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Ergonomia e Segurança 
do Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade: 
 
 
Legislação e Gestão de Ergonomia e Segurança do Trabalho 
 
 
 
 
 
Responsável pelo Conteúdo: 
Profª. Ms. Cristhiane Eliza dos Santos 
 
Revisão Textual: 
Profª. Dra Rosemary Toffoli 
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zzzzzzzzzzzzzzz 
 
 
 
 
Orientação de Estudos 
 
 
Olá caros alunos, 
 
O conteúdo desta unidade foi elaborado de maneira a propiciar sua 
participação efetiva nas atividades. 
Leia o conteúdo sugerido, procure se aprofundar no conteúdo complementar 
com artigos, vídeos e filmes. 
Essa dinâmica vai colocá-lo no caminho da construção do seu próprio 
conhecimento. Esse é o único caminho no sentido de obter não somente 
informações “regulamentares”, mais obter, sim, a “ampliação do tamanho do seu 
mundo” que é verdadeiramente emancipadora. 
Participe dos fóruns. O compartilhamento de informações e de pontos de 
vista é de grande valia na construção e consolidação do seu conhecimento, além de 
ser, incondicionalmente, um exercício de cidadania e democracia! 
 
Como o curso está estruturado 
 
• Os assuntos abordados nas unidades estão apresentados de forma tão objetiva 
quanto possível. Seus tópicos mais importantes estão enfatizados por elementos 
gráficos. 
• Todas as lições apresentam: 
 Um texto introdutório dando uma ideia geral da matéria que será enfocada; 
 Seções expositivas, dividindo didaticamente a matéria em temas ordenados; 
 Exercícios de fixação de aprendizagem. 
 
Como Você deve Estudar 
 
• Tenha em mente que vários períodos curtos de estudo são mais producentes 
que um único período longo. 
 
 
 
 
 
• Cada assunto é cuidadosamente planejado para ordenar as informações 
necessárias ao entendimento da matéria – sua capacidade de assimilar um 
conteúdo depende de quão bem você aprendeu a precedente. 
• O domínio do assunto estudado se dá por meio do estudo repetido. O ideal é 
sentir-se a vontade a seu respeito a ponto ser possível reproduzi-lo. 
• Responda os exercícios de recapitulação no final de cada unidade. 
Reserve quatro períodos por semana para trabalhar com o curso. 
Passe de 50 min há uma hora estudando de cada vez ou, se preferir, apesar da sugestão, estude 
às 4h/a em um dos dias da semana com uma pausa de 20 min entre cada 2h/a. 
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Unidade: Legis lação e Ges tão de Ergonomia e Segurança 
do Trabalho 
Contextualização 
 
 
Um dos principais objetivos no mundo de hoje é a produção 
máxima com um custo mínimo. Isso vale tanto para os países 
subdesenvolvidos, que buscam de alguma maneira alternativas que 
possam melhorar os seus custos para, eventualmente, alcançar o 
crescimento, quanto para os países desenvolvidos, que buscam o 
controle econômico, mas, muitas vezes, esse interesse deixa de lado o 
bem-estar do ser humano e, para isso, é necessário que exista algo 
que possa tratar da segurança do mesmo. 
Com isso, podemos pensar nos conceitos de segurança e de 
ergonomia que podem e devem atuar em conjunto com um fator 
imprescindível na redução dos custos: a tecnologia. 
A fim de regulamentar as relações entre empregador e empregado e a fim 
de conter a exploração do trabalho humano, o governo brasileiro, a exemplo de 
outros governos, procurou formalizar as regras de desenvolvimento do trabalho em 
humano em ambientes específicos com o objetivo de proteger e manter a vida do 
trabalhador. 
 
 
Figura 2 
Fonte: http://www.dicasfree.com/multa-artigo-467-clt/ 
 
Existem normas que definem essa relação. Essas normas são conhecidas 
como Normas Regulamentadoras e advém da Consolidação das Leis do Trabalho, 
sancionada pelo então Presidente da República Federativa do Brasil, Getúlio 
Vargas, em 1943. 
 
Figura 1 
Fonte: 
3.bp.blogspot.com/_BBEFnC3w
pps/S92Qy0cUMiI/AAAAAAAA
Ku8/aWl6pz7jY1k/s400/dia+do
+trabalho+mmp795_trabalho2
.gif 
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Unidade: Legis lação e Ges tão de Ergonomia e Segurança 
do Trabalho 
 1. Introdução à unidade 
 
 
Já afirmamos anteriormente que o conceito de ergonomia remonta a 
história do homem na Terra. O trabalho para o homem nômade era sair à caça. 
Todavia, seu “trabalho” era de subsistência, não era remunerado. 
Quando surge o trabalho remunarado, ou seja, o trabalho humano 
assalariado, surge também a preocupação com eficiência, competitividade e lucros. 
Muitas vezes, a preocupação com lucros roubam a cena de tal forma que não há 
espaço para preocupação com o trabalho humano nem tão pouco com as 
condições de trabalho desse “trabalho humano”e, corre-se o risco de promover até 
a exploração do trabalho humano. Com o passar do tempo e o desenvolimento da 
sociedade houve a necessidade de formalizar em forma de lei as relações entre 
empregador e empregado. 
 
 
 2. O surgimento do trabalho assalariado 
 
Para esclarecer o trecho supracitado, é preciso fazer uma viagem no tempo. 
Nos primeiros séculos da idade média, no feudalismo, quando houve uma 
migração da mão de obra no campo para as cidades, as terras dos feudos, em 
algumas situações, foram arrendadas e o trabalho humano passou a ser 
assalariado. Os artesãos e os pequenos comerciantes não moravam dentro dos 
feudos, moravam fora em comunidades conhecidas como burgos. Esses burgos 
deram o nome à classe fianceiramente privilegiada conhecida como burguesia. Os 
habitantes dos burgos passaram a se preocupar em aumentar a área de suas 
operações; procuram expandir seus negócios em outros mercados (localidades fora 
da vizinhança que então negociavam). A burguesia acumulava riquesas a partir da 
expansão de suas operações que era basicamente o comércio. Nesse cenário surge 
a figura dos “detentores dos meios de produção” que tinham como objetivo 
principal obter lucros a partir desses meios de produção. A utilização dos meios de 
produção com o objetivo de gerar lucros (acumular riquesas) é a definição de 
capitalismo. 
Havia quem detinha os meios de produção e havia também uma franca 
expansão dos mercados consumidores. 
Com a “onda do capitalismo comercial” invadindo o mundo e ainda, na 
Inglaterra, uma ceara fértil com a descoberta da bomba hidráulica e a máquina a 
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Unidade: Legis lação e Ges tão de Ergonomia e Segurança 
do Trabalho 
vapor em um momento em que havia mão de obra disponível, matéria prima 
abundante (carvão) e um governo com politicas favoráveis, explode a Revolução 
Industrial, advento que reinventaria, definitivamente, a face do mundo em termos 
de consumo e produção. 
No cenário da Revolução Industrial, os dententores dos meios de produção 
eram os donos de indústrias que tinham como sua maior preocupação o lucro, a 
acumulação de riquesas a partir da utilização desses seus meios de produção e da 
utilização do trabalho humano. O mundo estava em efervescência e a possibilidade 
de acumular riquesas era “deslumbrantemente possível”. Foi nesse cenário que, 
equivocadamente ou não, houve a exploração do trabalhohumano na forma de 
longas jornadas de trabalho, até 18 horas por dia, trabalho feminino e infantil além 
de frequentemente algumas organizações exporem seus trabalhadores a castigos 
físicos. Mesmo com a Adminsitração Cintífica de Taylor essas questões não foram 
amenizadas. E, frequentemente e, equivocadamente, muitas pessoas acreditavam 
que era o taylorismo que empunha essa dinâmica ao trabalho. Em resposta ao 
taylorismo veio Elton Mayo com o “Efeito Hawthorne” conforme na unidade 
anterior. 
Ao redor do mundo, governos se mobilizaram para, de alguma maneira, 
impor limites a relação capital trabalho ou, empregador empregado, a fim de 
acabar com a exploração do trabalho humano. 
Na Itália, surge a “Carta del Lavoro” no governo de Benito Mussolini. 
 
