B=1,00425, sendo esta ajustada da mesma forma que a curva dos outros termômetros. O coeficiente r² foi de 0,99995, muito satisfatório para a viabilidade da curva de calibração do aparelho.
	É importante ressaltar que o princípio de funcionamento dos aparelhos infringe diretamente na precisão dos mesmos. Além disso, a medida de temperatura é facilmente influenciada por fatores externos aos aparelhos. O termômetro de mercúrio foi o aparelho que menos se aproximou das condições ideais, devido à sua forma de funcionamento. Como a expansão do mercúrio pode ser imprecisa devido a vários fatores como vazamentos, calor específico do mercúrio, paralaxe, entre outros, esse foi o aparelho que teve a maior discrepância da condição ideal. 
	O termômetro analógico, que tem como funcionamento a mola que expande, obteve uma melhor precisão, entretanto seu ponteiro oscilava levemente, dificultando a leitura no tempo específico. Podemos concluir a partir disso que o termômetro digital, que mais se aproximou das condições ideias é o aparelho mais preciso, devido a sua mola mais precisa. É importante ressaltar os erros dos aparelhos de acordo com a metade da menor escala, sendo o de mercúrio ± 0,5 ºC, o analógico de ± 1ºC e o digital de ±0,1ºC. Podemos dizer que o erro dos aparelhos demonstra sua precisão, evidenciando a precisão do termômetro digital. 
	Entretanto, devido aos resultados obtidos podemos dizer que os termômetros estão aferidos devido a suas retas ajustadas e a sua proximidade das condições ideais.
 Pressão
Tendo a densidade do mercúrio como 13550 Kg/m3 (PERRY et al), a aceleração da gravidade (g) igual a 9,81 m/s² e possuindo as alturas manométricas da coluna de mercúrio, podem-se calcular as pressões com a seguinte equação:
 P = ρ.g.HHg (Equação 2)
	Considerando 1kgf ≈ 9,80665 N, fez-se as devidas transformações de unidades para obter a pressão experimental exercida pela coluna de mercúrio (mmHg) para kgf/cm², podendo assim, compará-la com a pressão do manômetro de Bourdon. 
	Com os dados experimentais foi montada a Tabela 2:
Tabela 2: Dados experimentais obtidos pelas medições das pressões a partir do manômetro e da coluna de mercúrio
	
Manômetro (kgf/cm²)
(± 0,05)
	
0,1
	
0,2
	
0,3
	
0,4
	
0,5
	
Pressão calculada pela altura da coluna de mercúrio (kgf/cm²)
(± 0,05)
	
0,081327
	
0,16672
	
0,235862
	
0,323972
	
0,38226
	Assim, a partir da tabela 2 foi construída a curva de calibração do manômetro de Bourdon na forma Y= Bx + A.
Figura 8: Curva de calibração para o manômetro de Bourdon em relação à medida de pressão pelo manômetro de mercúrio
	A curva de calibração do manômetro foi construída a partir da regressão linear dos pontos em questão, na forma Y= 0,75912x + 0,01029. O coeficiente r² é igual a 0,99521, e pelos coeficientes calculados a curva é válida. A discrepância de 25% de B provavelmente é devido à oscilação da coluna do tubo em U devido a defeitos da bomba que regulava a vazão nos canos, bem como das falhas humanas na medição de tais alturas no tubo em U, que foram feitas manualmente apenas com o auxílio de uma régua.
	Há também a possibilidade de a escala do manômetro de Bourdon ter baixa precisão, afetando a temperatura aferida.
	É de grande importância a precisão de manômetros na indústria, visto que a partir da pressão é possível o monitoramento e o controle de outras variáveis, tais como o nível, vazão e densidade.
	 
