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DIREITO CIVIL 05/08/2016 TEORIA DOS FATOS JURIDICOS: CONTINUAÇÃO Fase mais prática dos fatos jurídicos (fatos do direito, que ele cuida, regulamenta, diz como deve ser – uma situação, um acontecimento relevante para o direito) Conceito Espécies Planos Existência Validade Eficácia Consequências dos fatos (todo fato importante para o direito vai acarretar em:) Aquisição Como que o indivíduo adquire direitos – maneiras que um indivíduo tem de adquirir um direito Direitos passam a pertencer a um sujeito Direitos adquiridos com a personalidade: personalíssimos (ex.: só o titular pode praticar atos de proteção e qualquer tutela sobre eles, são inalienáveis, intransmissíveis, irrenunciáveis, inerentes a pessoa humana – adquire quando se adquire personalidade – nascimento com vida, teoria Natalista) – aquisição originária – EXTRAPATRIMONIAIS = vida, liberdade, igualdade, DIREITOS FUNDAMENTAIS – direitos humanos não positivados – direitos INERENTES A PESSOA HUMANA Direitos patrimoniais – são direitos materiais que podem ser medidos, aferidos, de maneira pecuniária, podem ser transferidos... – a aquisição pode ser originária ou derivada Aquisição originária: apropriação direta do bem. Não há entreposição de outro sujeito. Ex.: constituição de empresa (quando uma empresa vai ser constituída, há uma reunião e se faz um contrato de constituição da empresa – toda empresa nasce de um documento – a PJ é formada por outras pessoas jurídicas ou por pessoas físicas), 1º registro de imóvel (é o registro em que o proprietário se identificará como dono do imóvel) - Também chamada como primeira aquisição, ninguém mais adquiriu aquele bem originalmente, é muito difícil adquirir algo originariamente – a o bem precisa nunca ter pertencido a ninguém antes Aquisição derivada: fruto de transferência. Ex.: compra de bem Gratuita – grande exemplo = doação = vai transferir o bem para alguém sem receber nada em troca Onerosa – há uma reciprocidade (valor) A título universal: totalidade dos poderes (ex.: herança, compra e venda) A título singular (ex.: legatário) Simples: um só ato Complexo: vários atos (ex.: usucapião) Atuais – aquela que não vai depender de nenhum acontecimento futuro nem condicionada ao tempo futuro – quando a aquisição ocorrer no momento presente de forma atual Futuros – delegada a algum ato futuro para que se realize Deferidos: dependem somente do titular Não deferidos: condição futura (ex.: doação condicionada a casamento) que não necessariamente dependa daquele que vai adquirir o direito Modificação Ex.: celebrei um acordo de pegar um empréstimo/ financiamento do banco de R$10.000,00 e negociei parcelas de pagamento – fechei um contrato negociando pagamento em 10X. Na 6ª parcela, já tenho o dinheiro para pagar as próximas parcelas antes do vencimento – Posso pagar? Sim. Porque – se for de vontade de ambos, pode ALTERAR = modificar Objetiva: objeto da RJ – diz respeito ao conteúdo da relação jurídica (qualitativo x quantitativo) ex.: celebrar o contrato de locação de um veículo – faz o pedido do veículo X – mas resolve trocar o objeto para um que melhor atende Subjetiva: modificação do sujeito (tanto passivo, quanto ativo) – substituição da titularidade do direito, de uma das pessoas envolvidas na obrigação Defesa Atos que permitem a defesa das relações jurídicas – esse conceito de defesa não se inclui na maioria dos conceitos de fatos jurídicos pois é proveniente de novas doutrinas – é preciso incluir como algo relevante – especialmente em relação ao fato que se aplicam tanto aos direitos patrimoniais como extrapatrimoniais – é permitido pelo Direito que o indivíduo pratique atos para defender seus direitos. Atos de conservação Afasta ameaças – atos de conservação, afastando ameaça – todo indivíduo tem direito de agir para defender seus direitos – mas a legislação é muito clara quanto aos limites que existem. Direito de ação: 5º, XXXV, CF – Desforço incontinente: defesa direta e pessoal; 1210, 81º, CC – legitimação (autorização legal) do uso do ato de defesa desde que INDISPENSÁVEL a manutenção da posse, pelo próprio TITULAR DO DIREITO. Direitos atuais ou futuros deferidos – podem os indivíduos praticar os atos em relação a esses direitos – titular de direito eventual Não deferidos: atos conservatórios 180, CC – não pode praticar atos de defesa ou conservação porque ainda não possui esse direito, apenas se implementará no futuro – Direito que um indivíduo vai ter por doação CONDICIONADA a matrimônio futuro, pode praticar atos de defesa = não = pois ainda não está