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Trab Imuno np2

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Universidade Paulista – UNIP
Bárbara Cássia Pope Favoretto – C70HDI9
Bárbara Cristina Rodrigues Faria – C652BG5
Bruna Cristina Rambo Nunes – C60BJD9
Fabiana de Oliveira Porto – C510742
Jhonatas Emanuel Araujo dos Santos – C6531D3
Thalysson Matheus Xavier Vieira – C6339B4
Imunologia Clínica
Farmácia
5º Semestre
Brasília
15/05/17
FEBRE AMARELA
A febre amarela é uma doença febril aguda, de curta duração (no máximo 12 dias) e de gravidade variável. A forma grave caracteriza-se clinicamente por manifestações de insuficiência hepática e renal, que podem levar à morte. Deve-se levar em conta seu potencial de disseminação em áreas urbanas.
Características principais do vírus
Possui genoma é de RNA simples de sentido positivo, ou seja, pode ser usado diretamente como um RNA mensageiro para a síntese de proteínas. Produz cerca de 10 proteínas, sendo 7 constituintes do seu capsídeo, e é envolvido por envelope bilipídico. Multiplica-se no citoplasma e os virions descendentes invaginam-se para o retículo endoplasmático da célula-hóspede, a partir do qual são dispersos para outras células. Tem entre 40 e 50 nanômetros de diâmetro. Os vírus se replicam nos nódulos linfáticos e as células dendríticas infectadas e são levados para os macrófagos do fígado o que leva à degradação eosinofílica destas células e para a libertação de citocinas pró-inflamatórias.
Testes laboratoriais diagnósticos 
Específico - O Isolamento viral é realizado a partir de amostras de sangue, derivados ou tecidos coletados nos primeiros 5 dias após o início da febre. Reação em cadeia de polimerase (PCR); Imunofluorescência e Imunohistoquímica. Sorologia: Ensaio imunoenzimático para captura de anticorpos IgM (Mac-Elisa); Na maioria dos casos requer somente uma amostra de soro sendo possível realizar o diagnóstico presuntivo de infecção recente ou ativa. Outras técnicas são utilizadas no diagnóstico sorológico, porém requerem sorologia com amostras pareadas tais como Inibição de Hemaglutinação (IH); Teste de Neutralização (N) e Fixação de Complemento(FC), considerando-se positivos os resultados que apresentam aumento dos títulos de anticorpos de, no mínimo, 4 vezes, entre a amostra colhida no início da fase aguda comparada com a da convalescença da enfermidade (intervalo entre as colheitas de 14 a 21 dias).
Inespecíficos - As formas leves e moderadas apresentam quadro clínico autolimitado, não há alterações laboratoriais importantes, salvo por leucopenia, discreta elevação das transaminases (nunca superior a duas vezes os valores normais encontrados) com discreta albuminúria caracterizada por encontro de cilindros hialinos no sedimento urinário. Nas formas graves clássicas ou fulminantes podem ser encontradas as seguintes alterações: leucopenia com neutrofilia e intenso desvio à esquerda. Em pacientes com infecção secundária pode-se observar leucocitose com neutrofilia. Trombocitopenia (sendo comum valores de 50.000 plaquetas/cm³ ou valores menores) aumento dos tempos de protrombina, tromboplastina parcial e coagulação. Diminuição dos fatores de coagulação sintetizados pelo fígado (II,V,VII,IX E X). Aumento de: Transaminases (em geral acima de 1.000 UI); bilirrubinas (com predomínio da bilirrubina direta); colesterol; fosfatase alcalina; Gama-GT; uréia e creatinina, estas com valores (5 a 6 vezes ou até mais altos que os valores normais). Observe-se que a confiabilidade dos resultados dos testes laboratoriais dependem dos cuidados durante a coleta, manuseio, acondicionamento e transporte das amostras.
