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Dinâmica das Relações Interpessoais

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Dinâmica das
Relações Interpessoais
Professora conteudista: Graziella Antunes Pereira
Revisor: Luiz Carlos A. do Brasil
Sumário
Dinâmica das Relações Interpessoais
Unidade I
1 O HOMEM X RELAÇÕES INTERPESSOAIS ..................................................................................................1
1.1 Os indivíduos .............................................................................................................................................2
1.2 Objetivos e metas ....................................................................................................................................2
1.3 A gestão de pessoas ...............................................................................................................................3
1.4 O meio ambiente .....................................................................................................................................3
2 O HOMEM E SUAS INTERAÇÕES COM OS GRUPOS SOCIAIS ............................................................4
2.1 Mas, afinal o que é grupo? ..................................................................................................................5
2.2 Os grupos nas organizações de trabalho .......................................................................................6
3 O HOMEM X GRUPOS ORGANIZACIONAIS ..............................................................................................8
3.1 Os tipos de subgrupos organizacionais ..........................................................................................9
3.1.1 Subgrupos formais ....................................................................................................................................9
3.1.2 Subgrupos informais ............................................................................................................................. 10
4 A COMUNICAÇÃO NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ...........................................................................11
4.1 A comunicação e seus conceitos ....................................................................................................11
4.2 Os elementos da comunicação ....................................................................................................... 12
4.3 As formas de comunicação .............................................................................................................. 13
4.4 Os ruídos na comunicação ............................................................................................................... 14
4.5 Fatores que garantem uma perfeita comunicação ................................................................ 15
Unidade II
5 OS CONFLITOS NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ................................................................................. 16
5.1 Os tipos de conflitos ............................................................................................................................ 17
5.2 Os conflitos nas relações interpessoais ....................................................................................... 17
5.3 Os níveis de gravidade de um conflito ........................................................................................ 18
5.4 A administração dos conflitos interpessoais ............................................................................. 18
5.5 Os benefícios de um conflito ........................................................................................................... 19
6 O PAPEL DA LIDERANÇA NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ............................................................. 20
6.1 A liderança eficaz ................................................................................................................................. 21
6.2 Chefia X liderança ................................................................................................................................ 21
6.3 Os estilos de liderança ........................................................................................................................ 22
6.4 As principais características de um líder .................................................................................... 22
7 AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS SOB UMA VISÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAL ......................... 23
7.1 A determinação concreta dos objetivos ...................................................................................... 24
7.2 A visão sistêmica .................................................................................................................................. 24
7.3 A questão da disciplina ...................................................................................................................... 25
8 RESUMO .............................................................................................................................................................. 26
8.1 Como se formam os grupos? ........................................................................................................... 27
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1 O HOMEM X RELAÇÕES INTERPESSOAIS
As relações interpessoais são para o homem tão inerentes 
quanto sua própria existência, conforme explicam Bowdith e 
Buono (1999, p. 65):
O homem é um ser gregário, ou seja, predominantemente 
social, e assim é desde o momento de seu nascimento, 
quando tece sua primeira relação com os grupos família 
e sociedade. Para se estabelecer uma relação interpessoal 
basta haver mais de uma pessoa; neste caso, dependendo 
dos fatores que levaram a esse encontro, essa relação 
terá maior ou menor duração. Se os motivos forem a 
semelhança de objetivos, o natural é que esta relação tenda 
a fortalecer-se.
Por outro lado, caso essa relação tenha se formado 
a partir de opiniões contrárias, a tendência é que tenha o 
mínimo de duração, se a divergência continuar existindo. 
Uma relação iniciada a partir de divergências somente terá 
duração maior se os indivíduos que a compõem chegarem a 
um denominador comum sobre o assunto. Nas organizações 
de trabalho acontece do mesmo modo. A nossa entrada na 
organização já é por si uma grande relação, e neste ambiente 
formaremos outras tantas relações que irão de alguma forma 
inter-relacionar-se.
