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P2 BRASILEIRA 1

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PROVA 2 - 18/07/2013 
1) Analise de que maneira os problemas de balanço de pagamentos levaram ao abandono 
dos programas de estabilização do começo do governo de Eurico Dutra (1946-51) e do 
começo do Segundo Vargas (1951-54) 
2) Expliquem em que consistiu o Plano de Metas e seu modelo de financiamento, 
destacando os recursos utilizados para financiar o gasto público e o investimento 
estrangeiro. 
3) Em 1958, o governo de Juscelino Kubitschek (1956-61) lançou o Programa de 
Estabilização Monetária (PEM). Explique os porquês de este plano adotar uma estratégia 
gradualista de combate à inflação e analise as razões do fracasso deste programa de 
estabilização. 
 
PROVA 2 – SEGUNDA CHAMADA - 02/06/2014 
 
4) De que maneira se associavam a abertura às importações, a política cambial e o 
combate à inflação na política econômica adotada em 1946? Por que razão a mesma 
não se sustenta? Qual o impacto sobre a indústria da política de contingenciamento 
cambial adotada depois de 1948? 
 
5) Em que consistiram as Instruções 70 e 113 da Sumoc e qual sua importância para o 
financiamento do Plano de Metas? Por que foi necessário recorrer às emissões de 
moeda durante o período? Por que não foi adotado um plano de estabilização para 
combater a inflação e o déficit no balanço de pagamentos? 
 
Dutra (1946-51) 
Os anos finais do Estado Novo são marcados por uma aceleração na inflação, a qual se tornaria 
tema central da agenda nacional e que foi o tema central no debate eleitoral em 1946. 
 No início do governo de Gaspar Dutra podemos notar uma inflexão no modelo econômico, bem 
como uma ascensão de uma perspectiva liberal ortodoxa. E essa visão liberal argumentava que 
as causas da inflação eram o excesso de demanda e os lucros extraordinários dos empresários 
em função da proteção obtida durante a Segunda Guerra Mundial. 
Nesse contexto, a política econômica no início do governo Dutra será marcada por políticas 
contracionistas e uma liberalização comercial. 
Em relação às primeiras políticas contracionistas, podemos notar, em 1946, um enorme déficit 
orçamentário em função de aumentos dos salários do funcionalismo acima do programado. 
Além disso, em 1947, emissões de moeda reduzidas praticamente a zero. Pela primeira vez 
desde o fim da República Velha, houve um pequeno superávit de Cr$ 460 milhões no Orçamento 
da União. Destaca-se um grande arrocho salarial, com a queda violenta do salário mínimo real. 
No âmbito cambial, a taxa foi mantida em torno de Cr$18-19 por dólar e houve um relaxamento 
de controles cambiais (liberalização financeira) com o objetivo de estimular o ingresso de 
capitais. O resultado, segundo o índice IGP, foi uma queda na taxa de inflação, saindo de 22,2% 
em dezembro de 1946, passando para 2,7% no mesmo mês de 1947. 
 
A liberalização comercial tinha como objetivo combater a carestia e os lucros extraordinários e 
atender à demanda contida de matérias-primas e de bens de capital para reequipamento da 
indústria, desgastada durante a guerra. 
 
Vale destacar que havia uma ilusão de que as medidas de combate à inflação não causariam 
problemas nas contas externas por conta de algumas razões, a saber: i) confiança de uma rápida 
reorganização da economia mundial nos termos do acordo de Bretton Woods., com a eliminação 
de barreiras ao livre fluxo de bens e a multilateralização do comércio internacional; ii) percepção 
(ilusória) de que o Brasil estava em uma situação confortável do ponto de vista das reservas 
internacionais; iii) expectativa de que o país seria capaz de atrair grandes fluxos de Investimento 
Direto Estrangeiro (IDE); iv) expectativa de uma alta significativa dos preços internacionais do 
café após a eliminação dos preços-teto fixados pelo governo norte-americano. 
 