 
3. Regulamentação do trabalho no Brasil 
 
Em 1939, Getúlio Vargas cria a Justiça do Trabalho. 
 
Presidente Getúlio Vargas 
 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Consolida%C3%A7%C3%A3o_das_Leis_do_Trabalho 
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Unidade: Legis lação e Ges tão de Ergonomia e Segurança 
do Trabalho 
Figura 2. Carteira de trabalho e 
Previdência Social 
Fonte: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Consoli
da%C3%A7%C3%A3o_das_Leis_
do_Trabalho 
Em 1 de maio de 1943, Getúlio Vargas, Presidente da República Federativa do 
Brasil, sanciona o Decreto-Lei nº 5.452 criando a Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT) é a principal norma legislativa brasileira referente ao Direito do Trabalho e ao 
Direito Processual do Trabalho que tem como objetivo principal a regulamentação das 
relações individuais e coletivas do trabalho, nela, na CLT, previstas. 
O Decreto-Lei nº 5.452 foi assinado em pleno Estádio de São Januário, (Clube de 
Regatas Vasco da Gama), na cidade do Rio de Janeiro. E estava lotado para a 
comemoração da assinatura da CLT. 
Segue abaixo a transcrição do art. 1º da CLT: 
Art. 1º - Esta Consolidação estatui as normas que regulam as 
relações individuais e coletivas de trabalho, nela previstas. 
O termo "celetista", derivado da sigla "CLT", costuma ser 
utilizado para denominar o indivíduo que trabalha com registro em 
carteira de trabalho. 
As Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NRs, 
regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos 
obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho no 
Brasil. 
 
 
 
 
 
 
4. As normas regulamentadoras 
 
As Normas Regulamentadoras estão contidas no Capítulo V, Título II, da 
Consolidação das Leis do trabalho (CLT) e são relativas à Segurança e 
Medicina do Trabalho. Foram aprovadas pela Portaria N.º 3.214, 08 de junho 
de 1978. 
As Normas Regulamentadoras são de observância obrigatória por todas as 
empresas brasileiras regidas pela CLT e são elaboradas e modificadas por 
comissões tripartites (três lados) específicas compostas por representantes do 
governo, empregadores e empregados. 
As Normas Regulamentadoras organizam-se conforme segue: 
 
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Unidade: Legis lação e Ges tão de Ergonomia e Segurança 
do Trabalho 
Normas Regulamentadoras: 
 NR 1 Disposições Gerais; 
As NRs são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos 
órgãos públicos de adminsitração direta e indireta, que possuam empregados 
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - (CLT). A NR1 estabelece a 
importância, funções e competência da Delegacia Regional do Trabalho. 
 
 NR 2 Inspeção Prévia; 
Todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deverá solicitar 
aprovação de suas instalações ao órgão do Ministério do Trabalho e Emprego 
 
 NR 3 Embargo ou interdição; 
A Delegacia Regional do Trabalho, à vista de laudo técnico do serviço competente 
que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar 
estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar a obra. 
(CLT Artigo 161 inciso 3.6|3.4|3.7|3.8|3.9|3.10) 
 
 NR 4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do trabalho; 
A NR 4 estabelece os critérios para organização dos Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), de forma a 
reduzir osacidentes de trabalho e as doenças ocupacionais. Para cumprir suas 
funções, o SESMT deve ter os seguintes profissionais: médico do trabalho, 
engenheiro de segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho, técnico de 
segurança do trabalho, auxiliar de enfermagem, em quantidades estabelecidas em 
função do número de trabalhadores e do grau de risco. 
 
 NR 5 Comissão Interna de Previenção de Acidentes (CIPA); 
As empresas privadas, públicas e órgãos governamentais que possuam empregados 
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ficam obrigados a organizar 
e manter em funcionamento uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
(CLT Artigo 164 Inciso 5.6|5.6.1|5.6.2|5.7|5.11 e Artigo 165 inciso 5.8) [3] A 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a 
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar 
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção 
da saúde do trabalhador. 
 
 NR 6 Equipamento de ProteçãoIndividual; 
Para os fins de aplicação desta NR, considera-se Equipamento de Proteção 
Individual (EPI) todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou 
estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. A 
empresa é obrigada a fornecer aos empregados gratuitamente. (CLT - artigo 166 
inciso 6.3 subitem A - Artigo 167 inciso 6.2) 
 
 
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Unidade: Legis lação e Ges tão de Ergonomia e Segurança 
do Trabalho 
 NR 7 Programa de Contole Médico de Saúde Ocupacional; 
Esta NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de 
todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como 
empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, 
cujo objetivo é promover e preservar a saúde do conjunto dos seus trabalhadores. 
 
 NR 8 Edificações; 
Esta NR estabelece requisitos técnicos mínimos que devam ser observados nas 
edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham. 
 
 NR 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais; 
Esta NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de 
todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como 
empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, através da 
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de 
riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. 
 
 NR 10 Serviços em Eletricidade; 
Esta NR estabelece os requisitos e condições mínimas exigidas para garantir a 
segurança e saúde dos trabalhadores que interagem com instalações elétricas, em 
suas etapas de projeto, construção, montagem, operação e manutenção, bem como 
de quaisquer trabalhos realizados em suas proximidades. 
 
 NR 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem, e Manuseio de 
Materiais; 
Esta NR estabelece normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, 
transportadores industriaise máquinas transportadoras. O armazenamento de 
materiais deverá obedecer aos requisitos de segurança para cada tipo de material. 
 NR 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos; 
Esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios nos locais destinados a máquinas 
e equipamentos, como piso, áreas de circulação, dispositivos de partida e parada, 
normas sobre proteção de máquinas e equipamentos, bem como manutenção e 
operação. 
 
