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Estudo Dirigido 3 Fisiologia de Reprodutor

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Estudo   Dirigido   3   ­   Fisiologia   de   Reprodutor 
(Sarah   Schollmeier   e   Riane   Wanzeler       M3   2016.1) 
 
1) Cite a função dos hormônios glicocorticoides, tireoidianos, insulina e                   
catecolaminas   no   peso   corporal. 
 
Os hormônios tireoidianos e glicocorticoides são orexígenos (aumentam a ingestão de                     
alimento)   e   aumentam   o   gasto   energético   (catabólicos) 
A insulina é anorexígena (diminui ingestão de alimento), mas anabólica (poupa                     
energia) 
As   catecolaminas,   por   sua   vez,   são   anorexígenas   e   catabólicas 
 
2) Qual o fenótipo de indivíduos com deficiência da produção de leptina e de                           
indivíduos   com   deficiência   de   seu   receptor? 
 
Ambos apresentarão obesidade, associada à resistência insulínica ao final da vida                     
naqueles que apresentam mutação para o gene da leptina (Ob/Ob) e diabetes desde                         
o   início   da   vida   quando   não   possuem   o   receptor   para   leptina   (Db/Db). 
Pode­se   fazer   a   reposição   de   leptina   nos   indivíduos   Ob/Ob   com   a   reversão   do   quadro.  
 
3) Qual a função da leptina, onde é produzida? Regula a curto ou à longo                             
prazo? 
 
A leptina é um hormônio que aumenta a saciedade, por meio do estímulo aos                           
neurônios anorexígenos e uma inibição dos orexígenos. É produzida no tecido                     
adiposo, diretamente proporcional à quantidade desse tecido no organismo. Não é                     
um hormônio pós prandial, mas informa a reserva adiposa do organismo para                       
aumentar   a   saciedade. 
 
4)   Qual   o   papel   da   leptina   no   eixo   neuroendócrino? 
 
A leptina aumenta a secreção dos hormônios hipofisiotróficos GHRH, GnRH, TRH, e                       
diminui   CRH. 
 
5)   Descreva   a   ação   da   leptina   nos   núcleos   arqueados   do   hipotálamo. 
 
No hipotálamo, a leptina estimula os neurônios anorexígenos para liberar alfa MSH                       
(derivado do pré­pró hormônio POMK) e CART, que se ligam nos receptores MC3 e                           
MC4 com o objetivo de aumentar a saciedade. Ainda, a leptina inibe os neurônios                           
orexinérgicos que liberam NPY e AGRP que, quando ligados aos receptores Y1 e Y5,                           
promovem   a   fome.  
 
6) Qual a função e onde é produzida a adiponectina? Que papel exerce na via                             
da   insulina   e   no   processo   de   aterosclerose? 
 
A adiponectina também é produzida no tecido adiposo, mas sua produção decai com                         
o aumento do teor de gordura armazenada do organismo. A adiponectina aumenta a                         
sensibilidade à insulina, diminuindo a gliconeogênese, a lipogênese e aumentando a                     
oxidação de ácidos graxos. Ainda, promove um efeito protetor contra a formação das                         
placas de ateroma, pois diminui o processo inflamatório e a proliferação de células                         
musculares   lisas.  
 
7) Quais são os hormônios gastrointestinais e quais variações promovem na                     
massa   corporal? 
 
As incretinas (GLP1) são produzidas pelo intestino e aumentam a liberação de                       
insulina,   além   de   promover   a   saciedade. 
Ghrelina é produzida no estômago, principalmente pelo fundo gástrico, quando se                     
encontra vazio. A Ghrelina aumenta a fome e diminui o gasto energético, o que                           
colabora   para   o   aumento   da   massa   corporal. 
PYY3­36 é um peptídeo secretado pelas células L intestinais numa situação pós                       
prandial, de acordo com as calorias ingeridas. Aumenta a saciedade tanto a curto                         
quanto   a   longo   prazo. 
 
8)   Descreva   a   via   de   feedback   do   eixo   hipotálamo­hipofisário­testicular. 
 
