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Malária

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16/08/2016
1
MALÁRIA
Aula 7 
Histórico
16/08/2016
2
O que é Malária?
• É uma doença infecciosa causada por parasitas
protozoários do gênero Plasmodium.
• Há aproximadamente 150 espécies de plasmódios:
 22 parasitam macacos 
 50 parasitam aves e répteis
 04 parasitam os homens.
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3
Taxonomia
• Reino: Protista
• Filo: Apicomplexa
• Ordem: Haemosporidia
• Família: Plasmodiidae
• Gênero: Plasmodium
• Espécies: P. ovale
P. falciparum
P. vivax
P. malariae
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4
Epidemiologia
Epidemiologia
300 – 500 milhões casos/ano1.5 – 3 milhões morte/ano57.000 casos e 170 mortes/hora
Brasil: Amazônia Legal (99,5%) Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão – 600 mil casos/ano.
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5
Epidemiologia
Vetor
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6
Vetor
16/08/2016
7
Vetor O inseto transmissor da Malária é umculídeo do Gênero Anopheles, gênerofeminino. .É conhecido como pernilongo,carapanã ou mosquito prego.Há cerca de 400 espécies demosquitos do gênero Anopheles nomundo, mas aproximadamente 60delas são vetoras sob condiçõesnaturais, sendo de importânciaepidemiológica.No Brasil, a espécie mais importante natransmissão da doença é oAnopheles (Nyssorhynchus) darlingi.O Anopheles (Kerteszia) gambiae éconsiderado a espécie mais eficaz detransmissão, sendo comum na África.
Repasto sanguíneoSomente as fêmeas
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CRIADOUROS NATURAIS DE ANOFELINOS
Locais sombreados
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Transmissão (I)
Transmissão natural: o plasmódio infecta ohomem humano pela picada de uma fêmea deanofelinos infectada, portadora de formasinfectantes (esporozoítas) na glândula salivar.
Transmissão induzida : é transmissão que ocorrepor meio de transfusão de sangue, usocompartilhado de agulhas e/ou seringascontaminadas.
Transmissão Congênita
Transmissão através de acidentes de trabalhoem pessoal de laboratório ou hospital.
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Transmissão (II)
Período de transmissibilidade: após 8 à 16 dias dorepasto sanguíneo com o sangue de uma pessoa commalária portando gametócitos do plasmódio.
A transmissão da doença pode continuar por toda a vidamédia do inseto, que é de cerca de 30 dias.
Período de incubação: é o período entre a picada domosquito infectado, até o aparecimento dos primeirossintomas que é, em média, de 15 dias, na maioria doscasos.
Morfologia
Os plasmódios variam individualmente em tamanho,forma e aparência, de acordo com seu estágio dedesenvolvimento e suas características especificas,podendo ser:
Forma extracelular
o Esporozoito
o Merozoito
o Oocineto
Forma intracelular
o Trofozoíto
o Esquizonte
o Gametócito
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Morfologia e Habitat Esporozoíto
Forma infectante encontrada 
na glândula salivar do 
mosquito.
Alongado medindo 11µm x 
1µm.
Núcleo único central.
Membrana dupla.
Complexo apical envolvido no 
processo de interiorização 
celular.
Morfologia Merozoitos
Invadem apenas as
hemácias.
Menores que os
esporozoitos e
arrendondados.
Membrana externa
com tripla camada.
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Morfologia Oocineto
Forma alongada de 
aspecto vermiforme
Móvel.
Tamanho de 10 à 
20µm.
Núcleo volumoso e 
excêntrico.
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Morfologia e Habitat Trofozoítos
Forma arredondada
encontrada nos
hepatócitos.
Após sucessivas divisões
celulares dará origem
esquizonte tissular.
Tamanho de 30 à 70 µm.
Morfologia
Esquizonte
Citoplasma vacuolizado.
Núcleo dividido.
Raro no sangue periférico.
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Morfologia
Gametócito
Alongados e curvos.
Núcleo grande e denso.
Citoplasma cora-se 
intensamente.
Pigmento malárico.
Morfologia – Fase eritrocítica
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Plasmodium falciparum
• Parasita hemácias jovens e maduras
• Cada ciclo esquizogônico pode ser originados até 36 merozoítas
• Formas aderidas nos vasos sanguíneos:
• Esquizontes
• Merozoítas
• Gametócitos
• Formas encontradas no sangue:
• Trofozoítas
• Esquizontes (formas graves) 
Na malária causada peloP. falciparum é queocorrem os casos maisgraves, muitos deles requerendo internação e com evolução, às vezesfatal.
