Buscar

05 Cimento 2011.1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO 
SÃO FRANCISCOSÃO FRANCISCO
Aula de Materiais de ConstruçãoAula de Materiais de Construção
Aula 5 Aula 5 –– CimentoCimento
Prof. Getulio GomesProf. Getulio Gomes
Definição
� Cimento
� Aglomerante hidráulico, resultante da moagem do 
clínquer. 
� Material que é obtido pelo cozimento, até a fusão 
parcial, de uma mistura de calcário e argila, 
convenientemente dosada e homogeneizada.
Calcário 
(CaCO3) +
Argila
(SiO2, Al2O3, Fe2O3, Na2O, K2O)
2 Materiais de Construção Civil I
2
Definição
� Cimento
� Após o cozimento é feita a adição de sulfato de 
cálcio (gipsita), em proporção adequada para 
regularizar a pega, 
� sendo, em seguida, feita a moagem para obtenção 
do cimento Portland. 
3 Materiais de Construção Civil I
Composição do cimento Portland
Gipsita95% 5%
4 Materiais de Construção Civil I
3
Definição
� Cimento (NBR 11172)
� Aglomerante hidráulico constituído em sua maior 
parte de silicatos e/ou aluminatos de cálcio.
� Cimento Portland (NBR 11172)
� Aglomerante hidráulico artificial, obtido pela 
moagem de clínquer Portland, sendo geralmente 
feita a adição de uma ou mais formas de sulfato de 
cálcio.
5 Materiais de Construção Civil I
Processo de fabricação
6 Materiais de Construção Civil I
4
1. Moagem da matéria-prima
2. Mistura e armazenamento
3. Pré-aquecedor
4. Forno rotativo
5. Armazenamento do clínquer
6. Moagem do cimento
1
2
4
3
5
6
Fonte: Mehta e Monteiro (1994)7 Materiais de Construção Civil I
Jazida de calcário
Britador
Fonte: www.cimentoitambe.com.br8 Materiais de Construção Civil I
5
Moinho de rolos Forno de clinquerização
Moinho de bolas
Fonte: www.cimentoitambe.com.br9 Materiais de Construção Civil I
Calcinação
� Produção do clínquer
Calcário Calcário 
++
ArgilaArgila
calcinação a
1400oC
fusão parcial
Clínquer Clínquer 
(silicatos, 
aluminatos, ferro-
aluminatos, cal 
livre, compostos 
alcalinos)
Clínquer Clínquer 
+ + 
Sulfato de cálcioSulfato de cálcio
Moagem 
em moinho 
de bolas
Cimento Cimento 
PortlandPortland
10 Materiais de Construção Civil I
6
Composição química do cimento Portland
� Abreviações na química do cimento - Óxidos
Óxido Abreviação Denominação
CaO C Óxido de cálcio
SiO2 S Óxido de silício
Al2O3 A Óxido de alumínio
Fe2O3 F Óxido de ferro III 
MgO M Óxido de Magnésio
SO3 Óxido de enxofre
H2O H Água
__
S
11 Materiais de Construção Civil I
Composição química do cimento Portland
� Abreviações na química do cimento - Compostos
Composto Abreviação Denominação
3CaO . SiO2 C3S Silicato tricálcico
2CaO . SiO2 C2S Silicato bicálcico
3CaO . Al2O3 C3A
Aluminato 
tricálcico 
4CaO . Al2O3 . Fe2O3 C4AF
Ferro-aluminato 
tetracálcico
3CaO . 2SiO2 . 3H2O C3S2H3
CaSO4 . 2H2O 2
__
HSC
12 Materiais de Construção Civil I
7
Composição química do cimento Portland
� Composição do clínquer
Composto Percentagem
Silicatos C3S 20 a 70%C2S 10 a 50%
Aluminatos
C3A 5 a 20%
C4AF 5 a 15%
Impurezas
C 0 a 2%
M 0 a 7%
Álcalis 0 a 2%
Outros óxidos 0 a 3%
13 Materiais de Construção Civil I
