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04 Gesso

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO 
SÃO FRANCISCOSÃO FRANCISCO
Aula de Materiais de ConstruçãoAula de Materiais de Construção
Aula 4 Aula 4 -- GessoGesso
Prof. Getulio SousaProf. Getulio Sousa
Definição
� Gesso (NBR 11172/90)
� Aglomerante aéreo obtido usualmente pela calcinação 
moderada da gipsita (sulfato de cálcio diidratado -
CaSO4.2H2O) resultando em sulfatos de cálcio hemi-
hidratados (hemidratos - CaSO4 . ½ H 2 O).
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Definição
� Gipsita
Referências
� CANUT, M. M. C. Estudo da viabilidade do uso do 
resíduo fosfogesso como material de construção. 
2006. Dissertação de mestrado – UFMG, Belo 
Horizonte, 2006.
� http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/ISMS-
6X6R77/1/disserta__o_final1.pdf
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Variedades de gipsita
Cocadinha Jonhson
Alabastro Alabastro
Variedades de gipsita
Anidrita
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Reservas
Reservas
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Reservas
Estado Produção (t) Produção (%)
Pernambuco 1.711.671 89%
Maranhão 106.161 5,5%
Ceará 68.233 3,5%
Amazonas 30.000 1,6%
Tocantins 7.054 0,4%
Total 1.923.119 100%
� Produção nacional, por estado, de gipsita bruta 
em 2007
Reservas
RReecciiffee
VVaallee ddoo
SSããoo FFrraanncciissccoo
AArraarriippee
MMooxxoottóó--
PPaajjeeúú
AAggrreessttee
MMeerriiddiioonnaall
Fruticultura Pecuária Leiteira
Avicultura
Caprinocultura
Gesso
MMaattaa NNoorrttee
O pólo gesseiro de Pernambuco é formado pelas cidades:
Ipubi, Trindade, Ouricuri, Bodocó e Araripina.
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Reservas
Reservas
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Produção
Produção
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Produção
Produção
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Produção
Calcinação
� Calcinação da gipsita
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Calcinação
� Calcinação da gipsita
� Hemidrato (bassanita):
� Fase bastante solúvel em água.
� Anidrita III:
� Fase solúvel como o hemidrato, porém instável 
transformando-se em hemidrato na presença da 
umidade contida no ar.
� Anidrita II:
� Velocidade de hidratação lenta
� Anidrita I:
� Gesso de alta resistência
Calcinação
� Calcinação da gipsita – Gesso para construção
� Dependendo das condições de calcinação, 
principalmente da temperatura, obtém-se:
� Gesso estuque
� Gesso para reboco
� Gesso de alta resistência
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Calcinação
� Calcinação da gipsita – Gesso para construção
� Gesso estuque
� Obtido em temperatura entre 120oC a 180oC
� Pode ser um hemidrato ou anidrita III
� Também chamado de gesso Paris
� Muito aplicado para a produção de pré-moldados 
de gesso
Calcinação
� Calcinação da gipsita – Gesso para construção
� Gesso para reboco
� Obtido em temperatura entre 150 a 700oC
� Está mais próximo de anidrita II
� Apresenta endurecimento mais lento
� Muito aplicado na execução de reboco
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Calcinação
� Calcinação da gipsita – Gesso para construção
� Gesso de alta resistência
� Obtido em temperatura entre 800 a 1000oC
� É uma anidrita I
� Muito utilizado no interior de edificações em 
situações que exigem maiores resistência
Calcinação
� Gesso alfa
� Obtido por altoclavagem => tratamento do material 
através de calor, umidade e alta pressão. 
� Gesso Beta
� Obtido por calcinação a seco sob pressão 
atmosférica, ou baixa pressão. 
