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Relatório de Estágio em Educação Especial e Inclusiva

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CENTRO UNIVERSITARIO INTERNACIONAL
UNINTER
FRANCIELLY RIGO COELHO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR DE EDUCAÇÂO ESPECIAL E INCLUSIVA
JUNDIAÍ
2017
FRANCIELLY RIGO COLEHO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR DE EDUCAÇÂO ESPECIAL E INCLUSIVA
Relatório de Estagio apresentado como requisito parcial para obtenção do tilo de especialista no curso de pós graduação em Educação Especial e Educação Inclusiva, na modalidade , do Centro Universitário Internacional UNINTER.
 
 Profa. Genoveva Ribas Claro –
Mestre em Educação.
 
JUNDIAÍ
2017
1 INTRODUÇÃO
O presente estágio está relacionado às ações que envolvem a docência com alunos que apresentam necessidades educativas especiais, no contexto da Escola de Educação Especial “Adélia Madaní”, em sala de autismo com 4 alunos, no período da manhã das 8 h as 11h , de 3 h diárias sendo um dia por semana, alinhado pela Coordenadora Pedagógica Juliana B. Mazucato de Queiroz, para que não houvesse alteração na rotina dos alunos, com durabilidade 17 de Abril de 2017 a 14 de Junho de 2107.
O objetivo é reconhecer, entender e analisar a prática do ensino na instituição. pois ele é inclusivo respeita as deficiências e diferenças, reconhece que todos são diferentes, e que as escolas e os velhos paradigmas de educação precisam ser transformados para atender às necessidades individuais de todos os educandos, tenham eles ou não algum tipo de necessidade especial. Se não nos acostumarmos nesta nova visão educacional, não conseguiremos romper com velhos paradigmas e fazer a reviravolta que a inclusão propõe.
 	A construção do presente estagio é importante para a nossa prática como futuros pedagogos ou professores de uma escola inclusiva.
Refletiremos sobre o processo educativo na perspectiva da inclusão, como também identificar e reconhecer procedimentos e recursos pedagógicos adaptados às necessidades educativas especiais.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1Identificação da Instituição
APAE DE ITUPEVA
Escola de Educação Especial “Adélia Madaní” 
Endereço: Rua José Virillo, nº 90 – Portal Santa Fé – Itupeva CEP: 13295-000
Telefone: (11) 4591-1846 Fax: (11) 4591-1846
E-mail: diretoriaescola@apaeitupeva.com.br Site: www.apaeitupeva.com.br 
A Escola de Educação Especial “Adélia Madaní”, atendendo aos dispositivos da lei nº 9394 de 20.12.1996 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, tem como objetivo dos acessos e oportunidades educacionais, em conjunto com intervenções psicopedagógicas e de natureza clínica. Além da interação e inclusão aos alunos que tenham sido diagnosticados com deficiência intelectual, deficiência múltipla e/ ou transtorno global do desenvolvimento, associado à deficiência intelectual, visto que necessitam de apoio pervasivo para sua educação.
A evolução desses direitos baseia-se em princípios diferentes do convencional, pois implica na aceitação das diferenças individuais, na valorização do aluno e na convivência dentro da diversidade humana.
Sendo assim, poderemos atingir as metas educacionais planejadas através do currículo escolar, favorecendo a formação educacional e inserção do aluno.
PERFIL DA COMUNIDADE
Os alunos atendidos desta Escola de Educação Especial “Adélia Madaní” são bastante diversificados, pois é a única Escola de Educação Especial existente no município. Atendemos de acordo com a legislação vigente, pessoas com deficiência intelectual, deficiência múltipla (deficiência intelectual associada à outra deficiência) e/ou transtorno global do desenvolvimento associado à deficiência intelectual que necessitem de apoio pervasivo. Esta clientela é provinda de escolas de Educação Especial ou com encaminhamento pelas Redes de Ensino, cujas necessidades de recursos e apoios excedam as disponibilidades das escolas da rede comum de ensino.
PERFIL DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA
Direção Escolar :
Conhecer a legislação e as normas de secretaria para reivindicar ações junto ao órgão;
Receber , informar, redigir e despachar petições dos seguintes documentos: Plano Escolar, Calendário Escolar, Matriz Curricular, Documentos para órgão, setores, autoridades, responsáveis, entre outros dentro dos prazos determinados;
Propor a entidade mantenedora a efetivação de parceiros e celebrações de convênios com órgão oficiais, empresas e segmentos de comunidade que de algum modo, possa beneficiar os respectivos atendimentos aos alunos;
Estabelecer medidas administrativas pedagógicas, técnicas de serviços gerais, adotados para a organização e funcionamento;
Identificar as necessidades da instituição e buscar soluções junto as comunidades internas e externas e na Secretaria da Educação;
Prezar pelo bom relacionamento entre os membros da equipe escolar, garantindo um ambiente agradável;
Propiciar e manter entrosamentos com outras entidades escolares;
Indicar profissionais para participar de outros cursos, congressos e eventos relevantes de acordo com a área de atuação;
Garantir que a escola esteja sempre limpa e organizada;
Avaliar os resultados dos planos e projetos de ação e quando necessário propor reelaboração dos mesmos;
Garantir a integridade física da escola, na manutenção dos ambientes, equipamentos e objetos;
Planejar, coordenar e supervisionar o processo educacional junto das equipes;
Realizar periodicamente acompanhamento da legislação relativa ao atendimento educacional especializado ao aluno com deficiência;
Conduzir a elaboração de formas democráticas o projeto politico onde haja a participação da comunidade;
Acompanhar a aprendizagem dos alunos e a rotina da sala de aula;
Orientar e esclarecer qualquer assunto dos alunos, pais ou responsáveis;
Apoiar e incentivar a implantação de projetos, e fornecer material e espaço necessário para o desenvolvimento;
Organizar e articular o trabalho dos coordenadores, professores e monitores;
Coordenar reuniões com a equipe multidisciplinar pra planejamentos, trocas e experiências, definições de estratégia e grupo de estudos, visando a melhoria do processo de aprendizagem;
Participar das reuniões promovidas ou solicitadas da Federação das APAE’s e a Diretoria de Ensino;
Promover eventos que traga recursos a instituição;
Promover festas em prol dos alunos/intituiçao.
Coordenação Pedagógica :
Planejar, orientar, acompanhar e avaliara o processo educacional dos alunos;
Elaborar o plano pedagógico de ação bimestral, semestral e anual. Orientando e acompanhando junto aos professores a execução e avaliação do processo;
Orientar e coordenar os professores nas reuniões pedagógicas;
Promover o aperfeiçoamento dos profissionais sob sua responsabilidade, propondo e viabilizando a participação em eventos pedagógicos 
Assessorar o trabalho docente promovendo a competência técnica e metodológica;
Desenvolver um trabalho harmônico dentro da escola;
Conversar diretamente com os professores sobre o desempenho docente;
Acompanhar e avaliar o professor em relação ao que faz o seu próprio trabalho;
Assessorar o trabalho do professor (transmitindo sugestões de atividades);
Prestar esclarecimentos, quando necessário, a professores, técnicos, instrutores, funcionários, pais de aprendizes e representantes da comunidade sobre as atividades pedagógicas desenvolvidas na Instituição;
Encaminhar os casos especiais de alunos a profissionais especializados;
Participar e acompanhar a elaboração do Projeto Político Pedagógica e sua execução revendo-o anualmente, ou sempre que necessário;
Desenvolver e supervisionar projetos pedagógicos junto aos professores;
Realizar semestralmente conselho de trabalho que visa avaliar os aprendizes;
Propiciar a aquisição ou elaboração de material pedagógico alternativo, disponibilizando – os como
subsídios para o desenvolvimento das práticas pedagógicas; 
Organizar as condições de trabalho do professor como material de ensino;
Elogiar o que as ações positivas e esclarecer o que considera negativo; Discutir diferentes maneiras de trabalho e comunicando experiências;
Manter contato com os pais, realizando eventos periódicos, que possibilitem integra-los aos serviços e atividades promovidos pela instituição.
Docente:
Atuar no processo de ensino aprendizagem;
Assumir o compromisso com a escola, através da participação em ações coletivamente planejadas e avaliadas;
Acolher às crianças e aos familiares, de maneira que estes se sintam seguras;
Realizar e orientar as crianças nos momentos de alimentação e higiene;
Acompanhar atentamente os momentos de lazer, como parque, brinquedoteca, dia do Filme e nos dias de jogos;
Promover a interação entre as crianças e os adultos no ambiente escolar;
Elaborar e efetivar planos de trabalho docente, que privilegiem a brincadeira, as diferentes linguagens e as interações e, através da avaliação, retomá-los, quando necessário, propondo novos encaminhamentos;
Promover e compreender a necessidade de um período de adaptação das crianças ao espaço e às pessoas da instituição (demais profissionais).
2.2 CARACTERIZAÇÂO DA TURMA
Números de alunos e salas de aula
	N° de sala de aula
	Áreas
	Capacidade física
	Período de funcionamento
	Curso
	02
	19,99 m2
	15 alunos
	Matutino/Vespertino
	Fundamental
	01
	20,00 m2
	15 alunos
	Matutino/Vespertino
	Fundamental
	01
	20,30 m2
	15 alunos
	Matutino/Vespertino
	Fundamental
	01
	20,00 m2
	15 alunos
	Matutino/Vespertino
	Fundamental
	01
	18,86 m2
	10 alunos
	Matutino/Vespertino
	Fundamental
	01
	17,97 m2
	07 alunos
	Matutino/Vespertino
	Fundamental
Turnos de funcionamento
	
