Buscar

Direitos Sociais na Constituição

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 74 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
1 
www.pontodosconcursos.com.br 
Aula 4- Direitos Sociais 
 
Olá pessoal, tudo bem com vocês? Prontos para mais um aulão?? 
Então vamos começar falando sobre os Direitos Sociais. 
 
TEORIA GERAL SOBRE OS DIREITOS SOCIAIS: 
Os direitos sociais são normas programáticas, isso significa que eles 
são expressos em normas que estabelecem diretrizes, programas 
para o governo seguir. Podemos dizer então, que a simples 
previsão destas normas na Constituição não gera direitos imediatos 
aos indivíduos, os direitos serão conseguidos de forma diferida, ou 
seja, ao longo do tempo, à medida que o Poder Público for 
implementando as políticas públicas. 
Importante é salientar que para concretizá-los não basta uma 
norma regulamentadora, mas também ações administrativas 
neste sentido. 
Desta forma, cabe ao Poder Público criar e implementar políticas 
públicas para concretizar os seguintes direitos sociais: 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 
O STF entende que essas normas programáticas não devem ser 
utópicas, mas devem se revestir de caráter mandamental. Ou seja, 
embora não tenham efetividade imediata, elas ordenam ações do 
Poder Público para se chegar ao fim pretendido. 
 
1. (CESPE/TJ-PA /2012) As normas de direitos sociais 
fundamentais não vinculam o legislador, cuja liberdade de 
conformação abriga juízo de discricionariedade para concretizar ou 
não programas, tarefas e fins constitucionais nelas veiculados. 
Comentários: 
Como entende o STF, tais normas ordenam ações do Poder Público 
para se chegar ao fim pretendido, não há espaço para 
discricionariedade do legislador. 
Gabarito: Errado. 
 
2. (CESPE/AJAJ- TRE-RJ/2012) As normas que tratam de 
direitos sociais são de eficácia limitada, ou seja, de aplicabilidade 
mediata, já que, para que se efetivem de maneira adequada, se 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
2 
www.pontodosconcursos.com.br 
devem cumprir exigências como prestações positivas por parte do 
Estado, gastos orçamentários e mediação do legislador. 
Comentários: 
Repetindo, os direitos sociais serão conseguidos de forma diferida, ou 
seja, ao longo do tempo, à medida que o Poder Público for 
implementando as políticas públicas. 
Gabarito: Correto. 
 
3. (CESPE/TJAA-TRT 21/2010) A jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal (STF) entende que as normas constitucionais 
programáticas obrigam os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário 
a atuar no sentido de concretizar as finalidades nelas contidas. 
Comentários: 
É correto o enunciado, já que não podemos ignorar uma norma 
constitucional só porque ela é programática. Ainda que não tenha 
aplicação imediata, ela se reveste de caráter mandamental. 
Gabarito: Correto. 
 
4. (FCC/EPP-SP/2009) A norma do caput do artigo 6º da 
Constituição Federal, que inclui, dentre os direitos sociais, o direito à 
moradia, é dotada de eficácia jurídica, porém limitada, dependendo a 
sua plenitude eficacial de providências de cunho exclusivamente 
normativo. 
Comentários: 
A questão estava perfeita. Pecou apenas no final, ao dizer: "cunho 
exclusivamente normativo". Não é somente uma norma que irá fazer 
com que se concretizem os direitos ali previstos. Precisam-se de 
providências não só legislativas, mas também administrativas para 
isto. 
Gabarito: Errado. 
 
Princípio da Proibição do Retrocesso: 
Embora os direitos sociais, diferentemente do art. 5º (direitos e 
garantias individuais), não sejam reconhecidos pacificamente como 
cláusulas pétreas, a jurisprudência e doutrina os albergam em uma 
outra espécie de garantia: a “Proibição do retrocesso no domínio 
dos direitos fundamentais e sociais”. O princípio da “Proibição do 
retrocesso” tem respaldo constitucional nos princípios fundamentais 
da República Federativa do Brasil como o “Estado Democrático de 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
3 
www.pontodosconcursos.com.br 
Direito” e a “Dignidade da Pessoa Humana”. Este princípio se 
manifesta de duas formas: 
1- Impedindo que o Poder Público venha retirar a 
regulamentação de algo já concretizado. 
2- Autorizando a impetração da ADI por omissão e mandado de 
injunção e até mesmo, em alguns casos, mandado de segurança 
a fim de se cobrarem providências legislativas e/ou 
administrativas para a concretização de tais direitos. 
 
5. (CESPE/DPU/2008) Aplica-se aos direitos sociais, 
econômicos e culturais o princípio da proibição do retrocesso. 
Comentários: 
Questão direta. 
Gabarito: Correto. 
 
6. (TRT9ª/TRT 9ª/2006) Analise o seguinte texto: "Por este 
princípio, que não é expresso, mas decorre do sistema jurídico 
constitucional, entende-se que uma lei, ao regulamentar um 
mandamento constitucional, instituir determinado direito, ele se 
incorpora ao patrimônio jurídico da cidadania e não pode ser 
arbitrariamente suprimido. (...) O que se veda é o ataque à 
efetividade da norma, que foi alcançada a partir da sua 
regulamentação. Assim, por exemplo, se o legislador 
infraconstitucional deu concretude a uma norma programática ou 
tornou viável o exercício de um direito que dependia de sua 
intermediação, não poderá simplesmente revogar o ato legislativo, 
fazendo a situação voltar ao estado de omissão legislativa anterior." 
(BARROSO, Luís Roberto. O direito constitucional e a efetividade de 
suas normas. Rio de Janeiro: Renovar, 2003. p. 158/159) O princípio 
de que trata o texto acima é o seguinte: 
a) Princípio da efetividade normativa. 
b) Princípio da legalidade. 
c) Princípio da programaticidade. 
d) Princípio da vedação do retrocesso. 
e) Princípio da não omissão legislativa. 
Comentários: 
E aí pessoal, qual é a resposta??? Acertou quem disser a letra D, é 
exatamente o que estudamos. 
Gabarito: Letra D. 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
4 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
Reserva do Possível e o Mínimo existencial: 
A doutrina costuma dizer que a implementação de políticas públicas 
para concretizar os direitos sociais encontra limites que 
compreendem, de um lado, a razoabilidade da pretensão 
individual/social e, de outro, a existência de disponibilidade 
financeira do Estado para tornar efetivas as prestações positivas 
dele reclamadas. Assim, surge a idéia da chamada "reserva do 
financeiramente possível" (disponibilidade financeira do Estado em 
concretizar os direitos sociais). 
Outro conceito conexo ao tema, seria o do "mínimo existencial" - 
este conceito corresponderia ao conjunto de situações materiais 
indispensáveis à existência humana digna. Não apenas 
"sobreviver", mas ter uma vida realmente digna, com suporte físico e 
intelectual necessário. 
Assim, é fato que o Estado não conseguirá concretizar tudo aquilo 
que deve, mas, pelo menos o mínimo existencial deve se tornar uma 
relação que se revista de caráter impositivo ao Estado, que se não 
concretizado, poder-se-á validamente invocar uma intervenção 
judicial de forma a compelir o poder público. Essa invocação poderá 
ser feita via mandado de segurança, ou até mesmo, provocar o MP ao 
ingresso de uma ação civil pública. 
Desta forma, o Judiciário tem decidido frequentemente no sentido de 
que compelir o Executivo na adoção de certas ações no sentido da 
concretização de direitos sociais, principalmente casos notórios do 
direito à saúde, onde muitas vezes era negada a compra de certos 
remédios tidos como "muito caros" por parte do Executivo, e aoingressar no Judiciário, o cidadão tinha seu direito atendido. Outro 
caso muito comum é o atendimento do direito ao ingresso em 
creches e pré-escolas, já que decidiu o STF, no sentido da existência 
de direito subjetivo público de crianças até cinco anos de idade ao 
atendimento em creches e pré-escolas. E também consolidou o 
entendimento de que é possível a intervenção do Poder Judiciário 
visando à efetivação daquele direito constitucional. 
É importante destacarmos que no entendimento do STF, é possível ao 
Poder Judiciário determinar a implementação pelo Estado, quando 
inadimplente, de políticas públicas constitucionalmente previstas, 
sem que haja ingerência em questão que envolve o poder 
discricionário do Poder Executivo1. 
 
 
1
 AI 734.487-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 3-8-2010, Segunda Turma, DJE de 20-
8-2010. No mesmo sentido: ARE 635.679-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 6-12-2011, 
Primeira Turma, DJE de 6-2-2012. 
 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
5 
www.pontodosconcursos.com.br 
7. (CESPE/TJ-PA /2012) Considere a ideia de que os direitos de 
defesa identificam-se por sua natureza preponderantemente 
negativa, tendo por objeto abstenções do Estado. Nesse sentido, os 
direitos de defesa possuem maior carga de eficácia que os direitos 
sociais a prestações, pois estes estão sujeitos à "reserva do 
possível". 
Comentários: 
Perfeito o enunciado, para a efetivação dos direitos sociais, tem que 
haver disponibilidade financeira do Estado para a concretização de tais 
direitos. 
Gabarito; Correto. 
 
