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Direito constitucional I resumo

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Direito constitucional I – RESUMO
Conceito de Direito Constitucional 
Aspecto histórico: constituição fala de desconcentração do poder, regime deixa de ser absolutista e se torna democrático.
O ramo do direito que ganha essa terminologia no fim do século 18 (1791) com o intuito de comunicar os princípios liberais da própria Revolução Francesa, onde tenta transmitir uma ordem social política não mais fundamentada nas mãos de uma só pessoa, mas a disciplina no contexto histórico tenta se transmitir em uma mudança em regras reconhecidas (desconcentração do poder)
Aspecto jurídico: o direito Constitucional debruça sobre a fonte irradiadora de as ordens jurídicas de um determinado país. Tem como objetivo como aquisição, organização e adequado exercício do poder. Demonstra as normais que são aceitas na sociedade e a sua forma de aceitação e se transformam em lei, aquilo que a sociedade aceita como normal, deve ser positivado e ser transformado em lei. Mostra como o poder é descentralizado e como será exercido, onde eu o poder não é um bem, e demonstra que é um instrumento que deve ser exercitado. 
Objetivo: O Direito Constitucional tem por objetivo determinar a forma de Estado, a forma de Governo e o sistema do Governo (presidencialismo). Explicar para a sociedade como um todo, a forma do Estado que ela está envolvida, e como se comporta, a quem você obedece e de que forma. – Por objetivo a constituição política do Estado, no sentido de estabelecer sua estrutura, a organização de suas instituições e órgãos, o modo de aquisição e limitação do poder, através, inclusive, da previsão de diversos direitos e garantias fundamentais.
Constitucionalismo e seus sentidos
O Constitucionalismo está associado a existência de uma constituição em um país. O Constitucionalismo identifica um sentido mais amplo de que um país tem uma norma fundamental, uma lei maior, uma lei em que as pessoas buscam nula uma forma de governo. 
Aspecto Estrito: é a técnica jurídica-política de tutela das liberdades públicas, englobando um conjunto de regras, princípios e engrenagens institucionais que implicou com a limitação de poder estatal e possibilitou aos cidadãos exercerem, como base em constituições escritas, os seus direitos e garantias fundamentais, tais como a vida, a liberdade, a igualdade, e democracia e o devido processo legal. Está relacionado as idéias básicas de garantias de direito e limitação do poder. Limitação do poder é a descentralização do poder e começa a dividi-lo em partes, dividindo as suas funções típicas (fazer lei, executar, poder julgar – EXECUTIVO (administrar e executar as leis criadas pelo legislativo); LEGISLATIVO (editar e administrar as leis); JUDICIÁRIO (julga as leis e soluciona conflitos entre os poderes) – TEORIA DE TRIPARTIÇÃO DOS PODERES.
Funções atípicas demonstram que o poder não é um bem que decide, e sim imaterial, muito mais que um organismo do que uma organização. Como por exemplo: o Poder Legislativo tem a função principal de elaborar o regramento jurídico do Estado – é a sua função típica – mas também administra seus órgãos, momento em que exerce uma atividade típica do Executivo, podendo ainda julgar seus membros como é o caso do sistema brasileiro, assim como a edição de medidas provisórias pelo Presidente da República é uma função atípica do Poder Executivo. Os poderes devem ser independentes e harmônico entre si se tem ainda um sistema de fiscalização recíproca chamada de “Freios e contra freios”
Aspecto Amplo: O Constitucionalismo está ligado a existência de uma constituição em um estado, é o fenômeno relacionado com o fato de todo o Estado possuir uma constituição, em qualquer tempo e espaço, independente do regime jurídico – político adotado. Sempre existiu uma forma de ordenação suprema e coercitiva do poder social, seja escrita ou consuetudinária como um modo de ser do Estado ou sociedade civil, limitando ou não o poder dos governantes. 
Fases de Evolução do Constitucionalismo
O Constitucionalismo Antigo: vivenciou a Grécia um regime político de democracia constitucional naquelas cidades-estados gregas que seguiam o modelo ateniense de plena identidade entre governantes e governados, no qual o poder político estava igualdade distribuído entre todos os cidadãos ativos. Datam dessa época importantes contribuições o terreno da filosofia política, indispensáveis para a afirmação da ideia do constitucionalismo: a valorização antropocêntrica do ser humano como centro da sociedade política (Sócrates), o primado da legalidade como garantias dos governantes (Platão), a reparação dos poderes e a utilização do bem comum para a definição das formas puras de governo (Aristóteles). De outro lado, durante o período da República romana, depois da fase monárquica e antes da sua desintegração pelo regime despótico dos césares, desapontaram algumas sementes de constitucionalismo, através dos interditos, que procuraram proteger os direitos individuais contra o arbítrio e a opressão do Estado. Durante esse período, verificou-se ainda a inexistência de constituições escritas, a prevalência da supremacia do parlamento, a ausência de controle da constitucionalidade dos atos legislativos e a irresponsabilidade governamental dos detentores de poder. - Reis, imperadores ou déspotas
Características do Constitucionalismo Antigo:
As constituições desse período eram consuetudinárias
Supremacia do Parlamento (principalmente na Inglaterra)
Forte influência da religião
Garantia de existência de direitos perante uma monarca;
Antiguidade até o fim do século 18, havida uma constituição mais não era um documento sistematizado, baseado sobretudo nos costumes de cada povo, sociedade e muitas delas imprescendente (Estado Hebreu)
Constitucionalismo Moderno: começa no século 18 e vai até o fim da 2º Guerra Mundial.
