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Teoria do Direito questionário

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Teoria do Direito – resumo
Quais são as espécies de fontes do direito?
Fontes do Direito são vários modos de onde são buscadas, nascem ou surgem as normas jurídicas e os princípios gerais da ciência do direito
Fontes Materiais: são os fatos sociais, as próprias forças sociais criadoras do direito. Constituem a matéria prima da elaboração deste, pois são valores sociais que informam o conteúdo das normas jurídicas. As fontes materiais não são ainda o direito pronto, perfeito, mas concorrem com a formação deste sob a forma de fatos sociais econômicos, políticos, religiosos e morais. Fatos sociais de natureza política, encontraremos no papel inegável das ideologias políticas, ao originarem movimentos políticos de fato, como as revoluções e as quarteladas. Na religião, há uma fonte destacada do Direito, haja vista a Antiguidade Oriental e a Clássica, nas quais encontramos Direito e Religião Confundidos. Como exemplo de fatores morais na elaboração do Direito, citem-se as virtudes morais, os valores sociais considerados por todos. Como fatores naturais, pode-se citar o clima, o solo, a raça. 
Fontes históricas: são documentos jurídicos e convenções coletivas do passado que, graças a sua sabedoria e aplicabilidade, continuam a influir as legislações do presente. Exemplo: São fontes do direito brasileiro histórico, o Direito Romano, o Direito Canônico, o Código de Napoleão, a legislação da Itália Facista. 
Fontes formais: é o que dá forma ao direito, fazendo uma referência aos modos de manifestações das normas jurídicas, demonstrando quais os meios devem ser empregados pelo jurista para o funcionamento do direito vigente (fonte de conhecimento)
Fontes formais estatais dividem-se em:
Legislativas: seriam as leis (Estado cria as leis, e concede o costume e jurisprudência)
Jurisdicionais: jurisprudência, precedente judiciais, súmulas, sentenças.
Fontes formais não estatais: referem-se ao direito consuetudinário e ao direito científico (doutrina). Jurisprudência (conjunto de decisões sobre interpretação da lei, feitas pelos tribunais de determinada jurisdição. Doutrina (produção realizada por pensadores, juristas e filósofos do direito, concentrados nos mais diversos temas relacionados as ciências jurídicas. 
O que é lei?
Lei é um princípio, um preceito, uma norma, criada para estabelecer as regras que devem ser seguidas, é um ordenamento. Do latim “lex” que significa “lei” – uma ordenação imposta. Em uma sociedade, a função das leis é controlar os comportamentos e ações do indivíduo de acordo com os princípios daquela sociedade. 
Explique a teoria da separação dos poderes:
Montesquieu acreditava que para afastar governos absolutistas e evitar a produção de normas tirânicas, seria fundamental estabelecer a autonomia e os limites de cada poder. Criou-se assim, o sistema de “freios e contrapesos”, e o qual consiste na contenção do poder pelo o poder, ou seja, cada poder deve ser autônomo e exercer determinada função, porém deve ser controlado por outros poderes. Assim, pode-se dizer que os poderes são independentes, porém harmônicos entre si:
PODER EXECUTIVO
Função típica: administrar a coisa pública (república)
Função atípica: legislar e julgar
PODER LEGISLATIVO
Função típica: legislar e fiscalizar
Função atípica: administrar (organização interna) e julgar
PODER JUDICIÁRIO
Função típica: julgar, aplicando a lei a um caso concreto que lhe é posto, resultante de uns conflitos de interesses. 
Função atípica: as de natureza administrativa e legislativa. 
Qual é a atribuição do poder judiciário?
O poder judiciário do Brasil é o conjunto dos órgãos públicos aos quais a Constituição Federal Brasileira (a atual é de 1988) atribuição a função jurisdicional
Função jurisdicional: o poder judiciário tem como funções jurisdicional a solução de conflitos. O Estado dispõe dessa capacidade também chamada de jurisdição, onde por intermédio dos juízes, tem o poder – deve se dizer o seu direito
Função administrativa: é investido por uma função atípica, a administrativa, que existe para viabilizar os seus objetivos. No exercício do poder judiciário, seus atos devem estar nos princípios constitucionais administrativos da Legalidade, Moralidade e Eficiência. 
Explique a Teoria Tridimensional do direito: 
O fenômeno jurídico seja qual for a sua forma de expressão pressupõe sempre três elementos: fato, valor e norma que mostra uma unidade dinâmica entre a realidade fático – axiológico – normativa, ou seja, “um elemento de fato, ordenado valoricamente em um processo normativo. 