Composição química do cimento Portland
� Previsão dos compostos do cimento pelo método 
de Bogue => estima a composição potencial ou 
teórica do cimento
FAFC
FAAC
SCSSC
SFASCSC
×=
×−×=
×−×=
−×−×−×−×=
043,3%
692,1650,2%
7544,0867,2%
850,2430,1718,6600,7071,4%
3
3
32
__
3
Óxido Abreviação
CaO C
SiO2 S
Al2O3 A
Fe2O3 F
MgO M
SO3
__
S
14 Materiais de Construção Civil I
8
Hidratação do cimento
� Inicia com a reação química com a água;
� Ocorre da superfície externa para a parte interna da 
partícula de cimento; 
� Reação exotérmica;
� Risco de retração
15 Materiais de Construção Civil I
Hidratação do cimento
� Tratada a partir da reação dos compostos potenciais 
do cimento (C3S, C2S, C3A e C4AF), na presença da 
água;
� Tem Influência direta em algumas propriedades do 
cimento:
� Pega
� Calor de hidratação
� Resistência mecânica
� Reações com aditivos químicos e adições minerais
� Durabilidade em ambientes agressivos
16 Materiais de Construção Civil I
9
~2 horas 4 a 6 horas
Crescimento 
da 
resistência
Pega
Pasta
trabalhável
Em 
endurecimento Endurecida
TIP
Início de pega
TFP
Fim de pega
0
Início da mistura 
com água
� Pega do cimento
Propriedades
17 Materiais de Construção Civil I
� Aluminato tricálcico => C3A
� Inicia a hidratação em alguns minutos após o 
amassamento (mistura com a água);
� Desenvolve pequena resistência inicial; 
� Libera grande quantidade de calor (320 cal/g);
� Gera produtos de hidratação que são sensíveis à ação 
de ambientes contendo sulfatos (solos, água do mar, 
água poluídas...).
C3A + 3CaSO4.2H2O + 26H2O ----� 3CaO.Al2O3.3CaSO4.32H2O + Calor 
Gipsita Etringita
C3A + 6H2O ----� 3CaO.Al2O3.6H2O + Calor 
Hidratação do cimento
18 Materiais de Construção Civil I
10
� Ferro-aluminato tetracálcico => C4AF
� Também Inicia a hidratação em alguns minutos após o 
amassamento (mistura com a água);
� Desenvolve pequena resistência inicial;
� Tem pega e endurecimento semelhantes ao C3A;
� Libera pouco calor de hidratação (100 cal/g);
� Gera produtos de hidratação que oferecem boa 
resistência ao ataque de águas agressivas.
C4AF + 2Ca(OH)2 + 10H2O ----� 3CaO.Al2O3.6H2O + 
3CaO.Fe2O3.6H2O + Calor 
Hidratação do cimento
19 Materiais de Construção Civil I
� Silicato tricálcico => C3S
� Inicia a reação de hidratação em poucas horas após a 
mistura com a água;
� Tem pega e endurecimento rápido;
� Desenvolve elevadas resistências iniciais;
� Libera grande quantidade de calor de hidratação (120 
cal/g);
� Gera produtos de hidratação que contribuem para a 
resistência e durabilidade do concreto.
2(3CaO.SiO2) + 6H2O ----� 3CaO.2SiO2.3H2O + 3Ca(OH)2 + Calor 
C3S C-S-H CH
Alita Silicato de cálcio 
hidratado
Hidróxido de 
cálcio
Hidratação do cimento
20
11
� Silicato bicálcico => C2S
� Inicia a reação de hidratação lentamente após dias;
� Tem pega e endurecimento lentos; 
� Desenvolve elevadas resistências a longo prazo;
� Libera pouca quantidade de calor de hidratação (60 
cal/g);
� Gera produtos de hidratação que contribuem para a 
resistência e durabilidade do concreto.