Uma particularidade relevante é atentar para o fato de 
que, no caso, estamos falando de relações entre pessoas até 
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então desconhecidas umas das outras, que farão parte de um 
ambiente dinâmico e, geralmente, bastante competitivo. É 
algo sistêmico, em que os indivíduos são parte de um grande 
todo chamado organização; por isso cada um deve ser visto 
como um ser único e dotado de peculiaridades que devem 
ser observadas e respeitadas cuidadosamente. É a ênfase no 
indivíduo, como sugeriu a Teoria das Relações Humanas. O 
interior das organizações será o principal cenário para o estudo 
dessas relações. A seguir, as principais variáveis que propiciam 
o surgimento e a manutenção das relações interpessoais nas 
organizações.
1.1 Os indivíduos
Broxado (2001, p. 76) explica, sobre os indivíduos, que
Toda e qualquer relação racional é formada por 
seres humanos, cuja bagagem de vida é formada 
por experiências, crenças, valores, conceitos, cultura, 
opiniões, dentre outras variáveis, que juntas formam 
o que chamamos de personalidade. Os homens, 
atores principais nas relações, tecem-nas conforme 
suas afi nidades e preferências. Dessa maneira, vão 
gradativamente agrupando-se, fazendo surgir, 
daí, outros grupos. É uma seleção quase natural já 
que estarcom as pessoas com as quais queremos 
estar nos propicia um estado emocional bastante 
agradável.
1.2 Objetivos e metas
A busca por algo em comum é a grande responsável pela 
aproximação das pessoas. Durante a nossa existência, milhares 
de pessoas passarão por nossas vidas, dos mais variados tipos, 
opiniões, pontos de vistas e origens, mas se observarmos com 
precisão, perceberemos que apesar de tantas diferenças temos 
aspectos em comum, e é justamente essa coincidência que 
propicia todas as relações que formamos.
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Fazemos parte de um determinado grupo chamado família, 
não por termos optado, e sim por já nascermos nele; foi uma 
entrada involuntária, porém, permanecer dinamicamente nesse 
grupo será, em algum momento de nossas vidas, uma opção 
que faremos. Então, os objetivos que estamos perseguindo 
e julgamos ser os melhores para nossas vidas também serão 
observados. Em relação aos demais grupos em que estamos 
inseridos, a introdução é voluntária, ou seja, nós fi zemos a opção 
de fazer parte dele, e a ponderação dos objetivos foi um evento 
que antecedeu essa entrada.
1.3 A gestão de pessoas
O papel do líder tem importância bastante relevante para o 
desenvolvimento de relações positivas dentro das organizações. 
O líder funciona como um facilitador das relações e é responsável 
por auxiliar o grupo no alcance de suas metas, que deverão ser 
as mesmas para que ocorra uma busca grupal. É preciso ter 
em mente que o líder é um integrante do grupo e não alguém 
externo a ele e, assim, toda a dinâmica do grupo também irá 
afetá-lo diretamente. É dessa forma que seus liderados devem 
percebê-lo. Sabe-se que esta não é tarefa fácil, pois nos referimos 
a grupos formados pelos mais diversos tipos de indivíduos.
Por conta dessa diversidade, muitas vezes o líder é chamado 
a ser um mediador de possíveis confl itos que podem surgir, 
atuando na busca por uma solução pacífi ca e concreta, oriunda 
de ideias e discussões do próprio grupo.
1.4 O meio ambiente
A dinâmica das relações interpessoais sempre acontece 
dentro de um ambiente que envia e recebe interferência dos 
indivíduos, atores dessas relações. Tal ambiente pode ser interno 
(o interior das próprias organizações), ou externo a elas; nele, 
fatores como estrutura organizacional, modelo de administração 
e clima organizacional precisam ser observados. Esses aspectos 
No grupo família, nossa entrada foi 
involuntária. Nos demais grupos, nossa 
entrada foi voluntária.
O líder tem papel fundamental 
dentro do grupo, como facilitador das 
relações e responsável pelo atingimento 
das metas do grupo. As metas do líder 
devem ser as mesmas do grupo.