8. (CESPE/TER-RJ /2012) A garantia da dignidade da pessoa 
humana e do direito à vida depende da garantia do mínimo 
necessário à existência; por isso, a teoria da reserva do possível 
propõe que os direitos sociais sejam transformados em direitos 
subjetivos a prestações positivas. 
Comentários: 
O Cespe lhe deu um bom conceito da reserva do possível. 
Gabarito: Correto. 
 
9. (CESPE/Advogado - CEHAP-PB/2009) A implementação de 
políticas públicas que objetivem concretizar os direitos sociais, pelo 
poder público, encontra limites que compreendem, de um lado, a 
razoabilidade da pretensão individual/social deduzida em face do 
poder público e, de outro, a existência de disponibilidade financeira 
do Estado para tornar efetivas as prestações positivas dele 
reclamadas. 
Comentários: 
Os direitos sociais não devem ser uma utopia, devem ser 
concretizados pelo Poder Público, porém, existe a chamada "reserva 
do possível", onde o Estado encontra limitações de cunho financeiro 
para atender a demanda por estes direitos. 
Gabarito: Correto. 
 
10. (CESPE/Procurador-AGU/2010) A jurisprudência do STF 
firmou-se no sentido da existência de direito subjetivo público de 
crianças de até cinco anos de idade ao atendimento em creches e 
pré-escolas. A referida corte consolidou, ainda, o entendimento de 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
6 
www.pontodosconcursos.com.br 
que é possível a intervenção do Poder Judiciário visando à efetivação 
desse direito constitucional. 
Comentários: 
Decidiu o STF, numa tentativa de concretizar os direitos sociais, no 
sentido da existência de direito subjetivo público de crianças até cinco 
anos de idade ao atendimento em creches e pré-escolas. E também 
consolidou o entendimento de que é possível a intervenção do Poder 
Judiciário visando à efetivação daquele direito constitucional. 
Gabarito: Correto. 
 
ROL DE DIREITOS SOCIAIS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO: 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição. 
(Redação primeiramente alterada pela EC 26/00, que inseriu o direito 
à moradia. Posteriormente nova alteração foi feita pela EC 64/10, a 
qual inseriu o termo "alimentação" na relação apresentada) 
Não vou colocar uma dica como "pulo do gato", pois acho meio 
forçado... mas EU, quando lembro do rol de direitos sociais, lembro 
apenas de uma palavrinha "EMAP" = "educação, moradia, 
alimentação e previdência". Eu decoro só essas quatro, pois depois 
penso o seguinte: 
A Educação é que te leva ao trabalho; 
A Moradia boa tem que ter lazer e segurança; 
A Alimentação te dá saúde; e 
A Previdência protege a maternidade, infância e desamparados. 
Assim, os direitos sociais nada mais são que o EMAP e seus 
"decorrentes". 
 
11. (CESPE/TRE-RJ/2012) A alimentação tem, no ordenamento 
jurídico nacional, o estatuto de direito fundamental, o que obriga o 
Estado a garantir a segurança alimentar de toda a população. 
Comentários: 
Veja que a alimentação consta no rol do Art. 6º. 
Gabarito: Correto. 
 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
7 
www.pontodosconcursos.com.br 
ATENÇÃO AO TERMO "ALIMENTAÇÃO", 
RECENTEMENTE INSERIDO NESTE ROL 
PELA EC 64/10. 
12. (CESPE/TJ-RR/ 2012) A proteção à maternidade e à infância 
não integra o elenco de direitos sociais. 
Comentários: 
Errado, veja que tal proteção está expressa no art. 6º, o item afirma 
que não integra. 
Gabarito: Errado. 
 
13. (CESPE/TJ-RR/ 2012) A previdência social e a assistência aos 
desamparados incluem-se no rol dos direitos sociais previstos no art. 
6º. 
Comentários: 
Correto, veja que tal proteção está expressa no art. 6º. 
Gabarito: Correto. 
 
DIREITOS DOS TRABALHADORES URBANOS E RURAIS: 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: 
O art. 7º traz um rol de direitos que se aplicam tanto aos 
trabalhadores urbanos quanto aos trabalhadores rurais. Perceba 
que este rol não é taxativo, pois o próprio artigo diz “além de 
outros que visem à melhoria de sua condição social”. 
Esta relação além dos trabalhadores urbanos e rurais, possui 
dispositivos que ora se aplicam também aos trabalhadores 
domésticos (por força do § único do mesmo artigo) e ora outros 
que se aplicam também aos servidores públicos (por força do 
art.39 §3º). 
 
14. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Os diversos direitos 
garantidos pela constituição aos trabalhadores são elencados de 
forma exemplificativa. 
Comentários: 
Não se trata de um rol taxativo, pois o próprio artigo 7º além daquela 
relação, também serão considerados direitos dos trabalhadores 
“outros que visem à melhoria de sua condição social”. 
Gabarito: Correto. 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
8 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
Alguns desses direitos do art. 7º, são cobrados mais a 
fundo, outros se limitam a uma cobrança literal. Desta 
forma, irei primeiro expor aqueles que demandam maiores 
comentários e depois irei listar aqueles que são alvos de 
cobranças literais, onde grifaremos as pegadinhas que as 
bancas costumam cobrar. 
 
Proteção ao emprego: 
Art. 7º, I - relação de emprego protegida contra despedida 
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei 
complementar, que preverá indenização compensatória, 
dentre outros direitos; 
É o único direito dos trabalhadores expresso na CF 
que será nos termos de lei complementar, 
E perceba que esta Lei Complementar, ao fazer esta proteção ainda 
deverá prever: 
• Indenização compensatória; e 
• Outros direitos. 
 
15. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) Para 
aprovação de lei que preveja indenização compensatória como meio 
de proteção contra a despedida arbitrária ou sem justa causa, exige-
se quórum de votação de maioria simples, conformedetermina a CF. 
Comentários: 
Questão típica de concurso: o art. 7º da Constituição nos traz um rol 
de direitos assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais. Dentro 
deste rol, existe um único direito que precisa ser regulamentado por 
lei complementar (quórum de votação de maioria absoluta). Qual é 
este direito? Este direito é justamente a proteção ao emprego 
prevista no art. 7º, I da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
 
16. (FCC/AJAJ-TRT 7ª/2009) É um direito dos trabalhadores 
urbanos e rurais a relação de emprego protegida contra despedida 
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei delegada, que 
preverá indenização compensatória, dentre outros direitos. 
Comentários: 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
9 
www.pontodosconcursos.com.br 
Como vimos este é o único direito dos trabalhadores expressos na CF 
que será nos termos de lei complementar, logo, está errado dizer 
"nos termos de lei delegada". 
Ah, só uma observação, não existe nenhuma disposição 
constitucional que diga "nos termos de lei delegada". Veremos que a 
lei delegada não é regra de nada, é sempre exceção, pois é uma lei 
que o Presidente da República usa para "desafogar" os trabalhos 
legislativos do Congresso. 
Gabarito: Errado. 
 
17. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) A Constituição não conferiu 
uma garantia absoluta do emprego. 
Comentários: 
A Constituição apenas garantiu que o trabalhador não seja demitido 
sem justa causa ou de forma arbitrária, casos em que poderá uma lei 
complementar prever indenizações. 
Gabarito: Correto. 
 
Salário Mínimo: 
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, 
capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de 
sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, 
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, 
com reajustes periódicos que lhe preservem o poder 
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; 
Atenção aos requisitos: 
� Fixado em lei; 
� nacionalmente unificado; 
� Reajustado periodicamente; 
� Vedada vinculação para qualquer fim; 
 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os 
que percebem remuneração variável; 
Súmula Vinculante nº 4 → Salvo nos casos previstos na Constituição, 
o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de 
cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser 
substituído por decisão judicial. 
Essa vedação à vinculação do salário mínimo tem o objetivo de 
impedir que este seja utilizado, indiscriminadamente, em 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
10 
www.pontodosconcursos.com.br 
substituição a índices criados para correções oficiais. Assim, 
não é possível atrelar correções, nem a quaisquer vantagens ao 
salário mínimo, sendo inconstitucional tal procedimento. O real 
objetivo é que o salário mínimo não impulsione a inflação, pois se 
diversos índices e correções fossem atrelados ao salário mínimo, 
bastaria a mudança deste salário fixado para que começasse um 
indiscriminado aumento de outros valores. 
O STF decidiu não ser inconstitucional a sentença fixada em 
salários mínimos, desde que a futura atualização seja de 
acordo com índices oficias. Assim, assentou o tribunal. Nas 
palavras do Supremo2: A Constituição Federal, em seu art. 7º, IV, 
apenas proíbe a utilização do salário-mínimo como forma de 
indenização. A sentença que fixa a condenação em salários-mínimos, 
mas prevê posterior atualização de acordo com índices oficiais de 
correção monetária, é consentânea com a jurisprudência da Corte. 
Súmula Vinculante nº 6 → Não viola a Constituição o estabelecimento 
de remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras 
de serviço militar inicial. 
 
