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Didática UNIDADE 03

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Curso de Graduação Online | UNISUAM
PEDAGOGIA
Didática
UN
ID
AD
E 
3
Objetivo do estudo
- Discorrer sobre a questão do planejamento numa perspectiva crítica.
- Dissertar sobre o planejamento de ensino e seus desdobramentos.
- Dissertar sobre planejamento e avaliação da aprendizagem.
Planejamento 
na área de 
Educação
Planejamento na Área de Educação Didática | UNISUAM 
2
3 Apresentação O planejamento é extremamente importante para o desenvolvimento do trabalho docente. Existem vários níveis e tipos de planejamento. 
Nesta unidade, veremos que a organização do trabalho pedagógico se dá por meio 
do planejamento, da organização dos conteúdos, dos processos metodológicos e dos 
instrumentos de avaliação da aprendizagem.
Vamos conhecer as diferentes possibilidades de organizar a ação educacional!
Fonte: <http://www.koisasdekarina.com.br/wp-
content/uploads/2009/11/alice-maravilhas.jpg>
“Poderias indicar-me, por favor, onde tenho que ir, desde aqui?
Isso depende de onde queres chegar, contesta o gato.
Não me importa muito onde..., explica Alice.
Neste caso, dá no mesmo onde vais, interrompe o gato.
...Sempre que chegue a alguma parte, termina Alice explicando.
Oh! Sempre chegarás a alguma parte se caminhas o sufi ciente, 
diz o gato...”
(Lewis Carol – Alice no País das Maravilhas)
Alice no País das Maravilhas
Planejamento na Área de Educação Didática | UNISUAM 
3
T1 A Questão do Planejamento numa Perspectiva Crítica 
Para começar, que tal conhecermos como os diferentes autores definem Planejamento?
Processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, 
na busca da melhoria do sistema educacional. Como processo, o planejamento 
não ocorre em um momento do ano, mas a cada dia. A realidade educacional é 
muito dinâmica. Os problemas, as reivindicações não têm hora nem lugar para 
se manifestarem. Assim decide-se a cada dia, a cada hora. (SOBRINHO, 1994).
Processo de reflexão, de tomada de decisão (...) enquanto processo, ele é 
permanente. (VASCONCELLOS,1995).
Processo de análise crítica que o educador faz de suas ações e intenções, 
onde ele procura ampliar sua consciência em relação aos problemas do seu 
cotidiano pedagógico, à origem deles, à conjuntura na qual aparecem e quais 
as formas para superação dos mesmos. (FUSARI, s.d. [a]).
Fica claro, portanto, que toda ação educacional pressupõe um planejamento. 
Existem níveis diferenciados de planejamento na educação: 
• Nível Nacional, Estadual ou Municipal 
• Nível Local
Vamos conhecer cada um deles?
Nível Nacional, Estadual ou Municipal – Planejamento 
do Sistema de Educação
É o planejamento de maior abrangência, que incorpora e reflete as grandes políticas 
educacionais. Podemos citar como exemplos as Diretrizes Curriculares Nacionais e 
os currículos das Redes de Ensino Estadual e Municipal. São orientações gerais que 
apresentam os princípios políticos, filosóficos e teóricos da educação nos diferentes níveis de 
ensino de acordo com a legislação educacional vigente. Sendo assim, existem planejamentos 
amplos para a Educação Básica e para a Educação Superior.
Planejamento na Área de Educação Didática | UNISUAM 
4
Nível Local – Planejamento Curricular e Planejamento 
Escolar
O planejamento curricular é o planejamento realizado para sistematizar a vida escolar. “É 
um instrumento que orienta a educação, como processo dinâmico e integrado de todos os 
elementos que interagem para consecução dos objetivos, tanto os do aluno, como os da 
escola” (MENEGOLLA & SANT’ANNA, 1993).
Ainda, segundo Vasconcellos (1995), o planejamento curricular “é a proposta 
geral das experiências de aprendizagem que serão oferecidas pela escola, 
incorporada nos diversos componentes curriculares. É a espinha dorsal da 
escola, desde as séries iniciais até as terminais. A proposta curricular pode 
ter como referência os seguintes elementos: Fundamentos da Disciplina/Área 
de Estudo, Desafios Pedagógicos, Encaminhamento Metodológico, Proposta 
de Conteúdos, Processo de Avaliação...”
Já o planejamento escolar “é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades 
didáticas em termos de sua organização e coordenação em face dos objetivos propostos, 
quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. É um processo de 
racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar 
e a problemática do contexto social” (LIBÂNEO,1992).