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ditarão o modo como as relações se desenvolverão — tanto entre 
indivíduos quanto entre os diversos grupos — e se formarão a 
partir do grupo-base, que é a organização.
Chanlat (2006, p. 27) explica que
O ambiente externo infl uencia as relações por 
concentrar toda a bagagem pessoal dos indivíduos 
que constituem o grupo chamado organização. Outras 
variáveis como política, economia e cultura também 
fazem parte desse ambiente externo e têm atuação 
direta nas relações interpessoais.
Desse modo, podemos observar a intensidade como 
o ambiente infl uencia as relações interpessoais, no 
qual um clima de confi ança mútua, cooperação e 
coleguismo é um terreno fértil para o desenvolvimento 
de relações positivas e duradouras, benefi ciando assim 
colaboradores e instituição.
De modo contrário, infl uências negativas, internas ou 
externas à organização, serão as desencadeadoras principais de 
relações nada recomendáveis.
2 O HOMEM E SUAS INTERAÇÕES COM OS 
GRUPOS SOCIAIS
Sabemos que é inerente ao ser humano sua participação 
social. É uma busca involuntária, cujo início é marcado pelo 
seu próprio nascimento. “O ser humano é gregário, e ele só 
existe, ou subsiste, em função de seus inter-relacionamentos 
grupais” (Zimerman, 1977). Maslow, quando cita seus estudos 
a respeito da Hierarquia das Necessidades, apresenta-nos cinco 
grupos de necessidades que buscamos suprir numa hierarquia 
de importância. De acordo com seu estudo, logo depois de 
supridas nossas necessidades fi siológicas e de segurança, 
buscamos satisfazer as sociais, ou seja, aquelas relacionadas à 
O ambiente interno refere-se ao 
interior das organizações; o ambiente 
externo refere-se à bagagem pessoal 
dos indivíduos e também a fatores 
como política, economia e cultura.
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nossa inserção e aceitação nos grupos dos quais fazemos parte. 
É a nossa necessidade de relacionamento.
Necessidade de autorrealização
Necessidade de autoestima
Necessidades sociais
Necessidades de segurança
Necessidades fi siológicas
O grupo família é o primeiro do qual o homem faz parte. 
Com o passar dos anos, virão os grupos escola, igreja, bairro e 
outros, cuja inserção deu-se pelas preferências de seus pais ou 
responsáveis, seguidos pelos grupos eleitos por nossa própria 
opinião, como clube esportivo, grupo de amigos ou grupo de 
trabalho. É a relação do homem com seu grupo de trabalho o 
principal foco deste capítulo.
2.1 Mas afi nal, o que é grupo?
Podemos defi nir grupo como a união de pessoas cujo 
agrupamento se dá por conta de coincidências de afi nidades 
ou características. Por ser formado por pessoas de diferentes 
concepções e perfi s, não podemos imaginá-lo como algo estático; 
ao contrário, o grupo deve ser visualizado como um dinâmico 
processo, cuja constituição é, frequentemente, atualizada pela 
experiência dos elementos que o compõem.
O grupo tem importante papel no fortalecimento da 
autoestima do homem: pertencer e ser aceito por um 
determinado grupo é para ele sinônimo de valorização social. 
Elementos como liderança, cooperação, limites e papéis são 
trabalhados e aperfeiçoados, tornando a convivência entre 
os elementos uma constante troca de experiências e uma 
agradável aprendizagem coletiva, pois nesses grupos podemos 
Fazer parte de um grupo integra 
nossa necessidade social, incluída 
na hierarquia de necessidades 
motivacionais de Maslow.
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identifi car e diferenciar o que é possível e o que é limitado, o 
que é agradável e o que é desagradável, dentre outras questões 
que nos auxiliarão a lidar com sentimentos, frustrações e 
antagonismos.