Segundo essa Teoria, o direito tem três dimensões: a dimensão normativa, onde o direito é entendido como ordenamento, em seguida, a dimensão fática, onde o direito é tido como realidade social histórico-cultural e por fim, sua dimensão axiológica, onde o direito é valorativo. 
VALOR: considerado não como objetivo ideal, mais como um dever ser situado num plano prático e ligado a uma ação
FATO: capaz de relevar as intencionalidades objetivas de um determinado lugar ou época, é compreendido não como mero fato natural, mas sim sempre imanado por um valor
NORMA: descreve os valões que vão se concretizando na condicionalidade dos fatos sociais e históricos.
Percebe-se que a Tridimensionalidade explica que os valores geram juízos de valores que demandam normas para regulamentá-las. Sendo assim, para o MIGUEL REALE, o direito não é abstrato, pois também está imerso na vida humana, que e um complexo de sentimentos e estimativas. 
Explique a fase do plenário do processo legislativo:
Fase do plenário: discussão; votação do projeto de lei
É o ato de que discutir o projeto de lei. Inicia na Câmara dos Deputados a discussão dos projetos de iniciativa do Presidente da República, da iniciativa popular, dos Tribunais ou dos próprios deputados, e no Senado a iniciativa dos projetos de lei oferecidos por senadores. A disciplina sobre a discussão e introdução do projeto de lei é confiada, fundamentalmente aos regimentos das casas legislativas. O projeto de lei aprovado por uma casa será revisto pela outra em só um turno de discussão e votação. Não há tempo prefixado para deliberação das Câmaras, salvo quando o projeto for de iniciativa de Presidente da República e este formular pedido de apreciação sob regime de urgência.
No caso de proposição normativa submetida a regime de urgência, se ambas as casas não se manifestarem cada qual, sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, o projeto deve ser incluído na ordem do dia, ficando suspensas as deliberações sobre outra matéria até que seja votada a proposição do Presidente da República. 
O Presidente da República participa de alguma fase do processo legislativo?
A formação de uma lei, nada mais é do que a criação de um ato normativo que gera direitos e deveres, o que caracteriza a função do Poder Legislativo. 
O processo legislativo se inicia com a iniciativa, ou seja, quando alguém ou algum ente toma a iniciativa de propor uma nova lei. A iniciativa pode ser comum (ou concorrente); quando puder ser apresentada por qualquer membro do Congresso Nacional, pelo Presidente da República, e ainda pelos cidadãos no caso de iniciativa popular e reservada, quando a Constituição reserva a possibilidade a dar início ao processo de criação a somente determinadas autoridades ou órgãos: privativa de órgãos de judiciário, quando for iniciativa privada dos tribunais; privativa no Ministério Público, quando couber somente a ele; privativa da Câmara dos Deputados e por fim privativa do Presidente da República.
Iniciativa: trata das pessoas que podem propor leis, são elas, qualquer deputado, qualquer senador qualquer comissão da Câmara do Senado ou do Congresso, o Presidente da República, o Procurador Geral da República, o Supremo Tribunal Federal, os tribunais superiores e o povo obedecidos as regras da iniciativa popular. Algumas matérias são de propositura exclusiva do Presidente da República, do judiciário, etc. 
Discussão: a discussão para por três etapas:
1ª Comissão de Constituição e Justiça
para se verificar a constitucionalidade da proposição
2ª Uma ou de mais comissões temáticas cujo papel é verificar a conveniência e a oportunidade da lei
3ª Discussão em Plenário
Deliberação (ou votação) – No plenário, é exigido a presença mínima da maioria absoluta dos membros da respectiva casa. Sem quórum específico, é necessário apenas a aprovação pela maioria dos presentes, apenas leis complementares e emendas constitucionais possuem quórum específica. Caso seja rejeitado, o projeto de lei é arquivado, caso seja aprovado, ele é enviado a casa revisora que passará pelo mesmo processo anterior. Sendo rejeitado, o projeto só poderá ser representado na próxima sessão (ano) legislativa. Caso o projeto seja emendado na casa revisora, ele é mandado de volta a casa iniciadora para apreciar apenas a parte emendada. 