GnRH é liberado pelo hipotálamo, que estimula tanto a liberação do FSH quanto do                           
LH pelos gonadotrofos da adenohipófise. O LH atua nas células de Leydig, que                         
liberam testosterona, podendo ser convertida tanto à DHT, principalmente em tecidos                     
periféricos, quanto em Estradiol, pela enzima aromatase, por exemplo, nas Células de                       
Sertoli, tecido adiposo e cérebro. Isso se faz importante porque essas três                       
substâncias fazem um feedback tanto no hipotálamo quanto na liberação de LH. O                         
estradiol é um potente inibidor da adenohipófise, enquanto que T e DHT inibem mais                           
fortemente o hipotálamo, pois a testosterona ativa neurônios POMC, aumentando os                     
níveis   de   B­endorfina   e   reduzindo   GnRH 
 
9)   Quais   as   principais   diferenças   entre   Testosterona   e   DHT? 
 
Testosterona é liberada em maior quantidade pelo testículo, enquanto que DHT é mais                         
produzida na periferia, a partir da testosterona, pela 5­alfa­redutase . Ambas se ligam                         
no mesmo receptor, mas DHT é dita mais virilisante por ter maior afinidade ao                           
receptor de androgênio. Na vita fetal, testosterona diferencia a genitália interna,                     
enquanto   que   a   DHT   diferencia   a   genitália   externa. 
10)   Qual   a   relação   entre   o   ganho   de   massa   adiposa   e   a   puberdade? 
 
Acredita­se que o aumento da massa corporal pode levar à puberdade. Isso porque o                           
aumento da Leptina promove um aumento da liberação de GnRH, tanto pela indução                         
por glutamato, quanto pela inibição dos neurônios NPY e AGRP, que inibem a                         
secreção   de   GnRH. 
 
11)   Quais   as   funções   da   célula   de   Leydig   e   da   célula   de   Sertoli? 
 
As células de Leydig são responsáveis pela produção de testosterona a partir do                         
estímulo   de   LH. 
As células de Sertoli, sob FSH, promovem a espermatogênese, produzem ABP, que                       
mantém a testosterona em altas concentrações no testículo; Hormônio antimulleriano,                   
que inibe o desenvolvimento dos ductos de muller no embrião e, assim, inibem a                           
formação   do   útero   e   trompas;   inibina   B,   que   realiza   o   feedback   negativo   com      o   FSH.  
 
12) Onde se localizam e qual a função das enzimas 5 alfa redutase e                           
aromatase? 
 
A   enzima   5­alfa   redutase   converte   testosterona   em   DHT   e   possui   dois   tipos: 
Tipo 1 está presente no adulto, na pele, fígado e glândulas sebáceas, enquanto que o                             
Tipo   2   está   presente   na   vida   intrauterina,   no   tratourogenital   e   folículo   piloso.  
 
A enzima aromatase converte testosterona em Estradiol (E2), localizada nas células                     
de   Sertoli   (ação   parácrina   da   testosterona),   Tecido   adiposo,   cérebro,   fígado... 
 
13) Quais as vias de regulação da inibina? O que acontece na falta de um                             
desses   fatores? 
 
A inibina é produzida pelas células de Sertoli sob estímulo do FSH. No entanto, outras                             
vias se fazem importantes na produção de inibina: Testosterona, advinda das células                       
de Leydig, atua nas células mióides, que liberam P­MOD­S, responsável pelo estímulo                       
à inibina. Além disso, espermátides liberam TGF­B, que estimula a liberação de                       
inibina. Na falta de qualquer um desses fatores, há uma queda da inibina, o que reduz                               
o feedack negativo, aumentandoFSH. Por sua vez, estimula Células de Seroli a                         
liberarem ABP, que mantém altas concentrações de testosterona no testículo, mas                     
que,   em   alta   quantidade,   diminui   testosterona   livre. 
 
14)   Como   se   interdependem   o   sistema   endócrino   com   o   reprodutor? 
  
O FSH é fundamental para o inicio da espermatogênese, com a indução do                         
recturamento das espermatogônias; e no fim, com o aumento de captação de glicose                         
pelas células de Sertoli, passando para as células da linhagem espermatogênica, o                       
que   permite   maior   mobilidade   do   espermatozoide.  
O LH é fundamental para o meio do processo, pois a testosterona liberada pelas                           
células de Leydig atua paracrinamente nas céulas de Sertoli, induzindo a expressão                       
de moléculas de adesão, caderinas, que evita a separação prematura das células                       
espermatogênicas   da   célula   de   Sertoli. 
 