 Vazão
Os dados obtidos experimentalmente estão relatados na Tabela 3 junto com os erros instrumentais. Foram realizados 6 pontos, todos em duplicata. A massa da água tabelada já é o valor descontando a massa do balde utilizado.
Tabela 3: Dados experimentais de massa, tempo para as diferentes vazões aferidas no rotâmetro
	Pontos
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	Vazão rotâmetro (L/min) (±0,025)
	1
	2
	3
	3,5
	4
	4,5
	Tempo (s) (±0,005)
	15,48
	15,67
	15,34
	15,30
	15,17
	15,17
	
	15,06
	14,97
	15,35
	15,30
	15,28
	15,33
	Massa da água (g) (±1)
	262
	534
	760
	896
	1028
	1146
	
	248
	476
	776
	896
	1042
	1140
	Massa do balde (g) (±1)
	256
	260
	260
	260
	260
	262
	
	258
	260
	260
	260
	262
	262
	A partir dos dados experimentais obtidos e do valor da densidade da água para a devida temperatura, calcula-se a vazão volumétrica de acordo com a pesagem de seu volume.
	A densidade da água para a temperatura de 30ºC (aproximação de 29,8ºC) encontrada na literatura é de = 0,99567 g/cm³. Utilizando a equação 3 em que:
 (Equação 3)
	Onde:
 = vazão volumétrica em L/min;
m = massa de água medida em g;
t = tempo em min;
ρ = massa especifica em g/L.
	
	Para calcular o erro, fez-se a média das duas vazões encontradas, e depois o valor da média foi subtraído dos dois valores iniciais de vazão encontrados, encontrando assim o erro. Posteriormente, calculou-se a média desses dois valores de erro. Tal processo foi repetido nos 6 pontos.
	A Tabela 4 mostra os valores de vazão encontrados, bem como seus respectivos erros. Como as medidas foram feitas em duplicata, as vazões mostradas aqui são o resultado da média entre as vazões encontradas para cada ponto do experimento.Tabela 4: Vazão volumétrica para cada medida
	Ponto
	Vazão volumétrica (L/min)
	1
	1,00614 ± 0,013785
	2
	1,98483 ± 0,06872
	3
	3,01598 ± 0,03041
	4
	3,52898 ± 0,00000
	5
	4,09650 ± 0,01291
	6
	4,51679 ± 0,03556
	A partir desses dados é possível traçar uma curva de calibração relacionando a vazão medida no rotâmetro com a vazão medida experimentalmente através do volume.
Figura 9: Curva de calibração da vazão medida por pesagem direta em função da vazão lida no rotâmetro
	A calibração do rotâmetro é feita a partir da comparação com valores de vazões obtidos experimentalmente. A equação da curva de calibração é y = 1,0163x – 0,0242. O coeficiente de correlação linear é R= 0,99929, indicando que os valores obtidos experimentalmente estão próximos dos valores obtidos do rotâmetro.
	As medidas feitas pelo rotâmetro se mostram confiáveis, apesar dos desvios demonstrados no experimento. Tais desvios podem ser causados por falha humana no momento da medição e no desenvolvimento dos cálculos, mas muito provavelmente deve-se ao fato de a escala do rotâmetro não ser de grande precisão, visto que se mede a posição do flutuador em relação à escala. Além disso, o fluxo de água tem grandes chances de não ter se mantido constante durante todo o procedimento, interferindo assim nos resultados.
	Fatos importantes relacionados aos desvios foram também a ocorrência de oscilação da boia que demonstrou ter alguma alteração, bem como erros na hora de pesar o balde na balança, coleta imprecisa visto que a vazão não era constante, etc.
	Por isso, faz-se necessário em qualquer procedimento experimental, a utilização de equipamentos calibrados, tais como o cronômetro e a balança, para diminuir o máximo possível a interferência dos erros referente a eles.
Num processo químico industrial, é de extrema importância os instrumentos de medida estar calibrados, tanto os rotâmetros para a vazão, como os termômetros para a temperatura e os manômetros para a pressão, discutidos anteriormente nas sessões 4.1 e 4.2, respectivamente. Um erro sistemático nessas medidas pode prejudicar a velocidade e o rendimento da reação. 
	Além disso, deixa o produto exposto a condições anormais, se comparadas com as condições apropriadas para a sua produção. Tais problemas apenas trazem prejuízo para a indústria em questão.
Conclusão
Todos os instrumentos utilizados na indústria devem ser previamente calibrados, fato comprovado pelos experimentos. As curvas de calibração encontram-se dentro dos erros aceitáveis. Portanto, os equipamentos podem ser utilizados para obter dados confiáveis. 
Referências Bibliográficas
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