2.2 Os grupos nas organizações de trabalho
Podemos defi nir grupo de trabalho como o agrupamento 
de pessoas ligadas na busca por objetivos organizacionais 
comuns, cujo alcance deve ser interessante para empresa e para 
os colaboradores, isto é, todos devem ganhar. A empresa ganha 
em produtividade, e o colaborador ganha ao se sentir parte 
importante no processo de produção da organização.
As atividades realizadas pelo grupo devem ser marcadas 
por um clima de constante colaboração, em que todos devem 
contribuir conforme sua capacidade. Somente dessa forma é 
possível obter o que chamamos de espírito de grupo, para o 
qual é necessário observar os seguintes pontos:
• a identifi cação clara do objetivo que se quer alcançar;
• os limites individuais de cada integrante do grupo;
• as capacidades positivas mais destacadas de cadaum, 
cuja identifi cação permite explorar o que cada indivíduo 
tem de melhor: os talentos.
Conforme afi rma Matta (1995, p. 103), “Dentro de uma 
organização, o elemento mais importante para atingir metas e 
objetivos é o ser humano. Sem seus colaboradores, a empresa 
não existe”. Através das pessoas é que as organizações põem em 
prática suas tarefas e produzem seus bens e/ou serviços. Porém, 
é preciso sempre lembrar que três aspectos incidem diretamente 
nas relações intragrupais (entre os elementos que compõem os 
grupos) e intergrupais (entre grupos distintos):
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1º aspecto: comunicação
Independentemente de qual seja o ramo de atividade de 
uma organização, seu funcionamento perfeito só será possível 
por meio da comunicação. Segundo Gil (1994),
É ainda através da comunicação que se realizam 
atividades de planejamento, organização, 
coordenação e controle do trabalho das pessoas, 
de modo a integrar, desenvolver e motivar o 
funcionário na empresa, estimulando-o a aumentar 
sua produtividade, contribuindo para o alcance dos 
objetivos organizacionais.
A comunicação é responsável por unir os indivíduos que 
formam o grupo organizacional e, sem ela, teremos apenas 
pessoas isoladas. Também será de responsabilidade do elemento 
comunicação fomentar o contato entre os diferentes grupos 
que atuam nas organizações.
2º aspecto: liderança
O líder tem a função de nortear e acompanhar o trabalho 
de seus liderados. Ele deve propiciar a facilitação do alcance dos 
objetivos perseguidos por todo o grupo, incluindo a si próprio. 
Observando a organização de forma completa, podemos perceber 
que a integração do líder com seus liderados proporcionará 
relacionamentos inter e intragrupais satisfatórios.
3º aspecto: motivação
A motivação é conceituada como o processo que 
leva as pessoas a uma ação ou inércia em diversas 
situações. Esse processo pode ser ainda o exame das 
razões pelas quais se escolhe fazer algo, e executar 
algumas tarefas com maior empenho do que outras 
(Cratty, 1984).
Sem comunicação efi caz, não temos 
grupo, somente pessoas isoladas.
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O processo motivacional nas interações dos grupos sociais 
funcionará conforme o interesse individual de cada elemento do 
grupo. Como em qualquer setor de nossa existência, o momento 
que antecede nossa entrada num grupo será assinalado por uma 
série de questões, como:
• Por que escolher este grupo?
• Que benefício terei ao fazer parte deste grupo?
• O que mais me atrai neste grupo?
As respostas a tais questões encontram-se em nosso “arquivo 
pessoal de preferências”. Uma vez respondidas, poderemos avaliar 
nossa possibilidade de entrada.
3 O HOMEM X GRUPOS ORGANIZACIONAIS
O grupo organizacional abriga em seu interior diversos 
subgrupos menores, formados de acordo com algumas variáveis, 
como estrutura organizacional, atividade, tarefas, interesses, 
afi nidades, dentre outras. Esses subgrupos, formais ou informais, 
e relacionados entre si, poderão formar outros subgrupos 
menores. É importante observar que o desempenho de um 
subgrupo, muitas vezes, não depende somente da competência 
de seus integrantes, mas também das diversas formas como 
ele interage com os demais subgrupos organizacionais. Assim, 
teremos uma organização socialmente saudável.