Entretanto, as expectativas não se confirmaram. A reorganização da economia mundial foi 
muito mais lenta. O grande aporte de IDE acabou não ocorrendo (foco dos Estados Unidos 
estava na Europa). A abundância de divisas não era verdadeira, sendo que a metade das reservas 
estava em ouro e era considerada reserva estratégica. A outra metade continha o equivalente a 
US$ 235 milhões em libras esterlinas bloqueadas. Havia apenas US$ 92 milhões de reservas 
líquidas e utilizáveis para negócios com países de moeda conversível. 
O Brasil passou a acumular déficits crescentes com países de moeda conversível. Os superávits 
eram obtidos com países de moeda inconversível. O país acumulava saldos em moedas fracas. 
Ao final de 1947, o país já tinha acumulado atrasados comerciais. Muitos fornecedores 
suspenderam suas remessas para o Brasil. Com isso, o ritmo de produção e várias indústrias 
ficou sob risco. 
 A partir desse período, podemos dizer que a política econômica no Governo Dutra possui 
períodos distintos, delimitados por dois marcos relevantes. O primeiro foi a mudança na política 
de comércio exterior, com o fim do mercado livre de câmbio e a adoção do sistema de 
contingenciamento às importações, entre meados de 1947 e início de 1948. O segundo foi o 
afastamento do ministro da Fazenda, Correa e Castro, em meados de 1949, indicando a 
passagem de uma política econômica contracionista e tipicamente ortodoxa para outra, com 
maior flexibilidade nas metas fiscais e monetárias. 
No primeiro período, os controles cambiais e de importações do pós-guerra começam a ser 
estabelecidos em julho de 1947, com a instituição do regime de controle de câmbio por 
cooperação, onde os bancos autorizados a operar em câmbio eram obrigados a vender ao BB 
30% de suas compras de câmbio libre, à taxa oficial de compra. O BB primeiramente atendia às 
demandas do Governo para depois fornecer câmbio para a importação de produtos em uma 
escala de prioridades. 
Apenas em fevereiro de 1948 foi adotada a primeira forma de sistema de contingenciamento a 
importações, baseado em concessões de licenças prévias para importar de acordo com as 
prioridades do governo. 
O governo optou por não desvalorizar a moeda, medida que beneficiaria os exportadores. A 
mudança na política cambial denota uma preocupação – deliberada ainda que pragmática – com 
a substituição de importações. 
Um resultado dessa política foi a redução do déficit com a área conversível: O déficit caiu de US$ 
313 milhões em 1947 para US$ 80 milhões em 1949. 
Entretanto, um resultado também importante da manutenção da taxa cambial foi a perda de 
competitividade e queda das exportações de produtos (excluindo o café) a partir da 
desvalorização de 1949 das moedas europeias. 
Este sistema acabou, todavia, terminou por ter grande importância para o crescimento da 
indústria no pós-guerra. 
Com a taxa de câmbio sobrevalorizada e a imposição progressiva de medidas discriminatórias à 
importação de bens de consumo não essenciais e os com similar nacional. Este foi um estímulo 
considerável à implantação interna de indústrias substitutivas desses bens de consumo. De 
acordo com Tavares, foi nessa época que foram implantadas as indústrias de eletrodomésticos 
e artefatos de consumo durável no país. 
Podemos apontar três efeitos da combinação da sobrevalorização da taxa de câmbio e do 
controle das importações: (i) efeito subsídios, com o barateamento dos meios de produção 
importados; (ii) efeito protecionista, com a restrição à importação de bens competitivos; e (iii) 
maior direcionamento da indústria para o mercado interno. É importante observar ainda a 
política de crédito do BB, que entre 1947-50 cresceu a uma média de 20% a.a. 
Aqui já entramos no ponto de inflexão, o segundo período do Governo Dutra, em 1949, com a 
substituição do Ministro da Fazenda Correia e Castro por Guilherme da Silveira. A política 
macroeconômica torna-se expansionista, com a expansão do crédito do Banco doBrasil e um 
déficit no orçamento público (Superávit de Cr$ 3 milhões, em 1948, para um déficit Cr$ 4.297 
milhões em 1950). O PIB cresce 7,7% em 1949 e 6,8% em 1950. Todavia, a inflação volta a 
aumentar, saindo de 2,7% em dezembro de 1947, passando para 12,4% no mesmo mês de 1950. 
Apesar da negligência com a indústria nacional, as políticas cambiais e de comércio exterior do 
Governo Dutra tiveram como reflexo um desenvolvimento industrial considerável entre 46-51. 
Em 1949 o Plano Salte previa ainda investimentos massivos nas área de saúde, alimentação, 
transporte e energia. O Governo Dutra revele sua preocupação em dar segmento à acumulação 
de capital industrial e à manutenção dos investimentos iniciados no Estado Novo (em especial a 
CSN). 
 