 NR 13 Caldeiras e vasos de Pressão; 
Esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios nos locais onde se situam as 
caldeiras de qualquer fonte de energia, projeto, acompanhamento de operação e 
manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, 
em conformidade com a regulamentação profissional vigente no país. 
 
 NR 14 Fornos; 
Esta NR estabelece os procedimentos mínimos, fixando construção sólida, revestida 
com material refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse os limites de 
tolerância, oferecendo o máximo de segurança e conforto aos trabalhadores. 
 
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Unidade: Legis lação e Ges tão de Ergonomia e Segurança 
do Trabalho 
 NR 15 Atividades e Operações Insalubres; 
Esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios, nas atividades ou operações 
insalubres que são executadas acima dos limites de tolerância previstos na 
Legislação, comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho. 
Agentes agressivos: ruído, calor, radiações, pressões, frio, umidade, agentes 
químicos. 
 
 NR 16 Atividades e Operações Perigosas; 
Esta NR estabelece os procedimentos nas atividades exercidas pelos trabalhadores 
que manuseiam e/ou transportam explosivos ou produtos químicos, classificados 
como inflamáveis, substâncias radioativas e serviços de operação e manutenção. 
 
 NR 17 Ergonomia; 
Esta NR visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de 
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a 
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente, 
incluindo os aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de 
materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de 
trabalho e à própria organização do trabalho. 
 
 NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção; 
Esta NR estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de 
organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas 
preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de 
trabalho na indústria da construção. 
 
 
 NR 19 Explosivos; 
Esta NR estabelece os procedimentos para manusear, transportar e armazenar 
explosivos de uma forma segura, evitando acidentes. 
 
 NR 20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis; 
Esta NR estabelece a definição para líquidos combustíveis, líquidos inflamáveis e 
Gás de petróleo liquefeito, parâmetros para armazenar, como transportar e como 
devem ser manuseados pelos trabalhadores. 
 
 NR 21 Trabalhos a céu aberto; 
Esta NR estabelece os critérios mínimos para os serviços realizados a céu aberto, 
sendo obrigatória a existência de abrigos, ainda que rústicos com boa estrutura, 
capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries. 
 
 NR 22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração; 
Esta NR estabelece sobre procedimentos de Segurança e Medicina do Trabalho em 
minas, determinando que a empresa adotará métodos e manterá locais de trabalho 
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Unidade: Legis lação e Ges tão de Ergonomia e Segurança 
do Trabalho 
que proporcionem a seus empregados condições satisfatórias de Segurança e 
Medicina do Trabalho. 
 
 NR 23 Proteção Contra Incêndios; 
Esta NR estabelece os procedimentos que todas as empresas devam possuir, no 
tocante à proteção contra incêndio, saídas de emergência para os trabalhadores, 
equipamentos suficientes para combater o fogo e pessoal treinado no uso correto. 
 
 NR 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho; 
Esta NR estabelece critérios mínimos, para fins de aplicação de aparelhos sanitários, 
gabinete sanitário, banheiro, cujas instalações deverão ser separadas por sexo, 
vestiários, refeitórios, cozinhas e alojamentos. 
 
 NR 25 Resíduos Industriais; 
Esta NR estabelece os critérios para eliminação de resíduos industriais dos locais de 
trabalho, através de métodos, equipamentos ou medidas adequadas, de forma a 
evitar riscos à saúde e à segurança do trabalhador. 
 
 NR 26 Sinalização de Segurança; 
Esta NR tem por objetivos fixar as cores que devam ser usadas nos locais de 
trabalho para prevenção de acidentes, identificando, delimitando e advertindo 
contra riscos. 
 
 NR 27 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no 
Ministério do Trabalho; 
Esta NR estabelecia que o exercício da profissão de técnico de segurança do 
trabalho dependia de registro no Ministério do Trabalho, fosse efetuado pela SSST, 
com processo iniciado através das DRT. [2] 
Esta NR foi revogada pela portaria Nº 262 de 29 de maio de 2008 (DOU de 30 de 
maio de 2008 – Seção 1 – Pág. 118). De acordo com o Art. 2º da supracitada 
portaria, o registro profissional será efetivado pelo Setor de Identificação e Registro 
Profissional das Unidades Descentralizadas do Ministério do Trabalho e Emprego, 
mediante requerimento do interessado, que poderá ser encaminhado pelo sindicato 
da categoria. O lançamento do registro será diretamente na Carteira de Trabalho e 
Previdência Social – CTPS. 
 
 NR 28 Fiscalização e Penalidades; 
Esta NR estabelece que fiscalização, embargo, interdição e penalidades, no 
cumprimento das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde 
do trabalhador, serão efetuadas obedecendo ao disposto nos decretos leis. 
 
 NR 29 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho 
Portuário; 
Esta NR regulariza a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, 
alcançando as melhores condições possíveis de segurança e saúde dos 
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Unidade: Legis lação e Ges tão de Ergonomia e Segurança 
do Trabalho 
trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e instalações 
portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do 
porto organizado. 
 
 NR 30 Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário; 
Esta norma aplica-se aos trabalhadores das embarcações comerciais, de bandeira 
nacional, bem como às de bandeiras estrangeiras, no limite do disposto na 
Convenção n.º 147 da Organização Internacional do Trabalho - Normas Mínimas 
para Marinha Mercante, utilizado no transporte de mercadorias ou de passageiros, 
inclusive naquelas utilizadas na prestação de serviços, seja na navegação marítima 
de longo curso, na de cabotagem, na navegação interior, de apoio marítimo e 
portuário, bem como em plataformas marítimas e fluviais, quando em 
deslocamento. 
 
 NR 31 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na 
Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura; 
Esta NR tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observadosna 
organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o 
planjamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, 
silvicultura, exploração florestal e aqüicultura com a segurança e saúde e meio 
ambiente do trabalho. [2] 
Para fins de aplicação desta NR considera-se atividade agro-econômica, aquelas 
que operando na transformação do produto agrário, não alterem a sua natureza, 
retirando-lhe a condição de matéria prima. 
 
 NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde; 
Esta NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação 
de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de 
saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à 
saúde em geral. 
Para fins de aplicação desta NR, entende-se como serviços de saúde qualquer 
edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as 
ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em 
qualquer nível de complexidade. 
A responsabilidade é solidária entre contratante e contratado quanto ao 
cumprimento da NR 32. A conscientização e colaboração de todos é muito 
importante para prevenção de acidentes na área da saúde. 
As atividades relacionadas aos serviços de saúde são aquelas que, no entendimento 
do legislador, apresentam maior risco devido à possibilidade de contato com 
microorganismos encontrados nos ambientes e equipamentos utilizados no 
exercício do trabalho, com potencial de provocar doenças nos trabalhadores. 
Os trabalhadores diretamente envolvidos com estes agentes são: médicos, 
enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, atendentes de ambulatórios e 
hospitais, dentistas, limpeza e manutenção de equipamentos hospitalares, 
motoristas de ambulância, entre outros envolvidos em serviços de saúde. 
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Unidade: Legis lação e Ges tão de Ergonomia e Segurança 
do Trabalho 
 NR 33 Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados; 
Esta NR tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de 
espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos 
riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos 
trabalhadores e que interagem direta ou indiretamente nestes espaços. 
Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação 
humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação 
existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a 
deficiência ou enriquecimento de oxigênio. 
 
 NR 34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção e Reparação Naval; 
Esta NR trata de nove procedimentos de trabalhos executados em estaleiros: 
trabalho a quente; montagem e desmontagem de andaimes; pintura; jateamento e 
hidrojateamento; movimentação de cargas; instalações elétricas provisórias; 
trabalhos em altura; utilização de radionuclídeos e gamagrafia; e máquinas portáteis 
rotativas. 
Esta NR tem por finalidade estabelecer os vários requisitos mínimos e as medidas 
de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da 
indústria de construção e reparação naval. 
 
 NR 35 Trabalho em Altura; 
A NR-35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o 
trabalho em altura, como o planejamento, a organização e a execução, a fim de 
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores com atividades executadas acima 
de dois metros do nível inferior, onde haja risco de queda. 
 
 NR 36 (AINDA NÃO APROVADA) – Norma Regulamentadora sobre 
Abate e Processamento de Carnes e Derivados. 
Disponibiliza para consulta pública o texto técnico básico de criação da Norma 
Regulamentadora sobre Abate e Processamento de Carnes e Derivados pela 
Portaria N.º 273 de 16 de agosto de 2011. 
 
 
 
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Unidade: Legis lação e Ges tão de Ergonomia e Segurança 
do Trabalho 
5. Aplicação das normas regulamentadoras. 
 
 
Nesse contexto vamos discorrer sobre a NR-10 (serviços em eletricidade), 
NR-11 (transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais), NR-15 
(atividades e operações insalubres) e vamos nos aprofundar na NR-17 
(ergonomia). 
 
 
5.1. NR-10 - Serviços em eletricidade. 
 
 
Conforme cita SESI, 2008, a NR-10, Norma Regulamentadora emitida pelo 
Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil, tem como objetivo garantir a 
segurança e a saúde dos trabalhadores que interagem com instalações e serviços 
em eletricidade. 
A NR-10 abrange todas as fases da produção de energia elétrica e todos os 
trabalhos realizados com eletricidade ou em suas proximidades: geração, 
transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, 
montagem, operação, manutenção das instalações elétricas, e quaisquer trabalhos 
realizados nas suas proximidades. 
A NR10, em sua edição dada pela portaria MTE 598 de 07/12/2004, define 
que o empregador deve: 
 Elaborar e manter um Prontuário das Instalações Elétricas (PIE); 
 Elaborar procedimentos de trabalho a nível gerencial e de execução de 
serviços; 
 Elaborar relatório técnico de inspeções, com recomendações e 
cronograma de adequações dos itens do PIE; 
 Ministrar treinamento específico aos trabalhadores em eletricidade; e 
 Fornecer equipamento de proteção individual adequado. 
As principais inovações da edição atual da NR-10 são a obrigatoriedade de: 
 Bloqueios para serviços em instalações elétricas desenergizadas; 
 Vestimentas adequadas à atividade e que contemplem a 
inflamabilidade, condutividade e influências eletromagnéticas; 
 Ordem de serviço específica, com local e data; 
 Uso de técnicas de análise de risco; e 
 Instrução formal aos trabalhadores não relacionados às instalações 
elétricas, porém com atividades em zona livre e na vizinhança de zona 
controlada. 
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do Trabalho 
A NR10 definiu que só podem exercer atividades com eletricidade os 
trabalhadores qualificados, ou capacitados e os profissionais habilitados, após um 
treinamento obrigatório e com anuência formal da empresa. 
O anexo II na NR10 determina que seja obrigatório para todos os 
profissionais com trabalhos em eletricidade os seguintes treinamentos: 
 Curso Básico - Segurança em instalações e serviços com eletricidade, 
com carga horária de 40 horas, para todos os trabalhadores; 
 Curso Complementar - Segurança no Sistema Elétrico de Potência 
(SEP) e em suas proximidades, com carga horária de 40 horas, para os 
profissionais que exercem atividades no Sistema Elétrico de Potência ou 
em suas proximidades. 
Todos os trabalhadores devem passar por um treinamento de reciclagem 
bienalmente (a cada 2 anos). 
 
5.1.1. Importante: 
 O Prontuário de Instalações Elétricas é uma das grandes novidades da NR 10. A idéia 
é reunir um conjunto de documentos técnicos que caracterizem a existência de 
documentação atualizada sobre as instalações, os serviços e os profissionais 
autorizados a intervir nessas instalações. 
Muitas dúvidas têm surgido sobre o que é o prontuário ou como elaborá-lo. O 
glossário da NR 10, que integra o próprio texto da norma, define o prontuário como 
um “sistema organizado de forma a conter uma memória dinâmica de 
informaçõespertinentes às instalações e aos trabalhadores”. Não existe um formato 
 preestabelecido. Cabe à empresa estabelecer os critérios para sua composição e 
formatação. 
 Alguns dos documentos já são exigidos por outras normas regulamentadoras ou estão 
integrados aos sistemas administrativos da empresa, como pode ser o caso das 
especificações dos equipamentos de proteção individual e da comprovação de 
qualificação dos profissionais. 
 Entretanto, ao optar pela palavra prontuário, não podemos fugir do seu significado. 
 Por isso, parece evidente que a norma nos determina a existência de um lugar onde 
todos esses documentos possam estar reunidos e disponíveis aos trabalhadores (10.2.6 
e 10.14.4) e à fiscalização (10.14.5). Este lugar pode ser uma pasta, um fichário, um 
arquivo, um armário, enfim, qualquer local que possa conter o conjuntode 
documentos relacionados nos subitens da norma. 
 A norma estabelece prescrições complementares para as empresas que operem 
eminstalações ou equipamentos integrantes do sistema elétrico de potência ou 
querealizem trabalhos em proximidade desse sistema. 
 O aterramento continua sendo a principal proteção coletiva contra os 
contatosacidentais que ocorram com equipamentos e instalações e se caracteriza pela 
instalação de condutores de proteção (“fio terra”) interligando todas as partes 
metálicas de uma instalação que estejam sujeitas a esses contatos acidentais e 
conectando-os aos barramentos de terra. Esses barramentos de terra, por sua vez, 
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Unidade: Legis lação e Ges tão de Ergonomia e Segurança 
do Trabalho 
devem estar conectados à malha de aterramento da edificação, constituída, na maioria 
das vezes, por hastes metálicas cravadas no solo e interligadas por condutores de 
cobre. 
 
