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1 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA INDUSTRIAL CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Disciplina: Economia A Macroeconomia 2017 -1 – Parte 2 Profa. Klitia Bicalho de Sá Consumo e Poupança O consumo é a parcela mais importante do PIB, em 2013 representou 62.6% do PIB. Estes crescimentos são de PIB nominal ou Yn ou P.Y onde P = nível de preços e Y é o PIB real. PIB em termos reais tem decrescido. Assumindo que o consumo é uma função crescente da renda disponível (Yd) e C representado pela seguinte equação : C = c0 + c1 YD ou C=co+c1(Y-T) onde c0 e c1 são parâmetros. c1 representa o efeito sobre o consumo de uma determinada variação na renda disponível. Por exemplo, se c1 = 0,85, um aumento de $1 na renda disponível levará a um aumento de R$0.85 no consumo. c1 é chamado propensão marginal a consumir e representam a variação no consumo para uma variação na renda disponível. Yd= renad disponível e é igual a renda menos os impostos pagos ou seja Yd = Y-T A renda disponível, Yd, pode ser alocada para o consumo ou para poupança, assim YD = C + S e qualquer variação na renda disponível será dividida entre consumo e poupança. Ou seja, c1 será maior do que 0 e menor do que 1. 2 c0 representa o nível de consumo que ocorre quando YD = 0. Isso vai ocorrer via despoupança (os indivíduos irão desaplicar seus ativos ou tomar dinheiro emprestado). c0 pode ser referido também como consumo autônomo, aquela porção de consumo que independe da renda. Como Yd = C + S, qualquer aumento na renda disponível gerará um aumento no consumo e/ou um aumento na poupança. O grau em que tanto o consumo como a poupança aumentarão depende da propensão marginal a consumir, c1. A função poupança é dada pela seguinte equação: S = - c0 + (1 – c1) [Y – T]. Se estabelecermos Yd = 0 (isto é, Y – T = 0), vemos que S = - c0. ( C = c0 e o recurso para consumo sem renda vem da poupança, daí ela ser negativa). A expressão (1 – c1) representa, portanto, a propensão marginal a poupar. A propensão marginal a poupar mede a extensão em que a poupança varia em decorrência de uma dada variação na renda disponível. Variações em YD gera movimentos ao longo da relação de poupança. 3 Equilíbrio do Mercado de Bens Suponha que uma economia esteja em equilíbrio e ocorra um evento capaz de aumentar a demanda por bens e serviços (por exemplo aumento das despesas do Governo). As empresas respondem a isso aumentando a produção. A renda é igual ao produto e este aumento da renda causará novamente um aumento de demanda (consumo aumenta). Empresas responderão a este segundo aumento de demanda produzindo mais. Isto continua até que novo equilíbrio seja alcançado. No equilíbrio: Demanda = Produto Modelo da Demanda Assumindo que: as empresas não mantem estoques; a economia é fechada (isto é, X = M = 0); as empresas produzem o mesmo bem; as empresas se dispõem a vender qualquer quantidade deste bem a um determinado preço. Para esta economia, a demanda pelos bens (Z) se define como Z = C + I + G. Assumindo que Substituindo C pela função consumo, Z=c0 +c1 [Y–T] + I + G Recorde que (por enquanto) tanto I como G e T são exógenas (dados). Além do mais, c0, T, I e G serão referidas como despesas autônomas. Despesas autônomas são aquelas despesas que são independentes da renda. Observe que o consumo total (C) não é autônomo, pois depende da renda. Aumento demanda Aumento do produto = renda Aumento da demanda Aumenta do produto 4 O equilíbrio no mercado de bens se dará quando a produção (Y) for igual à demanda (Z). Essa condição de equilíbrio (isto é, Y = Z) ajuda a explicar a interação entre a produção agregada, a renda e a demanda. Qualquer evento que provoque um aumento nas despesas autônomas gerará um aumento na