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Estudo Dirigido 3 Bioquímica de Reprodutor (Sarah Schollmeier e Riane Wanzeler M3 2016.1) 1) Descreva a síntese do colesterol, e como ocorre a modulação por glucagon, insulina e epinefrina, ressaltando suas vias. O cortisol é produzido a partir do Acetil CoA. As enzima regulada é a HMG CoA redutase, que converte HMG CoA em Mevalonato, seguindo na via de síntese do colesterol. O glucagon, via PKA, e a epinefrina, liberada em exercício físico, diminuem a atividade da HMG CoA redutase, assim como as estatinas. Por outro lado, a desfosforilação da HMG CoA redutase pela PP1, fosfatase ativada pela insulina, aumenta a produção do colesterol endógeno. 2) Como atua Xenical? O xenical é um medicamento que se liga e inibe a lipase pancreática. Isso faz com que não haja a digestão dos lipídeos, nem sua absorção, sendo eliminados juntamente com as fezes. Isso resolve parcialmente o problema, pois a maior parte do colesterol corporal é produzido a partir dos carboidratos, que continuam sendo absorvidos. 3) Como ocorre a absorção do colesterol pelo enterócito e a formação do quilomícron? O colesterol é absorvido pela NPC1L e é entregue à ACAT2 por uma proteína carreadora citoplasmática de colesterol. A partir disso, ACAT2 incorpora ácido graxo à APOB48, que permite a ligação do colesterol e a formação do quilomícron, que passa para a circulação. 4) Quais os componentes de uma lipoproteína? Uma lipoproteína é formada por uma apolipoproteína, responsável pela solubilidade e pelo reconhecimento pelos receptores; colesterol, triglicerídeos e fosfolipídeos, adquirindo uma forma esférica. 5) Cite a origem e a função das lipoproteínas: Quilomícron, LDL, HDL e VLDL. O quilomícron é produzido no enterócito e carrega os lipídeos até o fígado. O fígado produz VLDL e HDL. VLDL possui grande quantidade de triglicerídeos e certa quantidade de colesterol. à medida que passa pelos tecidos, perde triglicerídeos, ao passo que se torna mais rico em colesterol, se tornando LDL. 30% sofre endocitose mediada por receptor (descoberta que garantiu um prêmio Nobel) e 70% retorna ao fígado para ser reciclado. HDL, por sua vez, é rico em fosfolipídeos, recapturando o colesterol deixado pela LDL para levar de volta ao fígado. 6) Relacione CETP com a formação de placas de ateroma. Dê mais dois exemplos de predisposição à formação. CETP retira colesterol do HDL e retorna ao LDL. Isso faz com que haja uma menor remoção do colesterol do organismo, cujo acúmulo aumenta a chance de desenvolvimento de placas de ateroma. Outros exemplos são a mutação do receptor de LDL hepático, que diminui sua reciclagem e o downregulation desses receptores quando há altas taxas de colesterol 7) Porque a albumina não pode ser considerada uma lipoproteína? As lipoproteínas se desnaturam se não estiverem ligadas aos lipídeos. Embora a albumina possa transportar exclusivamente ácidos graxos, na ausência dele, ainda possui atividade. 8) Descreva a formação da placa de ateroma, ressaltando as etapas que participam o LDL, o endotélio e o macrófago. O acúmulo de LDL propicia sua passagem para a camada subendotelial. Como é um ambiente rico em espécies reativas de oxigênio, sofre sua primeira peroxidação. Isso induz o endotélio a secretar fatores como MCP1, quimiotáctil para monócitos sofrerem diapedese e MCSF, que induz a diferenciação destes em macrófagos. LDL minimamente peroxidada sofre mais uma peroxidação e é fagocitada por esses macrófagos, se acumulando no citoplasma. A partir disso, são chamados “células espumosas”, se depositam, e causam injúria endotelial, desencadeador da cascata de coagulação e da formação de trombos. 9) Como a detoxificação do etanol pelo fígado pode levar à esteatose hepática? O etanol é convertido à acetoaldeído, à acetato e, então à CO2 + H2O. Essa reação provoca o acúmulo de NADH, pelo consumo de NAD (reduzido) o que dificulta a Boxidação de ácidos graxos. Além disso, acetato é tóxico ao fígado, fazendo com que os hepatócitos passem a acumular gotículas lipídicas no citosol, podendo evoluir à cirrose. 10) Descreva a via da liberação de Leptina e quais são os estímulos para sua liberação. A leptina é produzida no tecido adiposo, sob estímulo da insulina (tirosina quinase IRS1 PI3K AKT), aminoácidos e glicose, ativam mTORC, responsável pela síntese da leptina. AMPK e catecolaminas (via receptor B) inibem mTORC. 11) Descreva duas vias que a Leptina atua para diminuir a ingestão de alimento. A leptina possui um receptor acoplado à JAK. Quando se liga, JAK autofosforila, fosforila o receptor e STAT. STAT se dimeriza e vai para o núcleo, para a transcrição e posterior tradução dos peptídeos POMK (alfa MSH) e CART nos neurônios anorexígenos e inibe a síntese de NPYe AGRP nos neurônios orexígenos. Ainda, JAK pode fosforilar IRS1, que ativa PI3K e, então, AKT, numa via sinérgica à insulina. 12) Como ocorre o processo de resistência à leptina, em ambas vias. A resistência à leptina pode ocorrer de duas formas: Altas concentrações de leptina ou de ácidos graxos, ambos presentes na obesidade. Altas concentrações de leptina promovem um aumento da via JAK\STAT. Além dos genes que induzem saciedade, é sintetizado SOCS, uma fosfatase que desliga o sinal da leptina. Nessa superativação, há a produção de grandes quantidades de SOCS, fazendo com que JAK fosforile e SOCS desfosforile os alvos, dificultando a ativação da via. Ainda, semelhante ao processo de resistência à insulina, o acúmulo de ácidos graxos faz com que sejam incorporados na forma de DAG, que ativa uma PKC teta. Isso faz com que haja a fosforilação do IRS no resíduo de serina, deslocandoo para longe da membrana e o deixando indisponível tanto para insulina quanto para leptina. 13) Quais os estímulos para a liberação de adiponectina e descreva a via ativada por esse hormônio? Catecolaminas e cortisol são capazes de estimular a liberação da adiponectina. Possui concentrações mais altas em indivíduos magros. A adiponectina, na circulação, forma oligômeros, que se ligam a um receptor da família das serpentinas(AdipoR1 no músculo e AdipoR2 no fígado), que ativa tanto AMPK, que promove a inibição da ACC, assim como sua síntese e a de FAS, quanto PPARalfa, que aumenta a síntese das enzimas da B oxidação.
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