II Vargas (1951-54) 
A conjuntura herdada do Governo Dutra pode ser resumida por um lado pela retomada da 
inflação e pelo desequilíbrio fiscal, e por outro lado pela expectativa de apreciação do preço do 
café e do apoio financeiro norte-americano governado por Truman. 
A política econômica, por sua vez, foi determinada em consonância com um projeto de governo 
bem definido, que tornava possível a articulação e hierarquização de forças políticas e interesses 
divergentes em torno da ação governamental. O projeto de governo consistia em: (i) fim da 
inflação, o equilíbrio fiscal que possibilitaria uma política monetária restritiva; e (ii) um projeto 
industrializante financiado pelo capital externo para remover os pontos de estrangulamento da 
infraestrutura do país (energia e transporte) -> Plano Rodoviário Nacional, Plano Nacional de 
Eletrificação e o Programa do Petróleo é Nosso -> Petrobrás e BNDE (1952). Tal projeto ficou 
conhecido como o projeto “Campos Sales-Rodrigues Alves”, em alusão aos projetos dos 
primeiros governos da República. 
A Comissão Mista Brasil-Estados Unidos iniciou suas atividades em 1951 com a proposta de 
elaborar projetos concretos que deveriam ser financiados por instituições como o Banco de 
Exportações e Importações (Eximbank) e o Banco Mundial. O apoio da CMBEU e o financiamento 
do Eximbank e BM eram fundamentais para a superação dos gargalos de infraestrutura e a 
manutenção de uma política econômica austera. 
Nos dois primeiros anos do Governo Vargas a taxa de câmbio foi mantida fixa e sobrevalorizada. 
O regime de licenças para importar também foi mantido, mas houve um extremo relaxamento 
nos primeiros meses de governo. Isso mudou quando ficaram claros os problemas na balança 
comercial. Devido à queda substancial das reservas em dólar da União, o Conselho da 
Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC) afirma que o regime de licenças deveria ser 
mais severo (o problema era que as licenças eram de 6-12 meses, o que causou um ‘delay’ na 
política). 
É nesse contexto que inicia-se a crise cambial de 1952. O descontrole temporário do comércio 
exterior e uma série de fatores não esperados como a crise da indústria têxtil mundial 
(consequência: queda nas exportações de algodão), a queda nas exportações e a necessidade 
de comprar trigo (em dólar) dos EUA, atacaram a perna austera do Plano de Governo. Enquanto 
as políticas monetária e fiscal foram conduzidas ortodoxamente, enquanto o Banco do Brasil 
exercia uma política creditícia expansionista de crédito às atividades econômicas. 
Em 1953, a conjuntura econômica reflexo da crise cambial de 52 somada aos fracassos no 
combate à inflação, aos atrasos comerciais e a vitória do Partido Republicano nos EUA modificou 
por completo a situação de otimismo e do bom cenário externo dos anos anteriores. Com o 
fracasso da primeira meta do Plano de Governo, de saneamento das contas públicas e conta à 
inflação, e o fim do apoio dos EUA (CMBEU) e do Banco Mundial para o desenvolvimento e 
financiamento dos projetos de infraestrutura, a segunda parte do Plano também ficava 
comprometida. -> Com a ruína dos pilares do Plano de Governo de Vargas, o projeto passa a ser 
a estabilização da economia e uma reforma ministerial com a finalidade de recompor a base de 
sustentação do governo. 
Nesse contexto é feito dois principais ajustamentos, um empréstimo de US$ 300 milhões obtido 
junto ao Eximbank para fazer frente aos atrasados comerciais e a Lei do Mercado Livre (lei 1807) 
 