5.2. NR-11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de 
materiais. 
 
 
Conforme cita SESI, 2008 aNorma Regulamentadora 11, cujo título é Transporte, 
Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais, estabelece os requisitos de 
segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à 
movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica, 
quanto manual, de modo a evitar acidentes no local de trabalho. 
Essa NR foi redigida devido ao grande número de acidentes, causados pelos 
equipamentos de içamento e transporte de materiais, ocorridos com a 
crescentemecanização das atividades que motivaram um aumento da quantidade de 
materiaismovimentados no ambiente de trabalho. A NR 11 tem a sua existência 
jurídicaassegurada no nível de legislação ordinária, nos artigos 182 e 183 da CLT. 
 
5.2.1. Importante: 
As normas técnicas da ABNT NBR 13543 e NBR 6327, que tratam dos aspectos 
técnicos envolvidos na utilização de equipamentos para movimentação de materiaise cabos 
de aço, devem ser consultadas. 
Os equipamentos de içamento de cargas devem ser projetados para o uso seguro, 
em todas as condições operacionais, possuindo todos os dispositivos de 
segurançanecessários. Devem ser inspecionados periodicamente e passar por manutenções 
preventivas e corretivas. Estes equipamentos são constituídos, principalmente de: 
 Guinchos (gaiolas de içar, plataformas e cubas); 
 Gruas, elevador, blocos de roldana ou outros dispositivos com ganchos; 
 Acessórios, tais como: correntes, ganchos, garfos, elevadores, grampos, caixas 
para elevação de materiais e equipamentos similares. 
 
O gancho, apesar de merecer uma atenção especial, pois é a parte mais fraca 
dosistema de içamento, não quebra de repente. Ele sofre uma deformação, que pode ser 
acompanhada nas inspeções periódicas. Sempre que possível, deve ser usado gancho de 
segurança com trava ou gancho específico para o serviço a ser feito. 
Os cabos de aço são muito utilizados nas operações industriais e mereceminspeções 
rigorosas e freqüentes. Sinais de deterioração indicam a necessidade de troca imediata. O 
mais grave deles é a corrosão, principalmente quando a mesma seinicia no interior do 
cabo. Outras causas freqüentes de desgaste incluem: fadiga do material, sobrecarga, falta 
de lubrificação e dobras. 
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do Trabalho 
As inspeções dos cabos de aço podem ser subdivididas em freqüentes e periódicas. 
No caso de se detectar um dano no cabo de aço, o mesmo deverá ser retirado deserviço ou 
submetido a uma inspeção por uma pessoa qualificada. 
As inspeções devem ser determinadas pelo engenheiro responsável pela obra 
oupessoa qualificada e que seja responsável pela manutenção e instalação dos cabosde 
aço, baseando-se em fatores tais como: a expectativa de vida do cabodeterminada pela 
experiência anterior ou em instalações similares; agressividade do meio ambiente; relação 
entre a carga usual de trabalho e a capacidade máxima doequipamento; e freqüência de 
operações e exposição a trancos. 
 
 
5.3. NR-15 Atividades e operações insalubres. 
 
Conforme cita SESI, 2008 a Norma Regulamentadora 15, cujo título é Atividades e 
Operações Insalubres, define em seus anexos, os agentes insalubres, limites de tolerância e 
os critérios técnicos e legais para avaliar e caracterizar as atividades e operações insalubres 
e o adicional devido para cada caso. 
Nesse cenário cabe a seguinte pergunta: Qual o objetivo da NR 15? Apresentar os 
limites de tolerância e os requisitos técnicos visando à caracterização de atividade ou 
operação insalubre visando o pagamento de adicional de insalubridade. 
 
5.3.1. Importante: 
Quando são estabelecidos limites de tolerância, a insalubridade é caracterizada pela 
perícia através da avaliação ambiental, considerando, conforme o caso, o tempo de 
exposição e a proteção individual destinado a minimizar a exposição ao agente. 
O adicional de insalubridade deve ser pago mesmo que a remuneração do trabalho 
seja superior à soma do salário mínimo (ou profissional) mais o adicional. Salvo se esta 
superioridade advier, exatamente, do seu pagamento. Existe divergência no pensamento 
jurídico sobre o pagamento de adicional de insalubridade ou periculosidade no pagamento 
de horas extras. 
 Recentemente, o MTE reconheceu o critério objetivo da National Institute for 
Occupation Safety and Health (Niosh) e American National Standards Institute (Ansi) para 
avaliação do nível de atenuação dos protetores auriculares. Nestes ensaios, é considerada a 
colocação do protetor por pessoas comuns, da mesma forma que ele seria utilizado pelos 
trabalhadores. Para este método, foi estabelecida a taxa de atenuação de ruído uso 
próprio chamado de Noise Reduction Rate - Self Feet (NRRsf). Existem diversos fatores 
práticos, no uso real, que levam à redução da eficácia durante o uso dos protetores 
auriculares. São eles: 
 
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do Trabalho 
1. Colocação e ajustes inadequados devido à existência de protetores desconfortáveis,motivação baixa ou treinamento ineficiente do trabalhador; 
2. Tamanho incorreto: especialmente no caso de protetores de inserção, em alguns 
casos pode ser necessário que o indivíduo utilize tamanhos diferentes para cada 
canal auditivo (isso ocorre com uma pequena porcentagem da população); 
3. Interferências e incompatibilidade: podem ocorrer em caso de uso de óculos de 
segurança ou pessoais, excesso de cabelo, ou barba, que prejudiquem o selo dos 
protetores circum-auriculares junto à face; 
4. Reajuste e hábitos operacionais: os protetores auriculares podem ser deslocados ou 
mal posicionados durante a jornada de trabalho, pois neste período os 
trabalhadores falam e comem, resultando no movimento das mandíbulas, 
causando a perda da selagem circumauricular ou afrouxamento das inserções; 
Deterioração: é um fato natural decorrente do uso. Pode ocorrer o 
endurecimento das partes plásticas dos protetores, alteração em contato com a cera 
do ouvido, rachadura e outros. 
As almofadas dos protetores podem ter sua pressão exercida diminuída com 
o tempo, pelo afrouxamento do suporte. É evidente que são necessárias inspeções 
freqüentes para se prevenir a degradação da atenuação, devido a este e muitos 
outros fatores. 
Tempo de utilização real do protetor: os valores assumidos para os níveis de 
ruído que atingem o ouvido com o EPI se referem a uma utilização durante 100% 
da jornada de trabalho. 
 