As cargas horarias são de 4 horas diárias, sendo 20 horas semanais, de segunda a sexta, num total de 800 hora anual, distribuídas em 200 dias letivos. No período matutino das 08hs as 12hs e no vespertino 13hs as 17hs.
Etapas e modalidades de ensino ofertada pela instituição 
A Escola de Educação Especial Adélia Madani, atendendo aos dispositivos da Lei nº 9394 de 20.12.1996 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, tem como objetivo dar acesso e oportunidades educacionais, em conjunto com intervenções psicopedagógicas e de natureza clínica, além da integração e inclusão aos alunos que tenham sido diagnosticados com deficiência intelectual, múltipla ou com transtorno global do desenvolvimento que esteja associado à deficiência intelectual, visto que necessitam de apoio pervasivo para a sua educação.
Proporciona ao educando uma proposta socioeducativa que facilita o desenvolvimento de suas potencialidades, seu preparo para o exercício da cidadania, sua qualificação para o mundo do trabalho, sua participação permanente na sociedade para qual está inserido e melhoria da qualidade de vida.
Oferece o Ensino nas seguintes modalidades:
Ensino fundamental Fase I – Escolarização Inicial para alunos com faixa etária de 6 a 14 anos e 11 meses;
Ensino fundamental Fase II – Socioeducacional para alunos com faixa etária de 15 a 30 anos.
Programa de Educação Especial para o Trabalho – Para alunos com faixa etária de 15 a 30 anos.
NAE (Núcleo de Atendimento Especializado) - AUTISMO
Como parte do trabalho desenvolvido na Escola de Educação Especial Adélia Madani a APAE-ITUPEVA conta com o Núcleo de Atendimento especializado – NAE. O trabalho desenvolvido no NAE inclui o atendimento multidisciplinar com profissionais capacitados no atendimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista, sendo divididos por idades em suas respectivas salas.
	
