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TRABALHO ALCOOLISMO

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ANHANGUERA EDUCACIONAL – FAC III
Psicologia
Rafaela Iris R. Santos..................RA:9913195347
Estagio Básico I
CAMPINAS
2016
ANHANGUERA EDUCACIONAL – FAC III
Psicologia
Rafaela Iris R. Santos..................RA:9913195347
Estagio Básico I
Documento apresentado à faculdade Anhanguera de Campinas como exigência do Estagio básico I sob orientação do professor André Ribeiro Torres.
CAMPINAS 
2016
SUMARIO
INTRODUÇÃO............................................................................................4
DESENVOLVIMENTO................................................................................5
CONCLUSÃO.............................................................................................7
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................8
1 INTRODUÇÃO
 Buscou-se neste trabalho conhecer a epistemologia do álcool no Brasil e no mundo, quais são as causas do alcoolismo e formas de tratamento. 
2 DESENVOLVIMENTO
 De acordo com a OMS o álcool é a droga psicoativa mais utilizada pela humanidade, estudos mostram que o álcool é citado desde o velho testamento, vários trechos bíblicos trazem a influência de aspectos psicológicos, genéticos, morais e ambientais nas circunstâncias do beber de forma abusiva.
 Segundo Marques (1992 apud Mathew), foram também descritas, desde aquela época, características da própria substância, que induzia o aumento do consumo, hoje definido como tolerância.
 Após o advento da destilação, o consumo de álcool passou a ser mais frequente e abusivo, em contraste a situação anterior em que o uso era predominantemente associado a rituais religiosos ou festivos, a partir de então ingerir bebida alcoólica em excesso passou a ser visto como um comportamento pecador e denominado como fraqueza, várias culturas adotaram este conceito a sua regras morais (Marques, 2001). 
 Em 385 AC Hipócrates já descrevia na literatura médica o uso de álcool como um fator predisponente a várias doenças e no século XIV, Chaucer referia ao álcool como uma substância que leva o indivíduo à perda de controle sobre seus atos, (1995 apud Miller; Marques 2001). 
"As festas nativas, repletas de embriaguez, eram um espaço fundamental para a expressão das visões de mundo indígenas e para a realização de eventos importantes, como celebração de casamentos ou vitórias de combates. Tais práticas contrastavam completamente da forma como os europeus acreditavam ser o correto relacionamento com o álcool e com autocontrole. Eram dois mundos etílicos completamente diferentes, com lógicas mentais e práticas sociais desenvolvidas ao longo de milênios" (Azevedo, 2012). 
 Os transtornos que podem estar relacionados ao uso de álcool é para a humanidade um grande problema, o consumo frequente de bebidas alcoólicas afeta grande parte do sistema do organismo do indivíduo, principalmente o trato gastrointestinal, os sistemas cardiovascular e sistema nervoso, são comuns, déficits cognitivos, déficit de memória grave e alterações degenerativas na região do cerebelo. 
 Segundo Schuckit (1991), no ano de 1952 o alcoolismo foi incluído no Manual Diagnostico e Estatística das Desordens Mentais (DSM-I), da Associação Psiquiátrica Americana. Os problemas relacionados ao uso de álcool foram inseridos dentro de uma categoria mais ampla de transtornos de personalidade e de neuroses. Esses problemas foram divididos em três categorias: dependência, episódios de beber excessivo (abuso) e beber excessivo habitual. A dependência de álcool foi caracteriza pelo uso compulsivo de bebidas alcoólicas e pela manifestação de sintomas de abstinência após a cessação do uso de álcool. 
 A causa do alcoolismo sempre foi fator de discussão, genes ou ambiente, estes dois fatores polarizavam as investigações acerca da doença, mesmo antes do surgimento da genética e da psiquiatria moderna, no século XX, o movimento Eugênico incluía o alcoolismo em um grupo de degenerescência mentais hereditárias (Pessotti, 1984). 
 Atualmente, a dependência química, assim como a maioria dos outros problemas mentais são incluídos na categoria das doenças multifatoriais (Vogel e Motulsky, 1997).
 Segundo a Secretaria Nacional Antidrogas (2008), o uso indevido de álcool é fruto de uma multiplicidade de fatores, as pessoas não nascem predestinadas a usarem álcool ou se tornam propensas a estas devido aos amigos ou pela facilidade de adquirir a mesma, os seres humanos por humanidade e incompletude, buscam elementos que possam aliviar suas dores e acirrar prazeres.
 O tratamento ao alcoolismo possui várias estratégias terapêuticas que apresentam resultados positivos, como: psicoterapias e grupos de Alcoólicos Anônimos, é necessário uma certa perseverança ao tratamento pois este na muitas das vezes vai surtir seu efeito após várias recaídas, a variabilidade genética e ambiental são importantes neste contexto, o que pode ser funcional para um paciente pode não ser para o outro, sendo necessário a busca de novas estratégias (Bau¹, 2002).
Álcool e o sistema nervoso Central
 O álcool é uma substância depressora do Sistema Nervoso Central (SNC) e afeta diversos neurotransmissores no cérebro. Para que aja o bom funcionamento do sistema nervoso Haes et al. (2010), afirma que existem neurotransmissores específicos para causar o efeito inibitório ou excitatório das atividades neuronais, como exemplo, podemos citar o glutamato, com efeito excitatório e o GABA com efeitos inibitórios.
“O GABA é um aminoácido simples com atividade de neurotransmissor, e é secretado por neurônios. Apresenta a capacidade de estimular sinapses inibitórias, podendo ser identificados dois receptores: GABA A – responsável por controlar um canal cloreto e o GABA B- que controla um canal de potássio”. (Reis Costa (2003) apud, CARLSON 2002).
 O álcool age sobre as membranas celulares, que funcionam como barreira ou porta de saída e entrada de substâncias. Ao afetar as células e o seu funcionamento o etanol consegue prejudicar todo o organismo. O álcool ingerido em grande, pode tornar as membranas endurecidas ou enfraquecidas, podendo até se dissolverem. Uma vez destruídas, substâncias venenosas penetram nas células, enquanto seu citoplasma sai. Essa destruição é uma das causas da cardiopatia alcoólica, por exemplo. Causas da cardiopatia alcoólica, por exemplo. E é o princípio básico da ação nociva do álcool sobre o Sistema Nervoso Central (SNC). (REIS COSTA., 2013) 
 O consumo de bebidas alcoólicas causa sensações prazerosas de alegria, loquacidade, que na verdade mascaram a ação inibidora que o álcool tem sobre o sistema nervoso, assim como os anestésicos. Isto ocorre pois o álcool age indiretamente sobre o sistema límbico, que tem um papel crucial na expressão das emoções e na atividade do sistema de recompensa do cérebro (HAES et al., 2010)
 Segundo Reis Costa (2003). A experiência do prazer acontece por que há uma liberação de dopamina. A dopamina é um dos neurotransmissores liberados pelo consumo de drogas, pois é responsável pela sensação de bem-estar e prazer, que direcionam o indivíduo a buscar a droga descontroladamente. O álcool causa no sistema límbico uma menor oxigenação, devido à diminuição da circulação do sangue nessa área (Reis Costa (2003) apud FERREIRA 2001).
 O uso de álcool causa um desornamento dos processos neurológicos, principalmente do córtex cerebral, que é responsável pelo controle integrador (GOODMAN 1997). Os principais processos afetados são aqueles que dependem de treinamento, autocontrole, memória e concentração.
 