5.4. NR-17 – Ergonomia 
 
Conforme cita SESI, 2008 a Norma Regulamentadora 17, cujo título é 
Ergonomia, visa estabelecer parâmetrosque permitam a adaptação das condições 
de trabalho às condições psicofisiológicasdos trabalhadores, de modo a 
proporcionar um máximo de conforto, segurança edesempenho eficiente. A NR 17 
tem a sua existência jurídica assegurada, em nível delegislação ordinária, nos 
artigos 198 e 199 da CLT. 
 
5.4.1. Documentos complementares: 
 
 ABNT NBR 5413 - Iluminância de interiores. 
 Capítulo V do Título II da CLT - Refere-se à Segurança e Medicina do 
Trabalho. 
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do Trabalho 
 CLT Título III Normas Especiais do Trabalho. Capítulo I – Disposições 
especiais sobre duração e condições de trabalho e Capítulo III - Da Proteção 
do Trabalho da Mulher. 
 Convenção OIT 127 - Peso máximo das cargas que podem ser 
transportadas por um só trabalhador. 
 Instrução Normativa INSS/DC nº98, de 05 de dezembro de 2003 – Aprova 
Norma Técnica sobre Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios 
Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho (DORT) em substituição da 
Ordem de Serviço INSS/DSS nº 606/98. 
 Nota Técnica MTE/SIT/DSST nº 060, de 03/09/01 - Ergonomia – indicação 
de postura a ser adotada na concepção de postos de trabalho. 
 Portaria MPAS nº 4.062, de 06/08/87 - Reconhece a Tenossinovite como 
doença do trabalho. 
 Portaria MTb nº 3.751, de 23/11/1990 - Alteração já efetuada no texto. 
 
5.4.2. Perguntas e respostas comentadas 
 
5.4.2.1. O que é ergonomia? 
Ergonomia é a disciplina científica que diz respeito ao entendimento das interaçõesentre os 
homens e os outros elementos de um sistema e a profissão que aplica teorias,princípios, 
dados e métodos para projetar de modo a otimizar o bem-estar dos homense a eficiência 
total do sistema. 
 
5.4.2.2. O empregador está obrigado a realizar análise ergonômica? 
Sim, a avaliação ergonômica dos postos e métodos de trabalho é um dos 
documentosobrigatórios que podem ser exigidos pelos Auditores Fiscais do Trabalho. 
 
5.4.2.3. O que deve conter uma análise ergonômica? 
A análise ergonômica do trabalho, também conhecida pela sigla AET, deve conter 
asseguintes etapas: 
Análise da demanda e do contexto; 
• Análise global da empresa no seu contexto das condições técnicas, econômicas e 
sociais; 
• Análise da população de trabalho; 
• Definição das situações de trabalho a serem estudadas; 
• Descrição das tarefas prescritas, das tarefas reais e das atividades; 
• Análise das atividades - elemento central do estudo; 
• Diagnóstico; 
• Validação do diagnóstico; 
• Recomendações; 
• Simulação do trabalho com as modificações propostas; 
• Avaliação do trabalho na nova situação. 
 
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5.4.2.4. O que é considerado transporte manual de carga para fins de aplicação da NR 
17? 
Segundo o item 17.2.1.1 da NR 17, transporte manual de cargas designa 
todotransporte no qual o peso da carga é suportado inteiramente por um só 
trabalhador,compreendendo o levantamento e a deposição da carga. 
 
5.4.2.5. O que é considerado transporte manual regular de carga para fins de aplicação 
da NR 17? 
De acordo com o item 17.2.1.2 da NR 17, transporte manual regular de cargas 
designa toda atividade realizada de maneira contínua ou que inclua, mesmo de 
formadescontínua, o transporte manual de cargas. 
 
5.4.2.6. Qual a idade de enquadramento do chamado trabalho jovem previsto na NR 
17? 
Conforme o item 17.2.1.3 da NR 17, trabalhador jovem designa todo trabalhador 
com idade inferior a dezoito anos e maior de quatorze anos. 
 
5.4.2.7. Quais as restrições da mulher para o trabalho manual de carga? 
Segundo o item 17.2.5 da NR 17, quando mulheres e trabalhadores jovens forem 
designados para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deveráser 
nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a suasaúde 
ou sua segurança. 
Quais os cuidados a serem tomados com equipamentos utilizados 
noprocessamento eletrônico de dados com terminais de vídeo de forma habitual 
epermanente? 
De acordo com o item 17.4.3, os seguintes cuidados devem ser tomados: 
Condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela doequipamento à 
iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, eproporcionar corretos ângulos de 
visibilidade ao trabalhador; 
O teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo aotrabalhador 
ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas; 
A tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados demaneira que 
as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejamaproximadamente iguais. 
 
5.4.2.8. Quais os cuidados a serem tomados com equipamentos utilizados 
noprocessamento eletrônico de dados com terminais de vídeo de forma 
eventual? 
Conforme o item 17.4.3.1 da NR 17, quando os equipamentos de 
processamentoeletrônico de dados com terminais de vídeo forem utilizados eventualmente, 
poderãoser dispensadas as exigências previstas no subitem 17.4.3, observada a natureza 
dastarefas executadas e levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho. 
 
5.4.2.9. Quais os cuidados a serem tomados no ambiente de trabalho que 
exijamsolicitação intelectual e atenção constantes? 
De uma forma geral, as condições ambientais de trabalho devem estar adequadas 
àscaracterísticas psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a 
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do Trabalho 
serexecutado. Segundo o item 17.5.2 da NR 17, nos locais de trabalho onde 
sãoexecutadasatividades que exijam solicitação intelectual e atenção constante, tais como: 
Salas de controle, Iaboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise 
deprojetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto: 
• Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na norma ABNT NBR 10152; 
• Índice de temperatura efetiva entre 20 e 23ºC; 
• Velocidade do ar não-superior a 0,75 m/s; 
• Umidade relativa ao ar não-inferior a 40% . 
 
5.4.3.0. Onde se encontram as orientações a serem seguidas no ambiente detrabalho com 
relação à iluminação? 
De acordo com o item 17.5.3.3, os níveis mínimos de iluminamento a serem 
observadosnos locais de trabalho são os valores de iluminância estabelecidos na norma 
ABNTNBR 5413. 
 
5.4.3.1. Quais os cuidados a serem tomados nas atividades e métodos detrabalho que 
exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica dos membros? 
Segundo o item 17.6.3, nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática 
oudinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir 
daanálise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte: 
• Todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração 
e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre 
a saúde dos trabalhadores; 
• Devem ser incluídas pausas para descanso; 
• Quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou 
superior a 15 dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo 
aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento. 
 
5.4.3.2. Onde se encontram os requisitos a serem seguidos pelos empregadoresque 
desenvolvam atividade comercial utilizando sistema de auto-serviço echeckout como 
supermercados, hipermercados e comércio atacadista? 
A NR 17 possui o Anexo 1 disponibilizado no endereço eletrônico 
(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_17_anexo1.pdf) 
com osrequisitos técnicos e legais a serem seguidos pelos empregadores. 
 