2(2CaO.SiO2) + 4H2O ----� 3CaO.2SiO2.3H2O + 3Ca(OH)2 + Calor 
C2S C-S-H CH
Belita
Hidratação do cimento
Silicato de cálcio 
hidratado
Hidróxido de 
cálcio
21
Cimento
Composição x Propriedades
12
23 Materiais de Construção Civil I
24 Materiais de Construção Civil I
13
25 Materiais de Construção Civil I
Calor de hidratação dos compostos do cimento Portland
26 Materiais de Construção Civil I
14
27 Materiais de Construção Civil I
28 Materiais de Construção Civil I
15
Cimento
Pasta endurecida
� Silicato de cálcio hidratado
� Não possui fórmula 
estequiométrica bem definida, 
sendo denominado de C-S-H;
� Constitui de 50 a 60% do volume 
de sólidos na pasta endurecida;
� Composto mais importante na 
definição das propriedades da 
pasta:
� Maior resistência mecânica
� Maior durabilidade em meios 
agressivos (ácidos e sulfatados)
Sólidos presentes na pasta endurecida
Estrutura do C-S-H 
(Fonte: Mehta e Monteiro, 1994)
Micrografia eletrônica de varredura
30 Materiais de Construção Civil I
16
� Hidróxido de cálcio (CH)
� Possui estequiometria bem 
definida (Ca(OH)2);
� Constitui de 20 a 25% do volume 
de sólidos na pasta endurecida;
� Tem a forma de prismas 
hexagonais; 
� Menor resistência mecânica que o 
C-S-H;
� Apresenta solubilidade maior que o 
C-S-H;
� Menordurabilidade em meios 
agressivos (ácidos e sulfatados)
Sólidos presentes na pasta endurecida
Estrutura do hidróxido de cálcio
(Fonte: Mehta e Monteiro, 1994)
Micrografia eletrônica de varredura
31 Materiais de Construção Civil I
� Sulfoaluminatos de cálcio
� Constitui de 15 a 20% do 
volume de sólidos na pasta 
endurecida;
� Durante o primeiro estágio da 
hidratação, o composto é 
denominado de etringita;
� Possui a forma de cristais 
prismáticos aciculares.
3236 HSAC
Sólidos presentes na pasta endurecida
Estrutura da etringita e do monossulfato 
(Fonte: Mehta e Monteiro, 1994)
Micrografia eletrônica de varredura
32 Materiais de Construção Civil I
17
Sólidos presentes na pasta endurecida
� Sulfoaluminatos de cálcio
� Pode se transformar em 
monossulfato hidratado
� Que tem a forma de placas 
hexagonais;
� A presença desse material torna 
o concreto vulnerável ao ataque 
por sulfatos.
184 HSAC
3236184 1222 HSACHSCHHSAC →+++
Estrutura da etringita e do monossulfato 
(Fonte: Mehta e Monteiro, 1994)
Micrografia eletrônica de varredura
33 Materiais de Construção Civil I
Sólidos presentes na pasta endurecida
Curva de velocidades típicas de formação de produtos hidratados 
(Fonte: Mehta e Monteiro, 1994)34 Materiais de Construção Civil I
18
CIMENTO
ADIÇÕES MINERAIS
� Atualmente, grande parte dos cimentos, tanto 
nacionais como estrangeiros, são produzidos com 
adições minerais com propriedades pozolânicas.
� Essas adições atuam:
� Resolvendo problemas ambientais; 
� Resolvendo problemas tecnológicos;
� Resultando em economia de energia; e
� Redução de custo
Adições pozolânicas
36 Materiais de Construção Civil I
19
Adições pozolânicas
� Definição
� Produtos de origem mineral;
� Compostos de materiais mais ou menos silicosos;
� Geralmente aglomerantes após serem moídos;
� Adicionados ao cimento em substituição ao clínquer;
� Apresentam propriedades pozolânicas – Reação 
Pozolânica.
37 Materiais de Construção Civil I
Adições pozolânicas
� Reação pozolânica
� Reação de hidratação do cimento
� Reação pozolânica
C3S + H ------� C-S-H + CH
S + CH + H ------� C-S-H
Sílica
38 Materiais de Construção Civil I
20
Adições pozolânicas
� Materiais pozolânicos (NBR 11172)
� Materiais silicosos ou silico-aluminosos que possuem 
pouca ou nenhuma atividade aglomerante, mas que, 
quando finamente moídos e na presença de água, 
fixam o hidróxido de cálcio à temperatura ambiente, 
formando compostos com propriedades hidráulicas.