Regime jurídico (Publica ou Privada)
	
	A APAE de Itupeva é uma Organização da Sociedade Civil, sem fins lucrativos, que promove o diagnóstico, a prevenção e a inclusão da pessoa com Deficiência Intelectual, produzindo e difundindo conhecimento. Atua desde o nascimento ao processo de envelhecimento, propiciando o desenvolvimento de habilidades e potencialidades que favoreçam a escolaridade e o emprego apoiado, além de oferecer assessoria jurídica às famílias acerca dos direitos das pessoas com Deficiência Intelectual.  Fundada em 22 de Setembro de 1999, mas inaugura em 27/07/2002 no endereço atual: Rua Jose Virillo n° 90 na cidade de Itupeva, bairro Portal Santa Fé.
Proposta Pedagógica 
	
De acordo com os princípios básicos que regem a Educação Especial em consonância com a filosofia que norteia a sua ação educativa e social, a Escola de Educação Especial “Adélia Madaní’ tem como objetivos:
Oferecer ao aluno com deficiência intelectual, deficiência múltipla e/ou transtorno global do desenvolvimento, associado à deficiência intelectual, condições adequadas para o desenvolvimento de potencial, proporcionando sua integração no meio social;
Oferecer programas educacionais e condições adequadas ao aluno de acordo com seus interesses, necessidades e possiblidades, abrangendo todos os aspectos que favoreçam o seu desenvolvimento global, visando sua inclusão, participação e realização pessoal na sociedade; capacitando-o como agente transformador numa sociedade democrática, ciente de seus deveres e direitos;
Promover através de iniciativa própria ou com auxílio de Órgãos Públicos Municipais, Estaduais, Federais e segmentos da comunidade, medidas de prevenção para diminuir os casos de deficiências;
Envolver todos os profissionais da escola no processo educacional para a construção coletiva de valores, concepção, princípios e crenças referentes ao futuro do homem e sociedade; 
Desenvolver projetos favorecendo a desenvolvimento do potencial do aluno com necessidades especiais e estendendo aos serviços comunitários;
Redefinir a sua missão o contexto da educação especial observando a construção da autoestima dos educandos, alimentando e incentivando a sua curiosidade, cooperação, respeito mútuo, responsabilidade, compromisso, autonomia, caráter e a alegria de aprender;
Oferecer ensino acadêmico com adaptações significativas no currículo;
Estimular de acordo com os interesses e as potencialidades de cada aluno, a aquisição de autonomia e independência nas habilidades de cada aluno, a aquisição de autonomia e independência nas habilidades básicas, de maneira funcional;
Trabalhar as competências sociais e promover a inclusão do aluno na comunidade;
Proporcionar o bem-estar e melhora da qualidade de vida;
Oportunizar ao aluno o desenvolvimento de habilidades nas áreas de funcionalidade acadêmica, comunicação, autocuidado, vida familiar, vida social, autonomia, saúde/segurança e lazer/trabalho.
Envolver o aluno no processo de aprendizagem como agente no processo de construção e condução do saber.
2.3 REGISTRO DO PERFRIL DA TURMA (visão escolar)
Como parte do trabalho desenvolvido na Escola de Educação Especial Adélia Madani a APAE-ITUPEVA conta com o Núcleo de Atendimento especializado – NAE que atende desde setembro de 2012 pessoas com Transtorno do Espectro Autista e/ou com comprometimento severos múltiplos incluídos déficits na comunicação e interação social. O NAE visa a formação integral de seus alunos com vistas nas inserções e reinserções dos mesmos na sociedade de forma a garantir seus direitos enquanto pessoas.
O trabalho desenvolvido no NAE inclui o atendimento multidisciplinar com profissionais capacitados no atendimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista e/ou com comprometimentos múltiplos incluindo déficits significativos na comunicação e interação social. 
O Núcleo de Atendimento Especializado – NAE tem como objetivo garantir a pessoa com Transtorno do Espectro Autista e/ou com comprometimentos múltiplos incluindo déficits significativos na comunicação e interação social o acesso a atendimentos multidisciplinares que os permitam alcançar seus potenciais enquanto pessoas com vistas na promoção de sua autonomia, funcionalidade e independência perante a si e a sociedade.
2.4 REGISTRO DESCRITIVO
DOS ENCONTROS REALIZADOS
A sala onde o estagiário cumprira suas horas estabelecidas será NAE (Núcleo de Atendimento Especializado) nesta sala há 4 alunos com idade de 14 á 20 anos, todos com Autismo desde severo ao moderado, são 3 profissionais sendo um professor e dois auxiliares.
 O trabalho desenvolvido é por uma rotina com identificação de foto ou nome do aluno, colocada na vertical a cima de sua mesa de trabalho independente, tal é descrita com figuras ou objetos que represente a ação ou atividade que terá ao decorrer de seu período escolar, desde pegar a agenda em sua bolsa á realização da atividades dentro e fora de sala de aula.
O processo de desenvolvimento é feito por um plano individual, realizado pelo professor no inicio do ano junto com a coordenação pedagógica, no mesmo inclui atividades da vida diária - escovar os dentes, lanche, banheiro, dobrar roupa, amarrar tênis, consequentemente o seu treino, para que o aluno possa ter sua independência - e atividades pedagógicas concretas, como pareamento e reconhecimento visual ou verbal (se houver), de cores, figuras, formas geométricas, letras, números, e etc. São divididas em duas etapas: Mesa de aprendizagem, onde somente o professor propõem a atividade e quando alcançado o objetivo, passa para a segunda etapa: Mesa Independente, que consequentemente o aluno já sabe realiza-la com nenhum auxilio ou pouco (o auxiliar estará presente caso o aluno precise).
Essas etapas são realizadas por rodizio entre professor e auxiliar, e após cada atividade proposta o aluno é reforçado positivamente, com o cantinho do lazer que tem objeto em que o mesmo se interessa e possa explorar sem intervenção.
 PLANO DE AULA
1) Identificação
 Francielly Rigo Coelho
 Escola de Educação Especial “Adélia Madaní” – APAE ITUPEVA
Disciplina: Português
Turma: NAE – NÚCLEO DE APOIO ESPECIALIZADO - AUTISMO – MANHÃ
Número de alunos: 4 
PROFESSORA: Inez 
Horário da aula: 08h as 12h
2) Conteúdo
 	
