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Patologia Geral Resumo Criado Por Daniella Meirelles – Med. Veterinária Degenerações: Conceito: É a “deterioração” celular; São lesões celulares reversíveis decorrentes de alterações bioquímicas que levam ao acúmulo intracelular de substâncias, o qual ocorre no CITOPLASMA; Usa-se o sufixo “OSE” para designar um processo degenerativo; É um processo reversível Se retirado o agente agressor (etiológico), a célula volta à sua morfologia normal. Conceito de Rudolf Virchow (“o pai da Patologia”): “São processos patológicos caracterizados por modificações da morfologia das células com diminuição de suas funções”. Se a degeneração persistir, as células entrarão em necrose. - Classificação de Letterer – De acordo com a natureza da substância acumulada: • Acúmulo de água e eletrólitos (D. HIDRÓPICA) • Acúmulo de proteínas (D. HIALINA) • Acúmulo de lipídeos (D. GORDUROSA/ESTEATOSE) • Acúmulo de carboidratos (D. GLICOGÊNICA) • Acúmulo de muco (D. MUCÓIDE) - O Acúmulo celular pode ocorrer no: Citoplasma Organelas citoplasmáticas Núcleo - Principais vias de acúmulo: • Produção normal com baixa taxa metabólica para remoção. • Acúmulo de substâncias endógenas devido à defeitos genéticos ou adquiridos. • Substância exógena por falta de enzimas de degradação ou transporte ESTEATOSE: Também denominada: Lipidose, Degeneração pela gordura, Degeneração gordurosa ou Metamorfose gordurosa Qualquer acúmulo anormal de triglicerídeos nas células do parênquima. Principais órgãos acometidos: •Fígado* •Coração •Músculo Esquelético •Rins Via Metabólica da Gordura: Os lipídios obtidos na dieta são absorvidos no intestino e então transportados pelos quilomicrons para o fígado, musculatura e tecido adiposo. As lipases atuam nesses quilomicrons liberando o ácido graxo. Via Metabólica da Glicose: O excesso de glicose, obtido da dieta é convertido em glicerol-3-P, na glicólise. Através da ação enzimática, transformam-se em ácidos graxos livres. Nos hepatócitos, esses AGL são esterificados em triglicerídeos, convertidos em colesterol e/ou fosfolipídios ou oxidados em cetonas. Os triglicerídeos formados são complexados com APOPROTEINAS, sendo convertidos em LIPOPROTEÍNAS para serem liberados do fígado e servir como uma fonte rápida de energia. MECANISMO PARA O DESENVOLVIMENTO DA LIPIDOSE: A esteatose ocorre quando a taxa de acúmulo de triglicerídeos nos hepatócitos excede a taxa de degradação ou sua liberação como lipoproteína. • ↑ AGL oriundos do intestino ou do tecido adiposo. • ↓ β-oxidação dos AGL em cetonas por lesão mitocondrial (toxinas ou hipóxia). • ↓ Síntese de ApoPTN = ↓ produção e exportação de lipoPTN (CCl4 e aflatoxina). • ↓ da lipoPTN por desnutrição calórico-protéica. • ↑ da esterificação dos AG em triglicerídeos, devido ↑ [ ] de glicose e insulina. • ↑ dieta rica em carboidratos = ↑ síntese AG = ↑ triglicerídeos. •↑ de AG hepático devido ao ↑ da demanda energética. PRINCIPAIS CAUSAS: Ocorre devido à condições que promovem aumento da mobilização da gordura no tecido adiposo, principalmente quando há o aumento da demanda por energia em um curto período de tempo. Mas também pode ser observada em desordens nutricionais (obesidade, desnutrição calórico-protéica, inanição), em alterações genéticas (Doença do Acúmulo de Glicogênio e Doença de Wilson) e em alterações endócrinas (Diabetes Mellitus). Alguns agentes químicos podem induzir a lipidose devido a redução da oxidação de ácidos graxos livres Épocas de Alta Demanda Energética nos Animais: Ruminantes no pico de lactação ou prenhes avançada Síndrome do Fígado Gorduroso Bovino Síndrome do Fígado Gorduroso em Felinos _ Causas Dietéticas: •Dieta hiperlipídica e hipercolesterolêmica. •Deficiência de cobalto e de vitamina B12 •Restrição alimentar aguda em indivíduos obesos _ Causas Tóxicas e Anóxicas: Agentes químicos como tetracloreto de caborno (CCl4) _ Causas Endócrinas: •Diabetes Mellitus •Hipotireoidismo _ Alcoolismo: •A esteatose é resultado do