39 Materiais de Construção Civil I
Adições pozolânicas
40 Materiais de Construção Civil I
21
� Cimentantes e pozolânicos
� Escoria granular de alto-forno
� Cinza volante alto-cálcio (alto teor de cálcio)
� Pozolanas altamente reativas
� Microssílica
� Cinza da casca de arroz
� Pozolanas comuns
� Cinza volante de baixo teor de cálcio
� Materiais naturais
� Pozolanas pouco reativas
� Escoria de alto-forno resfriada lentamente
� Cinza da casca de arroz queimada em campo (sem controle) 
Adições pozolânicas
41 Materiais de Construção Civil I
� Pozolanas naturais
� Materiais de origem ígnea ou sedimentar, rico em 
materiais silicosos;
� Cinzas vulcânicas;
� Argilas calcinadas.
Adições pozolânicas
42 Materiais de Construção Civil I
22
� Escória de alto-forno
� Subproduto da fabricação de ferro fundido (ferro-gusa);
� Obtido sob a forma granular por resfriamento brusco;
� Constituído em sua maior parte de óxidos de cálcio, 
silício e alumínio;
� Possui a característica de, quando pulverizada, 
apresentar propriedades pozolânicas e hidráulicas. 
Adições pozolânicas
43 Materiais de Construção Civil I
� Microssílica
� Subproduto da fabricação de ferro-silício, cujo 
componente principal é a sílica (SiO2); 
� Elevado teor de sílica amorfa ( > 85 %); 
� Altamente reativa;
� Utilizada em concreto de alta desempenho;
� Altamente fina: área específica com 25000 m2/kg;
� Não necessita ser moída.
Adições pozolânicas
44 Materiais de Construção Civil I
23
� Cinza da casca de arroz
� Subproduto do beneficiamento de arroz ou termoelétrica; 
� Elevado teor de sílica amorfa ( > 80 %); 
� Em situações onde a queima e o resfriamento ocorre com 
controle, pode-se obter um maior teor de sílica reativa; 
� Necessita ser moída para melhorar a atividade pozolânica.
Adições pozolânicas
45 Materiais de Construção Civil I
� Cinza volante
� Gerada em usinas termoelétricas a partir da queima do 
carvão mineral; 
� Partículas esféricas lisas extremamente finas com 
elevado teor de sílica amorfa;
� Não necessita ser moída.
Adições pozolânicas
46 Materiais de Construção Civil I
24
Adições pozolânicas
A – Microssílica
B – Cinza volante
C – Cinza de casca de arroz
(A)
(C)
(B)
47 Materiais de Construção Civil I
Adições pozolânicas
(Fonte: Mehta e Monteiro, 1994)
Granulometria a laser
48 Materiais de Construção Civil I
25
� Refina a porosidade da pasta de cimento 
endurecida;
� Aumenta a impermeabilidade da pasta
� Aumenta a durabilidade em meios agressivos:
� Indicado para ambientes marinhos;
� Ambientes com sulfatos
� Pode diminuir o calor de hidratação;
� Pode diminuir a resistência nas idades iniciais;
Adições pozolânicas
49 Materiais de Construção Civil I
Influência nas propriedades da pasta
Na composição do 
cimento, o aumento do 
teor de pozolana pode 
diminuir o calor de 
hidratação
50 Materiais de Construção Civil I
26
Influência nas propriedades da pasta
Na composição do 
cimento, o aumento do 
teor de pozolana pode 
diminuir a resistência 
nas idades iniciais. 
Entretanto, em idades 
mais avançadas os 
valores de resistência 
são compatíveis.
51 Materiais de Construção Civil I
CIMENTO
PROPRIEDADES
27
Propriedades
� Pega
� Caracterização da perda de plasticidade das pastas, 
caldas, argamassas e concretos de cimento. (NBR 
11172/90)
� Endurecimento 
� Fase subseqüente ao período de pega, na qual o 
aglomerante passa a oferecer resistência a esforços 
mecânicos. (NBR 11172/90)
53 Materiais de Construção Civil I
Propriedades
� Início de pega (começo do enrijecimento)
� Tempo decorrido desde a adição de água até o início 
das reações com os compostos do cimento. Limita o 
tempo de trabalhabilidade dos concretos e 
argamassas
� Fim de pega (enrijecimento completo e início do 
endurecimento)
� Tempo decorrido desde a adição de água até a 
situação em que a pasta cessa de deformar sob a 
ação de “pequenas” cargas. 
