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As Bases Cromossômicas da Hereditariedade: principais cromossomopatias humanas Profa Renata Canalle Universidade Federal do Piauí Campus Ministro Reis Velloso – Parnaíba Curso Biomedicina Disciplina Genética Humana e Médica Anomalias cromossômicas A perda gestacional é comum em humanos, com aproximadamente 1/3 das gestações perdidas espontaneamente após a implantação Pelo menos 95% das concepções com anomalias cromossômicas são perdidas antes do nascimento → abortos espontâneos Taxa Global de aborto espontâneo: 15% 50% das anomalias cromossômicas são trissomias; 20% monossomias (45,X); 15% triplóides e 15% tetraplóides e anomalias estruturais Anomalia isolada mais comum nos abortos é a S. Turner 45,X (20%) Trissomia do 16 → a mais comum nas concepções, mas nunca foi vista em nativivos Abortos espontâneos X Abortos espontâneos recorrentes Cromossomopatias humanas Anomalias cromossômicas: síndromes clínicas com fenótipos variados Aneuploidias autossômicas Incidência Trissomia 13 1/22.700 Trissomia 18 1/7.500 Trissomia 21 1/830 Aneuploidias de Cromossomos sexuais Mulheres nascidas: 45, X 1/4.000 47, XXX 1/900 Homens nascidos 47, XXY 1/1.000 47, XYY 1/1.000 Cromossomopatias humanas Anomalias cromossômicas: síndromes clínicas com fenótipos variados Anomalias Estruturais Incidência Rearranjos balanceados Robertsonianos 1/1.000 Outros 1/855 Rearranjos desbalanceados Robertsonianos 1/13.600 Outros 1/1.800 Todas as anomalias 1/154 Cromossômicas nativivos Síndromes cromossômicas convencionais Schaefer & Thompson Jr. Genética Médica, 2015 Cromossomopatias humanas Síndrome de Down Apresentação de um caso Menino, de três anos , com deficiência mental, retardo do crescimento e do desenvolvimento neuromotor e hipotonia muscular. Sustentou a cabeça com um ano e sentou-se com dois anos. Ensaia os primeiros passos. Não fala, mas tem capacidade imitativa. Quando o paciente nasceu, sua mãe tinha 31 anos e o pai, 32. A gravidez e o parto foram normais. Não houve doenças infecciosas, não foram tomadas drogas. Na família, não há casos semelhantes. Cromossomopatias humanas Síndrome de Down Apresentação de um caso O paciente apresenta occiptal achatado, fendas palpebrais oblíquas com os cantos externos elevados, pregas epicânticas internas, orelhas de implantação baixa, ponte nasal achatada, língua com sulcos e protruída, pescoço curto e largo, mãos e dedos curtos... O estudo citogenético revelou cariótipo 46,XY,-21,+t (21q21q) Seus pais e irmãos apresentam cariótipos normais (46,XY ou 46,XX). Firmou-se o diagnóstico de síndrome de Down, resultante de trissomia do cromossomo 21, por translocação. Cromossomopatias humanas 1866 Langdon Down 1959 Lejeune → maioria das crianças 47 cromossomos (+21) Condição aneuplóide mais comum compatível com a sobrevivência a termo (incidência: 1/800) Primeira causa de retardo mental de origem genética QI entre 30 e 60 (podem se alfabetizar, são imitativos, afetuosos e cooperativos) Doença cardíaca congênita: presente em 1/3 dos nativivos e com frequência maior em abortos (75% das concepções com trissomia do 21 são espontaneamente abortadas) Trissomia do 21 (Síndrome de Down) Cariótipo: 47, XX ou XY, +21 Cromossomopatias humanas Os homens com síndrome de Down são estéreis e as mulheres manifestam, com frequência, hipogonadismo e amenorréia primária – algumas tornam-se mães Mães – metade da prole afetada, dada a trissomia presente (na prática frequência inferior; 75% das concepções com trissomia do 21 são espontaneamente abortadas) Suscetíveis a infecções das vias respiratórias e defeitos do tubo digestivo, além da cardiopatia congênita em 40% ( todas responsáveis pela morte precoce) aumento no risco de 15 vezes para leucemia aguda Trissomia do 21 (Síndrome de Down) Cariótipo: 47, XX ou XY, +21 Síndrome de Down Cariótipo: 47, XX, +21 Síndrome de Down Pescoço curto e grosso expectativa de vida reduzida em 15-20% dos