A tendência atual é a ênfase no processo de planejamento participativo que se caracteriza 
por um processo político, democrático, coletivo, em que há a participação do maior número 
possível de professores e comunidade escolar, em que a tomada de decisão é compartilhada 
e compromissada por todos. Desta forma, em todos os níveis de ensino, a prática do 
planejamento participativo deve se tornar uma realidade educacional.
Planejamento na Área de Educação Didática | UNISUAM 
5
O Plano é um documento que 
registra o que se pensa fazer, como 
fazer, quando fazer, com que fazer, 
com quem fazer
Uma boa forma de refletirmos sobre essa questão é pegarmos emprestados os dizeres de 
Paulo Freire (1981) “Simplesmente, não posso pensar pelos outros nem para os outros, 
nem sem os outros.”
Após o processo coletivo, o professor organiza sua ação didática cotidiana por intermédio do 
seu planejamento de aula. É importante perceber que ao elaborar suas aulas o professor 
articulará todos os níveis de planejamento. Desde as diretrizes mais amplas até suas 
unidades ou temas de trabalho.
Todos prontos para participar de um processo de planejamento?
E qual a diferença entre planejamento e plano? Você saberia dizer? O planejamento 
representa o processo e o plano é um registro do processo. Sendo assim, temos planos 
em todos os níveis em que ocorrem os planejamentos educacionais.
Vamos conhecer esses planos?
Nível Nacional, Estadual ou Municipal – Plano 
Nacional, Estadual ou Municipal de Educação
Os Planos estão vinculados aos Planejamentos. Segundo Sobrinho (1994):
O Plano é um documento que registra o que se pensa fazer, como fazer, quando 
fazer, com que fazer, com quem fazer (...) Com o Plano é possível então 
acompanhar o seu desempenho, avaliar se os resultados alcançados foram 
ou não os esperados, onde houve desvios, quais os problemas enfrentados.
Ainda, segundo Libâneo (1992), 
plano é um guia de orientação, pois nele são estabelecidas as diretrizes e 
os meios de realização do trabalho docente. Como a sua função é orientar 
a prática, partindo das exigências da própria prática, ele não pode ser um 
documento rígido e absoluto, pois uma das características do processo de 
ensino é que está sempre em movimento, está sempre sofrendo modificações 
face às condições reais.
Está clara a diferença? Então, vamos adiante! 
Diferentemente de “Alice”, sabemos onde queremos chegar e, portanto, temos um caminho 
a seguir. Tudo bem?
Planejamento na Área de Educação Didática | UNISUAM 
6
Nível Local – Plano Curricular, Plano de Curso, Plano 
de Disciplina, Plano de Ensino e Plano de Unidade
Plano Curricular
Expressa a filosofia da escola e seus objetivos fundamentados nos Planos Nacionais, 
Estaduais ou Municipais 
Plano de Curso
Apresenta a proposta pedagógica com seus objetivos gerais, conteúdos básicos, metodologia, 
sistemática de avaliação e bibliografia. Desta forma define quem quer formar. (FUSARI)
Plano de Disciplina
É a previsão dos conhecimentos e conteúdos que serão desenvolvidos na sala de aula, a 
definição dos objetivos mais importantes, assim como a seleção dos melhores procedimentos 
e técnicas de ensino, como também dos recursos humanos e materiais que serão usados 
para um melhor ensino e aprendizagem. (MENEGOLLA & SANT’ANNA).
Plano de Ensino
É a previsão dos objetivos e tarefas do trabalho docentepara um ano ou semestre; é um 
documento mais elaborado, dividido por unidades sequenciais, no qual aparecem objetivos 
específicos, conteúdos e desenvolvimento metodológico. (LIBÂNEO)
 
Conceitualmente, já é possível refletir sobre as possibilidades de organização do trabalho 
escolar de uma forma mais ampla com os Planejamentos e de forma mais próxima ao 
cotidiano da ação docente com os Planos.
T2 O Planejamento de Ensino e seus Desdobramentos
Podemos afirmar que na medida em que se concebe o planejamento como um meio para 
facilitar e viabilizar a democratização do ensino, o seu conceito necessita ser revisto, 
reconsiderado e redirecionado. 
Qual é o sentido atual para o conceito de Planejamento?
Na prática docente atual, o planejamento tem-se reduzido à atividade em que o professor 
preenche e entrega à secretaria da escola um formulário. Este é previamente padronizado 
e diagramado em colunas, onde o docente redige os seus "objetivos gerais", "objetivos 
específicos' "conteúdos", "estratégias" e "avaliação”. 
 
Em muitos casos, os professores copiam ou fazem fotocópias do plano do ano anterior e o 
entregam à secretaria da escola, com a sensação de mais uma atividade burocrática cumprida. 