Sanção ou veto – a sanção pode ser expressa ou tácita, é expressa quando o próprio Presidente da República sanciona a lei, e é tácita quando o Presidenta da República não se pronuncia em até 15 dias úteis (ela é automática sancionada). O veto pode ser total ou parcial, caso seja vetado o projeto de lei volta a ser apreciado por uma sessão específica do congresso, que deverá ser conjunta. Caso o veto seja derrubado, o projeto deverá ser promulgado pelo Presidente da República. 
Promulgação – é como um atestado de que a lei foi aprovada pelas etapas anteriores. Nesta etapa, o projeto de lei passa definitivamente a ser executivo como lei, passando a vigorar após a publicação. 
Publicação – é o modo estabelecido para possibilitar que todos tenham conhecido sobre o mesmo. Ninguém pode alegar desconhecimento da lei para não cumpri-la. 
Diferencie sanção expressiva se sanção tácita:
Expressa é quando o próprio presidente sanciona a lei;
Tácita é quando o presidente não se pronuncia em até 15 dias (ela é automática sancionada)
O que é promulgação?
Promulgação é como um atestado de que a lei foi aprovada pelas etapas anteriores. Nessa etapa, o projeto de lei passa definitivamente a ser executivo como lei, passando a vigorar após a publicação. 
Diferencie veto jurídico de veto político:
Veto jurídico é quando o presidente da república encontrar inconstitucionalidade no projeto de lei 
Veto político é se o projeto de lei ferir o interesse público
Veto jurídico – político é combinando motivações das duas espécies
Explique se o Congresso Nacional pode quebrar o veto do Presidente da República: 
O projeto aprovado por uma casa e revisto pela outra será enviado para ser sancionado ou vetado
Uma vez vetado o projeto de lei, o mesmo retornará ao Congresso Nacional, onde será apreciado em seção conjunta, onde o veto pode ser quebrado pela maioria absoluta dos deputados e senadores, que votarão em sigilo. 
Diferencie sentença de acórdãos:
A grande diferença entre sentença e o acórdão é que a sentença é definida apenas por um julgador, enquanto que o acórdão é o acordo entre vários julgadores para chegar a um resultado final e decisivo. 
Explique o princípio da inafastabilidade do poder judiciário: 
É o princípio de Direito Processual Público subjetivo, também chamado como Princípio da Ação ou Acesso a Justiça, em que a Constituição garante a necessária tutela estatal aos conflitos ocorrentes na vida em sociedade. Está expresso na redação do inciso XXXV no art. 5º da Constituição Brasileira, nos seguintes termos: “a lei não excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça a direito”.
Dessa forma, ocorre a Constituição Federal garante a qualquer pessoa se valer do Poder Judiciário toda vez a seu direito tiver sido lesão ou ameaçado de lesão. 
Aliás, o Brasil adotou o sistema de jurisdição única. Somente o Poder Judiciário pode, de forma definitiva, declara o direito, diante de um caso concreto, quando provocado por alguém que se veja diante de uma pretensão resistida. 
Diferencie súmula simples de súmula vinculante:
	SÚMULA SIMPLES
	SÚMULA VINCULANTE
	Competência dos Tribunais (TRF, TRT, TST, STJ, entre outras)
	Competência somente do STF por iniciativa de 2I3 de seus membros
	A iniciativa é do próprio órgão que a elabora e a aprova
	Iniciativa do STF ou provocação de um doa órgãos mencionado no parágrafo 2º, do art. 103-A
	Sobre as matérias que os respectivos tribunais tratarem
	Somente sobre matérias constitucionais
	Possui qualidade, não força de lei, não constituem obrigatoriedade
	Possui força de lei ordinária; Caráter obrigatório
	Não possuem autonomia e abstração, ausência de natureza legislativa
	Possui autonomia e abstração pelo seu caráter de natureza legislativa
	Efeito interna corporis, inter partes
	Efeito vinculante = efeito erga ommes
	Servem como veículo de uniformização jurisprudencial e orientação para decisões de tribunais inferiores
	Funcionam conforme parágrafo 3º, do art. 103-A da CRFBI88 e no caso de descumprimento caberá reclamação ao STF
	Não cabe apelação de sentença quando esta estiver de acordo com súmula do STJ
	Não cabe apelação da sentença quando esta estiver de acordo com súmula vinculante
Súmula: é o entendimento pacificado de algum dos tribunais superiores sobre um assunto repetido para a apreciação ou análise do tribunal que tem como objetivo garantir a segurança jurídica tendo em vista que os julgadores de instâncias inferiores poderão decidir de acordo com a sua convicção
Súmula Vinculante: no caso de um assunto ser levado de forma reiterada para STF pode existir a criação de uma súmula com a aprovação de 2I3 dos seus membros para pacificar o entendimento sobre o referido tema de vincula e força que todos os julgadores em todos os graus decidam de acordo com esse enunciado (caso exista uma súmula vinculante o livre convencimento deixa de existir) – possibilidade que o Supremo tem de criar um enunciado, mas ele vai forçar que outros membros do poder judiciário entendam da mesma forma – Disposta no art. 103-A da CF.
