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resumo matérias dentarios

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Procedimento indireto: executado fora da cavidade bucal;
Procedimento direto: executado dentro da cavidade bucal;
Os materiais são formados por moléculas, que são formadas por átomos; entre esses átomos existem ligações interatômicas; os estados sólido, liquido e gasoso, que variam de acordo com a temperatura, reorganizam essas moléculas e as ligações interatômicas entre elas. Quando uma molécula muda de estado, há perda ou ganho de energia. Quando muda do estado líquido para o estado gasoso, têm-se o calor de vaporização e uma alta energia cinética (maior vibração/movimentação das moléculas). No estado sólido a atração molecular é muito alta e as moléculas não possuem grande movimentação, resultando em baixa energia cinética.
Ligações interatômicas
PRIMÁRIAS 
Iônica: atração entre cargas positivas e negativas; formam cristais.
Ex: gessos (fratura indica falha nas ligações iônicas do gesso), cimentos fosfatados
Covalente: ocorre compartilhamento de elétrons; 
Ex: polímeros (resina composta e acrílica)
Metálica:
Ex: ligas odontológicas (restauração com amálgama, ligas para confecção de próteses parciais, implantes odontológicos).
SECUNDÁRIAS
Pontes de hidrogênio: atração molecular por junção de elétrons. São tipos de lig. Covalentes entre as moléculas.
Ex: resinas compostas e adesivos dentinários.
Forças de Van der Walls: campo de elétrons em flutuação (dipolo)
Ex: resinas
ADESÃO: adesão de dois substratos diferentes.
Ex: hidroxiapatita do esmalte e o polímero resinoso; restauração metalocerâmica; prótese total aderida à mucosa por meio da saliva; biofilme no substrato dental.
Química: se dá por meio da adesão dos elementos químicos que existem nos componentes;
Adesivo: material ou película utilizado para produzir adesão.
Aderente: material sobre o qual é aplicado o adesivo.
Mecânica: se dá por meio de retenções no substrato dental.
União micromecânica
Ex: o condicionamento ácido cria irregularidades que conferem a adesão químico-mecânica da resina com o esmalte.
COESÃO/UNIÃO: união de dois substratos iguais.
	Ex: Resina composta sobre resina composta.
Fatores que interferem no fenômeno da adesão:
ENERGIA DE SUPERFÍCIE (SÓLIDO): átomos superficiais são menos instáveis do que os internos, pois possuem mais átomos livres e disponíveis para fazer ligações. Quanto maior for a energia de superfície, mais ligações o aderente fará com o adesivo.
Ex: flúor reduz a energia de superfície do substrato dental, impedindo que haja agregação bacteriana e formação de placa.
TENSÃO SUPERFICIAL (LÍQUIDO): aumento da Energia de Superfície, por área. Quanto menor a tensão de superfície do adesivo, mais facilmente ele vai escoar.
MOLHAMENTO: os fluidos aumentam a Energia de Superfície (duas placas de vidro com uma película de água entre elas dificulta a separação; em contraposto a saliva não pode entrar em contato com o dente e a resina porque CONTAMINA a restauração e para favorecer a adesão, utiliza-se o condicionamento ácido). O ângulo de molhamento deve ser igual a zero (Ɵ=0) isso significa que o adesivo deve molhar toda a superfície do substrato. Sempre o MENOR ângulo de contato fornecerá uma melhor adesão.
Para se ter uma boa adesão:
↓ TENSÃO SUPERFICIAL - adesivo 
↑ ENERGIA DE SUPERFÍCIE - substrato sólido (sem impureza)
Falha na adesão: Microinfiltrações (entrada de fluidos e bactérias e recidivas de cáries); 
Smear-layer ou lama dentinária (restos de bactéria, óleo da caneta do micromotor) – oblitera os túbulos dificultando a penetração do adesivo nos túbulos dentinários, impedindo que ocorra a adesão mecânica; além disso, a saliva contamina o local e também impede a adesão.
PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MATERIAIS DENTÁRIOS
Características inerentes àquele material, que não podem ser modificadas por ações externas.
TERMOFÍSICAS
PONTO DE FUSÃO: é a temperatura necessária para que o material passe do estado sólido para o estado líquido (utilização de ligas odontológicas associadas às cerâmicas são materiais com pontos de fusão diferentes e isso influencia na quantidade de calor que será fornecida a cada um dos materiais);
CONDUTIVIDADE TÉRMICA: transferência de calor através de um material por meio de fluxo de energia
Faz-se necessário utilizar um material isolante (material protetor do complexo dentinopulpar para base ou forramento) quando for preciso fazer restauração de amálgama em cavidades muito profundas, pois esta tem alta condutividade térmica e pode levar à injúria pulpar (em adultos demora mais para ocorrer injúria pulpar, pois tem mais dentina para proteger a polpa). O material isolante só é necessário quando há pouca dentina remanescente.
O tratamento expectante consiste em retirar o tecido cariado sem expor a polpa, mesmo que seja uma cavidade profunda, e aplicar o hidróxido de cálcio. O hidróxido de cálcio induz o odontoblasto a produzir dentina terciária. 
DIFUSIVIDADE TÉRMICA: variação da temperatura em um período de tempo à medida que o calor flui pelo material;
OBS: Condutividade térmica ↑	 =	INJÚRIA
Difusividade térmica ↑		PULPAR
COEFICIENTE DE EXPANSÃO TÉRMICA: alteração de comprimento quando a temperatura aumenta 1 grau Kelvin. É característico de cada material. (Microinfiltrações ocorrem devido à dilatação e contração diferenciada entre os materiais obturadores e o esmalte)
COR - aparência quantitativa expressa por três aspectos:
MATIZ: cor dominante do objeto (diferentes comprimentos de ondas, combinados para formar determinada cor, ou seja, a cor do objeto é a cor refletida, que é o comprimento de onda que não foi absorvido pelo objeto);
LUMINOSIDADE: claridade ou escuridão da cor;
CROMA: grau de saturação do matiz (“quanto” de cor que tem no objeto);
OUTRAS PROPRIEDADES
METAMERISMO: diferença de cor refletida de acordo com a luz que incide no objeto.
FLUORESCÊNCIA: capacidade que o objeto tem de captar comprimentos de onda que o olho humano não consegue captar e transformar em comprimentos de onda que o olho humano consegue captar.
OPALESCÊNCIA: a luz com maior comprimento de onda (amarelo/laranja) é a cor refletida pelo dente;
TRANSLUCIDEZ: capacidade de o objeto deixar passar luz por ele.
LÍQUIDOS TIXOTRÓPICOS: ↑ pressão para conferir maior fluidez.
REOLOGIA - estuda a capacidade de escoamento de um material
VISCOSIDADE (LÍQUIDOS): resistência de um líquido ao escoamento
CREEP (SÓLIDOS): aplicação de carga dinâmica constante;
ESCOAMENTO (SÓLIDOS): aplicação de carga estática; uma pequena força já deforma o material.
*O mesmo material pode ter diferentes aplicações (cimentação, restauração) e por isso pode ter as duas formas, mais ou menos viscoso.
PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS DENTÁRIOS
Dão a resposta de como o material vai se comportar na cavidade oral quando submetido à força;
TENSÃO: é a força por unidade de área que atua no material. Quanto menor a área do material no qual a força foi aplicada, maior a tensão aplicada. ↑T=↑F/↓A
TRAÇÃO: força que tende a esticar ou alongar um corpo; a resistência à tração é a capacidade do material de resistir a essa força que tende a tracioná-lo. Ex: adesivo dentinário deve resistir à força de tração para manter a restauração aderida.
COMPRESSÃO: força que tenta encurtar ou achatar um corpo; a resistência à compressão é a capacidade do material de resistir ao esforço que tende a achatar a sua estrutura;
CISALHAMENTO: causada por uma resistência ao deslizamento; Ex: retirada dos brackets;
FLEXÃO: força que tende a dobrar um corpo (mistura de todas as outras forças); 
Ex: PPF (faz-se um desgaste nos dentes adjacentes para prender a PPF entre os dentes, formando o pôntico. Durante a carga mastigatória, o dente que não possui raiz, flexiona e ocorre cisalhamento nos locais onde desliza uma superfície sobre a outra. As tensões de tração desenvolvem-se na porção gengival da PPF e tensões compressivas na porção de oclusão).
DEFORMAÇÃO:
ELÁSTICA: ao aplicar uma tensão no material este retorna, depois, ao estado
inicial.
PLÁSTICA: material continua deformado e se a força continuar a ser aplicada, o material pode chegar a fraturar.
*O Limite de Proporcionalidade (Elástico) / Limite de Escoamento é o ponto onde a deformação não pode ser desfeita (deformação permanente).
*Quanto menor o ângulo da constante Tensão/Deformação, mais fácil ocorre a quebra, ou deformação permanente. Quanto maior for a tangente do ângulo o material será mais difícil de fraturar.
RESILIÊNCIA: quantidade de deformação elástica que o material pode sofrer (quantidade de energia absorvida pelo material até o seu limite elástico).
TENACIDADE: quantidade de deformação elástica e plástica (quantidade de energia absorvida até causar a fratura do material).
*Resistência à tração/compressão: quantidade específica de deformação plástica de um material (quantidade de energia necessária para causar fratura).
DUREZA: capacidade de um material de riscar o outro ou de penetrar. O ideal é que o material restaurador possua uma dureza inferior à dureza do dente, evitando assim o desgaste do elemento antagonista.
PROPRIEDADES QUÍMICAS DOS MATERIAIS DENTÁRIOS
A finalidade da odontologia é repor aquilo que foi perdido por processo carioso ou traumatismo (devolver forma e função) com materiais que sejam compatíveis e iguais ao dente natural. Esses materiais devem passar por testes e serem compatíveis com a cavidade oral e não sofrerem consequências sob as condições adversas do meio bucal. 
O amálgama sofre essas influências, mas é mais indicado porque aguenta melhor as forças mastigatórias. Em dentes anteriores, que servem apenas para cortar e tem importância estética, utiliza-se a resina composta. 
DESLUSTRE/MANCHAMENTO: perda superficial do brilho por parte de metais que não são metais nobres. Isso ocorre por causa do depósito de cálculos dentários ou por depósito de placa bacteriana ou por reação com enxofre (pode levar à corrosão). Pode ser polida.