É preciso esclarecer que planejamento não é isto. Ele deve ser concebido, assumido e 
vivenciado no cotidiano da prática social docente, como um processo de reflexão. Segundo 
Saviani (1987, p. 23), “a palavra reflexão vem do verbo latino 'reflectire' que significa 'voltar 
atrás'. É, pois um (re) pensar, ou seja, um pensamento em segundo grau. (.. .) Refletir é o ato 
de retomar, reconsiderar os dados disponíveis, revisar, vasculhar numa busca constante de 
significado. É examinar detidamente, prestar atenção, analisar com cuidado. E é isto o filosofar”.
Planejamento na Área de Educação Didática | UNISUAM 
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Entretanto, não é qualquer tipo de reflexão que se pretende e sim algo articulado, crítico e 
rigoroso. Ainda segundo Saviani (1987, p. 24), para que a reflexão seja considerada filosófica, 
ela tem de preencher três requisitos básicos, ou seja, ser:
"radical" - o que significa buscar a raiz do problema;
"rigorosa" - na medida em que faz uso do método científico;
"de conjunto" - pois exige visão da totalidade na qual o fenômeno aparece.
O planejamento é, acima de tudo, 
uma atitude crítica do educador 
diante de seu trabalho docente.
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Planejamento e Plano de Ensino podem ser tomados 
como sinônimos?
Apesar de os educadores em geral utilizarem, no cotidiano do trabalho, os termos 
"planejamento" e "plano" como sinônimos, estes não o são. 
É preciso, portanto, explicitar as diferenças entre os dois conceitos, bem como a íntima 
relação entre eles. 
Enquanto o planejamento do ensino é o processo que envolve "a atuação concreta dos 
educadores no cotidiano do seu trabalho pedagógico, envolvendo todas as suas ações 
e situações, o tempo todo, envolvendo a permanente interação entre os educadores e 
entre os próprios educandos" (FUSARI, 1989, p. 10), o plano de ensino é um momento de 
documentação do processo educacional escolar como um todo.
 
Plano de ensino é, pois, um documento elaborado pelo(s) docente(s), contendo a(s) sua(s) 
proposta(s) de trabalho, numa área e/ou disciplina específi ca. 
O plano de ensino deve ser percebido como um instrumento orientador do trabalho docente, 
tendo-se a certeza e a clareza de que a competência pedagógico-política do educador escolar 
deve ser mais abrangente do que aquilo que está registrado no seu plano.
A ação consciente, competente e crítica do educador é que transforma a realidade, a partir 
das refl exões vivenciadas no planejamento e, consequentemente, do que foi proposto no 
plano de ensino. 
Um profi ssional da Educação bem preparado supera eventuais limites do seu plano de ensino. 
O inverso, porém, não ocorre!! 
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Como formalizar o Plano de Ensino?
É preciso assumir que é possível e desejável superar os entraves colocados pelo tradicional 
formulário, previamente traçado, fotocopiado ou impresso, onde são delimitados centímetros 
quadrados para os "objetivos, conteúdos, estratégias e avaliação". 
A escola pode e deve encontrar outras formas de lidar com o planejamento do ensino e 
com seus desdobramentos em planos e projetos. É importante desencadear um processo 
de repensar todo o ensino, buscando um signifi cado transformador para os elementos 
curriculares básicos:
• objetivos da educação escolar (para que ensinar e aprender?);
• conteúdos (o que ensinar e aprender?);
• métodos (como e com o que ensinar e aprender?);
• tempo e espaço da educação escolar (quando e onde ensinar e aprender?);
• avaliação (como e o que foi efetivamente ensinado e aprendido?).
O fundamental não é decidir se o plano será redigido no formulário x ou y, mas assumir que 
a ação pedagógica necessita de um mínimo de preparo, mesmo tendo o livro didático 
como um dos instrumentos comunicacionais no trabalho escolar em sala de aula. 
A ausência de um processo de planejamento do ensino nas escolas, aliada às demais 
difi culdades enfrentadas pelos docentes no exercício do seu trabalho, tem levado a uma 
contínua improvisação pedagógica nas aulas. Em outras palavras, aquilo que deveria ser 
uma prática eventual acaba sendo uma "regra", prejudicando, assim, a aprendizagem dos 
alunos e o próprio trabalho escolar como um todo. 
Sugere-se que os professores discutam a questão da "forma" e do "conteúdo" no processo 
de planejamento e elaboração de planos de ensino, buscando alternativas para superar as 
dicotomias entre fazer e pensar, teoria e prática, tão presentes no cotidiano do trabalho dos 
nossos professores. 
