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3 resumo PEÇONHENTOS 1,2,3 KeLL

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1	
RESUMO N1 
 
DOENÇAS TROPICAIS 
MEDICINA - 5º PERÍODO - TURMA XIX 
GRUPO: KELL, THAY, CÉSAR, COLLINS 
AUTOR(A): KELL 
 
 
ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS 
Parte 1 - 02/08/2016 
 
 O que são animais peçonhentos? 
• São animais que produzem veneno (tem a glândula) e que tem aparelho para inoculá-lo, podem 
picar ou ferroar (por presas, dentes ou ferrões). Algumas espécies podem ser encontradas em 
residência e próximo a lixos ou entulhos. 
 15 Tipos de animais peçonhentos: 
• Escorpião, cobras, aranhas, abelhas, lacraias, vespa, formigas, bagre, lagarta de fogo, comodoro, 
água viva, caramujo africano, besouro (botó), arraia, ornitorrinco. Obs.: não é comum mas existe 
um sapo venenoso. 
• O 1˚ mais peçonhento é a água viva o 2˚ é o caramujo 
 Informações: 
• 5-7 dias -> produção Ac 
• Como proceder com a quantidade de antídoto: 
- Pcte chegando até 2 horas no hospital é um acidente leve: 4 ampolas. 
- Porém, se for com cobra coral é SEMPRE potencialmente grave. 
- Pcte chega de 2 – 6 horas é um acidente moderado: 8 ampolas 
- Pcte chegou acima de 6 horas: acidente grave: 10 ampolas (inclusive local sempre) 
• Cobra que mais pica é a jararaca – letalidade 0,44 
• Cobra que mais mata é a cascavel- letalidade 0,46 com veneno mais rápido em ação. 
• Picada da cobra coral verdadeira a mordida tem as presas mais perto uma da outra, sem edema, 
sem bolha, sem hemorragia 
 Porque estes animais podem picar? 
1. Para se ALIMENTAR (dependendo do animal, de roedores, aves, insetos, peixes, lesmas, etc). 
2. Para se DEFENDER (ao se sentirem ameaçados, eles ou elas, picam ou ferroam injetando seu veneno 
para se defender). 
 Serpentes Peçonhentas 
• Em Rondônia são encontrados mais de 120 espécies (tipos) diferentes de serpentes e somente dois 
tipos destas serpentes são “peçonhentas”, as viperídeos (aprox. 10 espécies) e elapídeos (aprox. 8 
espécies) 
	 2	
• I˚ viperídeos: gêneros Bothrops spp. (Jararacas), Lachesis muta (surucucu-pico-de-jaca) e Crotalus 
durissus (cascavel); 30 espécies no Brasil. 
• II˚ elapídeos: gênero Micrurus spp. (cobra coral); 33 espécies no Brasil. 
 Principais acidentes com serpentes no Brasil 
1. Jararaca 
2. Cascavéis 
3. Surucucus 
4. Corais 
Todos os anos ocorrem cerca de 700 acidentes (registrados) por animais peçonhentos no estado de 
Rondônia; ou seja, em 10 anos (2002 – 2011), ocorrem mais de 6.980 casos. Alguns destes acidentes 
evoluíram para óbito ou ocasionaram sequelas das mais variadas formas. 
 A maior sucuri: em comprimento foi comprovado sem dar margem a dúvidas (por uma pele no museu de 
Londres) tinha 8,8m. Mas marechal cândido Rondon afirmou ter medido uma sucuri de 11,9m 
 
 Locais mais frequentes: 
• 80% membros inferiores 
• 19% parte superior MMSS, tronco e cabeça. 
 
 Acidentes por JARARACA 
• Edema; 
• Necrose à amputação 
• Síndrome compartimental à recomendável fazer fasciotomia para aliviar a pressão 
• Facies neurotóxicas à nos 40 minutos pós-acidente 
 
 Medidas, preventivas e cuidados: 
• Certo: mantenha-se calmo ou acalme o acidentado; Se a picada for na perna ou no braço, deixe-os 
em posição mais elevada; Lave o local com água e se possível sabão, mas evite contato com o 
sangue; Lave a vítima ao socorro mais próximo (posto de saúde ou hospital); Hospital = cemetron. 
• Errado: Nunca faça o torniquete, isso impede a circulação sanguínea e pode causar apodrecimento 
do tecido muscular (necrose); Chupar, furar, cortar, queimar ou espremer o ferimento; Sugar o 
local da ferida e aplicar folhas, pó de café, terra, alho ou qualquer outro produto; Não dê nada para 
o acidentado beber (ex.: álcool, cachaça ou querosene) 
 
 Situação atual – Notificações (SVS – MS 2010) 
— Ofidismo – 27.655 (125 óbitos – 0,45%); 
— Escorpionismo – 45.721 (104 óbitos – 0,43%); 
— Araneísmo – 23.515 (26 óbitos – 0,11%); 
— Lagartas – 4.028 (05 óbitos – 0,006%); 
— Abelhas – 6.445 (30 óbitos – 0,05%). 
 
