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DIREITO CIVIL II PROVA 1º BIMESTRE Situações jurídicas – situações da vida humana relevantes ao legislador – situações sociais nas quais as normas jurídicas devem incidir Relação jurídica entre duas ou mais pessoas e uma série de vínculos legais entre elas – permite uma interferir no comportamento da outra. Relações jurídicas obrigacionais (creditícia) – permite ao sujeito ativo exigir do passivo um determinado comportamento (e prevê sanções, meios coercitivos para obriga-lo) Relações jurídicas potestativas – DIREITOS POTESTATIVOS – alteração unilateral – geralmente criando uma obrigação para uma outra parte – exemplo: direito de assegurar ao adquirente da mercadoria direito de devolver em um determinado tempo Relações jurídicas matrizes – não geram nenhum direito, dever ou poder, o surgimento depende de condições – são potenciais, meras expectativas Relações jurídicas híbridas – direitos que surgem perfeitos + expectativas ou que permanecem como possibilidades ao longo da relação (exemplo: num casamento, prestação de alimentos...) Direito difuso – exemplo: ao meio ambiente – Direito coletivo – exemplo: de greve = só fazem sentido quando praticado em grupo Situações Jurídicas não relacionais – normas que não regem diretamente o comportamento das pessoas Direitos de Estado – sentido amplo de Estado Civil Direitos reais – implicam num vínculo jurídico direto – oponíveis ou erga omnes (todos devem ter e respeitar) Liberdades individuais – justamente aquilo que não lhe pode ser exigido por nenhuma sanção – liberdade de expressão, por exemplo. Toda relação jurídica – fato relevante para o direito – gera consequências AQUISIÇÃO: maneiras que um indivíduo adquire direitos ADQUIRIDOS COM A PERSONALIDADE: nascimento com vida – inalienáveis, intransmissíveis, irrenunciáveis, inerentes à pessoa humana – EXTRAPATRIMONIAIS – DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS PATRIMONIAIS: adquiridos por: AQUISIÇÃO ORIGINÁRIA: 1ª aquisição – apropriação direta do bem AQUISIÇÃO DERIVADA: transferência de bem AQUISIÇÃO GRATUITA: transferência voluntária e sem beneficio em troca AQUISIÇÃO ONEROSA: há uma troca de valores AQUISIÇÃO A TITULO UNIVERSAL: poderes (ex.: herança) AQUISIÇÃO A TITULO SINGULAR: legatário SIMPLES: só um ato COMPLEXO: vários atos (ex.: usucapião) ATUAIS: não depende de nenhum acontecimento futuro FUTURAS: delegada a algum ato futuro – (deferidos: dependem do titular X não deferidos: dependem de algum acontecimento) MODIFICAÇÃO: Objetiva: modifica o objeto da relação jurídica (qualitativo x quantitativo) ex.: celebrar o contrato de locação de um veículo – faz o pedido do veículo X – mas resolve trocar o objeto para um que melhor atende Subjetiva: modificação do sujeito (tanto passivo, quanto ativo) – substituição da titularidade do direito, de uma das pessoas envolvidas na obrigação DEFESA: atos que permitem a defesa das relações jurídicas – se aplicam em direitos patrimoniais e extrapatrimoniais É permitido pelo direito que o sujeito pratique atos para defender seu direito ATOS DE CONSERVAÇÃO – afasta ameaças – são diferentes de atos de defesa = ideia de cuidar X ideia de reprimir DIREITO DE AÇÃO DEFESA – desde que necessária e indispensável para manutenção da posse, pelo titular de direito DIREITOS DEFERIDOS, atuais ou futuros – pode praticar atos para proteger (não deferidos – ainda não possui o direito, logo não pode praticar atos de defesa) EXTINÇÃO: motivos pelo qual o titular normalmente perde o direito: PERECIMENTO DO OBJETO – o objeto deixa de existir e junto com ele o direito ALIENAÇÃO transferência para outro titular (gratuita ou onerosa – ou fiduciária, usar o bem como garantia de algo) RENÚNCIA deixar de ter interesse no objeto EXPRESSAMENTE E VOLUNTARIAMENTE ABANDONO deixa de praticar os atos de conservação e por isso pode perder o direito FALECIMENTO DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO perda pelo transcurso de tempo ABOLIÇÃO DE INSTITUTO JURÍDICO o próprio instituto teve fim FATOS