casos: morte por doenças respiratórias ou cardíacas Língua protrusa (Prega simiesca) Espectativa média de vida: 50 a 60 anos microcefalia Síndrome de Down Eles podem apresentar o quinto dedo mais curto, um amplo espaço entre o primeiro e segundo dedos dos pés e um vinco palmar transversal único. Incidência de Síndrome de Down em nativivos e fetos em relação à idade materna Aspectos genéticos: Trissomia do cromossomo 21 95% dos casos, como resultado da não-disjunção meiótica do par 21 materno (75% meiose I) Apenas em 10% dos casos é de origem paterna, em geral na meiose II Translocação Robertsoniana cerca 4% dos pacientes com S. Down 45 cromossomos translocação robertsoniana entre o cromossomo 21q e o braço longo de um dos outros cromossomos acrocêntricos (em geral o 14 ou o 22) não envolve a idade materna; Síndrome de Down familiar (risco para próximo filho) Síndrome de Down Aspectos genéticos: Translocação 21q21q (1%) cromossomo constituído de dois braços longos do cromossomo 21 isocromossomo Mosaicismo de Síndrome de Down (1-2%) apresentam populações de células com um cariótipo normal e outra com trissomia do 21 A Síndrome de Down no Mosaico origem pós-zigótica (não-disjunção mitose) Mosaicismo expressão clínica mais branda (variável) Síndrome de Down 47,XY,+21[10]/46,XY[10] Síndrome de Down Menina com mosaicismo para trissomia do 21 (7 de 30 células do sangue periférico com trissomia). Ela apresenta atrasos leves de desenvolvimento; a única característica física da síndrome de Down é um amplo espaço entre o primeiro e o segundo dedos do pé. Aspectos genéticos: Trissomias parciais – apenas determinadas regiões do cromossomo 21 em triplicata (banda 21q22) Gene DYRK1A – considerado o principal para explicar o fenótipo do retardo mental Síndrome de Down Trissomia do braço 21q proteínas em excesso 1) APP (proteína precursora amilóide) 21q21.5 inibição da serina protease, adesão celular, neurotoxicidade e crescimento celular desenvolvimento do sistema nervoso central; Alzheimer 2) EST-2 (gene AML1) sub-banda 21q22.2 - É o oncogene da leucemia mielóide aguda translocação cromossômica 8;21 [t(8;21)] 3) SOD-1 – superóxido desmutase 21q22.1 neurônios ou neuroglias do sistema nervoso central Em níveis aumentados retardo mental e aceleração na taxa de envelhecimento; progeria 4) alfa-A-cristalina sub-banda q22.3 - Proteína estrutural do cristalino 3% das crianças cataratas congênitas Síndrome de Down Risco de Síndrome de Down – aconselhamento genético Síndrome de Down Risco de qualquer casal tomado ao acaso de que uma criança nasça com defeito ou doença genética é avaliado em cerca de 3 a 4%. risco depende da idade materna e do cariótipo de ambos os genitores - Mulher 30 anos – 1 em 800; 45 anos – 1 em 25 - filho de uma mulher de mais de 44 anos: 3 a 4% acrescido do risco de 3,5% (específico da síndrome de Down) – total 6,5 a 7,5% - frequência de embriões e fetos com S. Down em exames pré-natais é bem maior (talvez o dobro) – alta incidência de abortos espontâneos Síndrome de Down Risco de recorrência(importância da análise cromossômica por bandamento em uma criança com S. Down) Cerca de 1% no geral – trissomia livre do 21 ou mosaico 46/47 1% para mães com menos de 35 anos (com história pré-via de S. de Down) 2% até os 40 anos, 3% até os 43 anos e 5% daí em diante Devido a translocação robertsoniana – muito mais alto (1 em 3) mãe portadora: 10 a 20% pai portador: 1 a 3% (5 a 10%) Isocromossomo 21q21q (em um dos progenitores) – risco de 100% Síndrome de Down Risco de recorrência viáveis1/3 Trissomia do 18 - Síndrome de Edwards • Descrita em 1960 • 47,XX ou XY,+18 Incidência: - 1 em cada 5.000 - 7.500 nativivos - concepção 90% - 95% abortos espontâneos Aumento de risco com a idade materna→ acima de 35 anos: 1/200 Sobrevida: - mais que alguns meses é rara - 80 % dos pacientes são femininos (3F:1M) sobrevivência preferencial • 95% trissomia livre do 18 (90% origem materna) • 