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Material de Apoio à Disciplina: “Gestão de Produção e Operações ” 3° LOG Carga: 80 h - 2014 Prof. Msc Reinaldo Viveiros Carraro rvcarraro@hotmail.com 1 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 1 Gestão de Prod. e Operações Ementa Logística das operações globais. Planejamento e estratégias das Operações Globais. Análise, projeto e desenvolvimento de processos. Redes de Suprimentos. Conceitos, estrutura, técnicas, métodos e ferramentas da administração da produção. Localização e Arranjo físico Bibliografia Básica CHASE, R B; JACOBS, F. R; SOUZA, T C F. Administraçao da Produção e de Operações. Bookman, 2009. MOREIRA, D A. Administração da Produção e Operações. Cengage, 2008. RITZMAN; KAJEWSKI; MALHORTA. Administração da Produção e Operações O Essencial. Prentice Hall, 2009 . Bibliografia Complementar CORREA e CORREA. Administraçao de Produção e de Operações: Manufatura e Serviços. Atlas, 2006. LEWIS, M; SLACK, N; OLIVEIRA, S (trad). Estrategia de Operações. Bookman, 2009. PAIVA, E L; CARVALHO JR, J M; FENSTERSEIFER, J E. Estrategia de Produção e de Operações. Bookman, 2009. SLACK, N; CHAMBERS, S; JOHNSTON, R Gerenciamento de Operações e de Processos. Bookman, 200 2 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 2 Outras BIBLIOGRAFIAS PETRÔNIO G. Martins e Fernando P. Laugeni; Administração da Produção. HENRIQUE L. Correa, Irineu G.N. Gianesi, Mauro Coan; Planejamento Programação e Controle da Produção. GAITHER, N., FRAZIER, G. Administração da Produção e Operações, São Paulo, Ed. Pioneira – Thonson Learning, 2001 TUBINO, D. F.; Manual de Planejamento e Controle da Produção ZACCARELLI, Sérgio Baptista. Programação e controle da produção. 3 Gestão de Prod. e Operações Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Processo de Avaliação: De acordo com o plano de ensino: N1 = 20% participação (frequência) + 80% avaliação escrita N2 = 20% participação (frequência) + 80% avaliação escrita Média final = (N1 + N2) : 2 Nº máximo de Faltas 20 (vinte) Bônus: “10 Minutos do Artigo” = O aluno que encontrar alguma matéria ou artigo, em jornais, revistas, internet ou outra fonte confiável, que possa contribuir com o desempenho de nossa área (Administração da Produção), pode apresentar este material à classe (máx de 10 minutos). Se mais de um aluno trouxer matérias faremos sorteio para uma apresentação. Cada artigo apresentado vale 0,25 (vinte e cinco centésimos), sendo possível atingir no trimestre o máximo de 1,0 (um) ponto. “Esqueço o que ouço, lembro-me do que vejo e aprendo o que faço”. Confúcio (Pensador Chinês- 551 A.C.) 4 Gestão de Prod. e Operações Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Gestão de Prod. e Operações 5 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Definições de PCP (Planejamento e Controle da Produção) O PCP é um conjunto de atividades que conciliam o fornecimento dos produtos e serviços de uma operação com sua demanda, garantindo que os recursos produtivos estejam disponíveis na quantidade, no momento e no nível de qualidade adequada (Slack). O PCP consiste em um conjunto de funções interrelacionadas que objetivam comandar o processo produtivo e coordená-lo com os demais setores administrativos da empresa (Zaccarelli ) 6 6 Gestão de Prod. e Operações Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 6 1-Era do artesanato 2-Revolução industrial 3-Adminis- tração Científica 4-Sistemas flexíveis e robótica. -Computadores - Pesquisa Operacional. 1750 1800 1850 1900 1950 Expansão colonial Expansão industrial Expansão financeira D E P R E S S Ã o Expansão da automação...(atual) Fases dos Sistemas Produtivos Gestão de Prod. e Operações 7 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 8 Evolução (marcos) da área de Produção James Watt, 1776 e seu motor a vapor (Revolução Industrial) Eli Whitney Mosquete “Charleville” 1763, produzido em 1798 por Eli Whitney com peças intercambiáveis Cotton Gin- processador de algodão -1794 Gestão de Prod. e Operações Fonte: Administração da Produção e Operações, Henrique L. Corrêa, Carlos A. Corrêa, Atlas Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 9 Evolução da área de Produção Máquina de costura Singer (1854) Samuel Colt e seu “revolver” Colt 1885 Lançadas as bases para o surgimento da indústria automobilística Gestão de Prod. e Operações Fonte: Administração da Produção e Operações, Henrique L. Corrêa, Carlos A. Corrêa, Atlas Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 10 Evolução da área de Produção - Consumo de aço (Andrew Carnegie -1835 -1919 -Companhia de Aço Carnegie) Gestão de Prod. e Operações Fonte: Administração da Produção e Operações, Henrique L. Corrêa, Carlos A. Corrêa, Atlas Filantropista - construiu o famoso teatro Carnegie Hall Desenvolver uma ciência que pudesse aplicar-se a cada fase do trabalho humano (divisão do trabalho), em lugar dos velhos métodos rotineiros; Selecionar o melhor trabalhador para cada serviço, passando em seguida a ensiná-lo, treiná-lo e formá-lo, em oposição à prática tradicional de deixar para ele a função de escolher método e formar-se; Separar as funções de preparação e planejamento da execução do trabalho, definindo-as como atribuições precisas; Especializar os agentes nas funções correspondentes; Predeterminar tarefas individuais ao pessoal e conceder-lhes prêmios quando realizadas; Controlar a execução do trabalho. Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 11 Século XX – Taylor ......... alguns “princípios da administração científica” Frederick Winslow Taylor (1856-1915) Gestão de Prod. e Operações Fonte: Administração da Produção e Operações, Henrique L. Corrêa, Carlos A. Corrêa, Atlas Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 12 Henry Ford Quadriciclo Ford (1896) Ford e seu Modelo T (1907 – 1925) -15 milhões de unid. ($290,00) Linha de montagem móvel (1913) Ford Highland Park (1918) Gestão de Prod. e Operações Fonte: Administração da Produção e Operações, Henrique L. Corrêa, Carlos A. Corrêa, Atlas Chevrolet (dois modelos bem diferentes entre si) Oakland (antecessor do Pontiac) Olds (mais tarde Oldsmobile) Scripps-Booth Sheridan Buick e, Cadillac Trade-offs pela evolução da área ficam claros...... Mas a quebra da bolsa americana em 1929 mascara o efeito Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 13 Alfred Sloan (presidência da GM 1923 - 37) foco em diversificação: um baque para Ford Gestão de Prod. e Operações Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 14 O componente social do trabalho Lilian Gilbreth (1878-1961). Estudo de tempo e movimentos George Elton Mayo (Sociologia Industrial) Gestão de Prod. e Operações II Grande Guerra (1939 a 1945) e anos 50 Pesquisa Operacional surge e desenvolve-se; torna-se civil Logística evolui Controle estatístico do processo evolui (originado por Shewhart, 1927) Planejamento da produção (estratégico) Surge o JIT 15 Gestão de Prod. e Operações Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Pós-guerra Estados Unidos beneficiam-se de não ter tido seu parque industrial bombardeado Demanda reprimida pela guerra “Seller´s market” – Mercado Vendedor Mass production sofre outro impulso Oferta abundante, crescimento que dura até os anos 60 16 Gestão de Prod. e Operações Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Anos 60 JIT, da Toyota, espalha-se pelo mundo Deming e o movimento de Qualidade no Japão Japão torna-se um player importante Computadores surgem e, com eles, o MRP na IBM, e outros desenvolvimentos Tahiichi Ohno, o “pai” do JIT Deming 17 Gestão de Prod. e Operações Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Anos 70 – início da reação ocidental Primeira crise do petróleo (1973) Importância da estratégia de operações Gestão de operações de serviços MRPII Celularização Automação desenvolve-se 18 Gestão de Prod. e Operações Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Anos 80 e 90 Os 80 são anos da Qualidade Total MRPII espalha-se Visão por processos (re-engenharia -Michael Hammer) ERPs Gestão de redes de suprimentos Lean production & agile manufacturing Virtual organization 19 Gestão de Prod. e Operações Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Anos 2000 e adiante Nova economia Transição importante Unidades de análise muda (produtividade); novos atores (BRICS) Custos Fixos vs. Variáveis (outsourcing) Large data sets (grande Cj de dados): universo e não amostras O que vem por aí???? 20 Gestão de Prod. e Operações Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Cenário Atual 21 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro COMPETITIVIDADE & SOBREVIVÊNCIA QUALIDADE CUSTO SOBREVIVÊNCIA PRODUTIVIDADE COMPETITIVIDADE 22 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro DESAFIOS DA COMPETITIVIDADE INDUSTRIAL- Ao Elaborar uma Estratégia observa-se: Competição tradicional Consumidores Fornecedores Custos Globalização Novos competidores 23 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ao Elaborar a Estratégia...... ALERTA! Uma das principais tendências que se observa quando se desenvolve planos de modernização é a excessiva importância dada às ferramentas tecnológicas para a solução dos problemas de competitividade, sem a preocupação de localizá-las dentro de um plano estratégico de modernização da empresa. DESAFIOS DA COMPETITIVIDADE INDUSTRIAL 24 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro RISCO ! Dispêndio de recursos financeiros e/ou humanos sem que a empresa melhore substancialmente a sua posição de competitividade. DESAFIOS DA COMPETITIVIDADE INDUSTRIAL 25 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro A competitividade é uma variável dependente da integração - nível de sinergia do fluxo de informação. Integração- planejamento Competitividade DESAFIOS DA COMPETITIVIDADE INDUSTRIAL 26 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro MUDANÇA DE PARADIGMA Para ser competitivo em custos CUSTO DE PRODUÇÃO = PREÇO DE VENDA - LUCRO Para............ Mudar de....... 27 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro PREÇO DE VENDA = CUSTO DE PRODUÇÃO + LUCRO CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS Para ser competitivo em custos, ...continuação Custos Total = Custos Fixos + Custos Variáveis 28 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Planejamento Estratégico Estratégia da Produção Estratégia Global da Empresa 29 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro NÍVEIS DE PLANEJAMENTO 30 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro PAPEL ESTRATÉGICO DA PRODUÇÃO Como apoio à estratégia empresarial: desenvolvendo objetivos e políticas apropriadas aos recursos que administra. Como implementadora da estratégia empresarial: transformando decisões estratégicas em realidade operacional. Como impulsionadora da estratégia empresarial: fornecendo os meios para obtenção da vantagem competitiva. 31 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Custos: menor custo de produção, menor preço de venda. Qualidade: melhoria da qualidade reduz custo e aumenta a produtividade. Produtividade: é a melhor utilização dos recursos produtivos. Prazos de Entrega: menor prazo de entrega, maior satisfação do cliente, menor estoque intermediário, maior giro do estoque de matérias-primas, rapidez na consolidação da receita. Flexibilidade: capacidade de mudança em atendimento às exigências do mercado, ágil adaptação de produtos, vantagem frente aos concorrentes. Inovação: capacidade de antecipar as necessidades dos clientes. Suprimentos: disponibilidade e proximidade, reduz custos. ELEMENTOS PARA A ESTRATÉGIA DA PRODUÇÃO 32 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Planejamento: estabelece linhas de ação a serem seguidas para satisfazer objetivos estabelecidos, bem como estipula o momento em que essas ações devem ocorrer. Organização (Programação): é a combinação dos recursos produtivos, essenciais à realização das atividades planejadas, organizando-os adequadamente para um melhor aproveitamento. Direção: é a transformação de planos em atividades concretas, por meio de tarefas e responsabilidades específicas. Controle: envolve a avaliação do desempenho dos empregados, de setores específicos da empresa e dela própria como um todo, e a conseqüente aplicação de medidas corretivas se necessário. FUNÇÕES GERENCIAIS NA PRODUÇÃO 33 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro ETAPAS FUNDAMENTAIS PARA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA PRODUÇÃO 1. Elaborar a estratégia de manufatura e as ações correspondentes de forma clara e objetiva, evidenciando como isso irá se constituir numa arma competitiva para a organização. 2. Estabelecer necessidades e restrições sobre a produção, derivadas da estratégia da empresa como um todo, das políticas de mercado e de finanças, da tecnologia e do meio econômico onde se insere a empresa. 34 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro ETAPAS FUNDAMENTAIS PARA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA PRODUÇÃO 3. Determinar implicações dessas necessidades e restrições sobre as principais variáveis da produção, tais como: nível de investimento, riscos, tempos de espera de matérias-primas e de entrega de produtos, programação e controle da produção, estoques, flexibilidade, qualidade, força de trabalho, etc., bem como sobre os principais departamentos e funções. 4. Estimar um prazo para a reavaliação da estratégia de manufatura. 35 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro ETAPAS FUNDAMENTAIS PARA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA PRODUÇÃO 5. Estabelecer quais operações deverão desempenhar papel preponderante na produção para suportar a estratégia e como isso difere do usual até o momento. 6. Definir padrões (custo, qualidade, produtividade, etc.) pelos quais será julgado o desempenho da produção. 7. Identificar as ações mais difíceis de ser cumpridas e seus impedimentos. 36 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro ETAPAS FUNDAMENTAIS PARA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA MANUFATURA 8. Verificar e detalhar se alguma medida de desempenho deverá sofrer temporariamente para que ações necessárias sejam cumpridas. 9. Identificar elementos dentro do sistema de produção que apresentem as maiores possibilidades de falhas, de maneira que recebam atenção especial (riscos). 37 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Planejamento e Controle da Produção Planejamento e Controle Promovem ganhos de .... Produtividade Gera Competitividade 38 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro DEFINIÇÕES DE PRODUTIVIDADE É a relação entre o valor do produto e/ou serviço produzido e o custo dos insumos para produzi-lo. É a relação entre o produzido (output) e os recursos empregados para produzi-lo (input). É a razão entre o faturamento da empresa e os custos totais incorridos (Taxa de Valor Agregado). 39 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro AÇÃO GERENCIAL Redução no “input” por unidade de “output” Aumento no “output” e redução no “input” Aumento no “output” por unidade de “input” Produtividade melhorada Preços mais altos Maior valor percebido Maior participação no mercado Aumento na receita Maiores lucros Melhoria nos processos produtivos Melhoria na qualidade do produto Baixos custos de manufatura e serviços Impacto econômico da melhoria da produtividade e qualidade ....Via Ação Gerencial 40 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro MODELO “I-T-O” PARA UM SISTEMA PRODUTIVO (Input/Throughput/Output) Ambiente gerenciado 41 Throughput Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro INPUTS PARA O PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO CLASSIFICAÇÃO Recursos a serem Transformados Materiais, Informações, Consumidores e outros Recursos de Transformação Instalações, Funcionários 42 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro MECANISMO DE INFLUÊNCIA DA PRODUTIVIDADE PRODUTIVIDADE CUSTOS COMPETITIVIDADE LUCRO CRESCIMENTO Fonte: Administração da Produção e Operações. Daniel Augusto Moreira 43 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro EFICÁCIA, EFICIÊNCIA E PRODUTIVIDADE Eficácia: uma decisão ou ação é tanto mais eficaz quanto mais próximos dos objetivos estabelecidos chegaram os resultados obtidos, ou seja, EFICÁCIA = RESULTADOS OBTIDOS / METAS. Eficiência: é a relação entre o que se obteve (output) e o que se consumiu em sua produção (input), medidos na mesma unidade. Produtividade: pode ser conceituada como a capacidade de produzir partindo-se de uma certa quantidade de recursos. 44 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro RELAÇÃO ENTRE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE MELHOR QUALIDADE CUSTOS DIMINUEM GRAÇAS A: MENOS RETRABALHO MENOS ERROS MENOS ATRASOS E OBSTÁCULOS MELHOR USO DO TEMPO MELHOR UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS E INSUMOS MAIOR PRODUTIVIDADE CONQUISTA DE MERCADOS COM MELHOR QUALIDADE E MENORES PREÇOS MANUTENÇÃO DOS NEGÓCIOS Fonte: Gestão da Produção e Operações Celso Contador AMPLIAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO 45 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro FORMULAÇÃO GERAL DA PRODUTIVIDADE onde: Pt = produtividade no período “t” Qt = produção obtida no período “t” It = insumos utilizados no período “t”, na obtenção da produção Qt. Os insumos são chamados também de fatores de produção. 46 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro MEDIDAS DE PRODUTIVIDADE ÍNDICES PARCIAIS: são aqueles que levam em conta apenas um insumo, tais como a mão-de-obra, ou as matérias-primas, ou o capital, ou a energia, etc. – Produtividade Total da Empresa (PTE): é a relação entre o output total e a soma de todos os fatores de input. 47 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Prof. Msc Reinaldo Viveiros Carraro EXEMPLO DE PRODUTIVIDADE DA OPERAÇÃO SITUAÇÃO 1) Um operário, trabalhando em uma máquina, produz, em uma hora, 10 peças. 2) Dois operários, trabalhando em duas máquinas, produzem, em uma hora, 20 peças. 3) Melhorando o método de trabalho, um homem opera duas máquinas e produz, em uma hora, 20 peças. PRODUTIVIDADE 10 peças / homem-hora 10 peças / hora-máquina 10 peças / homem-hora 10 peças / hora-máquina 20 peças homem-hora 10 peças / hora-máquina PRODUÇÃO 10 peças / hora 20 peças / hora 20 peças / hora 48 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro PORQUE MONITORAR A PRODUTIVIDADE NA EMPRESA? AS MEDIDAS DE PRODUTIVIDADE SÃO USADAS COMO FERRAMENTA GERENCIAL PARA: verificar o acerto de decisões tomadas no passado sobre mudanças na organização, tais como: introdução de novos produtos; mudanças na política de investimentos; modificações nos processos produtivos; mudanças no arranjo físico, na capacidade produtiva, no balanceamento da linha de produção, etc. atestar a utilidade de programas de treinamento em setores ou atividades específicas; medir a produtividade do sistema de manutenção da empresa, etc. 49 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro AS MEDIDAS DE PRODUTIVIDADE SERVEM PARA COMPA-RAR O DESEMPENHO DE UNIDADES DE UMA MESMA EMPRESA, COM DIFERENTES LOCALIZAÇÕES GEOGRÁFICAS obter uma idéia global de desempenhos comparados. a existência de programas de medida faz com que as pessoas passem a incorporar a produtividade nas suas preocupações rotineiras de trabalho; estimula uma competição sadia entre departamentos e outras unidades operacionais de uma mesma empresa; como meio de recompensar salarialmente a produtividade de pessoas ou grupo de pessoas mais produtivas. AS MEDIDAS DE PRODUTIVIDADE PODEM SER USADAS COMO INSTRUMENTO DE MOTIVAÇÃO 50 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro BENEFÍCIOS ADVINDOS DO AUMENTO DA PRODUTIVIDADE ¨ Redução dos preços dos produtos. ¨ Redução da jornada de trabalho. ¨ Aumento da competitividade da empresa. ¨ Geração de empregos. ¨ Aumento da Renda per-capita. ¨ Etc. 51 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro ¨ Relação capital-trabalho. ¨ Treinamento e capacitação da mão-de-obra. ¨ Inovação e tecnologia. ¨ Fatores gerenciais. ¨ Restrições legais. ¨ Escassez de recursos de produção. ¨ Etc. FATORES QUE INFLUENCIAM A PRODUTIVIDADE 52 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro MEIOS PARA AUMENTAR A PRODUTIVIDADE 1. Via Capital Aquisição de máquinas e equipamentos mais produtivos. 