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TRABALHO DE HISTOLOGIA 104 (SISTEMA URINÁRIO)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ 
CURSO DE BACHARELADO EM MEDICINA 
 
 
 
 
 
 
ANA CAMILA CAVALCANTE SALES 
JÉSSICA LOPES OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
HISTOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAPÁ-AP 
2017 
 
 
ANA CAMILA CAVALCANTE SALES 
JÉSSICA LOPES OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
HISTOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO 
 
 
 
 
 
 
Trabalho referente à disciplina de Histologia 
como requisito para composição da nota do 
Morfofuncional, sob avaliação do Prof. Msc. 
Igor Victor Santos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MACAPÁ-AP 
2017 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................................. 5 
2.1 RIM ............................................................................................................................................... 5 
2.1.1 Túbulo urinífero ................................................................................................................... 6 
2.2 BEXIGA E VIAS URINÁRIAS ................................................................................................ 10 
2.3 URETRA .............................................................................................................................. 11 
3. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 13 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O aparelho urinário é formado pelos dois rins, dois ureteres, a bexiga e a uretra. 
O sistema urinário remove do sangue subprodutos tóxicos do metabolismo e retira 
urina do corpo, promovendo a homeostase. Estas ações são realizadas pelos rins, 
que não somente retiram as toxinas do sangue, mas também conservam sais, glicose, 
proteínas e água, assim como outros materiais essenciais para uma saúde adequada. 
Essas funções se realizam nos túbulos uriníferos por meio de um processo complexo 
que envolve filtração, absorção ativa, absorção passiva e secreção. 
 Além da função reguladora da composição do meio interno, os rins secretam 
hormônios, como a renina, que participa da regulação da pressão sanguínea, e a 
eritropoetina, uma glicoproteína formada por 165 aminoácidos, que estimula a 
produção de eritrócitos (hemácias). Os rins também participam, junto com outros 
órgãos (fígado, pele), da ativação da vitamina 0 3, um pró-hormônio esteroide, no 
hormônio ativo. Os dois rins formam, por minuto, cerca de 125 ml de filtrado, dos quais 
124 ml são absorvidos nos túbulos renais e apenas 1 ml será lançado nos cálices 
como urina. A cada 24 h formam-se cerca de 1.500 ml de urina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 RIM 
 
O rim tem formato de grão de feijão, apresentando uma borda convexa e outra 
côncava, na qual se situa o Hilo, onde entram e saem vasos sanguíneos, entram 
nervos e saem os ureteres. O hilo contém também tecido adiposo e os dois ou três 
cálices, que se reúnem para formar a pélvis renal, parte superior, dilatada, do ureter. 
O rim é constituído pela cápsula, de tecido conjuntivo denso, a zona cortical e a zona 
medular. 
 A zona medular é formada por 10 a 18 pirâmides medulares (de Malpighi), 
cujos vértices provocam saliência nos cálices renais. Essas saliências são as papilas, 
sendo cada uma delas perfurada por 10 a 25 orifícios (área crivosa). A base de cada 
pirâmide está voltada para o córtex formando a borda córtico-medular, enquanto seu 
ápice, denominado papila renal, aponta para o hilo. O ápice está envolvido pelo cálice 
menor; três cálices ou quatro cálices menores vizinhos unem-se formando um cálice 
maior. Os três ou quatro cálices maiores existentes em cada rim são subdivisões 
maiores, que deságuam na pelve renal, uma expansão da porção proximal do ureter. 
Pirâmides vizinhas estão separadas umas das outras por material semelhante ao 
córtex, as colunas corticais (de Bertin). 
A porção do córtex situada na base de cada pirâmide é denominada arco 
cortical. Macroscopicamente, no córtex podem- se observar três tipos de substâncias: 
(1) os corpúsculos renais, grânulos punctiformes vermelhos; (2) os túbulos 
contorcidos, que formam o labirinto cortical; e (3) estrias longitudinais, os raios 
medulares, que são continuações corticais de material das pirâmides renais. 
Uma pirâmide renal, juntamente com o arco cortical e as colunas corticais 
associados a ela, representa um lobo do rim. Portanto, o rim é um órgão multilobar. 
Cada raio medular e parte do labirinto cortical que o envolve é considerado um lóbulo 
renal, que se continua com a medula como uma estrutura em forma de cone. 
 