renda. A medida que Y aumentar, Z aumentará como consequência do aumento no consumo induzido pela renda. No entanto, há apenas um único nível de produção (dados os valores de c0, c1, T, I e G) que satisfará a condição de equilíbrio. A condição de equilíbrio indica que as empresas estabelecerão a produção de tal modo que iguale a demanda. O nível de produção de equilíbrio é representado pela seguinte equação: Y = [1 / (1 – c1)] [ c0 – c1 T + I + G]. A expressão entre colchetes, c0 – c1 T + I + G representa o nível de demanda caso Y fosse zero, representa o nível de demanda que não depende da renda, o dispêndio autônomo. O outro termo, 1 / (1 – c1), será algum número maior do que um, já que c1 <1. Por exemplo, se c1 = 0,8, o termo 1 / (1 – c1) será igual a 5. Este termo “multiplica” o efeito do dispêndio autônomo e é, por conseguinte, denominado o multiplicador. À medida que c1 aumenta, o multiplicador também aumenta. É o multiplicador Keynesiano (vide nota abaixo). Conforme podemos ver graficamente, há apenas um nível de equilíbrio que produz um nível de demanda (Z) igual à renda; este ocorre no ponto Y0. Para qualquer outro nível de produção, Z não será igual a Y. O que acontece à produção se as despesas autônomas variarem? Suponhamos que o dispêndio governamental diminua em 100. Suponhamos que a propensão marginal a consumir é 0,8. Algebricamente, a variação na produção causada pela redução em G é igual a 1/(1-0,8)(-100) = -500. Ou seja, cada variação de um real em G causa uma variação de R$ 5 na produção de equilíbrio. Graficamente, este declínio em G, portanto, leva a relação de 5 demanda, Z, a deslocar-se para baixo em 100. A produção de equilíbrio pode ser alcançada, utilizando-se a condição de equilíbrio Y = Z. Relação Investimento e Poupança A produção de equilíbrio também pode ser ilustrada, recorrendo-se a relação entre investimento e poupança. I = S onde I = Investimento e S= poupança como mostrado a seguir. Economia Fechada: Y = C+I+ G (X=M = 0) Assumindo G e I exógenos (variáveis que não dependem de Y) e C = co+c1(Y-T) onde Y-T = renda disponível = Yd Y= co + c1Y – c1T + I + G (1-c1) Y = co-c1T + I+G Y = 1/1-c1 ( co – c1T + I + G) 1/1- c1 é o multiplicador dos gastos públicos Rearranjando Y = C+I+G, temos: Y-C-G = I Somando e subtraindo T do lado esquerdo: Y-T-C+T-G=I Onde: Y-T-C = poupança privada T-G = poupança publica Poupança nacional (S) = poupança privada (Spriv) + poupançaa pública (Spub) Y-T-C+T-G = poupança nacional (S) Assim S = I ou seja: soma da poupança das pessoas (delas próprias ou de terceiros) será utilizada para emprestar para quem precisa para investir. 6 Poupança significa aplicação que rende juros. Investimentos significa o investimento das empresas em máquinas, equipamentos, etc. mais o investimento das famílias, compra de casa própria. O sistema financeiro faz o link entre aqueles que tem dinheiro sobrando e aqueles que precisam de dinheiro.Esta igualdade (I=S) não é iválida para cada família ou empresa especifica. Se para um individuo ou empresa o investimento é maior que poupança é porque foi feito um empréstimo bancário para cobrir a diferença. Ou se o investimento é menor que a poupança é porque a família ou empresa emprestou dinheiro. O mercado financeiro (bancos) é que permite essa troca entre quem tem sobrando e quem tem faltando formando o Fundo para Empréstimos. Quem tem dinheiro para emprestar forma o que chamamos de Fundos para Empréstimo. A demanda por Fundos de Empréstimo vem das famíliase empresas que desejam tomar empréstimos e a oferta de Fundos de Empréstimo vem das famílias e empresas que desejam emprestar. A taxa de juros é o preço de um empréstimo. Na figura a taxa de juros de 5% equilibra a oferta e demanda de Fundos de empréstimo. Fundos de Empréstimo (R$ BB) Taxa de