2. Via Trabalho Estudo de Métodos de Trabalho Eliminação das atividades não essenciais ao trabalho. Aumento da eficiência do trabalho. Eliminação da duplicidade do trabalho. Simplificação máxima do trabalho. Redução de paralisações (tempo de espera) de máquinas, equipamentos e mão-de-obra. Diminuição dos riscos de acidentes e da fadiga no desempenho do trabalho. Eliminação dos desperdícios (de energia, de tempo, de material, etc.). 53 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Apresentação da produtividade- Exemplo Resultados da implantação do CQTE na Daikin Industries, LTD., Japão (fabr. de apar. de ar-condicionado). PRODUTIVIDADE FÁBRICA DE KANAOKA FÁBRICA DE RINKAI NÍVEL DE ESTOQUE PORCENTAGEM DE DEFEITUOSOS 54 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Produtividade - Exercícios Determinar a produtividade parcial da mão-de-obra de uma empresa que faturou $ 70 milhões em um certo ano fiscal no qual os 350 colaboradores trabalharam em média 170 horas/mês. Considere agora que a empresa do exercício anterior produziu 1.400.000 toneladas em um ano do produto que fabrica e comercializa. Qual a produtividade parcial da mão-de-obra. Determinar a produtividade total da empresa do exercício anterior sabendo-se que incorreu em custos de $ 66 milhões, referentes a todos os insumos utilizados. Determinar a produtividade total da empresa ABC, fabricante de autopeças, no período de um mês, quando produziu 35.000 unidades que foram vendidas a $12,00/unidade. Foram gastos $ 357.000,00. 55 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro No mês de janeiro de 1996 a empresa ABC produziu 1.250 unidades do produto Alpha, com a utilização de 800 homens/ hora. No mês de fevereiro, devido ao menor número de dias úteis, produziu 1.100 unidades, com a utilização de 700 homens.hora. Determinar a produtividade parcial da mão-de-obra nos meses de janeiro e fevereiro e sua variação. Após análise de um conjunto de dados, um gerente chegou à conclusão de que houve um aumento de 22% na produtividade total da empresa entre 2005 e 2006. Se a empresa teve uma receita bruta de $6.454.298,00 em 2006 e os custos totais em 2005 e 2006 foram, respectivamente, $5.024.967,00 e $6.101.389,00, qual teria sido a receita de 2005? Resp: $4.357.061,00 Produtividade - Exercícios 56 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro A indústria de papelão ondulado produziu, em 1989, 2,0 milhões de toneladas com o emprego de 15.466 empregados. Em 1994, produziu 2,6 milhões com o emprego de 13.354. Determinar as produtividades parciais da mão-de-obra em 1989 e 1994 e sua variação. A Companhia Capricórnio utiliza água in natura em seu processo industrial, e o consumo histórico tem sido de 0,8765 litro por 1.000 unidades produzidas. Uma melhoria no processo industrial reduziu o consumo para 0,8432 litro por 1.000 unidades. Determinar a produtividade antes e depois da alteração e sua variação. Produtividade - Exercícios 57 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 9- Os números abaixo correspondem aos valores da produção gerados pelo efetivo de mão-de-obra em função do número de horas trabalhadas. O período considerado abrange os meses de janeiro a junho. A partir destes dados, pede-se: A - calcular a produtividade relativa da mão-de-obra considerando o número de funcionários. Refazer os cálculos levando-se em conta o número de horas trabalhadas. Existem diferenças entre os dois índices? Se existirem, qual(s) poderia(m) ser a(s) causa(s)? B - Elaborar o gráfico ilustrando o comportamento dos indicadores da Produtividade. Produtividade - Exercícios 58 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 58 CICLO DA PRODUTIVIDADE Fonte: Administração da Produção Fernando Laugeni e Petrônio Martins ESTÁGIO 1 Medida da Produtividade ESTÁGIO 2 Avaliação da Produtividade ESTÁGIO 3 Planejamento da Produtividade ESTÁGIO 4 Melhoria da Produtividade 59 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro ESTÁGIO 1 - MEDIDA DA PRODUTIVIDADE Diagnóstico dos Níveis de Produtividade Dados existentes ou coleta de novos dados. Cálculo dos índices parciais mais importantes. Medida de produtividade total da empresa. ESTÁGIO 2 - AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE Avaliação por Análise e Comparação das Medidas A produtividade medida deve incorporar a metodologia de cálculo mais adequada para efeito de comparações dos resultados. Procede-se a comparação com índices anteriores da própria empresa (se existirem). Técnicas de benchmarking para comparação com os níveis de produtividade dos concorrentes que apresentam bons resultados. Comparação com as empresas de classe mundial. 60 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro ESTÁGIO 3 - PLANEJAMENTO DA PRODUTIVIDADE Planejar os níveis de produtividade a serem atingidos no curto, médio e longo prazos Fixação de objetivos e cronograma. Escolha dos coordenadores do programa e grupos de trabalho. Identificação de problemas que geram baixa produtividade. Investigação das características dos problemas e suas causas fundamentais (método dos cinco porquês, diagrama de Ishikawa, etc.). Dimensionamento de recursos (materiais, humanos e financeiros). Estabelecimento das metas de produtividade. 61 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro ESTÁGIO 4 - MELHORIA DA PRODUTIVIDADE Propostas de melhoria da produtividade de curto, médio e longo prazo serão analisadas Técnicas de brainstorming para a identificação de idéias que possam se reverter em melhoria da produtividade em função dos problemas identificados. Análise das propostas à luz de dados estatísticos e técnicas de análise. Estabelecimento de planos de ação. Avaliação custo x benefício. Implementação das melhores propostas. Pertinência das propostas de melhoria da produtividade de curto prazo implantadas. O ciclo da produtividade irá se repetir. 62 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Planejamento de Produtos e Processos 63 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 64 Meio ambiente Ambiente interno - Desenvolvimento do novo produto (especificações gerais , formatação da idéia) Consumidores Concorrentes Fornecedores Depto de PED Engenharia Marketing e Produção - Estudo de viabilidade Econômica (Análise de custos) - Pesquisa de mercado - Assessoria técnica É o Produto viável - Projeto preliminar do produto (protótipos) PARE - Testes de mercado - Planejamento do processo Projeto detalhado do produto Projeto e implantação do processo: Lay out das instalações Equipamentos Projeto e estudo de cargas Sistemas de gerenciamento e controle - Produção,e análise e melhorias do processo e seu resultado Não Sim Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 65 Produtos são Bens e Serviços. Possuem características específicas. Por suas características, os Bens requerem maior formalização de seu processo produtivo Planejamento de Produtos e Processos Bens - Produto tangível. - Valor acumulado no produto. - Produzido em ambiente industrial. - Normalmente padronizado. - Qualidade própria do produto. Serviços - Produto intangível. - Valor considerado pelo uso. - Produzido em ambiente de mercado (junto ao cliente). - Normalmente sob encomenda. - Qualidade própria do processo (em função do pessoal). PRODUTOS Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 66 Planejamento de Produtos e Processos Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro INFLUÊNCIAS DO CICLO DE VIDA SOBRE OS OBJETIVOS DE DESEMPENHO DA FUNÇÃO PRODUÇÃO 67 Planejamento de Produtos e Processos Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Planejamento de Processos Tipos de Processos: Contínuos e Intermitentes 68 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ferramentas de processos Gráfico de montagem e Fluxograma Os gráficos de montagem e fluxogramas de processos são recursos muito úteis para planejar e controlar os processos de transformação. Os gráficos de montagem mostram os requisitos de material e a seqüência de montagem dos componentes que formam um conjunto mecânico. Usa os Símbolos: Operação e Inspeção É usado com um desenho ilustrando e representando as posições dos itens. Quando o gráfico inclui especificações para as peças e componentes, mais os tempos de operação, é denominado “gráfico de processos e operações”. 