catabolismo normal e da biossíntese de substratos lipídicos. - Onde a degeneração ocorre no fígado (Aspectos morfológicos): Microarquitetura: O fígado é dividido em lóbulos hexagonais de1 a 2mm de diâmetro, orientados em torno da veia hepática, como espaço portal na periferia do lóbulo. O sangue da veia porta e artéria hepática viaja através dos sinusóides do parênquima em direção a veia hepática terminal. Podemos então definir o fígado em 3 zonas: sendo a zona 1 mais próxima do fornecimento de sangue e a zona 3 é a mais distante; e podemos definir as regiões do parênquima como periportal, intermediária (midiazonal), e centrolobular. Os hepatócitos são vacuolizados e a extensão desta vacuolização depende da severidade. Em casos moderados, os hepatócitos acometidos estão presentes nas zonas 2 ou 3 (região centrolobular), mas em casos severos pode acometer todas as zonas. Em fígados extremamente afetados, podem assemelhar-se a gordura, sendo identificados apenas pelos espaços portais. Em alguns casos, dependendo do tempo de lesão, há presença de infiltrado inflamatório ou intensa reação oxidativa, pode-se observar a presença de Corpúsculos de Mallory. Nos hepatócitos com grandes quantidades de gordura, o núcleo pode estar deslocado para a periferia e a célula pode parecer um adipócito. - Esteatose Microvesicular: Pequenas gotas de gordura que podem ocupar todo o citoplasma, mantendo o núcleo em seu lugar. Macroarquitetura: Em estados graves os fígados estão aumentados, amarelados, macios e friáveis, com bordas arredondadas e, ao corte, apresentam-se inchados com o parênquima macio e friável com textura gordurosa. Diagnóstico Diferencial: Vacúolos nos hepatócitos podem ser devido ao acúmulo de gordura, mas também podem ocorrer devido ao acúmulo intracelular de glicogênio ou água. Além disso, não deve ser confundida com a presença de lipídios entre os cordões de hepatócitos, como ocorre em casos de hiperplasia das células estreladas/células de Ito devido à hipervitaminose A. - Esteatose Muscular (Musculo Estriado Esquelético ou Cardíaco): Macro: Áreas pálidas nos músculos, especialmente nas costas. Micro: Fibras musculares substituídas por fibras de gordura. DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA: Também chamada: Tumefação Celular ou Edema intracelular Lesão celular reversível caracterizada por acúmulo de eletrólitos (principalmente Na+) e de água no interior da célula, tornando-a tumefeita. Quase todas as agressões são capazes de produzir essa lesão. Pode ocorrer em qualquer célula do organismo (Neurônios, células epiteliais, fígado, rins, etc.). Transtornos do equilíbrio hidroeletrolítico: - Canais iônicos - Bombas eletrolíticas - ATP 3 Na+ 2 K+ Obs.: Qualquer dano à integridade das proteínas que formam o complexo enzimático de transporte de eletrólitos MECANISMO DE FORMAÇÂO DA LESÃO: Danos às enzimas chaves, como NaKATPase (Lesão direta à membrana citoplasmática ou mitocondrial (agentes etiológicos), Anóxia, As proteínas plasmáticas podem exacerbar o quadro porque aumentam a pressão osmótica intracelular, Modificações na atividade de uma ou mais moléculas que formam a bomba) Comprometimento da produção de ATP Não funcionamento da bomba Na/K Retenção de Na+ intracelular CAUSAS: - Hipóxia (Placas ateroescleróticas, Anemia, Choque, Hipertermia exógena ou endógena - consumo de ATP) - Danos às membranas celulares (Toxinas com atividade de fosfolipase, Agressões geradoras de radicais livres, Oaubaína (Inibidor de ATPase), Vírus que se replicam e danificam a membrana) ASPECTOS MORFOLÓGICOS: Macroscopicamente: Aumento de peso e volume Células mais salientes na superfície de corte Coloração mais pálida – Compressão de capilares É um processo passivo TECIDOS QUE SÂO ACOMETIDOS: - Epitélio da pele - Epitélio do estômago - Epitélio renal DEGENRAÇÃO HIALINA: Grego: “hyálinos” = vidro Acúmulo de material acidófilo, vítreo, no interior das células. CAUSAS (MATERIAL PROTÉICO): – Condensação de filamentos intermediáriose proteínas