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RECLAMÇÃO TRABALHISTA SUZANA x FAMÍLIA MORAES

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA __ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE
NATAL – RIO GRANDE DO NORTE.
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA.
RECLAMANTE: SUZANA
RECLAMADO: FAMÍLIA MORAES
Suzana, (nacionalidade), (estado civil), empregada doméstica, CPF nº , (endereço
eletrônico), portadora da Carteira de Trabalho nº , inscrita no PIS sob o nº , residente e
domiciliada na rua…, nº…, Bairro…, CEP…., Cidade - Estado, por intermédio de seu
procurador que a esta subscreve e com procuração anexa a este petitório, vem
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com base no artigo 840 da CLT, pelo
Rito Ordinário (artigo 837 e seguintes da CLT), propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em
face de Nome Moraes, inscrita no CPF nº …, (endereço eletrônico), residente e
domiciliado na rua…., nº …, Bairro…, CEP …, Cidade – Estado, pelos motivos de fato e
de direito a seguir aduzidos.
INICIALMENTE
a) DO PEDIDO DE GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Sendo certo que a reclamante atualmente encontra-se desemprega e não possui
condições de arcar com os ônus processuais sem prejuízo de seu sustento e de sua
família, conforme declaração de hipossuficiência anexada a esta inicial, requer se digne
Vossa Excelência deferir-lhe os benefícios da Justiça Gratuita, com base no artigo 98 do
Código de Processo Civil c/c com o artigo 790, § 3º da CLT.
b) DA NÃO OBRIGATORIEDADE DE SUBMISSÃO DA RECLAMANTE À
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA – CCP.
Senhor Juiz, em razão da prevalência do Princípio da Inafastabilidade do controle
jurisdicional, inscrito no artigo 5º, XXXV, CF/88, vem a Reclamante indicar que não se
submeteu à CCP em razão de não haver obrigatoriedade legal, mormente em razão das
ADIs 2139 e 2160, ambas de 2000 ainda pendentes de decisão no Supremo Tribunal
Federal.
I. DOS FATOS
01. A reclamante foi admitida pelo empregador no dia 15 de junho de 2016 para laborar
suas atividades como empregada doméstica, firmando um contrato de experiência
profissional de 45 dias, findo esse período, a Reclamante continuo exercendo suas
atividades normalmente, sem que tenha havido prorrogação contratual, passando o
contrato de trabalho a vigorá por prazo indeterminado de acordo com o artigo 5º, § 2º da
Lei Complementar nº 150 de 2015.
02. Cumpria uma jornada de trabalho de segunda a sexta no intervalo de horário entre
07h00 e 16h00, com um intervalo de 30 minutos o que contradiz o artigo 13º da Lei
Complementar nº 150 de 2015, onde dispõe a duração mínima de 1 hora para intervalo.
03. Em 15 de setembro de 2016 a Reclamante foi despedida sem justa causa pelo que
não honrou com o pagamento das verbas rescisórias a que tem direito, consoante
legislação trabalhista.
Assim, com base nas obrigações legais descumpridas pela Reclamada, vem a
Reclamante ajuizar o presente procedimento, rogando a Vossa Excelência que aprecie os
fatos e defira todos os pedidos aqui formulados.
II. DO DIREITO
Deverá o Reclamado honrar o pagamento dos haveres rescisórios da Reclamante em
face da despedida sem justa causa que ora se pleiteia. Desta forma, são devidas todas as
verbas rescisórias, descritas enquanto ressalvadas no Termo de Homologação de
Rescisão do Contrato de Trabalho (THRCT), A saber: saldo de salário, aviso prévio
indenizado, multa do artigo 477 da CLT, 13º salário proporcional, férias proporcional e
multa dos 40% sobre os depósitos do FGTS. Assim, requer-se o pagamento de todas as
verbas rescisórias, devidamente corrigidas à época do efetivo pagamento, devendo o
período de aviso integrar ao tempo de serviço do obreiro, para todos os fins de direito. 
a) DO SALDO DE SALÁRIO
No momento da Rescisão, a Reclamante não recebeu o saldo de salário referente aos 15
dias trabalhos, assim requer a condenação do Reclamado ao pagamento dos 15 dias
trabalhados.
b) DO AVISO PRÉVIO 
Por não ter havido prorrogação do contrato de trabalho, este passou a ser por prazo
indeterminado, devendo as partes cumprir o aviso prévio. Nos termos do artigo 23, § 3º da
Lei Complementar nº 150 de 2015, o empregado terá direito ao salário correspondente ao
prazo do aviso de 30 dias. 
c) DO 13º SALÁRIO
A Reclamante recebeu um proporcional de três doze avos correspondente ao 13º salário,
requer-se a correção desse período, já que o período do aviso prévio não foi somado,
restando o pagamento de um doze avos. 
