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Escabiose: causas, sintomas e tratamento

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04/03/2016 
1 
ESCABIOSE 
PARASITOLOGIA 
CLÍNICA 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
 A Escabiose Humana ou Sarna é uma 
dermatose bastante pruriginosa, cujo 
agente etiológico é o ácaro Sarcoptes 
scabiei, variedade hominis. 
 Existem outras variedades, mas a 
variedade hominis é a exclusiva do homem. 
 Seu ciclo vital leva cerca de 15 a 30 dias (2 
a 4 semanas), e uma fêmea coloca, 
aproximadamente, 40 a 50 ovos, os quais, 
dentro de 3 a 5 dias, vão virar larvas, 
depois ninfas, até chegar a fase adulta. 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
 Após a fecundação, a fêmea penetra na 
epiderme e faz um túnel subcórneo, caminhando 
cerca de 2 a 3 mm/dia abaixo da camada córnea 
e liberando substâncias tóxicas, com 
progressão geralmente noturna, o que 
caracteriza o intenso prurido 
predominantemente noturno, relatado pelos 
pacientes. 
 Seu contágio é direto, de pessoa para pessoa, 
sendo considerada endêmica e havendo, 
também, surtos epidêmicos (em creches, 
escolas, hospitais, etc.). 
04/03/2016 
2 
QUADRO CLÍNICO 
 A lesão típica da Escabiose é um túnel pequeno 
(de 5 - 15 mm), muito pruriginoso, caracterizado 
pela presença de pápulas (pequenas elevações), 
da cor da pele ou cinza-claras. 
 Em cima dessas pápulas, ou seja, nas suas 
extremidades, formam-se pequenas vesículas, as 
quais recebem a denominação de "eminência 
acarina". 
 Muitas vezes, o paciente tira essa vesícula quando 
coça, causando escoriações. 
 Isso é importante na procura do parasita, porque é 
nesse tipo de lesão que devemos procurá-lo, ou 
seja, fazer a coleta de material para exame. 
QUADRO CLÍNICO 
 A localização é muito característica: 
 Dedos, pregas interdigitais, punhos, cotovelos, 
axilas, região mamária (principalmente ao redor 
dos mamilos), ao redor do umbigo, nádegas e 
hipogástrio. 
 Em crianças, existem manifestações 
peculiares, como couro cabeludo, palmas e 
plantas e, em crianças muito pequenas (que 
não sabem coçar) existem lesões nos 
tornozelos, visto que ficam esfregando um 
pé no outro, pelo prurido. 
QUADRO CLÍNICO 
 Podem ser encontradas, então, 
pápulas, vesículas, crostas, lesões 
urticariformes, escoriações, etc. 
 Infecções secundárias também são 
bastante encontradas, porque a 
pessoa coça e , pela unha, acaba 
conduzindo bactérias para dentro 
das lesões, provocando, então, 
infecção secundária. 
QUADRO CLÍNICO 
 Apresenta evolução crônica, visto 
que cada fêmea vai liberar cerca de 
40 a 50 ovos e é preciso eliminar 
todos os ácaros para a cura. 
 Mas, embora tenha uma evolução 
crônica, é uma doença que não 
mata, tem bom prognóstico 
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3 
DIAGNÓSTICO 
 É basicamente clínico, quando se tem, 
por exemplo, pacientes com erupções 
papulosas, em locais característicos, 
geralmente simétricas, com prurido 
predominantemente noturno. 
 Existe, também, a possibilidade de se 
fazer um diagnóstico laboratorial, 
baseado no achado do Sarcoptes scabiei 
na eminência acarina. 
DIAGNÓSTICO 
 Isso é feito através de escarificação das 
lesões, ou seja, escarifica-se (com um 
alfinete, por exemplo) a região aonde 
existem lesões características, ou seja, 
aonde há a eminência acarina; 
 Coloca-se o material numa lâmina [clarificada 
com potassa (KOH)], espera-se um pouco e 
coloca-se a lamínula) e pode-se ver ovos, 
ninfas ou Sarcoptes adultos, dependendo de 
sua fase de evolução. 
TRATAMENTO 
 Quando diagnosticamos um caso de 
escabiose, os outros componentes da família 
também devem ser examinados, porque 
todos os indivíduos acometidos devem ser 
tratados. 
 Troca de roupa de cama bem como das 
roupas do corpo durante o tratamento, não 
sendo necessário ferver as mesmas (orientar 
para que as roupas sejam bem lavadas e 
passadas com ferro bem quente). 
TRATAMENTO 
 Uso de Escabicidas (loções) por 3 noites 
seguidas, repetido após uma semana. 
 Em adultos, a loção é passada por todo o 
corpo (do pescoço para baixo), durante a 
noite, retirando-se pela manhã (banho). 
 Em crianças, para evitar que elas 
durmam com a loção, pode-se passar 
durante o dia e deixar por um período de 
4 a 6 horas, após o qual se retira (banho). 
04/03/2016 
4 
TRATAMENTO 
 Podem ser usado os seguintes 
Escabicidas: 
 Benzoato de benzila - 25%; Monossulfiran 
- 25%; ; Deltametrina; Pasta d`água com 
enxofre - 5 a 10%, 2 a 3 vezes por dia 
(usada para crianças ou gestantes). 
 Quando a infestação é muito intensa, pode-
se utilizar medicação sistêmica 
(Tiabendazol sistêmico) e, atualmente, a 
ivermectina. 
Sarna Norueguesa (ou Crostosa) 
 Existem formas peculiares de 
Escabiose. 
 Uma delas é a Sarna Norueguesa 
(Sarna ou Escabiose Crostosa), que 
se caracteriza pela presença de 
crostas, lesões crostosas, 
estratificadas, geralmente em 
eminências ósseas, e é muito 
contagiosa. 
Sarna Norueguesa (ou Crostosa) 
 Pode acometer face, unha, cabeça, 
palmas e plantas e geralmente 
acomete indivíduos com higiene 
precária (neuropatas, excepcionais, 
etc.) ou imunodeprimidos. 
 
 As complicações mais freqüentes são: 
 Infecção Secundária e Glomerulonefrite. 
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5 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Em crianças com escabiose, ocorrem, 
freqüentemente, infecções secundárias, 
como o impetigo. 
 Nesse caso, deve-se tratar primeiro a 
infecção secundária, depois a escabiose, 
porque qualquer substância escabicida 
fará uma irritação muito grande, trazendo 
outros problemas e sendo mal aceito 
pelas crianças. 
IMPETIGO 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Na bolsa escrotal, podemos encontrar nódulos 
persistentes após o tratamento, extremamente 
pruriginosos, mas não adianta passar 
escabicida, porque não existem mais ácaros 
nessa região, havendo apenas uma reação 
alérgica persistente. 
 O tratamento, então, é massagem com 
corticóide tópico ou infiltração intralesional de 
corticóide. 
 A Sarna Crostosa ou Norueguesa é altamente 
contagiosa e caracteriza-se pela presença de 
crostas, principalmente em eminências ósseas.

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