� Norma de determinação do tempo de pega de 
cimento => NBR NM 65 - 2003
54 Materiais de Construção Civil I
28
Propriedades
~2 horas 4 a 16 horas
Crescimento 
da 
resistência
Pega
Pasta
trabalhável
Em 
endurecimento Endurecida
TIP
Início de pega
TFP
Fim de pega
0
Início da mistura 
com água
� Pega do cimento
55 Materiais de Construção Civil I
Propriedades
� Falsa pega
� Provocada pela desidratação da gipsita.
� Classificação quanto à pega
� Normal: tempo de pega maior que 1 h
� Rápido: tempo de pega menor que 1 h
56 Materiais de Construção Civil I
29
Propriedades
� Fatores que influenciam a pega
� O teor de C3A (sendo o primeiro a reagir com a 
água);
� O teor de gipsita;
� Finura => quanto maior a finura do cimento menor é 
o tempo de início de pega;
� Temperatura => quanto maior a temperatura menor o 
tempo de início de pega;
� Teor e tipo de aditivos:
� Aceleradores => cloreto de cálcio, cloreto de sódio, etc.
� Retardadores => gipsita, açúcar, álcool, óxido de zinco, etc.
57 Materiais de Construção Civil I
Propriedades
� Finura e grau de moagem
� Peneiramento
� Ensaio de granulometria
� índice de finura - %de massa retida na peneira no 200 com 
abertura de 0,075 mm (NBR 57 33). 
� Para os cimento normais: % retida < 12 %.
� Permeabilímetro de Blaine => Mede a superfície específica
� Baseado na velocidade de ar que passa por uma determinada 
amostra que é função do tamanho dos grãos.
� Blaine dos cimentos normais = 2500 a 4000 cm2/g
� Quanto maior o Blaine => mais fino o material.
58 Materiais de Construção Civil I
30
Pa
ss
an
te
 
ac
um
u
la
da
 
em
 
%
59 Materiais de Construção Civil I
Propriedades
� Finura e grau de moagem
� Relação da finura com outras propriedades do 
cimento
Propriedade Relação
Pega inversa
Resistência Direta
Calor de hidratação Direta
Retração Direta
Exsudação Inversa
Impermeabilidade Direta60 Materiais de Construção Civil I
31
61 Materiais de Construção Civil I
62 Materiais de Construção Civil I
32
Propriedades
� Massa específica
� A determinação é feita através do frasco de Le 
Chatelier, usando querosene como líquido. 
� A massa especifica do cimento γo = 3,00 kg/l.
� A massa unitária do cimento γ = 0,95 kg/l 
63 Materiais de Construção Civil I
Propriedades
� Resistência à esforços mecânicos
� Relação da resistência à compressão com outras 
propriedades do cimento
� Quanto à composição química, os teores de C3S e 
C2S, são decisivos no desenvolvimento da resistência
Propriedade Relação
Finura Direta
Quantidade de água Inversa
Idade Direta
64 Materiais de Construção Civil I
33
Propriedades
� Resistência à esforços mecânicos
� Determinação da resistência à compressão (NBR 
7215)
� Corpos-de-prova cilíndricos (5 x 10) cm;
� Areia normal: areia do rio Tietê
� Ensaio realizado nas idade de 3, 7 e 28 dias. 
65 Materiais de Construção Civil I
Propriedades
� Resistência à esforços mecânicos
� Determinação da resistência à compressão (NBR 
7215)
Classes Resistência (MPa)
3 dias 7 dias 28 dias
CP 25 8 15 25
CP 32 10 20 32
CP 40 14 24 40
66 Materiais de Construção Civil I
34
Propriedades
� Exsudação
� É o fenômeno de segregação da água que ocorre 
na pasta de cimento antes do início da pega;
� Quanto mais fino o cimento menor a exsudação;
� Deve ser controlada durante a dosagem, 
produção e aplicação de argamassas e concretos.
67 Materiais de Construção Civil I
Propriedades
� Estabilidade volumétrica – Expansão
� Pode ser provocada pela existência indesejável 
de cal livre (CaO) e óxido de magnésia (MgO);
� É avaliada utilizando-se a Agulha de Le Chatelier 
com pasta de consistência normal;
� Ensaio a frio: evidencia a presença de MgO;
� Ensaio a quente: evidencia a presença de CaO.