A Lei do mercado livre (1807/jan) na prática, instituiu taxas de câmbio múltiplas. O resultado 
foi grande queda no primeiro semestre de 1953. Todavia, as exportações tiveram um 
desempenho ruim. Assim, os atrasados comerciais continuaram aumentando. 
Além da crise cambial, havia dificuldades nos planos social e político. Em março de 1953 houve 
a paralisação de 300 mil operários em São Paulo. Além disso, ocorreu a derrota do candidato 
do governo na eleição municipal de São Paulo. 
No mesmo ano teremos uma reforma ministerial, com João Goulart no Ministério do Trabalho, 
e Osvaldo Aranha assumindo o Ministério da Fazenda no lugar de Horácio Lafer. Vale destacar 
que o objetivo de Aranha é uma nova estratégia de estabilização 
Em novembro de 1953, a Instrução 48 da SUMOC tinha como diretrizes gerais o 
restabelecimento do monopólio cambial do Banco do Brasil, a extinção do controle quantitativo 
das importações e a instituição de leilões de câmbio e, para as exportações, substituição das 
taxas mistas por um sistema de bonificações incidentes sobre a taxa oficial. 
Para as importações, havia múltiplas taxas de câmbio: 1)Para importações especiais (como trigo 
e papel de imprensa), taxa oficial sem sobretaxa, 2)Para importações diretas dos diferentes 
governos (além de petróleo e derivados), taxa oficial acrescida de sobretaxas fixas. 3)Para todas 
as demais importações, taxa oficial acrescida de sobretaxas variáveis (definidas em lances feitos 
em leilões de câmbio). 
Já no âmbito da sistemática dos leilões, as importações eram classificadas em cinco categorias 
em ordem decrescente de essencialidade e a oferta disponível de cada moeda era alocada pelas 
autoridades monetárias entre as dieferentes categorias. As categorias I, II e III absorviam 
geralmente 80% da oferta total de cada moeda. Para cada categoria, foram fixados valores 
mínimos, que eram crescentes de acordo com a menor essencialidade da categoria. 
As taxas múltiplas de câmbio – através do sistema de leilões – permitiram a realização de amplas 
desvalorizações cambiais. Além disso, permitiram a continuidade de uma política seletiva de 
importações, posto que as taxas de câmbio eram diferenciadas por produto. Por fim, o ágio 
obtido com as sobretaxas nos diferentes mercados tornou-se importante fonte de receita fiscal 
para o governo. 
Todavia, as demais políticas macroeconômicas não caminharam no sentido da estabilização. No 
contexto fiscal houve um aumento dos gastos do governo em obras públicas como tentativa de 
adequar a infra-estrutura do país. Somados aos abonos concedidos ao funcionalismo civil. Em 
um contexto geral, a indústria cresceu 9,3%. O resultado do crescimento do PIB foi o pior desde 
1947 (4,7%) em função do desempemho ruim da agricultura (crescimento de 0,2%). A inflação 
acelerou-se, saltando para 20,5%. Já em 1954, o setor externo já não preocupava tanto. Mas os 
problemas estavam no controle inflação e do reajuste do salário mínimo. 
As Dificuldades econômicas estaram centradas por conta dos choques de custos em função das 
desvalorizações cambiais associadas à Instrução 70 da Sumoc e do aumento do salário mínimo. 
Possuindo um risco de nova crise cambial com o boicote dos consumidores norte americanos ao 
café brasileiro. 
Café Filho (1954-55) 
Com o colapso dos preços do café, em 1954, o país enfrentou uma grave crise cambial (uma vez 
que o café representava 60% das exportações brasileiras). 
Instrução 113da SUMOC (1955): Que permitia a Carteira de Comércio Exterior do Banco do 
Brasil (CACEX) emitir licenças de importação sem cobertura cambial para equipamentos -> 
favorecia a entrada de capital estrangeiro na forma de investimentos externo diretos -> 
internacionalização da economia brasileira que caracterizou os boons industriais de 56-62 e 68-
73. 
 
Juscelino Kubitschek (1956-1961) 
Com um discurso desenvolvimentista, JK assumiu o governo com seu principal objetivo, o plano 
de metas. Eram 30 metas divididas em 5 áreas, a saber: 1-Energia (Metas 1-5) 2- Transporte(6-
12) 3 - Alimentação (13-18) 4- Ind. Básicas (19-29) 5- Educação (30). Como pode ser verificado 
os principais pontos trabalhados são em relação a expansão dos serviços básicos, o 
Desenvolvimento das indústrias básicas e a racionalização da agricultura. Vale destacar que 
Brasília não estava orçada no Plano de Metas. 
 
JK não dava ênfase a políticas de estabilização. Políticas macro deveriam estar subordinadas ao 
desenvolvimento industrial. Em relação ao PEM (Plano de Estabilização Monetária), o governo 
precisava de empréstimos externos. Credores exigiam tratamento de choque: políticas 
econômicas contracionistas e mercado cambial único. Se Governo adotasse esse 
plano/proposta, teria de abrir mão do Plano de Metas. Por isso, escolhe caminho da emissão 
monetária. 
 