Caracterizam-se pelo surgimento das primeiras constituições escritas. Teve como característica um Estado adepto do não intervencionismo, garantidor de liberdade públicas e de direitos individuais. Com a eclosão das revoluções industriais, podemos ressaltar também o aparecimento da tendência reivindicatória de direito sociais impulsionada pelo surgimento do proletariado. 
Constitucionalismo Norte Americano: começa com as Revoluções liberais e vai até o fim da 1º Guerra Mundial, em 1787. Experiência Norte-Americana, primeira constituição escrita na história, era formal, rígida e dotada de supremacia, instituindo-se o federalismo e caracterizou-se também pelo surgimento do controle difuso de constitucionalidade. Cria uma nova forma de Estado Federal e um sistema de Governo porque ela cria o sistema presidencialista do Governo, prestigiando a Tripartição de poderes. 
Constitucionalismo Francês: a semelhança da norte-americana prevê a separação de poderes, só que nesse caso, manteve a monarquia limitante, porém, os poderes do rei. Constitucionalismo liberal Francês – lema da Revolução Francesa é liberdade, igualdade e fraternidade, não os direitos que não sintetizar a natureza do novo cidadão, que fornece as gerações dos direitos fundamentais, segundo a doutrina.
Dimensões da Liberdade:
Direitos civis e políticos – impede de que o Estado trate a população como quiser, tendo direito de defesa, tendo uma igualdade formal perante a lei. Todos são igual perante a lei.
Direitos civil exigem do Estado uma não intervenção e uma não interferência
Direitos políticos: quando você tem o direito de participar da vida política do estado através do voto.
Constitucionalismo social: Fim da 1ª Guerra Mundial até o fim da 2ª Guerra Mundial, ocorrendo entre as guerras, acaba exigindo que o Estado atue de uma forma diferente, como consequência para o Estado para agir como igualdade de oportunidade: contribuir hospitais públicos, escolas públicas, transportes públicos e entre outros, dando igualdade material entre as pessoas.
Dimensão da Igualdade:
Igualdade Material voltada a redução das desigualdades existentes em prestação de direitos positivas por parte do Estado (status positivo)
Constitucionalismo Contemporânea: vai do fim da 2ª Guerra Mundial até os dias atuais. A fase do totalitarismo constitucional, é o reconhecimento da força normativa da constituição.
Dimensão da Fraternidade:
Sendo essa dimensão fundamentalmente o direito do desenvolvimento do meio ambiente, da engenharia genética, buscando garantir a possibilidade de nós nos desenvolvermos na nossa plenitude de nossas capacidades, tendo obrigação do Estado.
Classificação das Constituições
1. Quanto ao conteúdo
Material: ao conteúdo da constituição é essencialmente o material, englobando matérias como: direitos e garantias individuais, organização dos poderes, e do Estado.
Formal: é escrita e dotada de supremacia constitucional
B1. Forma nuclear: é composta pelo próprio texto escrito e codificada
B2. Formal complementar: além do texto codificada é formada por outros documentos que tem força constitucional 
Quanto a extensão
Sintética, breve ou curta: é aquela que possui essencialmente normas gerais – quando é sintética, também é material porque quer dizer que tem os 3 grandes blocos (NORMAS GERAIS)
Longa, analítica ou prolixa: é aquela que possui além das normas gerias de um desenvolvimento minucioso das matérias tratas do próprio texto constitucional.
Quanto à forma 
Escrita: as normas constitucionais estão reunidas em um único texto escrito. 
A1. Orgânica: que compreende o próprio texto codificado (trata da constituição)
A2. Inorgânica: além do texto codificado admite outros documentos – exemplo: leis especiais, mas as que também não estejam incluídas dentro da constituição – bloco de constitucionalidade
Não escrita: é aquela que deriva dos costumes da jurisprudência e de textos esparsos – que não está no texto codificado, que congrega diversos elementos
Quanto ao modo de elaboração
Dogmática: é sempre escrita, surge e é preparada como base nos princípios ideais dogmas que prevalecem em uma sociedade num determinado momento - um determinado momento de ruptura social, as pessoas elegem pessoas na assembleia constituinte, que elabora o texto em base do momento social (redemocratização, saindo de um momento ditatorial, que reafirma as liberdades individuais)
Histórica ou costumeira: resulta em uma lenta e gradativa formação histórica, que também não é escrita - exemplo: constituição inglesa. 