68 Materiais de Construção Civil I
35
CIMENTO
NORMALIZAÇÃO
Normalização
NBR11579 Cimento Portland - Determinação da finura por meio da peneira 75 micrômetros (número 200) 
NBR11172 Aglomerantes de origem mineral 
NBR11582 Cimento Portland - Determinação da expansibilidade de Le Chatelier 
NBR11768 Aditivos para concreto de cimento Portland 
NBR12651 
Materiais pozolânicos - Determinação da eficiência de materiais pozolânicos em evitar a expansão do 
concreto devido à reação álcali-agregado 
NBR12826 
Cimento Portland e outros materiais em pó - Determinação do índice de finura por meio de peneirador 
aerodinâmico 
NBR12989 Cimento Portland branco 
NBR13116 Cimento Portland de baixo calor de hidratação 
NBR13847 Cimento aluminoso para uso em materiais refratários 
NBR14832 Cimento Portland e clínquer - Determinação de cloreto pelo método do íon seletivo 
NBR5732 Cimento Portland comum 
NBR5733 Cimento Portland de alta resistência inicial 
NBR5735 Cimento Portland de alto-forno 
NBR5736 Cimento Portland pozolânico 
NBR5737 Cimentos Portland resistentes a sulfatos 
70 Materiais de Construção Civil I
36
Normalização
NBR5741 Extração e preparação de amostras de cimentos 
NBR5748 Análise química de cimento Portland - Determinação de óxido de cálcio livre 
NBR5752 
Materiais pozolânicos - Determinação de atividade pozolânica com cimento Portland - Indice de atividade 
pozolânica com cimento 
NBR5753 Cimento Portland pozolânico - Determinação da pozolanicidade 
NBR5754 Cimento Portland - Determinação de teor de escória granulada de alto-forno por microscopia 
NBR7215 Cimento Portland - Determinação da resistência à compressão 
NBR8809 Cimento Portland - Determinação do calor de hidratação a partir do calor de dissolução 
NBR9202 
Cimento Portland e outros materiais em pó - Determinação da finura por meio da peneira 0,044 mm 
(número 325) 
NBRNM10 Cimento Portland - Análise química - Disposições gerais 
NBRNM14 
Cimento Portland - Análise química - Método de arbitragem para determinação de dióxido de silício, óxido 
férrico, óxido de alumínio, óxido de cálcio e óxido de magnésio 
NBRNM18 Cimento Portland - Análise química - Determinação de perda ao fogo 
NBRNM23 Cimento portland e outros materiais em pó - Determinação de massa específica 
NBRNM43 Cimento portland - Determinação da pasta de consistência normal 
NBRNM65 Cimento portland - Determinação do tempo de pega 
NBRNM76 Cimento Portland - Determinação da finura pelo método de permeabilidade ao ar (Método de Blaine) 
71 Materiais de Construção Civil I
Cimentos normalizados no Brasil
a) Cimento Portland Comum – CPI
CP I – Cimento Portland Comum
CP I-S – Cimento Portland Comum com Adição
b) Cimento Portland Composto – CP II
CP II-E – Cimento Portland Composto com Escória
CP II-Z – Cimento Portland Composto com Pozolana
CP II-F – Cimento Portland Composto com Filler
c) Cimento Portland de Alto Forno – CP III
d) Cimento Portland Pozolânico – CP IV
e) Cimento Portland de Alta Resistência Inicial – CP V-ARI
72 Materiais de Construção Civil I
37
Cimentos normalizados no Brasil
f) Cimento Portland Resistente à Sulfatos 
Ex.: CP I-32RS, CP II-Z-32RS, ...
g) Cimento Portland de baixo calor de hidratação
Ex.: CP I-32BC , CP II-Z-32BC, ...