69 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 70 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 71 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 72 O Fluxograma de Processos Produtivos Usado para representar um processo produtivo, facilita a identificação das atividades. Utiliza os Seguintes Símbolos: 73 Ferramentas de processos Representa uma Operação Representa uma inspeção Representa uma movimentação Representa uma armazenagem Representa Espera/estacionamento Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 73 Fluxograma de Processo O fluxograma possui espaço para: duração das atividades, distância de deslocamento, entre outros. Normalmente os fluxogramas são projetados para facilitar análises, questionando-se: porque cada atividade é feita, se ela pode ser aperfeiçoada, eliminada, combinações de tarefas, mudanças nas seqüências de operações, ou de alguma forma simplificações nas tarefas. Ferramentas de processos 74 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ferramentas de processos Fluxograma de Processo – Exemplo de um Inventário 75 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 75 Ferramentas de processos Fluxograma de Processo - Inventário 76 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 76 Ferramentas de processos Exercício: Barras de aço que estão no almoxarifado são retiradas e transportadas ao setor de tornos. Neste setor cada barra é cortada no comprimento certo, e as peças ficam em caixas onde aguardam o transporte para a operação de “prensar a cabeça” do parafuso. As caixas são retiradas pelo operador das prensas, e levadas até elas, que ficam no mesmo setor de tornos. As peças são colocadas na prensa onde são formadas as cabeças dos parafusos. A esta peça chamamos de rebite. Os rebites são inspecionados e aguardam a empilhadeira para serem transportados para a operação de formar “roscas”. A empilhadeira recolhe os rebites e leva-os ao setor de rosqueamento colocando-os diretamente no alimentador. É formada a rosca, os parafusos prontos aguardam a empilhadeira e são levados por ela até o almoxarifado onde são armazenados. Pede-se: Elabore o fluxograma do processo a que é submetido a matéria-prima até ser transformada em parafusos e monte o mapa resumo 77 77 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 77 Ferramentas de processos 78 78 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 78 Ferramentas de processos 79 79 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 79 Ferramentas de processos 80 80 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 80 Ferramentas de processos Fluxograma de Atividades Símbolos Gráficos: 81 Início e Fim Indicador de Fluxo Nome da atividade Nome do executante Decisão Pergunta ? SIM NÃO Nome do subprocesso 1 Conector Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 81 Ferramentas de processos Fluxograma de Atividades Símbolos Gráficos: 82 Nome da atividade Nome do executante Registrando Cliente Indica o uso de Arquivo em Papel na atividade Nome da atividade Nome do executante Oferecendo consulta Indica o uso de Tecnologia da Informação na atividade Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 82 83 Exemplo de Fluxograma INÍCIO FIM Recebe Pedido Vendedor Fazer Produto Recebe Pagamento Tesouraria Entrega Produto Cliente recebeu ? SIM NÃO 1 Registrando Pedido 2 Logística Consultando Mapa Quitando Dívida Lançando no Livro-caixa Ferramentas de processos Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 84 Ferramentas de processos Exemplo de Fluxograma Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Fluxograma Início Cliente chega e faz pedido Espera longa? Cliente chega e faz pedido Espera longa? Cliente coloca pedido Cliente espera pedido Espera longa? Pedido chega Pedido correto? Continua esperando? Venda perdida Continua esperando? Venda perdida Espera outra? Venda perdida Fim N S S N S N N S S N N S Possível área- problema Possível área- problema Possível área- problema 85 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Azar!!! Fluxograma da Competência: só Prá Relaxar 86 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 86 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 87 Estudo da Capacidade Ferramentas de processos -Estudo da capacidade DEFINIÇÕES Tempo Padrão: é o tempo necessário para executar uma operação ou conjunto de operações, de acordo com o método estabelecido, nas condições determinadas, por um operador(s) apto e treinado(s), possuindo habilidade média, trabalhando com esforço médio, durante todas as horas de serviço. Capacidade de Instalação (projeto): é a média programada de produção de produtos padronizados definido no projeto dos equipamentos, em condições operacionais normais. Capacidade do Sistema: é a produção máxima de um produto específico, ou composto de produtos que o sistema de operários e máquinas é capaz de produzir como um todo integrado. Produção Efetiva: é o volume de produção efetivamente realizada com as instalações existentes (peças boas). Eficiência do Sistema (ES): é uma medida da produção efetiva expressa em porcentagem da capacidade do sistema. 88 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ferramentas de processos -Estudo da capacidade A Relação entre: Capacidade Projeto/ Sistema / Produção Efetiva 89 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ferramentas de processos -Estudo da capacidade REPRESENTANDO A CAPACIDADE DO SISTEMA: A capacidade isolada dos centros de trabalho e a produção média efetiva de certo sistema são mostrados neste diagrama de precedência, qual a capacidade deste sistema e sua eficiência? Capacidade do sistema = 22 unidades Eficiência do sistema ES = Prod.Efet. 18 82% Cap.Sist. 22 A capacidade de um sistema é definida pelo setor (centro de trabalho) de menor capacidade. A 24 B 30 C 22 D 40 Prod. Efetiva =18 90 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ferramentas de processos -Estudo da capacidade ” Ex: Os postos de trabalho em uma linha de produção de brinquedos tem capacidades projetadas (unidades/dia) como mostrado abaixo. Se a produção efetiva do sistema foi de 80 unidades, qual a sua capacidade e eficiência? X 180 Y 150 Z 240 91 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ferramentas de processos - Estudo da capacidade Ex: Uma empresa tem seus equipamentos dispostos conforme diagrama abaixo. As peças fabricadas precisam ser processadas em cada uma das três seções em série. Cada torno é capaz de produzir 30 peças por hora, cada fresa 45 peças por hora, e o esmeril pode produzir 85 peças por hora. Cada grupo de máquinas tem um operário diferente, e em virtude da carga de trabalho, o operador de torno pode produzir 25 peças por hora em cada torno. Os operadores da fresa e do esmeril podem produzir 45 peças por hora (por fresa) e 80 peças por hora (por esmeril) respectivamente. Durante a semana anterior (40 horas) a produção efetiva desta empresa foi de 1000 peças. Qual a capacidade do sistema? Qual a eficiência do sistema? 92 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro TORNO 25 TORNO 25 TORNO 25 FRESA 45 FRESA 45 ESMERIL 80 1000 Pçs em 40 hs Ferramentas de processos -Estudo da capacidade TORNO 25 TORNO 25 TORNO 25 FRESA 45 FRESA 45 ESMERIL 80 1000 Pçs em 40 hs Exercício – continuação ..... * Nota--As capacidades Torno=30 por hora, Fresa = 45 por hora e Esmeril = 85 por hora são as capacidades de projeto 93 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ferramentas de processos -Estudo da capacidade Definição do n° de equipamentos Sendo especificada a produção efetiva, a quantidade ou volume de equipamentos para esta produção pode ser melhor determinada, agindo retroativamente para descontar as perdas e ineficiência do sistema. Ex 1: Defina a capacidade exigida do sistema e o nº suficiente de fornos para produzir 400.000 peças boas por ano, sabendo-se que um forno produz uma peça a cada dois minutos, porém um defeito sistemático gera perdas de 6 % e cada forno deverá operar durante 1800 horas/ano. 94 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ferramentas de processos -Estudo da capacidade Ex 2: Um fabricante de combustíveis sólidos pretende aumentar sua capacidade. Cada lote (1 ton.) de combustível deve permanecer 30 minutos no equipamento de cura, incluindo-se nesta duração as operações de carga e descarga. Entretanto, o equipamento é usado somente em 80% do tempo, em virtude de limitações de energia. A produção exigida para o novo lay-out deve ser de 16 toneladas por turno de 8 horas. A eficiência do sistema é calculada em 50% de sua capacidade. Determinar a capacidade exigida do sistema e o nº de equipamentos. 95 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ferramentas de processos -Estudo da capacidade Ex 3: Uma firma de artigos fotográficos precisa determinar quantas câmaras escuras para ampliação de fotos são necessárias para manter uma produção de 200 fotos boas por hora. a montagem e exposição pode, teoricamente, ser feita em 2 minutos por foto, porém os operadores são em média 90% eficientes, além disto 5% das fotos precisam ser refeitas. As câmaras só podem ser utilizadas para ampliações 70% do tempo. Qual a capacidade exigida do sistema em fotos por hora? Qual a quantidade necessária de câmaras? 96 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ferramentas de processos -Estudo da capacidade Ex 4: Uma firma precisa comprar máquinas laminadoras capazes de produzir 160000 peças boas por ano. Sabe-se que 20% da produção será rejeitada. Qual a capacidade exigida do sistema? Usando os dados anteriores, sabendo-se que uma peça leva 90 segundos no processo, e que a fábrica funciona 2000 horas por ano, que as máquinas laminadoras serão usadas em 50% do tempo com uma eficiência de 90%. Qual a produção por hora e nº de equipamentos? 97 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ferramentas de processos Balanceamento de Linha de Produção É a organização das atividades sequenciais em postos de trabalho, a fim de obter uma alta utilização na mão-de-obra e dos equipamentos, minimizando o tempo ocioso. As atividades compatíveis devem ser combinadas em agrupamentos de tempos aproximadamente iguais e de maneira que não violem as relações de precedência. 