Plasmodium malariae
• Os merozoítas parasitam hemácias maduras
• Os esquizontes originam-se de seis a 12 merozoítascada ciclo
• Formas encontradas no sangue:
• Merozoítas
• Trofozoítas
• Pré esquizontes
• Esquizontes
• Gametócitos
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Plasmodium ovale
• Os merozoítas parasita hemácias jovens
• Os esquizontes originam de seis a 12 merozoítas cada ciclo
• Formas encontradas no sangue:
• Merozoítas
• Trofozoítas
• Pré esquizontes
• Esquizontes 
• Gametócitos
CICLO BIOLÓGICO DA MALÁRIA 
Dois processos distintos:
 Reprodução assexuada: também denominadade esquizogônica que se desenvolve nohospedeiro vertebrado.
 Reprodução sexuada: também chamada deesporogônica, cuja evolução se faz nohospedeiro invertebrado.
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No homem:
Reprodução assexuada
Esquizogonia:tecidual e Eritrocítica
No mosquito:
Reprodução sexuada e assexuada
Ciclo Biológico do Plasmódio
Nas espécies de plasmódios que afetam o ser humano, o ciclo de vida é essencialmente o mesmo.
 Apresenta uma fase sexuada exógena, com a multiplicação dos parasitos em certos mosquitos de gênero Anopheles.
Fase assexuada endógena com a multiplicação no hospedeiro humano.
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19
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Ciclo de Vida - Biológico
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Ciclo de Vida - Biológico
Ciclo de Vida - Biológico
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Patogenia (I)
Os possíveis mecanismos determinantes das diferentesformas clínicas da doença baseiam-se, fundamentalmente,na interação dos seguintes fenômenos patogênicos:
Destruição dos eritrócitos parasitados;Toxicidade resultante da liberação de citocinas;Sequestro dos eritrócitos parasitados na rede capilar;Lesão capilar por deposição de imunocomplexos;
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Patogenia (I)
Recaídas – alguns anos depois
Ocorre nas infecções por P. vivax e P. ovale  formas hipnozoítas no
fígado (permanecem em estado de latência por períodos que variam de
1 mês a 1- 2 anos)
Recrudescências- (cura clínica aparente) - 1 a 2 meses
Parasitemia reaparece (acompanhada de sintomatologia), após um
período de “cura aparente”  resposta inadequada ao tratamento
(sobrevivência de formas eritrocíticas em nível muito baixo), P.
falciparum
Quadro Clínico (I)
Período de incubação:
 P. falciparum –> 9-14 dias;
 P. vivax –> 12-17 dias;
 P. malariae –> 18-40 dias;
 P. ovale –> 16-18 dias;
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Quadro clínico (II)
Quadro Clínico (III)
Fase inicial sintomática: 
 Mal-estar, cefaléia, cansaço, mialgia e febre malárica;
Acesso malárico (Paroxismo):
 calafrios e tremores, temperatura em elevação;
 febre alta, sensação de calor e cefaléia intensa;
 queda da temperatura, sudorese.
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Quadro Clínico (IV)
Os acessos maláricos (sinais clínicos) se repetem com intervalos diferentes, de acordo com a espécie do plasmódio:
 P. falciparum, P.vivax e P.ovale - com intervalos de 48 horas (malária terçã);
 P. malariae - os acessos se repetem a cada 72 horas (malária quartã)
Malária não complicada:
 Os acessos maláricos são acompanhados deintensa debilidade física, náuseas e vômitos.
 Ao exame físico o paciente apresenta-se pálidoe com baço palpável.
 A anemia, apesar de frequente, apresenta-se emgraus variáveis;
 Durante a fase aguda da doença é comum aocorrência de herpes simples labial.
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Malária Grave e Complicada:
 Ocorre em adultos não imunes, crianças e gestantes;
Podem preceder as seguintes formas clínicas:
• Malária cerebral;
• Insuficiência renal aguda;
• Edema pulmonar agudo;
• Hipoglicemia;
• Icterícia;
• Hemoglobinúria.
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DiagnósticoLaboratorial
Laboratorial
Parasitologia
Gosta EspessaColoração Laranja de Acridina
Imunologia
IFITeste rápidoElisa
Molecular
PCRReal Time PCR
Diagnóstico
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Coleta do Material
Diagnóstico Laboratorial
O padrão-ouro no diagnóstico da infecção continua sendo
as colorações de sangue periférico- "gota espessa",
coradas com Giemsa, Wright ou Field .
Os esfregaços permitem tanto a identificação quanto a
quantificação da carga parasitária. Malária só pode ser
excluída quando há pelo menos 3 esfregaços negativos
dentro de 48 horas de observação da febre.
Boa sensibilidade e especificidade. A técnica permite
visualizar a espécie e o estágio de desenvolvimento.
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Diagnóstico Laboratorial
Diagnóstico microscópico:Preparo do esfregaço
Diagnóstico Laboratorial 
GOTA ESPESSA
ESFREGAÇOSANGUÍNEO
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GOTA ESPESSA
DIAGNÓSTICO MICROSCÓPICO
Exame de 100 campos microscópicosmétodo semi-quantitativo ® “cruzes”
 + = 1 parasita/campo
 ++ = 2-20 parasitas/campo
 +++ = 21-200 parasitas/campo
 ++++ = mais de 200 parasitas/campo
Plasmodium sp.