 
	 3	
ESPECIFICAÇÕES OFÍDICOS 
 Família Viperídeos (3) 
• Serpentes do gênero BOTHROPS à Jararacas 
• Serpentes do gênero LACHESIS MUTA à Surucucu-pico-de-jaca 
• Serpentes do gênero CROTALUS DURISSUS à Cascavel 
 Família Elapídeos 
• Serpente do gênero MICRURUS SPP. à Corais 
 FAMÍLIA VIPERÍDEOS 
 
1. BOTHROPS à Jararacas 
v Características: 
• Presença de Fosseta loreal, dentição SOLENÓGLIFA e são muito agressivas. 
• Escamas supra-oculares 
• A ponta da cauda é lisa 
• Coloração cinza ou verde 
• Pode atingir até 1,40m 
• NÃO USAR torniquete 
 
v Ação do veneno: 
• Proteolítica 
• Hemorrágica 
• Coagulante 
 
v Quadro clínico: 
• Local 
Ø Processo inflamatório agudo 
Ø Dor 
Ø Hemorragia 
 
Ø Complicações locais: 
o Bolhas 
o Necrose 
o Abscesso 
o Síndrome compartimental (fazer fasciotomia) 
o Limitação de movimentos 
o Amputação 
• Sistêmico 
Ø Incoagulabilidade sanguínea 
Ø Sangramentos (gengivorragia, equimoses, hematúria) 
 Nos casos graves: 
Ø Hipotensão arterial e choque 
Ø Hemorragia intensa 
Ø Insuficiência renal 
 
Tratamento: Soro antibotrópico (SAB), ou associações: Antibotrópico-crotálica (SABC) ou 
Antibotrópico-laquético (SABL). Gerais: Elevação do membro picado; Hidratação, analgesia, ATB (se necessário). 
SORO	
ANTIBOTRÓPICO	80%	
	 4	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRAVIDADE AMPOLAS HORAS 
Leve 
 
4 0 – 2h 
Moderado 8 2 – 6h 
Grave 12 6 – 12h 
 
 
2. LACHESIS MUTA à Surucucu-pico-de-jaca 
v Características: 
• Presença de Fosseta loreal e dentição SOLENÓGLIFA 
• Cor laranja com manchas pretas e escamas no corpo e cauda 
• Pode atingir ate 3,5 metros 
v Ação do veneno 
• Proteolítica; hemorrágica; coagulante; 
Neurotóxico vagal; 
• HEMATÚRIA, Vômito, diarreia, cólica abdominal, bradicardia, hipotensão e todos 
sintomas do botrópico 
v Quadro clínico: 
• Local: 
Ø Dor; edema; eritema; equimose; bolhas 
• Sistêmicos: 
Ø Alteração de coagulação 
Ø Hipotensão arterial, bradicardia 
Ø Cólica abdominal, diarreia 
• Complicações: 
Ø Infecção secundária, necrose, déficit funcional, SÍNDROME COMPARTIMENTAL. 
 
v Tratamento: Soro antilaquético (SAL) ou antibotrópico-laquético (SABL). 
* Na falta destes deve ser administrado o antibotrópico, apesar deste não neutralizar de 
maneira eficaz a ação anticoagulante do veneno laquético. 
 
GRAVIDADE AMPOLAS 
Moderado 10 
Grave 20 
 
SORO	
ANTIBOTRÓPICO-LAQUÉTICO	
	 5	
3. CROTALUS DURISSUS à cascavel 
v Características 
• Presença de Fosseta loreal e dentição SOLENÓGLIFA 
• Chocalho na cauda; 
• Fosseta loreal e dentição Solenóglifa; 
• Apenas em áreas abertas 
• Pode atingir até 1,5m 
v Ação do veneno 
• Coagulante; Neurotóxica; Miotóxica 
• Mioglobinúria, Urina vermelha, inibe pré-sinápticos, RABDOMIÓLISE causa muita dor, 
ins. Resp aguda porem mais branda, paresia , diplopia, facies miastênica, alteração da fala. 
• OBS: NÃO HÁ DOR LOCAL; sem edema; sem bolha. 
 