 
 
Comentado [I1]: 
Comentado [I2R1]: 
6 
 
 
2.1.1 Túbulo urinífero 
 
O túbulo urinífero, a unidade funcional do rim, é uma estrutura altamente 
contorcida, que modifica o fluido que passa por ele, formando a urina como seu 
produto final. Este túbulo é constituído por duas partes, cada uma com uma origem 
embriológica diferente, o néfron e o túbulo coletor. 
Em cada rim há cerca de 600 a 800 mil néfrons. O néfron é formado por uma 
parte dilatada, o corpúsculo renal ou de Malpighi, pelo túbulo contorcido proximal, 
pelas partes delgada e espessa da alça de Henle e pelo túbulo contorcido distal. O 
túbulo coletor conecta o túbulo contorcido distal aos segmentos corticais ou medulares 
dos duetos coletores. Cada túbulo urinífero é envolvido por uma lâmina basal, que se 
continua com o escasso conjuntivo do rim. 
 
 Corpúsculos renais 
 
O corpúsculo renal tem cerca de 200 µm de diâmetro e é formado por um tufo 
de capilares, o glomérulo, que é envolvido pela cápsula de Bowman. A cápsula contém 
dois folhetos, um interno, ou visceral, junto aos capilares glomerulares, e outro 
externo, ou parietal, que forma os limites do corpúsculo renal. Entre os dois folhetos 
da cápsula de Bowman existe o espaço capsular, que recebe o líquido filtrado através 
da parede dos capilares e do folheto visceral da cápsula. 
Cada corpúsculo renal tem um polo vascular pelo qual penetra a arteríola 
aferente e sai a arteríola eferente, e um polo urinário, no qual tem início o túbulo 
contorcido proximal. Ao penetrar o corpúsculo renal, a arteríola aferente divide-se em 
vários capilares, que constituem alças. Além disso, há conexões diretas entre o vaso 
aferente e o eferente, pelas quais o sangue pode circular, mesmo sem passar pelas 
alças do glomérulo. Nos capilares glomerulares circula sangue arterial, cuja pressão 
hidrostática é regulada principalmente pela arteríola eferente, que tem maior 
quantidade de músculo liso do que a aferente. O folheto externo ou parietal da cápsula 
de Bowman é constituído por um epitélio simples pavimentoso, que se apoia na lâmina 
basal e em uma fina camada de fibras reticulares. O conjunto constitui uma membrana 
basal bem visível no microscópio de luz. Enquanto o folheto externo mantém sua 
morfologia epitelial, as células do folheto interno ou visceral modificam-se durante o 
7 
 
desenvolvimento embrionário, adquirindo características próprias. Essas células são 
chamadas de podócitos e formadas pelo corpo celular, de onde partem diversos 
prolongamentos primáriosque dão origem aos prolongamentos secundários. 
Os capilares glomerulares são do tipo fenestrado, sem diafragmas nos poros 
das células endoteliais. Há uma membrana basal entre as células endoteliais e os 
podócitos. Essa espessa membrana basal (fusão das membranas basais do endotélio 
e dos podócitos) é a barreira de filtração glomerular. A membrana basal glomerular é 
constituída por três camadas: a lâmina rara interna, que aparece clara nas 
micrografias eletrônicas, situada próximo às células endoteliais; a lâmina densa, mais 
elétron-densa; e a lâmina rara externa, também clara, localizada mais externamente 
ao lúmen do capilar e, portanto, em contato com os podócitos. 
 
