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2016.1 Hormônios Tireóideos

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Riane Wanzeler de Oliveira M3 – 2016.1 Página 1 
Efeitos e Regulação dos Hormônios Tireóideos 
 
1- Considere duas crianças hipotireoideas, com 4 anos de idade, ambas sem 
qualquer tratamento substitutivo com hormônio tireóideo. Uma destas 
crianças foi tireoidectomizada aos 3 anos de idade e a outra tem agenesia 
tireóidea. 
 
a) Quais as principais diferenças que serão encontradas entre ambas? 
 
A criança que sofreu tireoidectomia apresenta desenvolvimento neurológico 
normal até os 3 anos de idade, assim como o seu crescimento compatível com a 
idade. No caso, da criança com agenesia tireóidea, esse quadro é distinto, visto 
que a criança não sofreu a devida ação dos hormônios tireoidianos na fase crítica 
de desenvolvimento neurológico e durante o período fetal, apresentando assim, 
desenvolvimento neurológico reduzido. A respeito do crescimento da criança com 
agenesia, também será reduzido, não sendo o esperado para a faixa etária da 
criança. 
 
b) Quais os efeitos que a terapêutica substitutiva produzirá em uma e na 
outra? 
 
É possível depreender que a criança com agenesia, não conseguirá ter um 
desenvolvimento normal, visto que o período crítico ocorre normalmente aos 2 
anos de idade, tendo a reposição hormonal ação não efetiva. A respeito da criança 
que sofreu tireoidectomia, acredita-se que seu desenvolvimento será muito 
próximo ao normal, visto que durante o período crítico de crescimento, ela foi 
exposta à ação dos hormônios tireoidianos. Com isso, a reposição desse 
hormônio poderá auxiliar durante o seu crescimento e desenvolvimento, 
proporcionando um adequado à sua faixa etária. 
 
2- Uma moça normal começou a usar pílulas anticoncepcionais a base de 
estrogênios naturais. Como estarão seus níveis sanguíneos de TSH, de T4 e 
de T3 - totais e livres - ao fim de 3 meses de uso da droga? Caso esta moça 
estivesse em uma região de carência de iodo, o que você esperaria? 
 
O estrogênio atua no fígado, que é responsável por sintetizar proteínas 
plasmáticas como albumina, TBG e TTR, por exemplo. Essas proteínas 
desempenham um papel importante, que é o transporte de hormônios tireoidianos 
pela corrente sanguínea. Desse modo, no caso em questão que a moça faz uso 
de anticoncepcionais haverá aumento dos níveis de estrogênio e, 
consequentemente, das proteínas plasmáticas. Com a maior disponibilidade de 
proteínas, haverá redução inicalmente dos níveis de T3 e T4 livres, com posterior 
normalização de T3 e T4 livres, devido à ação do TSH, que eleva-se, porém 
normaliza também posteriormente, por fim, T3 e T4 totais elevados. Contudo, caso 
Riane Wanzeler de Oliveira M3 – 2016.1 Página 2 
a moça estivesse em uma região de carência de iodo, ocorreria elevação dos 
níveis de TSH e níveis normais de T3 e T4 livres, porém aumento dos totais de T3 
e T4 (pois há disponibilidade de proteínas devido ao uso do anticoncepcional). 
Isso devido ao mecanismo de autorregulação do iodo, que aumenta a 
sensibilidade das células foliculares ao TSH, que permite a maior captação de 
iodo. 
 
3- Em um indivíduo no qual haja aumento da produção endógena de 
tireotrofina (TSH): 
 
a) Como estarão os níveis sangüíneos de T4 e T3? 
 
Os níveis de T3 e T4 estarão elevados. 
 
b) Que sinais e sintomas poderiam encontrar? Justifique suas respostas. 
 
Alta de metabolismo, aumento da frequência respiratória, sudorese excessiva, 
insônia, perda de peso e taquicardia. O aumento dos níveis de T3 e T4 promoverá 
aumento da taxa de transcrição gênica, síntese de proteínas, aumento da lipólise, 
da gliconeogênese, aumento do consumo de oxigênio e glicose permitirá um 
aumento do metabolismo basal, que justificam a alta do metabolismo, a perda de 
peso e a insônia. Além disso, T3 tem ação termogênica, o que explica a sudorese 
excessiva. Por fim, a taquicardia pode ser justificada pelo aumento de receptores 
de catecolaminas (beta 1) por um mecanismo de modulação heteróloga.

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