associadas (reabsorção e reestruturação de sarcômeros dos miócitos); – Material de origem viral; – Corpos apoptóticos; – Proteínas endocitadas. EXEMPLOS DE DOENÇAS: − Reabsorção e reestruturação dos sarcômeros dos miócitos (necrose hialina quando muito extenso); − Proteinúria (endocitose excessiva pelas células do epitélio tubular renal); − Corpúsculos de Russel nos plasmócitos; GOTAS HIALINAS: Constitui-se em um material proteináceo que se acumula no citoplasma celular Também podem ser chamadas de corpúsculos hialinos, quando localizados na luz do túbulo renal INCLUSÕES VIRAIS: São corpúsculos de inclusões induzidos pela replicação viral São restos de proteína viral do vírion que podem ser tanto intranucleares quanto intracitoplasmáticas, tanto eosinofílico quanto basofílico A inclusão pode ser única ou múltipla Ex.: rhabdovírus, vírus da cinomose, circovírus, herpesvírus. INCLUSÕES NA INTOXICAÇÂO POR Pb: São inclusões presentes nos túbulos renais que, dependendo da intensidade, pode ter sérias consequências degenerativas. PSEUDOINCLUSÃO INTRANUCLEAR: É uma invaginação ou projeção citoplasmática para dentro do núcleo celular Ocorre na intoxicação por Senecio sp.(planta tóxica) PARASITAS INTRACELULARES: Babesia sp. Anaplasma sp. Ehrlichia canis Hepatozoon canis Toxoplasma sp. Sarcocystis neurona DEGENERAÇÃO MUCÓIDE: − Acúmulo de mucina (glicoproteína) em células mucíparas (hiperprodução de muco) − Síntese exagerada de mucinas em adenomas e adenocarcinomas É um processo agudo e reversível, sendo encontrado mais frequentemente nos ligamentos, tendões, meniscos, meninge dura-máter espinhal, na mixomatose dos coelhos (causada por um poxvírus, afetando principalmente o limite pele-mucosas e as orelhas), no hiper e hipotireoidismo (com formação do "Mixedema" na derme) e em algumas imunopatias. DEGENERAÇÃO GLICOGÊNICA: Também denominada: Glicogenose Quantidades excessivas de glicogênio presentes no citoplasma celular Quantidades variáveis de glicogênio são normalmente armazenadas nos Hepatócitos e Miócitos – Depende do horário da última refeição CUIDADO – Muito glicogênio também é observado em animais jovens bem nutridos e em crescimento CAUSAS DA DEGENERAÇÃO POR GLICOGÊNIO: - Metabolismo de glicose e glicogênio anormais (Doenças hiperglicemiantes – Diabetes, Hiperadrenocorticismo, Metabolismo de glicose anormal, Corticoterapia prolongada) Degradação deficiente do glicogênio – Glicogênio se acumula nos lisossomos LESÕES MACROSCÓPICAS: - Não são visualizadas - Em casos de hepatopatias graves, o fígado pode estar aumentado e pálido ALTERAÇÕES MICROSCÓPICAS: - Melhor visualizadas - Coloração de PAS (Ác. Periódico de Shift) - Espaços claros, irregulares, com contornos pouco definidos - O núcleo permanece no centro da célula Morte Celular – Necroses/Autofagia/Apoptoses: Fisiológicas: - Autofágica – Independente de caspases - Apoptótica – Dependente de caspases (Via Receptores da Morte/Via Retículo Endoplasmático/Via Mitocondrial) Patológicas: - Necrótica Células Normais (Homeostase): Estresse ou Demanda Aumentada Estímulos Injuriosos Adaptações Agressão Celular Morte Celular Inabilidade Para Adaptação NECROSE: - Morte celular por processos irreversíveis Definições: “morte celular ocorrida no organismo vivo, seguida de fenômenos de autólise”. Há liberação de hidrolases dos lisossomos para o citosol Ca+ Autólise = Degradação enzimática dos componentes celulares por enzimas lisossômicas, independente se houve morte focal ou morte do indivíduo O que leva à necrose? - Hipóxia e isquemia - Perda da permeabilidade da membrana - Liberação de enzimas lisossomais – Degradação a célula - Lesões no DNA - Alteração na síntese proteica - Acúmulo de radicais livres. O que uma célula precisa para funcionar normalmente? - O2 Para produzir ATP - Membrana celular íntegra Funcionando de forma seletiva. - Núcleo integrado Funcionando normalmente. - Enzimas bem delimitadas nas vesículas. Alterações Morfológicas No Núcleo Em Necrose: Eosinofilia aumentada – roxinho Aumento do volume celular Alterações no núcleo - Picnose/ Cariorrexe/ Cariólise: Picnose – encolhimento do núcleo e aumento da basofilia, cromatina condensada; Cariorrexe – núcleo estará fragmentada Cariólise – perda da coloração do núcleo. Alterações citoplasmáticas: Tumefação e ruptura das mitocôndrias Citoplasma fica granuloso e se transforma em uma massa opaca e grosseira Membrana Celular é fragmentada e pode romper-se – Extravasamento celular para as células adjacentes (inflamação – resp. inflamatória) Aumento da acidofilia Diferentes Tipos de Necrose: - De acordo com: Aspecto macro ou microscópico Causa das lesões Necrose de Coagulação Necrose Liquefativa Necrose Caseosa Esteatonecrose Necrose Lítica Necrose Gomosa Necrose Hemorrágica Necrose Gangrenosa (Gangrenas) - Seca - Úmida - Gasosa NECROSE DE COAGULAÇÂO: - Ocorre quase sempre em falta de irrigação, ou seja, infarto tecidual _ ASPECTO: - Células necrosadas com citoplasma - Arquitetura tecidual mantida - Área acometida estará pálida - Estará circundado por um halo avermelhado (hiperemia) _ CAUSAS: - Infartos - Isquemias NECROSE DE LIQUEFAÇÃO: - Grande ação de enzimas lisossômicas liberadas por neutrófilos em casos de infecções por bactérias Gram+ _ ASPECTO: - O tecido acometido assume aspecto liquefativo – aspecto de geléia* - Estará com consistência semifluida - Arquitetura tecidual não é mantida _ CAUSAS: - Abscessos - Processos purulentos - Infecções por bactérias _ ACOMETE PRINCIPALMENTE: - Cérebro, Mucosa Gástrica - Adrenais - Interior de abscessos - Pneumonias por falsa via - Em casos de necrose do sistema nervoso e na parede do estômago NECROSE CASEOSA: - O nome origina-se de “Caseum” = Queijo _ ASPECTO: - O tecido assume um aspecto de ricota (esfarelado)* - Coloração de tecido brancacentro (Um branco amarelado) _ CAUSAS: - Tuberculose - Pneumonias por fungos - Histoplasmose, Criptococose, Aspergilose, etc. _ OCORRE: - Principalmente, no interior de granulomas (é uma cápsula de tec. conjuntivo). ESTEATONECROSE: - É uma necrose enzimática do tecido adiposo - Há ação de lipases _ ASPECTO: - Tecido apresentará aspecto de “pingos de vela” – depósitos esbranquiçados - “Bolhas” de gordura _ CAUSAS: - Pancreatite aguda necroemorrágica - Traumas em tecido adiposo NECROSE LÍTICA: - É uma necrose dos hepatócitos - Ocorre na digestão das células do fígado _ ASPECTO: - Tecido estará com aspecto de digerido _ CAUSAS: - Vírus - Ou bactérias que produzem toxinas hepatotóxicas NECROSE GOMOSA: - É um tipo de necrose de coagulação - Ocorre em humanos _ ASPECTO: - Tecido estará com aspecto compacto e viscoso - Aspecto de goma _ CAUSAS: - Sífilis _ ACOMETE: - Genitárias NECROSE HEMORRÁGICA: - Quando há hemorragia do tecido necrosado _ ASPECTO: - Presença de líquido vermelho escuro ou vermelho vinho _ CAUSAS: - Hemorragias - Traumas NECROSE GANGRENOSA/GANGRENA: - Forma de evolução da necrose que resulta da ação de agentes externos sobreo tecido necrosado. - Existem 3 tipos: Seca, Úmida e Gasosa _ GANGRENA SECA: “Mumificação” Necrose de coagulação associada à uma desidratação do tecido Quando há bloqueio total da irrigação ASPECTO: Área afetada fica enegrecida, azulada ou escura / Pode estar circundada por uma área de inflamação nítida. ACOMETE: extremidades do corpo* (Dedos, nariz, artelhos) EXEMPLO: perda de irrigação para o dedo indicador. _ GANGRENA ÚMIDA: Necrose de coagulação associada à contaminação não supurativa Microorganismos que produzem enzimas proteolíticas e produzem gases com odor pútrido ASPECTO:Tecido será degradado, aspecto amolecido, bolhas em conjunto. ACOMETE: intestinos, pulmão, pele EXEMPLO: úlceras de pele profundas, queimaduras não tratadas. _ GANGRENA GASOSA: Necrose de coagulação associada à contaminação do tecido por bactérias produtoras de gás Bactérias do gênero Clostridium, por ex. ASPECTO: Tecidos ficam com aspecto bolhoso e pode-se ouvir o barulhos das bolhas no subcutâneo. EXEMPLOS: feridas profundas contaminadas. Evolução de uma Necrose: Célula Morta Corpo Estranho Resposta Imunológica Eliminação e Reparo Local - Fatores que influenciarão na Evolução: Tipo do tecido Órgão acometido Extensão da lesão - Durante a Evolução da necrose, o tecido pode sofrer: REGENERAÇÃO: - Em tecido com boa capacidade regenerativa e em lesões não muito extensas e pouco contaminadas CICATRIZAÇÃO: - Em lesões extensas e em tecidos com pouca capacidade regenerativa ENCISTAMENTO: - Reação inflamatória periférica à lesão inflamada (cistos) ELIMINAÇÃO: - Comunicação canalicular com o meio externo / Formação de cavernas tuberculosas CALCIFICAÇÃO: - Elevação dos níveis de Ca+ no local da necrose - Há aumento da alcalinidade no local – provoca diminuição da solubilidade do Carbonato de Ca+ (precipita) - Aumento da fosfatase alcalina – facilita a formação de fosfato de Ca+ - Aumento da presença de ptns extracelulares – possuem afinidades com íons de Ca+ O que define a se lesão será Irreversível ou Reversível? - Natureza do agente agressor - Intensidade da agressão - Duração da agressão AUTOFAGIA e APOPTOSE: Quando a Morte Celular é benéfica? - Na presença de parasitos intracelulares - Quando as células tornam-se desnecessárias - Quando as células estão danificadas - Durante a embriogênese - Para a eliminação de linfócitos autoimunes Quando a Morte Celular é maléfica? - Quando a morte celular é por estímulos nocivos - Quando há lesões no DNA - Em casos de morte celular em tumores - Doenças virais - Quando há atrofia patológica em obstruções AUTOFAGIA: “Morte Celular Fisiológica” Independe de CASPASES Processo onde a célula consegue digerir seu próprio conteúdo - Para manter a homeostase celular - Então digere seus componentes celulares danificados - Fazendo uma Reciclagem ALTERAÇÕES CITOPLASMÀTICAS: - Dilatação das organelas - Aumento da atividade autofágica – autofagossomas Ausência de resposta inflamatória* Condensação da cromatina Não há marginalização da cromatina* Há diminuição do volume celular APOPTOSE: “Morte Celular Programada” Processo ativo no qual a célula sofre contração e condensação de suas estruturas Há fragmentos de células (corpos apoptóticos), que são fragmentados e fagocitados (macrófagos) Não há autólise* Não há reação inflamatória* Pode ser Fisiológica ou Patológica Depende de CASPASES* - São proteases - São dois tipos: Iniciadoras/Ativadores da Morte e Executores da Morte Pode Ocorrer Por Vias: - Intrínseca = Alteração na Matriz Mitocondrial - Extrínseca = Receptores da Morte (Ligação ao receptor FAS) CRONOLOGIA DA APOPTOSE: 1- Células que sofrerão apoptose perdem o contato com as células vizinhas. 2- Há enrugamento celular/Condensação (Por falta de água) – Bombas de membrana continuam funcionando. 3- Organelas se mantêm intactas e Há marginalização da cromatina. 4- Volume celular diminui. 5- Membrana começa a formar “bolhas” 6- Núcleo se fragmenta em fragmentos autocontidos 7- Células se rompem e formam-se os Corpos Apoptóticos 8- São rapidamente fagocitados por macrófagos 9- Células são eliminadas antes que seu conteúdo extravase _ Diferenças Entre Necrose e Apoptose: Características NECROSE APOPTOSE Conceito Morte celular em organismos vivos, seguida de fenômenos de autólise. Agressão irreversível. Morte celular “programada”. Processo ativo no qual a célula sofre contração e condensação de suas estruturas. Não há autólise. Etiologia Sempre patológica. Em suma, fisiológica. Ás vezes, patológica. Inflamação Adjacente Presente. Ausente Tamanho Celular Aumentado. Diminuído/Condensado Núcleo Picnose/Cariorrexe/Cariólise. Fragmentado dentro de pequenos corpos, chamados de Nucleossomas. Membrana Plasmática Rompida. Intacta, mas com estrutura alterada. Conteúdo Celular Sobre digestão enzimática. Há perda completa. O mesmo extravasa para células adjacentes. Intacto e pode ser liberado em corpos apoptóticos. Citoplasma Jogado para o meio extracelular. Fagocitado por macrófagos. Regeneração do Tecido Ocorre ás vezes. Sempre.
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