18. (CESPE/ TJ-RR /2012) Não é garantido ao trabalhador um 
salário mínimo unificado em todo o país. 
Comentários: 
Errado, consta na Constituição garantia do salário mínimo 
nacionalmente unificado. 
 
19. (CESPE/Analista TRT-MT/2010) O salário mínimo pode ser 
fixado tanto por lei em sentido formal quanto por decreto legislativo, 
com vigência em todo o território nacional, que consubstancia a 
participação do Congresso Nacional na definição do montante devido 
à contraprestação de um serviço. 
Comentários: 
O salário mínimo é fixado em lei, não pode ser usado decreto 
legislativo para tal. 
Gabarito: Errado. 
 
20. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) Constitui direito social dos 
trabalhadores urbanos e rurais a garantia de salário, nunca inferior ao 
mínimo, para os que percebem remuneração variável. 
 
2
 AI-AgR 643578/SP, Min. RICARDO LEWANDOWSKI. 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
11 
www.pontodosconcursos.com.br 
Comentários: 
Trata-se da previsão do art. 7º, VII. 
Gabarito: Correto. 
 
Ação de créditos trabalhistas: 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de 
trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os 
trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos 
após a extinção do contrato de trabalho; 
Assim temos: 
• 5 anos → se o contrato de trabalho estiver em vigor; 
• 2 anos → após a extinção do contrato. 
Embora tenha de propor a ação em 2 anos, sob pena de prescrição, 
poderá reclamar direitos dos cinco anos anteriores a propositura. 
 
 
 
 
 
 
21. (CESPE/AJAJ-TRT 1ª/2008) João foi demitido da fazenda 
onde trabalhava como ordenhador de ovelhas em 21/5/2002. Em 
13/5/2005, propôs reclamação trabalhista para cobrar verbas 
rescisórias a que tinha direito. O juiz do trabalho afastou a alegação 
de prescrição apresentada em contestação, sob o fundamento de que 
os créditos trabalhistas prescrevem em cinco anos. Nessa situação, o 
juiz do trabalho agiu corretamente. 
Comentários: 
Após o termino do contrato de trabalho só teria 2 anos para iniciar a 
cobrança dos créditos, sob pena de prescrição. 
Gabarito: Errado. 
 
22. (ESAF/MRE/2004) A ação relativa a créditos trabalhistas 
resultantes das relações de trabalho tem prazo de cinco anos, 
contados da extinção do contrato de trabalho, para a sua propositura. 
Comentários: 
Término do contrato de 
trabalho 
2 ANOS 
para reclamar 
Origem do 
crédito 
5 ANOS para reclamar 
5 ANOS para retroagir 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
12 
www.pontodosconcursos.com.br 
Após a extinção do contrato de trabalho a prescrição é de somente 2 
anos, embora possa retroagir a créditos de 5 anos (CF, art. 7º, 
XXIX). 
Gabarito: Errado. 
 
Idades mínimas para o trabalho: 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou 
insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a 
menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, 
a partir de quatorze anos; 
Esquematizando: 
Idades mínimas para o trabalho: 
• regra: 16 anos; 
• exceção 1 : 18 anos se o trabalho for noturno, perigoso 
ou insalubre; 
• exceção 2 : 14 anos se estiver na condição de aprendiz. 
 
23. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) A CF proíbe o trabalho noturno 
aos menores de dezoito anos de idade. 
Comentários: 
Isso aí, nas idades mínimas para o trabalho temos: 
• regra: 16 anos; 
• exceção 1 : 18 anos se o trabalho for noturno, perigoso ou 
insalubre; 
• exceção 2 : 14 anos se estiver na condição de aprendiz. 
Gabarito: Correto. 
 
Isonomia para o trabalhador avulso: 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com 
vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. 
Trabalhador avulso é diferente de trabalhador autônomo, aquele é o 
trabalhador que é filiado a sindicato ou órgão gestorde mão-de-obra 
(OGMO) que possui a finalidade de intermediar as relações 
trabalhistas, um exemplo clássico de avulso são as pessoas que 
trabalham como estivadores em portos. 
 
24. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) Constitui direito social dos 
trabalhadores urbanos e rurais a igualdade de direitos entre o 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
13 
www.pontodosconcursos.com.br 
trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador 
avulso. 
Comentários: 
Pela literalidade da Constituição (CF, art. 7º, XXXIV), o trabalhador 
avulso (aquele que é filiado a sindicato ou órgão gestor de mão-de-
obra (OGMO) que possui a finalidade de intermediar as relações 
trabalhistas, como os estivadores em portos) tem segundo a 
Constituição, art. igualdade de direitos ao trabalhador de vínculo 
permanente. 
Gabarito: Correto. 
 
Demais direitos sociais que devem ser decorados literalmente: 
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego 
involuntário; 
III - fundo de garantia do tempo de serviço; 
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade 
do trabalho; 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em 
convenção ou acordo coletivo; 
 
STF – Súmula nº 679 → A fixação de vencimentos dos 
servidores públicos não pode ser objeto de convenção 
coletiva. 
 
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração 
integral ou no valor da aposentadoria; 
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
 X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime 
sua retenção dolosa; 
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da 
remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão 
da empresa, conforme definido em lei; 
 
A participação na gestão da empresa, que é uma direito 
excepcional, não é uma regra. 
 
XII - salário-família pago em razão do dependente do 
trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
14 
www.pontodosconcursos.com.br 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas 
diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a 
compensação de horários e a redução da jornada, mediante 
acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em 
turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação 
coletiva; 
Jornada: 
• 8h/dia 
• 44h/semana 
• máximo de 6h de turno ininterrupto, salvo Neg. Col. 
STF – Súmula nº 675 → Os intervalos fixados para descanso 
e alimentação durante a jornada de 6h não descaracterizam o 
sistema de turnos ininterruptos de revezamento para o efeito 
do art. 7º, XIV, da CF. 
 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos 
domingos; 
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no 
mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 
um terço a mais do que o salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do 
salário, com a duração de cento e vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante 
incentivos específicos, nos termos da lei; 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo 
no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de 
normas de saúde, higiene e segurança; 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades 
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 
XXIV - aposentadoria; 
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o 
nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-
escolas; 
(Redação dada pela EC 53/06, que reduziu a idade de 6 
anos para 5 anos). 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
15 
www.pontodosconcursos.com.br 
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos 
de trabalho; 
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do 
empregador, sem excluir a indenização a que este está 
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de 
funções e de critério de admissão por motivo de sexo, 
idade, cor ou estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a 
salário e critérios de admissão do trabalhador portador de 
deficiência; 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, 
técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; 
 
Outros direitos cobrados literalmente, que estão fora do 
art. 7º: 
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e 
empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que 
seus interesses profissionais ou previdenciários sejam 
objeto de discussão e deliberação. 
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é 
assegurada a eleição de um representante destes com a 
finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto 
com os empregadores. 
 
Questões sobre estes incisos: 
25. (CESPE/TRE-RJ/2012) A CF garante ao trabalhador a 
irredutibilidade salarial, o que impede que o empregador diminua, por 
ato unilateral ou por acordo individual, o valor do salário do 
trabalhador. A redução salarial só será possível se estiver prevista em 
convenção ou acordo coletivo. 
Comentários: 
Item correto, convenção ou acordo coletivo é a única forma possível 
para a redução salarial. 
Gabarito: Correto. 
 
26. (CESPE/TJ- RR/2012) A CF prevê o período mínimo da 
licença-maternidade, mas não o da licença-paternidade. 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
16 
www.pontodosconcursos.com.br 
Comentários: 
Observe que a Constituição traz a previsão de cento e vinte dias para 
a mulher e remete a licença paternidade à lei. 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do 
salário, com a duração de cento e vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
Gabarito: Correto. 
27. (CESPE/TJ- RR/2012) Todo trabalhador tem direito ao 
seguro-desemprego, independentemente de ter saído do emprego 
por vontade própria ou involuntariamente. 
Comentários: 
O seguro desemprego é socorre quem involuntariamente foi demitido. 
Gabarito: Errado. 
 