98 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro A 0,62 B 0,39 C 0,27 D 0,14 E 0,56 F 0,35 G 0,28 98 Balanceamento de Linha de Produção A duração do trabalho (tempo de operação), em que o componente permanece em cada posto de trabalho é o Tempo de Ciclo (T.C.) deste posto. Um balanceamento 100% eficiente equivale a organizar todos os postos com o mesmo TC, o que nem sempre é possível devido às características de tempos padrões para cada atividade. Ferramentas de processos 99 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Balanceamento de Linha O T.C. é a 1° passo do processo de Balanceamento e é definido pela fórmula: Tempo disponível no período ___ Quantidade produzida ou exigida / período Ex: Uma máquina opera 48 horas /semana, devendo produzir 40000 peças. Qual o tempo de ciclo? TC = 48hs x 60 = 2880 = 0,072 minutos 40000 40000 Aplicando esta definição ao conjunto de operações que compõe uma linha de montagem, conclui-se que o tempo de ciclo do sistema é o intervalo de tempo no qual o produto acabado sai da linha de produção Ferramentas de processos 100 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Balanceamento de Linha 2° passo: Para o Balanceamento deve-se definir o número mínimo (teórico) de operários (N), usando: T:TC Onde o somatório de tempo é a soma dos tempos efetivamente gastos em cada posto, para completar uma unidade. Nota: Em um estudo de balanceamento, se o tempo exigido em qualquer posto excede o que é disponível para um operário, deve-se acrescentar mais operários a este posto. Ferramentas de processos 101 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Balanceamento de linha 3° passo: Com a ajuda do diagrama de precedência, agrupa-se as tarefas da direita para a esquerda (início para o fim), definindo os postos de trabalho, de forma a atender o Tempo de Ciclo e alocando os trabalhadores calculados no passo 2. Medida da Eficiência do Balanceamento EfB = nº mínimo teórico/operários ou T____ número real de operários TC x( N ) nº de operários (real) Ferramentas de processos 102 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Balanceamento de linha Ex: O diagrama de precedência a seguir, representa as atividades de montagem de “A a G”, com as durações de cada operação em min. A linha opera 7 horas/dia, sendo desejada uma produção de 600 unid./dia. Definir: A) Duração do ciclo B) Nº mínimo teórico de operários C) Fazer o Agrupamento (Balanceado) D) Medir a Eficiência Ferramentas de processos A 0,62 B 0,39 C 0,27 D 0,14 E 0,56 F 0,35 G 0,28 103 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Solução: A: TC = 7 x 60 = 420 = 0,7 minutos 600 600 B: nº teór. /oper. = 0,62 + 0,39 + 0,27 + 0,14 + 0,56 + 0,35 + 0,28 = 0,7 2,61 = 3,73 operários 0,7 Ferramentas de processos 104 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro C - Agrupa-se as tarefas da direita para a esquerda (início para o fim), com a ajuda do diagrama de precedência, definindo os postos de trabalho, de forma a atender o tempo de ciclo. D- Eficiência: O nº Real de operários será de 4, então e eficiência será: EfB = 3,73 = 93% ou 2,61__ = 93% 4 0,7 x 4 Ferramentas de processos A 0,62 B 0,39 C 0,27 D 0,14 E 0,56 F 0,35 G 0,28 Posto 2 = 0,66 2º operário Posto 3=0,70 3º operário Posto 4 =0,63 4º operário Posto 1=0,62 1º operário 105 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Os Critérios para Balanceamento 1° - O exemplo anterior levou em consideração que: Foi especificado as durações de cada atividade e o volume de produção desejado, neste caso Calcula-se o TC e o nº de operários, agrupa-se as tarefas da direita para a esquerda (início para o fim), com a ajuda do diagrama de precedência, definindo os postos de trabalho, de forma a atender o tempo de ciclo. 2° - Outra possibilidade: Estando pré-estabelecido o número de postos/operários, e conhecidos os tempos de cada atividade: Ferramentas de processos 106 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 1º) Calcula-se a duração do ciclo, o que representa o tempo médio mínimo necessário em cada posto de trabalho que deve ser igual ou maior que a duração de uma atividade, pois este TC é uma referência de objetivo para o balanceamento: Tempos TC = T nº (operários preestabelecidos) (Tempo de ciclo) 2º) Agrupa-se por tentativa as atividades respeitando as relações de precedência, e seleciona-se a que resulta em um menor Tempo de Ciclo para o sistema, o que definirá a máxima produção. Ferramentas de processos 107 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Exemplo 1: Considerando os dados do exemplo anterior, e estando definido que devem ser usados três operários / postos de trabalho, definir: Qual a duração do ciclo? Que agrupamento de atividades resulta na maior produção/hora? Que produção resultará em um dia de 7 horas? Qual a eficiência do balanceamento? Ferramentas de processos A 0,62 B 0,39 C 0,27 D 0,14 E 0,56 F 0,35 G 0,28 108 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ex 2: Considerando que um Processo de montagem é representado pelo seguinte diagrama de precedência, e que se deseja uma produção de 367 unidades por 8 horas/dia. A linha de produção é paralisada por 20 minutos no período da manhã e 20 minutos à tarde. Pede-se: Melhor agrupamento das tarefas em postos de trabalho. Qual a eficiência do balanceamento? Ferramentas de processos 109 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 1 -1,1 2 - 0,4 3- 0,5 5- 0,3 7- 3,4 4 1 ,2 6 - 0,4 8 - 0,8 9 - 0,7 10 - 0,3 Diagrama de precedência do Ex 2: Ferramentas de processos 1 -1,1 2 - 0,4 3- 0,5 5- 0,3 7- 3,4 4 1 ,2 6 - 0,4 8 - 0,8 9 - 0,7 10 - 0,3 110 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ex 3- Considerando os dados do exercício anterior e estando pré-estabelecido o nº de 4 operários/ postos defina: Qual o tempo de ciclo? Qual o melhor agrupamento das atividades? Qual a produção de um dia de trabalho? Qual a eficiência do balanceamento? Ferramentas de processos 111 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 1 -1,1 2 - 0,4 3- 0,5 5- 0,3 7- 3,4 4 1 ,2 6 - 0,4 8 - 0,8 9 - 0,7 10 - 0,3 EX 4: Um problema de balanceamento resultou em 10 postos de trabalho, sendo o mais curto de 2,1 minutos; mais longo 3 minutos e o somatório de tempos do sistema 24 minutos. Admitindo 1 operário por posto, qual a eficiência do balanceamento? Ex 5: Um trabalho de balanceamento resultou em um agrupamento de postos com um trabalhador em cada conforme a seguinte tabela. Achar o tempo de ciclo e a eficiência do balanceamento. Ferramentas de processos Posto Atividades Duração A 1 e 2 1,2 B 3, 5 e 6 1,4 C 4 e 7 0,9 D 8, 10 e 11 1,3 E 9 1,5 112 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 112 EX 6: Uma fábrica de móveis requer os tempos do diagrama abaixo. Pretende-se uma produção de 6 unidades por hora, sendo que cada operário contribui com 48 minutos por hora de trabalho produtivo. Qual o TC Nº de operários Qual o melhor agrupamento e qual a eficiência do balanceamento? Ferramentas de processos A 4,4 B 0,8 C 3,5 D 7,0 E 14,6 113 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ex 7: Um fabricante de brinquedos tem a seguinte linha de produção operando com capacidade de 1 por minuto. Agrupe as atividades na melhor disposição Qual a eficiência do balanceamento? Ferramentas de processos 1 - 0,2 2 - 0,6 3 - 0,4 4 - 0,7 5 - 0,3 6 - 0,5 7 - 0,6 8 - 0,1 9 - 0,4 114 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ferramentas de processos Ex 8: Se o fabricante de brinquedos (diagrama abaixo) considerar uma demanda de 1200 produtos por dia trabalhando dois turnos de 8hs, qual o melhor agrupamento e eficiência deste arranjo? 1 - 0,2 2 - 0,6 3 - 0,4 4 - 0,7 5 - 0,3 6 - 0,5 7 - 0,6 8 - 0,1 9 - 0,4 115 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Gráficos Homem-Máquina (ou Carta de Atividades Múltiplas) Estes gráficos servem para registrar as atividades simultâneas de um operário e os equipamentos que ele opera. Eles ajudam a identificar o tempo improdutivo e os custos de operários e de máquinas. Com isto os planejadores de processos podem definir a combinação homem-máquina mais eficaz. O gráfico homem-máquina mostra o tempo de um ciclo de trabalho, isto é, o espaço de tempo exigido para executar uma completa combinação de atividades. Ferramentas de processos 116 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Exercício 1 Um operador gasta 2 minutos para carregar e 1 minuto para descarregar uma máquina injetora. Existem 2 máquinas fazendo a mesma operação, a duração da operação em cada uma é de 4 minutos. Os custos são de $8 por hora para operador e de $20 p/hora por máquina. Construir o gráfico homem-máquina e definir o momento em que o sistema entra em regime. Qual a duração do ciclo? Qual o tempo improdutivo do operário por ciclo? Qual o tempo improdutivo por ciclo para as máquinas? Qual o custo total por ciclo? Qual o custo do tempo improdutivo por hora? Ferramentas de processos 117 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 118 Ferramentas de processos: Solução ex 1 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ex:2- Um operário manuseia 3 máquinas simultaneamente, sendo o tempo de carga da máquina 1 = 4 minutos e das máquinas 2 e 3 = 6 minutos, os tempos de operação; máquina 1 = 12 minutos, máquinas 2 = 10 minutos e máquina 3= 6minutos. Tempo de descarga máquina 1 = 2 minutos, máquinas 2 e 3 = 4 minutos Elaborar o gráfico homem-máquina Definir o momento que o sistema entra em regime Qual a duração de um ciclo? Qual o tempo improdutivo por ciclo para máquinas e operários? Qual o custo total por ciclo, sendo os custos do operário = $12/hora e das máquinas = $22/h cada? Qual o custo por hora da improdutividade? 