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PSI 3211 - Circuitos Elétricos I Profa. Elisabete Galeazzo Aula 27 – 21/06/2017 TÓPICOS DA AULA: EXERCÍCIOS PARA DETERMINAR A RESPOSTA COMPLETA DE CIRCUITOS DE 2a ORDEM COM EXCITAÇÃO IMPULSIVA BATIMENTOS RESPOSTA EM FREQUÊNCIA DE CIRCUITOS RLC Resposta Impulsiva de circuitos RLC CC yd(t) vR(t) vC(t) i(t) vL(t) G Qd(t) vC(t)C iR(t) iC(t)iL(t) L Para obter a resposta do circuito: Considerar condições iniciais nulas, iL(0- ) = 0 e vC(0- ) = 0, mesmo que elas existam! Se iL (0 - ) = 0 não passará corrente pelo indutor. Indutor comporta-se como um aberto Se vC (0 - ) = 0 Capacitor comporta-se como um curto. Excitação Impulsiva em RLC série CC yd(t) vR(t) vC(t) i(t) vL(t) CC yd(t) yd(t) Considerando-se: iL (0- ) = 0 e vC (0- ) = 0 Temos 𝑣𝐿 = 𝐿 𝑑𝑖 𝑑𝑡 𝑡 = 0− → 𝑣𝐿 = 𝜓𝛿 𝑡 𝑣𝐿 0+ 0− 𝑑𝑡 = 𝐿 𝑑𝑖(𝑡) 𝑑𝑡 0+ 0− 𝑑𝑡 = 𝜓𝛿(𝑡) 0+ 0− 𝑑𝑡 𝑖 𝟎+ − 𝒊 𝟎− = 𝝍 𝑳 Fluxo magnético é adicionado ao circuito em t = 0+ Se i(0-) 0, haverá uma descontinuidade em degrau na função Excitação Impulsiva em RLC paralelo Qd(t) i(t) G Qd(t) vC(t)C iR(t) iC(t)iL(t) L Considerando-se: iL (0- ) = 0 e vC (0- ) = 0 Temos Com a excitação impulsiva, toda a corrente irá fluir pelo capacitor 𝑖𝐶 𝑡 = 0− = 𝐶 𝑑𝑣(𝑡) 𝑑𝑡 = 𝑄𝛿 𝑡 𝑄𝛿 𝑡 0+ 0− 𝑑𝑡 = 𝐶 𝑑𝑣(𝑡) 𝑑𝑡 0+ 0− 𝑑𝑡 𝑣 0+ − 𝑣 0− = 𝑄 𝐶 𝒗 𝟎+ = 𝑸 𝑪 + 𝒗 𝟎− Carga Q é adicionada ao capacitor em t = 0+ A tensão no capacitor sofre uma descontinuidade em degrau em t = 0+ Exercício sobre Excitação Impulsiva G Qd(t) vC(t)C iR(t) iC(t)iL(t) L Dados do exercício: R= 0,05 ; L = 0,01 H; C= 1 F 𝒊𝒔 𝒕 = 𝟑. 𝜹(𝒕) Condições iniciais impostas: 𝑣 0− = 2 𝑉 𝑒 𝑖𝐿 0− = 5 𝐴 Pergunta-se: Obtenha a tensão de saída e a corrente no indutor para t 0 Resolução, parte 1: Calcular a tensão sobre o capacitor entre 0− 𝑒 0+ , admitindo-se inicialmente condições iniciais nulas, ou seja: 𝑣 0− = 0 𝑉 (𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑡𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎 − 𝑠𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑢𝑚 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑜); 𝑖𝐿 0− = 0 𝐴 𝑖𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎 − 𝑠𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑢𝑚 𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑜 . Qd(t) i(t) 𝑖 𝑡 = 𝑖𝐶 𝑡 = 0− = 𝐶 𝑑𝑣(𝑡) 𝑑𝑡 = 3 𝛿 𝑡 3𝛿 𝑡 0+ 0− 𝑑𝑡 = 1 0+ 0− 𝑑𝑣(𝑡) 𝑣0+ − 𝑣0− = 3 Considerando-se a condição inicial imposta no exercício, temos: 𝑣0+ = 3 + 𝑣0− = 5 𝑉 Resolução, parte 1, continuação • E o que acontece com a corrente no indutor entre t= 0- e t= 0+? 𝑣𝐿 0− = 0 𝑣𝐿 𝑡 = 𝐿 𝑑𝑖 𝑡 𝑑𝑡 𝑣𝐿 0+ 0− 𝑑𝑡 = 𝐿𝑑𝑖(𝑡) 0+ 0− Entre t= 0- e t= 0+ o indutor manterá a tensão nula, logo: 𝑖 0+ − 𝑖 0− = 0 → 𝒊 𝟎+ = 𝒊 𝟎− = 5 𝐴 (𝑢𝑠𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎𝑠 𝑐. 𝑖. 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑒𝑥𝑒𝑟𝑐í𝑐𝑖𝑜) Comportamento do circuito, para t > 0 s Circuito comporta-se como um circuito “livre”, sem fonte de excitação. Devemos analisar sua resposta natural, ou seja, sua resposta transitória (resposta homogênea) Com as seguintes condições iniciais após t = 0+: 𝑣 0+ = 5 𝑉 𝑒 𝑖𝐿 0+ = 5 𝐴 Logo, deve-se identificar qual é a categoria de resposta do circuito ( e o) 𝛼 = 𝐺 2𝐶 = 10 𝑠−1 𝜔𝑜 = 1 𝐿𝐶 = 10 𝑟𝑎𝑑/𝑠 Como = o o circuito terá um comportamento criticamente amortecido, obedecendo a seguinte expressão: 𝒙𝒉 𝒕 = 𝒂𝒆 −𝜶𝒕 + 𝜶𝒂 + 𝒃 𝒕 𝒆−𝜶𝒕 Obtenção dos coeficientes “a” e “b” de xh(t) 𝒂 = 𝑣 0+ − 𝑣𝑝 0+ a = 5 V 𝒃 = 𝑣 0+ − 𝑣 𝑝 0+ 𝑏 = 𝑑𝑣(𝑡 = 0+) 𝑑𝑡 Considerando-se que: 𝑖𝐶 𝑡 = 𝐶 𝑑𝑣(𝑡) 𝑑𝑡 → 𝑖𝐶 𝑡 = 0+ = 𝑑𝑣(𝑡 = 0+) 𝑑𝑡 A 1ª LK vale para qualquer intervalo de tempo: 𝑖𝐶 𝑡 + 𝑖𝑅 𝑡 + 𝑖𝐿 𝑡 = 0 → 𝑖𝐶 0+ = − 5 0,05 + 5 = −105 𝐴 A resposta, v(t), será: 𝒗 𝒕 = 𝟓𝒆−𝟏𝟎𝒕 − 𝟓𝟓𝒕𝒆−𝟏𝟎𝒕 , 𝒕 > 𝟎𝒔 Qual é o comportamento de iL(t) para t > 0 s? 𝒂 = 𝑖𝐿 0+ − 𝑖𝐿𝑝 0+ a = 5 A 𝒃 = 𝑑𝑖𝐿 𝑑𝑡 0+ − 𝑑𝑖𝐿𝑝 𝑑𝑡 0+ 𝒃 = 𝑑𝑖𝐿 (𝑡 = 0+) 𝑑𝑡 Logo: 𝒊𝑳 𝒕 = 𝟓𝒆 −𝟏𝟎𝒕 + 𝟓𝟓𝟎 𝒕 𝒆−𝟏𝟎𝒕, 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒕 > 𝟎 𝒔 Sabendo-se que: 𝑣𝐿 0+ = 𝐿 𝑑𝑖𝐿 𝑡 = 0+ 𝑑𝑡 → 𝑑𝑖𝐿 0+ 𝑑𝑡 = 5 0,01 = 𝟓𝟎𝟎 𝑨/𝒔 BATIMENTO • Fenômeno ocorre quando duas funções co-senoidais com frequências muito próximas são somadas. Lembrando-se da relação trigonométrica: 𝑐𝑜𝑠 𝑎 + 𝑐𝑜𝑠 𝑏 = 2. cos 𝑎 − 𝑏 2 . 𝑐𝑜𝑠 𝑎 + 𝑏 2 Exemplo: soma de duas funções co-senoidais com mesma amplitude e fase: cos 𝜔1𝑡 + 𝑐𝑜𝑠 𝜔2𝑡 = 2𝑐𝑜𝑠 𝜔1 − 𝜔2 2 𝑡 . 𝑐𝑜𝑠 𝜔1 + 𝜔2 2 𝑡 Batimento f x = cos 𝜔1𝑡 + 𝑐𝑜𝑠 𝜔2𝑡 = 2𝑐𝑜𝑠 𝜔1 − 𝜔2 2 𝑡 . 