Quanto a ideologia
Ortodoxa: é aquela que sofre a influência de apenas uma ideologia – exemplo: constituição russa.
Eclética: é aquela que sofre a influência de mais de uma ideologia – exemplo: constituição brasileira é liberal, mais também socialista
Quanto a origem
Promulgada, popular, votada ou democrática (exercício do poder sobre o povo): é a constituição que nasce por intermédio da participação política da população
Outorgada: são aquelas que são impostas pelo governante sem a participação popular
Napoleônica ou cesarista: é imposta pelo governante, mas esse convoca uma consulta popular para referendá-la 
Quanto a estabilidade, mutabilidade, alteração ou consistência
Imutável: é aquela que não admite reforma
Super rígida: é aquela que possui processo solene de alteração e também cláusulas pétreas – constituição brasileira
Rígida: é aquela que prevê processo solene para alteração do seu lado
Semi flexível: procedimento solene de parte do texto e procedimento mais simples de outra parte do texto
Flexível: não há processo solene para modificação do seu texto. 
Quanto a relação entre a efetividade constitucional e o poder político
Normativa: é aquela que tem a sua efetividade plenamente assegurada
De semântica: aquela que prevê instrumentos que visam garantir a perpetuação do governante no poder
Quanto a concretização
Jurídica: designa a constituição regularmente elaborada – Trata o texto friamente, faz uma norma positivada que não condiz com a realidade
Real: que reflete a idealidade fática social – por outro lado, prevê o texto, mas também a adequação do texto dentro da realidade social 
Poder Constituinte
Aspecto histórico: Teoria do poder constituinte foi desenvolvida no século 18, resistira a um pode de direito popular chamado de poder constituinte, e que teria a força de elaborar a constituição.
Poder Constituinte originário ou de 1º grau: Inaugura a fase constitucional, ordenamento jurídico, chamado de inicial porque não está fundamentado no ordenamento jurídico anterior, nesse sentido esse poder constituinte pratica os atos iniciais – estabelece as regras para qualquer alteração da constituição nos anos por vir, prevê qualquer alteração futura. 
Poder Constituinte originário histórico: É aquele fundacional, inaugura o ordenamento jurídico (cria a primeira constituição do país – 1824)
Poder constituinte originário revolucionário: é o que faz uma nova constituição, quando há uma ruptura muito drástica, como o sistema anterior, e cria uma nova constituição 
Poder Constituinte derivado (derivado do originário)
Derivado reformador: é a expressão que designa o poder encarregado de reformar a constituição – poder constituinte de 2º grau e a reforma da constituição usada por emenda que revela que pode ser reformada, mas é um poder variamente limitado, regras presentes no texto condicional e com regras aparentes. Pode ser classificado de duas maneiras distintas:
Reformador: tento em vida o ordenamento que irá reformar – O poder reformado seria o gênero da qual são espécies o poder revisional (originário) e o poder de emenda (derivado)
Tendo em visa a extensão das modificações
Poder Constituinte decorrente
Só existem nos países que adotam a forma federativa de estado, também decorre do poder da constituição, onde os Estados Federados existem para ser regido por suas próprias constituições estaduais. 
Princípios Constitucionais
Princípios constitucionais sensíveis: não aqueles que impõem aos entes federados limitações explícitas e implícitas restringindo a sua atuação – entes da nossa federação: estados, municípios e distrito federal (ex: art. 149)
Princípios constitucionais sensíveis: são aqueles expressos na constituição e que se foram violados poderão gerar a intervenção no ente transgressor – está escrito na constituição e que se algum dos entes da constituição violar esse princípio, pode sofrer a intervenção federal (art.34)
Autonomia política: compreende os poderes de auto-organização (capacidade de elaborar sua própria lei orgânica, conforma a autorização da constituição), autogoverno (corresponde as eleições) e poder normativo (o poder de legislar sobre sua auto-organização)
Autonomia municipal: quer dizer das possiblidades de um ente da Federação pode ser administrada, política e financiada, independente que atribui aos poderes
Autonomia financeira: tributo (gênero) e impostos, taxar e contribuições
Autonomia administrativa: significa diz que o ente pode gastar o próprio dinheiro que arrecadar. 