sujeito a sua vontade, ainda não é seu direito, está condicionado a uma condição que não depende dele – ainda não é nem considerado titular de direito eventual Patrimoniais ou extrapatrimoniais Atos de conservação (ideia de que ele pode cuidar) são diferentes dos atos de defesa (ideia que o indivíduo pode reprimir – comportam aplicação a bens patrimoniais e extrapatrimoniais) – sua ausência gera a perda pelo abandono Ex.: construir um muro em volta do terreno = conservação, se já há alguém lá dentro = a pratica do ato já é defensiva, repreensiva = a defesa já pressupõe um ataque uma ameaça Extinção Extinção de direitos inerentes ao conjunto civil de um indivíduo – normalmente um titular de um direito civil vai perder seu direito por um desses motivos: Perecimento do objeto – ocorre quando o objeto sobre o qual recaia o direito deixa de existir, se perde. Alienação – ocorre quando há a transferência do objeto para outro titular – pode ser gratuita (DOAÇÃO) ou onerosa (COMPRA E VENDA) obs.: alienação - financiamento de carro/ outro bem = alienação fiduciária – negocia o bem como garantia (não se inclui aqui) Renúncia – significa deixar de ter interesse sobre aquele objeto, aquele bem – quando o indivíduo renuncia (EXPRESSAMENTE) ele abre mão VOLUNTARIAMENTE – “não quero exercer esse direito” – dentro do direito civil o caso mais comum de renúncia é quando um herdeiro renuncia a sua condição, ele abre mão do seu direito em relação aos outros, e aquilo que lhe caberia volta para o bem e é dividido entre os outros herdeiros – mas se quer transferir a herança para alguém = transferência = normalmente gratuita. Abandono – é diferente de abrir mão, no abandono o indivíduo deixa de praticar os atos de conservação de seu direito/ deixa de exercer o direito – ao fazer isso ele pode acabar perdendo o direito. Falecimento do titular: Direito da personalidade - Decadência e Prescrição – Gera a perda do direito pelo decurso do tempo – o tempo passou, o titular nada fez, portanto a lei impôs a consequência da perda desse direito – ex.: seria o prazo de alguém que teria o prazo de 5 anos para cobrar uma dívida de alguém, mas não o fez. Abolição de instituto jurídico – são abolidos, extintos porque o próprio instituto jurídico teve fim – ex.: suponhamos que todos andemos de carros, motos, e a partir de amanhã será colocada uma norma que acaba com a propriedade sobre veículos automotores, se perderá o direito – outro grande exemplo é a abolição da escravatura 08/08/2016 Continuação: consequências dos fatos jurídicos (complemento dos tópicos) 12/08/2016 Exercício 15/08/2016 Negócios Jurídicos Fato jurídico mais complexo – complexo no sentido de ter maiores consequências – já que os outros por serem mais limitados (os efeitos estão previstos na lei, etc.) – mas sim porque haverá uma participação fundamental da VONTADE HUMANA Vontade e efeitos – dentro de todos fatos jurídicos é o que possui maior grau de liberdade – é fruto da vontade humana que seja praticado um negócio jurídico ou não – mais que isso também pode escolher os seus efeitos – a liberdade não é 100%, as escolhas devem ser feitas de acordo com o ordenamento, mas de qualquer modo possui mais liberdade Autonomia privada: Uma das coisas mais simples de se entender no direito civil – AUTONOMIA = fazer algo por si só, independente – fazer tudo o que a lei não proíbe – mas houve um momento histórico que os indivíduos não tinham liberdade para determinar as consequências/ os seus atos – principal fundamento de negócio jurídico Surgimento liberalismo - a autonomia surgiu como autonomia da vontade – fazer as coisas com base na minha livre determinação – surgiu com os movimentos liberais, que queriam que o Estado parasse de interferir Pacta Sund Servanda – o contrato submete os contratantes – o contrato deve ser servido pelos contratantes, deve ser cumprido – o contrato faz lei entre as partes – se há liberdade/ autonomia, os pactos eram obrigatórios, os indivíduos deveriam cumprir de qualquer forma (independente de recursos, da vida, da condição) – Se aplica atualmente de uma outra forma, que é uma forma de acordo com os novos princípios do Direito Civil CC/02 – Autonomia da vontade à autonomia privada – existe uma diferença muito importante – a autonomia privada é um novo olhar para o princípio da autonomia – que diz respeito a se preocupar com a liberdade/autonomia a partir de todo arcabouço de normas do direito privado – não é mais a SUA vontade, mas a vontade do DIREITO CIVIL – não é a mesma coisa, entenda: o nosso Direito Civil está fundamentado sobre pilares muito peculiares