A Tentativa de proposta gradualista. Inflação cair aos poucos, sem abrir mão do plano de metas, 
sem mudar questão cambial. Entretanto, FMI não ficou satisfeito. Com impasse, há adoção do 
plano e rompimento com o FMI. A Fonte de financiamento do plano foi Endividamento externo 
e financiamento inflacionário (Gasto e emissão monetária). Destaca-se um esforço amplo e 
sistematizado de planejamento, beneficiando-se de projetos de governos anteriores. 
Aproveitamento de projetos da comissão mista Brasil-EUA. 
 
Os principais focos foram o desenvolvimento da indústria auto-mobilística, construção e 
pavimentação de estradas, produção e refino de petróleo, siderurgia. (Energia e Transporte). 
Com a Construção de Brasília, como meta síntese. Paralelamente, havia criado a idéia de 
vocação para o crescimento. Planos de estabilização não seriam excessivamente restritivos por 
motivos políticos. A Integração do território nacional e potencial simbólico (Capital futurista no 
meio do nada em prazo recorde). 
 
A Política tarifária tinha objetivos paradoxais: facilitar importação de bens de capital e insumos 
para industrialização e ao mesmo tempo proteger indústrias de bens de capital brasileiras. A 
solução encontrada foi a redução das tarifas apenas para indústrias de bens de K que não 
tivessem similar nacional (isenção de 50%). 
 
 
A implementação do plano se deu a partir do Conselho de Desenvolvimento (1956), responsável 
pela identificação dos setores da economia que deveriam ser estimulados e por estabelecer as 
metas, facilitar a importação de bens de capital e insumos, mas também com intuito de proteger 
nascente indústria de bens de capital nacional. Já o BNDE foi responsável por Captar recursos e 
financiar projetos de infra-estrutura e siderurgia. 
 
A política econômica do plano dava tratamento preferencial ao capital estrangeiro. Financiava 
os gastos públicos e privados com expansão dos meios de pagamento e do crédito, via 
empréstimos do BNDE, bem como por meio de avais para a tomada de empréstimos no exterior. 
Aumentava a participação do Estado na formação de capital, estimulando a acumulação privada. 
O crédito privado, constituído de empréstimos de curto prazo, voltados para o capital de giro 
das empresas, foi estimulado por meio de repasses do Banco do Brasil, o que gerou pressões 
sobre o déficit público. 
Devido ao tipo de financiamento utilizado para a consecução do Plano de Metas, a inflação 
doméstica manteve-se em taxas elevadas durante o governo JK. Singer e Rangel chamam a 
atenção para o mecanismo inflacionário como forma de financiamento das empresas, já que 
numa estrutura oligopolizada, as empresas têm o poder de fixar preços, não apenas se 
defendendo da inflação, como aumentando a participação na renda nacional (houve impacto 
redistributivo, pois salários aumentavam menos que preços). 
Os resultados do Plano de Metas, êxito no Atingimento das Metas: Rodovias além das metas; 
Queda do coeficiente de importação; Elevadas taxas de crescimento; Mudança na composição 
do produto industrial e Impulso ao setor de bens de consumo duráveis. 
 
Entretanto, destaca-se alguns problemas. Primeiramente a ausência de mecanismos de 
financiamentos adequados (crédito a LP) com um endividamento externo e financiamento 
inflacionário (Visão Tradicional), deixando ao próximo governo a missão de estabilizar a 
economia, inflação crescente. Situação se refletia em desequilíbrios no Balanço de Pagamentos 
do país (os saldos comerciais tornaram-se negativos a partir de 1958 com o novo ciclo de 
deterioração das relações de troca e o crescimento das despesas com o serviço do capital 
estrangeiro, consequência dos investimentos e empréstimos externos acumulados na década). 
A situação se agravou devido aos curtos prazos de vencimento dos empréstimos externos, em 
um contexto de conflitos entre o governo JK e tanto FMI como Banco Mundial, que culminou 
com o rompimento em 1959 (ambos não aprovavam os pilares – protecionismo e controle de 
importações – e também a condução da política macroeconômica – com grandes déficits fiscais 
– e política monetária expansionsita). Em um quadro geral, presença de dívidas a vencer e 
aceleração da inflação.

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