5.4.3.2. Onde se encontram os requisitos a serem seguidos pelos empregadoresque 
desenvolvam atividade de teleatendimento - telemarketing? 
A NR 17 possui o Anexo 2 disponibilizado no endereço eletrônico 
(http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_17_anexo2.pdf) 
com osrequisitos técnicos e legais a serem seguidos pelos empregadores. 
 
 
 
 
 
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do Trabalho 
5.4.3. Importante: 
 
Em muitas indústrias, os turnos de trabalho estão tornando-se mais comuns, o que, 
inevitavelmente, cria problemas com efeitos na saúde e na vida social. Poucas 
pessoas se adaptam adequadamente, devido às alterações em seus “relógios 
biológicos” e em sua vida cotidiana. 
 O turno de trabalho é necessário nas situações em que a produção contínua não 
pode ser interrompida por razões técnicas e/ou econômicas ou quando o trabalho 
exercido envolve interesses da coletividade, como, por exemplo, serviços de 
transporte, hospitais e outros serviços de utilidade pública. 
 Os trabalhadores de turno podem sofrer condições de sono alteradas, problemas 
estomacais e outros. Este tipo de trabalho pode trazer outros distúrbios no ritmo 
biológico normal. A temperatura do corpo, por exemplo, varia durante o dia, 
tendo, normalmente, sua mínima de manhã e sua máxima à noite. Isto coincide 
com outras mudanças no sistema circulatório, nos tecidos, nas atividades 
hormonais e cerebrais que estão adequadas para o trabalho durante o dia e sono 
durante a noite. 
 Este ritmo biológico não se inverte completamente na mudança dos turnos. Sabe-
se que a adaptação completa não acontece, mesmo depois de várias semanas. 
Esta é a razão pela qual o trabalho noturno é mais penoso e porque o sono do dia 
é mais curto e menos compensador que o sono normal da noite. 
 O trabalho em turno deve ser programado e adaptado para evitar que o 
trabalhador se isole socialmente. Para melhorar as condições dos trabalhadores por 
turnos, é recomendável agir em duas áreas: 
 Melhorar a programação dos turnos: 
1. Reduzir a carga horária de trabalho; 
2. Permitir maior flexibilidade, de modo a permitir que os trabalhadores escolham 
seu turno de trabalho no caso de turnos fixos; 
3. Garantir o revezamento. Uma variação com mais equipes geralmente é mais 
favorável, já que ela reduz a necessidade de ajuste e a frequência de turnos 
noturnos; 
4. Adequar períodos de descanso adequados entre os turnos; 
5. Garantir dias de descanso, principalmente aos finais de semana; 
6. Variar o período dos turnos. 
Melhorar as condições de trabalho e de vida: 
1. Fixar pausas para as refeições e outros intervalos durante o turno; 
2. Fornecer lugares para comer e outras instalações com comidas quentes e 
bebidas; 
3. Fornecer serviços de transporte; 
4. Assegurar serviços de primeiros socorros e supervisão médica; 
5. Fornecer locais para descanso e lazer durante os intervalos de trabalho; 
6. Melhorar as condições de vida; 
7. Melhorar o acesso à atualização profissional e às atividades sociais. 
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do Trabalho 
6. Segurança do trabalho – Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT 
 
A Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT foi prevista inicialmente na 
Lei nº 5.316/67, com todas as alterações ocorridas posteriormente até a Lei nº 
9.032/95, regulamentada pelo Decreto nº 2.172/97. 
A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente do trabalho 
ou doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de 
multa em caso de omissão. 
Cabe ressaltar a importância da comunicação, principalmente o completo e 
exato preenchimento do formulário, tendo em vista as informações nele contidas, 
não apenas do ponto de vista previdenciário, estatístico e epidemiológico, mas 
também trabalhista e social e é regulamentado pela PORTARIA Nº 5.051, de 26 de 
fevereiro de 1.999. 
CAT é um formulário que a empresa deverá preencher comunicando o 
acidente do trabalho, ocorrido com seu empregado, havendo ou não afastamento, 
até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato 
à autoridade competente, sob pena de multa. 
 
6.1. Recomendações gerais: 
 
Em face dos aspectos legais envolvidos, recomenda-se que sejam tomadas 
algumas precauções para o preenchimento da CAT, dentre elas: 
 Não assinar a CAT em branco; 
 Ao assinar a CAT, verificar se todos os itens de identificação foram devida e 
corretamente preenchidos; 
 O atestado médico da CAT é de competência única e exclusiva do médico; 
 O preenchimento deverá ser feito a máquina ou em letra de forma, de 
preferência com caneta esferográfica; 
 Não conter emendas ou rasuras; 
 Evitar deixar campos em branco; 
 Apresentar a CAT, impressa em papel, em duas vias ao INSS, que reterá a 
primeira via, observada a destinação das demais vias; 
O formulário "Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT" poderá ser 
substituído por impresso da própria empresa, desde que esta possua sistema de 
informação de pessoal mediante processamento eletrônico, cabendo observar que 
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o formulário substituído deverá ser emitido por computador e conter todas as 
informações exigidas pelo INSS. 
 A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho, ocorrido com seu 
empregado, havendo ou não afastamento do trabalho, até o primeiro dia 
útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à 
autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e 
o teto máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas 
reincidências, aplicada e cobrada na forma do artigo 109 do Decreto nº 
2.173/97. 
Deverão ser comunicadas ao INSS, mediante formulário "Comunicação de 
Acidente do Trabalho – CAT", as seguintes ocorrências: 
a-) Acidente do trabalho, típico ou de trajeto, ou doença profissional ou do 
trabalho – CAT inicial; 
b-) Reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente 
do trabalho ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormente 
ao INSS – CAT reabertura; 
c-) Falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, 
ocorrido após a emissão da CAT inicial – CAT comunicação de óbito. 
A comunicação será feita ao INSS por intermédio do formulário CAT, preenchido 
em seis vias, com a seguinte destinação: 
1ª via – ao INSS; 
2ª via – à empresa; 
3ª via – ao segurado ou dependente; 
4ª via – ao sindicato de classe do trabalhador; 
5ª via – ao Sistema Único de Saúde – SUS; 
6ª via – à Delegacia Regional do Trabalho – DRT. 
 A entrega das vias da CAT compete ao emitente da mesma, cabendo a este 
comunicar ao segurado ou seus dependentes em qual Posto do Seguro 
Social foi registrada a CAT. 
Tratando-se de trabalhador temporário, a comunicação referida neste item 
será feita pela empresa de trabalho temporário. 
No caso do trabalhador avulso, a responsabilidade pelo preenchimento e 
encaminhamento da CAT é do Órgão Gestor de Mão de Obra – OGMO e, na falta 
deste, do sindicato da categoria. 
 