Nome próprio; letras iniciais das palavras.
3) Objetivos
Reconhecer e grafar o nome próprio; Construir gradativamente o processo de alfabetização; Desenvolver a grafia; Identificar as letras iniciais; Grafar e identificar figuras com a letra inicial de cada objeto representado.
4) Síntese do assunto
A arte de ensinar não é e nunca foi uma tarefa tão simples como muitos pensam. Ao contrário, tal processo exige uma série de habilidades e competências para que o educador consiga diferenciar e articular fatores sociais, individuais, internos e externos, que influenciam o tempo todo no ensino.
Assim, educar uma criança autista é um grande desafio, mas também um grande privilégio, pois segundo Bereohff “é uma experiência que leva o professor a rever e questionar suas ideias sobre desenvolvimento, educação normalidade e competência profissional” (1994, p.11).
Deste modo, levando em consideração que as pessoas com autismo têm uma perturbação no Sistema Nervoso que afetam algumas áreas, e consequentemente dificulta sua interação social e seu domínio de linguagem e comunicação, as práticas pedagógicas devem ser desenvolvidas respeitando essas limitações, mas ao mesmo tempo incentivando a superação.
Como no autismo há uma restrição ao domínio da linguagem, mas há também uma percepção visual muito apurada, será necessário que o professor selecione atividades e métodos visuais concretos. 
O processo de alfabetização é muito mais do que reconhecer símbolos e letras, é saber interpretar o que está a sua volta com a leitura de mundo, como diz Freire (1993). Cada sujeito realiza essa aprendizagem de uma forma diferente. Esse aprender de formas diferenciadas também diz respeito às pessoas com deficiência (PD), que, em decorrência das especificidades de suas deficiências, elas aprendem os conteúdos de forma peculiar e cada uma apresenta características próprias como resposta ao trabalho pedagógico. Portanto, as diferentes deficiências geram necessidades e formas educativas especiais próprias, o que não é diferente em relação às síndromes. Este também é o caso de pessoas com autismo, foco maior deste Objeto de Aprendizagem. 
De acordo com Mello (2004), o autismo é uma síndrome que se caracteriza por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação. As pessoas com autismo apresentam, desde cedo, um distúrbio severo do desenvolvimento, principalmente relacionado à sua comunicação e interação social. Entretanto, em alguns casos, podem apresentar incríveis habilidades motoras, musicais, de memória e outras, que muitas vezes não estão de acordo com a sua idade cronológica. Gauderer (1997, p.108) afirma que em relação à educação, “[...] é útil dividir a tarefa em pequenas etapas e, vagarosamente, construir o todo. Deve-se aproveitar ao máximo as situações do dia-a-dia [...], transformando-as em oportunidades de ensino de forma a encorajar a criança a usar na prática os conhecimentos adquiridos.” Além disso, as pessoas com autismo possuem um estilo cognitivo diferenciado.
Para contribuir com o processo de “alfabetização” de pessoas com autismo é fundamental considerar as suas dificuldades de comunicação com o mundo externo. Portanto, as atividades propostas devem buscar contribuir para expandir o conhecimento de mundo, procurando contextualizar o que se pretende ensinar com a realidade do aluno. De acordo com Freire (1993, p. 11) “a leitura de mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente.”
Segundo GAUDERER (1987), as crianças com autismo, em geral, apresentam dificuldade em aprender a utilizar corretamente as palavras, mas quando participam de um programa intenso de aulas parecem ocorrer mudanças positivas nas habilidades de linguagem, motoras, interação social e a aprendizagem. O papel da escola é fazer o reconhecido no nível da educação, na elaboração de estratégias para que estes alunos com autismo consigam desenvolver capacidades para se integrar e interagir com as outras crianças ditas “normais”. O nível de desenvolvimento da aprendizagem do autista geralmente é lento e gradativo, portanto, caberá ao professor adequar o seu sistema de comunicação a cada aluno. O professor tem a responsabilidade a dar atenção especial e sensibilização dos alunos e dos envolvidos para saberem quem são e como se comportam esses alunos autistas. Deve-se entender que ensino é o principal objetivo do trabalho com crianças autistas. Ensinar coisas funcionais para a criança autista é a essência de um trabalho adequado e a persistência é um grande aliado deste objetivo.
O conteúdo do programa de uma criança autista deve estar de acordo com seu potencial, de acordo com sua idade e de acordo com o seu interesse. Se a criança estiver executando uma atividade nova de maneira inadequada, é importante a intervenção rápida do professor, mesmo que para isso seja necessário segurar a mão da criança ou até mesmo dizer-lhe a resposta. (PEETERS, 1998 s/pág)
Existem muitas possibilidades que podem ser feitas pelo próprio autista. A principal é acreditar que ele tem potencial para aprender. 
5) Desenvolvimento da aula
	INTRODUÇÂO
Os sistemas de trabalho são programados individualmente e ensinados um a um pelo professor. As crianças autistas são mais responsivas às situações dirigidas que às livres e também respondem mais consistentemente aos estímulos visuais que aos estímulos auditivos.
A seleção dos objetivos a serem trabalhados respeita a sequência evolutiva de aquisição delineada na Escala Portage, ou seja, orienta-se por uma gradação das dificuldades do aluno. As habilidades básicas são trabalhadas antes das mais elaboradas, devendo a criança manifestar em seu repertório condutas prévias, necessárias	 para 	chegar ao objetivo proposto.				
     A elaboração do Planejamento Individual de Ensino leva em consideração os pontos fortes e fracos do aluno,
selecionando-se estratégias adequadas e preservando-se a condição de um processo flexível e dinâmico. A metodologia têm como referência o concreto, o vivencia e o funcional. 
     Inúmeras estratégias são utilizadas para que um objetivo seja alcançado. Sempre baseadas nos interesses da criança. O fato do autista aparentemente não demonstrar interesse pelo ambiente que o rodeia não significa necessariamente que este interesse não exista.
   Os objetivos selecionados são funcionais, isto é, tem um lugar na vida do aluno. São adequados do ponto de vista do desenvolvimento e visar à aquisição de maior independência na sua vida prática. Descreve de forma clara a conduta
