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Notas Aulas Macroeconomia 2017 1 parte 2 - Engenharia Mecanica UFRJ - Prof. Klitia

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1 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL 
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
Disciplina: Economia A 
Macroeconomia 2017 -1 – Parte 2 
Profa. Klitia Bicalho de Sá 
 
Consumo e Poupança 
 
O consumo é a parcela mais importante do PIB, em 2013 representou 62.6% do PIB. Estes 
crescimentos são de PIB nominal ou Yn ou P.Y onde P = nível de preços e Y é o PIB real. PIB em 
termos reais tem decrescido. 
 
Assumindo que o consumo é uma função crescente da renda disponível (Yd) e C representado 
pela seguinte equação : 
 
 
 
C = c0 + c1 YD ou C=co+c1(Y-T) 
onde c0 e c1 são parâmetros. 
c1 representa o efeito sobre o consumo de uma determinada variação na renda disponível. Por 
exemplo, se c1 = 0,85, um aumento de $1 na renda disponível levará a um aumento de R$0.85 no 
consumo. c1 é chamado propensão marginal a consumir e representam a variação no consumo 
para uma variação na renda disponível. 
 
Yd= renad disponível e é igual a renda menos os impostos pagos ou seja Yd = Y-T 
 
A renda disponível, Yd, pode ser alocada para o consumo ou para poupança, assim 
 YD = C + S e qualquer variação na renda disponível será dividida entre consumo e poupança. 
Ou seja, c1 será maior do que 0 e menor do que 1. 
 
 2 
c0 representa o nível de consumo que ocorre quando YD = 0. Isso vai ocorrer via despoupança 
(os indivíduos irão desaplicar seus ativos ou tomar dinheiro emprestado). c0 pode ser referido 
também como consumo autônomo, aquela porção de consumo que independe da renda. 
 
Como Yd = C + S, qualquer aumento na renda disponível gerará um aumento no consumo e/ou 
um aumento na poupança. O grau em que tanto o consumo como a poupança aumentarão 
depende da propensão marginal a consumir, c1. 
 
A função poupança é dada pela seguinte equação: 
 S = - c0 + (1 – c1) [Y – T]. 
 
Se estabelecermos Yd = 0 (isto é, Y – T = 0), vemos que S = - c0. ( C = c0 e o recurso para 
consumo sem renda vem da poupança, daí ela ser negativa). A expressão (1 – c1) representa, 
portanto, a propensão marginal a poupar. 
 
A propensão marginal a poupar mede a extensão em que a poupança varia em decorrência de 
uma dada variação na renda disponível. 
 
Variações em YD gera movimentos ao longo da relação de poupança. 
 
 
 
 
 
 
 3 
Equilíbrio do Mercado de Bens 
 
Suponha que uma economia esteja em equilíbrio e ocorra um evento capaz de aumentar a 
demanda por bens e serviços (por exemplo aumento das despesas do Governo). As empresas 
respondem a isso aumentando a produção. A renda é igual ao produto e este aumento da renda 
causará novamente um aumento de demanda (consumo aumenta). Empresas responderão a este 
segundo aumento de demanda produzindo mais. Isto continua até que novo equilíbrio seja 
alcançado. 
 
No equilíbrio: Demanda = Produto 
 
 
Modelo da Demanda 
 
Assumindo que: 
 as empresas não mantem estoques; 
 a economia é fechada (isto é, X = M = 0); 
 as empresas produzem o mesmo bem; 
 as empresas se dispõem a vender qualquer quantidade deste bem a um determinado 
preço. 
 
Para esta economia, a demanda pelos bens (Z) se define como Z = C + I + G. 
 