28. (CESPE/Técnico-TRE-MG/2009) Não constitui direito social 
dos trabalhadores urbanos e rurais 
a) a garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que 
percebem remuneração variável. 
b) o seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, 
excluindo-se a indenização a que este está obrigado, quando incorrer 
em dolo ou culpa. 
c) a irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou 
acordo coletivo. 
d) a assistência gratuita aos filhos e dependentes, desde o 
nascimento até cinco anos de idade, em creches e pré-escolas. 
e) a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo 
empregatício permanente e o trabalhador avulso. 
Comentários: 
Letra A - Correto. Art. 7º VII. 
Letra B - Errado. O seguro a cargo do empregador não exclui a 
indenização. CF, art. 7º, XXVIII. 
Letra C - Correto. Art. 7º VI. 
Letra D - Correto. Art. 7º XXV. 
Letra E - Correto. Art. 7º XXXIV. 
Gabarito: Letra B. 
 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
17 
www.pontodosconcursos.com.br 
29. (CESPE/Procurador - Boa Vista/2010) Nas empresas com 
mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um 
representante dos empregados com a finalidade exclusiva de 
promover o entendimento direto entre eles e os empregadores. 
Comentários: 
Literalidade do art. 11. 
Gabarito: Correto.30. (CESPE/Procurador - Boa Vista/2010) A previsão 
constitucional de regras diferenciadas de aposentadoria para quem 
exerça atividades sob condições especiais que prejudiquem a sua 
saúde ou a sua integridade física carece de regulamentação 
infraconstitucional. Por essa razão, caso a regulamentação não seja 
produzida, os servidores que exerçam atividades nocivas podem 
solicitar a aplicação, por analogia, das regras do regime geral de 
previdência. 
Comentários: 
Essa foi uma decisão do STF, adotando uma posição concretista em 
um mandado de injunção, permitindo que os servidores públicos 
possam se aposentar de forma especial, pelas mesmas regras dos 
trabalhadores celetistas enquanto não regulamentada a 
aposentadoria especial para os servidores públicos. 
Gabarito: Correto. 
 
31. (CESPE/TRT-17ª/2009) A disposição constitucional que 
prevê o direito dos empregados à participação nos lucros ou 
resultados da empresa constitui norma de eficácia limitada. 
Comentários: 
A Constituição assegura em seu art. 7º, XI, a participação nos lucros, 
ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, 
participação na gestão da empresa, conforme definido em lei. Se não 
tivermos uma lei disciplinando como serão estas participações, elas 
não poderão ser aplicáveis. Assim, está correto dizer que trata-se de 
norma de eficácia limitada. 
Gabarito: Correto. 
 
32. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) É direito social dos 
trabalhadores urbanos e rurais a jornada de sete horas para o 
trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo 
negociação coletiva. 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
18 
www.pontodosconcursos.com.br 
Comentários: 
O correto seria 6 horas, de acordo com a Constituição em seu art. 7º, 
XIV. 
Gabarito: Errado. 
 
33. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) Entre os direitos sociais 
previstos na CF, inclui-se a proteção do trabalhador em relação à 
automação, na forma da lei. 
Comentários: 
Trata-se da previsão do art. 7º, XXVII. 
Gabarito: Correto. 
 
34. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) Segundo a CF, o trabalhador 
tem direito ao gozo de férias anuais remuneradas com um adicional 
de, pelo menos, um sexto do salário normal. 
Comentários: 
O correto seria 1/3 e não 1/6, de acordo com a Constituição em seu 
art. 7º, XVII. 
Gabarito: Errado. 
 
35. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) Constitui direito social dos 
trabalhadores urbanos e rurais o seguro contra acidentes de trabalho, 
a cargo do empregador, excluindo-se a indenização a que este está 
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. 
Comentários: 
Pois a Constituição estabelece em seu art. 7º XXVIII que é direito dos 
trabalhadores o seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do 
empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, 
quando incorrer em dolo ou culpa; 
Gabarito: Errado. 
 
36. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) Constitui direito social dos 
trabalhadores urbanos e rurais a irredutibilidade do salário, salvo o 
disposto em convenção ou acordo coletivo. 
Comentários: 
O princípio da irredutibilidade salárial admite que, em acordo ou 
convenção coletiva, o valor da remuneração do empregado sofra 
decréscimo (CF, art. 7º, VI). 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
19 
www.pontodosconcursos.com.br 
Gabarito: Correto. 
 
37. (CESPE/TJAA-TRE-MG/2008) Constitui direito social dos 
trabalhadores urbanos e rurais a assistência gratuita aos filhos e 
dependentes, desde o nascimento até cinco anos de idade, em 
creches e pré-escolas. 
Comentários: 
A EC 53/06 reduziu a idade da assistência pré-escolar de 6 anos para 
5 anos (CF, art. 7º, XXV). 
Gabarito: Correto. 
Extensão dos direitos aos domésticos: 
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos 
trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos 
IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a 
sua integração à previdência social. 
Vemos que nem todos os direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais são extensíveis aos trabalhadores domésticos, bem como 
também não o são para os servidores públicos, por força do art. 
39, § 3º: “Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o 
disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, 
XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferen-
ciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir”. 
Faremos então aqui, uma separação em 4 grupos: 
Grupo 1 - Direitos que não são extensíveis nem aos domésticos 
nem aos servidores. 
Grupo 2 - Direitos extensíveis tanto aos domésticos quanto aos 
servidores públicos. 
Grupo 3 - Direitos extensíveis só aos domésticos. 
Grupo 4 - Direitos extensíveis só aos servidores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grupo 1 - Direitos apenas 
dos Trabalhadores urbanos e 
Rurais 
Grupo 2 
Grupo 4 
Servidores 
Grupo 3 
Domésticos 
Direitos elencados no art. 7º, como 
aplicáveis aos trabalhadores urbanos e 
rurais. 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
20 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pulo do Gato: 
Não precisamos simplesmente partir para a decoreba desses direitos. 
Temos que, antes, observar algumas coisas que podem facilitar a 
nossa vida: 
Servidor Público: 
1- Tem "estabilidade" - Não precisa então de: proteção ao 
emprego, seguro desemprego, FGTS, proteção contra automação e 
aviso prévio. 
2- Trabalha para o Governo - Não há o que se falar em: 
participação nos lucros, reconhecimento de acordo coletivo e 
convenção (precisa é de lei), proteção contra a retenção dolosa do 
salário (governo não vai dolosamente segurar salário de ninguém, 
pelo menos em teoria). 
Doméstico: 
1- Historicamente tem vínculos precários de emprego, pois 
depende muito da confiança e satisfação com o trabalho - Não 
lhe foi assegurado: proteção ao emprego, seguro desemprego, FGTS, 
2 - Trabalha para uma residência - Não o que se falar em: 
participação nos lucros, proteção contra automação, jornada de 6h 
para turnos de revezamento, adicional de insalubridade ou 
periculosidade, seguro acidente. 
3- Geralmente são mulheres - Logo, não precisa de incentivos 
específicos para a proteção da mulher neste mercado de trabalho, já 
que elas não precisam "ganhar espaço". 
Observações gerais: 
Os direitos mais básicos, relativos à dignidade da pessoa 
humana são sempre assegurados: Salário Mínimo, décimo terceiro 
salário, repouso semanal remunerado, ferias anuais remuneradas, 
Licença a gestante e licença paternidade. 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
21 
www.pontodosconcursos.com.br 
Na hora da questão procure então ver o seguinte: 
1- Há algum direito básico, referente à dignidade da pessoa humana: 
se tiver, ele será assegurado ao doméstico e ao servidor. 
2- Pense no dia-a-dia, lembre-se das circunstâncias apresentadas 
acima, que diferenciam o doméstico e servidores dos demais 
trabalhadores. 
 
 
 
 
 Algumas outras, precisamos decorar, então vambora: 
 
1-Direitos que se aplicam apenas aos trabalhadores urbanos e 
rurais: 
- Proteção do emprego nos termos de lei complementar 
- Seguro desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
- FGTS; 
- Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; 
- Participação nos lucros, desvinculada da remuneração e 
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme a 
lei; 
- Jornada de 6 horas se o trabalho for realizado em turnos 
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; 
- Adicional de remuneração por atividades penosas, insalubres ou 
perigosas, na formada lei; 
- Proteção ao salário: na forma da lei, sendo crime sua retenção 
dolosa; 
- Assistência gratuita em pré-escolas e creches aos filhos e 
dependentes ate os 5 anos. 
- Reconhecimento dos acordos e convenções coletivas de trabalho; 
- Proteção em face da automação, na forma da lei; 
- Seguro-acidente a cargo do empregador, sem excluir a indenização 
quando este tiver dolo ou culpa; 
- Direito de ação relativa a créditos resultantes da relação de 
trabalho, com prescrição de 5 anos se o contrato de trabalho estiver 
em vigor e de 2 anos após a extinção do contrato. 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
22 
www.pontodosconcursos.com.br 
- Não-discriminação ao portador de deficiência: no tocante a salários 
e critérios de admissão. 
- Não-distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual. 
 