 O álcool causa alterações no SNC que podem contribuir para o desenvolvimento de algumas síndromes entre as mais comuns entre os estilistas está a Síndrome de Korsakoff, que é uma sequela da encefalopatia de Wernicke
(deGROOT 1994). Reis Costa (2003} aponta que A Síndrome de Korsakoff, ocorre devido a deficiência de tiamina (vitamina B1), é Caracterizada por perda grave da memória de curto-prazo e tendência a confabulação (diminuição na espontaneidade e na iniciativa para disfarçar a perda da memória), mas não ocorre perda da consciência (REIS COSTA apud MENESES 1999). As lesões são principalmente de necrose hemorrágica dos corpos mamilares, podendo atingir o tálamo O paciente pode apresentar apatia ou estado de confusão, que pode progredir para o coma. (REIS COSTA apud deGROOT1994).
3 CONCLUSÃO
 Podemos notar o quanto o alcoolismo é um problema de saúde pública, alcançando todas as culturas em escala mundial. O álcool está inserido em nossa sociedade a décadas e influência em nossa cultura de forma particular tendo espaços destinados ao seu uso, possui uma força capaz de empregar determinados comportamentos que passam a incorpora-se naqueles que fazem seu uso.
 O álcool sempre esteve presente em comemorações que nossa cultura determinava importantes, como as festas religiosas. Isso denota o quanto o álcool é valorizado em nossa sociedade, passamos desde a infância, em determinadas ocasiões, a associar o álcool a alegria.
 Notou-se que determinada associação inicial prazerosa e festiva, pode em alguns casos converte-se em grandes tristezas, é importante estarmos alertas ao uso nocivo desta bebida.
 Observou-se o aspecto genético como um possibilitam-te para o desencadeamento do alcoolismo apesar da dificuldade em identificar genes específicos. O tratamento do alcoolismo depende de uma avaliação criteriosa da subjetividade do sujeito, apoio da família e suporte psicológico, e o êxito do tratamento é construído com pequenos avanços.
 
 
4 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Estado atual e perspectivas da genética e epidemiologia do alcoolismo, Claiton Henrique Dotto Bau¹ (2002). http://www.scielosp.org/pdf/csc/v7n1/a17v07n1.pdf acesso em: 18/05/2016. 
O uso do álcool e a Evolução do conceito de dependência de álcool e outras drogas e tratamento, Ana Cecilia Petta Roselli Marques (2001). http://www.imesc.sp.gov.br/pdf/artigo%205%20%20O%20USO%20DO%20%C3%81LCOOL%20E%20A%20EVOLU%C3%87%C3%83O%20DO%20CONCEITO%20DE%20DEPEND%C3%8ANCIA%20DE%20%C3%81LCOOL%20E%20OUTRAS%20DROGAS.pdf Acesso em :18/05/2016. 
HAES, Tissiana M. Autor 1et al. Álcool e sistema nervoso central. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/download/173/174.>. Acesso em: 23 maio 2016.
REIS COSTA, Rita Mara. O álcool e seus efeitos no Sistema Nervoso. TítuloDisponível em:<http://repositorio.uniceub.br/bitstream/123456789/2371/2/20023008.pdf>. Acesso em: 23 maio 2016.

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