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Calcinação
� Gesso alfa
Calcinação
� Gesso alfa
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Calcinação
� Calcinação da gipsita
Endurecimento
� Hidratação do gesso
CaSO4.0,5H2O + 1,5H2O ------� CaSO4.2H2O + Calor
� Aglomerantes aéreos:
� Aglomerante cuja pasta apresenta a propriedade de endurecer 
por reação de hidratação ou pela ação química do anidrido 
carbono (CO2) presente na atmosfera e que, após seu 
endurecimento, não resiste satisfatoriamente quando submetida 
a ação da água. (NBR 11172/90) 
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Endurecimento
� Ciclo do gesso
CaSO4.2H2O 
CaSO4.0,5H2O 
Energia H2O
H2O Calor
Aplicações
� Produção de revestimentos (aplicação manual)
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Aplicações
� Produção de revestimentos (aplicação mecânica)
Aplicações
� Artefatos de decoração
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Aplicações
� Forros
Aplicações
� Gesso acartonado (Dry Wall)
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Aplicações
� Pré-moldados de gesso
Aplicações
� Pré-moldados de gesso
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Aplicações
� Pré-moldados de gesso
Aplicações
� Pré-moldados de gesso
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Aplicações
� Pré-moldados de gesso
Aplicações
� Pré-moldados de gesso
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Aplicações
� Pré-moldados de gesso
Aplicações
� Pré-moldados de gesso
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Normalização
� NBR 11172: Aglomerantes de origem mineral;
� NBR 13207: Gesso para construção civil;
� NBR12127: Gesso para a Construção – Determinação 
das propriedades físicas do pó;
� NBR 12128: Gesso para a Construção - Determinação 
das propriedades físicas da pasta;
� NBR 12129: Gesso para a Construção – Determinação 
das propriedades mecânicas
� NBR 12130: Gesso para a Construção – Determinação 
da água livre e de cristalização e teores de óxido de 
cálcio e anidrido sulfúrico;
� NBR 13867: Revestimento interno de paredes e tetos 
com pasta de gesso - Materiais, preparo, aplicação e 
acabamento
Normalização
� NBR 12775: Placas lisas de gesso para forro –
Determinação das dimensões e propriedades 
físicas;
� NBR 14715: Chapas de gesso acartonado –
requisitos;
� NBR 14716: Chapas de gesso acartonado –
Verificação das características geométricas;
� Chapas de gesso acartonado – Determinação 
das características físicas.
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Gesso para construção civil (NBR 13207)
Determinações químicas 
(NBR 12130) Limites (%)
Água livre Máx. 1,3
Água de cristalização 4,2 a 6,2
Óxido de cálcio (CaO) Mín. 38,0
Anidrido Sulfúrico (SO3) Mín. 53,0
� Exigências químicas
Gesso para construção civil (NBR 12130)
� Água livre
� Teor de água, contido em uma amostra de gesso, 
que é liberado após secagem em estufa a 
temperatura de (40E4) oC.
� Água de cristalização
� Teor de água, contido em uma amostra de gesso, 
que é liberado após secagem em estufa a 
temperatura de (230E10) oC.
� A determinação dos teores de óxidos presentes 
permite uma avaliação da pureza do gesso
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Gesso para construção civil (NBR 13207)
Determinações física e 
mecânica Unidade Limites
Resistência à compressão 
(NBR 12129) MPa > 8,40
Dureza (NBR12129) N/mm2 > 30,00
Massa Unitária (NBR 12127) kg/m3 > 700,00
� Exigências físicas e mecânicas
Gesso para construção civil (NBR 13207)
Classificação do gesso para 
construção civil
Tempo de pega 
(min) (NBR 
12128)
Módulo de 
finura
(NBR 12127)Início Fim
Gesso fino para revestimento > 10 > 45 < 1,10
Gesso grosso para revestimento > 10 > 45 > 1,10
Gesso fino para fundição 4 - 10 20 - 45 < 1,10
Gesso grosso para fundição 4 - 10 20 - 45 > 1,10
� Exigências físicas 
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Gesso para construção civil (NBR 13207)
� Gesso para fundição
� Gesso para produção de pré-moldados: moldes, 
pré-moldados ...
� Gesso para revestimento
� Gesso para produção de revestimentos para 
alvenaria.
Gesso para construção civil (NBR 13207)
� Ensaios físicos - Pega
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Gesso para construção civil (NBR 13207)
� Ensaios físicos - Pega
Gesso para construção civil (NBR 13207)
� Ensaios físicos – Corpo-de-prova para resistência 
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Gesso para construção civil (NBR 13207)
� Ensaios físicos – Resistência à tração 
Propriedades
� Pega e endurecimento - Rápidos
� Fatores que influenciam no endurecimento:
� Temperatura e tempo de calcinação (maior o tempo 
e temperatura => endurecimento mais lento)
� Finura (maior a finura => endurecimento mais 
rápido)
� Quantidade de água de amassamento (mais água 
=> endurecimento mais lento) 
� Impurezas (a presença de impurezas => favorece o 
endurecimento)
� Aditivos
� Aceleradores: alúmen potássio, potássio.