𝑐𝑜𝑠 𝜔1 + 𝜔2 2 𝑡 Função f(x) oscila com frequência 𝜔1+𝜔2 2 Modula a amplitude da função f(x) T= 10 s, f = 0,1 Hz Batimentos em circuitos RLC • Em que situação é possível observar batimentos em circuitos RLC? Circuitos RLC com: . Resposta livre (ou resposta transitória) oscilatória pouco amortecida . O circuito deve ter excitação senoidal . Frequência de oscilação amortecida frequência de excitação . Amplitudes da resposta transitória e função de excitação devem ser iguais . As duas funções devem ter a mesma fase Exemplo de batimento em circuitos RLC • Circuito RLC paralelo subamortecido, altamente oscilatório, excitado por 𝑖𝑠 𝑡 = 𝐼𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡 , para t > 0s 𝑣 𝑡 = 𝐴𝑒−𝛼𝑡𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑑𝑡 + 𝜃 + 𝑉𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡 + 𝜑 𝜔𝑑 ≅ 𝜔𝑜 𝑝𝑜𝑖𝑠 𝛼 ≪ 𝜔𝑑 𝐴 = 𝑉 𝑒 𝜃 = 𝜑 Resposta Permanente de Circuitos RLC à excitação senoidal 𝒀 𝒋𝝎 = 𝑮 + 𝟏 𝒋𝝎𝑳 + 𝒋𝝎𝑪 = 𝑮 + 𝒋 𝝎𝑪 − 𝟏 𝝎𝑳 Impedância do circuito RLC paralelo e ressonância 𝑍 𝑗𝜔 = 1 𝑌(𝑗𝜔) = 1 𝐺+𝑗 𝜔𝐶− 1 𝜔𝐿 Módulo: 𝒁(𝒋𝝎) = 𝟏 𝑮𝟐 + 𝝎𝑪 − 𝟏 𝝎𝑳 𝟐 Fase: ∅(𝑗𝜔) = −𝑎𝑟𝑐𝑡𝑎𝑛 𝑅 𝜔𝐶 − 1 𝜔𝐿 𝜔𝑟 = 𝜔𝑜 = 1 𝐿𝐶 = 𝑓𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙 10 4 10 5 10 6 -90 -60 -30 0 30 60 90 fa se ( gr au s) frequência angular (rad/s) R = 1,5 kohms C = 100 nF L = 600 H é nula em o 10 4 10 5 10 6 0 500 1000 1500 m ód ul o da im pe dâ nc ia ( oh m s) frequência angular, rad/s Zmax em o Índice de Mérito, Q • Q, índice de Mérito ou fator de qualidade: 𝑄 = 𝜔𝑜 2𝛼 RLC série: 𝑄 = 𝜔𝑜 𝑅 𝐿 = 𝜔𝑜𝐿 𝑅 = 𝝎𝒓𝑳 𝑹 RLC paralelo: 𝑄 = 𝜔𝑜 1 𝑅𝐶 = 𝜔𝑜𝑅𝐶 = 𝝎𝒓𝑹𝑪 = 𝑹 𝝎𝒓𝑳 Circuitos RLC com Q elevados: São altamente oscilatórios São seletivos (filtro passa-faixa com largura de banda estreita) Impedâncias dos circuitos RLC série e paralelo em função de Q 𝑍(𝑗𝜔) = 𝑅 + 𝑗 𝜔𝐿 − 1 𝜔𝐶 𝑍 𝑗𝜔 = 𝑅 1 + 𝑗 𝜔𝐿 𝑅 − 1 𝜔𝑅𝐶 𝑍 𝑗𝜔 = 𝑅 1 + 𝑗 𝜔𝜔𝑟𝐿 𝜔𝑟𝑅 − 𝜔𝑟 2𝐿 𝜔𝑅 𝒁 𝒋𝝎 = 𝑹 𝟏 + 𝒋𝑸 𝝎 𝝎𝒓 − 𝝎𝒓 𝝎 𝑌 𝑗𝜔 = 𝐺 + 𝑗 𝜔𝐶 − 1 𝜔𝐿 𝑌 𝑗𝜔 = 𝐺 1 + 𝑗 𝜔𝐶 𝐺 − 1 𝜔𝐿𝐺 𝑌 𝑗𝜔 = 𝐺 1 + 𝑗 𝜔𝜔𝑟𝐶 𝜔𝑟𝐺 − 𝜔𝑟𝑅 𝜔𝜔𝑟𝐿 𝒀 𝒋𝝎 = 𝑮 𝟏 + 𝒋𝑸 𝝎 𝝎𝒓 − 𝝎𝒓 𝝎 Circuito RLC paralelo em função de Q Banda passante (B): 𝝎𝒄𝒔 −𝝎𝒄𝒊 = 𝟏 𝑹𝑪 𝑸 = 𝝎𝒓 𝑩 = 𝝎𝒓 𝝎𝒄𝒔 −𝝎𝒄𝒊
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