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ESTÁGIO DE ANEL(Trofozoítas Jovens)
TROFOZOÍTASMADUROS(Raros No Sangue Periférico)
P. FALCIPARUM
ESQUIZONTES(Raros No Sangue Periférico)
GAMETÓCITOS
P. FALCIPARUM
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P. VIVAX
ESTÁGIO DE ANEL(TROFOZOÍTAS jovens)
TROFOZOÍTASMADUROS
P. VIVAX
ESQUIZONTES
GAMETÓCITOS
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P. MALARIAE
ESTÁGIO DE ANEL(Trofozoítas Jovens)
TROFOZOÍTASMADUROS
ESQUIZONTES
GAMETÓCITOS
P. MALARIAE
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P. OVALE
ESTÁGIO DE ANEL(trofozoítas jovens)
TROFOZOÍTASMADUROS
ESQUIZONTES
GAMETÓCITOS
P. OVALE
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Diagnóstico Laboratorial
 Testes rápidos reconhecemproteínas do plasmódio emamostras de gotículas desangue do paciente,disponíveis apenas para o P.falciparum e P. vivax.
 A sensibilidade para detectara malária por P. falciparum émaior que 90%, mas caibastante em casos de baixaparasitemia e estes testesnão podem ser usadosisoladamente para excluirMalária.
Diagnóstico Laboratorial
Polymerase chain reaction (PCR) é sensível (mais de 90%) e altamenteespecífica (quase 100%), e pode detectar níveis muito baixos de parasitas,útil quando o esfregaço é negativo, e é espécie-específica. Porém,pela inacessibilidade técnica, permanece como instrumento de pesquisa.
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Diagnóstico Laboratorial
Métodos sorológicos como o ELISA e aimunofluorescência indireta (IFI) não têm papelno diagnóstico da Malária aguda.
Recentes avanços nos testes para diagnósticosão a PCR real-time, extração de DNA, acoloração com Laranja de Acridina e acitometria de fluxo.
Tratamento (I)
Visa atingir o parasito em pontos chaves do seu ciclo evolutivo, os quais são:
 Interrupção da esquizogonia sanguínea responsável pela
patogenia e manifestações clínicas da infecção.
Destruição de formas latentes do parasito no ciclo tecidual
das espécies P. vivax e P. ovale, evitando assim recaídas
tardias.
 Interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de drogas
que impedem o desenvolvimento de formas sexuadas dos
parasitos.
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Tratamento (II)
Esquizonticidas sanguíneos
 Quinina, mefloquina, halofantrina, cloroquina, amodiaquina -digestão de produtos da hemoglobina
 Derivados de artemisina metabolismo das proteínas
 Tetraciclina, doxiciclina e clindamicina síntese de Proteínas
Esquizonticidas teciduais ou hipnozoiticidas
 Primaquina inibe a respiração mitocondrial do parasita
* também é gametocitocida
Principais drogas antimaláricas
Tratamento (III)
ESQUEMA RECOMENDADO NO BRASIL:
P. vivax – cloroquina (para as formas sanguíneas) e primaquina (para as formas hepáticas)
P. falciparum: Malária não grave – associação quinina/doxiciclina ou quinina/tetraciclina Em casos graves - artesunato/mefloquina ou quinina/clindamicina
Resistência à Cloroquina na maioria dos isolados de P. falciparum
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Tratamento
Profilaxia e Controle
 Detecção e tratamento precoce dos infectados
 Medidas de proteção individual e coletiva
 Telagem de janelas e portas
 Inseticidas de ação residual
 Impregnação de mosquiteiros com inseticida
 Desenvolvimento de novos fármacos
 Treinamento de Recursos Humanos
 Estruturação do sistema de saúde
 Desenvolvimento de Vacina
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DTT
O DDT era supostamente a fórmula mágica contra asdoenças transmitidas por insetos como a malária.
Foi descoberto em 1873 e passou a ser muito usado em1939, quando o químico suiço Paul Hermann Muller notousua eficácia como pesticida durante a Segunda GuerraMundial,
Depois da guerra, o seu uso explodiu: de 1942 a 1972 emtorno de 1.35 bilhões de libras de DDT foram usados nosEUA.
O que não foi levado em consideração foram asconsequências ambientais que todo esse pesticidacausaria, de problemas de fertilidade e neurológicos emhumanos e envenenamento de pássaros. O uso dopesticida caiu, e em 1972 o DDT foi banido nos EUA
Estratégiasdevacinação
Bloqueio datransmissão
Bloqueio dainfecção
Redução damorbidade/mortalidade
Vacinas
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Vacinas
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Vacinas
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“A diminuição nos casos de malária naInglaterra foi devida não a fatores naturais ouaplicação de qualquer método preventivomas, sim, devido à melhora progressiva dascondições sociais, econômicas, educacionais,médicas e de saúde pública”
Erradicação da Malária
S.P. JAMES, 1929

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