h) Cimento Portland branco estrutural – CPB
i) Cimento Portland branco não estrutural – CPB 
j) Cimento para poços petrolíferos – CPP 
73 Materiais de Construção Civil I
Cimentos normalizados no Brasil
Cimento
Classes de 
resistência
Clínquer + 
Sulfatos Escoria Pozolana
Materiais 
Carbonaticos
(MPa) (%) (%) (%) (%)
CPI (NBR 5732/91) 25-32-40 100 0
CPI-S (NBR 5732/91) 25-32-40 99-95 1-5
CPII-E (NBR 11578/91) 23-32-40 94-56 6-34 0-10
CPII-Z (NBR 11578/91) 25-32-40 94-76 6-14 0-10
CPII-F (NBR 11578/91) 25-32-40 94-90 6-10
CPIII (NBR 5735/91) 25-32-40 65-25 35-70 0-5
CPIV (NBR 5238/91) 25-32 85-45 15-50 0-5
CPV-ARI (NBR 5733/91) --- 100-95 0-5
� Composição dos cimentos
74 Materiais de Construção Civil I
38
Cimentos normalizados no Brasil
� Composição dos cimentos
75 Materiais de Construção Civil I
Cimentos normalizados no Brasil
� Cimento Portland resistentes aos sulfatos
76 Materiais de Construção Civil I
39
Exigências físicas
Cimento Classe
Finura
Início 
de 
pega 
(h)
Expansibili
dade a 
quente 
(mm)
Resistência (MPa)
Peneira 
75 mm 
(%) 
Área 
específica
(m2/kg)
3 
dias
7 
dias
28 
dias
CPI (NBR 5732/91)
CPI-S (NBR 
5732/91)
CPII-E (NBR 
11578/91)
CPII-Z (NBR 
11578/91) CPII-F 
(NBR 11578/91)
25
≤ 12,0
≥ 240
≥ 1 ≤ 5
≥ 8 ≥ 15 ≥ 25
32 ≥ 260 ≥ 10 ≥ 20 ≥ 32
40 ≤ 10,0 ≥ 280 ≥ 15 ≥ 25 ≥ 40
CPIII (NBR 5735/91)
25
≤ 8,0 --- ≥ 1 ≤ 5
≥ 8 ≥ 15 ≥ 25
32 ≥ 10 ≥ 20 ≥ 32
40 ≥ 12 ≥ 23 ≥ 40
CPIV (NBR 
5238/91)
25
≤ 8,0 --- ≥ 1 ≤ 5
≥ 8 ≥ 15 ≥ 25
32 ≥ 10 ≥ 20 ≥ 32
CPV-ARI 
(NBR 5733/91) --- ≤ 6,0 ≥ 300 ≥ 1 ≤ 5
1 
dia
3 
dias
7 
dias
≥ 14 ≥ 24 ≥ 3477 Materiais de Construção Civil I
Exigências físicas
78 Materiais de Construção Civil I
40
Exigências químicas
Cimento
Limites (% da massa)Resíduo 
insolúvel
Perda ao 
fogo
Óxido de 
magnésio 
(MgO)
Trióxido 
enxofre 
(SO3)
Anidrido 
carbônico 
(CO2)
CPI (NBR 5732/91) ≤ 1,0 ≤ 2,0 ≤ 6,5 ≤ 4,0 ≤ 1,0
CPI-S (NBR 5732/91) ≤ 5,0 ≤ 4,5 ≤ 6,5 ≤ 4,0 ≤ 3,0
CPII-E (NBR 11578/91) ≤ 2,5
≤ 6,5 ≤ 6,5 ≤ 4,0 ≤ 5,0CPII-Z (NBR 11578/91) ≤ 16,0
CPII-F (NBR 11578/91) ≤ 2,5
CPIII (NBR 5735/91) ≤ 4,5 ≤ 1,5 --- ≤ 4,0 ≤ 3,0
CPIV (NBR 5238/91) ≤ 4,5 ≤ 6,5 --- ≤ 4,0 ≤ 3,0
CPV-ARI (NBR 5733/91) ≤ 1,0 ≤ 4,5 ≤ 6,5 ≤ 3,5(1)≤ 4,5(2) ≤ 3,0
(1) Quando o C3A do clinquer ≤ 8%, (2) Quando o C3A do clinquer > 8%79 Materiais de Construção Civil I
Armazenamento
� Em locais secos;
� Bem protegidos da umidade;
� Com fácil acesso à inspeção e identificação dos 
lotes; 
� Sempre que possível utilizar os sacos mais 
antigos;
� Colocados sobre estrados secos;
� Com empilhamento máximo de 10 sacos;
� Durante o manuseio, cuidar para que os sacos não sejam 
molhados, nem rasgados, ficando o produto exposto ao ar 
e a umidade.
80 Materiais de Construção Civil I
41
Embalagem
81 Materiais de Construção Civil I

Outros materiais