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1-Estudos mostram que a carga tributária do Brasil é cerca de 36% do PIB ou seja o governo arrecada e gasta muito dinheiro mas ao mesmo tempo o impacto de suas transferências e tributos para equalizar as diferenças de renda é "modesto" pra não dizer incompetente se levarmos em consideração o quanto se gasta para isto.Para comprovarmos isto analisamos o Gini das rendas pré-imposto(diretos) e transferências com a renda pós-imposto e transferências a variação média da redução (de cerca de 7,4%p.p)é inferior à de países da OCDE (que reduzem cerca de 14,3 p.p.) cuja u proporção de carga tributária é bem inferior à do Brasil,ou seja nestes países os gastos são menores e o efeito na redução da desigualdade é maior. O impacto não é significativo justamente por que a estrutura tributaria do Brasil se baseia fortemente em impostos indiretos (regressivo), ou seja, a parcela mais pobre da população paga um imposto igual a parcela mais rica paga. Muitas das vezes as transferências do governo são menores do que a proporção paga de impostos indiretos ou são anuladas.
2-Visto que o efeito da tributação e das transferências são praticamente neutras no sentido de equalização e que os impostos financiam varias despesas sociais que atingem desproporcionalmente grupos de renda mais baixa principalmente no âmbito da educação podemos dizer que os pobres financiam esses gastos mas não o recebem de volta na forma que teria um impacto maior na distribuição da renda:investimento em capital humano. Podemos observar que 3,4 p.p. da redução da desigualdade se deve a melhorias na distribuição de renda privada que por sua vez se deve justamente ao investimento em capital humano (o acesso à educação de todas as esferas da sociedade) Assim podemos concluir que o baixo efeito equalizador se deve ao fato do investimento insuficiente naquilo que mais reduz a desigualdade sendo a causa desta e ao mesmo tempo consequência perpetuando essa condição de desigualdade.
3- A máquina governamental tem uma grande eficiência em arrecadar dinheiro mas para gastar o mesmo não ocorre. O economista tem um papel fundamental de fornecer estudos que mostrem o que de fato ocorre no Brasil, que tem alta carga tributária mas serviços ineficientes prestados à população.Fica claro que o grande problema brasileiro se deve à chamada ilusão fiscal onde a falta de transparência é um dos principais fatores geradores da mesma. Os economistas então estão aptos a mostrar essa realidade, à sociedade e ao próprio governo, ajudando a cobrar uma maior transparência (por exemplo, na forma de simplificação de tributos) no gasto público. Até mesmo “revelando” com inúmeras análises quão dispendioso e ineficiente se tornou Estado brasileiro possibilitando que se veja quão importante é a criação de instrumentos eficazes de acompanhamento dos gastos públicos gerando uma maior demanda social pela eficiência desse Estado. É fundamental também dar subsídios à sociedade para decidir de fato que contrato social deseja manter, se prefere manter um médio ou grande Estado confiando ao governo o papel distributivo ou se prefere um pequeno estado ,tendo em mente que assim a oferta de serviços públicos tende a baixar,pelo menos num curto prazo, junto com a tributação (já que o Estado dificilmente ofertará serviços públicos em quantidade habitual com menor receita devido principalmente à sua baixa eficiência ) .

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