Para que possamos ter um melhor entendimento sobre os 
diversos tipos de subgrupos que se formam em uma organização, 
precisamos levar em consideração uma particularidade bastante 
importante: contrariamente ao que acontece com os demais 
grupos que optamos por integrar, nossa entrada em alguns dos 
subgrupos organizacionais não é voluntária.
Optamos por estar em uma organização quando nos 
candidatamos a trabalhar nela, porém, o subgrupo no qual iremos 
A motivação dentro de um grupo 
depende do interesse pessoal de cada 
componente do grupo.
Os subgrupos dentro de um grupo 
organizacional podem ser formais 
ou informais; o desempenho de 
um subgrupo não depende só da 
competência de seus integrantes, mas 
também da forma como interage com 
os demais subgrupos organizacionais.
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desempenhar nossas atividades profi ssionais é determinado 
pelo grupo organizacional, que irá nos alocar de acordo com sua 
necessidade, e deve obedecer a uma estrutura organizacional ou 
organograma.
Nesses subgrupos se realizarão, durante o nosso período 
na organização, todas as nossas trocas profi ssionais e sociais. 
Porém, a partir da nossa entrada nesses grupos determinados 
pela organização, faremos naturalmente nossa entrada em 
outros subgrupos, escolhidos por nossa própria vontade. Nesse 
caso, buscaremos atender ao nosso bem-estar. É uma busca 
livre e individual, sem nenhuma relação com o organograma da 
organização.
3.1 Os tipos de subgrupos organizacionais
3.1.1 Subgrupos formais
São caracterizados por terem sua formação realizada pela 
organização, de acordo com suas unidades de trabalho. Podemos 
citar, por exemplo, as equipes de colaboradores, um grupo de 
supervisores ou mesmo a equipe de seguranças da empresa. 
Subdividem-se em:
• grupos funcionais de permanência: formados pelas 
partes da estrutura organizacional da empresa. Deles 
podem surgir menores grupos: o departamento de 
marketing de uma empresa pode ser um exemplo de grupo 
funcional de permanência e pode se dividir em outros 
menores, como telemarketing, Serviço de Atendimento 
ao Consumidor (SAC) ou criação publicitária;
• grupos de administração: constituídos por líderes que 
possuem responsabilidade direta sobre as atividades 
de outros grupos. Diretores administrativos e diretores 
fi nanceiros enquadram-se neste tipo de grupo;
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• grupos temporários: sua formação acontece apenas para 
realizar tarefas extraordinárias, como projetos temporários. 
Logo após o cumprimento das atividades, esses grupos 
se dissolvem. Os colaboradores, os grupos funcionais de 
permanência, constituem este tipo de grupo;
• grupos comitês e comissões: são permanentes, ou 
seja, existem na estrutura das organizações, porém, 
a sua constituição não é fi xa, pode ser modifi cada 
periodicamente. As Comissões Internas de Prevenção de 
Acidentes das organizações representam um excelente 
exemplo.
3.1.2 Subgrupos informais
Caracterizados por não terem ofi cialmente nenhum tipo de 
chefi a, possuem líderes, e sua formação acontece por vontade 
própria de seus membros. Os subgrupos informais nascem a 
partir dos grupos formais e podem ser classifi cados em:
• grupos de interesse: as pessoas que irão constituí-los 
muitas vezes se agruparam pela defesa de um interesse 
comum, porém, não necessariamente têm laços de 
amizade umas com as outras. Os sindicatos das classes 
trabalhistas exemplifi cam bem esse tipo de grupo. Os 
líderes sindicais reúnem trabalhadores de uma mesma 
classe para, juntos, tentarem acordos e melhorias para toda 
a classe. Nesse caso, o que motivou a formação do grupo 
não foi nenhum vínculo afetivo; aliás, em muitos casos, 
eles nem conhecem uns aos outros, foi a coincidência de 
interesses o elemento motivador;
• grupos de amizade: neste caso, a formação do grupo 
acontece porque colaboradorespossuem algum tipo de 
afi nidade. Para isso, é necessário que eles já possuam 
algum tipo de contato prévio, mesmo que seja meramente 
profi ssional. A partir desse contato, são descobertas 
igualdades de pensamentos e preferências. Exemplo 
Existem quatro tipos de subgrupos 
formais: funcionais de permanência, de 
administração, temporários e comitês.