Diferencie lei de costume jurídico:
Costume jurídico: princípio, ou regra, não escrito que se introduziu pelo uso, com o consentimento tácito de todas as pessoas que admitem a sua força como norma a seguir na prática de determinados atos
Lei: é um princípio, um preceito, uma norma, criada para estabelecer regras que devem ser seguidas, é um ordenamento. Do latim “lex” que significa “lei” - uma obrigação imposta. Em uma sociedade, a fundação das leis é controlar os comportamentos e ações do indivíduo de acordo com os princípios daquela sociedade
Explique as três espécies de costumes jurídicos:
Secundum legem é quando se acha expressamente referido na lei
Prater legem é quando o costume é usado para suprir a lei em casos omissos
Contra legem é aquele que se põe a lei, mas em regra o costume não pode ser contraído ao ordenamento jurídico, os autores têm rejeição a essa espécie, pois é contra a tarefa do Estado. 
Explique a doutrina como fonte de direito:
Miguel Reale (2009) afirma que para ser fonte jurídica, tem que ser modelo jurídico, ou seja, estrutura normativa a qual apreente comportamento obrigatório que possa exercer disciplina nas diversas relações da sociedade. Afirma ainda que a doutrina nas diversas relações da sociedade. Afirma ainda que a doutrina não é fonte direta do direito, não incide diretamente na produção jurídica, porém ela participa de forma indireta, sendo umas das molas propulsoras do ordenamento jurídico. 
Doutrina é realizada por pensadores, juristas, e filósofos do direito, concentrados nos mais diversos temas relacionados as ciências jurídicas. 
Diferencia sistema aberto de sistema fechado:
Paulo Bonavides, explica: “Sistema é a palavra grega, originariamente significa reunião, conjunto ou todo. Esse sentido se ampliou, porém, de tal modo que por sistema veio a entender, a seguir, o conjunto organizado de partes relacionadas entre si e postas em mútua dependência. Tradicionalmente, distinguem-se duas acepções se sistema: um sistema é fechado quando a introdução de um novo elemento o obriga a mudar o conjunto das regras, isto é,
o obriga a fazer uma nova regra (...). Um sistema aberto é quando eu posso encaixar um elemento estranho, quem vem de fora, que não pertencem ao seu conjunto de elementos e, apesar disso, não precisa modificar a sua estrutura. Esquematicamente, é como se fosse uma homeostase, onde ora o sistema permanece recebendo estímulo (aberto) do ambiente, buscando equilíbrio dinâmico por meio da diminuição de conflitos regular por não necessitar de elemento externos para a sua auto regulação, mas não somente, enquanto aberto, para estímulo a sua regulação. 
A afirmativa: têm um sistema jurídico complexo e hierarquizado é verdadeira? Explique:
É o conjunto de todos as normas em vigor no Estado complementadas pelas técnicas de interpretação e integração de direito. Quanto a hierarquização, dentro do sistema jurídico há um a hierarquia entre as normas - sendo que algumas normas apresentem hierarquia sobre outras - criando assim um sistema normativo possuidor de normas superiores e normas inferiores. 
Diferencie civil law de common law:
Civil law: é a estrutura jurídica oficialmente dotada no Brasil. O que basicamente significa que as principais fontes do direito adotas aqui são a lei, o texto. 
Common law: uma simples diferença é que o direito se baseia mais na jurisprudência que no texto da lei; estrutura mais utilizada por países de origem anglo-saxônica como Estados Unidos e Inglaterra.
Diferencie Constituição Federal e lei constitucional: 
Lei: infere-se no art. 5º, II, da Constituição da República Federativa do Brasil - é norma jurídica capaz de criar obrigações para todas as pessoas. A Constituição é também uma lei, mas é uma lei que está acima de todas as outras leis. Portanto, se uma lei entra em contradição com a constituição, deve prevalecer o que consta da Constituição. Daí porque se diz que a Constituição é a lei maior, a lei magna.