ABSORÇÃO: quando um determinado corpo é imerso numa substância e a absorve.
ADSORÇÃO: quando um determinado corpo é imerso numa substância, mas não é capaz de absorvê-la.
Nos metais, ocorre a adsorção, levando a corrosão e dissolvição dos materiais solúveis que compõe a liga metálica. Na amálgama o mercúrio (altamente tóxico) é um desses componentes solúveis. Como a liga de amálgama e o mercúrio estão altamente ligados, não há muito problema, pois os dois componente não separar-se-ão. Caso a restauração seja engolida, também não resultará em intoxicação, tanto pela pequena quantidade quanto pela ligação da liga com o mercúrio.
DESCOLORAÇÃO: a resina, por exemplo, escurece após um tempo, pois está sujeita à descoloração.
PERDA DE PROPRIEDADES: o cimento, por exemplo, pode perder sua propriedade de cimentar quando entra em contato com a umidade.
VARIAÇÃO VOLUMÉTRICA: material pode aumentar de volume quando em contato com a umidade.
DEGRADAÇÃO/CORROSÃO: desgaste ou modificação provocada pela ação química ou eletrolítica (no caso do amálgama, que dura em torno de 25 anos na cavidade oral, ocorre uma corrosão na interface dente-restauração, selando fendas que favoreceriam as microinfiltrações).
*Corrosão ou choque galvânico: metais diferentes que entram em contato durante a mastigação ou em repouso. Para solucionar, bastaria trocar uma das restaurações e usar o mesmo metal em ambas, ou utilizar um material sem condutividade elétrica.
*Biocompatibilidade
Testes para avaliar a biocompatibilidade:
GRUPO I: testes primários, feitos em células;
GRUPO II: testes secundários, feitos em animais;
GRUPO III: testes pré-clínicos;
*Quando confeccionar restauração de resina deve-se utilizar um material protetor para que o monômero não cause injúria pulpar. Os sinais de injúria seriam a coloração alterada do dente e lesão periapical vista do exame radiográfico.
*Dermatite de contato alérgica: independe da quantidade de material ao qual a pessoa alérgica foi exposta.
No caso do amálgama a iatrogenia acontece por erro de técnica ou de material. É um material levemente irritante para a polpa. O preparo cavitário, quanto mais profundo, gera maior necessidade de proteção dessa cavidade. O material depois de pronto é plástico e é compactado dentro da cavidade e, depois que toma presa, fica encaixado lá dentro. Pode gerar alteração de cor no dente. Flúor não prejudica. Já a resina composta tem por grande vantagem ser embalada em seringas. Quando toma presa, os monômeros da resina formam um polímero. Se a reação de presa não for feita corretamente, alguns monômeros que não reagiram podem chegar até a polpa e causar injúria pulpar.
O cimento fosfato de zinco tem um ácido na sua composição (pode causar injúria pulpar) devendo ser utilizado sobre a dentina um verniz cavitário, um adesivo ou até o hidróxido de cálcio, para evitar que o ácido chegue até os túbulos dentinários.
O ionômero de vidro não é tão ácido, mas também requer proteção pulpar.
Agentes condicionantes como o ácido fosfórico a 37% causa uma desmineralização da dentina e remove o smear-layer.
Microinfiltração marginal (perda de adesão marginal ou microinfiltração).
Aula 5
As consequências de um material restaurador com alta difusividade térmica são danos pulpares. Para evitar que isso ocorra, utilizam-se materiais protetores do complexo dentinopulpar que são utilizadas como base, forramento ou selamento. Esses materiais tem baixa condutividade térmica e funcionam como isolantes. A expansão térmica ocorre quando o material restaurador é submetido à altas temperaturas e a contração quando o material é submetido à baixas temperaturas. Essa variação causa formação de fendas que permitem a microinfiltração de fluidos e bactérias, que darão margem às cáries recidivantes ou secundárias. O agente de base estimula os odontoblastos a produzir a dentina terciária. O amálgama adere-se na cavidade por meio de retenção do preparo cavitário e é um material que tende ao desgaste (o que não é uma desvantagem em si). O amálgama não tem resistência à tração, por isso o preparo cavitário é feito de forma que a base seja maior que o orifício superficial (maior desgaste de dente). O amálgama, com o passar do tempo, cria uma camada corrosiva que permite maior aderência do amálgama à cavidade. 
A camada odontoblástica (polpa) produz dentina durante toda a vida. Diante de uma agressão, estimula a produção de dentina terciária. Funções da polpa: formativa, protetora (vasos e nervos), nutritiva (polpa e dentina) e reparadora. 
As principais causas de agressão: lesão cariosa, preparo cavitário e material restaurador.
Lesão cariosa:
Dentina cariada superficial (altamente contaminada pela cárie)
Dentina cariada profunda (afetada pela cárie) – pode ser mantida (é passiva de ser remineralizada pela ação do ionômero de vidro – tratamento restaurador atraumático - TRA)
Dentina esclerótica (bem escura e já bem desmineralizada, com túbulos obliterados).
Dentina terciária
Preparo cavitário: deve ser feito por meio de refrigeração (água da caneta) para minimizar a injúria pulpar que ocorre devido ao calor produzido; as brocas devem ser bem afiadas, para minimizar a pressão; deve-se executar toques intermitentes para fazer o preparo cavitário; ação direta de microorganismos podem contaminar a cavidade.
Material restaurador: Não adulterar a composição do material para não deixá-lo mais ácido, por exemplo; 
A resposta do dente à agressão varia de acordo com:
Profundidade da cavidade (maior resposta quando a cavidade é profunda)
Idade do paciente (potencial de resposta diminui com o aumento da idade)
Qualidade de dentina remanescente (a resposta é menor em dentina esclerosada, por exemplo, por conta dos túbulos obliterados).
Material restaurador (amálgama pode causar injúria em cavidades profundas se for posto sem o material isolante; já a restauração com resina, se o monômero não for corretamente polimerizado, pode penetrar nos túbulos dentinários e causar algum tipo de agressão).
No tratamento expectante, o paciente tem uma cavidade muito profunda
e se o preparo cavitário for continuado, poderá atingir a polpa. Aplica-se então o hidróxido de cálcio, que estimulará a formação de dentina terciária. Por cima coloca-se o material restaurador provisório e, depois de 45 dias, verifica-se, por radiografia, a resposta pulpar. Quando há exposição pulpar, a cor do sangue indica a condição da polpa (mais cianótico = necrose). A proteção pulpar direta é feita quando já houve exposição pulpar. A indireta, quando não houve exposição. A quantidade e o calibre dos túbulos dentinários são maiores quando mais próximo à polpa.
Tipos de materiais protetores:
Hidróxido de Cálcio (cimentação, base, forramento).
Sistemas adesivos
Ionômero de vidro (restaurações, base, TRA).
Agregado de trióxido mineral (muito utilizado em casos de perfurações endodônticas; é mais resistente que o hidróxido de cálcio;).
Cimento Fosfato de zinco (cimentação, base).
Cimento Oxido de zinco eugenol (Tipo I é utilizado como curativo; tipo II é utilizado para restaurações provisórias ou curativo de demora.)
Classificação quanto à utilização:
Para cavidades rasas: selamento
Para cavidades profundas:
3º Material para selamento (película fina; função de estimular a dentina reparadora e proteger a polpa; é bactericida e bacteriostático). Ex: Sistemas adesivos
2º Base (mais espesso; estimula a produção de dentina terciária e substitui parte do substrato dental, diminuindo a quantidade de material restaurador que será utilizado.) Ex: ionômero de vidro ou fosfato de zinco.
1º Forramento de cavidade (espesso; estimula a produção de dentina terciária) Ex: Hidróxido de Cálcio ou ionômero de vidro.
Dentes anteriores com cavidade média:
2º Selamento
1º Forramento
Dentes posteriores com cavidade média:
2º Base
1º Forramento
O pó do Hidróxido de cálcio é utilizado para proteção direta do complexo dentinopulpar (em caso de pulpotomias). Houve exposição acidental da polpa, mas sem a presença de cárie (sangue vermelho-vivo). Faz-se a hemostasia, aplica-se o pó de hidróxido de cálcio e confecciona a restauração.
A solução de hidróxido de cálcio (20g de pó + 200 ml de água destilada = solução de hidróxido de cálcio e pasta de hidróxido de cálcio.). A solução é utilizada para a limpeza da cavidade durante proteção direta. Já a pasta é utilizada em tratamento expectante, exposição pulpar acidental e curativo endodôntico.
O cimento de hidróxido de cálcio é utilizado para restauração provisória.
Manipulação do Hidróxido de Cálcio: quantidades iguais da pasta base e da pasta catalisadora; manipular com espátula 24; com o aplicador de hidróxido de cálcio, pegar um pouco do material e levar à cavidade. Colocar o ionômero de vidro por cima do hidróxido de cálcio, que funcionará como amortecedor de forças, para evitar a fratura. Por último, o material restaurador.
Manipulação do trióxido de mineral: uma gota para uma parte do pó; mistura e põe na cavidade; faz-se a proteção e depois a restauração.
Aula 6 - Material Protetor - Cimento Fosfato de Zinco
(Óxido de Zinco, Óxido de Magnésio e Óxido de Alumínio + Ác. Fosfórico).
O cimento tem a finalidade de unir permanentemente uma coroa, por exemplo, a um substrato dentário. Para isso existem cimentos provisórios (estética e fonética) e definitivos. Para cimentação provisória utiliza-se o Óxido de Zinco Eugenol que é de fácil remoção; Cimento de Hidróxido de Cálcio (pasta-pasta) também serve para esse fim. Cimento Oxido de zinco eugenol é muito utilizado como curativo. Para a cimentação definitiva utiliza-se o Cimento Fosfato de Zinco.
O cimento fosfato de Zinco é um agente cimentante universal (metais e cerâmicas); o Fosfato de zinco é composto por pó e líquido [Óxido de Zinco (retardador), Óxido de Magnésio e Óxido de Alumínio (presa do material) + Ác. Fosfórico]. Possui fluoretos no pó e no ácido. Em cavidade profundas utiliza-se um material protetor (Cimento de Hidróxido de Cálcio) para que o ácido não cause danos ao dente. 