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bastante comum são os times de futebol formados nas 
empresas, ou, ainda, pessoas que, por morarem no mesmo 
bairro, costumam fazer juntas os trajetos de ida e volta ao 
trabalho e, devido a esse contato diário, novos assuntos 
podem surgir e até a possibilidade de uma amizade mais 
estreita.
4 A COMUNICAÇÃO NAS RELAÇÕES 
INTERPESSOAIS
A base para uma relação interpessoal consiste na existência 
de algum tipo de comunicação, sem a qual não haveria 
relação. Para entendermos como funciona essa comunicação 
interpessoal, precisamos conhecer como se dá o processo básico 
da comunicação.
4.1 A comunicação e seus conceitos
A palavra comunicação é formada pela união das palavras 
comum + ação, em que a palavra “comum” signifi ca algo que 
pertence a todos, de forma igualitária, e “ação” indica atuação, 
agir.
Comunicação tem sua origem no latim communicatio, de 
communis, e signifi ca tornar alguma coisa comum a muitas 
pessoas. É um compartilhamento de mensagens.
A comunicação interpessoal é basicamente um processo de 
interação entre indivíduos, ou seja, realiza-se de pessoa para 
pessoa numa ação que envolve interação e didática. Nesse 
processo, o emissor tem a missão de promover a construção de 
signifi cados e despertar expectativas na mente de quem está 
recebendo a mensagem – o receptor.
É importante observar que a compreensão de uma mensagem 
depende de vários fatores que incidem sobre o indivíduo que 
a está recebendo. Os principais fatores são os motivacionais e 
subjetivos, ou seja, estão subordinados a parâmetros pessoais.
Os subgrupos informais nascem 
dos grupos formais da organização 
e podem ser grupos de interesse 
(exemplo – sindicatos) e grupos de 
amizade (exemplo – times de futebol 
das empresas).
Na comunicação interpessoal 
há um processo de interação entre 
indivíduos; o emissor (aquele que gera a 
mensagem) tem como papel dar sentido 
ao que comunica, enquanto o receptor 
(aquele que recebe a mensagem) 
depende de seus fatores motivacionais 
e subjetivos para compreender o que 
foi comunicado.
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4.2 Os elementos da comunicação
Emissor, receptor e mensagem são considerados os elementos 
nucleares no processo de comunicação. Porém, é necessário 
conhecermos outros três elementos muito importantes: código, 
canal e contexto.
Observe o esquema abaixo, que representa o processo básico 
da comunicação interpessoal:
Emissor Mensagem
Contexto
Código
Canal
Mensagem Receptor
Emissor: tem o papel de emitir a informação. Ele é 
responsável pela transmissão da mensagem. Cabe ao emissor a 
utilização dos melhores elementos para que sua mensagem seja 
bem compreendida. Sua missão não é apenas fazer com que 
a mensagem chegue até o receptor; vai mais além, passa pelo 
entendimento dela.
Receptor: recebe a informação emitida pelo emissor, 
decodifi cando-a, ou seja, a ele não cabe apenas receber a 
mensagem; para que haja uma comunicação efi caz, é necessário 
que o receptor entenda o que essa mensagem signifi ca 
(feedback). Essa efi cácia depende, em grande parte, da maneira 
como o emissor a transmite.
Mensagem: é a informação ou grupo de informações que 
deve ser transmitido pelo emissor para, posteriormente, ser 
recebido e compreendido pelo receptor.
Contexto: representa as circunstâncias nas quais a 
comunicação se estabelece. Ele representa um referente 
situacional, que deverá ser comum para emissor e receptor.