Schmitt, assim, estabeleceu uma diferença entre Constituição e leis constitucionais: a Constituição disporia somente sobre as matérias de grande relevância jurídica, sobre as decisões políticas fundamentais (organização do Estado, princípios democráticos e direitos fundamentais, entre outras); as demais normas integrantes do texto da Constituição seriam, tão somente, leis constitucionais. 
Explique a emenda constitucional:
No campo jurídico, é chamada emenda constitucional a modificação imposta ao texto da Constituição Federal após sua promulgação. É o processo que garante que a Constituição de um país seja modificada em partes, para se adaptar e permanecer atualizada diante de relevantes mudanças sociais. O conceito de emenda à constituição é relativamente novo, sendo consagrado pela primeira vez em 1787. Esse novo recurso permitia que a Constituição pudesse ser alterada de acordo com os trâmites legais. Antes, quando era necessário realizar alguma mudança constitucional, era necessário um grande esforço de convencimento, até mesmo guerras em alguns casos, pois era ponto pacífico entre os legisladores que a lei não deveria recepcionar um encaixe em seu texto. No ordenamento jurídico brasileiro, sua aprovação está a cargo da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A emenda depende de três quintos dos votos em dois turnos de votação em cada uma das casas legislativas (equivalente a 308 votos na Câmara e 49 no Senado).
Explique a medida provisória:
Medida Provisória é um dispositivo que integra o ordenamento jurídico brasileiro, que é reservada ao presidente da República e se destina a matérias que sejam consideradas de relevância ou urgência pelo Poder Executivo. Tal "ferramenta" jurídica é regulada de forma exclusiva pelo artigo 62 da Constituição Federal em vigor, que determina:
"Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional, que, estando em recesso, será convocado extraordinariamente para se reunir no prazo de cinco dias.
 Parágrafo único. As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em Lei no prazo de trinta dias, a partir de sua publicação, devendo o Congresso nacional disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes."
Prevê a nossa Constituição que, em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, tendo força de lei, devendo ser submetidas imediatamente ao Congresso Nacional (artigo 62, caput, da Constituição Federal); este terá prazo de cinco dias para se reunir, após convocação extraordinária, caso esteja em recesso. Após editada, entrará em vigor e permanecerá assim por 60 dias, sendo também submetida à apreciação do Poder Legislativo, de acordo com os incisos do artigo 62, da CF. Caso dentro do prazo mencionado não for convertida em lei, perderá sua eficácia e, assim, caberá ao Congresso disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes (§ 3º do já citado artigo).
Além das alternativas colocadas no parágrafo acima, dentro do prazo de 60 dias de vigor da medida provisória poderão ocorrer outras 03 situações: aprovação com alterações, rejeição expressa e rejeição tácita.
Aprovação com alterações: o Parlamento possui a opção de apresentar emenda, ampliando ou restringindo o conteúdo da medida provisória. Tais emendas poderão ser supressivas ou aditivas, devem ser apresentadas no prazo de 05 dias após a publicação da medida provisória e não poderão tratar de matéria diferente da colocada no texto da medida provisória. Os Parlamentares que apresentarem as emendas à medida provisória deverão também apresentar as relações jurídicas decorrentes de possível alteração da medida emendada. Caso o Congresso aprove a medida provisória emendada, ela se transformará em projeto de lei de conversão, que será remetido ao Presidente da República para que este vete-o ou aprove-o.
Rejeição expressa: caso rejeitada pelo Legislativo, a medida provisória perderá seus efeitos de forma retroativa, devendo então o Congresso Nacional, em 60 dias, regular as relações jurídicas originárias da emenda rejeitada. Nesse caso, não será admitida a reedição da medida provisória rejeitada e, caso ocorra, poderá ser considerado crime de responsabilidade, já que estaria impedindo o livre exercício do Poder Legislativo, pois poderia considerar que o Presidente da República utilizaria o Congresso apenas “como mero aprovador de sua própria vontade”, de acordo com Tércio Sampaio Ferraz Jr.
Rejeição tácita: Caso o Congresso Nacional não se manifeste no prazo de 60 dias, a medida provisória perderá sua eficácia, por isso é chamada rejeição tácita, pois o Congresso não se manifesta explicitamente sobre o ato normativo, apenas não o aprecia no tempo correto. Essa situação permite que o prazo seja prorrogado apenas uma vez, acrescentando mais 60 dias ao prazo. Porém, se caso o Congresso não se manifestar novamente, a rejeição se tornará definitiva e assim estará impedida sua reedição.

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