 Túbulo contorcido proximal 
 
No polo urinário do corpúsculo renal, o folheto parietal da cápsula de Bowman 
se continua com o epitélio cuboide ou colunar baixo do túbulo contorcido proximal. 
Esse túbulo é maior do que o túbulo distal e, por isso, suas secções são vistas com 
mais frequência nas proximidades dos corpúsculos . As células do túbulo proximal têm 
o citoplasma basal fortemente acidófilo em razão de numerosas mitocôndrias 
alongadas. O citoplasma apical apresenta microvilos, que formam a orla em escova. 
Como essas células são largas, em cada corte transversal de um túbulo proximal 
aparecem apenas três a quatro núcleos esféricos. Os limites entre as células desses 
túbulos são dificilmente observados ao microscópio óptico, pois elas têm 
prolongamentos laterais que se interdigitam com os das células adjacentes. 
Os túbulos proximais apresentam lumens amplos e são circundados por muitos 
capilares sanguíneos, como se tem mostrado no rim, in vivo, e nos preparados fixados 
cuidadosamente para exame ao microscópio eletrônico. O citoplasma apical das 
células dos túbulos proximais contém canalículos que partem da base dos microvilos 
e aumentam a capacidade de o túbulo proximal absorver macromoléculas. Nos 
canalículos se formam vesículas de pinocitose, que introduzem na célula 
8 
 
macromoléculas que atravessaram a barreira de filtração glomerular, principalmente 
proteínas com massa molecular abaixo de 70 kDa. 
As vesículas se fundem com lisossomos, nos quais as macromoléculas são 
digeridas. Na sua parte basal, essas células apresentam abundantes mitocôndrias e 
prolongamentos laterais que se interdigitam com os das células adjacentes. A 
localização das mitocôndrias e o aumento da superfície da parte basal da membrana 
celular são características das células que transportam íons. A bomba de sódio (Na•/K' 
ATPase) localiza-se nessas membranas celulares basolaterais e é responsável pela 
absorção de certos íons encontrados no filtrado e pelo transporte deles até o 
interstício. O filtrado glomerular passa para o túbulo contorcido proximal, no qual 
começa o processo de absorção e excreção. Esse segmento do néfron absorve a 
totalidade da glicose e dos aminoácidos contidos no filtrado glomerular e 
aproximadamente 70% da água, bicarbonato e do cloreto de sódio. Absorve também 
os íons cálcio e fosfato. A glicose, aminoácidos e íons são absorvidos por transporte 
ativo, com gasto de energia; porém, a água acompanha passivamente essas 
substâncias. Desse modo, a osmolaridade do filtrado é mantida ao longo do tubo. 
Quando a quantidade de glicose no filtrado excede a capacidade de absorção dos 
túbulos proximais, a urina se torna mais abundante e contém glicose. 
 
 Alça de Henle 
 
A alça de Henle é uma estrutura em forma de U que consiste em um segmento 
delgado interposto a dois segmentos espessos. Os segmentos espessos têm 
estrutura muito semelhante à do túbulo contorcido distal. Na parte mais externa da 
medula, o segmento espesso descendente da alça de Henle, com um diâmetro 
externo de 60 µm, estreita-se para um diâmetro de 12 µm e se continua como a parte 
descendente delgada da alça. O lúmen deste segmento do néfron é largo, porque a 
parede da alça é formada por epitélio simples pavimentoso. 
Aproximadamente um sétimo dos corpúsculos localiza-se próximo à junção 
corticomedular, fazendo parte dos néfrons justamedulares. Os outros são chamados 
néfrons corticais. Todos os néfrons participam dos processos de filtração, absorção e 
9 
 
secreção. Em contrapartida, os néfrons justamedulares desempenham o importante 
papel de estabelecer um gradiente de hipertonicidade no interstício da medula renal, 
que é base funcional para os rins produzirem urina hipertônica. 
Os néfrons justamedulares têm alças de Henle muito longas, estendendo-se 
até a profundidade da medula renal. Essas alças têm segmentos espessos curtos, e 
segmento delgado longo, tanto descendente quanto ascendente. Por outro lado, os 
néfrons corticais têm alças de segmento delgado descendente muito curto, sem 
segmento delgado ascendente. A alça de Henle participa da retenção de água; 
apenas os animais com essas alças são capazes de produzir urina hipertônica, e 
assim poupar a água do corpo, conservando-a conforme as necessidades. A alça de 
Henle cria um gradiente de hipertonicidade no interstício medular que influencia a 
concentração da urina, à medida que ela passa pelos duetos coletores. Embora o 
segmento delgado descendente da alça de Henle seja completamente permeável à 
água, o segmento ascendente inteiro é impermeável à água. No segmento espesso 
ascendente, o cloreto de sódio é transportado ativamente para fora da alça, para 
estabelecer o gradiente medular já mencionado e que é necessário para concentrar a 
urina. A osmolaridade do interstício renal nas extremidades das pirâmides (medula 
renal) é aproximadamente quatro vezes maior do que a do sangue. 
 