Deve-se verificar se o ácido apresenta sedimento no fundo (oxidou) e se ainda possui transparência de água (material íntegro). 
Durante o preparo e fabricação do material, ocorre uma internalização (reação exotérmica) de calor por parte do material; já durante o manuseio do material ocorre uma reação exotérmica, que é ruim para a polpa; Para minimizar esse efeito, não se incorpora o pó ao líquido de uma só vez.
Numa temperatura de 23º o Cimento Fosfato de Zinco
Tempo de manipulação (nunca muda): espatulação, homogeinização do material; 90 s
Tempo de trabalho (variável): o tempo que se tem desde a mistura do material até que ele tenha ainda uma Consistência que ainda possa ser utilizada; O tempo de trabalho começa a contar desde a espatulação e encerra no tempo de presa. Dura de 3 a 6 min a 23º C; quanto maior a temperatura, menor o tempo de trabalho;
Tempo de presa (variável): material reage e modifica suas propriedades físicas (endurece); 5 a 9 min a 37º C (temperatura da cavidade oral)
Alteram o tempo de manipulação/ trabalho/ presa;
Relação pó/líquido: pode alterar a consistência do material;
Velocidade de incorporação do pó: é recomendada a divisão do pó para a incorporação, mas não pode ultrapassar o total de 90s; ocorre aumento do tempo de trabalho e de presa. 
Tempo de espatulação: pode ser prolongado; aumenta o tempo de trabalho e de presa (quebra a matriz por mais tempo). Em consequência a resistência à compressão, a tração e escoamento ficam comprometidos.
Temperatura da placa de vidro (grossa): Quando a temperatura da placa está mais baixa, o tempo de trabalho e de presa são aumentados; não pode haver condensação (gotículas) sobre a placa, porque o tempo de trabalho e de presa serão menores.
Manipulação:
Espatulação vigorosa;
Utilização de maior área possível da placa (mais fácil de liberar o calor da reação exotérmica);
Placa resfriada;
Dispensar o líquido após o pó (o líquido pode reagir com a umidade ambiente, diminuindo o tempo de trabalho e de presa); 
Fazer um quadradinho com o pó e dividi-lo em 4 partes iguais; uma parte dessas deve ser dividida ao meio e uma dessas que foi dividida ao meio deve ser dividida ao meio de novo, originando, no total, seis partes de pó; integrar os 3 primeiros quadrados menores ao ácido por 10 s cada um (começando pelo quadradinho menor); os outros dois maiores por 15s e o último por 30s
Cimentação (substância deve ser mais fluida – 4 gotas do ácido): 
Mistura deve ser fluida para não favorecer fendas e microinfiltrações;
Substância deve estar brilhante; se estiver opaca, já entrou no tempo de presa.
Base (substância deve ser mais viscosa – 3 gotas do ácido) Fosfato de Zinco
Obs: Forramento (não tem resistência mecânica) Hidróxido de Cálcio
Selamento:
3 vantagens do Cimento Fosfato de Zinco:
Cimentador universal;
Facilidade para retirar o excesso de material na cimentação;
Preço acessível;
3 desvantagens do Cimento Fosfato de Zinco:
Ácido na composição;
O preparo é complicado;
Probabilidade de exposição na cavidade bucal, solubilidade e desintegração do material (pode causar microinfiltrações);
Aula 7
O Hidróxido de cálcio serve para cimentação provisória porque é fraco; Utiliza-se para cimentar coroa provisória para não deixar o preparo exposto, pois corre o risco de quebrar. 
Cimentação: união ou selamento de duas partes mantendo-as juntas;
Ácido poliacrílico + vidro de alumínio silicato = Ionômero de vidro
Óxido de Zinco + ácido fosfórico = Cimento de Fosfato de Zinco 
Óxido de Zinco + ácido poliacrílico = Cimento de policarboxilato de zinco
Ácido Fosfórico + alumínio silicato = Cimento Silicato
Ionômero de Vidro 
(pó de Cimento de silicato que é à base de cloreto de cálcio + líquido ácido poliacrílico)
O cimento de Ionômero de vidro libera flúor,é duro e resistente e é menos irritante e menos solúvel no meio bucal; O ácido poliacrílico confere boa adesão à estrutura dental (os ácidos são menos instáveis) e biocompatibilidade; mais tarde foi incorporado o ácido tártarico, que confere
estabilidade ao líquido e promove presa mais rápido; 
O ionômero de vidro sofre sinérise (perde água para o meio) e embebição (ganha água do meio); Para melhorar essas condições foram adicionados monômeros no cimento; 
Classificação:
Convencional - (pó convencional de Cimento de silicato que é à base de cloreto de cálcio + líquido ácido poliacrílico)
Anidro – [água e ácido tartárico + pó convencional (pó de Cimento de silicato que é à base de cloreto de cálcio) e ácido liofilizado]; O ácido poliacrílico tem uma reatividade muito alta (ficava impróprio para uso pois reagia dentro do frasco); por isso foi criado o ionômero de vidro anidro;
Reforçado por partículas metálicas - Partículas de limalha (liga de amálgama) misturadas no ionômero de vidro; Para aumentar a resistência, fez-se essa mistura milagrosa (Cernit); no Cernit a liberação de flúor é menor, pois, durante o processo de fundição, o metal cobre a partícula e dificulta a liberação do flúor; o material é mais escuro também.
Modificados por resina – Deve ser feito com isolamento absoluto, não pode haver umidade; o endurecimento é melhorado pelos monômeros, toma presa após a polimerização. É mais resistente e menos sensível à umidade; a desvantagem é que a contração pode formar fendas entre o dente e a restauração;
Tipo I – indicado para cimentação de peças protéticas e de acessórios ortodônticos;
Tipo II – serve para restaurações; a granulação é maior, mas ainda assim não suporta muito esforço mastigatório;
Tipo III - forramento, base e selamento de cicatrículas e fissuras.
Se for utilizada a cápsula, a manipulação é feita no amalgamador e é mais eficientemente homogeneizado.
Não precisa fazer pressão na manipulação manual; despreza-se a primeira gota e põe-se a quantidade indicada de pó. Se colocar pouco pó, a mistura ficará fluida e a fluidez aumentará a solubilidade e, consequentemente, a resistência. Se colocar muito pó, a substância terá menor tempo de trabalho, menor adesividade e menor translucidez. Divide-se o pó em duas porções e manipula-se cada parte por 10 ou 15 s, totalizando 20 ou 30s. O material deve estar brilhante, indicando que há ácido carboxílico que não reagiu ainda, o que implica em melhor adesão na cavidade. A água é responsável por formar a matriz de polissais e hidratar essa matriz durante as primeiras 7h e a maturação final é em média após 24h. Na fase inicial pode haver sinérise ou embebição do material.
Vantagens:
liberação e adsorvição de flúor (recarregado);
boa compatibilidade biológica;
diminui a agregação microbiana;
coeficiente de expansão linear é semelhante ao do dente.
Os ionômeros de vidro resinosos são sempre superiores aos convencionais, mas sua resistência é inferior à da resina. Aplica-se com a seringa, pressiona com a fita de poliéster, faz proteção superficial imediata contra a umidade; depois de 24h faz-se o acabamento e polimento.
1ª. Aula Prática (não está gravada)
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO – 10s de homogeinização e aplicar no apenas no teto de fundo da cavidade com o aplicador de hidróxido de cálcio;
FOSFATO DE ZINCO 
Para cimentação (+ fluido e + ácido): 4 gotas de ácido + medida do pó de fosfato de zinco.
Para base (mais viscoso, forma um fio): 3 gotas de ácido + medida do pó de fosfato de zinco.
Em placa grossa a reação exotérmica é minimizada e o material toma presa mais rápido; fazer a divisão do pó e incorporá-lo ao líquido na proporção indicada:
Fazer um quadradinho com o pó e dividi-lo em 4 partes iguais; uma parte dessas deve ser dividida ao meio e uma dessas que foi dividida ao meio deve ser dividida ao meio de novo, originando, no total, seis partes de pó; integrar utilizando a espátula 24 os 3 primeiros quadrados menores ao ácido por 10 s cada um (começando pelo quadradinho menor); os outros dois maiores por 15s e o último por 30s, totalizando 90s.
ÓXIDO DE ZINCO EUGENOL (Tratamento expectante = Hidróxido de cálcio + Óxido de Zinco Eugenol) 
2 gotas do líquido e juntar a quantidade de pó necessária para que o material não fique aderido à placa ou à espátula.Aglutinar fazendo bastante pressão.
IONÔMERO DE VIDRO (Pacientes com alto índice de cárie) – Não é muito resistente; utilizado mais para base e cimentação, pois tem grânulos finos.
Pó + Líquido na proporção de 1/1; divide-se o pó em duas partes e aglutina cada parte ao líquido por 10-15s, totalizando 20-30s. Com um microbrush, passar apenas nas paredes da cavidade.
*Deve-se fazer a proteção do material ou utilizar vaselina pois o ionômero pode sofrer sinérise ou embebição.
Aula 8 - Amálgama
O material deve ser compactado na cavidade, que deve ter uma conformação autorretentiva de formato trapezoidal, sendo a parte superior menor que a base inferior, já que não há adesivo para fazer restauração de amálgama. Quando o material toma presa ele não sai da cavidade por conta do formato desta. 
Comparando o amálgama e a resina, verificamos que o amálgama é de ótima qualidade pois dura bastante tempo (entre 15-25 anos), seu custo é menor, o manuseio é mais fácil e a restauração é feita mais rapidamente (já que a resina é feita por partes e vagarosamente demorando quase 1h para ser feita). Além disso a técnica é bastante simples. O grande problema do amálgama é a estética; além disso o amálgama deve ser feito em uma espessura de acima de 2 mm, pois se for de menor espessura, pode fraturar; outra negatividade é o efeito de corrosão que os metais apresentam. Os amálgamas servem para restaurações classe I (oclusão), classe II (ocluso-proximal e reconstruções dentárias) classe V (na vestibular próximo a região cervical). 