119 Ferramentas de processos Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro C1 4 Esc H M1 M2 M3 C2 6 2 C1 C P P C3 6 4 C1 C P P Op1 12 6 C2 O C P op2 10 8 C2 O C P op3 6 10 C2 O C P D1 2 12 C3 O O C D2 4 14 C3 O O C D3 4 16 C3 O O C 18 D1 D O O 20 C1 C O O 22 C1 C P O 24 D2 O D P 26 D2 O D P 28 C2 O C P 30 C2 O C P 32 C2 O C P 34 D3 O O D 36 D3 P O D 38 C3 P O C 40 C3 P O C 42 C3 P O C 44 D1 D P O 46 C1 C P O 48 C1 C P O O 120 Graf. ex 2 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ex:3- Para operar dois equipamentos simultaneamente, um operário gasta os seguintes tempos: Carga máquina 1 = 3 minutos máquina 2 = 2 minutos Operação máquina 1 = 6 minutos máquina 2 = 4 minutos Descarga máquina 1 = 2 minutos máquina 2 = 1 minutos Custos operário = $12/h máquina 1 = $30/h máquina 2 = $20/h Pede-se: Elaborar o gráfico e definir o momento que o sistema entra em regime Qual a duração do ciclo? Qual o custo total do ciclo? Qual o custo do tempo improdutivo por hora? 121 Ferramentas de processos Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Análise da Relação “Custo-volume” ( Ponto de Equilíbrio ) Break- Even Point Análise do Ponto de Equilíbrio é um modelo gráfico e algébrico para descrever a relação entre custos e lucros para os diversos volumes de produção, auxiliando nas tomadas de decisão para diversos objetivos. Os custos devem ser classificados como fixo (CF) ou variáveis (CV), sendo o total dos CV’s mutável de acordo com o volume de produção (Q). Análise da Relação “Custo-volume” ( Ponto de Equilíbrio ) Break- Even Point Os lucros existem quando a receita total (RT) excede o custo total (CT). No ponto de equilíbrio (P/E) o lucro é (zero) ou RT = CT. Reconhecendo que a Receita Total refletem o preço de venda por unidade (P) vezes (x) a quantidade vendida (Q), podemos expressar a relação RT = CT como P x Q = CF +CV x Q no Ponto de Equilíbrio . Análise da Relação “Custo-volume” ( Ponto de Equilíbrio ) Break- Even Point Representação Gráfica Análise da Relação “Custo-volume” ( Ponto de Equilíbrio ) Break- Even Point *Outras fórmulas Custo total (CT) = CF + CVT (custo variável total) Lucro = RT – CT Custo Variável Total (CVT) = CV x Q Receita Total = P x Q Quantidade no Ponto de Equilíbrio- Análise da Relação “Custo-volume” ( Ponto de Equilíbrio ) Break- Even Point Margem de Contribuição É uma medida auxiliar de valor econômico, que nos diz quanto do preço pela venda de um item irá contribuir para cobrir os custos fixos, com o restante indo para os lucros. A margem de contribuição é determinada subtraindo-se o custo variável do preço. Toda margem de contribuição é absorvida ao pagar os custos fixos até o ponto de equilíbrio. Margem de contribuição (MC) = P – CV Podemos usar o princípio do PE para tomadas de decisão em diversas situações de planejamento de processos. Análise da Relação “Custo-volume” ( Ponto de Equilíbrio ) Break- Even Point Exercícios: 1- Os custos Fixos de uma pequena empresa são de $46 mil, e os custos variáveis equivalem a 50% do preço de venda, que é $40 por unidade. A-Calcular a Qpe B-Qual o lucro ou prejuízo com a produção de 3000 unid C- Gráfico 2-Um promotor de esportes aluga um estádio de 40 mil lugares para jogos de futebol. As entradas são vendidas em média por $14 cada. Se os custos fixos por temporada (4 jogos), forem de $720 mil e os custos variáveis $2 por espectador, qual o ponto de equilíbrio em número de lugares por jogo? Represente graficamente. 3-um fabricante de tintas produz 9 mil sprays por ano obtendo uma receita de $675 mil. Sendo seus custos fixos $120 mil por ano e os custos totais $354 mil. Com quanto cada spray contribui para o custo fixo e o lucro? Qual a Qpe? Análise da Relação “Custo-volume” ( Ponto de Equilíbrio ) Break- Even Point Exercícios: 4-Uma empresa tem custos fixos anuais de $3,2 milhões e custos variáveis de $7 por unidade. Ela está analisando um investimento adicional, o que aumentará seus custos fixos em $150 mil por ano e aumentará sua margem de contribuição em $2 por unidade. Não se prevê mudança no preço de venda, que é de $15. Pelo ponto de equilíbrio, qual a situação atual e com o novo investimento? Qual deve ser a decisão? 5- O processo “X” tem custos fixos de $20.000 por ano e custo variáveis de $12 por unidade, ao passo que o processo”Y” tem custos fixos de $8.000 por ano e custos variáveis de $22 por unidade. Em que quantidade são iguais os custos totais de X e Y? Represente graficamente e defina as condições para decisão de escolha do processo. 6- Um agricultor produziu e vendeu 40 mil caixas de frutas a $3 cada. Os seus custos variáveis totais foram de $60 mil e os custos fixos de $75 mil. A) Qual a quantidade de Equilíbrio B) Quanto houve de lucro C) Qual a margem de contribuição por caixa D) represente graficamente. Análise da Relação “Custo-volume” ( Ponto de Equilíbrio ) Break- Even Point Exercícios: 7- Uma agência de viagem tem um pacote que é vendido por $125. Os custos fixos são de $80 mil, e, com os atuais 1000 clientes, os custos variáveis são de $25 mil e os lucros de $20 mil. A) Qual a quantidade de Equilíbrio B) Quantos clientes adicionais serão necessários para ter um aumento do lucro em $1 mil? C) Represente graficamente. 8- Um departamento de águas municipal, sem fins lucrativos, tem custos variáveis (trabalho direto) de $5 milhões por ano, A receita atual, baseada no serviço de 200mil contas, é de $20 milhões por ano. O gerente do departamento deseja modernizar os equipamentos, o que elevará em $1 milhão os custos fixos anuais e reduzirá o custo da mão-de-obra em 25%. Qual o volume de contas necessário para justificar o investimento, mantendo-se inalterado o preço pago pelos munícipes? 9- Considerando a necessidade de aquisição de um equipamento para produzir um novo produto, dois modelos foram analisados e os dados de custos são os seguintes: Equipamento “A” gera custos fixos de $5 mil por mês e custos variáveis de $10 por unidade, o equipamento “B” gera custos fixos de $6 mil por mês e custos variáveis de $8 por unidade. Como deve ser a decisão? Demonstre graficamente. 10- Para um segundo produto, os mesmos equipamentos do exercício anterior foram analisados e os dados de custos foram os seguintes: Equipamento “A” gera custos fixos de $5 mil por mês e custos variáveis de $10 por unidade, equipamento “B”, custos fixos de $6 mil por mês e custos variáveis de $12 por unidade. Como deve ser a decisão? Represente graficamente. Técnicas de planejamento e controle. Previsão e Planejamento de Demanda Agregada É o processo de planejar a quantidade a ser produzida a médio prazo por meio do ajuste da cadência de produção, da disponibilidade de mão-de-obra, material, e demais variáveis controláveis. O objetivo do planejamento agregado é atender às demandas irregulares de mercado pela efetiva utilização dos recursos da empresa. O planejamento está agregado, no sentido de que ele não trata os produtos individualmente, mas agrupa-os em categorias homogêneas. 130 130 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 130 Técnicas de planejamento e controle. O Efeito da agregação dos dados. A Previsão da demanda feita com dados agregados reduz as margens de erros. O exemplo de uma casa de lanches Ilustra: Sanduíche Previsão para o mês passado (feita há um ano) Quarteirão com queijo 2500 Big Mac 6000 Hamburger 4500 Cheeseburger 3000 Filé de peixe 1200 MacChicken 1800 Total 19.000 131 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 131 Técnicas de planejamento e controle. Efeito da agregação dos dados (Vendas Efetivas) O erro observado com os dados agregados é significativamente menor que a média dos erros individuais. Sanduíche Vendas efetivas no mês passado na loja analisada % erro da previsão Quarteirão com queijo 1930 22,80% Média dos Big Mac 7269 21,15% erros das Hamburger 4980 10,66% previsões por Cheeseburger 2730 9,00% Sanduíche Filé de peixe 1429 19,08% 20,8% MacChicken 1050 41,66% Total 19.388 2,04% 132 132 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 132 Técnicas de planejamento e controle. Efeitos dos horizontes e da agregação dos dados nas previsões 133 133 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 133 Técnicas de planejamento e controle. 134 Passos do Planejamento Agregado Adotar um sistema de medida universal da produção de todos os produtos; Elaborar uma previsão de vendas de 6 a 18 meses; Transformar a demanda agregada em trabalhadores, materiais, máquinas... Desenvolver esquemas alternativos para fornecer a capacidade de produção necessária; Escolher a melhor alternativa. 134 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 134 Técnicas de planejamento e controle. 135 Uso estratégico do planejamento Agregado Fontes de Capacidade produtiva para Médio Prazo Trabalho em horas normais; Trabalho em horas extras; Estoques; Subcontratação. Planos Alternativos Acompanhar a demanda: Compensando com Admissão ou Demissão de Trabalhadores. Treinamento em horas de folga, ociosas. Nivelar a Capacidade Produtiva: Compensando com Estoques; Compensando com Trabalho em Horas-Extras ou em Tempo Parcial; Compensando com Subcontratações; Compensando com “Backlog”. Não aceitação de pedido Interferindo na demanda (preços, promoções, etc) 135 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 135 Técnicas de planejamento e controle. Alternativa de acompanhamento da previsão 136 Demanda Capacidade de Produção Demanda e Capacidade 1 2 3 4 Trabalho em hora-extra, em tempo parcial ou com subcontratações Compensando com Trabalho em Horas Extras, em Tempo Parcial ou com Subcontratações. 