Três princípios constitucionais extensíveis:
São normas da constituição que disciplinam a organização da união – Buscam uma harmonização da nossa federação (obrigam os entes a se estabelecer o que tange ao poder, da mesma forma que estabelece a união) – começa na união federal (legislativo, executivo e judiciário) estabelecendo como poder se organiza na federação e prestigia uma harmonização, e quando é estendido a todos os nossos entes da nossa federação, que tem que se estabelecer a união, mas sem o judiciário. 
Limitação impostas pela Constituição Federal ao poder reformador referente as emendas
Limitação material: art.60, parágrafo 4 da constituição, estabelecem as cláusulas pétreas o núcleo intangível da constituição – deve ser interpretada de forma restritiva
Limitação implícita: representando pelo próprio art. 60 que é entendido como cláusula pétrea implícita, pois, se fosse possível a sua alteração uma emenda poderia transformar a constituição que rígida em uma semirrígida ou semi-flexível
Espécies de normas constitucionais
Normas constituições matérias: do ponto de vista material, a constituição é o conjunto de normas
pertinentes a organização do poder, a á distribuição de competência, ao exercício da autoridade, a á forma de governo, e os direitos e garantias fundamentais (art. 3 e 5)
Normas formalmente constitucionais: só possuem o status constitucional em virtude da forma como fora introduzida.
Classificação das normas constitucionais quando a aplicabilidade
Normas auto executáveis: seriam aquelas dotadas de aplicabilidade imediata – não depende de uma interpretação, do jeito que você lê, você executa. 
Normas não auto executáveis: seriam aquelas que são pendentes de regulamentação
Ainda quanto a aplicabilidade:
Normas de eficácia plena ou de mera aplicação: dotada de aplicabilidade imediatamente normas claras, possuem todos os elementos para a sua execução (exemplo art. 5º parágrafo 1º)
Normas de eficácia contida ou de integração ou de eficácia relativa: pode haver uma lei que a regulamenta e até que seja revogada. 
Normas constitucionais de eficácia limitada ou normas de integração completáveis: são normas constitucionais incompletas, não contendo as informações necessárias para as suas aplicações – (art. 14 – defensoria dos Estados – Toda norma tem aplicação, mas nesse caso, não é imediata e nem de forma relativa pois precisa de uma lei complementar)
Normas de eficácia exaurida ou esgotada: norma que se esgota com o tempo, tendo como um prazo de validade, seriam as normas que cumpriam os seus objetivos (exemplos: art. 3º do ADCT)
Normas constitucionais de eficácia absoluta: são normas quem tratam do núcleo intangível da constituição – chamadas de cláusulas pétreas, elas são se eficiência absoluta, onde a aplicabilidade é plena; do jeito que está escrita, ela deve ser aplicada (art. 60, parágrafo 1,2,3,4)
Estado e seus tipos
- Nação: é um conjunto de pessoas que assemelham por língua, cultura e entre outras
- Estado: é usado como país que é composto por 3 elementos constitutivos que é: povo, território e governo. 
Povo
- Povo: seriam os brasileiros e os naturalizados, definido pelo art. 4 da CF
- População: formada por todos que se encontram dentro do território brasileiro, mesmo que esteja de passagem se constitui como população brasileira. 
- Brasileiros natos: aqueles que são nascidos dentro do território brasileiro, também inclui os pais que são brasileiros
- Brasileiros naturalizados: aqueles que requerem a naturalização brasileira, ou seja, estrangeiro que requer a nacionalidade
- Nacionais: constituído pelo povo brasileiro, tendo um vínculo jurídico do sujeito com o Estado
- Cidadãos: vínculo político do sujeito com o Estado (alistamento eleitoral)
Território
- Circunscrição territorial: são os limites estabelecidos dentro de um Estado que é importante pois delimita os poderes do Estado, que vai dizer o alcance de ordenamento jurídico
Governo
- Exercício do poder: fala da organização do Estado e divisão de funções
- Divisão de funções: separação dos poderes (edita e cumpre as normas)
Tipos de Estado
Estado unitário: gênero comportando espécies
Estado unitário puro: absolta centralização do exercício do poder - Estado que tem um governo central e é responsável por executar todos as funções estatais, ou seja, existe um único governo, um único território, um único poder naquele país, que é executado por um único núcleo e aplicado em todo território brasileiro
Estado unitário descentralizado administrativamente: concentra a tomada de decisões políticas no governo nacional, mas criam órgãos para executar e administrar essas decisões - Descentralizar a administração das decisões políticas criando órgãos (DER e ANVISA por exemplo) para executar as políticas públicas, decide como o dinheiro vai ser gasto (decidido pelo governo central) e quais projetos serão executado por país
Estado unitário administrativamente e politicamente: além da administrativa possui uma descentralização política, o que garante uma certa autonomia política - não tem liberdade para decidir como o dinheiro vai ser gasto, os órgãos que foram criados, agora passam a ter poder de decisão na execução daquelas determinadas políticas públicas
Federação (forma federativa de Estado): origem - surgiu nos EUA em 1787, onde as 13 colônias se tornam um Estado soberano que se declaram independentes, e marca a independência norte americana acontecida em 4 de julho de 1786. Em 1787 assinam o Pacto Federativo formando a primeira Federação, onde os Estado deixam de ser soberanos, passando ser autônomos e a entidade que foi criada passa a ser soberana; a Federação é a indissolúvel de países que passam de soberanos a autônomos garantindo a autonomia do Estado Federal, e não permite a saída.