 
v Quadro Clínico 
• Local: 
Ø Edema discreto, parestesia 
• Sistêmico: 
Ø Facies miastêmica: ptose palpebral, flacidez dos músculos da face, oftalmoplegia 
Ø Turvação visual, diploplia, miose/midríase 
Ø Alteração do olfato, paladar 
Ø Mialgia generalizada, urina escura 
Ø Sangramento discreto: gengivorragia, equimose 
• Complicações: 
Ø Insuficiencia respiratória: paralisia dos mm da respiração à DOR PARA 
RESPIRAR (obs.: diferente da coral que é um insuficiência do parenquima) 
Ø Insuficiência renal aguda: mioglobinúria 
v Exames complementares 
• Tempo de coagulação: alterado em = 40% 
• éCPK, DHL, TGO 
• HMG: é Leu c/ é Ne 
• é U, C, Ac. Úrico, K, Fósforo, ê Ca 
v Tratamento 
• Soro anticrotálico (SAC) ou Antibrotópico-crotálico (SABC). 
 
 
 
 
GRAVIDADE AMPOLAS 
Leve 5 
Moderado 10 
Grave 20SORO	
ANTI-CROTÁLICO	4%	
	 6	
 FAMÍLIA ELAPÍDEOS 
 
1. MICRURUS SPP à coral 
v Características 
• NÃO POSSUEM fosseta loreal e a dentição é PROTERÓGILFA 
• Coloração variável entre: preto- vermelho- branco- amarelo 
• Cabeça redonda, olho muito pequeno “quase não vemos” , cauda curta e lisa. (olho grande 
e esbugalhado: coral falsa) 
• Menos de 1cm entre as presas (dentição muito próxima). 
• Acidentes raros. 
• Pelo risco de Insuf. Respiratória Aguda, devem ser considerados como graves. 
• Podem ir até 1,5m 
v Ação do veneno 
• Neurotóxico!!!! 
• inibe pré e pós sinápticos, insuficiencia Respiratória, Facies miastênica, ptose, alteração 
comportamental, alterações da fala, diplopia, aparenta estar embriagado, não consegue 
falar, sonolência, muita sialorréia) UTI 
v Quadro cínico: 
• Local: 
Ø Parestesia 
• Sistêmico: 
Ø Vômitos 
Ø Fácies miastêmica: ptose palpebral, flacidez dos músculos da face, oftalmoplegia 
Ø Turvação visual, diploplia, miose/midríase 
Ø Dificuldade para deglutição 
• Complição: à Insuficiência Respiratória àDIFICULDADE!! 
 
v Tratamento: 
• Soro antielapídico (SAE), 10 ampolas. 
• TODOS OS ACIDENTES POR CORAL COM MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DEVEM 
SER CONSIDERADOS POTENCIALMENTE GRAVES à 10 AMPOLAS 
• Associação 
Anticolinesterásico: Neostigmina IV a cada 30 min 
 
 
 
 
 
 
 
SORO	
ANTI-ELAPÍDICO	
	 7	
 CONDUTAS QUANDO O PACIENTE NÃO TROUXER A SERPENTE 
v Acidente COM dor e edema; com ou sem sangramento e bolhas: 
• Suspeitar de Bothrops (jararaca) ou Lachesis (surucucu) 
• Floresta 1˚ (mata virgem) à Jararaca ou surucucu 
- Sem sintoma vagal à acidente por jararaca. 
- Com sintoma vagal (diarreia; hipotensão,bradicardia) à surucucu 
• Floresta 2˚ (campo,capoeira, quintal, topo da árvore) à jararaca 
v Acidente SEM dor e edema com facies neurotóxica 
• Face neurotóxica: Ptose palbepral bilateral, oftalmoplegia 
• Suspeitar de Cothalus (cascavel) ou Micrurus (coral). 
 