Juros 5% R$1200 Oferta Demanda 7 Déficits e Superávits orçamentários do Governo Se o governo apresenta déficit orçamentário (G>T) isto diminui a poupança pública e, portanto diminui a oferta por Fundos de Empréstimo (fluxo de recursos disponíveis para financiar o investimento privado). Nota sobre o multiplicador Keynesiano: Se não ficou claro para fazer o efeito multiplicador sugerimos a leitura a seguir. Digamos que você encontre um dólar na rua. Você pode gastar tudo, economizar tudo isso, ou gastar um pouco dele e poupar o resto.! Vamos supor que você decida gastar o dólar TODO. O gasto do dólar é uma despesa para você e renda para a pessoa (empresário) que você trocou o US$ por produto ou serviço. Quanto do PIB aumenta com essa transação? $ 1,00 (você comprou "coisas") Agora o que acontece com esse dólar na posse do empreendedor? Eles têm as mesmas opções que você teve: Gastá-lo ou salvá-lo. Vamos assumir que o empresário gasta o dólar inteiro em um outro negócio. Quanto o PIB aumenta com esta transação? $ 1,00. O dólar "encontrado" já comprou $ 2,00 no valor das mercadorias e / ou serviços. O dólar original parece ter feito uma clonagem de si! Se repetir esse padrão, que seria para sempre e PIB aumentaria infinitamente. Isso é possível? Improvável ... Por que As pessoas têm uma tendência a economizar alguma parcela de cada dólar que recebem. Keynes chamou isso: propensão marginal a poupar (pmp) que significa que as pessoas têm a tendência de guardar uma parte de cada dólar adicional que recebem. Exemplos: Se eu pegar um dólar adicional e consumir 0,90 e poupar 0,10 8 Minha propensão marginal a consumir (pmc ou c1) é então: 90%. Minha propensão marginal a poupar (pmp ou 1-c1) é então: 10%. Se eu pegar um dólar adicional que pode consumir 0,80 e economizar 0,20. Minha propensão marginal a consumir, c1, é então: 80%. Minha propensão marginal a poupar, pmP, é então: 20%. PMC + PMP = 1,00 (ou 100%) ou PMP = 1- PMC =1-c1 Vamos ver como isso funciona na prática. Suponha que o Governo queira aumentar os seus gastos em US $ 10 bilhões de dólares. Suponha que o PMC na economia é de 90% e do PMP é de 10% (lembre-se estes deve ser igual a 100%). Qual vai ser o efeito sobre o PIB, quando consideramos o efeito multiplicador de cada um desses dólares? O governo inicialmente gasta US $ 10 bilhões em economia para comprar bens e serviços. Será que o Governo poupa qualquer parte deste dinheiro? Nao. Eles gastam o toda! Qual é o efeito imediato dessa transação sobre o PIB? Ele aumenta em US $ 10 bilhões. O que está agora a acontecer com que US $ 10 bilhões agora nas mãos de pessoas na economia? Keynes diz que as pessoas em geral irao gastam 90% e economizam 10%. Então o PIB vai aumentar $ 9 bilhões. Com estas duas primeiras transações, oPIB aumenta $ 10B + de 9b = 19B Mais uma vez o original de US $ 10B foi "magicamente" transformado em $ 19B do PIB. Agora quando as pessoas que recebem o 9B $, eles vão gastar 90%, ou US $ 8.1b e economize 10%, ou US $ 900 milhões. PIB está crescendo de novo! $ 10B + $ 9B + $ 8.1b = US $ 27,1 bilhões Esta propagação funciona em sentido inverso também. Se o Governo DIMINUI os gastos US $ 10 bilhões, vai servir para diminuir o PIB por um múltiplo de 10. Você quer fazer toda a matemática que chegar em quanto do PIB vai aumentar no final. Keynes veio com uma fórmula simples para fazer as contas para você. Lembre-se, no início, era o governo que começou esse frenesi de compra. Isto é muito importante lembrar. O multiplicador keynesiano de gastos do governo é 1/pmp. Vamos usar as informações que já 9 foram dadas: O pmc é de 90% e a pmp é de 10%.. Multiplicador de gastos = 1/pmp = 1/.10 = 10 Observe na primeira rodada de gastos do governo nada é poupado. A economia tem o benefício de todo o impacto dos US $ 10Billion