final desejada. É fundamental que as aquisições possam se generalizar para fora do contexto escolar. A possibilidade de sucesso aumenta, se este objetivo for explorado passo 	a 	passo e reavaliado constantemente. (BEREOHFF, Ana Maria P. Autismo, uma visão multidisciplinar. São Paulo: GEPAPI, 1991).
Inicialmente foi observado a postura da professora e dos monitores, como mediadores, sempre orientandos os alunos, facilitando a socialização e o ensino - aprendizagem, recorrendo a Rotina diária como auxílio fundamental nesse processo. 
 Os educadores utilizam o método TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handcapped – Tratamento e Ensino de Crianças Autistas e outras Dificuldades de Comunicação Relacionadas): Apesar de também ser pautado na teoria comportamentalista no ambiente pedagógico, o TEACCH traz cuidados mais específicos em relação à organização visual e estrutura do local. O ambiente é organizado através de rotinas em murais, sem estímulos que possam distrair a criança (barulho, janela, brinquedos à vista, coisas penduradas nas paredes como cartazes e outros objetos). O método fornece técnicas de organização, repetição e treinamento (auxiliares no processo de alfabetização) e pode ser utilizado em casa ou na escola.
ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES 
Recepção do Aluno
Na escola - o aluno é acolhido por um profissional com qual já tenha vínculo estabelecido que se torna um sinalizador do dia escolar, conduzindo-o ao professor.
Na sala de aula – o professor faz o acolhimento do aluno e através de sinalizações  verbais ou gestuais ele será estimulado a guardar o material escolar que trouxe de casa. O ambiente da sala de aula  com um espaço que permite a realização de atividades individuais, em grupos, com colchonetes e almofadas, organizados de forma agradável: com pouca estimulação visual, o número de carteiras de acordo com o quantitativo de alunos – que favorecem um sentimento de pertinência e de previsibilidade quanto ao espaço físico.
Através da observação da aula, foi possível constatar uma rotina planejada , com um olhar diferenciado , dosando o tempo das atividades ;priorizando a atenção e qualidade da aprendizagem , dentre elas estão:
Atividades de vida diária (autonomia);
Caminhada, brincar e parque;
Estimulação global e sensorial;
Vídeo
Lanche e escovação;
Trabalha com exercícios de repetição de conteúdos;
materiais concretos ou figuras de referência para a criança como a sua própria foto, a foto dos familiares, amigos, etc.
Proporciona atividades de organização e pareamentos de objetos;
São utilizados estímulos visuais (fotos, figuras, cartões), estímulos corporais (apontar, gestos, movimentos corporais) e estímulos audiocinestesico visuais (som, palavra, movimentos associados às fotos) para buscar a linguagem oral ou uma comunicação alternativa. Por meio de cartões com fotos, desenhos, símbolos, palavra escrita ou objetos concretos em sequência (potes, legos etc.), indicam-se visualmente as atividades que serão desenvolvidas naquele dia na escola. 
Terapia comportamental é imprescindível que o professor manipule o ambiente do autista de maneira que comportamentos indesejáveis desapareçam ou, pelo menos, sejam amenizados, e condutas adequadas recebam reforço positivo, visto como um feedback explícito para a criança pelo seu comportamento. 
Observação: mesmo que o aluno não cumpra todas as atividades propostas, ele será estimulado a realizar, todos os dias dentro da ordem estabelecida pela rotina. Esse processo é vai mediar o desenvolvimento do aluno, com o tempo.
DESENVOLVIMENTO
1º ETAPA: A professora inicia a aula com auxílio do quadro de rotina.
2° ETAPA: A professora organizou os alunos em roda, apresentando o crachá do Nome próprio com foto a do aluno (a), os crachás no centro da roda, misturando, e realizou a Cantiga de roda: A canoa virou... , quando a música parava, o aluno(a) tinha que procurar com intervenção (monitores e professora) o seu crachá com o Nome próprio .
3° ETAPA: Com o auxílio dos monitores, a docente realizou atividades na mesa individual, focando o nome próprio dos alunos, explorando alfabeto móvel, materiais concretos e reciclados seguem abaixo as atividades realizadas:
Procedimentos Avaliativos
A professora utiliza de pautas de observações, coletando informações sobre a construção de conhecimentos e desenvolvimento das habilidades do estudante. A avaliação é formativa, enfatiza todo o processo, o contexto da aprendizagem, ou seja, o tipo de atividade proposta, a intervenção realizada pela professora, os recursos didáticos oferecidos, o conteúdo e as situações que foram priorizadas, pois é importante não se avaliar o estudante de forma isolada. Percebe-se a importância da avaliação, enquanto instrumento que contribui para a formação do indivíduo, apoiado em uma visão global, de forma a evidenciar suas conquistas e potencialidades, desejos e necessidades, não apenas suas dificuldades e limitações.
Para poder avaliar posteriormente o desempenho do aluno de forma relevante, o professor levou em consideração os dados concretos, por isso é importante que verifique a cada aula:
O que foi significativo para seu aluno; 
Quais foram seus progressos; 
O que aprendeu;
Como aprendeu; 
Se houve regressão; 
Por que regrediu. 
AVALIAÇÃO 
 A professora permanece atenta aos progressos que o aluno(a) apresentou tanto em relação ao conhecimento de mundo, e das letras do alfabeto, palavras ou a alfabetização. Paralelamente aos objetivos iniciais, a professora pode analisar e avaliar as atividades sob vários pontos de vista e perspectivas, considerando aquilo que o aluno(a) evoluiu de acordo com sua habilidade, potencialidade e capacidade. Assim, é importante a postura de mediador e também de observador da professora.
6) RECURSOS
Rádio (cds musicais);
Crachá do nome próprio;
Alfabeto móvel;
Material reciclável;
7) APÊNDICES
Complementando a observação realizada, foi possível constatar um olhar diferenciado da professora em relação ao seu planejamento: “Planejar para desenvolver habilidades.” E esse processo exige paciência, dedicação, amor e sensibilidade para adaptar as práticas de acordo com as necessidades e as conquistas da criança.
Segue abaixo algumas atividades que auxiliam na compreensão de conceitos necessários para o desenvolvimento e autonomia.
8) ANEXOS 
MODELO DE PLANEJAMENTO INDIVIDUAL
APAE DE ITUPEVA
NAE – NÚCLEO DE APOIO ESPECIALIZADO - AUTISMO – MANHÃ
PROFESSORA: INEZ
PLANEJAMENTO INDIVIDUALIZADO – 2017
Objetivo Geral: Estimular o desenvolvimento e a adequação frente às atividades de sala e comportamento.
	