Vale a pena enfrentar este desafi o e pensar a respeito!
Planejamento na Área de Educação Didática | UNISUAM 
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A elaboração de Planos de Ensino, da forma como 
está sendo praticada, elimina o trabalho de preparo 
das aulas?
Não. O preparo das aulas é uma das atividades mais importantes do trabalho do profi ssional 
de educação escolar. Nada substitui a tarefa de preparação da aula em si. Cada aula é um 
encontro curricular, no qual, nó a nó, vai-se tecendo a rede do currículo escolar proposto 
para determinada faixa etária, modalidade ou grau de ensino.
Também aqui vale reforçar que faz parte da competência teórica do professor, e dos seus 
compromissos com a democratização do ensino, a tarefa cotidiana de preparar suas aulas, 
o que implica ter claro, também, quem é seu aluno, o que pretende com o conteúdo, 
como inicia rotineiramente suas aulas, como as conduz e se existe a preocupação com uma 
síntese fi nal do dia ou dos quarenta ou cinquenta minutos vivenciados durante a hora-aula.
A aula, no contexto da educação escolar, é uma síntese curricular que concretiza, efetiva, 
constrói o processo de ensinar e aprender. 
O aluno precisa ir percebendo, sentindo e compreendendo cada aula como um processo 
vivido por ele para que, na especifi cidade da educação escolar, avance, como diz Saviani 
(1987), do "senso comum" à "consciência fi losófi ca". 
A aula, por sua vez, deve ser concebida como um momento curricular importante, na qual 
o educador faz a mediação competente e critica entre os alunos e os conteúdos do ensino, 
sempre procurando direcionar a ação docente para: estimular os alunos, via trabalho curricular, 
ao desenvolvimento da percepção crítica da realidade e de seus problemas; estimular os 
alunos ao desenvolvimento de atitudes de tomada de posição ante os problemas da sociedade; 
valorizar nos alunos atitudes que indicam tendência a ações que propiciam a superação dos 
problemas objetivos da sociedade brasileira.
Planejamento na Área de Educação Didática | UNISUAM 
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Comoo livro didático pode auxiliar no preparo e 
desenvolvimento do trabalho em sala de aula?
Um ponto que necessita ficar bastante claro é que o livro didático é um dos meios de 
comunicação no processo de ensinar e aprender. Como tal, ele faz parte do método e da 
metodologia de trabalho do professor, os quais, por sua vez, estão ligados ao conteúdo que 
está sendo trabalhado, tendo em vista o atingimento de determinados objetivos educacionais 
(pontos de chegada). 
A partir de 5 de outubro de 1988, o Art. 208 da nova Constituição da República Federativa 
do Brasil mudou a nomenclatura para Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio 
e Ensino Superior. No entanto, neste texto continua-se usando a nomenclatura ainda em 
vigor, tendo em vista que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional não procedeu 
à alteração.
O livro didático é apenas um dos instrumentos comunicacionais do professor no processo de 
educação escolar, tanto na Pré-escola, como no Ensino Fundamental e Médio. Isto significa 
que a capacidade do professor deve ser mais abrangente, não se limitando ao mero recorrer 
ao livro didático. Um livro de categoria média, nas mãos de um bom professor, pode tornar-
se um excelente meio de comunicação, pois a capacidade do docente está além do livro e 
de seus limites.
Já um bom livro nas mãos de um profissional pouco 
capacitado acaba muitas vezes reduzindo-se à função de um 
"pseudodocente". Em outras palavras, o livro didático acaba 
sendo considerado o "professor", o que não deve ocorrer, 
tendo em vista a especificidade comunicacional escolar de 
transmissão/assimilação, de interação ligada aos conteúdos 
de ensino e aprendizagem, que deve expressar-se entre o 
docente e seus alunos, mediada metodicamente por livros 
e outros meios de comunicação, nas aulas, para atingir os 
objetivos educacionais escolares.
Planejamento na Área de Educação Didática | UNISUAM 
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Qual é a prioridade do processo de planejamento? Elaborar o Plano Escolar ou de 
Currículo, o Plano de Curso ou o Plano de Ensino?
É claro que os três tipos de plano se complementam, se interpenetram e compõem o corpo 
do plano de currículo da escola. Entretanto, na prática das escolas, devido à quase total 
falta de condições de trabalho docente, a elaboração dos planos escolar, de curso e de 
ensino tem-se revelado complexa, fragmentada, longe mesmo, em alguns casos, daquela 
organicidade desejada para o processo ensino-aprendizagem. 
É preocupante a situação dos professores; eles têm de 
entregar planos gerais das disciplinas, planos de ensino 
e, no entanto, não possuem condições para o preparo das 
aulas, o que é o mais fundamental. 