em novos gastos. Em rodadas subseqüentes de gastos as pessoas estão poupando uma parte do dinheiro que recebem, reduzindo assim o impacto na economia. Multiplicador de corte dos impostos Em vez do Governo alterar a sua despesa, eles poderiam mudar IMPOSTOS \ Assumir na economia do pmc e a pmp são ainda de 90% e 10%, respectivamente. Suponha que o Governo decide reduzir impostos em US $ 10 bilhões. Isto significa que $ 10B está agora nas mãos das pessoas e não nas mãos do Governo. De acordo com Keynes, o que é a primeira coisa que as pessoas na economia farão com os R $ 10Billion novo? Eles vão gastar 90% e economizar 10%! Quando eles passam 90% que vai aumentar o PIB em US $ 9Billion na Primeira Rodada de Gastos (como é que se comparar quando no Governo exemplo anterior passou FIRST). Esta transação aumento do PIB em US $ 9B. As pessoas que recebem a 9B $ vai gastar 90%, ou US $ 8.1Billion e economizar US $ 900 milhões. Esta operação irá aumentar o PIB em US $ 8.1Billion. PIB é agora $ 9B + $ = $ 8.1b 17.1Billion. As pessoas que recebem a 8.1Billion $ vai gastar 90%, ou $ 7,290 bilhões e economize 10%, ou US $ 810 milhões Esta operação irá aumentar o PIB em $ 7,290 bilhões. PIB é agora $ 9B + $ 8.1b + 7.29B = 24.390Billion. Keynes veio com uma fórmula simples para fazer as contas para você. Lembre-se, no início, era pessoas na economia que começam esse frenesi de compra. Isto é muito importante lembrar. Multiplicador de corte imposto = -pmc/pmp. 10 -MPC/MPS = 90% / 10% = -., 90/.10 = -9 No nosso exemplo, o governo diminuiu impostos por 10Billion (-) e você multiplica isso pelo multiplicador de corte de impostos de -9, então o PIB, eventualmente, aumentar (dois negativos fazem um positivo) de US $ 90Billion. Se aumentar os impostos do governo em US $ 10Billion, então isso vai servir para diminuir o PIB por um múltiplo de -9 ou US$ 90 bilhões . Sistema Monetário Moeda: qualquer coisa que é geralmente aceita como pagamento de bens ou serviços ou o pagamento de dívidas. Oferta de moeda é a quantidade total de dinheiro disponível na economia (variável de estoque). Existem varias definições de moeda (M1, M2, etc.). Das mais liquidas a menos liquidas. M0 = moeda corrente (MC) : moedas e notas emitidas pelo Banco Central; M1 = M0+ depósitos a vista (depósitos bancários conversíveis em dinheiro a qualquer momento por meio, por exemplo, de cheque) + Traveler Checks M2 = M1 + Contas de poupança Vamos utilizar o conceito de M1 ou seja moeda corrente + depósitos a vista. Funções da moeda: Meio de troca – permite intermediação entre as mercadorias Referencial de troca – instrumento pelo qual as mercadorias são cotadas. Reserva de valor: poder de compra que se mantem ao longo do tempo, ou seja, forma de se medir a riqueza. Os motivos para demandar moeda: 11 Transação, precaução e especulação Os títulos são ativos financeiros que pagam uma taxa de juros (i), mas que não podem ser usados para transações correntes. Veja na Nota 3 uma explicação sobre como funciona o rendimento da caderneta de poupança. Deve-se ter cuidado para não confundir moeda e títulos com as seguintes variáveis: Poupança: a parte da renda disponível que não é consumida Riqueza:o valor dos ativos financeiros menos o valor dos passivos financeiros. A arrecadação total de propriedades que servem para armazenar o valor (estoque) Renda: os recebimentos por trabalho, rendas de aluguel, juros e dividendos. fluxo de lucro por unidade de tempo (fluxo) Os indivíduos decidem como alocar sua riqueza entre moeda (dinheiro) e títulos. Dois casos extremos podem ilustrar os fatores que afetam esta decisão. Caso 1: Suponha que toda a sua riqueza seja mantida em títulos. Esta alocação de portfolio maximizará o rendimento de juros; mas também maximizará os custos (custos de transação), associados à conversão dos títulos em dinheiro quando você̂ precisar comprar qualquer coisa. Caso2: Suponha que toda a sua riqueza seja mantida em moeda. Esta alocação minimizará os custos (de fato, estes serão zero) associados à conversão de títulos em dinheiro; mas também minimizará o rendimento de juros recebidos por sua riqueza (o rendimento de juros será igual a zero). Os indivíduos tenderão, portanto, a manter tanto moeda como títulos. 