Interpretação do resultado laboratorial
Caso suspeito 1 - Indivíduo com quadro febril agudo (até 7 dias), acompanhado de icterícia e/ou manifestações hemorrágicas, não vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado;
Caso suspeito 2 - Indivíduo com quadro febril agudo (até 7 dias), residente ou que esteve em área com transmissão viral (ocorrência de casos humanos, epizootias ou de isolamento viral em mosquitos) nos últimos 15 dias, não vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado;
Caso confirmado - Todo caso suspeito que apresente pelo menos uma das seguintes condições: isolamento do vírus, MAC-ELISA positivo, laudo histopatológico compatível e com vínculo epidemiológico, elevação em quatro vezes ou mais nos títulos de anticorpos IgG através da técnica de IH (Inibição da Hemaglutinação), ou detecção de genoma viral; ou, todo indivíduo assintomático ou oligossintomático originado de busca ativa que não tenha sido vacinado e que apresente sorologia (MAC-ELISA) positiva para febre amarela;
Caso confirmado por critério clínico epidemiológico - Todo caso suspeito de febre amarela que evolui para óbito em menos de 10 dias, sem confirmação laboratorial, no início ou curso de surto ou epidemia, em que outros casos já tenham sido comprovados laboratorialmente;
Descartado - Caso suspeito com diagnóstico laboratorial negativo, desde que se comprove que as amostras foram coletadas e transportadas adequadamente; ou, caso suspeito com diagnóstico confirmado de outra doença.
Período de viremia
Período de transmissibilidade - O sangue dos doentes é infectante 24 a 48 horas antes do aparecimento dos sintomas até 3 a 5 dias após, tempo que corresponde ao período de viremia. No mosquito Aedes aegypti, o período de incubação é de 9 a dias, após o que se mantém infectado por toda a vida.
DENGUE
O dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus (existem quatro tipos diferentes de vírus do dengue - 1, 2, 3 e 4), que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos. O dengue está se expandindo rapidamente, e espera-se que nos próximos anos a transmissão aumente significativamente no mundo.
Características principais do vírus
O vírus do dengue é um vírus esférico e envelopado, com diâmetro aproximado de 50nm, contendo três proteínas estruturais (capsídio C, membrana M e envelope E) e o RNA genômico. A proteína precursora de membrana, prM, junto com a glicoproteína E, integram a bicamada lipídica do vírus. 
No estágio de montagem final (amadurecimento) do vírus no complexo de Golgi, a prM é clivada resultando num rearranjo das proteínas M e E para a maturação da superfície viral. A glicoproteína E é a parte antigênica, é reponsável pela ativação de anticorpos. Pode ser dividida em 3 domínios estruturais: o domínio central, o domínio de dimerização (responsável pela fusão) e o domínio de ligação ao receptor. 
Os vírus penetram na célula hospedeira através de endocitose após a ligação do domínio de ligação ao receptor; segue-se a fusão do vírus à membrana celular mediada pela proteína E em presença de ácidos dos endossomos. A estrutura tridimensional da proteína E consiste de um complexo dimérico que, quando exposto a pH ácido (pH< 6,5), sofre uma transformação conformacional, sendo rearranjada em trímeros. 
Após a ligação viral ao receptor de membrana e a entrada da partícula no citoplasma por pinocitose, a conformação em trímeros da proteína E é fundamental para a fusão do envelope viral com a membrana endossômica. Após a fusão, o RNA genômico viral dissocia-se do nucleocapsídeo e utiliza a maquinário de ribossomos da célula hospedeira para ser traduzido.
Testes laboratoriais diagnósticos 
Específicos - Isolamento viral e PCR são os exames mais específicos para diagnóstico de Dengue, mas são pouco disponíveis. São utilizados principalmente para fins epidemiológicos ou em estudos científicos.
Sorologia para Dengue deve ser solicitada a partir do 6º dia de doença (geralmente não revela alterações antes deste período) e é o exame confirmatório de escolha (disponível e barato), embora possa resultar em falso-positivo por reação cruzada com outros vírus.
Inespecíficos - O hemograma é o principal exame. O aumento do hematócrito confirma a presença de hemoconcentração, tendo importância prognóstica e terapêutica. O leucograma pode revelar leucopenia
com linfocitose e as plaquetas podem estar normais ou diminuídas (implica maior gravidade).
As transaminases podem estar normais ou moderadamente elevadas, ocasionalmente em valores de até 15 vezes acima da normalidade. A albumina sérica pode estar baixa, refletindo extravasamento de plasma. Radiografia de tórax e ultrassonografia de abdômen podem ser solicitadas em casos mais graves e podem revelar derrames cavitários. Outros exames como eletrólitos, gasometria e coagulograma, podem ser solicitados conforme necessário.
Período de viremia
Geralmente um dia antes do aparecimento da febre até o sexto dia da doença.
Interpretação dos resultados laboratoriais

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