2-Direitos que se aplicam aos trabalhadores urbanos, rurais, e 
extensíveis tanto aos domésticos quanto aos servidores 
públicos: 
- Salário Mínimo. 
- Décimo terceiro salário: Base = Ao valor integral do salário ou da 
aposentadoria; 
- Repouso semanal remunerado: preferencialmente aos domingos; 
- Ferias anuais remuneradas: com, PELO MENOS, 1/3 a mais do que 
o salário normal; 
- Licença a gestante: de 120 DIAS, sem prejuízo do emprego e do 
salário; 
- Licença Paternidade: nos termos fixados em lei; 
 
3-Direitos que se aplicam aos trabalhadores urbanos, rurais, e 
extensíveis apenas aos domésticos: 
- Irredutibilidade do salário: salvo convenção ou acordo coletivo; 
- Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço: mínimo de 30 dias; 
- Aposentadoria. 
 
4-Direitos que se aplicam aos trabalhadores urbanos, rurais, e 
extensíveis apenas aos servidores públicos: 
- Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo: para os que 
percebem remuneração variável; 
- Remuneração do trabalho noturno superior ao diurno; 
- salário-família: se o trabalhador de baixa-renda possuir 
dependentes; 
- Jornada de trabalho de no Maximo 8 horas/dia ou 44 
horas/semana; 
- Hora-extra remunerada em no mínimo 50% a mais. 
- Proteção ao mercado de trabalho da mulher com incentivos 
específicos, conforme a lei; 
- Redução dos riscos do trabalho: por meio de normas de saúde, 
higiene e segurança; 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
23 
www.pontodosconcursos.com.br 
- Não-diferenciação de salários, funções e critérios de admissão por 
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. 
 
38. (CESPE/TJ-RR /2012) A constituição protege igualmente os 
trabalhadores da indústria e os trabalhadores domésticos. 
Comentários: 
Os trabalhadores domésticos têm menos direitos que os da indústria. 
Gabarito: Errado. 
 
39. (CESPE/AJAA-TRT 5/2008) O direito à licença paternidade 
também é assegurado à categoria dos empregados domésticos. 
Comentários: 
Isso aí, trata-se de um direito básico, relativo à dignidade da pessoa 
humana. Logo é assegurado ao doméstico. 
Gabarito: Correto. 
 
LIBERDADE SINDICAL 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, 
observado o seguinte: 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a 
fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão 
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a 
intervenção na organização sindical; 
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, 
em qualquer grau, representativa de categoria profissional 
ou econômica, na mesma base territorial, que será definida 
pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não 
podendo ser inferior à área de um Município; 
 
• Contribuição confederativa - é para custear o “sistema 
confederativo” - só quem for filiado irá contribuir; 
• Contribuição corporativa (ou sindical) - vem de corporação 
(classe) - todos da classe vão contribuir. 
A segunda, como é de caráter geral e instituída em lei, é tributo. A 
primeira não é tributo, pois não está em lei e é de caráter específico. 
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado 
a sindicato; 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
24 
www.pontodosconcursos.com.br 
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas 
negociações coletivas de trabalho; 
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado 
nas organizações sindicais; 
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a 
partir do registro da candidatura a cargo de direção ou 
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até 
um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta 
grave nos termos da lei. 
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à 
organização de sindicatos rurais e de colônias de 
pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. 
 
Classificação doutrinária dos direitos sindicais: 
A doutrina costuma dar nomes a cada um dos direitos e liberdades 
que os sindicatos possuem. Baseando-se em Alexandre de Moraes3, 
podemos resumir estes direitos e liberdades nas seguintes 
classificações: 
Liberdade de constituição - é a liberdade de criação dada pela CF, 
art. 8º, I, vedando que o poder público faça exigências de 
autorização para serem criados, havendo apenas a ressalva 
constitucional do inciso II, para não haver sobreposição sindical; 
Liberdade de inscrição - CF, art. 8º, V - ninguém será obrigado a 
filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; 
Direito de auto-organização - É a liberdade de definir como o 
sindicato irá se governar, e como irá expressar a sua vontade 
(assembléias, eleições, etc.) - devendo também observar o direito do 
aposentado filiado de votar e ser votado (CF, art. 8º, VII); 
Direito ao exercício da atividade sindical na empresa - É a 
liberdade para promover as suas ações nos locais de trabalho, como 
participar de negociações coletivas (CF, art. 8ª, VI), e defender os 
direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive 
em questões judiciais ou administrativas (CF, art. 8º, III); 
Direito democrático - Impõe requisitos para se coadunar aos 
princípios constitucionais como eleições periódicas e secretas para os 
órgãos dirigentes, quorum de votação para as assembléias gerais, 
inclusive para deflagrar greves, controle de contas e responsabilidade 
dos dirigentes; 
 
3
 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 24ª ed. 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
25 
www.pontodosconcursos.com.br 
Direito de independência e autonomia - Direito a obter fontes de 
renda independente do patronato ou Poder Público, como a 
contribuição confederativa do art. 8º, IV. 
Direito de relacionamento ou de filiação em organizações 
sindicais internacionais - Manifestação do princípio da 
solidariedade internacional dos interesses dos trabalhadores; 
Direito de proteção especial dos dirigentes - refere-se a 
estabilidade sindical conferida pelo art. 8º, VIII. 
 
40. (CESPE/ TJAA/ 2013) Nas negociações coletivas de trabalho, 
é obrigatória a participação dos sindicatos. 
Comentários: 
Correto. É a previsão do art. 8º, VI da Constituição, que diz: “é 
obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de 
trabalho”. 
Gabarito: Correto. 
 
41. (CESPE/MPS/2010) Para a fundação de sindicato, é exigida 
autorização do Estado, mediante o devido registro no órgão 
competente do Poder Executivo, sendo facultado ao poder público 
intervir na organização sindical, em especial no que se refere ao 
número limite de dirigentes da entidade. 
Comentários: 
Segundo a Constituição, em seu art. 8º, I, a lei não poderá exigir 
autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o 
registrono órgão competente. Além disso, de acordo com o mesmo 
dispositivo, são vedadas ao Poder Público a interferência e a 
intervenção na organização sindical. 
Gabarito: Errado. 
 
42. (CESPE/ TRF 1ª/2009) A CF não prevê, entre os direitos 
sociais coletivos dos trabalhadores, o direito de representação 
classista. 
Comentários: 
Está previsto pelo art. 8º da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
 
43. (CESPE/ TRF 1ª/2009) De acordo com a CF, a fundação de 
sindicato rural demanda autorização prévia do poder público e 
registro no órgão estatal competente. 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
26 
www.pontodosconcursos.com.br 
Comentários: 
Trata-se do disposto no art. 8º, I da Constituição: a lei não poderá 
exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado 
o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a 
interferência e a intervenção na organização sindical. Combinado com 
o disposto no parágrafo único do mesmo artigo: as disposições deste 
artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de 
pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. 
Gabarito: Errado. 
 
44. (CESPE/Técnico-TCU/2009) A contribuição sindical definida 
em lei é obrigatória, mesmo para os profissionais liberais que não 
sejam filiados a sindicato. 
Comentários: 
Essa contribuição prevista em lei é a contribuição corporativa, 
presente no art. 149 da Constituição, ela é um tributo. Já a 
contribuição prevista no art. 8º, IV, é instituída pela Assembléia 
Geral, não é tributo, pois não é instituída por lei, sendo assim 
cobrada apenas daqueles trabalhadores que optaram por se filiar ao 
sindicato, trata-se então da contribuição confederativa. 
Gabarito: Correto. 
 
DIREITO DE GREVE 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos 
trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e 
sobre os interesses que devam por meio dele defender. 
§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e 
disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da 
comunidade. 
O direito de greve dos trabalhadores independe de lei, 
diferentemente da greve do funcionalismo público que precisa ser 
regulada por lei específica. 
O direito de greve dos trabalhadores é norma de eficácia contida 
(devido ao §1º), enquanto dos servidores públicos é de eficácia 
limitada. 
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às 
penas da lei. 
Direito à participação em deliberações e acesso ao 
empregador 
 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
27 
www.pontodosconcursos.com.br 
45. (FCC/Analista-MPE-SE/2009 - Adaptada) é assegurado o 
direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a 
oportunidade de exercê-lo, exceto nos casos de serviços ou 
atividades essenciais, em que a Constituição proíbe sua realização. 
Comentários: 
A Constituição não proíbe a greve em se tratando de serviços e 
atividades essenciais, mas estabelece no art. 9 § 1º que a lei definirá 
os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento 
das necessidades inadiáveis da comunidade. 
Gabarito: Errado. 
 