Assumindo que Substituindo C pela função consumo, 
 
Z=c0 +c1 [Y–T] + I + G 
 
Recorde que (por enquanto) tanto I como G e T são exógenas (dados). 
Além do mais, c0, T, I e G serão referidas como despesas autônomas. 
Despesas autônomas são aquelas despesas que são independentes da renda. 
Observe que o consumo total (C) não é autônomo, pois depende da renda. 
Aumento 
demanda
Aumento 
do 
produto = 
renda
Aumento 
da 
demanda
Aumenta 
do 
produto
 4 
 
O equilíbrio no mercado de bens se dará quando a produção (Y) for igual à demanda (Z). Essa 
condição de equilíbrio (isto é, Y = Z) ajuda a explicar a interação entre a produção agregada, a 
renda e a demanda. Qualquer evento que provoque um aumento nas despesas autônomas 
gerará um aumento na renda. A medida que Y aumentar, Z aumentará como consequência do 
aumento no consumo induzido pela renda. 
 
No entanto, há apenas um único nível de produção (dados os valores de c0, c1, T, I e G) que 
satisfará a condição de equilíbrio. A condição de equilíbrio indica que as empresas estabelecerão 
a produção de tal modo que iguale a demanda. 
 
O nível de produção de equilíbrio é representado pela seguinte equação: 
 
Y = [1 / (1 – c1)] [ c0 – c1 T + I + G]. 
 
A expressão entre colchetes, c0 – c1 T + I + G representa o nível de demanda caso Y fosse zero, 
representa o nível de demanda que não depende da renda, o dispêndio autônomo. 
 
O outro termo, 1 / (1 – c1), será algum número maior do que um, já que c1 <1. 
 
Por exemplo, se c1 = 0,8, o termo 1 / (1 – c1) será igual a 5. 
 
Este termo “multiplica” o efeito do dispêndio autônomo e é, por conseguinte, denominado o 
multiplicador. À medida que c1 aumenta, o multiplicador também aumenta. 
É o multiplicador Keynesiano (vide nota abaixo). 
 
Conforme podemos ver graficamente, há apenas um nível de equilíbrio que produz um nível de 
demanda (Z) igual à renda; este ocorre no ponto Y0. Para qualquer outro nível de produção, Z 
não será igual a Y. 
 
O que acontece à produção se as despesas autônomas variarem? 
 
Suponhamos que o dispêndio governamental diminua em 100. Suponhamos que a propensão 
marginal a consumir é 0,8. Algebricamente, a variação na produção causada pela redução em G 
é igual a 1/(1-0,8)(-100) = -500. Ou seja, cada variação de um real em G causa uma variação de 
R$ 5 na produção de equilíbrio. Graficamente, este declínio em G, portanto, leva a relação de 
 5 
demanda, Z, a deslocar-se para baixo em 100. A produção de equilíbrio pode ser alcançada, 
utilizando-se a condição de equilíbrio Y = Z. 
 
Relação Investimento e Poupança 
 
A produção de equilíbrio também pode ser ilustrada, recorrendo-se a relação entre investimento e 
poupança. I = S onde I = Investimento e S= poupança como mostrado a seguir. 
 
Economia Fechada: Y = C+I+ G (X=M = 0) 
 
Assumindo G e I exógenos (variáveis que não dependem de Y) e C = co+c1(Y-T) onde Y-T = 
renda disponível = Yd 
 
Y= co + c1Y – c1T + I + G 
(1-c1) Y = co-c1T + I+G 
Y = 1/1-c1 ( co – c1T + I + G) 
1/1- c1 é o multiplicador dos gastos públicos 
 
Rearranjando Y = C+I+G, temos: 
Y-C-G = I 
Somando e subtraindo T do lado esquerdo: 
Y-T-C+T-G=I 
Onde: Y-T-C = poupança privada 
T-G = poupança publica 
Poupança nacional (S) = poupança privada (Spriv) + poupançaa pública (Spub) 
Y-T-C+T-G = poupança nacional (S) 
Assim S = I ou seja: soma da poupança das pessoas (delas próprias ou de terceiros) será 
utilizada para emprestar para quem precisa para investir. 
 