136 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 136 Técnicas de planejamento e controle. Alternativas para atender a previsão com nivelamento da Capacidade 137 Capacidade Nivelada Demanda Horizonte de planejamento Demanda e Capacidade 1 2 3 4 O Backlog será reduzido Compensando com Backlog O Backlog será aumentado Capacidade Nivelada Demanda Horizonte de planejamento Demanda e Capacidade O Estoque será aumentado Compensando com Estoques O Estoque será reduzido 137 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 137 Técnicas de planejamento e controle. 138 Critérios para Seleção de um Plano Agregado Custo de Contratação de MO; Custo de Demissão de MO; Custo de Subcontratação; Custo das Horas Extras; Fatores Qualitativos, como reação a atrasos, moral dos colaboradores, qualidade dos produtos.... 138 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 138 Técnicas de planejamento e controle. Método Gráfico para Análise de Previsão Agregada Este método promove um entendimento do plano agregado, para atender às previsões de demanda ou para dar uma resposta alterada a ela, através das necessidades de produção e as projeções cumulativas de carga de trabalho. Roteiro para construção dos instrumentos de Análises Preparar o quadro determinando as demandas diárias Calcular a exigência média de previsão Plotar a demanda em um histograma de exigência média e previsão Representar graficamente a exigência de previsão e a exigência média de previsão (gráfico cartesiano). Analisar o grau de atendimento com a produção média. 139 139 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 139 Técnicas de planejamento e controle. Ex.: Estando definida a seguinte previsão, em unidades, para um item cuja demanda é influenciada por fatores sazonais, desenvolva o processo para análise da previsão: 140 140 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 140 Técnicas de planejamento e controle. 1° passo: Elaborar o quadro de demanda diária: 141 Calcular a “Exigência Média da Previsão” Demanda cumulativa = 3500 = 14 pçs/dia Dias de prod. cumulativa 250 141 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 141 Técnicas de planejamento e controle. 2º - Construir o Histograma representando a demanda diária x Exigência Média 142 142 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 142 Técnicas de planejamento e controle. 3º - Gráfico da Previsão Cumulativa x Produção pela Exigência Média cumulativa 143 Formação de estoque Consumo de estoque 143 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 143 Técnicas de planejamento e controle. 4º passo- Quadro do nível de atendimento com a produção média e a Solução Com uso de estoque de Segurança. *Produção Média: é o (número de dias produtivos) x (a Exigência Média). 144 144 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 144 Técnicas de planejamento e controle. Exercício de Fixação Considerando o seguinte plano de produção, desenvolver o processo de análise de previsão, e demonstre a solução com o estoque inicial que garanta 100% de atendimento. 145 145 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 145 Técnicas de planejamento e controle. Solução 1º - Tabela de demanda Diária e Exigência Média 146 146 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 146 Técnicas de planejamento e controle. 2º - Histograma 147 147 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 147 Técnicas de planejamento e controle. 3 º- Gráfico de Demanda e Produção Acumulada 148 148 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 148 Técnicas de planejamento e controle. 4º -Tabela do grau de atendimento 149 149 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 149 Técnicas de planejamento e controle. Exercício de Fixação Considerando a seguinte demanda Agregada, desenvolver o processo de análise da previsão, e demonstrar a solução com o estoque que garanta um nível de 100% no atendimento. 150 150 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Demanda 128 216 120 120 150 220 168 200 220 114 Dias Úteis 16 18 20 20 25 22 21 20 20 25 150 Técnicas de planejamento e controle. Solução- Tabela de Demanda Diária Mês Dem Dias uteis Dem/ dia dias ac Dem ac ExigM Prod.ac/méd jan 128 16 8 16 128 8 128 fev 216 18 12 34 344 8 272 mar 120 20 6 54 464 8 432 abr 120 20 6 74 584 8 592 mai 150 25 6 99 734 8 792 jun 220 22 10 121 954 8 968 jul 168 21 8 142 1122 8 1136 ago 200 20 10 162 1322 8 1296 set 220 20 11 182 1542 8 1456 out 114 25 5 207 1656 8 1656 151 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 151 Prof Reinaldo V. Carraro Histograma 152 152 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 152 Prof Reinaldo V. Carraro Gráfico de Demanda x Prod. Ac 153 153 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 153 Técnicas de planejamento e controle. Tabela do grau de Atendimento 154 154 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 154 Prof Reinaldo V. Carraro Tabela do grau de Atendimento 155 155 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 155 Ficha de carga: A ficha de carga é o instrumento usado para controlar a capacidade disponível em cada setor da empresa, e indicar a carga de trabalho alocada em cada um deles. Técnicas de planejamento e controle. 156 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Técnicas de planejamento e controle. 157 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ex - Considerando o recebimento de uma nova encomenda de 10000 unid. do item P002, que apresenta o seguinte roteiro de fabricação, complete a ficha de carga anterior.: Técnicas de planejamento e controle. 158 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Técnicas de planejamento e controle. 159 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Técnicas de planejamento e controle. Ferramentas... 160 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro CRONOGRAMA, DIAGRAMA DE BARRAS, GRÁFICO DE GANTT. "Idealizado por Henry l. Gantt, antes da I Guerra, foi amplamente utilizado pelo exército e marinha Americana durante a guerra em substituição ao método das alfinetes e bandeirinhas para indicar os objetivos a atingir e os conquistados, fazendo assim o planejamento e controle das missões". O cronograma consiste na utilização de símbolos, que podem variar de empresa para empresa, para demarcar ao longo das linhas um segmento proporcional ao intervalo de tempo necessário para cada atividade, sem que haja mais de uma atividade designada para o mesmo recurso simultaneamente, e sendo obedecida a seqüência de processamento estabelecida ( relação de dependência). Ferramentas de Planejamento 161 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ferramentas de Planejamento Cronograma.... 162 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Exemplo: Para a construção de uma hidrelétrica, foram definidas as seguintes etapas e respectivas durações: Elaborar o Gráfico de Gantt e indicar a duração total do projeto. Ferramentas de Planejamento Cronograma 163 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ferramentas de Planejamento Cronograma - solução 164 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Escala de Tempo It Atividade Dur DEP Resp 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 21 1 Projeto da hidrelétrica 6 - 2 Escolha do local 4 1 3 Escolha dos fornecedores 2 1 4 Seleção do pessoal 1 1 5 Preparo do local 6 2 6 Fabricar gerador 9 3 7 Preparar manual operação 2 3 8 Instalar gerador 2 5 e 6 9 Treinar operadores 4 4 e 7 10 Licenciar a empresa 2 8 e 9 Ferramentas de Planejamento Cronograma - solução 165 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Escala de Tempo It Atividade Dur DEP Resp 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 1 Projeto da hidrelétrica 6 - 2 Escolha do local 4 1 3 Escolha dos fornecedores 2 1 4 Seleção do pessoal 1 1 5 Preparo do local 6 2 6 Fabricar gerador 9 3 7 Preparar manual operação 2 3 8 Instalar gerador 2 5 e 6 9 Treinar operadores 4 4 e 7 10 Licenciar a empresa 2 8 e 9 Exercício : Para construção de uma escola, foram definidas as seguintes atividades, com suas durações e dependências: PEDE-SE: Construa o Gráfico de Gantt e defina a duração da obra. Ferramentas de Planejamento Cronograma 166 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Cálculo de datas e definição do Caminho crítico Para cálculo das datas (início e término), das folgas (prorrogações), e definição do caminho crítico utiliza-se as seguintes simbologias e fórmulas: PDI - Primeira Data de Início, é a data mais cedo em que a atividade pode ser iniciada sendo obedecidas as durações estimadas para suas antecessoras. PDT - Primeira Data de Término, é a data mais cedo de término de uma atividade que se inicia em sua PDI e sua duração estimada é obedecida. FL - Folga Livre, é a folga disponível a uma atividade, sem que prejudique as PDI's de suas sucessoras. UDI - Última Data de Início, é a data mais tarde em que a atividade deve iniciar, sob pena de se atrasar o projeto como um todo. UDT - Última Data de Término, é a data mais tarde de término da atividade que se inicia na UDI e tem sua duração obedecida. FT - Folga Total, é a folga disponível a uma atividade, sem que prejudique as UDI's de suas sucessoras. CAMINHO CRÍTICO - É o caminho de maior duração de um projeto. É constituído pelas atividades que possuem, cada uma, o menor valor de FT entre suas atividades Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 167 METODOLOGIA E FÓRMULAS para o cálculo das datas 1ª Etapa = PDI e PDT Ponto de partida/ seqüência - Pelas Primeiras atividades. Convenção - A PDI das primeiras atividades do projeto é 1. Fórmulas - (Para as atividades intermediárias). PDI = PDTmáx + 1 (PDTmáx é a maior PDT entre as atividades antecessoras) PDT = PDI + Duração -1. - 2ª Etapa = FL (Folga Livre) Ponto de partida/ seqüência - Opcional Convenção - A FL das últimas atividades é 0 (zero). Fórmula: FL = PDImín - PDT - 1 (PDImín é a menor PDI entre as atividades sucessoras). 