Núcleo de preenchimento: após o tratamento endodôntico, o elemento quebrou na face lingual; foi retirado todo o amálgama velho, que tinha o formato de um pino (perfurações na dentina onde o amálgama penetrava) para aumentar a adesão mecânica; a reconstrução é externa e o núcleo de preenchimento é interno.
O Amálgama é uma massa plástica composta de vários metais misturados com mercúrio. Isso aumenta a resistência e a corrosão. 
Para formar o amálgama tem-se basicamente a prata e o estanho misturados com mercúrio;
Especificação do amálgama (limalha):
Prata 65% mín.
Estanho 25% mín.
Cobre 6%máx
Zinco 1 máx (durante a fundição da liga, evita que haja oxidação dos metais)
Mercúrio 3% Max (lavagem para retirar impurezas)
Para unir esses três principais metais (formar o lingote) ocorre fundição, cozimento e trituração e tensões induzidas ficam implícitas no material, que precisa passar por um recozimento para liberar essas tensões que poderiam ser prejudiciais à polpa. É necessário fazer tratamento ácido para tornar as partículas mais reativas ao mercúrio, possibilitando a dissolução da liga no mercúrio.
As partículas irregulares de limalha conferem maior resistência à condensação (compactação na cavidade) e o polimento, que deve ser feito para evitar colonização do biofilme bacteriano e a corrosão, é pior (material fica fosco).
O aumento do cobre diminui a corrosão;
Partículas esféricas conferem maior resistência à compressão, já que as partículas esféricas estão mais próximas do que as partículas irregulares de limalha;
 A fase dispersa, que contém tanto a limalha quanto as partículas esféricas, é mais resistente e menos corrosiva (quantidade maior de cobre).
A quantidade grande de cobre, acima de 6% diminui o processo de corrosão e aumenta a longevidade da restauração; A corrosão é menor nos tipos esferoidal e mista.
Classificação do amálgama em relação à forma da partícula:
Primária – moagem; quantidade pequena (< 6% de cobre)
Esferoidal – atomização; quantidade maior (>6% de cobre)
Mista – mistura da primária com a esferoidal
Classificação com relação à quantidade de cobre:
Liga convencional – baixa quantidade de cobre (< 6% de cobre);
Liga de fase dispersa – mista – alta quantidade de cobre;
Liga de fase única – esferoidal – porque aumentou a quantidade de cobre na convencional e, através da atomização, transformou em
esferoidal;
Fases:
γ (GAMA) – parte do estanho (Sn) e da prata (Ag) que não se dissolveram - (mais resistente – confere resistência inicial ao amálgama, devido às partículas que não se dissolveram; o amálgama toma presa após 24h)
γ1 – a prata (Ag) foi dissolvida e uniu-se ao mercúrio (Hg)
γ2 – o estanho (Sn) foi dissolvido e uniu-se ao mercúrio (Hg) – (mais fraca- baixa quantidade de cobre – indesejável – maior fratura, maior corrosão, menor resistência, longevidade do material prejudicada)
Para acabar com a fase γ2, aumenta-se o cobre (> 6%). Entretanto a fase y2 não é eliminada logo de início; o mercúrio da fase y2 une-se a prata restante (íon livre) e forma mais γ1, deixando o estanho; o estanho, então, se liga ao cobre (íon livre) formando uma nova fase cristalina, chamada fase η (ETA) quando a liga é do tipo mista ou ε (ÉPSILON) quando a liga é do tipo esférica; A fase y2 então deixa de existir. A fase η/ ε possui uma resistência mecânica alta.
Efeito do alto teor de cobre: aumenta a resistência, diminui a corrosão e diminui o creep ou escoamento.
O amálgama torna-se rígido a partir de 24h, por isso o polimento só é feito após esse tempo; esse material também apresenta baixa resistência à tração e flexão, por isso o amálgama não pode ter espessura menor do que 2 mm na borda. Isso significa que, em cavidades rasas, é contraindicada a utilização do amálgama, sendo preferível a confecção da restauração de resina, sob risco de fraturar o amálgama. O Hollemback deve estar posicionado na mesma inclinação das cúspides para remover só o excesso do material restaurador. Se o Hollemback for inclinado para dentro, pode remover mais do que o necessário, deixando a borda com menos de 2 mm.
 Ainda assim fica uma margem ou espaço entre a restauração e o dente. Com o passar do tempo os óxidos da corrosão da borda a restauração preenchem a região de interface dente-restauração, vedando as margens e fissuras existentes. Essa é a única situação em que a corrosão tem um efeito benéfico.
Após um tempo de esforço mastigatório, as bordas da restauração se levantam. É importante usar ligas com alto teor de cobre para evitar o creep/escoamento. 
Diferença entre manchamento e corrosão é que, o primeiro, é superficial; basta polir e volta a ficar como era antes.
Em ligas que apresentam zinco na sua composição, deve-se fazer a restauração com isolamento e com o máximo de cuidado para que não haja contaminação por umidade; isso pode causar expansão tardia do amálgama, pois ocorre uma reação que gera gás de Hidrogênio (H2); este gás tende a expandir e gerar pressão, causando dor.
As principais causas de falha nas restaurações de amálgama:
Qualidade do material;
Má indicação (cavidades rasas, paredes fragilizadas)
Iatrogenia (usar o material ou equipamento de forma errada causando dano ao paciente)
Qualidades do amálgama:
Resistência e durabilidade;
Preço;
Manuseio fácil e rápido.
Aula 9 (2ª aula prática)
O amálgama é composto de mercúrio e limalha (prata estanho cobre e zinco) nessa ordem de importância e quantidade;
Pode se apresentar de três tipos:
Limalha (utilizam-se condensadores menores, pois é preciso mais força para compactar)
Esférica (pode utiliza compactador maior, pois não há necessidade de tanta força para compactar, já que a adaptação é muito boa)
Mista (utilizam-se condensadores menores, para compactar a limalha que está misturada)
Obs: quanto menor a ponta do condensador, maior a tensão que será exercida, sem variar a força.
Obs: Lembrando que o cobre acaba com a fase y2, que é responsável pela corrosão, desgaste e diminuição de resistência, favorecendo a microinfiltração e cárie secundária.
Pode ser encontrada:
a liga e o mercúrio separados, sendo necessário dosá-los (balança de Trendall - no caso da esferoidal ou mista, coloca-se menos mercúrio, sendo 4 partes de mercúrio para 5 de esférica ou mista; a limalha é 1/1 de mercúrio) 
Obs: Quanto maior a quantidade de mercúrio maior o tempo de presa e de trabalho; as ligas do tipo limalha precisam de mais mercúrio e aumentam a variável do trabalho humano quando feito de forma manual (não dosada); o excesso de mercúrio era retirado “espremendo” com um lençol de camurça.
em cápsula (pré-dosado) que não permite alteração do tempo de trabalho; O processo de trituração (dissolvição da prata e do estanho no mercúrio) é feito pelos aparelhos amalgamadores e tem como finalidade remover a camada de óxido que recobre as partículas da liga, como se fosse uma casca, que impede a interação dos componentes da liga. As sobras do amálgama são postas num frasco com água e são descartados como lixo contaminante; a variável humana é diminuída, implicando apenas no tempo de trabalho relativo à compactação do amálgama na cavidade e sua escultura; o tempo da cápsula no amalgamador (tempo de trituração) é de 8 a 10s; essas alterações implicam na alteração e comprometimento do material. A característica ideal é de superfície brilhante e compacta, parecida com um bloquinho de prata;
se errar o tempo para mais (supertrituração)o material apresenta um brilho muito grande, muito plástico e o tempo de trabalho será bom mas o creep (deformação PLÁSTICA) vai estar aumentado, abrindo uma borda alta na restauração. A resistência e deformação são adequados, mas a corrosão é bem maior. 
se errar para menos (subtrituração) material fica poroso e opaco, como se tivesse mais pó do que líquido; esse material na cavidade pode ser deteriorado, pode apresentar expansão, aumento da degradação marginal e aumento da corrosão; 
O amálgama não apresenta adesão, por isso após ser inserido com o porta amálgama, precisa ser compactado/condensado dentro da cavidade (condensadores de Ward I e II), a qual será conformada de acordo (base superior mais estreita do que a inferior). Pode ser necessário utilizar o porta-matriz e a cunha de madeira que faz uma constrição cervical. A quantidade de amálgama chega a ser suficiente quando ultrapassa um pouquinho as bordas do dente. 
Após preencher toda a cavidade, faz-se a brunidura para escultura, dando uma forma prévia , retirando o mercúrio residual das bordas da restauração, diminuindo a porosidade do amálgama, obtendo uma superfície mais lisa e melhorando a adaptação marginal; é preciso fazer força e ir de encontro às bordas (da fissura para as bordas).
Em seguida o amálgama deve ser imediatamente esculpido com o Hollemback inclinado na direção das cúspides; 
Depois faz-se a brunidura pós escultura, com menos vigor, que pretende diminuir a porosidade do amálgama, obter uma superfície bem lisa e melhorar a adaptação marginal; só após 24 h que se faz o acabamento e polimento; 
Obs: a fase responsável pela resistência do amálgama nas primeiras 24h é a fase y (partículas que não reagiram).
Aula 10 - Sistemas adesivos
Antes do surgimento dos sistemas adesivos, as restaurações eram feitas com amálgama, que é um material sem adesão à estrutura dentária. Sua adesão é feita mecanicamente, conformando a cavidade para reter o amálgama, retirando, por vezes, muita estrutura dentária sadia.
Adesivo: promove a adesão (união de substratos diferentes – hidroxiapatita e colágeno com o polímero) Ex: adesivo de cianoacrilato 
Os adesivos são indicados para proteção do complexo dentinopulpar pois atuam como selantes.
Materiais protetores do complexo dentinopulpar classificam-se:
Forramento
Bases
Selantes (vernizes cavitários e adesivos selantes)
Os princípios básicos para que ocorra a adesão são a viscosidade, capacidade de molhamento e a morfologia do substrato. O esmalte possui 80% de hidroxiapatita, 10% de água e 2% de fibras colágenas. A dentina tem 50% de material inorgânico (hidroxiapatitas) 25% de água e 25% de material orgânico (fibras colágenas). Como eles possuem composições diferentes, é necessário que utilizemos formas de adesões diferentes em cada um. O ácido fosfórico, por exemplo, é aplicado por mais tempo no esmalte do que na dentina, já que o esmalte é mais mineralizado. Após fazer o
preparo cavitário, forma-se a smear-layer (lama dentinária) que pode obstruir os túbulos (smear-plug) e dificultar a penetração do adesivo no túbulo dentinário. A smear-layer é facilmente removida e desmineralizada pelos ácidos.