2°
B
I
M
E
S
T
R
E
	OBJETIVOS
	ATIVIDADES
	
	
1. Português: Identificar as letras iniciais; Grafar e identificar figuras com a letra inicial de cada objeto representado; Grafar palavras; Grafar letras iniciais de objetos indicados através de desenhos; Pronomes possessivos e pessoais; 
	
1.1. Identificar e grafar letras cursivas;
1.1.1. Mostrar a referência da atividade (MA ou TI) ao aluno em seu campo de visão, solicitar que a pegue no painel e encaminha-lo para cada atividade.
1.1.1. Colocar a atividade de fronte ao aluno;
1.1.2. Solicitar que o aluno fale o nome do elemento indicado;
1.2.3.Solicitar
que o aluno escreva a letra inicial do elemento;
1.2. Identificar palavras e grafar o nome;
1.2.1. Colocar a atividade e os matérias necessários de fronte ao aluno;
1.2.2. Indicar palavras para que o aluno leia;
1.2.3. Solicitar que o aluno grafe com letra cursiva.
1.4. Pronome Possessivo: Colocar diante do aluno um objeto pessoal dele e perguntar: ”De quem é?”, em seguida, conduzir o aluno é responder: “É meu!”.
1.5. Pronome Pessoal: Colocar uma foto do aluno diante dele e perguntar: “Quem é?”, em seguida conduzir o aluno a responder: “Sou eu!”. 
1.6 Pareamento de frases, textos, palavras, figuras
1.6.1. Colocar a atividade e os matérias necessários de fronte ao aluno;
1.6.2. Solicitar que o aluno faça o pareamento da atividade.
	
	
2. Matemática: Identificar os numerais; Contar elementos e registrar a quantidade; Diferenciar letras e números; Discriminação visual (Atividade gráfica); nomear cores; Sequência numérica; Grafismo. 
	
2.1. Identificar os numerais e grafar:
2.1.1. Mostrar a referência da atividade (MA ou TI) ao aluno em seu campo de visão, solicitar que a pegue no painel e encaminha-lo para cada atividade.
2.1.3. Colocar os numerais diante do aluno e solicitar que ele nomeie.
2.1.4. Grafar o número nomeado. 
2.2. Contagem de elementos e escrita:
2.2.1. Colocar diante do aluno atividade com conjuntos de objetos;
2.2.2 Solicitar que o aluno conte os objetos;
2.2.3 Solicitar que o aluno escreva o número que representa a quantidade dos objetos.
2.3. Quebra cabeça:
2.3.1 Colocar diante do aluno atividade;
2.2.2 Solicitar que o aluno monte o quebra cabeça;
2.4. Discriminação Visual: 
2.4.1. Colocar as atividades gráficas diante do aluno e solicitar que ele discrimine diante do que for solicitado (Ex: ligar sombras; parear objetos iguais, etc.). 
2.5 Sequência numérica:
2.5.1 Colocar a atividade de fronte ao aluno;
2.5.2 Solicitar que o aluno de continuidade/comece a sequência numérica.
2.6 Adição simples:
2.6.1 Colocar a atividade de fronte ao aluno;
2.6.2 Solicitar que o aluno faça a soma;
	
	3.Ciências: Desenvolver noções básicas de higiene; parear figuras de objetos usados para higiene do corpo;
Representar o esquema corporal através de desenho; Identificar corretamente as partes do corpo; Grafar partes do corpo humano; 
	3.1. Noções básicas de higiene; 
3.1.1. Mostrar a referência de lavar a mão a cada aluno em seu campo de visão, solicitar que a pegue no painel e encaminhá-lo a atividade;
3.1.2. Solicitar que o aluno abra a torneira;
3.1.3. Solicitar que o aluno molhe a mão;
3.1.4. Solicitar que o aluno segure o sabonete;
3.1.5. Solicitar que o aluno ensaboe as mãos;
3.1.6. Solicitar que o aluno enxague as mãos; 
3.1.7. Solicitar que o aluno pegue papel toalha; 
3.1.8. Solicitar que o aluno seque as mãos;
3.2. Representar esquema corporal
3.2.1. Mostrar a referência da atividade (MA) ao aluno em seu campo de visão, solicitar que a pegue no painel e encaminhá-lo a atividade;
3.2.2. Colocar diante do aluno figura do corpo humano com partes faltando;
3.2.3. Solicitar que o aluno nomeie as partes que faltam;
3.2.4. Solicitar que o aluno faça o desenho das partes que faltam no esquema corporal apresentado;
	
	4. Natureza e Sociedade: Caminhar em torno da APAE explorando os espaços internos e externos; 
	4.1. Caminhada;
4.1.1. Mostrar a referência da atividade (CAMINHADA) ao aluno;
4.1.2. Realizar treino de rua: Saber esperar pelos colegas e professores/monitores;
4.1.3. Andar adequadamente lado a lado;
4.1.4. Identificar calçada;
	