d) DAS FÉRIAS
Foi pago a Reclamante o porcentual de três doze avos mais um terço correspondente as
férias, porém o período do aviso prévio não foi computado e roga-se a correção do valor e
o pagamento da diferença.
e) DAS HORAS EXTRAS EXTRAORDINÁRIAS
A reclamante exercia suas atividades semanalmente de segunda-feira a sexta-feira no
horário de 7h00 às 16h00, perfazendo um total de nove horas trabalhadas. Havia um
intervalo de 30 minutos, que não pode ser considerado como intervalo intrajornada, já que
descumpre as normas do artigo 13º da Lei Complementar nº 150 de 2015. Requer-se o
pagamento referente a uma hora extraordinária todos os dias trabalhados nos termos do
artigo 2º, § 1º da Lei Complementar nº 150 de 2015.
f) ACOMPANHAR O EMPREGADOR PRESTANDO SERVIÇOS EM VIAGEM 
A Reclamante acompanhou a Reclamada numa viagem de 4 dias úteis, prestando seus
serviços como babá. Num horário de trabalho de 8h00 às 17h00, com um intervalo de
1h00. Roga-se o acréscimo previsto no artigo 11, § 2º da Lei Complementar nº 150 de
2015, que estabelece um adicional de, no mínimo, 25% superior ao salário-hora normal.
g) MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT
Conforme se constatou pelos THRCT da Reclamante que o empregador até a presente
data NÃO PAGOU todos os valores que lhe seriam devidos por obrigação legal, faz jus ao
pagamento da multa do artigo 477 da CLT, que infere ao pagamento de um mês de
salário, conforme o § 8º do referido artigo. 
h) MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT
Também é devida a aplicação do que estabelece o artigo 467, caput, CLT, i.e., o
pagamento da parte incontroversa das verbas rescisórias devidas à Reclamante à data do
comparecimento à audiência, sob pena de pagá-las acrescidas de 50%, incidindo
inclusive sobre o saldo de salário supramencionado. Pelo que faz jus a Reclamante
mesmo em caso de revelia, cf a S. 69, do TST.
Conforme se constatou pelo THRCT da Reclamada não efetuou depósito referente a
multa dos 40% dos valores depositados a título de Fundo de Garantia, contrariando
frontalmente o estabelecido no artigo 15, § 1º da lei 8.036/90.
i) DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
A Reclamante é hipossuficiente, conforme declaração em anexo e do fundamento jurídico
acima apresentado, de maneira que restam atendidos os requisitos legais.
Assim, são devidos os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita e Justiça Gratuita e,
ante o trabalho do advogado, fulcro no artigo 791-A da CLT, lhe é cabível o justo
pagamento de honorários de assistência judiciária/sucumbência, no percentual de 15%
sobre os valores brutos decorrentes da presente ação.
III. DOS PEDIDOS
Em face do exposto, requer-se o pagamento da presente petição, seguida da notificação
do Reclamado, para querendo, ofertar defesa à presente, pugnando-se ainda pela
condenação da Reclamada ao pagamento das verbas especificadas e ora discriminadas:
Saldo de salário (15 dias) R$
Aviso Prévio R$
Correção do 13º salário (4/12) R$
Correção das Férias (4/12 + 1/3) R$
Horas Extraordinárias R$
Adicional por Acompanhar em Viagem R$
Multa do artigo 477, CLT R$
Multa do artigo 467, R$
Honorários Sucumbências R$
TOTAL R$
Requer ainda a Reclamante:
1. Concessão do benefício da gratuidade da Justiça;
2. Pagamento de todas as verbas discriminadas neste petitório;
3. Seja a Reclamada compelida a efetuar o pagamento em audiência das verbas
incontroversas, sob as penas do artigo 467 da CLT;
4. Correçãoe pagamento da diferença em relação as férias e o 13º salário;
5. Pagamento do aviso prévio calculado em 30 dias;
6. Pagamento das horas extras;
7. Pagamento do adicional por acompanhar empregador em viagem;
8. Condenar a Reclamada ao pagamento dos honorários advocatícios no importe de 15%
sobre o valor da condenação;
9. Apuração do quantum debeatur mediantes simples cálculos após o trânsito em julgado
da sentença.
Indica-se como provas a serem produzidas as de caráter documental, testemunhal e
depoimento pessoal da Reclamante e Reclamada, sob pena de confissão, na amplitude
do artigo 369 do Código de Processo Civil.
Dá-se à causa o valor de R$…
Nesses Termos, 
Pede e confia no deferimento.
Natal, Rio Grande do Norte, dia de mês de ano.
Advogado/OAB.

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