JURÍDICOS Constitui, modifica ou extingue uma relação jurídica – substitui a anterior – e qualifica uma pessoa, coisa ou fato = produzem efeitos numa situação jurídica FATOS JURÍDICOS EM SENTIDO ESTRITO: acontecimentos da natureza que refletem nas relações humanas ATOS HUMANOS: juridicamente irrelevantes, atos fatos jurídicos e atos jurídicos lato sensu Juridicamente irrelevantes – a lei não atribui nenhum efeito nas relações ATOS-FATOS JURIDICOS: atos que constituem fatos capazes de influenciar nas relações jurídicas – ainda que não precise se verificar à vontade para discutir a validade, pois essa decorre das alterações provocadas no mundo naturalístico. VOLTADOS PARA PRODUÇÃO DE RESULTADO NATURALÍSTICO Meramente declaratórios – interpelação, notificação e protesto ATOS JURIDICOS LATO SENSU (em sentido amplo): são meras declarações de vontade, praticadas com o intento de adquirir, conservar, modificar ou extinguir situações jurídicas. Subdivide-se em: ATOS JURIDICOS EM SENTIDO ESTRITO: a vontade do agente se restringe a querer ou não praticar o ato, aceitando suas consequências/efeitos – vontade importa para saber se ele está perfeito, acabado – se é VÁLIDO Exemplo: se deseja se casar, declarar que deseja e realizar o ato com as formalidades os efeitos do casamento passam a se produzir = ou se casou validamente ou não, não existe meio termo ATOS-FATOS JURIDICOS E ATOS JURIDICOS EM SENTIDO ESTRITO Distinguem pela liberdade de fixar seus efeitos – no caso dos atos-fatos jurídicos, deseja-se um resultado naturalístico, OS EFEITOS DECORREM DA LEI – os atos jurídicos stricto sensu são MANIFESTAÇÕES DE VONTADE NEGÓCIOS JURIDICOS A vontade determina a validade, o aperfeiçoamento e os efeitos – DETERMINADOS pelas partes – INTENÇÃO das partes Pacta Sunt Servanda – o contrato submete os contratantes – o contrato deve ser servido pelos contratantes, deve ser cumprido – o contrato faz lei entre as partes CLASSIFICAÇÃO QUANTO A QUANTIDADE DE AGENTES QUE MANIFESTAM VONTADE: UNILATERAIS – manifestação de vontade de uma parte Testamento BILATERAIS – vontades equilibradas Contrato OBS.: NEGÓCIO JURIDICO BILATERAL (Necessária a conjunção de VONTADE de mais de uma pessoa) X SITUAÇÃO JURIDICA BILATERAL (OBRIGAÇÕES recíprocas entre as partes) – Ex. doação – negócio jurídico bilateral simples – situação jurídica unilateral QUANTO A PREVISÃO LEGAL TIPICOS (nominados) previstos e regulados por lei ATIPICOS (inominados) embora comuns e praticados de certa maneira não tem normas particulares QUANTO A FORMA FORMAIS condição para validade e existência = a forma escrita SOLENES solenidades ou ritos são obrigatórios INFORMAIS não há forma nem solenidade preestabelecida QUANTO AO APERFEIÇOAMENTO CONSENSUAIS basta a declaração de vontade, da maneira da lei REAIS apenas considerado perfeito e acabado com a “entrega” da coisa – comodato ou doação QUANTO A NATUREZA DE SEUS EFEITOS CONSTITUTIVOS pressupõe os efeitos para criar, modificar... ou impedir que isso seja feito – força constitutiva DECLARATÓRIOS não podem ser considerados negócios jurídicos NÃO TEM DECLARAÇÃO DE VONTADE – devem ser voluntariamente praticados A confissão não – é tratada como ato jurídico stricto sensu Declaração de paternidade – obs.: não se sabe a verdade, só com teste, mas o declarante assume os efeitos que decorrem dela QUANTO AO MODO DE EXISTÊNCIA PRINCIPAIS existem em si e por si ACESSÓRIOS só fazem sentido quando associados a um negócio principal (todos os contratos derivados de outros, como sublocação) QUANTO A CAUSA CAUSAIS permanecem vinculados a sua origem, afetados pela causa ABSTRATOS independem de sua causa original – ex.: títulos de créditos – uma vez que circulem a nova titularidade cria uma nova obrigação, faz surgir um negócio jurídico independente QUANTO AO INTUITO DAS PARTES ENTRE SI PESSOAIS a identidade das partes é determinante para a formação da vontade (ex.: contratar O advogado) IMPESSOAIS a identidade é irrelevante, ex.: compra e venda QUANTO ÀS CONTRAPRESTAÇÕES/INTUITO ESPECULATIVO GRATUITOS – aqueles praticados