46. (ESAF/ENAP/2006) No exercício do direito de greve, compete 
aos trabalhadores dispor sobre o atendimento das necessidades 
inadiáveis da comunidade, sendo que eventuais abusos cometidos 
sujeitam os responsáveis às penas da lei. 
Comentários: 
O erro é o fato de que dispor sobre as necessidades inadiáveis é 
competência da lei, e não dos trabalhadores, conforme o art. 9º §1º 
da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
 
Nacionalidade, Políticos e Partidos Políticos: 
Nacionalidade: 
A nacionalidade pode ser de dois tipos: originária (adquirida por 
nascimento) ou derivada (adquirida por vontade posterior). 
 
Nacionalidade originária: 
A nacionalidade originária pode se dar por dois critérios: 
• ius soli - É nacional aquele que nascer no solo do país 
(compreendido neste conceito também as extensões territoriais 
como os navios de guerra, os navios mercantes em alto mar e 
etc.). 
• ius sanguini - É nacional aquele que tiver "sangue" (for filho) 
de nacional do país. 
No Brasil, a regra é o ius soli - nasceu em solo brasileiro será 
brasileiro. Temos ainda algumas exceções onde a Constituição adotou 
o ius sanguini, veremos agora: 
Segundo o art. 12, I da Constituição, são brasileiros natos: 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
28 
www.pontodosconcursos.com.br 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que 
de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço 
de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe 
brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da 
República Federativa do Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe 
brasileira, desde que sejam registrados em repartição 
brasileira competente ou venham a residir na República 
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de 
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; 
(Redação primeiramente alterada pela EC de Revisão 03/94 
e posteriormente pela EC 54/07) 
Na alínea "a" temos a regra: nasceu no Brasil é brasileiro, ainda que 
de pais estrangeiros (não importa o sangue, pois a regra é o ius soli). 
Essa hipótese só se relativiza caso os pais sejam estrangeiros que 
estejam a serviço de seu país. 
Na alínea "b" e "c" temos as exceções que levam em conta o ius 
sanguini, onde a pessoa mesmo se nascer no estrangeiro poderá ser 
considerada brasileira nata. É o caso de: 
• Pai e/ou mãe sejam brasileiros a serviço da República 
Federativa do Brasil (deve ser entendido como "a serviço de 
qualquer entidade de direito público brasileira, ainda que da 
administração indireta, como as autarquias"). 
• Pai e/ou mãe sejam brasileiros que não estejam a serviço a 
serviço da República Federativa do Brasil, mas se: 
� Ocorrer registro em repartição competente; ou 
� Vier a residir no Brasil e optar por ser brasileiro após 
completar a maioridade. 
(Esta é a chamada nacionalidade "potestativa" pois 
depende da manifestação da vontade, depende do 
exercício do poder que a pessoa tem para optar) 
 
OBS.: Antes de atingir a maioridade, o indivíduo não é capaz de 
optar, então será considerado brasileiro nato até fazer 18 anos e 
escolher. 
OBS.2: A EC 54/07 reabriu a possibilidade anterior do registro em 
repartição competente no estrangeiro, não necessitando mais vir 
obrigatoriamente a residir no Brasil. 
CF, ADCT, art. 95 → Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 
1994 e a data da promulgação desta Emenda Constitucional (EC 54, 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
29 
www.pontodosconcursos.com.br 
de 20 de Setembro de 2007), filhos de pai brasileiro ou mãe 
brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática ou 
consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a 
residir na República Federativa do Brasil. 
 
47. (CESPE/AJAJ - STM/2011) O filho de um embaixador do 
Brasil em Paris, nascido na França, cuja mãe seja alemã, será 
considerado brasileiro nato. 
Comentários: 
Estamos falando de um filho que nasceu de um brasileiro no exterior 
que está a serviço do Brasil, logo, pode ser enquadrado na alínea "b" 
do art. 12, para fins de reconhecimento da nacionalidade brasileira de 
forma originária. 
Gabarito: Correto. 
 
48. (CESPE/AJ- Taquigrafia- TJ-ES/2011) São brasileiros natos 
os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, 
desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou 
venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em 
qualquer tempo,depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade 
brasileira. 
Comentários: 
Ela está correta pois cobrou a alínea “c” do art. 12, I da Constituição, 
com redação dada pela EC 54/07, que diz serem brasileiros natos os 
nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde 
que sejam registrados em repartição brasileira competente ou 
venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em 
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade 
brasileira. 
Gabarito: Correto. 
 
49. (CESPE/ANAC/2009) São brasileiros natos os nascidos no 
estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira que vierem a residir 
no Brasil e optarem pela nacionalidade brasileira, desde que essa 
opção ocorra até a maioridade. 
Comentários: 
A opção pela nacionalidade brasileira deve ser feita após a 
maioridade. Até a maioridade, não terá capacidade para fazer a 
escolha, sendo assim, possuirá os direitos inerentes ao brasileiro 
nato. 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
30 
www.pontodosconcursos.com.br 
Gabarito: Errado. 
 
50. (CESPE/SECONT-ES/2009) É considerado brasileiro 
originalmente nato aquele nascido em solo estrangeiro, filho de 
brasileiros. Porém, esse direito personalíssimo depende de 
potestatividade do titular, caso contrário carece de eficácia. 
Comentários: 
A questão foi incompleta, deveria dizer que a pessoa não foi 
registrada em qualquer repartição brasileira competente. Porém, foi 
considerada certa pela banca. A banca tentou expressar o seguinte: 
se a pessoa, que é filha de brasileiros, nasceu no exterior e não foi 
registrado em nenhum repartição brasileira competente, só será 
considerada brasileira caso venha a residir no Brasil e opte após 
atingida a maioridade pela nacionalidade brasileira, nos termos do 
art. 12, I, "c" da Constituição Federal, por este motivo falou-se em 
"potestavidade" que é a manifestação da vontade, é o exercício do 
poder que a pessoa tem para optar. 
Gabarito: Correto. 
 
51. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) São brasileiros natos 
os nascidos, no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, 
desde que venham a residir na República Federativa do Brasil e 
optem, em qualquer tempo, antes de atingida a maioridade, pela 
nacionalidade brasileira. 
Comentários: 
O correto seria após atingida a maioridade, nos termos do art. 12, I, 
"c" da Constituição Federal. 
Gabarito: Errado. 
 
Nacionalidade derivada: 
Segundo o art. 12, II da Constituição, teríamos duas formas de 
naturalização: 
1- Ordinária - vale para os estrangeiros oriundos de países de língua 
portuguesa. Requisitos: 
• residir no Brasil por 1 ano ininterrupto; e 
• ter idoneidade moral. 
 
2 - extraordinária ou quinzenária - vale para estrangeiros 
oriundos de qualquer outro país. Requisitos: 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
31 
www.pontodosconcursos.com.br 
• residir no Brasil por 15 anos ininterruptos; e 
• não ter condenação penal; e 
• requerer a nacionalidade brasileira. 
 
Embora somente para naturalização extraordinária seja previsto o 
"requerimento de naturalização", entendemos que ele deve existir 
para qualquer tipo de naturalização. Não podemos falar em 
naturalização tácita, pois não se pode obrigar que alguém se torne 
nacional do país contra a sua vontade. 
Outro tipo de naturalização ordinária, criada para facilitar a 
naturalização de estrangeiros que não são oriundos de países de 
língua portuguesa, poderá ser encontrado na lei nº 6.815/80, art. 
112, porém, pouco cobrado em provas de constitucional. 
Requisitos: 
• Capacidade civil; 
• Visto permanente no Brasil; 
• Residência contínua no Brasil por no mínimo 4 anos antes de 
pedir a naturalização; 
• Ler e escrever em português; 
• Boa saúde 
• Profissão ou bens suficientes para manter a família; 
• Bom procedimento; 
• Inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação no Brasil ou 
no exterior por crime doloso ao qual se aplique pena abstrata 
de prisão por mais de 1 ano. 
 
52. (CESPE/AJAA-TRE-BA/2010) Como forma de aquisição da 
nacionalidade secundária, de acordo com a Constituição Federal de 
1988 (CF), é possível o processo de naturalização tácito ou 
automático, para todos aqueles estrangeiros que se encontram no 
país há mais de dez anos e não declararam a intenção de conservar a 
nacionalidade de origem. 
Comentários: 
A Constituição de 1988 não previu a aquisição de nacionalidade 
tácita. Para que o estrangeiro se torne brasileiro, precisa-se de um 
ato volitivo (requerimento) do mesmo. 
Gabarito: Errado. 
 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
32 
www.pontodosconcursos.com.br 
53. (ESAF/ TRT 7º/2005) São brasileiros naturalizados os que, na 
forma de lei complementar, adquiram a nacionalidade brasileira, 
exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas 
residência por um ano ininterrupto. 
Comentários: 
É reserva de lei, dispensando-se a lei complementar (CF art. 12, II, 
a). 
Gabarito: Errado. 
 