Vale retomar, contudo, a questão colocada e tentar respondê-
la. Algo precisa ser feito para reverter o quadro, e um dos 
pontos de partida, dentre outros, é o de recuperação do 
plano de ensino, no sentido de preparo das aulas, facilitando, 
assim, o trabalho docente no processo ensino-aprendizagem.
Na atual conjuntura problemática em que se encontra a 
escola, vamos estimular os professores a prepararem as 
suas aulas, garantindo, deste modo, um trabalho mais 
competente e produtivo no processo ensino-aprendizagem, 
no qual o professor seja um bom mediador entre os alunos 
(com suas características e necessidades) e os conteúdos 
do ensino.
Tudo entendido até aqui?
 Vamos em frente!
três tipos 
de plano se 
complementam, 
se interpenetram 
e compõem o 
corpo do plano 
de currículo da 
escola
Planejamento na Área de Educação Didática | UNISUAM 
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T3 O planejamento e avaliação da aprendizagem
Muitos autores estabelecem uma inter-relação entre planejamento e avaliação e nessa 
perspectiva a ação pedagógica adquire um novo significado. Ao elaborarmos os objetivos e 
selecionarmos os conteúdos significativamente, estamos refletindo sobre o processo real 
de ensino, que envolve saberes diferenciados associados às experiências vividas pelo 
aluno durante seu processo de escolarização anterior.
 
A adequação dos objetivos ao conteúdo e ao grupo referência ao qual se destina permite ao 
docente atualizar constantemente o seu fazer pedagógico. O ato de planejar não é mera ação 
burocrática, mas sim a expressão das intenções educativas a curto, médio e longo prazo.
http://www.faculdadearapoti.com.br/blogadm/
wp-content/uploads/2014/04/Avaliacao-058.jpg
A organização do material de ensino está a serviço de uma prática educativa consistente 
e coerente com os objetivos a alcançar. Desta forma, o docente projeta sua ação didática. 
Durante o processo de ensino as perguntas surgem: 
• De que modo os alunos estão compreendendo um determinado tópico?
• Qual a articulação desse ou daquele conteúdo com a prática?
• Que elementos podem ser somados a um determinado tema a partir da vivência 
e das referências do grupo? 
Essas e tantas outras indagações vão coordenando o processo de ensino de forma articulada 
à avaliação processual. Planejamento e avaliação não são processos distintos, nem 
antagônicos, e sim complementares.
Planejamento na Área de Educação Didática | UNISUAM 
14
Como e quando avaliar?
Os métodos de avaliação ocupam, sem dúvida, espaço relevante no conjunto das práticas 
pedagógicas aplicadas aos processos de ensino e aprendizagem.
Devem representar as avaliações aqueles instrumentos imprescindíveis à verificação do 
aprendizado efetivamente realizado pelo aluno, ao mesmo tempo que fornecem subsídios 
ao trabalho docente, direcionando o esforço empreendido no processo de ensino e 
aprendizagem de forma a contemplar a melhor abordagem pedagógica e o mais pertinente 
método didático adequados à disciplina - mas não somente, à medida que considerem, 
igualmente, o contexto sociopolítico no qual o grupo está inserido e as condições individuais 
do aluno, sempre que possível.
Objetivos da avaliação: algumas visões
De fato, considerando algumas definições de avaliação, podem-se perceber os aspectos 
amplos que permeiam a questão. Em Miras e Solé (1996, p. 375), encontramos os objetivos 
do processo de avaliação traçados em torno de duas possibilidades: emissão de “um juízo 
sobre uma pessoa, um fenômeno, uma situação ou um objeto, em função de distintos 
critérios” e “obtenção de informações úteis para tomar alguma decisão”.
De Ketele (apud Miras e Solé, 1996, p.375) também explora esse duplo aspecto, afirmando 
que “avaliar significa examinar o grau de adequação entre um conjunto de informações e 
um conjunto de critérios adequados ao objetivo fixado, com o fim de tomar uma decisão”.
Planejamento na Área de Educação Didática | UNISUAM 
15
https://www.youtube.com/watch?v=NyV47Ty3JzA
&index=5&list=PLD0F0709C60851995
saiba mais
Já em Nérici (1977), a avaliação é encarada como uma etapa de um procedimento maior, que 
incluiria uma verifi cação prévia. Para esse autor, a avaliação é o processo de ajuizamento, 
apreciação, julgamento ou valorização do que o educando revelou ter aprendido durante 
um período de estudo ou de desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. Pode-se 
dizer, então, que não pode haver avaliação sem que antes tenha havido verifi cação, ou seja, 
verifi ca-se antes de avaliar.
