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AULA 02 processo penal

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CONTINUAÇÃO DA AULA 07/03/12
V PROCESSO
“Processo pode ser conceituado como o instrumento estatal criado para a composição de lides que constitui-se, internamente, (a) de uma relação entre autor, juiz e réu (relação processual) e, externamente, (b) de uma sequencia de atos (procedimento)” (Aldo Sabino)
VI SUJEITOS PROCESSUAIS
São todas as pessoas que participam direta ou indiretamente da relação processual. Os sujeitos processuais dividem-se em principais e acessórios
Principais: AUTOR-JUIZ-RÉU
Acessórios: Os órgãos auxiliares da justiça, o assistente de acusação e os terceiros (testemunhas, peritos).
O juiz é o representante do Estado na relação processual, sua função é dar regularidade ao processo, manter a ordem, dar a sentença.
Garantias constitucionais do Juiz: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de salários.
MINISTÉRIO PÚBLICO (AUTOR)
Na esfera penal é o representante pela apresentação da pretensão punitiva ao Estado/Juiz. Cabe-lhe, exclusivamente, a titularidade da ação penal pública, nos termos do art. 129, I, CF/88.
Na ação penal privada age como fiscal da lei.
Quando o MP é parte deve agir com imparcialidade, está incumbido da ordem jurídica, por esse motivo se convencido da inocência do acusado deve pleitear a absolvição. O MP tem as mesmas garantias dos juízes.
ACUSADO
O acusado é o sujeito passivo da ação penal. Pessoa física ou jurídica, com no mínimo 18 anos completos. Na ação penal privada é chamado de querelado, na ação penal pública é chamado de réu ou acusado.
DEFENSOR
Todo acusado deverá ser acompanhado de defensor durante o trâmite processual. Se o réu não tem condições o Estado deve-lhe fornecer defensor dativo, para que possa ofertar defesa. (principio da ampla defesa, do contraditório, do estado democrático de direito, dignidade da pessoa humana). A falta de defesa constitui nulidade absoluta.
O advogado é essencial à administração da justiça, artigo 133 da CF/88.
ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
O assistente de acusação é parte eventual no processo. Pois quem substitui o ofendido é o MP, este é o titular da ação penal pública, todavia pode e querendo, o ofendido contratar advogado para acompanhar e ajudar o MP no andamento do processo. O assistente tem autorização para auxiliar o MP
VII CITAÇÃO
Citação é o meio pelo qual se dá ciência ao réu dos termos da ação penal que corre contra ele e informa-lhe a data que deve comparecer em juízo para apresentar defesa prévia. 
Inicia-se a ampla defesa, a relação triangular AUTOR-JUIZ-REU. Quem determina a citação é o juiz.
VIII MEDIDAS CAUTELARES – ESPÉCIES DE PRISÃO
Prisão é a privação da liberdade de ir, vir do cidadão em decorrência de flagrante de suposta infração penal ou ordem de prisão emanado da autoridade judiciaria (juiz).
A prisão pode ser meramente cautelar ou proveniente de uma sentença penal condenatória transitada em julgado.
As prisões cautelares ou provisórias ou processuais ocorre antes do transito em julgado de sentença penal condenatória.
PRISÃO EM FLAGRANTE
É a que ocorre no momento em que o crime é cometido ou imediatamente após, de modo a indicar ser o agente o autor do suposto crime. É a certeza ocular do crime. Não exige mandado judicial.
Deve ser realizada pelo agente policial e também pode ser realizada por qualquer do povo. Art. 301 do CPP.
ESPÉCIES DE FLAGRANTE
Flagrante real, próprio ou verdadeiro – a pessoa está cometendo a infração penal ou acaba de cometê-lo.
Flagrante impróprio, irreal quase-flagrante – a pessoa é perseguida LOGO APÓS a prática do fato criminoso, numa situação que faça presumir que seja ela a autora do crime. Uma vez iniciada a perseguição não pode mais ser interrompida, sob pena de sair da situação de flagrância.
Flagrante presumido – quando a pessoa é encontrada, LOGO DEPOIS, que ocorreu a pratica do fato delituoso com instrumentos, armas, objetos ou papeis que façam presumir ser ela a autora.
OBSERVAÇÃO
FLAGRANTE PREPARADO (ILEGAL)
Quando aquele que pretende efetuar a prisão induz alguém a praticar o delito, justamente para prendê-lo. Súmula 145 do STF: “não há crime, quando a preparação do flagrante pela policia torna impossível a sua consumação.”
FLAGRANTE NOS CRIMES PERMANENTES – enquanto estiver acontecendo o crime, o agente encontra-se em situação de flagrância. (art. 303 do CPP).
AÇÃO PENAL PRIVADA – Nada impede que seja imposta a prisão em flagrante. No entanto deve o ofendido promover a ratificação da prisão (confirmar que quer a prisão ao delegado) no prazo de 24 hs ou será solto.
PRISÃO PREVENTIVA
Esta modalidade de prisão é decretada pela autoridade judiciaria (no curso de inquérito policial ou ação penal) quando presentes os requisitos do artigo 312 do CPP, embasado na existência de indícios suficientes de autoria, prova de materialidade e algum risco para o processo penal. O juiz pode decretar a prisão preventiva de oficio, a requerimento do MP (momento da ação penal) ou por meio de representação do delegado de policia (inquérito policial).
Condições para decretação da prisão preventiva:
Pressupostos (materialidade e autoria) + motivos autorizadores (pelo menos um – art. 312 do CPP) + condições de admissibilidade (art. 313 do CPP).
PRISAO TEMPORARIA (lei 7.960/89)
Destinada a possibilitar as investigações a respeito de crimes graves durante o inquérito policial. Está ligada a investigação e so cabe durante o Inquerito policial, por isso somente o delegado e o MP podem pedir para o Juiz decretar. O juiz não pode de oficio decreta-la.
IX SENTENÇA
É ato em que o juiz põe fim ao processo julgando o mérito da causa. É a sua decisão motivada e fundamentada nas provas levadas aos autos pelas partes. Portanto sua decisão pode ser:
Condenatória, absolutória ou terminativa de mérito.
Sendo condenatória aquela decisão em que o juiz acolhe a pretensão punitiva do Estado, podendo ser de modo total ou parcial. São seus efeitos: a prisão do réu; a inserção do nome do réu no rol dos condenados, após o transito em julgado; gerar a reincidência e outros.
Absolutória 
Rejeita a pretensão de punir do Estado e coloca o réu em liberdade, se estiver preso, devolução da fiança, se prestada;
A sentença absolutória pode ser própria quando não impõe ao réu nenhuma restrição ou impropria quando impõe ao réu o cumprimento de medida de segurança (caso de inimputável).
Terminativa de mérito – aquela que não condena e nem absolve, apenas declara a extinção do processo, por exemplo, por esta prescrito o crime.
NOÇÕES DE DIREITO PENAL
CONCEITO DE DIREITO PENAL: ramo do direito público que define as infrações penais (crimes e contravenções penas), estabelecendo as sanções penais (penas e medidas de segurança) aplicáveis aos infratores. (promotor de justiça Geibson)
TEORIA DO DELITO OU CRIME
Conceito de crime ou delito
Conceito formal – crime é toda conduta que transgride a lei penal editada pelo Estado.
Conceito material – é toda conduta humana que viola os bens jurídicos mais relevantes para o convívio social.
Conceito analítico – analisa as características ou os elementos que compõem o delito.

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