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do Trabalho 
Para este trabalhador, compete ao OGMO e, na sua falta, ao seu sindicato 
preencher e assinar a CAT, registrando nos campos "Razão Social/Nome" e "Tipo” 
(de matrícula) os dados referentes ao OGMO ou ao sindicato e, no campo "CNAE", 
aquele que corresponder à categoria profissional do trabalhador.··. 
No caso de segurado especial, a CAT poderá ser formalizada pelo próprio 
acidentado ou dependente, pelo médico responsável pelo atendimento, pelo 
sindicato da categoria ou autoridade pública. 
São autoridades públicas reconhecidas para esta finalidade: os magistrados 
em geral, os membros do Ministério Público e dos Serviços Jurídicos da União e 
dos Estados, os comandantes de unidades militares do Exército, Marinha, 
Aeronáutica e Forças Auxiliares (Corpo de Bombeiros e Polícia Militar). 
Quando se tratar de marítimo, aeroviário, ferroviário, motorista ou outro 
trabalhador acidentado fora da sede da empresa, caberá ao representante desta 
comunicar o acidente. 
Tratando-se de acidente envolvendo trabalhadores a serviço de empresas 
prestadoras de serviços, a CAT deverá ser emitida pela empresa empregadora, 
informando, no campo próprio, o nome e o CGC (Cadastro Geral de 
Contribuintes) ou CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) da empresa onde 
ocorreu o acidente.··. 
É obrigatória a emissão da CAT relativa ao acidente ou doença profissional 
ou do trabalho ocorrido com o aposentado por tempo de serviço ou idade, que 
permaneça ou retorne à atividade após a aposentadoria, embora não tenha direito 
a benefícios pelo INSS em razão do acidente, salvo a reabilitação profissional. 
 
Neste caso, a CAT também será obrigatoriamente cadastrada pelo INSS. 
 
Tratando-se de presidiário, só caberá a emissão de CAT quando ocorrer 
acidente ou doença profissional ou do trabalho no exercício de atividade 
remunerada na condição de empregado, trabalhador avulso, médico-residente ou 
segurado especial. 
Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o 
próprio acidentado, seus dependentes, o sindicato da categoria, o médico que o 
assistiu ou qualquer autoridade pública. 
A comunicação a que se refere este item não exime a empresa da 
responsabilidade pela falta de emissão da CAT. 
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do Trabalho 
Todos os casos com diagnóstico firmado de doença profissional ou do 
trabalho devem ser objeto de emissão de CAT pelo empregador, acompanhada de 
relatório médico preenchido pelo médico do trabalho da empresa, médico 
assistente (serviço de saúde público ou privado) ou médico responsável pelo 
PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – previsto na NR 
nº 7), com descrição da atividade e posto de trabalho para fundamentar o nexo 
causal e o técnico. 
No caso de doença profissional ou do trabalho, a CAT deverá ser emitida 
após a conclusão do diagnóstico. 
Quando a doença profissional ou do trabalho se manifestar após a 
desvinculação do acidentado da empresa onde foi adquirida, deverá ser emitida 
CAT por aquela empresa, e na falta desta poderá ser feita pelo serviço médico de 
atendimento, beneficiário ou sindicato da classe ou autoridade. 
A CAT poderá ser apresentada no Posto do Seguro Social – PSS mais 
conveniente ao segurado, o que jurisdiciona a sede da empresa, do local do 
acidente, do atendimento médico ou da residência do acidentado. 
Deve ser considerada como sede da empresa a dependência, tanto a matriz 
quanto a filial, que possua matrícula no CGC ou no CNPJ, bem como a obra de 
construção civil registrada por pessoa física. 
 
 
6.2. Comunicação de reabertura 
 
As reaberturas deverão ser comunicadas ao INSS pela empresa ou 
beneficiário, quando houver reinício de tratamento ou afastamento por 
agravamento de lesão de acidente do trabalho ou doença ocupacional comunicado 
anteriormente ao INSS. 
Na CAT de reabertura deverão constar as mesmas informações da época do 
acidente, exceto quanto ao afastamento, último dia trabalhado, atestado médico e 
data da emissão, que serão relativos à data da reabertura. 
 
Comunicação de óbito 
 
O óbito decorrente de acidente ou doença ocupacional, ocorrido após a 
emissão da CAT inicial ou da CAT reabertura, será comunicado ao INSS através 
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do Trabalho 
da CAT comunicação de óbito, constando a data do óbito e os dados relativos ao 
acidente inicial. Anexar a Certidão de Óbito e, quando houver, o laudo de 
necropsia. 
 
Figura 3. Formulário parcial de Comunicação de Acidente do Trabalho 
Fonte: http://www.previdencia.gov.br/forms/formularios/form001.html 
 
 
 
 
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do Trabalho 
Material Complementar 
 
Com o objetivo de consolidar as informações obtidas nesse ambiente, sugiro 
que façam uso do seguinte material:Ministério do trabalho e do emprego – Normas Regulamentadoras 
http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm 
 
Ministério da Previdência Social – CAT (Comunicação de acidente do trabalho) 
http://www.mpas.gov.br/conteudoDinamico.php?id=297 
 
Legislação Comentada 
http://pro-
sst1.sesi.org.br/portal/main.jsp?lumPageId=FF80808127E00DDF0128412778E572D3 
 
Vídeo da NR-35 comentada 
http://www.youtube.com/watch?v=NPQ3BFN60js 
 
Vídeo aula NR-10 (instalações elétricas) 
http://www.youtube.com/watch?v=dIVw8mFwdHA 
 
O ser humano aprende com exemplos e contra exemplos. Veja exemplos 
“criativos” de como instalações elétricas NÃO DEVEM SER FEITAS! 
http://www.youtube.com/watch?v=PwAEgdrPHk8 
 
Vide NR-11 (movimentação e armazenagem) 
http://www.youtube.com/watch?v=zxdZTvRwVfU 
http://www.youtube.com/watch?v=4I5L6OHPdJo 
 
Vídeo aula NR-15 (insalubridade) 
http://www.youtube.com/watch?v=dIVw8mFwdHA 
 
Vídeo aula NR-17 (ergonomia) 
http://www.youtube.com/watch?v=C2IG7YRZS1E 
 
Vídeo sobre Revolução Industrial - I 
http://www.youtube.com/watch?v=meSQG6bNvOM 
 
Administração Científica de Taylor 
http://www.youtube.com/watch?v=JZq9a_r4C3M 
 
Fábrica da Ford e o Modelo – T 
http://www.youtube.com/watch?v=8caU8gvD6Dc 
 
Elton Mayo e a Escola das Relações Humanas 
http://www.youtube.com/watch?v=KOGrcLx5W-g&feature=fvsr 
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do Trabalho 
 Anotações 
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Referências 
 
 
SESI, Departamento Regional da Bahia , “Legislação Comentada”, 
2008. 
http://www.previdencia.gov.br/forms/formularios/form001.html 
 
 
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