Características da soberania: una, inalienável (não se vende e nem se empresta), imprescritível ( não tem prazo de validade), incontrolável, indivisível
Confederação: é a união de Estado soberanos, mas se unem com interesses (Relações exteriores, Bélico, Barreira tarifária, Unidade monetária) porém continuam soberanos - exemplo: União Europeia
Espécies de Federação
Federação por agregação ou por desagregação: por agregação os Estados soberanos abrem mão de sua soberania para formaram uma Federação (exemplo: EUA em 1787) - por desagregação o Estado unitário que se descentraliza formando Estado Membro autônomos para maior eficácia estatal (exemplo: Brasil em 1891)
Centrífugo ou centrípeto: Centrífugo é a Federação formada na divisão dos Estados Membros, isto é, do centro para as extremidades. Centrípeto é a Federação formada de Estados no movimento de aglutinação, isto é, das extremidades para o centro. - agregação de soma que é os Estados que se unem tendo um movimento centrípeto, o poder é somado se aproximando no centro estabelecendo um órgão central (perto do poder), onde o poder é centralizado; O inverso é centrífugo (fuga do poder) admite a descentralização do poder, por desagregação do centro para as extremidades
Federalismo dual ou cooperativo: Dual há a semelhança de competências entre os entes (exemplo: Federalismo clássico que se remete aos EUA) aquele que não permite a cooperação não admite uma interpretação, ou seja, não penetra ou outro, são distribuídos de forma cala, cada membro tem as competências definidas; Já o cooperativo, as competências são exercidas concorrentemente (exemplo: Brasil)
Brasil se classifica em centrífugo por desagregação e cooperativo
Características do Federalismo
Federalismo simétrico: homogeneidade de cultura, desenvolvimento e idioma (exemplo: EUA)
Federalismo assimétrico: origina-se da diversidade de idioma e cultura (exemplo: Canadá e Brasil)
Características de desenvolvimento de um país
Federalismo Orgânico: é um organismo que busca a sustentação do todo em detrimento da parte de integração - Aquele que o todo pretere a parte, ou seja, o todo desprivilegia a parte. Tem país sendo analisado como um corpo humano como cada parte daquele país tenha uma função própria e cada ente que compõem se desenvolve com a sua própria função, e não auxilia qualquer outro ente. Então nesse caso cada Estado é responsável pelo seu desenvolvimento e não auxilia o Estado que é menos desenvolvido
Federalismo de Integração: verifica-se a prevalência do órgão central sobre os entes da federação, o que diminui as características do modo federativo se aproximando do Estado unitário - Interfere na grande parcela da competência do poder, e determina como os entes passa a atuar
Federalismo de equilíbrio: o órgão central é também responsável da harmonia entre os entes e pelo desenvolvimento igualitário - Doutrina diz que o Brasil seja de equilíbrio, pode tem a soma porque os entes brasileiros são autônomos, e a Federação de um Estado simples que concentra poder no órgão central e vai além quando um Estado não for tão desenvolvido, o órgão central pode interferir e promover o desenvolvimento da região, atuando de forma direta permitindo o desenvolvimento dando um benefício fiscal (exemplo: Zona Franca, Manaus)
Federalismo de 1º e 2º grau
Federalismo de 1º grau: federalismo clássico ao admitir
como entes da federação os Estados - porque revela a união de Estados, que dá a razão do nascimento da Federação, que dá profundida forma de Estado sendo soberano, mas ainda tendo a união e sendo autônomos - art. 1º e art. 18 da CF
Federalismo de 2º grau: admite como entes da Federação não somente dos Estado, mas também, como no caso brasileiro, os municípios. Entes inclusive (municípios) possuindo autonomia político administrativo (art. 25 da CF)
Características de Federalismo
Pontos comuns de todos os pontos Federados, todos os Estado têm essas características
Descentralização política: a Constituição estabelece núcleos de poder político e atribui autonomia aos entes federado - assume o fato de haver mais um núcleo no poder e mais de uma unidade autônoma de haver mais um núcleo no poder e mais de uma unidade autônoma política composto por coletividade política autônoma
Repartição de competência: assegura a autonomia entre os entes da Federação que garante o equilíbrio da mesma - além de ter uma divisão política, ela tem uma repartição de competências (financeira, econômica e administrativa), e para que o ente tenha autonomia ele tem que ter liberdade
Constituição rígida com base jurídica: garante a distribuição de competência entre os entes - serve a federação com 2 pontos essenciais referência e segurança jurídica que ela oferece
Inexistência de Direito de secessão: estabelecido pacto federativo não se admite o direito de secessão, ou seja, não se admite a retirada da federação de qualquer Estado membro, a união não interverá nos Estados exceto no inciso 1º - manter a integridade nacional - não cabe na Federação, a denúncia que um Estado ou um país denuncia outra, a saída de um ente, a nossa união federal não é dissolúvel, ou seja, ela é indissolúvel, não existe direito de secessão
Soberania do Estado Federal: quando do ingresso na Federação os Estado cedem suas soberanias ao Estado Federal tornando-se autônomos, inclusive entre si. 