	5. Atividade Social: 
Desenvolver a capacidade de perceber o outro; 
Estruturar o brincar na brinquedoteca; 
Aprender esperar sua vez; 
Iniciar o trabalho com o “toque” entre os participantes do grupo; 
	5.1. Atividades com bolas para percepção do outro;
5.1.1. Mostrar a referência da atividade (TG) ao aluno em seu campo de visão, solicitar que a pegue no painel e encaminhá-lo a atividade;
5.1.2. Entregar a bola a um integrante do grupo e solicitar que jogue para o colega indicado;
5.2. Trabalho sobre o ‘toque’ com creme hidratante;
5.2.1. Mostrar a referência da atividade (TG) ao aluno em seu campo de visão;
5.2.2. Abrir o pote de um creme hidratante junto com o aluno;
5.2.3. Pressionar a embalagem até sair um pouco de creme;
5.2.4. Passar um pouco de creme hidratante nas mãos de um aluno de cada vez;
5.2.5. Manipular a mão do aluno até que o creme seja espalhado por toda a sua superfície;
5.2.6. Passar mais um pouco de creme hidratante nas mãos do aluno;
5.2.7. Solicitar que passem o creme na mão de um colega (realizar com auxílio);
5.2.8. Todos deverão participar.
5.3 O Brincar na BRINQUEDOTECA 
5.3.1. Mostrar a referência da atividade (BRINQUEDOTECA) ao aluno em seu campo de visão;
5.3.2. Abaixo segue alguns exemplo do que pode ser feito na brinquedoteca:
5.3.3. Jogos em grupo;
5.3.4. Brincar de roda: Unir o grupo, pedir para dar as mãos e rodar acompanhando a professora;
5.3.5. Brincar de trenzinho: Unir o grupo um atrás do outro e andar em circulo ;
5.3.6. Músicas: Interagir com os alunos a partir das musicas selecionadas.
5.3.7. Desfolhar revistas: Dar revista, mostrar as figuras, identificar as figuras.
5.3.8. Brincadeira com Bonecos e Bonecas: Brincar com os alunos com objetos lúdicos;
5.3.9. Leitura: Ler histórias infantis e mostrar ilustração relacionada a história.
5.3.10. Atividade Livre: deixar que os alunos explorem a brinquedoteca;
5.3.11. As atividades são de critério e escolha da professora e devem ser registrados no diário da turma.
5.4 Tablet
5.4.1 Dar o tablete ao aluno com jogos educativos;
5.4.2 Deixar o aluno explorar os jogos
5.4.3 Quando o sino tocar devolver o tablet
 