 6 
Poupança significa aplicação que rende juros. Investimentos significa o investimento das 
empresas em máquinas, equipamentos, etc. mais o investimento das famílias, compra de casa 
própria. 
O sistema financeiro faz o link entre aqueles que tem dinheiro sobrando e aqueles que precisam 
de dinheiro.Esta igualdade (I=S) não é iválida para cada família ou empresa especifica. Se para 
um individuo ou empresa o investimento é maior que poupança é porque foi feito um empréstimo 
bancário para cobrir a diferença. Ou se o investimento é menor que a poupança é porque a 
família ou empresa emprestou dinheiro. O mercado financeiro (bancos) é que permite essa troca 
entre quem tem sobrando e quem tem faltando formando o Fundo para Empréstimos. 
Quem tem dinheiro para emprestar forma o que chamamos de Fundos para Empréstimo. A 
demanda por Fundos de Empréstimo vem das famíliase empresas que desejam tomar 
empréstimos e a oferta de Fundos de Empréstimo vem das famílias e empresas que desejam 
emprestar. A taxa de juros é o preço de um empréstimo. Na figura a taxa de juros de 5% equilibra 
a oferta e demanda de Fundos de empréstimo. 
 
 
	
	
Fundos	de	Empréstimo	(R$	BB)	
Taxa	de	
Juros	
5%	
R$1200	
Oferta	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Demanda	
 7 
 
Déficits e Superávits orçamentários do Governo 
 
Se o governo apresenta déficit orçamentário (G>T) isto diminui a poupança pública e, portanto 
diminui a oferta por Fundos de Empréstimo (fluxo de recursos disponíveis para financiar o 
investimento privado). 
 
 
Nota sobre o multiplicador Keynesiano: 
 
Se não ficou claro para fazer o efeito multiplicador sugerimos a leitura a seguir. 
Digamos que você encontre um dólar na rua. Você pode gastar tudo, economizar tudo isso, ou 
gastar um pouco dele e poupar o resto.! 
Vamos supor que você decida gastar o dólar TODO. O gasto do dólar é uma despesa para você e 
renda para a pessoa (empresário) que você trocou o US$ por produto ou serviço. 
 
Quanto do PIB aumenta com essa transação? $ 1,00 (você comprou "coisas") 
 
Agora o que acontece com esse dólar na posse do empreendedor? Eles têm as mesmas opções 
que você teve: Gastá-lo ou salvá-lo. Vamos assumir que o empresário gasta o dólar inteiro em um 
outro negócio. Quanto o PIB aumenta com esta transação? $ 1,00. O dólar "encontrado" já 
comprou $ 2,00 no valor das mercadorias e / ou serviços. 
 
O dólar original parece ter feito uma clonagem de si! Se repetir esse padrão, que seria para 
sempre e PIB aumentaria infinitamente. Isso é possível? Improvável ... Por que 
As pessoas têm uma tendência a economizar alguma parcela de cada dólar que recebem. 
 
Keynes chamou isso: propensão marginal a poupar (pmp) que significa que as pessoas têm a 
tendência de guardar uma parte de cada dólar adicional que recebem. 
 
Exemplos: 
Se eu pegar um dólar adicional e consumir 0,90 e poupar 0,10 
 8 
Minha propensão marginal a consumir (pmc ou c1) é então: 90%. 
Minha propensão marginal a poupar (pmp ou 1-c1) é então: 10%. 
 
Se eu pegar um dólar adicional que pode consumir 0,80 e economizar 0,20. 
Minha propensão marginal a consumir, c1, é então: 80%. 
Minha propensão marginal a poupar, pmP, é então: 20%. 
PMC + PMP = 1,00 (ou 100%) ou 
PMP = 1- PMC =1-c1 
 