Bloom, Hastings e Madaus (1975) esclarecem que a avaliação pode ser considerada como 
um método de adquirir e processar evidências necessárias para melhorar o ensino e a 
aprendizagem, incluindo uma grande variedade de evidências que vão além do exame usual 
de ‘papel e lápis’. 
É, ainda, segundo os mesmos autores, um auxílio para clarifi car os objetivos signifi cativos 
e as metas educacionais, um processo para determinar em que medida os alunos estão se 
desenvolvendo dos modos desejados, um sistema de controle da qualidade, pelo qual pode 
ser determinada, etapa por etapa do processo ensino-aprendizagem, a efetividade ou não do 
processo e, em caso negativo, que mudanças devem ser feitaspara garantir sua efetividade.
Pode ser considerada a avaliação, também, segundo Bloom, Hastings e Madaus (1975), 
um instrumental da prática educacional para verifi car se procedimentos alternativos são ou 
não igualmente efetivos ao alcance de um conjunto de fi ns educacionais, envolvendo uma 
coleta sistemática de dados, por meio dos quais se determinam as mudanças que ocorreram 
no comportamento do aluno, em função dos objetivos educacionais e em que medida estas 
mudanças ocorrem.
Funções do processo avaliativo
As argumentações supramencionadas consagram, 
inevitavelmente, a visão por meio da qual se atribui à 
avaliação uma tríplice função: de diagnóstico, de verifi cação 
e de apreciação.
avaliação
Diagnóstica Formativa Somativa
Planejamento na Área de Educação Didática | UNISUAM 
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Avaliação Diagnóstica
A avaliação diagnóstica (ou inicial) "é a que proporciona informações acerca das 
capacidades do aluno antes de iniciar um processo de ensino-aprendizagem" (MIRAS; 
SOLÉ, 1996, p.381), ou, ainda, busca a determinação da presença ou ausência de 
habilidades e pré-requisitos, bem como a identifi cação das causas de repetidas 
difi culdades na aprendizagem (BLOOM; HASTINGS; MADAUS, 1975).
Avaliação Formativa
Por meio da avaliação formativa, segundo Haydt (1995), é possível constatar se estão 
os alunos, de fato, atingindo os objetivos pretendidos, verifi cando a compatibilidade 
entre tais objetivos e os resultados efetivamente alcançados durante o desenvolvimento 
das atividades propostas. Ainda segundo a autora, representa esta forma de avaliação 
o principal meio pelo qual o estudante passa a conhecer seus erros e acertos, 
encontrando, assim, maior estímulo para um estudo sistemático dos conteúdos. 
Outro aspecto importante, destacado por Haydt (1995), é o da orientação fornecida 
por este tipo de avaliação, tanto ao estudo do aluno como ao trabalho do professor, 
principalmente pelos mecanismos de feedback. Estes mecanismos permitiriam, então, 
ao professor “detectar e identifi car defi ciências na forma de ensinar, possibilitando 
reformulações no seu trabalho didático, visando aperfeiçoá-lo” (HAYDT, 1995, p.17). 
Ou, ainda, na defi nição de Bloom, Hastings e Madaus (1975), a avaliação formativa 
visa informar o professor e o aluno sobre o rendimento da aprendizagem no decorrer 
das atividades escolares e a localização das defi ciências na organização do ensino 
para possibilitar correção e recuperação.
Avaliação Somativa
O objetivo da avaliação somativa é "determinar o grau de domínio do aluno em uma 
área de aprendizagem", o que "permite outorgar uma qualifi cação que, por sua vez, pode 
ser utilizada como um sinal de credibilidade da aprendizagem realizada; por isso, (...) é 
denominada também avaliação creditativa" (MIRAS E SOLÉ, 1996, p.378). Também, tem 
o propósito de classifi car os alunos ao fi nal de um período de aprendizagem, semestre, 
ano, mês ou curso, de acordo com os níveis de aproveitamento (BLOOM; HASTINGS; 
MADAUS,1975).
Avaliação e a relevância da qualidade
A simples leitura dos conceitos até aqui elencados ressalta, nas diversas abordagens, um 
ponto de concordância destacado: os mecanismos avaliativos devem pretender verifi car, 
principalmente, a qualidade do processo de ensino-aprendizagem, revelando difi culdades, 
carências e inquietações dos alunos e reorientando o trabalho do professor na superação 
dos fatores limitativos da plenitude possível na aprendizagem. 
Não se trata de descartar, portanto, a extensão (quantidade) do que é adquirido pelo aluno 
no processo, mas de proporcionar uma sintonia entre os aspectos qualitativo e quantitativo. 