com liberdade em que UMA DAS PARTES assume contraprestação econômica ONEROSOS – obrigações RECÍPROCAS ou divergentes (ex.: compra e venda) Bifrontes: podem ser tanto onerosos quanto gratuitos (conforme as cláusulas – mandato) Neutros: não envolve ônus para as partes – troca de valor sentimental QUANTO AO EQUILIBRIO DAS CONTRAPRESTAÇÕES COMUTATIVOS as contraprestações e prestações são logos reconhecidas e ônus comparáveis – há uma liberdade – CONHECEM A VANTAGEM ALEATÓRIOS ao menos uma das partes assume um “risco” de lucro/prejuízo QUANTO AO INTUITO ESPECULATIVO (INTERESSE DAS PARTES) BENÉFICOS praticados por uma parte no interesse da outra INTERESSADOS ambas as partes têm interesse QUANTO AO CONTEÚDO ECONÔMICO PATRIMONIAIS atinge o patrimônio do interessado, direitos, obrigações no âmbito pecuniário EXTRAPATRIMONIAIS caracteriza-se pelos efeitos produzidos sobre a pessoa, seu estado ou condição QUANTO AO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES INSTANTÂNEOS obrigações devem ser cumpridas imediatamente A TERMO uma ou mais obrigações protraídas no tempo A TRATO SUCESSIVO execução continuada – relação jurídica duradoura, prestações periódicas/permanentes QUANTO AO TEMPO DOS EFEITOS INTER VIVOS enquanto as partes ainda estão vivas CAUSA MORTIS disposições de ultima vontade, praticados após a morte de alguma parte QUANDO À FINALIDADE DE DISPOSIÇÃO implicam em redução no conjunto de bens/interesses de alguém – alienação, perda, transferência DE ADMINISTRAÇÃO conservação/aproveitamento – não disposição material QUANTO A POSSIBILIDADE DE SUBDIVISÃO SIMPLES não admitem divisão, atos isolados não valem COMPLEXOS se repartem em atos que tem existência autônoma, podendo ser inválidos sem afetar a validade do ato complexo – eficácia independente (exemplo: atos antes do casamento – editais...) QUANTO A AUTONOMIA INDIVIDUAL DA VONTADE INDIVIDUAIS manifestação de vontade de cada parte é autônoma – sem ela não tem efeitos COLETIVOS vontade manifestada em grupo – geralmente por votação NEGÓCIOS MODAIS: FRUTOS DA VONTADE – UMA VEZ PARTE DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS SÃO ESSENCIAIS PARA DETERMINAR SUA VALIDADE (Não estão obrigatoriamente presentes) CONDIÇÕES: fatos futuros e incertos quanto a sua própria ocorrência Tácita – no caso de rescisão de contrato por descumprimento Expressa – estabelecida expressamente Casual: depende do acaso ou de atos de terceiros – alheio à vontade das partes Potestativa: vontade unilateral – só não pode afetar o arbítrio de uma parte ou o efeito prático do contrato Mista: vontade + fatos casuais Supressiva: impede que o negócio jurídico produza efeitos até a realização de evento futuro e certo 125, CC Resolutiva: extingue o negócio jurídico no momento da ocorrência do evento futuro e incerto 128, CC Execução continuada Pendências, implemento e frustração da condição Pendente: condição ainda não ocorreu Implemento: a condição ocorreu os efeitos serão implementados Frustração: não realizada – a condição não ocorreu nem ocorrerá Condição ilícita – captatória – torna uma das partes “escrava” de seus termos Condições devem respeitar os limites/ padrões do homem médio e seguir a moral/costumes ou ordenamento jurídico TERMO: fatos futuros e certos Inicial: dá inicio Final: termina (Podem existir sozinhos) Extremamente importantes para os prazos processuais – contagem TERMO X PRAZO – termo = momento, dia; prazo = tempo entre o termo inicial e o final TERMO INCERTO X CONDIÇÃO Termo incerto – a intenção é determinar um começo, variável Condição – se o evento inicial é essencial para a vontade das partes de praticar o negócio – efeitos podem mudar se a data mudar ENCARGOS é uma CARGA EXTRA – uma obrigação para uma das partes que normalmente não a teria – O ENCARGO NÃO SUSPENDE NEM EXCLUI UM DIREITO = é uma “mini” obrigação nos negócios jurídicos gratuitos Não pode ser maior que o valor do bem doado PRINCIPIOS BOA FÉ OBJETIVA Leva em conta o conceito de homem médio – aquele que a doutrina criou para estabelecer padrões que medianamente se espera