12 Multiplicador de Moeda: Os Bancos usam o dinheiro depositado para fazer novos empréstimos. Sendo R a taxa mínima de reservas que os Bancos devem manter como moeda, temos: Primeiro Banco Ativo Passivo Reserva : R$ 10 Deposito : R$100 Empréstimo: R$90 Total : R100 Total: R$100 Segundo Banco Ativo Passivo Reserva : R$ 9 Deposito : R$90 Empréstimo: R$81 Total : R$90 Total: R$90 Terceiro Banco Ativo Passivo Reserva : R$ 8.1 Deposito : R$81 Empréstimo: R$71.9 Total : R$81 Total: R$81 Deposito Original 100 Emp 1o Banco 90= 0.1*100 Emp 2o Banco 81 = 0.1* (0.1*100) Emp 3o Banco 72.9= 0.1* 0.1* (0.1*100) 13 Total Empréstimo R$1000 No caso do Brasil, hoje R= 0.28. Multiplicador = 1/R = 3.6 Onde R =razão de reserva dos Bancos (percentual dos depósitos que o Banco não pode emprestar) http://www4.bcb.gov.br/adm/mecir/Resposta.asp As cédulas e moedas metálicas (inclusive as comemorativas) do padrão monetário Real, que estão em poder do público e da rede bancária, constituem o meio circulante nacional, cuja composição é a seguinte: Cédulas - 2a. família Denominação Quantidade Valor 2,00 542.225.389 1.084.450.778,00 5,00 319.315.757 1.596.578.785,00 10,00 481.553.213 4.815.532.130,00 20,00 466.835.815 9.336.716.300,00 50,00 1.482.784.783 74.139.239.150,00 100,00 645.393.839 64.539.383.900,00 Total = 3.938.108.796 155.511.901.043,00 14 A demanda por moeda (Md) Depende de: (1) Do nível de transações: À medida que aumenta o nível das transações, os indivíduos alocarão mais proporção de moeda no seu portfolio. Usaremos a renda nominal ($Y) no lugar do nível de transações. Por quê? Ao contrário do nível de transações, $Y pode ser mensurada. À medida que $Y aumenta, o nível de transações aumenta, levando Md a aumentar também. (2) Da taxa de juros sobre os títulos (i): Quando i se eleva, os indivíduos ficam mais dispostos a aceitar os custos adicionais de conversão de títulos em dinheiro para se beneficiar de uma maior taxa de juros sobre títulos. Quando i se eleva Md diminui. Md é, pois, função crescente de $Y e função decrescente de i. Escreve-se Md como Md = $YL(i), ou seja: Md é proporcional a $Y. Se sua renda nominal subir 5%, sua demanda por moeda aumentará 5%. Aumentos na taxa de juros causam uma redução na demanda de moeda. Este efeito é capturado pela função L(i). Oferta de Moeda: variável exógena. Definida pelo Banco Central. Banco Central controlará a oferta de moeda ao: Definira a taxa de reserva mínima requerida pelos Bancos. O efeito multiplicador da moeda igual a 1/R fica maior. Ofertando ou comprando títulos no mercado. Quando o governo compra títulos ele aumenta a quantida de moeda no mercado. Definindo a taxa de juros das operações intradia (de um dia para o outro) entre Bancos. Quanto maior a taxa de juros interbancária, a SELIC, maior tende a ser a rtaxa de juros cobrada as pessoas e as empresa e menos atrativo fica manter moeda. 