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2012.1 DIREITO TRIBUTÁRIO INTENSIVO II Disciplina: Direito Tributário Prof. Eduardo Sabbag Data: 16.02.2012 1. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ���� Natureza jurídica: cria um liame entre credor e devedor (ato constitutivo); ���� Dever: momento de exigibilidade e para o fim um campo de exequibilidade; ���� Eficácia mínima, media e máxima (momento da exigibilidade). 1.1. Quatro elementos da obrigação tributária: • Sujeito Ativo; • Sujeito Passivo; • Objeto; • Causa. Material elaborado por Tatiana Melo Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com tatianaconcursos@hotmail.com INTENSIVO Ii OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 1. Sujeito Ativo: Artigo 119 do CTN – é o ente credor do tributo e da multa. O sujeito ativo pode ser: ���� União, Estados, Municípios e Distrito Federal (entidades tributantes ou entidades impositoras) – elas instituem o tributo (competência legislativa) – elas também tem competência tributaria (é o poder político (porque esta previsto na constituição) e indelegável (porque não pode se delegar – Ex.: Imposto sobre grandes fortunas) de instituição do tributo). No plano da classificação a competência tributária pode ser: a-)Privativa: refere-se aos campos competenciais privativamente demarcados na constituição para à instituição de tributos (Exs. art. 153 da CF (impostos União) – art. 155 da CF (impostos Estaduais (Estados e DF) e art. 156 da CF (impostos Municipais (Município e DF) ); b-)Residual: é o poder político da União para criar dois tributos (imposto residual – art. 154, I da CF e contribuição social previdenciária residual – art. 195, §4º da CF) – exercida através de lei complementar; c-)Cumulativa ou Múltipla: é o poder político de instituição de tributo que cabe ao distrito federal e aos territórios (Ex. art. 147 da CF); d-)Extraordinária: é o poder da União de criar o imposto extraordinário (art. 154, II da CF); e-)Comum: é o poder político de instituição das taxas e contribuições de melhoria. É o contraponto ao privativo, quando se quer exigir um taxa todas estariam habilitadas a fazê-lo. ���� Entes Parafiscais (CREA; CRC; CRM; CRO etc.). O ente parafiscal não cria o tributo, mas apenas arrecada e fiscaliza a exação/gravame. Eles têm capacidade tributária ativa (poder administrativo e delegável de arrecadação e fiscalização do tributo). Obs.: Art. 153, §4º, III da CF – EC 42/03 – O ITR, de competência privativa da União, poderá ser arrecadado e fiscalizado por municípios optantes (Lei nº 11.250/05), o que traduz nítida delegação de capacidade tributária no âmbito desse imposto. O Município pega 100% do ITR (art. 158, II, parte final). No âmbito da sujeição ativa, diante da situação de um fato gerador, o tributo será pago para uma entidade tributante e não para mais de uma, sob pena de ser ter o anômalo fenômeno de bitributação. Não se admite solidariedade ativa no direito tributário. Ex. Chácara x cobrança ITR e IPTU. O remédio é ação de consignação em pagamento (art. 164 do CTN0. O que é sujeição ativa auxiliar? (TRF 4ª região - juiz federal) – Situação em que ocorre uma interposta pessoa no plano da arrecadação dos tributos. Ex. Conta de Luz. 2. Sujeito Passivo: Artigo 121 do CTN – é o ente devedor do tributo/multa. Artigo 97, III, parte final o sujeito passivo depende de lei (reserva legal) • As convenções particulares não podem ser opostas ao fisco. Classificação: a-)Contribuinte – art. 121, parágrafo único do CTN : é aquele que possui uma relação pessoal e direta com o fato gerador. Contribuinte do IPTU é o proprietário do bem imóvel (atenção com possuidor com animo de domínio, com o usufrutuário, com a enfiteuse, com usucapião); b-)Responsável - art. 121, parágrafo único, II do CTN: é a terceira pessoa escolhida para pagar o tributo sem ter realizado o fato gerador. Art. 128 ao 138 do CTN (responsabilidade – matéria que será dada em outra aula). Exs.: O adquirente com relação ao tributo relativo ao bem imóvel adquirido. O Material elaborado por Tatiana Melo Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com tatianaconcursos@hotmail.com espólio com relação ao tributo devido pelo de cujus até a abertura da sucessão. (O tutor pelos bens do tutelado). A sujeição passiva e a solidariedade tributária: a única solidariedade possível é a passiva. Ocorrera solidariedade tributária todas as vezes em que o polo passivo da relação jurídica por dois ou mais codevedores/coobrigados. Exs.: vários irmãos são coproprietários de um apartamento (solidariedade natural - Art. 124, I, do CTN). O legislador vem e indica as pessoas como solidarias. Se não houver o pagamento por parte dos codevedores, a divida poderá ser cobrada integralmente de qualquer um deles. Na solidariedade tributária não existe beneficio de ordem – art. 124, parágrafo único, do CTN. 3 efeitos da solidariedade: art. 125 do CTN • O pagamento por um aproveita aos outros; • Isenção ou remissão aproveita a todos, exceto no caso daquele favor pessoal, restando um saldo para os demais; • Interrupção de prescrição terá os efeitos expandido a todos (art. 174, parágrafo único, I ao IV do CTN). 3. Objeto: é a prestação que recai sobre o sujeito passivo com o surgimento da obrigação tributária pelo fato gerador. A prestação pode ter índole pecuniária ou não pecuniária. a-)Obrigação tributária principal: tendo índole pecuniária, indica o ato de pagar o tributo/multa. Assim, dota-se de patrimonialidade, atrelando-se ao aspecto quantitativo do fato gerador (identificação do quatum debeatur pela alíquota x base de calculo); b-)Obrigação Tributária Acessória: tendo índole não pecuniária, indica todos os atos diversos do pagamento do tributo/multa, quer indiquem prestações positivas, quer indiquem prestações negativas. Exs.: emitir nota fiscal, escriturar livros fiscais, não impedir o acesso da fiscalização no estabelecimento, não circular com mercadoria sem nota. Importante: no caso de entidades imunes, será atingida a obrigação principal, permanecendo incólumes as obrigações acessórias (art. 14, III, do CTN). A propósito, para a isenção vale a mesma regra (art. 175, parágrafo único do CTN). Veja que não existe relação de acessoriedade, mas de total independência entre uma e outra. Art. 113, §3º do CTN. O descumprimento de uma obrigação tributaria acessória sempre dotada de instrumentalidade, gerara a imposição de uma multa, ou seja, o inadimplemento da OT acessória deflagra uma OT principal com relação à multa. 4. Causa – art. 114 e 115 do CTN: a causa da obrigação tributária é o vinculo jurídico justificador daquele dever patrimonial ou instrumental que recai sobre o sujeito passivo após a ocorrência do fato gerador. Sendo assim, teremos: a-)Causa da obrigação principal é a lei tributária – artigo 114 do CTN, plena confirmação do principio da legalidade tributária; b-) Causa da obrigação acessória é a legislação tributária – artigo 115 do CTN – (portarias, circulares, instruções normativas, regulamentos e etc.) Material elaborado por Tatiana Melo Contato: e-mails: concursoemalta@hotmail.com tatianaconcursos@hotmail.com
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