nas condutas sociais Boa fé: é uma credibilidade que se dá a conduta, de que está sendo honesta, justa, verdadeira Não é subjetiva porque teria um parâmetro individual – conflito Funções: Interpretativa – interpreta o negócio jurídico, buscando seu sentido. Limitadora – restringe de certa forma, para buscar o equilíbrio Integrativa – Compõe ou complementa o negócio jurídico Também deve proteger terceiros, de explorações, abusos Má fé – pode fazer desaparecer uma obrigação ou surgir (pagar por um crime) Venire contra factum proprium – ninguém é proibido de mudar de ideia ou desistir de contratar – mas um direito só surge de um comportamento contraditório quando gera prejuízo para outra parte ou provém de má fé. (Não se pode agir incoerentemente para adquirir vantagens) Tu quoque – se uma parte não cumpriu o próprio ônus não pode exigir inadimplemento Supressão – suprime o direito que o titular abusivamente deixou de exercer Surrectio – surgimento do direito É exigida antes da celebração e depois de praticar o negócio jurídico. FUNÇÃO SOCIAL Necessidade de defender o interesse da sociedade, e não somente das partes – Estado do Bem-Estar Social Envolve o interesse das partes, TERCEIROS (indivíduos) E COLETIVIDADE (grupo) AUTONOMIA PRIVADA Autonomia da vontade: as partes podiam determinar suas condutas – de acordo com suas VONTADES Autonomia privada: LIBERDADE ATENTA AOS INTERESSES SOCIAIS E COLETIVOS – exercer liberdade dentro dos limites TEORIA DA VONTADE INTERNA É esperado que em um negócio jurídico seja declarada a vontade interna, válida = livre, espontânea e real Em caso de conflito ela prevalece Pouco adepta – fácil de mentir, pouca comprovação TEORIA DA VONTADE DECLARADA A vontade manifestada, objetivamente apurada – se pode verificar TEORIA DA CONFIANÇA Apura a confiança depositada pelo receptor na declaração do depositor – o receptor da vontade deve confiar na declaração, se ele confia então o emissor se OBRIGA Leva em conta a boa-fé do receptor, qual individuo se envolve com alguém que não confia? Aquele que também tem má fé INTERPRETAÇÃO E PROVA DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS Como os negócios jurídicos terão sua existência comprovada PROVAS DOS ATOS JURIDICOS – COMPROVAR A EXISTENCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO O que se deve analisar: a melhor prova capaz de comprovar AQUELE negócio jurídico ROL TAXATIVO X ROL EXPLICATIVO = limita, somente os listados X expõe, dá exemplos CONFISSAO Normalmente contrária ao interesse de quem está confessado, tem que ser feita pelo dono do direito Presumida – quando o réu não quis apresentar defesa Pode ser feita extrajudicialmente e judicialmente; de livre espontânea vontade ou provocada (desde que não fira direitos) DOCUMENTO Qualquer registro material Documento público – fé pública TESTEMUNHA Conhecida como a prostituta das provas, porque na verdade é uma prova que deve ser analisada com cautela devido AO ALTO NÍVEL DE SUBJETIVIDADE – alguém que VIU, OUVIU, OU SOUBE dos fatos PRESUNÇÃO Conhece o primeiro fato e com ele “conclui” o segundo fato (desconhecido) Exemplo: nota promissória Legais: ocorrem dentro da letra da lei Comuns: não estão previstas na lei – posse de titularidade Relativas: admite um questionamento – paternidade INDICIO pode levar ao fato desconhecido, mas não é uma forma de prova – para se converter em prova PRESUNÇÃO ele deve ser mais robusto, definido, certo PERÍCIA Prova extremamente forte, feita por profissional - laudo (OUTROS) COISA JULGADA É uma decisão proferida em um processo, contra qual não cabe mais recurso - DEFINITIVA DIREITO ADQUIRIDO O indivíduo alcança/atinge os requisitos necessários ao exercício do direito (Expectativa de direito – esperança de um dia ser titular de um direito – não é protegida, é simples esperança/ expectativa) ATO JURIDICO PERFEITO Além de adquirir – exercício perfeito do direito efetivo Todos os elementos essenciais estão presentes + se concluiu sua prática = perfeito e acabado
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