Classificação dos adesivos:
Técnica do Condicionamento Ácido Total (Técnica Úmida) – dividida em 3 ou 2 etapas:
Aplicação do ácido fosfórico a 37% (no esmalte por 30s e na dentina por 15s);
Aplicação do primer; fotopolimerizar por 15-20s.
Aplicação do adesivo;
OU
Aplicação do ácido fosfórico;
Aplicação do primer/adesivo que vêm no mesmo frasco; (1 camada - jato de ar -1 camada – fotopolimerizar por 15-20s.); podem ficar fibras colágenas sem suporte do adesivo, degradando o material e causando sensibilidade pós-operatória, por isso criou-se o sistema autocondicionante.
Obs: A técnica úmida sempre preconiza aplicação ácida prévia.
Técnica Autocondicionante (infiltração de monômeros ácidos que não degradam, apenas desorganizam a smear-layer)
Não tem aplicação prévia do ácido fosfórico;
Aplicação do primer acidulado (contém ácido na sua formulação); necessário esfregar por 20s e depois dar um leve jato de ar; 
Aplicação do adesivo; fotopolimerizar!
OU
Aplicação do ácido/primer/adesivo que vêm em um único frasco; fotopolimerizar por 15-20s! - como não retira o smear-layer, acaba tendo uma resistência de união menor.
Os materiais restauradores são hidrofóbicos, o que dificulta a adesão, já que as estruturas dentárias contém água em sua composição. Buonocore idealizou a utilização do ácido para confeccionar restaurações, aumentando a porosidade a partir da desmineralização seletiva dos prismas de esmalte; Fusayama aperfeiçoou e preconizou a aplicação do ácido fosfórico que remove conteúdo mineral, promovendo irregularidades (TAGS) no subtrato dental, conferindo retenção mecânica, pois aumenta a energia de superfície e favorece o molhamento. O ácido contém sílica como espessante, que lhe confere forma de gel. 	
Ataque ácido consiste em, depois de isolar o substrato dental, aplicar o ácido no esmalte e, após 15 segundos, aplicar na dentina por 15s, totalizando os 30s do esmalte. Lava-se por 20s e retira-se o excesso de umidade com bolinhas de algodão ou cones de papel (não se utiliza jato de ar para secar, pois pode ocorrer colabamento das fibras colágenas). No esmalte, o ácido remove o conteúdo mineral, formando os TAGS. Na dentina, o ácido remove a smear-layer, desobstrui os túbulos dentinários e expõe as fibras colágenas. 
 Aplica-se, então o primer, que tem um lado hidrofílico, que penetra na dentina, e um lado hidrofóbico, que virá a se unir ao adesivo. Na composição do primer há um solvente (álcool, água ou acetona) que volatiliza (após um pequeno jato de ar da seringa tríplice) levando água com ele, permitindo que o adesivo penetre e impedindo o colapso das fibras colágenas. Se houver ressecamento, deve-se hidratar ou utilizar um primer com solvente. Após isso, aplica-se o adesivo que penetra nos túbulos dentinários, formando a camada híbrida. Dá-se outro leve jato de ar e polimeriza-se. 
Acido + primer + adesivo = camada híbrida
Excesso de água – adesivo perde suas propriedades.
Ressecamento – colabamento das fibras colágenas, que estão desmineralizadas pela ação do ácido e sustentadas apenas por água.
Aula 11 – Resina Composta
É um compósito odontológico (mistura de 2 ou mais componente com uma interface de união); é composta por matriz orgânica, agente de união e partículas de carga. O primeiro material a ser utilizado com essa finalidade foi o Cimento de Silicato, que é um material muito solúvel e não muito durável. Em seguida passou a ser utilizada a Resina acrílica, um polímero (metilmetacrilato que se transforma em polimetilmetacrilato) que sofria grande contração e favorecia o aparecimento de fissuras, durante a polimerização, além de um aquecimento que poderia levar à injúria pulpar. Em seguida surgiu a resina epóxia, que sofria menos contração, mas demorava muito para polimerizar. Em 1962 foi idealizado um monômero de Bis GMA que é hoje utilizado como monômero básico das resinas compostas (matriz orgânica a base de monômero, partículas de carga e o Silano como agente de união). Todo monômero, quando passa pelo processo de polimerização, passa por certo grau de contração, que tende a ser resultado da aproximação dos monômeros. Para reduzir isso, utilizaram-se monômeros maiores. 
Para ocorrer a polimerização é preciso que haja um agente iniciador (peróxido de benzoíla ou canforoquinona) que sofre aça de um agente ativador. Esse agente ativador quebra o agente iniciador em dois radicais livres. Quando ocorre essa quebra o agente iniciador vai se aproximar do monômero, que tem uma ligação insaturada fraca; esta ligação é quebrada pelo agente iniciador e o monômero fica livre para ligar-se com outro monômero vizinho, iniciando a reação da cadeia polimérica.
								Radical livre		→	Monômeros
Agente ativador	 →	Agente Iniciador	→						↕
			 (Canforoquinona)		Radical livre		→	Monômeros
O peso molecular do metilmetacrilato é bem menor do que o Bis GMA. A preferência pelo Bis GMA (que é uma molécula grande) deve-se à menor contração do material relacionada aos espaços menores que ficam entre uma molécula e outra quando estas são grandes. Hoje, além do Bis GMA (alto peso molecular) e do metilmetacrilato (baixo peso molecular), também temos como matriz o UDMA (alto peso molecular) e o TEGDMA (baixo peso molecular)..
O Bis GMA tem como vantagem alto peso molecular, possui redução na contração de polimerização, menor volatilidade e produz menor calor durante a polimerização. As desvantagens são a alta viscosidade e a pouca mobilidade (não permite implementação de carga que aumentaria sua resistência), tornando a resina composta pouco resistente às cargas mastigatórias. A pouca mobilidade também implica em monômeros que não conseguem se ligar a cadeia polimérica e o que resolve esse problema é a mistura de monômeros diluentes/de baixo peso molecular (metilmetacrilato e TEGDMA) à matriz de alto peso molecular (UDMA e Bis GMA), o que aumenta a adesão e a reação cruzada, implicando numa maior resistência.
Atualmente a maioria das matrizes orgânicas de resina é composta pelos monômeros Bis GMA (alto peso molecular) e a TEGDMA (baixo peso molecular).
A resina é composta por:
Agente ativador (resinas autopolimerizáveis) - forma radicais livres que colidem com os monômeros abrindo as cadeias das duplas ligações dos monômeros.
Agente inibidor – impede que os monômeros reajam dentro do frasco;
Agente iniciador - inicia o processo de polimerização;
Matriz orgânica – a matriz orgânica básica de uma resina composta é formada pelos monômeros (Bis GMA, TEGDMA, UDMA e metilmetacrilato).
Agente de união (Silano);
Partículas inorgânicas (partículas pequenas que tem a finalidade de melhorar as propriedades físicas, químicas e mecânicas). Essas partículas de carga podem ser de vários materiais; hoje em dia as não-partículas são mais utilizadas. A função da carga é aumentar a resistência do material, diminuir a contração de polimerização, diminuir a expansão térmica, diminuir a absorção de água, aumentar a resistência mecânica. Além disso essa carga deve ter radiopacidade e possuir índice de refração próximo ao do substrato dental.
Obs: diminuição da contração de polimerização, diminuição da expansão térmica, diminuição da absorção de água ocorre devido à presença da matriz.
Essas cargas podem ter uma composição diversa que influencia na consistência do material, na lisura da superfície, nas propriedades de resistência à fratura, fadiga e desgaste da resina composta. Essas partículas de carga não podem ficar soltas na matriz, pois podem ser deslocadas da mesma. Para isso utiliza-se o Silano, que impede o deslocamento da carga e a penetração de água na interface matriz-carga, absorve as tensões e aumenta a resistência mecânica, além de promover efetiva adesão da matriz (monômeros) à carga, estabilizando, hidroliticamente, o material
e melhorando suas qualidades. 
Se a resina for autopolimerizável a ativação é química
Se a resina for termo ou fotopolimerizável, a ativação é física.
Resina autopolimerizável Pasta-pasta: iniciador com ativador (inicia a polimerização ao se misturar) 
Sistema de única pasta: utiliza-se luz com comprimento de onda em 468 nanômetros (para que se possa ativar a canforoquinona), o agente inibidor é a hidroquinona e o agente iniciador é a canforoquinona (não é utilizada para dentes clareados)
Composição da resina composta: matriz orgânica (monômeros), Silano, partículas de carga, inibidor, ativador, iniciador (canforoquinona) e luz a 468 nm;
Dependendo do tamanho das partículas (macroparticuladas, microparticuladas, partículas pequenas e nanoparticuladas) é que se faz a restauração no lugar apropriado.
Macroparticuladas: rugosidade superficial, mas com boa resistência – dentes posteriores;
Microparticuladas (0,04): mais lisa, mas resistência inferior – dentes anteriores;
Partículas pequenas: melhoria nas propriedades físicas e mecânicas, melhor lisura superficial e menor desgaste – para cervicais de molares;
Nanoparticuladas: boa resistência e boa lisura superficial.
Híbridas: boa resistência e boa estética (mas não chega a ser melhor do que as microparticuladas);
Outras:
Resinas de baixa viscosidade (Flow): possui mais monômero diluente/baixo peso molecular com pouca quantidade de carga – para cervicais e proteção do substrato dental;
Resinas de alta viscosidade (condensadas): Bis GMA em maior quantidade;
O adesivo gera força que tende a aderir à resina composta e esta última, por sua vez, tenta unir-se entre si devido a polimerização. Isso cria tensões que podem culminar em fratura da camada híbrida, causando sensibilidade pós operatória, além de microinfiltrações e cáries secundárias. Para minimizar essas tensões o fator C (fator de configuração geométrica da cavidade) deve ser o menor possível. Fator C= área total aderida/ área total não aderida
Ex: Cavidade classe I em oclusal de molar, onde 5 paredes estão aderidas, o fator C é alto (5/1= 5). Para diminuir o fator C utiliza-se a técnica de aplicação por camadas, que consegue controlar o fator C. O incremento deve ser de 2 mm, que é a profundidade que a luz consegue penetrar para fotoativar o material. Lembrar de sempre fotoativar durante 40 s cada incremento de resina.