 
 Mecanismo de ação dos venenos ofídicos 
 
VENENO ATIVIDADE EFEITO LOCAL EFEITO SISTÊMICO 
Botrópico • inflamatória 
• coagulante 
• hemorrágica 
• necrose tecidual 
• lesão endotelial 
• liberação de mediadores inflamatórios e 
subs. vasoativas; 
• ativação da coagulação; 
• lesão endotelial 
Laquético • inflamatória 
• coagulante 
• hemorrágica 
• “neurotóxica 
• necrose tecidual 
• lesão endotelial 
• liberação de mediadores inflamatórios e 
subs. vasoativas; 
• ativação da coagulação; 
• lesão endotelial; 
• estimulação vagal 
Crotálico • “neurotóxico 
• miotóxico 
• coagulante 
• ausente • Bloqueio neuromuscular; 
• rabdomiólise; 
• ativação da coagulação 
Elapídico • neurotóxico • ausente • bloqueio neuromuscular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	 8	
Vítima	com	dor	local,	edema	local	e/ou	ascendente,	com	ou	sem	sangramento	e	bolhas.			
Suspeitar	de:	Jararaca	ou	surucucu	Perguntar	se	o	acidente	ocorreu	em:	
Floresta	secundária:		(capoeira,	roçado,	campo,	lugares	abertos,	quintal	ou	cobra	estava	no	topo	da	árvore		 Floresta	primária:		mata	virgem	
Acidente	provocado	por	jararaca	ou	surucucu	
Sem	sintomas	vagais		
Acidente	por	jararaca	
Com	sintomas	vagais	
Acidente	por	surucucu	
Presença	de	facies	neurotóxica	e	parestesia	local,	SEM	dor	e	SEM	edema	local	
Suspeitar	de:	Cascavel	ou	Coral	verdadeira.	Perguntar	sobre:	
Presença	de:		Mialgias,	URINA	COR	DE	CAFÉ,	oligúria	ou	anúria	
NÃO	HÁ	DOR	LOCAL	
Acidente	por	CASCAVEL	(crotálico)		
AUSÊNCIA	dos	sinais	e	sintomas	
HÁ	DOR	LOCAL	
Acidente	por	CORAL	VERDADEIRA	(Micrurus)	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	 9	
ACIDENTE	por	BOTHROPS	(JARARACA)	
Acidente	Leve		
Dor	local	Edema	local		Sangramento	local		TC	(tempo	de	coagulação	normal	ou	alterado		
Soro	Antibrotópico	4	ampolas	
Acidente	Moderado	
Dor	local	Edema	local	Edema	ascendente	Sangramento	local	Sangramento	sistêmico		TC	(	normal	ou	alterado)	
Soro	Antibotrópico	8	ampolas	
Acidente	Grave	
Sintomas	do	moderado	Edema	local	e	ascendente	intenso.	Bolhas,	necroses,	sangramento	sistêmico	abundante.	Choque	Oligúria,	anúria		IRA	TC	normal	ou	alterado		
Soro	Antibotrópico	12	ampolas	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	 10	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	 11	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	 12	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	 13	
 
 
 Acidentes por outros animais peçonhentos e Semi-peçonhentos 
 
Família Colubridae 
 
Esta família é constituída de serpentes que geralmente são consideradas como não peçonhentas. Entretanto, alguns 
gêneros, principalmente a Philodryas, casam acidentes em humanos, embora bem menos graves que os gêneros 
Bothrops e Crotalus. Isso se deve ao fato destas serpentes possuírem uma dentição opistóglifa (presas localizadas 
na parte posterior da boca) o que dificulta a injeção de peçonha. 
Dentro desta família também encontramos serpentes com dentição áglifa (sem presas especializadas). 
 
Philodryas olfersii “cobra-verde” “cobra-cipó” 
- Tem veneno parecido com o botrópico, em torno de 20% do veneno da jararaca); 
- Comem ratos, anfíbios e lagartos; 
- Hábito diurno / semi-arborícola, cerrado e mata; 
- Distribuição geográfica ampla 
- Acidente Philódrico: geralmente oligossintomáticos. Quando há sintomas: dor e edema local volumoso, 
aparecimento de equimoses e sangramentos. 
 
Oxyrhopus guibei - coral falsa 
- Come pequenos roedores e pequenos lagartos; 
- Hábito noturno / terrícola, áreas abertas: cerrados e campos; 
- Distribuição geográfica ampla 
 
Liophis miliaris - cobra d'água 
Come peixes e anfíbios; 
Hábito diurno e noturno / semi-aquática, rios e alagados; 
Distribuição geográfica ampla. 
 
Família Boidae 
 
Não possuem veneno e são classificadas quanto à dentição como áglifas (sem presas especializadas), seus dentes 
servem somente para segurar a presa. Possuem fossetas labiais que funcionam como termorreceptores, para 
perceber e localizar a presa. Podemos citar como exemplo de serpentes desta família a jibóia, sucuri e salamanta. 
 
Eunectes murinus – Sucuri 
- Possuem fileiras de pequenos dentes pontiagudos que contribuem para não deixar que suas presas fujam; 
- É a segunda maior serpente podendo chegar aos 9 metros de comprimento; 
-Vivípara, a sucuri gesta seus filhotes por aproximadamente 240 dias; 
- Comem ratos, aves, peixes, lagartos e mamíferos, a maior presa é a capivara; 
- Hábitos semi-aquaticos 
- Vive na Amazônia, e em alagados na região do Cerrado. 
 