Uma revisão nos métodos avaliativos estaria integrada, então, a um processo equivalente 
quanto à metodologia de ensino-aprendizagem, posta em prática para surtir seus efeitos 
dentro e fora da sala de aula. 
Com a utilização de métodos apropriados, a avaliação ocorreria não somente depois da 
transmissão dos conteúdos, mas durante também, considerando a possibilidade de verifi cação 
da qualidade dos conceitos, critérios, opiniões, práticas e ideias, com oportunas intervenções 
do professor, que passaria a conduzir os aprendizes na busca de conhecimentos sólidos e 
pertinentes. 
Planejamento na Área de Educação Didática | UNISUAM 
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Centra (1993) sugere métodos de ensino mais apropriados a cada nível de aprendizado, 
utilizando como base os níveis cognitivos de Bloom, contidos em sua obra “Taxonomy of 
Educational Objectives”:
Relação entre objetivos de aprendizagem e técnicas de ensino
Nível Cognitivo de Bloom Técnica de Ensino Apropriada
Conhecimento e compreensão (aprendizado 
de fatos, princípios e teorias; entendimento 
e habilidade para expor conceitos)
Conferências (com recursos audiovisuais), 
instrução programada, leituras
Apl icação (habi l idade para apl icar 
corretamente a informação recebida)
Conferências e discussões, seminários 
modificações ativas às conferências, instrução 
assistida por computador, simulações, 
estudos de caso, jogos, experiências de 
campo, laboratório, estudo independente, 
instrução individualizada
Análise e síntese
Discussões em seminários, projetos 
independentes feitos em grupos, aprendizado 
colaborativo ou cooperativo, simulações, 
estudos independentes, laboratórios
Fonte: Centra (1993)
Vale ressaltar que as avaliações de qualidade, oportunas e orientadoras, são auxiliares 
legítimas da construção do conhecimento em aspecto amplo, não apenas dos conteúdos 
propriamente ditos, como também de posturas e atitudes – ou, numa expressão, como 
sintetizou Brookfield (1990), “helpful evaluations”. 
Mais ainda: são necessárias avaliações capazes de proporcionar melhorias naquilo que se 
pretende ensinar, ao ponto de se poder concluir, quase que unanimemente, que, “sem dúvida, 
uma das mais importantes funções da avaliação é fornecer subsídios para o aperfeiçoamento 
do ensino” (ABRAMOWICZ, 1994, p.156). 
Por este lado da questão, pode-se constatar a prevalência das avaliações diagnóstica e 
formativa enquanto instrumentos provedores do mencionado aperfeiçoamento, num aspecto 
amplo, compreendido desde o fomento da qualidade nos métodos didáticos e pedagógicos até 
a possibilidade de conferir maior liberdade ao estudante, em detrimento de visões autoritárias e 
predominantemente classificatórias, ligadas ao uso isolado de formas tradicionais de avaliação.
E então, refletindo sobre a avaliação?
avaliações de qualidade, 
oportunas e orientadoras, 
são auxiliares legítimas da 
construção do conhecimento 
em aspecto amplo
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T4 O Projeto Pedagógico da Escola
Neste tópico, trataremos da construção do projeto pedagógico. Você sabia que esse projeto 
é muito importante para uma instituição educacional?
http://colegiopaulofreiresj.com.br/wp-content/uploads/2011/09/ppp.jpeg
Pois bem, podemos defi nir o projeto pedagógico como uma construção coletiva que 
envolve integrantes da comunidade escolar. Trata-se de uma direção para a ação 
pedagógica da escola, defi nida pela visão dos educadores, em relação à legislação 
educacional vigente e à sua realidade escolar. Detectam-se seus problemas e levam-
se à frente alternativas para enfrentá-los. Tudo em processo permanente de refl exão e 
discussão, pelo diagnóstico construtivo.
Agora, você sabe por que o projeto é político e pedagógico? Vamos lá!
O projeto pedagógico possibilita, pela ação educativa, que a escola torne reais suas intenções 
de construir conhecimentos e valores. Nesse sentido, o projeto passa a ser, assim, a garantia 
da conjunção das atividades sociais e culturais da escola com suas atribuições pedagógicas.
Ao construir o Projeto Pedagógico, a comunidade escolar estabelece uma direção para sua 
ação pedagógica, assumindo um compromisso defi nido coletivamente, combase na realidade 
da escola. Assim, faz-se necessário conhecer e refl etir sobre esta realidade, respondendo a 
questões básicas como:
• Quem são nossos alunos? 
• Como é o grupo social a que eles pertencem? 
Quais as características do corpo docente da escola?