Aula 12 - Gesso
Para trabalhos indiretos utiliza-se o modelo ou molde positivo tridimensional que é feito a partir de uma impressão negativa no material de moldagem utilizado sobre as moldeiras. O gesso é um mineral extraído de jazidas que passa por um processo de trituração e purificação. Originalmente a substância que o compõe é o sulfato de cálcio diidratado que, quando bruto, é chamado de gipsita. Na condição de Gipsita esse material tem baixa resistência ao desgaste e uma baixa dureza. Para ser comercializado o gesso sofre uma desidratação por aquecimento, sobrando apenas o pó; este pó é o próprio gesso e, quando necessário, adiciona-se água, transformando-o novamente em gipsita, que é o material formado depois de endurecido o molde.
Partícula β hemidratado (gesso comum ou gesso Paris – Tipo II) – gipsita é colocada em caldeira a céu aberto; joga a gipsita dentro de um recipiente, aquece, a água é perdida e o material restante é triturado e transformado em pó; menos resistente (9 MPa -megapascal); partículas porosas, pequenas e irregulares; serve para fazer modelo de estudo. Proporção água/pó de 1:2.
Partícula α hemidratado (gesso pedra – Tipo III) – Coloca-se a gipsita na autoclave (pressão e temperatura); partículas mais regulares, cilíndricas, necessitando menos água. serve para fazer modelo de estudo. Proporção água/pó de 1:3.
α hemidratado modificado (gesso especial de alta resistência – Tipo IV) – Coloca-se a gipsita na autoclave com adição de dois sais: o cloreto de cálcio e o cloreto de magnésio. mais resistente; forma de partículas mais densas, necessitando menos água para manipulá-lo; copia melhor os detalhes; serve para modelos de prótese parcial removível/ fixa e prótese total. Proporção água/pó de 1:5.
(Gesso de alta resistência e alta expansão – Tipo V) – para confecção de troqueis de ligas metálicas com contração de solidificação bastante alta, como no caso de próteses metalocerâmicas. A expansão pode ser compensatória (compensa a contração da liga metálica) ou prejudicial ao encaixe da prótese. Copia melhor os detalhes; Proporção água/pó de 1:5.
Quanto maior a quantidade de água, menor a resistência;
Reação de presa: envolve reação exotérmica após a adição da água, pois para transformar a gipsita em gesso ela precisou ser aquecida, internalizando esse calor. Entre 30 e 45 min ocorre o tempo de presa. Quando o gesso liberar calor e esfriar, já está no tempo de presa. Essa reação de presa é na verdade uma união intercristalina.
Influenciam na reação de presa: tipos de partículas (tipo II expande mais e tipo IV e V expande menos); relação água/pó; tempo e velocidade de manipulação, temperatura da água (quanto mais fria, maior o tempo de presa - retardador); adição de sal (raspas de gesso já cristalizado e/ou cloreto de sódio, por exemplo - aceleradores)
Tempo de espatulação: a partir do momento que põe o pó na água, 1min;
Tempo de trabalho: aprox. 3 min
Tempo de presa: 30-50 min, para todos os tipos de gesso. Pode variar dependendo da temperatura ambiente.
Expansão higroscópica: o gesso pode expandir mais ainda devido à umidade presente no modelo, inchando a estrutura dos cristais. O modelo fica maior do que o tamanho real da boca do paciente.
Manipulação: o gesso deve ser pesado (100g) e a água, medida (30 ml). SEMPRE NESSA PROPORÇÃO. Por exemplo, se eu quiser utilizar 50g de gesso, devo manipular com 15 ml de água e assim por diante. Por a água e em seguida o pó, por partes, na cubeta (evitando que se formem granulações). Na hora de aplicar o gesso no molde, deve-se fazê-lo sob vibração para retirar as bolhas de ar que entraram no material durante a manipulação.
Aula 13 (3ª aula prática) – Resina
Exposição pulpar acidental – tratamento expectante = formar barreira dentinária para só depois fazer a restauração. Não se utiliza fosfato de zinco para esse fim por ser um material ácido.
Aplicar o ácido fosfórico no esmalte e, quando completar 15s, aplicar também na dentina, e deixar mais 15s, totalizando os 30s do esmalte. Lavar e secar. Obs: não secar com jato de ar para não colabar as firas colágenas.
Aplicar o primer/adesivo com o microbrush na cavidade. Fotopolimerizar por 15-20s.
Aplicar a resina com a espátula 1 numa camada inclinada em 1 parede ou no máximo duas paredes (lateral e de fundo) para diminuir o fator de contração. Preenche-se no sentido inclinado alternando a direção (inclinado para a esquerda e para a direita) até a oclusal. Fotopolimerizar com luz a 468nm (agente ativador) por 40s a cada incorporação de resina. Esculpir antes de polimerizar!
Cavidade rasa: material para selamento (sistemas adesivo);
Cavidade média: em alguns casos, pode-se utilizar só o forramento;
Dentes anteriores com cavidade média:
2º Selamento
1º Forramento
Dentes posteriores com cavidade média:
2º Base
1º Forramento
Cavidade profunda: 1º forramento, 2º base e 3º selamento para poder aderir o material restaurador.
Aula 14 – Alginato
A finalidade dos materiais de moldagem é registrar e reproduzir uma forma e uma relação entre os dentes e os tecidos orais de pacientes edêntulos ou não. O objetivo da moldagem seria copiar os elementos dentários, o processo alveolar e a área de retromolar, área de incisura pterigomandibular, reproduzindo detalhadamente, sem bolha e distorções. As moldeiras são recipientes de tamanho e forma adequada para levar o material de moldagem até a boca do paciente de forma que fique adaptada até o material tomar presa. Deve-se observar que a moldeira é escolhida por tentativa de prova e pode haver necessidade de adaptá-la para que ela fique centralizada e alcance toda
a arcada, de forma que as paredes do modelo não fiquem muito finas, etc. As moldeiras podem ser de aço, de alumínio ou de plástico e o material de moldagem deve ter gosto e cheiro agradáveis. Além disso, após tomar a presa, o material deve se tornar elástico para que possa ser removido; deve ser resistente mesmo com pouca espessura e estabilidade funcional (não se altere com o tempo). Os materiais inelásticos são utilizados em pacientes edêntulos.
Os materiais hidrocolóides irreversíveis – alginato - atingem uma consistência irreversível após a manipulação. Pode ser colorido e esse pigmento ajuda a perceber o processo de geleificação (presa) que ocorre após misturar com água e manipular o material. No alginato também há desinfetantes (clorhexidina).
O tempo de presa é de 3 a 4,5 min; atualmente tem-se também o alginato Dust free (livre de poeira);
Influenciam no tempo de presa: proporção pó/líquido; temperatura da água (gelada aumenta o tempo de presa).
Quanto mais retentiva for a região que se quer moldar, maior será a deformação ou rasgamento. Não se pode fazer movimentos de lateralidade ou torção. Para evitar o rasgamento pode-se aumentar o intervalo da remoção do molde. Deve-se vazar o molde assim que este for removido.
Esse material não pode ser utilizado quando se pretende uma alta precisão e está sujeito à sinérise (pode diminuir de tamanho quando perder água para o meio ambiente) e embebição (ganho de água ou enchimento). Por isso deve-se vazar imediatamente. Para controlar essa perda ou ganho de água deve-se deixar o molde úmido (não encharcado), envolto por toalhas úmidas ou esponjas úmidas dentro de um recipiente fechado, estendendo o tempo para vazar o material em até 1 hora.
Manipulação: coloca-se primeiro a água e depois incorpora o pó. Não se deve compactar o pó com a espátula ou comprimir contra a parede; o correto é fazer uma medida rasa. Fazer a manipulação primeiro vagarosamente e depois comprimir próximo às paredes da cubeta (promovendo a retirada do ar que foi incorporado durante a manipulação). Os materiais de presa rápida são manipulados em 45 s e os de presa lenta em 60 s (quanto mais quente, menor o tempo de presa). Preenche-se a moldeira até a borda com material e posiciona na boca do paciente, de forma que fique centralizada. Antes de vazar o gesso pode-se lavar com água de gesso o molde, e desinfetar o modelo para que não haja infecção cruzada (imersão em hipoclorito a 2% ou borrifar hipoclorito sobre esse molde e deixar embrulhado por um período de 10 min).
Lavar e secar. Só então vazar o gesso sob vibração para tirar bolhas. Deve-se esperar entre 40-50 min para remover o gesso do molde.
Vantagens:
Não precisa secar exageradamente;
Remoção fácil;
Sabor agradável;
Hidrofílico;
Baixo custo;
Vida útil longa.
Desvantagens:
Menos preciso;
Rugoso;
Rasga-se facilmente;
O vazamento deve ser imediato.
Pode retardar a presa do gesso caso demore muito para retirar o molde.
Aula 15 – Alginato e Gesso (Prática) - Rever a aula teórica Tá tudo lá!
Aula 16 – Godiva e Pasta Zinco Eugenólica
Godiva
O Gesso Paris (tipo I) era utilizado como material de moldagem mas isso não era vantajoso pois não copiava bem os detalhes e poderia quebrar devido às áreas retentivas. As ceras também serviram como material de moldagem, mas elas não possuem boa resistência à deformação. Até borracha vulcanizada foi utilizada para moldagem. Só depois surgiu a Godiva como alternativa de moldagem.
A godiva em placa é utilizada para moldar pacientes desdentados totais, que apresentam poucas áreas retentivas. Dependendo do tipo de trabalho, talvez seja necessário fazer uma segunda moldagem para conseguir maiores detalhes (individualizar a moldeira), o que é uma desvantagem. Outra desvantagem é o fato de que para se aquecer (vai quente à boca e incomoda) as godivas em placa é necessário utilizar o plastificador de godiva, que pode ser um meio de contaminação cruzada, já que não dá para se ter um aparelho para cada paciente. A godiva, entretanto pode ser reutilizada (no mesmo paciente). Por causa dessas desvantagens, utilizamos mais o alginato.