5% translocações: envolvendo o chr 18; aneuploidias duplas: trissomia dos chr X, 21 ou 13 Mosaico expressão variável forma mais branda; podem chegar à vida adulta Síndrome de Edwards 47, XY, +18 Retardo mental Falta de desenvolvimento Mãos em modo característico: 2o e 5o dedos da mão encobrindo o 3o e 4o Malformações do coração Hipertonia (contração exagerada do músculo) Cabeça com occipúcio proeminente e mandíbula retraída Orelhas com implantação baixa e malformadas; pescoço curto Externo é curto Pés em “cadeira de balanço” anomalias genitais, pulmonares e renais Síndrome de Edwards Síndrome de Edwards Doença cardíaca congênita Trissomia do 13 - Síndrome de Patau Incidência: 1 em 5.000-10.000 nascimentos Aumento de risco com a idade materna→ acima de 35 anos: 1/720 chr extra surge da não-disjunção da meiose I materna - Leve preferência pelo sexo feminino - 95% das concepções → abortadas espontaneamente Sobrevida: ½ das crianças morre no primeiro mês 70% morrem primeiro semestre 95% morrem primeiro ano • 47, XX ou XY, +13 •20% translocação não-balanceada; trissomia do braço curto chr 13 •5% mosaicismo •75% trissomia livre do chr 13 (90% origem materna) Síndrome de Patau Retardo de crescimento e mental Graves malformações do SNC (microcefalia) Testa inclinada, microcefalia e largas suturas Microftalmia (globo ocular pouco desenvolvido) Coloboma de íris ou ausência de olhos Orelhas malformadas Fenda labial e palatina Polidactilia Mãos características Pés em “cadeira de balanço” Defeitos cardíacos congênitos e urogenitais Linha transversa palmar Síndrome de Patau Trissomia parcial do 22 - Síndrome do olho de gato Coloboma da íris Excesso em mulheres (3F:1M) Sobrevida indeterminada Apêndices pré-auriculares Malformações cardíacas Retardo mental Atresia anal (desenvolvimento incompleto, obstrução) Micrognatia (queixo pequeno) Fissuras palpebrais antimongolóides Raramente surdez, deslocamento congênito do quadril e aplasia renal 47, XX ou XY, +22q- Síndrome do olho de gato 47, XY, +22q- • Aneuploidia: trissomia do braço curto chr 22 Síndromes de deleção autossômica: Síndrome do Cri du Chat (miado de gato) (5p-) Choro similar a um miado de gato hipoplasia da laringe Aspecto facial característico, arredondado Microcefalia Hipertelorismo ocular (distância exagerada entre os dois olhos) Estrabismo Pregas epicânticas Implantação baixa das orelhas Nariz achatado (base) Micrognatia Retardo mental grave (QI 20) Defeitos cardíacos46, XX, 5p- Prevalência: 1 em 50.000 nascimentos Maior no sexo feminino (2F:1M) Sem relação com idade materna Sobrevida: Variável Síndrome do Cri du Chat • 10-15% dos pacientes são prole de portadores de translocações equilibradas (risco de recorrência elevado 25%) • Deleção de genes em 5p15 – braço curto do chr 5 – esporádica, risco recorrência desprezível Síndrome do Cri du Chat Síndrome de Wolf- Hirschhorn (4p-) - Deleção da extremidade terminal do braço curto do chr 4 - Microcefalia - Aparência facial característica - Ponte nasal bastante proeminente, deficiência intelectual - Lábio leporino com ou sem fenda palatina - de novo ou hereditário Síndromes de genes contíguos (microdeleções) Pacientes com deleções 22q11.2 (síndrome de DiGeorge) Fenótipo parcial Fenótipo síndrome velo-cardio-facial - Ela apresenta alterações faciais típicas - Fenda palatina e defeito cardíaco conotruncal - Autossômica dominante - com expressividade variável e penetrância reduzida Síndromes de microdeleções FISH, CGH e microarranjos CGH Novas descobertas: anomalia cromossômica submicroscópia responsável por 10% dos casos de retardo mental idiopático Síndrome Williams (chr 7), Angelman e Prader-Willi (chr 15), DiGeorge (chr 22q11), Tumor de Wilms (chr 11) Síndrome de Klinefelter: (47,XXY) Fisicamente normais puberdade hipogonadismo Quase sempre inférteis Dificuldade de linguagem, leitura e escrita Ajuste psicossocial relativamente pobre passividade Apresentam cromatina sexual (corpúsculo de Barr) 50% das concepções → abortadas espontaneamente Diagnóstico: exame de cromatina sexual (ou do cariótipo) Anomalias nos cromossomos sexuais: Síndrome de Klinefelter: Incidência : 1:600 – 1:1.000 Ombros estreitos Quadris mais largos Braços e pernas longos Altos Testículos pequenos (hipogonadismo) Maturação sexual retardada Azoospermia (ausência completa de espermatozóides no ejaculado); infertilidade Ginecomastia (presença de mamas) Ausência de barba e pêlos no corpo Distribuição de pelos pubianos com padrão feminino QI médio entre 80 e 95; problemas de aprendizagem Síndrome de Klinefelter: 60% não-disjunção na meiose materna ou nas divisões pós-zigóticas 40% não-disjunção na meiose paterna 15% Mosaicismo (46,XY / 47,XXY); probabilidade de esperma viável Variantes: 48,XXXY; 49,XXXXY Quanto mais X mais anormal (retardo mental; características da S. Down) Síndrome 47,XYY (duplo Y) 1 em 1.000 nativivos Homens fenotipicamente normais Altos; face alongada Risco aumentado de problemas educacionais ou comportamentais QI de 10 a 15 pontos abaixo da média Retardo mental moderado; agressividade Atraso de linguagem e leitura, dificuldade em soletrar palavras Orelhas anormais; dermatites frequentes Hipogonadismo frequente Férteis; subfertilidade • Aneuploidia do Y: não-disjunção na meiose II paterna • Aumenta com a idade paterna • variante: XYYY (anormalidades múltiplas) Síndrome 47,XYY Síndrome de Turner (45,X) Incidência: 1 em 4.000 (2.500) Linha baixa de implantação dos cabelos Pescoço alado Tórax largo e em escudo com mamilos muito espaçados Baixa estatura Disgenesia gonadal (gônadas malformadas); 95% estéreis Amenorréia primária ou secundária Inteligência média ou acima da média deficiência na percepção espacial, organizacional motora perceptiva ou na execução motora fina Frequência elevada de anomalias renais e cardiovascularesAusência de corpúsculo de Barr • Mais comuns: 45,X (20% dos abortos espontâneos) • ¼ mosaicos (45,X/46,XX); aumento de sobrevida • X materno em 70% dos casos (erro meiótico paterno) • X em anel 46,X,r(X) pacientes com baixa estatura • 46,X,i(Xq) fenótipo clássico (15% de todos os casos) 45,X Síndrome de Turner Tratamento com estrógenos melhora a condição geral Síndrome de Turner Tratamento com hormôniode crescimento, quando do diagnóstico precoce aumento da altura adulta final Menina com síndrome de Turner sem características típicas desta síndrome Portanto, mesmo na ausência de características físicas, meninas com baixa estatura sem outra explicação devem realizar um cariótipo • Mais comuns: 45,X (20% dos abortos espontâneos) Síndrome de Turner Natimorto – síndrome de Turner 47,XXX 1 em 1.000 nascimentos femininos Estatura pouco acima da média Fenotipicamente normais - femininos Em geral são férteis 70% problemas de aprendizagem; retardo mental leve Manifestação de epilepsia e anomalias no EEG Pregas epicânticas Dois corpúsculos de Barr Trissomia do X Trissomia do X •Erros na meiose materna maioria meiose I •Risco aumentado com a idade materna •Tetrassomia e pentassomia do X retardo mental e de desenvolvimento graves 47,XXX Distúrbios do desenvolvimento sexual e gonadal: a base genética da determinação do sexo Gene SRY: codifica o fator determinante do testículo (TDF); região determinante do sexo no Y Gene DAX1: antagonista de SRY, presente em X, que reprime outros genes que promovem a diferenciação do embrião em homem Cromossomo Y humano região pseudo- autossômica Yp AZFa-c: regiões deletadas na azoospermia região pseudo- autossômica Yq Sexo gamético fertilização Mulheres 46,XY Homens 46, XX Distúrbios do desenvolvimento sexual e gonadal: a base genética da determinação do sexo Mulheres 46,XY sexo revertidas na ausência do gene SRY no cromossomo Y herdado, o gene DAX1 (Xp21.3) continua reprimindo genes que promovem a diferenciação do embrião em um homem desenvolvimento ovariano (mas como vestígios gonadais, e têm características sexuais