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DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
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Canal: representa o meio pelo qual a mensagem é 
transmitida. É pelo canal que a mensagem irá realizar sua 
circulação. Podemos optar por canais escritos, orais, digitais, 
entre outros.
Código: é o signo utilizado para efetivar a transmissão das 
mensagens. São os sinais dos quais nos utilizamos para fazer 
com que nossa mensagem seja decodifi cada. É importante 
ressaltar que o sinal (ou signo) escolhido para a transmissão 
precisa necessariamente ser de conhecimento do receptor. Caso 
contrário, a mensagem jamais será entendida. Constitui-se das 
linguagens escrita, oral e não verbal (gestos, sinais visuais, sinais 
corporais).
4.3 As formas de comunicação
As mensagens podem ser transmitidas pelas formas verbal 
e não verbal.
Verbal: é o ato de emissão de sons e de palavras dos 
quais nos utilizamos para transmitir nossas mensagens. 
Representa a forma de comunicação mais utilizada. É a mais 
comum, mesmo com a diversidade de formas modernas de 
comunicação que a tecnologia proporciona-nos, e pode ser 
classificada em:
• verbal-oral: refere-se à utilização da voz para enviar a 
mensagem;
• verbal-escrita: é a representação escrita da mensagem 
que se quer transmitir.
Não verbal: é o ato de transmissão de uma mensagem por 
um meio que não seja nem o oral nem o escrito. É uma das formas 
de comunicação mais interessantes, por ser incomum e por nos 
exigir a utilização de gestos, expressões faciais ou corporais para 
auxiliar no processo de entendimento da mensagem.
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4.4 Os ruídos na comunicação
A efi cácia do processo de comunicação também depende de 
um outro importante fator: o ruído. Ele pode ser responsável pela 
não concretização de seu intuito de informar, como também 
poderá fazê-lo de forma equivocada, ou seja, sua informação 
poderá chegar ao receptor de forma distorcida. Abaixo, citaremos 
os ruídos de comunicação mais comuns:
• fonte das informações: a credibilidade em uma informação 
muitas vezes dependerá da fonte dessa informação. As 
mensagens oriundas de fontes de maior credibilidade 
(pessoas, instituições, formadores de opinião) tendem a 
uma maior aceitação;
• tipos de informações: as mensagens que coincidem com 
o nosso autoconceito tendem a ser mais facilmente 
absorvidas. Consequentemente, aquelas que contrariam 
nossos conceitos e valores tendem a ser aceitas com maior 
resistência;
• defensividade dos participantes: se no momento do 
processo de comunicação um ou mais participantes 
assumem uma posição de defensividade, é bem mais 
provável que haja algum tipo de interferência na 
comunicação. As pessoas que se sentem ameaçadas 
ou atacadas terão diminuída sua possibilidade de 
entendimento;
• grande carga de informações: quanto mais informação 
tivermos para decodifi car, maior nossa difi culdade para 
ordená-las e utilizá-las de forma efi caz;
• localização física: uma maior proximidade entre 
transmissor e receptor auxiliam na efi cácia da transmissão 
das mensagens.
Ruídos na comunicação: fonte, 
tipo e grande carga das informações, 
defensividade dos participantes e 
localização física de transmissor e 
receptor.
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DINÂMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
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?-?sem-?mod4.5 Fatores que garantem uma perfeita 
comunicação
1. Linguagem acessível e apropriada.
2. Canal de fácil compreensão.
3. Boa relação entre emissor e receptor.
4. Conteúdo familiar.
5. Uso de mais de um tipo de canal de transmissão.
6. Clareza nas informações.
Abaixo apresentamos um dos modelos de comunicação mais 
importantes das últimas décadas. Ele foi desenvolvido em 1949 
por Shannon e Weaver, e apresenta a comunicação como uma 
transmissão de sinais:
Informação Transmissor Receptor Destino
Mensagem Sinal Sinal recebido Mensagem
Fonte de 
ruído
Feedback
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