3ª Etapa: UDI e UDT. Ponto de Partida/ Seqüência - Pelas últimas atividades. Convenção - Para UDT das últimas atividades devemos usar a data contratual ou a maior PDT entre as últimas atividades. Fórmula - UDT = UDImín -1 (UDI mín, é a menor UDI entre as atividades sucessoras). UDI = UDT - Duração +1 4ª Etapa: FT Ponto de partida/ Seqüência - Opcional Fórmula: FT = UDT – PDT Ou UDI - PDI Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 168 Exemplo de planilha de Cálculo de datas considerando o exemplo da construção da escola Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 169 169 Exemplo de planilha de Cálculo de datas Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 170 O caminho crítico é formado pelas atividades de menor folga Total: A; B; C; E; I; J; L 170 Exemplos de planilha de Cálculo de datas Elabore a planilha do cálculo de dadas para o exercício da “Hidrelétrica” identifique o caminho crítico Considerando a seguinte relação de atividades , e suas respectivas dependências e durações, elabore o gráfico de Gantt , a tabela de cálculos de datas, e indique a duração do projeto e seu caminho crítico. Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 171 Redes PERT/CPM A Rede ou Diagrama PERT/CPM, é uma evolução do diagrama de barras (Gantt), e têm a seguinte origem e definição: CPM, Critical Path Method, (Método do Caminho Crítico), surgiu em 1957, desenvolvido na empresa americana Du Pont de Nemoris, para o planejamento e controle de manutenção em grandes equipamentos de suas usinas químicas e atividades de engenharia, tendo promovido a redução do tempo de manutenção em uma de suas unidades, de 125 para 78 horas. PERT, Program Evaluation and Review Techinique, (Técnica de Avaliação e Revisão de Programa), foi desenvolvido em 1958 para o governo Americano administrar e controlar o projeto e produção da série de foguetes Polaris, do programa de mísseis balísticos da esquadra aérea, de modo que o prazo e custos estimados fossem obedecidos. O programa envolvia cerca de 250 fornecedores 9000 subfornecedores e 70000 itens, tendo conseguido uma redução de 5 para 3 anos no prazo original do projeto. Os modelos PERT e CPM apresentam pequenas diferenças em suas formas originais, mas acabaram se fundindo devido a sua grande similaridade. O PERT usa aspectos probabilísticos e o CPM aspectos determinístico a partir de 1962 passou-se a usar a sigla PERT/CPM. Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 172 Redes PERT/CPM Representação Gráfica. Existem duas formas para representação das redes: 1°- Método Francês, Diagrama de blocos ou Diagrama de precedência, desenvolvido por Le Roy. 2°- Método Americano ou Diagrama de Setas. Pelo método Francês, a rede é representada por: Setas representam a relação e ordem de ligação das atividades. Blocos representam as atividades, as durações podem ser colocadas dentro ou fora dos blocos. Exemplo: Francês Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 173 Redes PERT/CPM O método Americano, ou diagrama de setas, é o mais utilizado e a sua elaboração obedece a seguinte representação gráfica: Setas com linhas cheias, representam as atividades. Setas com linhas tracejadas, representam as atividades "fantasmas", não consomem tempo, nem recursos, servem para representar a interdependência entre as atividades . Círculos, representam os eventos, são o início e o fim de cada atividade não consomem tempo nem recursos . Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 174 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 175 Redes PERT/CPM Ilustração, método Americano: Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 176 Ilustrando a diferença dos métodos: Redes PERT/CPM Os cálculos de datas para definição do caminho crítico seguem as fórmulas apresentadas no estudo do Gantt. 176 Redes PERT/CPM Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro 177 Exercícios de fixação: Elaborar a rede PERT pelos dois métodos para os projetos utilizados no estudo do gráfico de GANTT (Construção da hidrelétrica e da escola) Definir as PDI; PDT; UDI; UDT; FL; FT e indicar o Caminho Crítico. Consideras seguintes posições para indicação das datas: Redes PERT/CPM Elaborar a rede PERT/CPM pelos dois métodos, fazer os cálculos de Datas e indicar o caminho crítico 178 Atividade Dep DUR A Nenhuma 1 B Nenhuma 2 C Nenhuma 3 D C 3 E A 2 F B,D 1 G C 3 H C 4 I F,G,A 5 J F,G,A 2 K E,F 3 L K,I 4 M L,H 3 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro MRP Técnica de administração integrada, desenvolvida na década de 70, teve sua divulgação mais intensa a partir de 1971, quando foi desenvolvido um programa "nacional de publicidade e educação" por administradores da APICS, (American Production and Inventory control society), nos EUA. A necessidade de se criar uma nova técnica de gerenciamento, originou-se da ineficácia do modelo de departamentalização que caracterizavam as empresas ocidentais, o que promovia a busca de objetivos individuais, ainda que derivados dos objetivos globais da empresa, dificultando a competição com concorrentes que despontavam, muito mais ágeis e eficientes no mercado, com maior destaque para os japoneses. Ferramentas de Planejamento 179 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro O Profissional de MRP 180 A ABAI, representa a APICS (Association for Operations Management - nova denominação) no Brasil, promove e administra as certificações CPIM - (Certified in Production and Inventory Management) e CIRM - (Certified in Integrated Resource Management). O CPIM é um processo de certificação profissional voltado para os profissionais de logística, manufatura, compras, vendas, distribuição e planejamento, envolvidos de alguma forma na gestão da cadeia de abastecimento (SCM), enquanto o CIRM, visa inserir a gestão da cadeia de abastecimento nos outros setores da empresa (administrativo, financeiro, marketing e vendas), interessa a todos os setores da empresa, assim como aos já certificados CPIM querendo uma complementação. ABAI- Associação para Educação em Administração Empresarial http://www.abai.com.br/ Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro MRP....Continuação O MRP passou por fases de grande evolução em seu conteúdo: Surgiu como MRP (MRP I), Material Requirement Planning; Planejamento das Necessidades de Material, nesta fase o enfoque é com a gestão eficiente dos recursos materiais, pois representam a maior parcela na formação de custos das empresas . Em uma Segunda fase ele agrega a gestão e controle da capacidade (manufatura), é o MRPII, Manufacturing Resource Planning; Planejamento dos Recursos de Manufatura. Na terceira fase o MRPII evolui para o ambiente JIT (Just In Time) integrando-se a todas as áreas da empresa, inclusive aos sistemas de projeto e fabricação apoiados por computador, neste nível, o que seria o MRP III volta a ser apenas uma sigla MRP. Ferramentas de Planejamento 181 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ferramentas de Planejamento 182 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro OBJETIVOS/METAS - Rotatividade do estoque - Atendimento ao cliente - Produtividade da mão-de-obra - Utilização da capacidade. - Custo de materiais - Custo de transporte -Custodo sistema FUNÇÕES/ATIVIDADES - Previsão e entradas de pedidos - Plano mestre de produção - Plano global (agregado) de produção - Liberação das ordens (colocação, aumento, redução, e cancelamento). - Seguimento (followupcompras, recebimento,econtrole da produção ). - Planejamento da capacidade. - Manutenção dos registros. - Coordenação OBJETIVOS E FUNÇÕES DO MRP ENTRADAS E SAÍDAS PARA O MRP. Para se estruturar um ambiente com um sistema MRP, e atingir os objetivos cumprindo as funções, existem entradas básicas mínimas, que promovem os resultados (saídas), ....são elas: ENTRADAS: - Programa mestre de Produção (MPS, Master Production Schedule). - Registros de inventário (físico + ordens de compras + ordens de fabricação). - Estrutura do produto – BOM (Bill of Material ). SAÍDAS: - Plano das necessidades de materiais. - Liberação de pedidos e reprogramação dos pedidos abertos. - Plano das necessidades de capacidade. - Listas de despachos para controle do piso de fábrica. - Programação de fornecedores (Forecast). - Relatórios de desempenho. Ferramentas de Planejamento 183 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro REPRESENTAÇÃO DA ESTRUTURA DO PRODUTO NO AMBIENTE MRP Para que uma rotina de MRP possa ser implementada a estruturação do produto deve seguir uma formatação em “cascata” representando a hierarquia de cada item do produto, as denominações mais usuais para as forma de representação são: Estrutura analítica ou árvore do produto (diagrama em blocos ou EAP), e a formatação de relatório é denominada Estrutura Endentada ou estrutura em múltiplos níveis, conforme figuras abaixo. Ferramentas de Planejamento 184 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro Ferramentas de Planejamento REPRESENTAÇÃO DA ESTRUTURA DO PRODUTO NO AMBIENTE MRP 185 Prof Msc Reinaldo Viveiros Carraro A ROTINA DE EXPLOSÃO DE NECESSIDADES: A partir da definição da necessidade dos itens de demanda independente (Plano Mestre), o MRP desenvolve os cálculos de quantidades e datas de necessidades para todos os itens de demanda dependente, percorrendo a estrutura (árvore) do produto, e considerando as informações de inventário. De forma didática, usando o mesmo produto (H) da
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