Intervenção: instrumento para que situações de crise institucional sejam assegurados o equilíbrio federativo e a manutenção da federação
Auto-organização dos Estados membros: esses entes são regidos pela sua própria constituição (exemplo: art. 25 da CF)
Órgãos representativos dos Estados Membros: art. 46 da CF, o Senado Federal representa os Estados perante a Federação
Guarda da Constituição: Supremo Tribunal Federal
Repartição de Receita: art. 157, 158 e 159 - garante o equilíbrio dos entes da Federação
Estado Brasileiro
O que cada ente da nossa Federação faz e tem, quais competências e obrigações
O Federalismo Brasileiro surgiu juntamente com a República através do decreto nº 1 de 15 de novembro e 1889, ratificada pela constituição de 1891 mantida a forma pelas constituições subsequentes 
A Federação na Constituição de 1988 estabelece seus princípios no art. 1º e, prevê o art. 18 a organização política administrativa da República
Objetivos Fundamentais da Federação Brasileira estão previstos no art. 3º da CF
Princípios que regem a República Federativa do Brasil nas relações internacionais veem entabulados no art. 4º da nossa CF
Vedação Constitucionais impostas aos Estados Membros, ao Distrito Federal (DF), ao município e União: art. 19
Estado laivo não é um Estado secularizante: não se afasta da questão religiosa, sendo um Estado laico que não têm uma religião oficial e os Estados podem ter uma relação com a igreja, uma forma de parceria, assinando um convênio das entidades religiosas ou essas entidades podem se cadastrar na secretaria da assistência social e cumprir um programa público para a sociedade. Visando o bem público, temos o Estado visando junto com essas entidades - art. 150 da CF - Função social e não comercial, não existindo lucro na questão da fé. 
União Federal: se constitui pela congregação das comunidades regionais que venha a ser os Estados Membros - No caso brasileiro seria a união dos Estados Membros: DF e municípios de 2º grau
Estes da Federação: Estados Membros, municípios, DF, União Federal - União Federal é um ente da Federação com duplo papel: representar o Estado Federal e exercer o papel próprio de ser um dos entes da Federação com autonomia
A União tem dupla personalidade exercendo papel interno e internacional 
Papel interno: sendo uma pessoa jurídica de direito público interno que compõem a Federação Brasileira dotada de autonomia
Papel internacional: represente a República Federativa do Brasil 
Bens da União Federal: art. 20 da CF
Competências da União Federal
Não legislativa (administrativa ou material): tudo aquilo que não é lei não é de competência não legislativas para estabelecer que as competências devem ser bem definidas pelo texto da Constituição
- Exclusiva (indelegável): art. 21 da CF
Competência não legislativa não comum (cumulativa ou concorrente): art. 23 da CF
Competência legislativa da União
Privativa: trata de matéria cuja competência e exclusiva da União - art. 22 da CF
Concorrente: o art. 24 define as matérias de competência concorrente entre os entes da Federação
Nesses casos cabe a União estabelecer normas gerais, na inércia a união poderia os Estados Membros e o DF legislar sobre normas gerais. Com o advento de Legislação Federal, sob o tema essa suspenderá a eficácia da Norma Geral elaborada pelos estados membros do DF, no ponto que ele for contrário - Com a revogação posterior Federal sobre o tema, restaura-se aos efeitos da legislação editada pelos Estados Membros do DF
Regiões administrativas ou de desenvolvimento
 Para fins administrativos a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social com intuito de reduzir ou desigualdades regionais (art. 43 da CF) Lei complementar 112/01 e 113/01
“Estados membros não são soberanos, são autônomos. Poder centrífugo (que faz) do centro pra fora. O ser autônomo é a capacidade que cada Estado Membro tem de se auto organizar auto governar, auto administrar e auto legislar. São entes autônomos da Federação”
Estados Membros são pessoas jurídicas de direito público e interno
Auto-organização: art. 25 da CF - Os Estados regem-se pelas Constituições que adotarem - características que atribui aos Estados Membros: autonomia porquê da permissão a ter uma Constituição própria (exemplo: autonomia quanto a organização própria). Lei de referência para que o Estado Membro tenha auto-organização: Constituição Estadual que revela o poder constituinte
Autogoverno: art. 27, 28, e 125 da CF - regras para estruturação do poder legislativo, executivo e judiciário - todos os entes da Federação eles obedecem ao princípio da simetria que espelham no âmbito federal