Vamos ver como isso funciona na prática. 
Suponha que o Governo queira aumentar os seus gastos em US $ 10 bilhões de dólares. 
Suponha que o PMC na economia é de 90% e do PMP é de 10% (lembre-se estes deve ser igual 
a 100%). Qual vai ser o efeito sobre o PIB, quando consideramos o efeito multiplicador de cada 
um desses dólares? 
O governo inicialmente gasta US $ 10 bilhões em economia para comprar bens e serviços. Será 
que o Governo poupa qualquer parte deste dinheiro? Nao. Eles gastam o toda! Qual é o efeito 
imediato dessa transação sobre o PIB? Ele aumenta em US $ 10 bilhões. 
O que está agora a acontecer com que US $ 10 bilhões agora nas mãos de pessoas na 
economia? Keynes diz que as pessoas em geral irao gastam 90% e economizam 10%. 
Então o PIB vai aumentar $ 9 bilhões. 
Com estas duas primeiras transações, oPIB aumenta $ 10B + de 9b = 19B 
 
Mais uma vez o original de US $ 10B foi "magicamente" transformado em $ 19B do PIB. 
Agora quando as pessoas que recebem o 9B $, eles vão gastar 90%, ou US $ 8.1b e economize 
10%, ou US $ 900 milhões. PIB está crescendo de novo! $ 10B + $ 9B + $ 8.1b = US $ 27,1 
bilhões 
 
Esta propagação funciona em sentido inverso também. Se o Governo DIMINUI os gastos US $ 
10 bilhões, vai servir para diminuir o PIB por um múltiplo de 10. 
 
Você quer fazer toda a matemática que chegar em quanto do PIB vai aumentar no final. 
Keynes veio com uma fórmula simples para fazer as contas para você. Lembre-se, no início, era o 
governo que começou esse frenesi de compra. Isto é muito importante lembrar. 
 
O multiplicador keynesiano de gastos do governo é 1/pmp. Vamos usar as informações que já 
 9 
foram dadas: O pmc é de 90% e a pmp é de 10%.. 
 
Multiplicador de gastos = 1/pmp = 1/.10 = 10 
 
Observe na primeira rodada de gastos do governo nada é poupado. A economia tem o benefício 
de todo o impacto dos US $ 10Billion em novos gastos. Em rodadas subseqüentes de gastos as 
pessoas estão poupando uma parte do dinheiro que recebem, reduzindo assim o impacto na 
economia. 
 
Multiplicador de corte dos impostos 
 
Em vez do Governo alterar a sua despesa, eles poderiam mudar IMPOSTOS \ 
Assumir na economia do pmc e a pmp são ainda de 90% e 10%, respectivamente. 
Suponha que o Governo decide reduzir impostos em US $ 10 bilhões. Isto significa que $ 10B 
está agora nas mãos das pessoas e não nas mãos do Governo. De acordo com Keynes, o que é 
a primeira coisa que as pessoas na economia farão com os R $ 10Billion novo? Eles vão gastar 
90% e economizar 10%! 
 
Quando eles passam 90% que vai aumentar o PIB em US $ 9Billion na Primeira Rodada de 
Gastos (como é que se comparar quando no Governo exemplo anterior passou FIRST). 
Esta transação aumento do PIB em US $ 9B. 
As pessoas que recebem a 9B $ vai gastar 90%, ou US $ 8.1Billion e economizar US $ 900 
milhões. 
Esta operação irá aumentar o PIB em US $ 8.1Billion. 
PIB é agora $ 9B + $ = $ 8.1b 17.1Billion. 
 
As pessoas que recebem a 8.1Billion $ vai gastar 90%, ou $ 7,290 bilhões e economize 10%, ou 
US $ 810 milhões 
Esta operação irá aumentar o PIB em $ 7,290 bilhões. 
PIB é agora $ 9B + $ 8.1b + 7.29B = 24.390Billion. 
 
Keynes veio com uma fórmula simples para fazer as contas para você. Lembre-se, no início, era 
pessoas na economia que começam esse frenesi de compra. Isto é muito importante lembrar. 
 