Os bastões de godiva são utilizados para fazer adaptações nos grampos de isolamento absoluto.
Composição da godiva:
Goma laca – plasticidade a 45º C
Ceras – plasticidade
Lubrificantes e plastificantes como os ácidos esteáricos – plástico
Agentes de carga – resistência
Pigmentos
Mecanismo de presa
Placa (maior área) – Plastificadora
Bastão – chama da lamparina
O aquecimento e o resfriamento não acontecem na mesma proporção, devendo-se respeitar um determinado tempo para se retirar o molde para não quebrá-lo.
Começa a ficar rígida a 37º C, que é a temperatura da boca.
Propriedades
Escoamento: propriedade de o material se espalhar.
Tipo I: godiva em placa (85% de escoamento a 45º C e menos de 6% a 37º C) 
Tipo II: godiva em bastão (escoa menos)
Condutividade térmica: condutividade boa (a temperatura tem que plastificar a godiva de forma uniforme; já com os bastões deve-se ter o cuidado para não queimá-los e modificar suas propriedades plásticas).
Apresentações no mercado e função.
Godiva em lâmina: base de prova total (não é mais tão utilizada; substituída pela resina).
Godiva em placas: moldagem completa de desdentados em moldeiras metálicas (moldagem primária/anatômica).
Godiva em bastão: moldagem funcional (moldeira individual) em prótese total, posicionamento de fragmentos dentários, posicionamento e retenção de grampos metálicos para isolamento, moldagem de preparos para confecção de troqueis.
Obs: após obtenção do molde inicial (moldagem primária), vaza-se com o gesso tipo II ou tipo III. Só então a partir desse modelo de estudo faz-se a moldeira individual de acrílico. Essa moldeira de acrílico precisa ser vedada/ selada perifericamente com o bastão de godiva. Vai cair na prova! 
Pasta Zinco Eugenólica
Muito utilizada em prótese total, mas passou a ser substituída pelos elastômeros. Utilizada para moldagens em bocas de desdentados totais com o mínimo de retenção. Também é utilizada como cimento cirúrgico e registro de mordida para montar no articulador.
Composição
Pasta base: óxido de zinco e óleos (vegetal ou mineral – neutraliza a ardência do eugenol).
Pasta catalizadora: óleo de cravo (eugenol), goma ou resina polimerizada, carga, etc.
Coloca-se sobre a placa de vidro vaselinada o mesmo comprimento das duas pastas. Alguns pacientes tem alergia ao Eugenol, podendo ser utilizado pastas que contenham EBA na sua composição ao invés do Eugenol.
Escoamento
Muito fluida no início, depois vai ficando mais consistente. Após a presa, contrai muito pouco ou nada e não sofre sinérise ou embebição.
Tempo de presa e de trabalho
Espatulação rigorosa com espátula 36 com duração de até um min. Tem que apresentar cor uniforme (homogeneização correta). O tempo de presa pode variar devido a temperatura ambiente (15min) ou a temperatura bucal (presa rápida – 4 a 5 min). Se a placa e/ou a pasta for resfriada, aumenta-se o tempo de presa. Se a placa formar gotículas por condensação, essa água pode acelerar o tempo de presa.
A proporção das pastas também influencia. Quanto menos pasta catalizadora, maior o tempo de presa, mas isso pode levar a uma falha no molde. Uma manipulação muito prolongada também diminui o tempo de presa.
Aula 17 - Materiais para moldagem - ELASTÔMEROS
Materias elásticos: podem ser removidos de áreas retentivas 
Elastômeros
Polissulfetos ou mercaptanas
Poliéter
Silicone de condensação
Silicone por adição.
Hidrocolóides
Reversível – Ágar
Irreversível - Alginato
Materiais anelásticos
Godiva
Pasta Zinco Enólica
Gesso tipo I
A godiva e a pasta Zinco Enólica serve para moldar pacientes desdentados totais para fabricar prótese total. Já os hidrocolóides (alginato) têm baixa estabilidade dimensional e pode alterar o modelo. Por isso temos os elastômeros, que é um grupo de materiais de moldagem a base de polímeros. 
Materiais Elastoméricos (diferentes
consistências)
Polissulfetos ou Mercaptanas (pasta base e pasta catalisadora) – têm esse nome devido à presença do grupamento mercaptana (SH) na sua cadeia polimérica. Quanto mais quantidade da carga, mais viscoso é o material. Na pasta base tem o polímero de polissulfeto e a carga. Na pasta catalisadora tem o Peróxido de chumbo, que é o agente ativador. Quando a reação de polimerização termina ocorre a liberação de óxido de chumbo e água (subprodutos), fazendo com que o material perca estabilidade dimensional. A manipulação é feita em placa de vidro, com espátula 24 ou 36. Coloca-se comprimentos iguais das duas pastas. Homogeneizar. Toma presa em 12 min. Tempo de manipulação 75 s. Tempo de permanência da boca 6 min a 10 min. A presença de água aumenta a velocidade da reação. Se a placa estive umedecida, também. A reação de presa é sensível à temperatura, sendo necessário armazenar as pastas e a placa sob refrigeração. O vazamento do molde deve ser imediato, já que o material tem baixa estabilidade dimensional, devido aos seus subprodutos. Lembrar que durante a lavagem e desinfecção esse material pode sofrer embebição. Possui ótima resistência ao rasgamento, baixo custo, longo tempo de trabalho, boa reprodução de detalhes; em contraposto tem odor desagradável, baixa estabilidade dimensional, recuperação elástica lenta (após remover o molde de uma constrição pode haver deformação comprometedora), possibilidade de manchar roupa, imediatismo para vazar o molde e impossibilidade de obter mais de um modelo a partir de um único molde.
Poliéter (pasta base e pasta catalisadora) – primeiro a ser desenvolvido exclusivamente para a odontologia. Possui alta afinidade pela água, exigindo cuidado na hora da desinfecção, sob risco de embeber água do meio. A estabilidade dimensional do material é alta (não forma subprodutos), permitindo que seja possível vazar o molde até depois de uma semana. Manipular as pastas dispostas com mesmo comprimento. Homogeiniza por 45s. É de fácil manipulação, tem alta reprodução de detalhes e alta estabilidade dimensional, o tempo de presa é curto (4 min). Possui alto custo, alta hidrofilia (deve-se ter cuidado para que não haja embebição) e alta rigidez (podendo rasgar em áreas retentivas).
Silicone por condensação (denso, pasta base leve e pasta catalisadora) – possui silício na sua composição; a associação de material pesado e leve é feita porque o material leve confere maior detalhe em locais necessários, mas não tem tanta resistência e menos fluidez quanto o material denso (dupla impressão). Pode ter várias consistências: pesada, regular, leve ultra-leve. Na pasta base tem o óleo de metil siloxano e na pasta catalisadora tem o octolato de estanho, que é o ativador. Após a reação de polimerização ocorre a liberação de um subproduto: o álcool etílico. Isso confere baixa estabilidade dimensional, necessitando que se vaze imediatamente o molde. A manipulação do silicone denso é feita tirando uma parte da massa densa com a colher e colocar na palma da mão; de acordo com o fabricante, adicionar sobre a massa densa a pasta leve e a catalizadora. Manipula-se com os dedos. Obs: é recomendado que se lave a luva, pois o pó pode influenciar na reação. A pasta leve e a catalisadora são homogeinizadas sobre placa vaselinada com espátula 36. O tempo de manipulação é de 30 a 45s. Na boca o material pesado e o leve permanecem por 4 min e a reação de presa é sensível à temperatura. O tempo de trabalho e de presa são adequados, o odor é agradável, tem adequada resistência ao rasgamento, baixa rigidez, boa recuperação elástica, são hidrófobos (devendo-se secar a cavidade), não pode ser moldado mais de uma vez e deve ser vazado imediatamente (liberação do álcool etílico causa baixa estabilidade dimensional.
Silicone por adição ou Polivinilsiloxano (pasta base e pasta catalisadora) – Ao final da reação pode ou não haver liberação de gás de hidrogênio, por isso alguns fabricantes recomendam esperar até 30 min para vazar o gesso, embora a estabilidade dimensional seja preservada. Para ativar a pasta pesada, pega-se umaporção da pasta bas e e da pasta catalizadora com a colher dosadora e homogeiniza durante 45s. Ocorre inibição de polimerização por conta do pó da luva. As pastas de massa leve também são manipuladas da mesma forma que as outras, manipulação de comprimentos iguais das pastas por 45 s. Tempo de manipulação de 30 a 45s. Tempo de permanência na boca até 5 min, dependendo da temperatura da cavidade. O vazamento do gesso não precisa ser imediato, podendo ser feito até uma semana depois. Ë de fácil manipulação, Altamente preciso, excelente estabilidade dimensional, ótima recuperação elástica, tem resistência ao rasgamento, odor e gosto agradável, põem ser hidrófilos (podendo ocorrer embebição). Tem um alto custo.
Do melhor ao pior: Silicone por Adição, Poliéter, Silicone de Condensação e Polissulfeto.
Obs: Vazar os moldes elastoméricos com gesso tipo IV para obter o modelo de trabalho.
Aula 18 – Prática de Godiva e Pasta Zinco Enólica – Rever a aula teórica Tá tudo lá!
Aula 19 – Resina (Prótese)
A resina acrílica é um polímero odontológico plástico. Os monômeros se unem formando cadeias poliméricas. Essas cadeias se unem por ligações cruzadas. Essas ligações cruzadas conferem resistência e permitem a qualidade de plasticidade. Em excesso, essas ligações cruzadas podem deixar o material mais friável (quebra facilmente). O dibutil ftalato é um agente plastificador, pois impede o excesso dessas ligações cruzadas entre as cadeias poliméricas. E o agente de ligações cruzadas (que promove essas ligações) é o glicol metil metacrilato.