� Retardadores: citrato de sódio, álcool, açúcar, 
bórax, fosfato.
28Outra definições
� Aditivo (NBR 11172) 
� Produto químico adicionado em pequenos teores às 
caldas, pastas, argamassas e concretos, com a 
finalidade de alterar suas características no estado 
fresco e/ou no endurecido.
Propriedades
� Resistência
� Compressão: 8 a 15,0 MPa
� Tração: 0,7 a 3,5 MPa
� Aderência
� Boa: superfícies ásperas e absorventes => tijolo, 
pedra, concreto, ...
� Ruim: superrfícies lisas, de baixa absorção, 
madeira, ...
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Propriedades
� Bom isolamento térmico 
� baixa condutividade térmica
� Bom isolamento acústico 
� possui a propriedade de absorção de energia 
acústica
� Massa específica
� 2570 kg/m3
� Massa unitária
� 700 kg/m3
Recomendações aplicação (NBR13867)
� Material oxidante:
� Quando a superfície a ser revestida possuir algum 
material que se oxide na presença de sulfato de 
cálcio, como o ferro, deve-se fazer aplicação de 
argamassa de chapisco para encobrir totalmente 
este material.
� Superfície seca
� O revestimento em gesso deve ser aplicado em 
superfícies onde não haja percolação de águas. 
� Nas regiões onde possam ocorrer percolação de 
água, recomenda-se a preparação da superfície com 
material impermeabilizante.
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Recomendações aplicação (NBR13867)
� Material oxidante
Recomendações aplicação (NBR13867)
� Superfície caiada ou pintada:
� Recomenda-se um tratamento realizado por meio de 
escarificação, jateamento, lixamento ou ainda com a 
utilização de emulsões adesivas.
� Superfície lisa e de baixa absorção
� Recomenda-se a escarificação, a aplicação de 
argamassa de chapisco de alta aderência ou ainda a 
utilização de emulsões adesivas.
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Armazenamento de sacos de gesso
� Segundo a NBR 13207
� Os sacos de gesso devem ser armazenados em 
locais secos e protegidos, para preservação da 
qualidade; 
� de fácil acesso à inspeção e identificação de cada 
lote;
� As pilhas devem ser colocadas sobre estrados e 
não devem conter mais de 20 sacos superpostos.
Armazenamento de sacos de gesso
� Outra recomendações:
� Os sacos das pilhas não devem ter contatos com 
as paredes, ficando pelo menos 20 cm distantes;
� Os sacos mais antigos de gesso devem ser 
utilizados primeiro;
� Durante o manuseio, cuidar para que os sacos não 
sejam molhados, nem rasgados, ficando o produto 
exposto ao ar e a umidade.
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Embalagens
� O gesso deve ser entregue em sacos de papel com 
várias folhas, suficientemente forte para evitar rupturas 
durante seu manuseio, e com a condição de que 
possam ser fechados logo após o enchimento;
� Os sacos devem conter, como massa líquida, 40 kg de 
gesso e devem estar perfeitos na ocasião da inspeção 
e recebimento
Embalagens
� Devem ter impressos de 
forma visível em cada 
extremidade o tipo 
correspondente (gesso de 
fundição, gesso para 
revestimento), o nome e a 
marca do fabricante e a 
massa líquida.
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Resíduos de gesso na construção
� Na resolução 307/02 do 
CONAMA - o gesso é 
classificado como Classe 
C: São os resíduos para os 
quais não foram 
desenvolvidos tecnologia 
ou aplicações 
economicamente viáveis 
que permitam a sua 
reciclagem/recuperação.
Resíduos de gesso na construção
� A Resolução aponta ainda o gesso como resíduo
não inerte, não podendo ser simplesmente 
depositado nos aterros de construção;
� Os resíduos de gesso devem ser separados e ter 
destinação própria.
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Resíduos de gesso na construção
� A presença de gesso em resíduos de construção 
que serão reciclados como agregados, pode 
provocar efeitos danosos em argamassa e 
concretos; 
� O sulfato do gesso, em presença de compostos de 
alumínio e de cálcio (comum no cimento), podem 
levar a formação de produtos expansivos e provocar 
fissuração de concretos e argamassas;
� As normas de agregado limitam o teor de sulfatos a 
um valor máximo de 1%.

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