Multiplicador de corte imposto = -pmc/pmp. 
 10 
 
-MPC/MPS = 90% / 10% = -., 90/.10 = -9 
 
No nosso exemplo, o governo diminuiu impostos por 10Billion (-) e você multiplica isso pelo 
multiplicador de corte de impostos de -9, então o PIB, eventualmente, aumentar (dois negativos 
fazem um positivo) de US $ 90Billion. 
 
Se aumentar os impostos do governo em US $ 10Billion, então isso vai servir para diminuir o PIB 
por um múltiplo de -9 ou US$ 90 bilhões . 
 
 
Sistema Monetário 
 
Moeda: qualquer coisa que é geralmente aceita como pagamento de bens ou serviços ou o 
pagamento de dívidas. 
 
Oferta de moeda é a quantidade total de dinheiro disponível na economia (variável de estoque). 
Existem varias definições de moeda (M1, M2, etc.). Das mais liquidas a menos liquidas. 
 M0 = moeda corrente (MC) : moedas e notas emitidas pelo Banco Central; 
 M1 = M0+ depósitos a vista (depósitos bancários conversíveis em dinheiro a qualquer 
momento por meio, por exemplo, de cheque) + Traveler Checks 
 M2 = M1 + Contas de poupança 
Vamos utilizar o conceito de M1 ou seja moeda corrente + depósitos a vista. 
 
Funções da moeda: 
 Meio de troca – permite intermediação entre as mercadorias 
 Referencial de troca – instrumento pelo qual as mercadorias são cotadas. 
 Reserva de valor: poder de compra que se mantem ao longo do tempo, ou seja, forma de se 
medir a riqueza. 
Os motivos para demandar moeda: 
 11 
 Transação, precaução e especulação 
 
Os títulos são ativos financeiros que pagam uma taxa de juros (i), mas que não podem ser 
usados para transações correntes. Veja na Nota 3 uma explicação sobre como funciona o 
rendimento da caderneta de poupança. 
 
Deve-se ter cuidado para não confundir moeda e títulos com as seguintes variáveis: 
 Poupança: a parte da renda disponível que não é consumida 
 Riqueza:o valor dos ativos financeiros menos o valor dos passivos financeiros. A 
arrecadação total de propriedades que servem para armazenar o valor (estoque) 
 Renda: os recebimentos por trabalho, rendas de aluguel, juros e dividendos. fluxo de lucro 
por unidade de tempo (fluxo) 
 
Os indivíduos decidem como alocar sua riqueza entre moeda (dinheiro) e títulos. Dois casos 
extremos podem ilustrar os fatores que afetam esta decisão. 
Caso 1: Suponha que toda a sua riqueza seja mantida em títulos. Esta alocação de portfolio 
maximizará o rendimento de juros; mas também maximizará os custos (custos de transação), 
associados à conversão dos títulos em dinheiro quando você̂ precisar comprar qualquer coisa. 
 
Caso2: Suponha que toda a sua riqueza seja mantida em moeda. Esta alocação minimizará os 
custos (de fato, estes serão zero) associados à conversão de títulos em dinheiro; mas também 
minimizará o rendimento de juros recebidos por sua riqueza (o rendimento de juros será igual a 
zero). 
Os indivíduos tenderão, portanto, a manter tanto moeda como títulos. 
 12 
 
Multiplicador de Moeda: 
Os Bancos usam o dinheiro depositado para fazer novos empréstimos. Sendo R a taxa mínima 
de reservas que os Bancos devem manter como moeda, temos: 
 
Primeiro Banco 
Ativo Passivo 
Reserva : R$ 10 Deposito : R$100 
Empréstimo: R$90 
Total : R100 Total: R$100 
 
Segundo Banco 
Ativo Passivo 
Reserva : R$ 9 Deposito : R$90 
Empréstimo: R$81 
Total : R$90 Total: R$90 
 
Terceiro Banco 
Ativo Passivo 
Reserva : R$ 8.1 Deposito : R$81 
Empréstimo: R$71.9 
Total : R$81 Total: R$81 
 