As espermátides possuem regulação com o sistema endócrino por secretarem                   
TGF­B,   que   estimula   a   liberação   de   inibina,   que   realiza   feedback   negativo   com   FSH. 
 
15)   Quais   as   consequências   do   uso   de   anabolizantes   a   base   de   testosterona? 
 
O aumento da testosterona exógena inibe o eixo fisiológico. Em condições normais, a                         
testosterona inibe a liberação do LH, mas inibe mais fortemente a liberação do GnRH,                           
sem atuar significativamente na liberação de FSH. No entanto, em condições                     
suprafisiológicas de testosterona, há a inibição tão forte do GnRH que acaba                       
diminuindo o FSH e sua estimulação das células de Sertoli. Isso faz com que essas                             
células diminuam a secreção de ABP, uma proteína que mantém a testosterona em                         
altas concentrações no testículo, fundamental para a espermatogênese. Sendo assim,                   
os anabolizantes diminuem ABP, a concentração de testosterona no testículo e, assim,                       
a   espermatogênese. 
 
16) Qual a consequência de uma mutação na 5 alfa redutase e de uma no                             
receptor   de   FSH? 
 
A mutação da 5alfa redutase impede a formação de DHT a partir da testosterona.                           
Com isso, na vida intraembrionária, um indivíduo XY terá a formação normal da                         
genitália interna, com o desenvolvimento do ducto de Wolf pela testosterona, mas terá                         
uma genitália feminina com a ausência de DHT. Além disso, a DHT é mais virilisante                             
que a testosterona, fazendo com que esse indivíduo apresente uma redução dos                       
caracteres   sexuais   masculinos. 
 
Uma mutação no receptor do FSH promove uma diminuição dos seus efeitos sobre a                           
célula de Sertoli, inclusive sobre a liberação de inibina. Nesse sentido, haverá um                         
aumento dos níveis de FSH circulante. Além disso, haveria uma falha na                       
espermatogênese, pois o FSH é importante para o recrutamento de espermatogônias,                     
produção de plasminogênio para a espermiogênese e a captação de glicose para                       
favorecer a motilidade dos espermatozoides. Todas essas funções seriam                 
prejudicadas   nessa   mutação   e   o   indivíduo   provavelmente   seria   infértil. 
 
17)   O   que   ocorre   se   houver   uma   infusão   constante   de   GnRH? 
Embora possa se pensar que uma infusão contínua estimule o eixo, a liberação pulsátil                           
é necessária para a liberação das gonadotrofinas. Sendo assim, GnRH infundido de                       
forma   constante   bloqueia   o   eixo   hipotálamo­hipófise­gônadas. 
 
18)   Como   a   leptina   e   dopamina   regulam   a   secreção   de   GnRH? 
A leptina inibe neurônios NPY e AgRP, que inibem o GnRH. Dopamina, por sua vez,                             
inibe prolactina, a qual inibe GnRH.Sendo assim, leptina e dopamina estimulam sua                       
liberação,   por   inibir   seu   inibidor. 
 
19)   Como   estão   os   níveis   hormonais   na   menopausa? 
Pela carência de folículos, estrogênio, progesterona e inibina estarão baixos, tanto                     
pela perda da fase proliferativa pela falta dos folículos em maturação; quanto pela                         
perda da fase secretora, pela ausência do corpo lúteo, que liberaria estrogênio,                       
progesterona e inibina A, fazendo com que se diminua o feedback negativo sobre a                           
hipófise   e   hipotálamo.   Assim,   haverá   um   aumento   das   gonadotrofinas   FSH   e   LH.   
 