Autoadministração/auto legislação: art. 18, 25, 26, 27 e 28 da CF - são as regras de competências legislativas e não legislativa
Formação dos Estados Membros
Art. 18, § 3º da CF - Subdividir, desmembrar e anexar que a Constituição permite que os Estados nasçam ou morram Estados Membros dentro da Constituição, quaisquer casas podem propor um decreto legislativo para consulta a população envolvida aprova ou desaprova o desmembramento, a subdivisão e o anexo
Fusão: dois ou mais Estados se unem formando um novo Estado
Cisão: um Estado se subdivide surgindo um ou mais Estados - implica nos nascimentos de novas personalidades jurídicas
Desmembramento: um ou mais Estados cedem parte do seu território para formar um novo Estado ou se anexam ao Estado já existente
Desmembramento anexação: um Estado que já existe amplia o seu território
Desmembramento formação: a parte desmembrada se transformará em um Estado novo - Estado perde parte do seu território para um Estado já existente
Competências dos Estados
Competência não legislativa: art. 23 da CF (comum - fusão) e art. 25 da CF (residual - cisão)
Competência legislativa:
Expressa: competências dos Estados de fazer lei, positivar e legislar leis (art. 25 da CF)
Residual ou remanescente: art. 25, §1º da CF
Delegada: art. 22 da CF
Competência legislativa concorrente: art. 24 da CF
Competência legislativa suplementar: art. 24, §1º ao 4º da CF
Competência suplementar: no caso de já existir sobre a matéria
Competência: no caso da existência de lei federal sobre a matéria
Competência tributária expressa: art. 155 da CF
Regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões:  art. 25, §3º da CF - intermédio de lei complementar estadual com o intuito de integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesses comum os Estados podem criar órgãos com essa função
Municípios
Entes são tratados pela Constituição de uma forma equacionada igualitária sendo que, todos têm competências específicas e recebem um tratamento igual
Município é uma pessoa do direito jurídica de direito pública interna
Autonomia municipal
Auto-organização: art. 29, caput da CF - tem uma norma de referência naquela pirâmide jurídica que é a norma de lei orgânica municipal (norma de referências dos Estados - STF decide que a lei constitui-se na ilegalidade e não na constitucionalidade) e todas as cidades e municípios tem o mesmo tratamento
Autogoverno: art. 29, inciso I - município é dotado de um governo próprio
Autoadministração e auto legislação: art. 30 da CF
Formação dos municípios
Art. 18, §4º - municípios podem-se desmembrar-se, criação, incorporação e fusão - exemplo: São Paulo é dividida em 96 distritos administrativos
Competências dos municípios
Competências não legislativas (administrativas ou materiais)
Comum (cumulativa ou paralela): art. 23 da CF - é competência da União, dos Estados, do DF e municípios
Privativa (enumerada): art. 30, inciso III e IX
Competências legislativas
Competência legislativa expressa: capacidade de o ente fazer lei de forma geral
Interesse local: refere-se as necessidades específicas de determinada localidade - art. 30, inciso I
Suplementar: art. 30, inciso II (vide competência legislativa suplementar estadual)
Competência tributária expressa: art. 30, inciso III e o art. 156 da CF - compete ao município instituir e arrecadar tributos tendo autonomia tributária financeira não dependendo de outros
Plano diretor: art. 182, §1º da CF - prevê quais regiões da cidade vão receber investimento da prefeitura
Distrito Federal
Pessoa jurídica de direito público interno dotada de autonomia
Auto-organização: art. 32, caput - o DF tem um tratamento especial dado pela Constituição, sendo um ente da Federação, autônomo e ao dizer isto, o DF não é Estado e nem um município, tendo características próprias
Autogoverno: art. 32, inciso II e III - cabe destacar que o poder judiciário do DF será organizado e mantido pela União (art. 21, inciso XIII; art. 22, inciso XXII; art. 33, §3º)
Autoadministração e auto legislação: as policias civis e militar pertencem ao DF e são subordinadas ao governador do DF, mas são organizadas e mantidas diretamente pela União - art. 32, §4º e súmula 647 do STF - referem-se as competências legislativas e não legislativas
Impossibilidade de divisão do DF e Município: caput do art. 32 da CF
Competências não legislativas, também chamadas de administrativas ou comum: art. 23 da CF
Competência legislativa: ao DF são atribuídas as competências dos Estados e os municípios
Expressa: elaboração da própria lei orgânica 
Residual: art. 25, parágrafo 1º 
Delegada: art. 22, parágrafo único
Concorrente: art. 24 da CF
Suplementar: pode o DF suplementar legislação federal das formas supletiva ou complementar. 