Deposito Original 100 
Emp 1o Banco 90= 0.1*100 
Emp 2o Banco 81 = 0.1* (0.1*100) 
Emp 3o Banco 72.9= 0.1* 0.1* (0.1*100) 
 13 
 
Total Empréstimo R$1000 
 
 
No caso do Brasil, hoje R= 0.28. 
Multiplicador = 1/R = 3.6 
Onde R =razão de reserva dos Bancos (percentual dos depósitos que o Banco não pode 
emprestar) 
http://www4.bcb.gov.br/adm/mecir/Resposta.asp 
 
As cédulas e moedas metálicas (inclusive as comemorativas) do padrão monetário Real, que 
estão em poder do público e da rede bancária, constituem o meio circulante nacional, cuja 
composição é a seguinte: 
 
Cédulas - 2a. família 
Denominação Quantidade Valor 
2,00 542.225.389 1.084.450.778,00 
5,00 319.315.757 1.596.578.785,00 
10,00 481.553.213 4.815.532.130,00 
20,00 466.835.815 9.336.716.300,00 
50,00 1.482.784.783 74.139.239.150,00 
100,00 645.393.839 64.539.383.900,00 
Total = 3.938.108.796 155.511.901.043,00 
 
 
 14 
A demanda por moeda (Md) 
Depende de: 
(1) Do nível de transações: À medida que aumenta o nível das transações, os indivíduos alocarão 
mais proporção de moeda no seu portfolio. Usaremos a renda nominal ($Y) no lugar do nível de 
transações. Por quê? Ao contrário do nível de transações, $Y pode ser mensurada. À medida que 
$Y aumenta, o nível de transações aumenta, levando Md a aumentar também. 
 
(2) Da taxa de juros sobre os títulos (i): Quando i se eleva, os indivíduos ficam mais dispostos a 
aceitar os custos adicionais de conversão de títulos em dinheiro para se beneficiar de uma maior 
taxa de juros sobre títulos. Quando i se eleva Md diminui. 
Md é, pois, função crescente de $Y e função decrescente de i. Escreve-se Md como Md = $YL(i), 
ou seja: 
 
Md é proporcional a $Y. Se sua renda nominal subir 5%, sua demanda por moeda aumentará 5%. 
Aumentos na taxa de juros causam uma redução na demanda de moeda. Este efeito é capturado 
pela função L(i). 
 
Oferta de Moeda: variável exógena. Definida pelo Banco Central. 
Banco Central controlará a oferta de moeda ao: 
 Definira a taxa de reserva mínima requerida pelos Bancos. O efeito multiplicador da moeda 
igual a 1/R fica maior. 
 Ofertando ou comprando títulos no mercado. Quando o governo compra títulos ele 
aumenta a quantida de moeda no mercado. 
 Definindo a taxa de juros das operações intradia (de um dia para o outro) entre Bancos. 
Quanto maior a taxa de juros interbancária, a SELIC, maior tende a ser a rtaxa de juros 
cobrada as pessoas e as empresa e menos atrativo fica manter moeda. 
 
 15 
A equação quantitativa da moeda 
 Significado da velocidade de circulação da moeda (V): cada unidade monetária é, em 
media, trocada V vezes em cada período) 
 É dada por: V= $Y / M. Onde $Y = produto nominal. 
 Como $Y = Y/P onde Y = produto real e P é o nível de preços (ou deflator do produto) 
 
Temos que: 
 V= PY/M 
 M = quantidade de moeda 
 V = velocidade de circulação da moeda 
 P = nível de preços 
 Y = quantidade de produtos (produto real) 
 
Se a velocidade de moeda e produto são constantes, assim uma elevação na quantidade de 
moeda significa elevação nos preços. Se estivermos no pleno emprego, Y é constante. Se não 
estivermos no pleno emprego Y pode subir e não necessariamente ocorre inflação com o 
aumento da oferta de moeda. 
 