20)   Cite   7   substâncias   liberadas   pelo   folículo. 
Inibina   ­­   inibe   FSH 
Ativina   ­­   Estimula   FSH 
Folistatina   ­­   Inibe   ativina   (diminui   FSH) 
Relaxina   ­   diminui   motilidade   do   miométrio 
Fatores   de   crescimento  
Fator   inibidor   da   maturação   do   ovócito 
Vasopressina 
 
21)   Descreva   o   recrutamento   inicial   e   cíclico. 
O recrutamento inicial ocorre continuamente, inclusive na fase pré­púbere e                   
independentemente de gonadotrofinas e anticoncepcionais. É o recrutamento de                 
folículos primordiais, que se desenvolvem em primário, secundário e antral. Pode                     
haver   atresia   em   qualquer   um   desses   momentos 
O recrutamento cíclico é dependente de FSH e ocorre entre a puberdade e a                           
menopausa, selecionando 6 a 12 folículos antrais pequenos a se desenvolverem,                     
liberando   estradiol   no   processo.   Há   a   dominância   de   um   único   folículo   a   ser   ovulado. 
 
22)   Como   atuam   FSH   e   LH   na   produção   de   hormônios   pela   teca   e   granulosa? 
FSH atua nas células da granulosa, estimulando a atividade das enzimas SCC,                       
3B­HSD e aromatase. As células da granulosa utilizam o colesterol para a produção                         
de pregnenolona, que é convertida à progesterona. Pela ausência das enzimas                     
17­a­hidroxilase e 17,20 liase, essa progesterona vai em direção às células da Teca                         
interna que, além de produzirem progesterona, tem a capacidade de convertê­la em                       
17­OH­progesterona e, então, andrógenos. Esses andrógenos retornam à células da                   
granulosa, que possuem a enzima aromatase, que converte testosterona em estradiol.                     
Há   também   a   produção   de   estrona   a   partir   da   androstenediona. 
 
23) Discuta o feedback negativo e positivo do estrogênio sobre a liberação do                         
GnRH. 
Ao início da fase proliferativa e durante a fase secretora, o estrogênio exerce um papel                             
inibitório sobre a hipófise e indiretamente sobre o hipotálamo, por meio dos neurônios                         
kiss   do   núcleo   arqueado. 
A partir de certo limiar alcançado pelo estrogênio, produzido em grande quantidade                       
pelo folículo dominante, alcança um pico, fazendo com que haja um feedback positivo                         
sobre o hipotálamo, também de forma indireta por meio de neurônios kiss da área                           
pré­ótica. Isso se faz importante para aumentar a frequência de liberação de GnRH e,                           
assim,   maior   liberação   de   LH   para   ocorrer   seu   pico   pré­ovulatório. 
 
24)   Quais   as   funções   do   estrogênio   e   da   progesterona? 
Estrogênio 
 
1. Promove   a   proliferação   do   endométrio   e   de   suas   glândulas   tubulosas2. Desenvolve   ductos   mamários 
3. Promove crescimento ósseo pela inibição de osteoclastos e fechamento da                   
placa   epifisária 
4. Atua   no   fígado   no   aumento   da   produção   de   globulinas   e   redução   do   colesterol 
5. Efeito   cardioprotetor 
6. No   SNC,   atua   na   memória   e   na   regulação   da   temperatura   corporal 
 
Progesterona 
1. Promove   secreção   das   glândulas   uterinas 
2. Induz   acúmulo   de   glicogênio   pelas   células   do   útero 
3. Diminui   contratilidade   uterina 
4. Aumenta   temperatura   basal   em   0,5ºC 
 
25)   O   que   leva   à   menstruação   e   ao   recomeço   do   ciclo? 
O corpo lúteo secreta progesterona, inibina A e estrogênio, fazendo com que haja uma                           
inibição da liberação das gonadotrofinas, sendo que inibina A atua especificamente                     
na inibição de FSH. Além da queda do LH, o fator mais importante para a degradação                               
do corpo lúteo é sua perda de sensibilidade a esse hormônio, fazendo com que haja                             
uma queda desses 3 hormônios sintetizados por ele. Isso provoca uma isquemia pelo                         
colabamento das artérias espiraladas do endométrio, fazendo com que sua camada                     
funcional descame, caracterizando a menstruação. Essa diminuição hormonal também                 
leva à redução do feedback negativo, fazendo com que haja uma discreta, porém                         
importante elevação do FSH para promover o recrutamento cíclico de mais um grupo                         
de   folículos   antrais   pequenos.

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