secundárias pobremente desenvolvidas) Homens 46, XX translocação do gene SRY (Yp11.2) para Xp (possuem um cromossomo X com o gene SRY) crossing imperfeito entre X e Y durante a meiose masculina X X X Y X Y Gene SRY Macho XX Macho XY normal Fêmea XY Segmento perdido que contém o gene SRY Reversão de sexo Características similares às da síndrome de Klinefelter, exceto por terem altura e inteligência normais Fenótipos são quase normais, exceto por não sofrerem mudanças pubertais pois não secretam os hormônios femininos. São tratadas como síndrome de Turner Distúrbios do desenvolvimento sexual e gonadal: a base genética da determinação do sexo Pseudo-hermafroditismo feminino Têm tecido gonadal apenas de um sexo Cariótipo 46,XX Tecido ovariano normal Genitália externa ambígua ou masculina Hiperplasia adrenal congênita AR 1 em 12.500 nativivos origem materna: ingestão de testosterona durante a gravidez Distúrbios do desenvolvimento sexual e gonadal: a base genética da determinação do sexo Defeitos em enzimas do córtex da adrenal biossíntese cortisol virilização de crianças femininas Aumento do clitóris e fusão labial Deficiência de 21-hidroxilase (glicocorticóides; chr 6) hiper-produção de precursores desviados para biossíntese de androgênios Pseudo-hermafroditismo feminino Hiperplasia adrenal congênita AR Distúrbios do desenvolvimento sexual e gonadal: a base genética da determinação do sexo Pseudo-hermafroditismo masculino Síndrome de insensibilidade androgênica (feminilização testicular) Falta de receptores androgênicos (testosterona) das células-alvo apropriadas (gene alterado localizado no cromossomo X) Cariótipo 46,XY Testículos presentes no abdome ou canal inguinal (hérnias) Pêlos pubianos e axilares raros Genitália externa feminina vagina em fundo-cego (curta) Sem úteros e tubas uterinas Reversão de sexo devido à mutação no TFM: síndrome de insensibilidade androgênica normal * TFM: gene codificante do receptor de testosterona (androgênios) Y X SRY Fator determinante de testículo Testículo Testosterona TFM Receptor de Testosterona Complexo receptor de testosterona sinaliza diferenciação em macho Características sexuais secundárias masculinas Y X SRY Fator determinante de testículo Testículo Testosterona TFM mutado Sem receptor de Testosterona Sem complexo receptor de testosterona Características sexuais secundárias femininas Conclusão: os genes para a maioria das características secundárias M ou F estão presentes não apenas nos cromossomos sexuais, mas também nos autossomos; temos genes tanto para características M quanto F Distúrbios do desenvolvimento sexual e gonadal: a base genética da determinação do sexo Pseudo- hermafroditismo masculino •1 em 20.000 nascidos vivos Distúrbios do desenvolvimento sexual e gonadal: a base genética da determinação do sexo Hermafroditismo verdadeiro Genitália ambígua ao nascimento (claramente + masculina que feminina) Gônadas: tecido testicular e ovariano (em geral têm útero) Sob a forma de dois órgãos distintos ou um ovotéstis Podem menstruar; estéreis, porém 25% ovulam; não ocorre espermatogênese Cariótipo mais comum 46,XX Mosaicismos variados ou quimera (46,XX/46,XY) – 30% dos casos Rara na população; mais prevalente nos negros do Sudeste da África: deleção do gene SRY duplicação 22q; alterações cromossômicas no cariótipo, defeitos em um único gene, causas não-genéticas Anomalias cromossômicas tipicamente resultam em atraso no desenvolvimento, retardo mental, traços faciais característicos e vários tipos de malformações congênitas O tratamento destes pacientes deve ser multidisciplinar, acompanhado por nutricionistas, médicos de várias áreas, psicólogos, fisioterapeutas, profissionais de educação física Estes pacientes necessitam um acompanhamento cuidadoso ao longo da vida para prevenção, diagnóstico e tratamento de patologias associadas Doenças Genéticas - cromossomopatias
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