 Túbulo contorcido distal 
 
Após curto trajeto na cortical, a parte espessa da alça de Henle toma-se 
tortuosa e passa a se chamar túbulo contorcido distal, também revestido por epitélio 
cúbico simples. Nos cortes histológicos, a distinção entre os túbulos contorcidos 
distais e os proximais, ambos encontrados na cortical e formados por epitélio cúbico, 
baseia-se nos seguintes dados: suas células são menores (maior número de núcleos 
em cada corte transversal), não têm orla em escova e são menos acidófilas (contêm 
menor quantidade de mitocôndrias). As células dos túbulos distais têm invaginações 
da membrana basolateral nas quais se encontram mitocôndrias, características 
indicativas do transporte de íons. O túbulo contorcido distal encosta-se no corpúsculo 
renal do mesmo néfron, e, nesse local, sua parede se modifica. Suas células tornam-
se cilíndricas, altas, com núcleos alongados e próximos uns dos outros. A maioria 
10 
 
dessas células tem o complexo de Golgi na região basal. Esse segmento modificado 
da parede do túbulo distal, que aparece escuro nos cortes corados (devido à 
proximidade dos núcleos de suas células), chama-se mácula densa. A mácula densa 
é sensível ao conteúdo iônico e ao volume de água no fluido tubular, produzindo 
moléculas sinalizadoras que promovem a liberação da enzima renina na circulação. 
 
 Túbulos e ductos coletores 
 
A urina passa dos túbulos contorcidos distais para os túbulos coletores, que 
desembocam em tubos mais calibrosos, os duetos coletores, que se dirigem para as 
papilas. Tanto os túbulos como os ductos coletores seguem um trajeto retilíneo. Os 
túbulos coletores mais delgados são revestidos por epitélio cúbico e têm um diâmetro 
de aproximadamente 40 µ.m. A medida que se fundem e se aproximam das papilas, 
suas células tornam-se mais altas, até se transformarem em cilíndricas. Ao mesmo 
tempo, aumenta o diâmetro do tubo. No local próximo à extremidade das papilas 
medulares, os duetos coletores têm diâmetro de até 200 µm. Em toda a sua extensão, 
os tubos coletores são formadospor células com citoplasma que se cora fracamente 
pela eosina e cujos limites intercelulares são nítidos. Essas células são claras ao 
microscópio eletrônico e muito pobres em organelas. 
Os ductos coletores da medula participam dos mecanismos de concentração 
da urina (retenção de água). 
 
2.2 BEXIGA E VIAS URINÁRIAS 
 
A bexiga e as vias urinárias armazenam a urina formada pelos rins por algum 
tempo e a conduzem para o exterior. Os cálices, a pélvis, o ureter e a bexiga têm a 
mesma estrutura básica, embora a parede se torne gradualmente mais espessa no 
sentido da bexiga. A mucosa é formada por um epitélio de transição e por uma lâmina 
própria de tecido conjuntivo que varia do frouxo ao denso. As células mais superficiais 
do epitélio de transição são responsáveis pela barreira osmótica entre a urina e os 
fluidos teciduais. Nestas células, a membrana plasmática em contato com a urina é 
11 
 