Comercialmente a resina acrílica apresenta-se como pó (polímero = metilmetacrilato, que funciona como carga) e líquido (metilmetacrilato puro e agente inibidor = hidroquinona). Essa composição do pó minimiza a contração da reação de polimerização. O agente iniciador é o Peróxido de Benzoíla. Possui corantes. 
Utilização da resina: prótese fixa, casquetes, moldeira individual, aparelho ortodôntico, coroas provisórias, próteses removíveis, placas interoclusais.
A polimerização pode acontecer por processo químico (autopolimerizável = amina terciária), fotopolimerizável (luz) e termopolimerizável (calor). 
					 ativa
Aquecimento/luz/amina terciária Agente iniciador radicais livres que quebram os monômeros; monômeros se ligam e formam os polímeros.
Enquanto se dá o processo de polimerização, ocorrem as fases clínicas:
Iniciação
Propagação (formação da cadeia polimérica)
Terminação (agente iniciador fecha a cadeia polimérica)
Estágios clínicos:
Arenoso (quase não tem reação química) massa fluida e áspera - ativação e indução
Fibrilar (formação das cadeias poliméricas) – pegajosa - propagação
Plástico - é possível dar forma à resina - propagação
Borrachóide – não aceita mais deformação – terminação
O material pode ser medido ou pesado (1 líq/3 pó)
Para manipulação utiliza-se espátula 31 para incorporar o pó ao líquido e o pote paladon para deixar reagir. 
Método para confeccionar prótese total:
Molda o paciente com a godiva/alginato.
Vaza com gesso tipo III = MODELO DE ESTUDO
Em cima do modelo, confecciona-se a moldeira individual;
Fazer selamento periférico com godiva em bastão;
Faz nova moldagem com pasta zinco enólica;
Vaza com gesso tipo IV = MODELO DE TRABALHO
Em cima desse modelo, fazer rolete de cera, levar à boca do paciente, marcar a linha mediana e montar os dentes;
Colocar a prótese de cera em cima do modelo de gesso;
Adaptar o modelo de gesso na base da mufla, preenchendo ao redor com gesso tipo III;
Colocar a contra-mufla, protegendo a parte da prótese, que será substituída por resina acrílica, com uma “muralha de silicone”; colocar mais gesso.
Fechar a mufla;
Depois de pronto (gesso tomou presa), abrir a mufla e retirar a cera;
Acrilizar os locais onde antes havia cera.
Fechar a mufla (excesso de resina vai extravasar);
Processo de polimerização (banho-maria de
12h, pressão ou microondas – esse último precisa de uma resina específica);
Ciclo de “Tucfel” modificado:
Água a 70º C por 1 h – ciclo inicial que impede a ebulição do monômero.
Aumenta a temperatura da água a 100º C e deixa por mais 30 min
Não se coloca direto na temperatura de 100 ºC porque pode formar bolhas.
Se o ciclo de polimerização for incorreto ou algumas áreas permanecerem muito espessas, pode ocorrer muita porosidade, que deixa a resina mais friável e sujeita à instalação de microorganismos na prótese.
As reações alérgicas acontecem porque alguns monômeros podem não entrar na cadeia polimérica (monômero residual); esse monômero é liberado nas primeiras horas em contato com a água. É necessário deixar a prótese pelo menos 17 h em recipiente com água para liberar esses monômeros.
Aula 20 – Prática de Resina
A moldeira individual é feita a partir do modelo de estudo (moldagem primária com gesso tipo III) e serve para fazer o modelo de trabalho (moldagem secundária com gesso especial); 
Confecção de moldeira individual: colocar cera 7 (1mm de espessura) dobrada ao meio nas extremidades da placa de vidro; isso servirá como espaçador para controlar a espessura da resina. Passar isolante Cel-lac sobre o modelo de gesso e vaselina sólida sobre as placas de vidro; Mensurar o líquido da resina e o pó e adicionar o pó ao líquido dentro do pote paladon; não misturar, apenas homogeneizar de forma que todo o pó fique molhado pelo líquido, facilitando a reação química que ocorrerá com o pote paladon fechado, já que o líquido é muito volátil. Quando a resina estiver entre a fase fibrilar e a plástica é que se deve por o material entre as placas e pressionar, deixando a resina na espessura de 2mm, favorável para que a moldeira não quebre. Acomodar a resina no modelo de estudo previamente isolado e adaptar com os dedos; fazer o cabo da moldeira individual com o excesso de resina. Ao tomar presa, o material aquece.
Confecção de coroa provisória: Adaptar a coroa de acetato (cortando o excedente), adicionar o líquido ao pó com um conta gotas até que todo o pó fique suficientemente molhado e colocar a resina dentro da coroa de acetato enquanto ainda está bem fluido o material. Esperar a resina perder um pouco o brilho (vai estar menos fluida) e adaptar a coroa no preparo. No momento em que começar a tomar presa, fazer movimentos de retirada para que a resina não entre em áreas retentivas da gengiva e de dentes vizinhos. Retirar a “forminha” e fazer acabamento e polimento da resina.
Aula 21 – Ceras
Finalidade das ceras odontológicas: base de provas de dentaduras e registro oclusal. VER MAIS
Composição: para adquirir resistência/plasticidade e maleabilidade as ceras podem ter compostos naturais ou sintéticos com adição de ingredientes orgânicos (utilizados na maioria das ceras).
Naturais: minerais (parafina petróleo, cera de Montana, ceresina), vegetais (carnaúba e cacau) animais (cera de abelha e espermacete).
Sintéticas: gomas, gorduras e resinas com agentes modificadores (plasticidade) e corantes.
A parafina tem diferentes temperaturas de amolecimento e isso favorece a utilização dependendo da temperatura em que cera utilizada. Ex: registro em cera da mordida do paciente (deve ser utilizada em temperatura que a deixe mais plástica para que sofra deformação).
A cera de carnaúba tem alta dureza e alto ponto de fusão (enceramento da prótese fixa). 
A cera de abelha é friável a temperatura ambiente e, quando colocada na boca, fica mais plástica, mais amolecida.
Já as gomas, gorduras e resinas, tem a finalidade de amolecer a cera para ser dado o polimento e facilitar a escultura. E os corantes servem para dar contraste e para facilitar a noção de acréscimo e retirada de cera.
Propriedades:
Faixa de fusão (vários pontos de fusão): a composição heterogênea facilita o controle de escoamento e confere plasticidade, permitindo que se chegue à consistência desejada para se trabalhar. 
Não deve apresentar resíduos voláteis: para se fazer o enceramento de próteses definitivas tem que se fazer a inclusão (pegar o padrão de cera – enceramento que se fez no trabalho - e incluir um anel de metal ou silicone; depois colocar o material – revestimento – para confinar a cera dentro do anel. Mas para isso precisa-se de um molde, que se obtém por aquecimento; o aquecimento derrete e elimina a cera, sobrando apenas o molde). Se houverem resíduos na cera eles podem atrapalhar o processo de fundição.
Expansão térmica elevada: após a sua utilização, deve-se incluir ou utilizar para a finalidade específica, pois se demorar a utilizar, o material pode deformar (aumentando ou distorcendo as medidas reais). 
Libera tensões (memória elástica): um bastão de cera que é aquecido e dobrado, ao colocar para resfriar, tende a voltar o que era antes, mas não consegue. Se ela estiver alterada irá transferir para o trabalho definitivo a sua prévia deformação.
Classificação:
Cera utilidade: cera fina que serve para selar modelos de gesso e personalizar as moldeiras no ato da moldagem; pode ser utilizada na ausência da cera periférica para as aplicações às quais essa segunda se aplica.
Cera periférica: Não machucar o paciente na região de fundo de vestíbulo durante procedimento de moldagem; evitar extravasamento do alginato;
Cera pegajosa: manter o dispositivo metálico ou peças de resina temporariamente em posição durante o processo de moldagem ou de fundição.
Cera para confinamento: cera um pouco mais fina que serve para envolver os moldes da hora de vazar o gesso.
Cera para registro interoclusal: procedimentos em temperatura ambiente, alto escoamento a 37 ºC e ligeiramente aderente à temperatura ambiente, o que facilita a adesão ao modelo de gesso.
Ceras para impressão (moldagem): utilizadas em conjunto com a pasta zinco enólica para moldagem de pacientes desdentados. Pode formar bolhas na região de palato. 
Ceras para registro de mordida: utiliza-se o articulador para esquematizar a mordida, a protusão posterior e movimentos de lateralidade. Possibilita que a prótese não fique desajustada ou alta. Coloca-se cera no garfo do articulador.
Cera para plano de cera: para orientar a montagem da prótese (ajustar os dentes artificiais) e só depois acrilizar o espaço de gengiva e rebordo alveolar.
Cera para fundição: para fazer a montagem do padrão de cera (por técnica direta – cera mais dura/ média e resistente = tipo I ou indireta – cera de resistência menor, mais macia = tipo II). 
A eliminação da cera: faz o preenchimento do padrão de cera no anel e, quando passa pelo processo de aquecimento, a cera evapora, restando apenas o molde, que originará o trabalho definitivo.
Propriedades desejáveis da cera: 
Reprodução de detalhes: quanto melhor for o técnico em escultura, mais fidedigno será o trabalho definitivo.
Não deixa resíduo; 
Não descama durante a manipulação.
Pouca alteração volumétrica;
Baixa condutividade térmica (demora a aquecer e aquece de fora para dentro, como a godiva);
Alto coeficiente de expansão térmica: 0,7 mm de expansão linear a cada 20 ºC = se estiver em temperatura alta pode alterar o trabalho definitivo.
Distorção: se contrai durante o resfriamento (liberação de tensões); as bordas finas podem “levantar”.
Deve-se utilizar as ceras para as finalidades corretas porque o comportamento das ceras difere. As ceras são voláteis, por isso deve-se aquecer corretamente e por igual. Deve-se fazer a inclusão imediata do plano de cera, evitando problemas e deformações. As ceras para fundição apresentam-se em bastão ou fios (grossos ou finos) e têm a finalidade de desenhar o modelo ou grampos que irão compor a armação da prótese removível.
Manipulação da cera: hollemback, espátula 7, lamparina e habilidade 
Utilizando a técnica progressiva – gotejador - diminuimos as distorções, pois a cera é colocada de pouquinho em pouquinho; já a técnica “sem paciência” não é muito indicada.

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