A "Teoria Quantitativa da Moeda" de Irving Fisher (economista americano, 1867-1947) foi 
inicialmente a principal teoria de oposição ao keynesianismo e dá a base do monetarismo. Mais 
recentemente, a principal teoria de oposição ao Keynesianismo veio da Escola de Chicago 
(liderados por George Stigler e Milton Friedman) cujas ideias são associadas à teoria neoclássica 
da formação de preços e ao liberalismo econômico. 
 
Teoria da neutralidade da moeda: 
 Variáveis reais (variáveis medidas em quantidade como PIB, taxa desemprego) não são 
afetadas por variáveis nominais (aquelas medidas em termos de moeda como oferta de 
 16 
moeda, nível de preços). Pressuposto da teoria econômica clássica => Moeda não tem 
importância no mundo clássico. 
 Se a quantidade da moeda fosse o dobro, tudo custaria o dobro, a renda de todos também 
seria o dobro. Aquilo que realmente importa para as pessoas – emprego bens e serviços 
seria exatamente igual. 
 
O pressuposto da neutralidade da moeda é verdade no longo prazo, pois um aumento dos preços 
dos produtos estaria associado também a um aumento dos salários e dos custos dos empresários 
(preços flexíveis) , o que faria com que os empresários não aumentassem sua produção por 
conta de um aumento de preços. 
 
Este casamento dos aumentos de preços somente ocorre no longo prazo fazendo com que 
variações dos níveis de preços não afetem variáveis reais. 
 
No curto prazo, e as variações na oferta de moeda podem afastar temporariamente o PIB real de 
sua tendência de longo prazo. 
 
Precisamos de um modelo que explique tal relação de P e Y. Veremos no modelo de Demanda e 
Oferta Agregada, mas antes veremos o modelo IS-LM que e junto com o modelo de Demanda e 
Oferta Agregada xplica os efeitos das politicas fiscais e monerárias no curto e longo prazo. 
 
Nota 3: Dados brasileiros sobre rendimento da Caderneta de Poupança 
 
Rendimento de alguns títulos (podem mudar com a regulamentação do governo) 
Rendimento dos depósitos da poupança é regulada por Lei nº 8.177, de 1º de março de 1991 que 
mudou em 3/05/2012 http://www4.bcb.gov.br/pec/poupanca/poupanca.asp 
 
No website do Banco central: calculadora do cidadão 
 17 
https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormCorrecaoValores.do?method=exibirFor
mCorrecaoValores&aba=3 
Período: 1/01/2014 a 1/01/2015 
TR: 0.85932 
Poupança: 7.0799% 
 regra velha (ate 3 maio 2002): 7.0799% (0.5% am (ou 6.17% aa) + TR mensal) 
 regra nova (após 3 maio 2002): 7.0799% (qdo meta da SELIC for menor ou igual a 
8.5%: 70% da meta da Selic + TR) 
SELIC: 10.9943% 
CDI: 10.814% 
 
Para comparar poupança com Fundos de rendafixa deve considerar que sobre os ganhos dos 
fundos se paga imposto de renda e o Bancos cobram uma taxa para administrar os fundos. A 
tabela abaixo compara os rendimentos líquidos (apos impostos e taxas) da caderneta de 
poupança com os de Fundos de Renda Fixa (para SELIC = 12.25% aa) para diferentes taxas de 
administração. 
 
 
 
Fundos Renda Fixa DI 
Nesta modalidade o banco vende um título de emissão do Banco e se compromete a recomprá-lo 
a qualquer momento por uma taxa percentual (%) do CDI acordada no momento da aplicação. 
 18 
Quanto maior o prazo de permanência no investimento, maior a remuneração. As taxas são 
progressivas, aumentando de acordo com o tempo de permanência no investimento e retroagindo 
ao primeiro dia da aplicação. 
 
Lembrar que rentabilidade é nominal: se for igual a 6%; inflação de 5%: rentabilidade real: 0.95%. 
Taxa real = (1+i)/(1+q) -1 onde i taxa de juro nominal e q, taxa de inflação

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