15 A equação quantitativa da moeda Significado da velocidade de circulação da moeda (V): cada unidade monetária é, em media, trocada V vezes em cada período) É dada por: V= $Y / M. Onde $Y = produto nominal. Como $Y = Y/P onde Y = produto real e P é o nível de preços (ou deflator do produto) Temos que: V= PY/M M = quantidade de moeda V = velocidade de circulação da moeda P = nível de preços Y = quantidade de produtos (produto real) Se a velocidade de moeda e produto são constantes, assim uma elevação na quantidade de moeda significa elevação nos preços. Se estivermos no pleno emprego, Y é constante. Se não estivermos no pleno emprego Y pode subir e não necessariamente ocorre inflação com o aumento da oferta de moeda. A "Teoria Quantitativa da Moeda" de Irving Fisher (economista americano, 1867-1947) foi inicialmente a principal teoria de oposição ao keynesianismo e dá a base do monetarismo. Mais recentemente, a principal teoria de oposição ao Keynesianismo veio da Escola de Chicago (liderados por George Stigler e Milton Friedman) cujas ideias são associadas à teoria neoclássica da formação de preços e ao liberalismo econômico. Teoria da neutralidade da moeda: Variáveis reais (variáveis medidas em quantidade como PIB, taxa desemprego) não são afetadas por variáveis nominais (aquelas medidas em termos de moeda como oferta de 16 moeda, nível de preços). Pressuposto da teoria econômica clássica => Moeda não tem importância no mundo clássico. Se a quantidade da moeda fosse o dobro, tudo custaria o dobro, a renda de todos também seria o dobro. Aquilo que realmente importa para as pessoas – emprego bens e serviços seria exatamente igual. O pressuposto da neutralidade da moeda é verdade no longo prazo, pois um aumento dos preços dos produtos estaria associado também a um aumento dos salários e dos custos dos empresários (preços flexíveis) , o que faria com que os empresários não aumentassem sua produção por conta de um aumento de preços. Este casamento dos aumentos de preços somente ocorre no longo prazo fazendo com que variações dos níveis de preços não afetem variáveis reais. No curto prazo, e as variações na oferta de moeda podem afastar temporariamente o PIB real de sua tendência de longo prazo. Precisamos de um modelo que explique tal relação de P e Y. Veremos no modelo de Demanda e Oferta Agregada, mas antes veremos o modelo IS-LM que e junto com o modelo de Demanda e Oferta Agregada xplica os efeitos das politicas fiscais e monerárias no curto e longo prazo. Nota 3: Dados brasileiros sobre rendimento da Caderneta de Poupança Rendimento de alguns títulos (podem mudar com a regulamentação do governo) Rendimento dos depósitos da poupança é regulada por Lei nº 8.177, de 1º de março de 1991 que mudou em 3/05/2012 http://www4.bcb.gov.br/pec/poupanca/poupanca.asp No website do Banco central: calculadora do cidadão 17 https://www3.bcb.gov.br/CALCIDADAO/publico/exibirFormCorrecaoValores.do?method=exibirFor mCorrecaoValores&aba=3 Período: 1/01/2014 a 1/01/2015 TR: 0.85932 Poupança: 7.0799% regra velha (ate 3 maio 2002): 7.0799% (0.5% am (ou 6.17% aa) + TR mensal) regra nova (após 3 maio 2002): 7.0799% (qdo meta da SELIC for menor ou igual a 8.5%: 70% da meta da Selic + TR) SELIC: 10.9943% CDI: 10.814% Para comparar poupança com Fundos de rendafixa deve considerar que sobre os ganhos dos fundos se paga imposto de renda e o Bancos cobram uma taxa para administrar os fundos. A tabela abaixo compara os rendimentos líquidos (apos impostos e taxas) da caderneta de poupança com os de Fundos de Renda Fixa (para SELIC = 12.25% aa) para diferentes taxas de administração. Fundos Renda Fixa DI Nesta modalidade o banco vende um título de emissão do Banco e se compromete a recomprá-lo a qualquer momento por uma taxa percentual (%) do CDI acordada no momento da aplicação. 18 Quanto maior o prazo de permanência no investimento, maior a remuneração. As taxas são progressivas, aumentando de acordo com o tempo de permanência no investimento e retroagindo ao primeiro dia da aplicação. Lembrar que rentabilidade é nominal: se for igual a 6%; inflação de 5%: rentabilidade real: 0.95%. Taxa real = (1+i)/(1+q) -1 onde i taxa de juro nominal e q, taxa de inflação
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