especializada, apresentando placas espessas separadas por faixas de membrana 
mais delgada. Quando a bexiga se esvazia, a membrana se dobra nas regiões 
delgadas, e as placas espessas se invaginam e se enrolam, formando vesículas 
fusiformes, que permanecem próximo à superfície celular. Ao se encher novamente, 
sua parede se distende e ocorre um processo inverso, com transformação das 
vesículas citoplasmáticas fusiformes em placas que se inserem na membrana, 
aumentando a superfície das células. Esta membrana plasmática especial é 
sintetizada no complexo de Golgi e tem uma composição química peculiar: os 
cerebrosídeos constituem o principal componente da fração dos lipídios polares. 
A túnica muscular é formada por uma camada longitudinal interna e uma 
circular externa. A partir da porção inferior do ureter aparece urna camada longitudinal 
externa. Essas camadas musculares são mal definidas. Na parte proximal da uretra, 
a musculatura da bexiga forma o seu esfíncter interno. O ureter atravessa a parede 
da bexiga obliquamente, de modo que se forma uma válvula que impede o refluxo de 
urina. A parte do ureter colocada na parede da bexiga mostra apenas músculo 
longitudinal, cuja contração abre a válvula e facilita a passagem de urina do ureter 
para a bexiga. As vias urinárias são envolvidas externamente por uma membrana 
adventícia, exceto a parte superior da bexiga, que é coberta por membrana serosa 
(peritônio). 
 
2.3 URETRA 
 
É um tubo que transporta a urina da bexiga para o exterior no ato da micção. 
No sexo masculino, a uretra dá passagem ao esperma durante a ejaculação. No sexo 
feminino, é um órgão exclusivamente do aparelho urinário. 
A uretra masculina é formada pelas porções: (1) prostática, (2) membranosa e 
(3) cavernosa ou peniana. A prostática situa-se muito próximo à bexiga e no interior 
da próstata. Os ductos que transportam a secreção da próstata abrem-se na uretra 
prostática. Na parte dorsal da uretra prostática há uma elevação que provoca saliência 
para o interior da uretra, o verumontanum. No ápice do verumontanum abre-se um 
tubo cego, sem função conhecida: o utrículo prostático. Nos lados do verumontanum 
abrem-se os dois ductos ejaculadores, pelos quais passa o esperma. A uretra 
12 
 
prostática é revestida por epitélio de transição. A uretra membranosa tem apenas 1 
cm de extensão e é revestida por epitélio pseudoestratificado colunar. Nessa parte da 
uretra existe um esfíncter de músculo estriado: o esfíncter externo da uretra. A uretra 
cavernosa localiza-se no corpo cavernoso do pênis. Próximo à sua extremidade 
externa, o lúmen da uretra cavernosa dilata-se, formando a fossa navicular. O epitélio 
da uretra cavernosa é pseudoestratificado colunar, com áreas de epitélio estratificado 
pavimentoso. As glândulas de Littré são do tipo mucoso e se encontram em toda a 
extensão da uretra, porém predominam na uretra peniana. Algumas dessas glândulas 
têm suas porções secretoras diretamente ligadas ao epitélio de revestimento da 
uretra, enquanto outras contêm duetos excretores. A uretra feminina é um tubo de 4 
a 5 cm de comprimento, revestido por epitélio plano estratificado, com áreas de epitélio 
pseudoestratificado colunar. Próximo à sua abertura no exterior, a uretra feminina 
contém um esfíncter de músculo estriado, o esfíncter externo da uretra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
3. CONCLUSÃO 
 
Conforme fora exposto, o sistema urinário é composto por dois rins, dois 
ureteres, a bexiga e a uretra, cujo órgãos são primordiais na produção da urina e sua 
eliminação através dos processos de filtração, absorção ativa, absorção passiva e 
secreção. 
Além disso de contribuir para a manutenção da homeostase, em que diversos 
resíduos do metabolismo e água, eletrólitos e não eletrólitos são eliminados, o 
aparelho urinário também é de suma importância na produção de hormônios que 
regulam a pressão sanguínea e participam de outras funções importantes para o 
organismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
JUNQUEIRA, Luiz; CARNEIRO, José. Histologia Básica Texto & Atlas. 12. 
ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan N LTDA, 2013. 
GARTNER, Leslie; HIATT, James. Tratado de Histologia em Cores. 2. ed. Rio 
de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2003.

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