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Elementos básicos do projeto
O projeto político pedagógico é composto pelos seguintes elementos básicos:
Finalidade
Intenção pretendida e almejada por todos, tanto cultural, político, social, profissional e humano, 
sendo necessária a decisão coletiva para que consiga o almejado.
Estrutura organizacional
Todos nós precisamos de uma estrutura, pois com ela identificamos nossos valores e as 
relações desenvolvidas. Uma instituição forma esta estrutura por meio dos limites, dos recursos 
disponíveis (humanos, materiais e financeiros) e a realidade escolar.
Currículo
Organização do conhecimento escolar, em que há uma integração que tem como objetivo 
agrupar as disciplinas num todo mais amplo, diminuindo o isolamento entre elas.
Tempo escolar
Está ligado ao horário escolar, que fixa o número de horas por semana e o número de aulas 
por professor; o tempo é preciso para que os educadores aprofundem seus conhecimentos 
sobre os alunos e sobre o que estão aprendendo, e para se fazer um acompanhamento e 
uma avaliação do projeto político-pedagógico em ação. É preciso tempo para que haja uma 
organização também fora da sala de aula.
Processo de decisão
Se dá na troca de organização, nos fluxos das tarefas, das ações e decisões realizadas pelo 
poder autoritário e centralizador.
As relações de trabalho
Devem conter atitudes de solidariedade, reciprocidade e participação coletiva. A partir disso, novas 
relações de poder poderão ser constituídas na dinâmica interna de sala de aula e da escola.
Avaliação
Baseia-se no acompanhamento das atividades que são avaliadas em dados concretos sobre 
o projeto político-pedagógico, não sendo assim um instrumento de exclusão dos alunos.
A partir desses elementos básicos, o projeto pedagógico deve ser entendido como a própria 
organização do trabalho pedagógico da escola e parte dos princípios norteadores de 
igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do magistério. 
É importante enfatizar que a organização do trabalho pedagógico deve ser analisada e 
compreendida no sentido de reduzir os efeitos de sua divisão de trabalho, de sua fragmentação 
e do controle hierárquico.
O projeto pedagógico é um instrumento de luta e é uma maneira de opor-se à fragmentação do 
trabalho pedagógico e sua rotina, à dependência e aos efeitos negativos do poder autoritário 
e centralizador dos órgãos da administração central. 
O projeto da escola depende, sobretudo, da ousadia de cada escola, na pessoa dos seus 
agentes em se assumir como tal, trabalhando a sua realidade, buscando alcançar os seus 
objetivos. O projeto deve ser visto como um momento de renovação da escola.
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Na elaboração do projeto pedagógico deve-se levar em consideração a escola existente e a 
escola desejada. Para atingir tal meta é necessário que a escola trabalhe de forma coletiva, 
democraticamente e com um mesmo objetivo.
Então, podemos afi rmar que entendemos o projeto pedagógico como o desenrolar de um 
processo participativo que envolve toda a comunidade escolar com o objetivo de direcionar 
o trabalho pedagógico desenvolvido no cotidiano escolar.
O projeto tem em vista a transformação da escola que temos para a escola que queremos, 
uma escola que englobe o cotidiano da comunidade, levando em consideração os aspectos 
pedagógicos, educacionais e sociais que contemplem a diversidade de culturas existentes em 
torno do prédio escolar. Sendo assim, torna-se um ponto de partida para estarmos sempre 
renovando e restaurando as necessidades da Unidade Escolar.
https://www.youtube.com/watch?v=lkreusdF8LE
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Conclusão
Pode-se, pois, afirmar que o planejamento do ensino é o processo de pensar, de forma 
"radical", "rigorosa" e "de conjunto", os problemas da educação escolar, no processo ensino-
aprendizagem. Consequentemente, planejamento do ensino é algo muito mais amplo e abrange 
a elaboração, execução e avaliação de planos de ensino.
Planejamento e plano se complementam e se interpenetram, no processo ação-reflexão-ação 
da prática social docente. Um bom plano não transforma, em si, a realidade da sala de aula, 
pois ele depende da competência e compromisso do docente. 
A escola é um ser vivo que precisa ser motivado a dar continuidade em um trabalho de 
desenvolvimento. O projeto pedagógico possibilita isso, traçar metas, definir objetivos, apoiando-
se no desenvolvimento de uma consciência crítica; no envolvimento das pessoas: comunidade 
interna e externa à escola; na participação e na cooperação das diversas esferas de governo; 
na autonomia, na responsabilidade e criatividade como processo e como produto do projeto.
Referências 
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Universidade – A Busca da Qualidade, v.1, n.3, 1994.
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