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estudo de caso

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Disciplina: Teorias e Técnicas Psicoterápicas
Considerando o relato de caso e os sucessivos abusos, construa uma hipótese diagnóstica utilizando uma abordagem de sua preferência como referência.
A abordagem humanista não trabalha com diagnóstico e sim com o foco no sujeito e nos fenômenos no presente, buscando trabalhar com seus sentimentos e experiências vivenciadas. E a partir daí ajudar o sujeito a elaborar novas possibilidades e novas construções.
Segundo Carl Rogers o diagnóstico não é prioridade para o terapeuta realizar uma compreensão exaustiva do indivíduo, pois a focalização do mesmo tende a prejudicar a relação terapêutica. Através dos três pilares da abordagem humanista, que são eles: compreensão empática, consideração positiva incondicional e congruência podemos compreender melhor as características do sujeito.Todos os indivíduos segundo a abordagem humanista têm a capacidade de desenvolver a tendência atualizante, que é a capacidade de transformar situações traumáticas em aprendizados e resignificá-las.
No caso clínico apresentado, o cliente através de sua história de vida nos apresenta um cenário imerso de conflitos familiares, onde imperava uma dinâmica familiar disfuncional e tóxica, onde se sujeitava a um cotidiano de violência física, sexual e moral constantes.
Diante dos relatos percebe-se que o cliente apresenta um relacionamento social precário, nos diversos âmbitos sociais. Grandes dificuldades de relacionamentos na escola, na família e de amizades no geral. Trazendo consigo grandes possibilidades de diversas patologias associadas aos relacionamentos sociais de uma forma geral.
Faça um encaminhamento para o psicólogo (a) escolar considerando a avaliação (exame psíquico) do conjunto de alterações provocadas pelo histórico de abusos.
 
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
Autor: Alunos do 8º de Psicologia
Interessado: Departamento de Psicologia Escolar
Assunto: Relatório de encaminhamento
Em decorrência de dificuldades de adaptação às regras e normas escolares, falta de estímulo, dificuldades de socialização, episódios de agressividade, expulsão de uma instituição escolar por atitudes de contravenção, o jovem foi submetido à avaliação psicológica para averiguação de seus sintomas e comportamentos sociais. A família do jovem preferiu não mais manter contato com o mesmo após o episódio do matricídio e sua reclusão em instituição sócio-educativa. Desde criança ele apresentava dificuldades nas relações escolares e familiares, com comportamentos agressivos na escola, como brigas e indisciplinas regulares. Não conseguia se envolver emocionalmente com os membros da família e em especial com a mãe, apesar de apresentar grande carência do amor maternal. Ainda em relação à família particularmente à genitora, detectou-se a grande dificuldade da relação dos dois, chegando ao limite dele tirar a vida da mãe, em um momento não planejado previamente, mas de intensa fúria. A figura paterna é completamente ausente de sua vida. Os métodos disciplinares utilizados pela mãe perante ele era completamente autoritária, agressiva, de sucessivas violências físicas, morais e até sexuais. Desde criança sofrendo grandes castigos severos por parte dela, negligenciando as condições essenciais de desenvolvimento deste jovem, ora usando do seu poder física e psicologicamente, ficando evidenciado o caráter confuso da construção da personalidade deste sujeito. Em função de tudo até então narrado o cliente sofre de um possível diagnóstico do CID10,F60.2: personalidade dissocial, congruente com a história de vida do cliente, sendo a informação relevante para uma melhor compreensão do caso.
Construa um plano terapêutico considerando que é você o (a) profissional responsável pelo acompanhamento do caso no cumprimento de medida sócio educativa.
O acompanhamento psicológico só deve ter início com a permissão e consentimento do cliente, partindo do desejo dele, onde sempre é importante informar ao cliente que o espaço terapêutico é um espaço reservado especialmente para ele e será abordado os aspectos que ele mesmo considerar pertinente, e reiterando o total sigilo e confidencialidade das sessões.
Todo o processo terapêutico deve ser facilitado pelo estabelecimento de uma relação empática entre o cliente e o terapeuta. De acordo com Rogers e Kinget (1975), a empatia expressa a capacidade de o terapeuta emergir no mundo subjetivo do paciente de modo a experienciar e compreender a realidade daquilo que é vivido e sentido pelo paciente. Porém o desenvolvimento da relação terapêutica compreende, também, a atitude do terapeuta. Este deve agir com autenticidade e congruência, bem como manifestar tolerância, aceitação, compreensão e respeito incondicional pelo paciente, assim como por aquilo que lhe transmite, isento de qualquer apreciação ou julgamento (Rogers, 1974; Rogers & Kinget, 1975; Rogers,2099). Prerrogativas estas que são os pilares da abordagem humanista para o trabalho terapêutico.
Partindo então, destas primícias, o plano terapêutico iniciaria pelo trabalho do resgate da auto-estima e do autovalor comprometidos por toda a história de vida repleta de violências físicas, emocionais e sexuais. O autoperdão pelo desespero do crime praticado de forma tão violenta e destas raivas contidas durante toda a sua vida. Posteriormente e com um foco ainda maior daria continuidade em relação ao possível diagnóstico do CID10,F60.2: personalidade dissocial, congruente com a história de vida do cliente. Apesar da abordagem humanista não trabalhar com diagnóstico, é importante o conhecimento do que fala o CID10, à título de uma maior compreensão dos fenômenos trazidos pelo cliente.
À medida que o processo vai tendo continuidade, o esperado é que o cliente vá aceitando progressivamente seus sentimentos e clarificando suas emoções e resignificando os fenômenos. A intervenção do terapeuta não é todo tempo pautado por técnicas específicas, mas por uma atitude paulatinamente atenta aos sentimentos inerentes às vivências diárias, ajudando o paciente a elaborá-las. 
O esperado é que o cliente consiga com o trabalho terapêutico renomear e resignificar os fenômenos de forma a trazê-los mais para perto de sua realidade interna e se tornando cada vez mais congruente com seus sentimentos e emoções.
A expectativa terapêutica é de que de acordo com a demanda trazida pelo cliente com o passar dos encontros ele consiga evidenciar uma perspectiva otimista no que se refere à capacidade para enfrentar o futuro e possíveis obstáculos que possam surgir no seu percurso de desenvolvimento e que se necessário for ele solicite apoio psicológico caso venha a necessitar para eventuais dificuldades.

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