Boa fé – Função Social – Ética = pilares do Direito Civil, que hoje não se preocupa somente com a vontade, mas sim com a vontade, com o querer, com o direito desses indivíduos, mas A LUZ desses pilares – tendo que estar de acordo com a boa fé, a função social, a ética... é a sua vontade, de acordo com a vontade da coletividade Constitucionalização do Direito Civil – desse modo o Direito Civil deve estar de acordo com todos esses valores – portanto o DC deve respeitar a Constituição Classificação dos Negócios Jurídicos Organizar/ sistematizar Vários critérios Quanto ao número de declarantes Unilateral – para existir depende da manifestação da vontade de uma pessoa Bilateral – simples (vontade não necessariamente tem a mesma força/ o mesmo efeito)/ sinalagnáticos (equilíbrio –vontade das partes equilibrada – mesma força de vontade das duas partes) – duas pessoas - Plurilateral Obs.: Pessoa X Partes (polos) Negócio Jurídico Bilateral (houve VONTADE de duas partes) X Contrato Bilateral (todo contrato é bilateral porque depende de duas vontades – CLASSIFICAR o contrato como Biliateral = dizer que o contrato é sinalagmático, as duas partes têm OBRIGAÇÕES) Todo contrato bilateral é um negócio jurídico bilateral, mas nem todo negócio jurídico bilateral é um contrato bilateral Ex. doação – negócio jurídico bilateral simples – contrato unilateral Quanto à previsão legal Típicos/ nominados – aquele que tem previsão expressa na lei Atípicos/ inominados – não há previsão legal – como apurar? Pelas previsões gerais Quanto à forma Formais – forma específica Solenes – rito - ritual Informais – REGRA – a maioria Obs.: Doutrina Informal X Solene Quanto ao modo de existência Principal Acessório Quanto às vantagens patrimoniais Gratuitos Onerosos – comutativos/ aleatórios Neutros Bifrontes 19/08/2016 Quanto aos titulares – negócios jurídicos podem se celebrados a partir de um ato de vontade de indivíduos Intervivos – atos de vontade entre pessoas vivas Causa mortis – só irradiarão efeitos após a morte (testamento, legado, seguro de vida) Quanto à duração Instantâneo – ato que começa e acaba praticamente no mesmo momento A termo – os efeitos irão acabar em momento futuro Trato sucessivo – são aqueles que os efeitos vão se renovar dentro de um determinado período – exemplo: locação – o locator entrega um bem ao locatário que tem que pagar durante um período, durante todo período as obrigações se renovam Quanto à causa Causal – quando eles estiverem vinculados a uma causa predeterminada Abstrato – quando não estiverem vinculados a uma causa predeterminada Quanto à eficácia Consensual – quando para se tornarem eficazes basta a manifestação de vontade das partes Solene – precisam obedecer a uma forma, para serem eficazes Real – tradição; entrega (móveis) / registro (imóveis) Quanto ao intuito das partes Pessoas ou intuito personal – contém critérios pessoais – em razão da pessoa – soluções muito restritas Impessoais – não têm critérios pessoais Quanto as vantagens patrimoniais Gratuitos – benefício patrimonial de uma das partes Onerosos – ambas as partes auferir vantagens patrimoniais Comutativos – conhecem vantagem Aleatórios – risco Neutros – dispor do valor econômico Bifrontes – gratuitos ou onerosos, dependendo da vontade das partes Quanto ao nº partes / Quanto a previsão legal / Quanto à forma / Quando ao modo de existência / Quanto às vantagens patrimoniais 26/08/2016 Continuação negócios jurídicos NEGÓCIOS MODAIS A condição, o termo e encargo, estão presentes em todos os negócios jurídicos obrigatoriamente? Não – porque dependem da vontade. Se as partes assim quiserem/pactuarem esses elementos integrarão o negócio jurídico e uma vez inseridos, são elementos de validade. CONDIÇÃO É um negócio modal, um elemento “acidental” (porque depende da vontade), que vai vincular a validade do negócio jurídico a acontecimento futuro e incerto. (Você não sabe SE VAI ACONTECER e nem QUANDO ela vai acontecer – traz uma incerteza absoluta = é o mais complexo dos negócios modais = uma indeterminação completa) Classificação das condições Quanto ao modo de atuação Supressiva: impede que o negócio jurídico produza efeitos até a realização de evento futuro e certo 125, CC Resolutiva: extingue o negócio jurídico no momento da ocorrência do evento futuro e incerto 128, CC Quanto a origem: Voluntária Legal – divergência doutrinária Retroatividade da condição Ex Nunc ou Ex Tunc 128CC Execução continuada Pendências, implemento e frustração da condição Pendente: Implemento: Frustração: não realizada
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