 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
 ESTÁGIO CURRICULAR EDUCAÇÃO ESPECIAL E EDUCAÇÃO INCLUSIVA
1 Caracterização da situação
Atividades para o apoio do aluno com autismo. (NOME PRÓPRIO)
2 Justificativa para a execução do projeto na instituição
Não foi possível realizar a intervenção na sala de aula com os alunos, pois os alunos autistas necessitam de uma rotina e costumam se incomodar com mudanças inesperadas, por isso a frustração deve ser evitada, mas mediada. Sendo assim decidi respeitar o espaço deles, e as intervenções da docente, realizei a minha proposta e apresentei a professora, a qual se mostrou interessada nas minhas sugestões, e disse assim que possível, gradualmente estaria inserindo em seu planejamento, pois acreditam que são atividades que auxiliarão no desenvolvimento dos seus alunos.
3- Objetivos
3.1 Objetivos Geral
Dar condições aos alunos para aprender o seu nome próprio, através de uma prática que visa contribuir para o desenvolvimento integral da criança no processo de ensino-aprendizagem, favorecendo os aspectos físicos mental, afetivo-emocional e sócio- cultural, buscando estar sempre condizendo com a realidade dos educandos.
3.2 Objetivos Específicos
Proporcionar o reconhecimento do nome próprio e das letras do alfabeto; estimular e incentivar a escrita de diferentes formas; propiciar a comunicação (verbal e não verbal).
Reconhecer seu nome escrito, sabendo identificá-lo nas diversas situações do cotidiano;
Desenvolver atividades lúdicas envolvendo os nomes dos colegas, através de músicas e jogos;
Nomear as letras do nome;
Escrever o nome utilizando crachá;
Compreender que as letras formam outras palavras além do próprio nome;
Realizar atividades lúdicas que explorem o traçado das letras;
Compreender a importância da leitura e da escrita.
4- METODOLOGIA
A proposta de intervenção será apresentada para a docente, como sugestões que possam vir ajudar no processo de ensino e aprendizagem dos alunos, assim como beneficiar também o convívio social, interação, psicomotricidade, coordenação motora fina e grossa, etc. Lembrando que todo autista é um sujeito
histórico de direitos, faz parte do centro de planejamento curricular, que vai mudando conforme a sociedade em que vive.
4.1 Elaboração das Atividades
Escreva o nome da criança e faça uma plaquinha (informação visual). A plaquinha pode ser colocada junto com uma foto da mesma. Use o material dentro de sala de aula para consulta, fixado no mural ou como crachá. Você ainda pode expor a plaquinha em locais que a criança costuma frequentar além da sala de aula, por exemplo, um aluno que tem mais dificuldade de atenção e gosta ir ao balanço do parque da escola durante as atividades, pode ter a sua plaquinha lá exposta como estímulo, memorização e associação do seu nome. Dica: é importante aproveitar o material que se tem para ressignificar certos comportamentos da criança.
Faça uma brincadeira! Cole no chão da sala de aula ou em outro lugar que preferir (quadra, parque) diversos nomes, inclusive o da criança em questão. O jogo consiste em deixar a criança correr e pular sobre o seu nome quando o encontrar. Você poderá adicionar uma foto ou não. Isso dependerá do desafio que se quer proporcionar ao aluno (atividade que proporciona a informação visual + o movimento/corpo).
Explore o tato: toque e ensine o seu aluno a tocar em pessoas e objetos. Para ensinar o nome, por exemplo, você pode utilizar letras com texturas em lixa, pode dizer "VOCÊ É O JOÃO!" e sinalize com o dedo tocando-o.
Cante músicas envolvendo o nome das crianças. A música do "roubou pão" é uma boa alternativa.
Valorize movimentos repetitivos! Alguns alunos com autismo costumam balançar as mãos ou o corpo com bastante frequência. Ofereça estímulos sonoros associando as letras do nome/alfabeto. Exemplo: garrafas sensoriais com as letras do nome coladas ou potinhos com areia dentro seguindo a mesma proposta. Assim, a criança explora o objeto realizando seus movimentos repetitivos, sendo despertada por algo novo, com significado.
Explorar diferentes jogos concretos que possam trabalhar com o nome próprio. Letras móveis de madeira e fichas plastificadas são excelentes opções, já que possuem maior durabilidade correndo poucos riscos de ser danificado. Use e abuse de fichas ou cartões com figuras, letras e palavras.
Aproveite os recursos da estimulação sensorial para incentivar a escrita/registro (areia do parque, massinha, tinta, entre outros materiais).Pintura com M&M chocolate
Atividades de organização/pareamento. Crianças com autismo costumam gostar de atividades onde a organização e o pareamento são os objetivos principais. 
5- RECURSOS
Plaquinha com o nome;
Foto do aluno (a);
Lixa;
Rádios, Cds musicais;
Materiais concretos e recicláveis;
Letras móveis;
Areia do parque;
Massinha;
Tintas diversas, entre outros materiais;
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Houve um tempo em que se acreditava que muitas crianças autistas simplesmente não poderiam aprender. 
Hoje pesquisas sobre o autismo, que ganharam respeito, e a experiência escolar revelaram claramente que o ensino de crianças autistas requer alguma modificação na técnica, e que estes alunos podem não só aprender, mas normalmente podem aprender em uma classe regular – bastando em alguns casos ser um ambiente adequado para a aprendizagem de crianças autistas. 
 Durante o meu estágio foi possível conhecer um leque de possibilidades de aprendizagem para as crianças autistas, lembrando que a aquisição da aprendizagem ocorre de forma diferenciada nos indivíduos, cada qual aprende no seu ritmo e de forma única. Se fazendo necessário conhecer e compreender o processo de aprendizagem de uma criança com TEA, sendo necessário observar e identificar as dificuldades e limitações que ela apresenta.
Mediante as minhas observações focadas na sala com alunos autistas, cheguei à conclusão que não devemos pensar no autismo como algo distante e condenado ao isolamento. Existem muitas possibilidades que podem ser feitas pelo próprio autista. O principal ingrediente é “acreditar” que eles têm potencial para aprender. Essas crianças necessitam de instruções claras e precisas, e o programa deve ser essencialmente funcional, ligado diretamente a elas. É preciso saber que ele enxerga o mundo de uma forma diferente, mas vive no nosso próprio mundo. As propostas metodológicas de ensino para crianças autistas tendem a variar conforme suas necessidades e transtorno, cada criança precisa de um atendimento diferenciado com metodologias apropriadas a suas necessidades. É certo que o professor deve respeitar suas limitações, mas deve também propor atividades incentivadoras promovendo estímulos e quem sabe, sua superação.
7- REFERÊNCIAS
BEREOHFF, Ana Maria P; LEPPOS, Ana Lúcia E FREIRE, Helena Vasconcelos. Considerações Técnicas sobre o atendimento psicopedagógico do aluno portador de condutas típicas da síndrome do autismo e de psicoses infanto-juvenis. Brasília: ASTECA, 1994;
FREIRE, P. (1992). A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 39a edição. São Paulo: Cortez, 2000;
GAUDERER, Christian. AUTISMO e OUTROS ATRASOS do DESENVOLVIMENTO. Guia Prático para Pais e Profissionais. 2 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1997.
MELLO, Ana Maria S. Ros de. Autismo: Guia Prático. 4 ed. São Paulo: AMA; Brasília: CORDE, 2004;
PEETERS, Theo, Autismo: Entendimento Teórico e Intervenção Educacional, Rio de Janeiro, Editora Cultura Médica, 1998;
	
 
Por meio da consulta do Projeto Pedagógico da escola identificamos a concepção de educação adotada por ela quanto á compreensão da escola tem um papel importante na evolução do processo de aprendizagem de cada cidadão que consegue passar por uma instituição educativa, cuja função é orientar e preparar socialmente. O homem é considerado sujeito histórico, o seu cotidiano, os conflitos estabelecidos entre as diferentes classes sociais, culturais e políticas que se transformam formando um cidadão ativo e participativo na sociedade menos acuado e mais indignado, um cidadão que sabe mediar conflitos, propondo soluções criativas em favor da solidariedade humana justa e igualitária, de modo que a concepção de homem é a de ser histórico, produtor de sua existência, transcendência da natureza e, portanto livre no sentido de agir intencionalmente de modo a construir possibilidades não previstas. A escola tem passado por expressivas transformações de caráter social, político e econômico. Essa transformação origina-se nos pressupostos que vêm sendo direcionados aos modos de vida. Os modos de vida estão sendo vivenciados pela escola. São variantes de diversos aspectos, que se multiplicam a cada dia. Onde presencia situações espetaculares, dignas, responsáveis, equilibradas, criativas. Nesse sentido é fundamental considerar que a escola tem papel social expressivo na construção daqueles que passam de suas vidas sendo orientado se preparados por ela. A educação deve, nessa perspectiva, tomar como referência toda a experiência de vida própria do sujeito. O papel do professor/profissional e qual o papel social adotado por ela é a reforma educacional no Brasil exige um novo professor e para isso é necessário a formação permanente de nossos educadores. A escola como contexto de formação vai planejar as atividades de acordo com as necessidades de seus profissionais o que implicará em forma e conteúdos variados. Reuniões de supervisão da prática de ensino é um ponto fundamental nesta formação. Nelas, tanto a percepção do papel do professor quanto a o desempenho do mesmo devem ser trabalhados de maneira integrada e crítica .

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