Portugueses 
A Constituição confere aos portugueses com residência permanente 
no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, os direitos 
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos na Constituição. 
Atenção: Os portugueses não podem ser chamados de naturalizados, 
mas equiparados a brasileiros. Não se pode confunir os termos. 
 
54. (ESAF/ 7º/2005) São brasileiros naturalizados os portugueses 
com residência permanente no País, se houver reciprocidade em 
favor de brasileiros, a quem são atribuídos todos os direitos inerentes 
a brasileiros, sem limitações, exceto o exercício de cargos de chefia 
no executivo, no legislativo e no judiciário. 
Comentários: 
Os portugueses com residência permanente no País são 
“equiparados” a brasileiros naturalizados e não efetivos brasileiros 
naturalizados (CF, art. 12 §1º). 
Gabarito: Errado. 
 
55. (ESAF/AFT/2006) A Constituição atribui aos portugueses com 
residência permanente no Brasil os mesmos direitos inerentes ao 
brasileiro. 
Comentários: 
A ESAF considerou errada a sentença, já que estaria faltando o termo 
“havendo reciprocidade em Portugal em relação aos brasileiros”. 
Gabarito: Errado. 
 
Isonomia entre natos e naturalizados 
§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre 
brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos 
nesta Constituição. 
 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
33 
www.pontodosconcursos.com.br 
56. (ESAF/Técnico-ANEEL/2005) O estrangeiro naturalizado 
brasileiro pode exercer todos os direitos previstos 
constitucionalmente para os brasileiros natos. 
Comentários: 
Embora a lei não possa diferenciar o nato do naturalizado, a 
Constituição resguarda alguns direitos somente aos natos, como o de 
exercer os cargos previstos no art. 12 §3º da CF. 
Gabarito: Errado. 
 
57. (ESAF/Juiz Substituto TRT 7º/2005) São brasileiros 
naturalizados todos quantos requeiram a nacionalidade brasileira, a 
qualquer tempo, e sem limitações substanciais, dado que nosso texto 
constitucional não estabelece distinções entre brasileiros natos e 
naturalizados. 
Comentários: 
Para se naturalizar, eles devem cumprir as condições impostas no art. 
12, II da CF, além disso, a Constituição pode fazer e faz distinção 
entre nato e naturalizado. Quem não pode fazer tal distinção é a lei 
(CF, art. 12 §2º). 
Gabarito: Errado. 
 
Cargos privativos de brasileiros natos: 
A Constituição, em seu art. 12, §3º, diz que são privativos de 
brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dosDeputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa 
 
Pulo do Gato: 
Se observarmos bem, estabeleceu-se uma regra simples: 
para que o cargo seja privativo de brasileiro nato. Deverão 
ser natos os cargos de: 
a) "Presidente da República, ou alguém que possa algum dia vir a 
exercer tal função"; 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
34 
www.pontodosconcursos.com.br 
b) "Oficiais das forças armadas e Ministro da Defesa"; e 
c) "Carreira Diplomática". 
Segundo os art.79 e 80, quem poderá assumir a função de Presidente 
da República serão as seguintes autoridades, respectivamente: 
 
 
Como os Ministros do STF assumem a presidência do tribunal em 
forma de revezamento, seria mais lógico que este fosse formado 
apenas por brasileiros natos, o que não é necessário para os 
parlamentares, os quais em sua grande maioria nunca irão se tornar 
presidente da Casa. 
Assim ocorre com o Ministro da Defesa: se os oficiais das forças 
armadas, líderes em operações de guerra, são natos, lógico também 
o ser o Ministro da Defesa. 
Logo, o único que devemos realmente decorar, embora também 
exista lógica para tal, seria: carreira diplomática. 
 
Observações: 
1- O único membro do Judiciário que precisa ser nato é o Ministro do 
STF; 
2- O único Ministro de Estado que precisa ser nato é o Ministro da 
Defesa; 
3- Embora tenhamos dito que no Judiciário só o Ministro do STF 
precisa ser nato, temos que lembrar que existem outros órgãos do 
Judiciário que possuem cargos ocupados por Ministros do STF, por 
exemplo, o Presidente do Conselho Nacional de Justiça deve ser o 
Presidente do STF, o Presidente do TSE deve ser Ministro do STF; e 
no caso do STM, 10 dos seus 15 membros são oficiais (generais) das 
forças armadas, logo, também devem ser natos. 
CF art.89 VII � O Conselho da República, que é o órgão superior de 
consulta do Presidente, será formado, entre outras pessoas, por 6 
cidadãos brasileiros natos 
CF Art. 222 � A propriedade de empresa jornalística e de 
radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros 
natos ou naturalizados há mais de 10 anos, ou de PJ constituídas sob 
as leis brasileiras e que tenham sede no País. 
Questão recorrente em concursos se refere à possibilidade de o 
Ministro das Relações Exteriores ser brasileiro naturalizado. A 
resposta seria afirmativa, pois veremos que os Ministros de Estado 
são de livre nomeação pelo Presidente da República não constituindo, 
Vice-Presidente Pres. da Câmara Pres. do Senado Pres. do STF 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
35 
www.pontodosconcursos.com.br 
assim, cargo de carreira que possa se confundir com “carreira 
diplomática”, e se a Constituição não impõe essa restrição, não 
poderá fazê-la a lei, pois a Constituição ordena: a lei não fará 
distinção entre o nato e o naturalizado. 
 
58. (CESPE/AJAJ - STM/2011) Um brasileiro naturalizado pode 
exercer a carreira diplomática. 
Comentários: 
Carreira diplomática só pode ser exercida por brasileiros natos, de 
acordo com o disposto no art. 12 §3º da Constituição Federal. 
Gabarito: Errado. 
 
59. (CESPE/AJAA-TJES/2011) Um brasileiro naturalizado pode 
exercer o cargo de coronel da polícia militar de um estado-membro. 
Comentários: 
Segundo o art. 12 §3º da CF, os oficiais das Forças Armadas deverão 
ser brasileiros natos, no entanto, a polícia militar não é considerada 
no conceito de Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), 
não havendo assim qualquer exigência para que o cargo de Coronel 
da PM seja exercido por um brasileiro nato. 
Gabarito: Correto. 
 
60. (CESPE/MMA/2009) Um brasileiro naturalizado pode ser 
ministro do STJ. 
Comentários: 
No judiciário, somente o cargo de Ministro do STF é privativo de 
brasileiro nato. 
Gabarito: Correto. 
 
61. (CESPE/MPS/2009) O cargo de senador da República é 
privativo de brasileiro nato. 
Comentários: 
Não há obrigatoriedade para que um senador seja brasileiro nato, ele 
poderá ser naturalizado. A única restrição é o fato de que não poderá 
tal senador ocupar o cargo de Presidente do Senado. 
Gabarito: Errado. 
 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
36 
www.pontodosconcursos.com.br 
62. (CESPE/AJAA-STF/2008) Um italiano naturalizado brasileiro 
pode exercer o cargo de deputado federal. 
Comentários: 
Ele só não poderá ser presidente da Câmara, mas não há 
impedimento para o cargo de Deputado. 
Gabarito: Correto. 
 
63. (CESPE/ TJ-AC/2007) O presidente do Conselho Nacional de 
Justiça pode ser brasileiro naturalizado. 
Comentários: 
O presidente do CNJ é o presidente do STF, que deve ser 
obrigatoriamente um brasileiro nato. 
Gabarito: Errado. 
 
64. (CESPE/AJAA - TRT 5ª/2009) O cargo de ministro do TST 
exige a situação de brasileiro nato para seu provimento. 
Comentários: 
No Judiciário, somente o cargo de Ministro do STF é privativo de 
brasileiro nato, segundo a Constituição em seu art. 12 §3º. 
Gabarito: Errado. 
 
65. (CESPE/Agente-Polícia Federal/2009) São privativos de 
brasileiro nato os cargos de ministro de Estado da Defesa, ministro de 
Estado da Fazenda e de oficial da Marinha, do Exército ou da 
Aeronáutica. 
Comentários: 
Não se pode incluir neste rol o Ministro da Fazenda, o único Ministro 
de Estado que é cargo privativo de brasileiro nato é o ministro de 
Estado da Defesa. 
Gabarito: Errado. 
 