Interesse local: art. 30, I
Tributária expressa: art. 155 e 156
Territórios
Territórios Federais: não existem mais territórios federais no Brasil, possui personalidade jurídica própria, assemelhando-se a uma autarquia, mas não tem autonomia, ou seja, território não é ente.
	Senado Federal
	Câmara Federal
	Câmara Legislativa
	Câmara territorial
	Câmara Municipal
	Conselho distrital
	Assembléia legislativa
Características do território Federal 
Fundamento constitucional - art. 33 
- Art.84, inciso XIV - judiciário e ministério público 
Fiscalização das contas - art. 33, parágrafo 2º
Legislativo do próprio território - art. 33, parágrafo 3º 
Estado brasileiro e nacionalidade 
Nacionalidade Brasileira: nacionalidade é o vínculo jurídico que se estabelece entre o indivíduo e o Estado
Espécies de Nacionalidade
Nacionalidade primária ou originária: art. 12 da CF; se dá em razão pelo nascimento, sem levar em conta a vontade do indivíduo - critérios 
Ius soli: leva em consideração o nascimento no território aonde aquela pessoa nasce; exemplo: Brasil com a grande quantidade de turistas. 
Ius sanguinis: Condiciona a nacionalidade do indivíduo em função da nacionalidade dos seus genitores 
Nacionalidade secundária ou adquirida: Leva em consideração a vontade do indivíduo 
Grande naturalização ou tácita: a não manifestação implica em naturalização
Grande naturalização expressa: deve a ver a manifestação do indivíduo 
A nacionalidade no Brasil
Os nacionais e os estrangeiros
Os nacionais não os brasileiros natos e os brasileiros naturalizados. Os estrangeiros abrangem, os portugueses equiparados, os indivíduos oriundo de países de língua portuguesa e os oriundos de países de língua estrangeira, ou de língua não portuguesa (art. 12, I e II, e sua alíneas)
Embaixada - trata da relação diplomática entre dois países
Consulado - trata da relação comercial entre dois países
Se um bebê nasce em outro país, de pais que não estão a serviço público, esta pode ser registrada tanto no consulado quando na embaixada, que possuem um cartório, e esta será considerada então brasileiro nato. 
Brasileiros naturalizados
Trata-se de aquisição de nacionalidade secundaria ou adquirida através no processo de naturalização (Lei 6.815I80; art. 12, II, a e art. 112 da CF)
Português equiparado - “quase nacional” (art. 12, parágrafo 2). A convenção de reciprocidade de tratamento entre Brasil e Portugal foi posta em vigor pelo decreto número 70436I72, regulamentando o estatuto da igualdade de direitos e obrigações civis e gozo dos direitos políticos. O português que se encontrar regularmente no Brasil e pretender obter os benefícios do estatuto da igualdade, sem perder a nacionalidade portuguesa, poderá pleitear ao ministro da justiça a aquisição de:
De igualdade de direitos e obrigações civil provando que tem:
Capacidade civil segundo a lei brasileira
Residência permanente no Brasil
Gozo da nacionalidade portuguesa
Do gozo dos direitos políticos
Comprovando residência no território brasileiro pelo prazo de cinco anos
Saber ler e escrever o português do Brasil
Exercitar na sua plenitude os direitos políticos em Portugal
Radicação precoce e curso superior. Nos termos do art. 115, parágrafo 1º e 2º poderão requer a nacionalidade:
Estrangeiro admitido no Brasil até a idade de 5 anos radicado definitivamente no território nacional, desde que requeira a naturalização até dois anos após atingir a maioridade
Estrangeiro que venha vindo residir no Brasil antes da atingida a maioridade e haja curso superior em estabelecimento nacional em ensino, se requerida naturalização após um ano da sua formatura
Diferença entre nacionais e estrangeiros
Da simples leitura do caput do art. 5º da CF, verifica-se a impossibilidade de tratamento não isonômico entre nacionais e estrangeiros. Exceções feitas:
Incisos LI e LII do art. 5º da CF
Parágrafo 3º do art. 12 da CF
Art. 89, inciso VII
Art. 222
Perda da Nacionalidade
As hipóteses da perda da nacionalidade estão taxativamente presentes previstas no art. 12, parágrafo 4º. Exceção feita as hipóteses previstas no art. 12, parágrafo II, a e B; Lei 818I49, art. 36

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