Boa constrictor constrictor - jibóia 
Alimenta-se de aves e roedores 
Hábitat cerrado, mata e caatinga, semi-arborícola 
Distribuição geográfica Centro-oeste, Norte e Nordeste 
 
Epicrates cenchria crassus - salamanta 
Alimenta-se de pequenos roedores, aves e lagartos 
Hábito noturno / semi-arborícola, encontrada no cerrado. 
Distribuição geográfica Sudeste e Centro-oeste. 
 
 
Medidas preventivas e cuidados 
 
• Se ocorrer um acidente, o que fazer? 
	 14	
- Manter-se calmo ou acalmar o acidentado; 
- Lavar o local com água (evite contato com sangue); 
- Verificar se existe algum objeto (anel, pulseira ou cinto) que possa impedir a circulação do sangue e retirá-lo; 
- Procurar o hospital o mais rápidopossível, o tempo é fundamental para não agravar o acidente. 
 
— O que NÃO fazer: 
- Ficar desesperado só irá piorar e não trará nenhum benefício; 
- Não chupe, não perfure, não coloque: alho, fezes, ovo, urina, borra de café, sobre o local do acidente, nunca e 
jamais faça torniquete (garrote); 
- Não tome e nem dê nada para o acidentado beber (álcool, bebidas ou mesmo querosene) 
 
 
 
ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS 
Parte 2 e 3 
 
 Diferença entre peçonhento e venenoso 
• Peçonhento: são animais que produzem veneno e podem inoculá-lo por meio de um aparelho 
inoculador: pressas, ferrões, quelíceras, cerdas, urticantes, nematocistos... 
• Venenoso: são animais que produzem veneno e/ou armazenam, porém não possuem aparelho 
inoculador. 
 Principais acidentes: 
• Ofidismo: 
à Bothrops sp.; Crotalus durissus.; Lachesis muta.; Micrurus sp. 
• Escorpionismo: 
à Tityus serrulatus (Amarelo).; Tityus bahiensis.; Tityus stigmurus.; Tityus obscururs. 
• Araneismo: 
à Phoneutria sp (Armadeira).; Loxosceles sp (marron).; Latrodectus sp (viúva-negra) 
• Erucismo 
à Lonomia sp. (lagarta de fogo) 
• Acidente por abelhas 
 
 Fatores determinantes de saúde : 
 
Condições que podem manter ou alterar (melhorar ou piorar) uma determinada situação 
epidemiológica de um agravo: 
 
• Faixa etária: Crianças até 14 anos e idosos acima de 65 anos. 
• Sexo: masculino 
• Sazonalidade: de acordo com a região; Procedência (ofidismo): zona rural. 
• Local da picada: rosto; extremidades (risco maior de necrose) 
Incidência: superior (19%) e inferior (80%) 
• Tipo de envenenamento; Intensidade das manifestações clínicas (bolhas, cor da urina) 
• Primeiros socorros e condutas médicas inadequadas (fasciotomia errada, debridamento e 
amputação errados) 
• Tempo entre picada e atendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	 15	
 
 Tabela Slide aula 2 
 
SERPENTES ESCORPIÕES ARANHAS LAGARTAS 
SAB – Soro 
Antibotrópico 
(pentavalente) – acidente 
por jararaca 
SAEsc – Soro 
Antiescorpiônico – 
acidente por escorpião do 
gênero Tityus 
SAA – Soro 
Antiaracnídico 
(loxosceles, Phoneutria e 
Tityus) 
antigo soro antiaracnídico 
antigo soro 
antiaracnídico/escorpiônico 
SALon – Soro 
Antilonômico – acidente 
por largata do gênero 
lonomia 
SABL – Soro 
Antibotrópico (penta) e 
laquético – acidente por 
jararaca ou surucucu-pico-
de-jaca 
SAA – Soro 
Antiaracnídico 
(loxosceles, Phoneutria e 
Tityus) 
antigo soro antiaracnídico 
antigo soro 
antiaracnídico/escorpiônico 
 
SALox – Soro 
Antiloxoscélico 
(trivalente) 
SABC – Soro 
Antibotrópico e 
anticrotálico – acidente 
por jararaca ou cascavel 
SAC – Soro 
Anticrotálico – acidente 
por cascavel 
SAEla – Soro 
Antielapídico (bivalente) 
– acidente por coral 
verdadeira (micrurus sp.) 
		
		
16	
16

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