Perda da nacionalidade 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro 
que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, 
em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
37 
www.pontodosconcursos.com.br 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei 
estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, 
ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como 
condição para permanência em seu território ou para o 
exercício de direitos civis; 
O inciso I, obviamente, só se aplica ao naturalizado, não poderá o 
brasileiro nato perder a nacionalidade brasileira por sentença judicial, 
em virtude de atividade nociva ao interesse nacional 
Só existe uma hipótese de perda da nacionalidade pelo brasileiro 
nato: se ele adquirir outra nacionalidade (vale tanto para o nato 
quanto para o naturalizado) 
Ainda que adquira outra nacionalidade, ele não perde caso essa 
aquisição seja por motivo de: 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei 
estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao 
brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para 
permanência em seu território ou para o exercício de direitos 
civis. 
Sabemos que no Brasil a regra é o ius soli, quem nasceu em solo 
brasileiro, em princípio, é nato, mas em alguns outros países a regra 
é o ius sanguini, quem é filho de nacional daquele país será nato 
daquele país. Pode, então, a pessoa possuir duas nacionalidades 
originárias não perdendo a brasileira. 
66. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) A perda da nacionalidade 
brasileira pode decorrer de ato do ministro da Justiça ou de decisão 
judicial e tem como consequência o retorno do indivíduo à situação 
de estrangeiro. 
Comentários: 
Não se pode falar em perda da nacionalidade por ato do Ministro da 
Justiça, já que segundo a Constituição art.12 §4º, será declarada a 
perda da nacionalidade do brasileiroque: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em 
virtude de atividade nociva ao interesse nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei 
estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao 
brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
38 
www.pontodosconcursos.com.br 
permanência em seu território ou para o exercício de direitos 
civis; 
Gabarito: Errado. 
 
67. (CESPE/ TCE-ES/2009) Será declarada a perda da 
nacionalidade do brasileiro que tiver cancelada a sua naturalização, 
por decisão administrativa, em virtude de atividade nociva ao 
interesse nacional, desde que devidamente comprovada no respectivo 
processo administrativo. 
Comentários: 
Para declarar a perda precisa de decisão judicial transitada em 
julgado, nos termos da Constituição em seu art. 12 §4º, I. 
Gabarito: Errado. 
 
68. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) Uma vez perdida a 
nacionalidade brasileira, por decisão judicial transitada em julgado, o 
indivíduo poderá readquiri-la por meio de decisão favorável em ação 
rescisória ou por intermédio de novo procedimento de naturalização. 
Comentários: 
Só é admitida a reaquisição de nacionalidade, segundo a lei 818/49, 
no caso da perda ser voluntária (CF, art. 12, §4º, II). Não é razoável 
que o indivíduo que teve a sua naturalização cancelada por sentença 
judicial faça novamente um requerimento e adquira de novo a 
nacionalidade. A hipótese de novo procedimento de naturalização é, 
então, descabida. A hipótese da ação rescisória poderia ser um meio 
válido, já que assim, se alterariam os efeitos da decisão passada em 
julgado, mas só seria admitida com a superveniência de fatos novos 
não conhecidos à época da decisão. 
Gabarito: Errado. 
 
Idioma e símbolos nacionais: 
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República 
Federativa do Brasil. 
§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a 
bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. 
§ 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão 
ter símbolos próprios. 
 
DIREITOS POLÍTICOS: 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
39 
www.pontodosconcursos.com.br 
Os direitos políticos, direitos considerados de primeira dimensão, são 
aqueles usados pelo povo para direcionar os rumos do país sendo 
expressão da "soberania popular". O art. 14 da Constituição dispões: 
A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e 
pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, 
nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
Veja que a Constituição tratou sufrágio e voto como conceitos 
diferentes. Para a doutrina, temos que: 
• Sufrágio - Direito a participar do pleito eleitoral, ele será 
universal, não havendo restrições de cunho econômico ou 
intelectual. 
• Voto: Meio pelo qual se exerce o sufrágio. O voto é direto, 
secreto, periódico, e com valor igual para todos (estas 
características, bem como a universalidade, são cláusula 
pétreas, não podendo ser abolidas por emenda 
constitucional). A Constituição também diz que o voto 
também é obrigatório para aqueles que estiverem entre 18 e 
70 anos de idade, e não forem analfabetos ou conscritos no 
serviço militar obrigatório. O voto obrigatório, no entanto, 
não é uma cláusula pétrea. 
A Constituição diz que além do sufrágio e do voto, a soberania se 
exerce pelo plebiscito, referendo e iniciativa popular. Segundo a Lei 
nº 9.709/98, art. 2º: plebiscito e referendo são consultas for-
muladas ao povo para que delibere sobre matéria de 
acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa 
ou administrativa. Segundo a mesma lei, temos: 
• Plebiscito - é convocado com anterioridade a ato legislativo 
ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou 
denegar o que lhe tenha sido submetido. 
• Referendo - é convocado com posterioridade a ato 
legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva 
ratificação ou rejeição. 
É competência exclusiva do Congresso Nacional: autorizar o 
referendo e convocar o plebiscito (art. 49, XV) e isso se faz por 
decreto legislativo (ainda segundo a Lei nº 9.709/98) pois é 
matéria que independe da sanção do Presidente da República. 
Já a iniciativa popular é o poder que o povo possui para levar ao 
Poder Legislativo uma proposta de lei (ordinária ou complementar). 
A iniciativa popular também pode ser exercida para feitura de leis 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
40 
www.pontodosconcursos.com.br 
federais, estaduais ou municipais, através do cumprimento dos 
seguintes requisitos: 
♦ FEDERAL (CF, art. 61 §2º) ��� será proposta na Câmara dos 
Deputados e subscrito por, no mínimo: 
� 1% do eleitorado nacional; 
� De pelo menos 5 estados; e 
� Ao menos 0,3% dos eleitores de cada um deles; 
♦ ESTADUAL (CF, art. 27 §4º) ��� deverá ser regulada por uma 
Lei Ordinária; 
♦ MUNICIPAL (CF, art. 29 XIII)��� será subscrita por no mínimo 
5% do eleitorado. 
 
69. (FCC/AJAA - TRE-AM/2010) Constitui meio de exercício da 
soberania popular, previsto na Constituição Federal, dentre outros, 
a) a lei delegada. 
b) o plebiscito. 
c) a resolução. 
d) a medida provisória. 
e) a lei ordinária. 
Comentários: 
A democracia brasileira é mista ou semi-direta. Ele tem traços de 
democracia representativa (ou indireta) já que temos representantes 
eleitos para agir em nome do povo. Mas, temos também traços de 
democracia direta, que é o uso dos instrumentos "Plebiscito, 
Referendo e Iniciativa Popular". 
Destes 3 instrumentos, a questão elencou o plebiscito. 
Gabarito: Letra B 
 
70. (CESPE/Assistente – CNPq/2011) Embora a CF estabeleça 
que todo o poder emana do povo, a CF não prevê hipótese em que o 
poder seja exercido diretamente pelo povo, mas apenas por meio de 
seus representantes eleitos para tal finalidade. 
Comentários: 
A República Federativa do Brasil é uma democracia mista (ou semi-
direta). Ou seja, em regra temos uma democracia representativa 
(indireta), com o poder do povo sendo exercido por meio de seus 
representantes eleitos. No entanto, há institutos de democracia direta 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL MPU 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
41 
www.pontodosconcursos.com.br 
expressamente previstos no texto constitucional, são eles: o 
plebiscito, o referendo e a iniciativa popular. 
Gabarito: Errado 
 
71. (CESPE/AJAJ-TSE/2007) Se o Congresso Nacional aprovasse 
lei federal determinando que o voto passaria a ser facultativo para 
todos os eleitores brasileiros, esse dispositivo seria 
a) constitucional. 
b) inconstitucional, por tratar-se de matéria exclusiva de lei 
complementar. 
c) inconstitucional, por violar cláusula pétrea. 
d) inconstitucional, pois essa modificação no direito brasileiro 
demandaria a edição de emenda à Constituição da República. 
Comentários: 
Sabemos que a Constituição protegeu como cláusula pétrea o voto e 
sua qualidade de ser "direto, secreto, universal e periódico" (CF, art. 
60 §4º, II). A Constituição não fez essa proteção à qualidade de 
"obrigatório" do voto. Desta forma, o voto poderá vir a se tornar 
facultativo. 
No entanto, a própria constituição diz que o voto é obrigatório para 
todos aqueles não analfabetos ou conscritos que tiverem entre 18 e 
70 anos de idade. Assim, não bastaria uma lei, mas uma emenda 
constitucional para que o voto viesse a deixar de ser obrigatório. 
Gabarito: Letra D. 
 
Direitos Políticos Positivos X Negativos:

Outros materiais