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Pedagogia

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42 DESENVOLVIMENTO	�
2.1 A Lei nº 10.639/2003 e o Ensino Fundamental anos iniciais.............................5	
73	CONCLUSÃO	�
8REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo apresentar a Lei nº 10.639/2003 e como ela pode ser efetivada nos anos iniciais numa perspectiva de auxiliar o professor no seu planejamento de ensino. Nesse sentido, o contexto escolar hoje abrange preocupações que vão desde a valorização do tempo/espaço que o professor dispõe para trabalhar na sala de aula, até a relação de mediação entre o educando e a construção do conhecimento, levando em conta o aproveitamento de seus alunos, como transformar velhos conceitos em novas realidades, recriar, renovar e desconstruir mitos, tal como a democracia racial, tratando de forma adequadas as questões raciais existentes nas escolas e principalmente em sala de aula. 
A presente pesquisa foi fundamentada nas atividades proposta no 6º período do curso de Pedagogia da UNOPAR, na Lei nº 10.639/2003 e nos artigos sugeridos: “Os desafios da prática docente na aplicação da Lei nº 10.639/2003” autorias de Eliane Mimesse Prado, doutora em educação pela PUCSP; Lilian Elizabete da Silva de Fátima, licenciada em Pedagogia pela UNINTER e “Contribuições do ensino de ciências à educação das relações étnico-racial”, autoria de Maria Conceição Costa Melo da Universidade Federal de Pernambuco.
Os conteúdos trabalhados no 6º período do curso de Pedagogia foram essenciais para a construção de ideias que vão além da metodologia tradicional e aplicada em salas de aulas, possibilitando a busca de inovações e visões diferenciadas do contexto social em que vivemos e a necessidade de efetivar a prática da inclusão, valorização e respeito. As disciplinas que permeiam tais conteúdos foram: Organização e Didática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Avaliação da Aprendizagem e Ação Docente, Ensino de Ciências Naturais e Saúde Infantil, Educação de Jovens e Adultos, Prática Pedagógica Interdisciplinar: Ensinar e aprender na educação de Jovens e Adultos, Estágio Curricular obrigatório I: Educação Infantil e Seminário Interdisciplinar VI.
		
2 DESENVOLVIMENTO
No início do ano 2003, reconhecendo a importância das lutas antirracistas dos movimentos sociais negros, as descriminações raciais contra negro no Brasil e a busca da construção de uma ensino democrático que valorize as histórias de todos os povos que dão origem ao povo brasileiro, houve alteração da Lei de Diretriz e Bases da Educação com a inclusão da Lei nº 10.639/2003, que determinou os seguintes artigos:
Art. 26 – A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.
§ 1ª – O Conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.
2ª – Os Conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.
Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como “Dia Nacional da Consciência Negra”.
	A lei consiste em assegurar a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos anos iniciais da educação e é considerada um marco para o reconhecimento e respeito da história da população negra no Brasil.
	A Lei surge com o intuito de reparar as injustiças cometidas ao longo da história ao povo negro e corrigir as desigualdades, contudo, é necessário ressaltar conforme apresentado no artigo “Os desafios da prática docente na aplicação da Lei nº 10.639/2003”, que quão importante existir uma Lei assim também é a sua aplicação no cotidiano das escolas o que implica subsídios aos professores em sua formação e em materiais didáticos que permita e capacita para as discursões em sala de aula.
	Mesmo considerando a implantação da Lei como um ponto inicial de uma nova história construída por respeito e valorização de um povo, independentemente de sua raça, cor e étnica, é necessário maiores investimentos para que tal Lei seja implantada literalmente nas escolas, pois conforme pesquisas realizadas e apresentadas nos artigos sugeridos para a realização desse trabalho, falta base para os educandos, desde a sua formação até aos materiais disponíveis para execução da ementa.
	A escola desempenha um papel fundamental na formação dos cidadãos, os discursos tem grande influência na construção de opiniões, sendo assim, a educação deve estar totalmente ligada aos movimentos sociais desconstruindo essa cultura de preconceito e exclusão social. Falta muitas informações aos brasileiros, nem todos tem ideia da importância da cultura africana no Brasil, nem todos conhecem a história tal como ela é, devido História ser ensinado de maneira subjetiva, deixando sempre a entender que a cultura europeia é mais nobre e mais importante para os brasileiros desde a educação, costumes, economia, etc. assim, o que consegue com isso é perpetuar a ignorância e os equívocos acometidos pela sociedade de geração em geração.
Segundo Maria da Conceição, no artigo “Contribuições do ensino de ciências à educação das relações étnico-racial”, para que educação possibilite o acesso ao discurso científico é necessário que o educador reveja sua prática pedagógica. Pois os educadores são inibidos a desenvolver discursos críticos e construtivos devido a insegurança e falta de suporte para a sua atuação, nem todos professores do ensino fundamental principalmente dos anos iniciais que são pedagogos tem disciplinas que fomenta essa perspectiva e os capacite para a sala de aula, mesmo que a ementa dos cursos superiores tenha tido alteração desde a inclusão da Lei, ainda há professores formados anteriormente que não teve acesso a essas disciplinas nos cursos superiores.
Nas escolas a discriminação é ensinada de forma inconsciente, a história dos negros nos livros didáticos apresenta apenas um passado escravocrata, sem cultura, sem costumes. Aprendemos sobre a subordinação do negro ao branco, o relacionamento senhor e escravo, a supremacia do branco como padrão de referência social e o negro como incivilizado.
2.1 A LEI Nº 10.639/2003 E O ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
	É na infância que é construído os primeiros conhecimentos sobre tudo, inclusive do meio social em que está inserido e a escola possui um papel fundamental na formação dos indivíduos desde os primeiros anos de ensino, onde a criança passa a ter contato com a diversidade. Posto isso, desde os primeiros anos, os professores necessitam adotar práticas que resgate a memória e a contribuição do povo negro na construção social, econômica e cultural do Brasil, de modo a despertar o respeito e a valorização à história do Brasil construída em parte por europeus e outra parte por africanos e indígenas.
	Conforme discutido no artigo, “Os desafios da prática docente na aplicação da Lei nº 10.639/2003”, para cumprir com os conteúdos programáticos determinados pela Lei n 10.639/03 vêm os desafios do ensino e da formação dos professores, pois a temática implica em enfrentar e desconstruir o mito da democracia racial, tratando de forma adequada as questões raciais existentes na escola e principalmente em sala de aula.
	No estágio proposto no 6º período do curso de Pedagogia, foi possível observar que as escolas não possuem materiais didáticos voltados para a temática étnico-raciais, os conteúdos trabalhados referente a essa temática, segundo os professores, são apenas nas vésperas do dia do índio e da consciência negra
e algumas vezes são associadas ao folclore brasileiro, também em vésperas de comemorações. Sendo assim, é valido destacar que a implementação da Lei foi um grande passo para a educação, porém ainda falta muito para que ela seja eficaz no combate ao racismo e o reconhecimento da história do povo negro.
	A temática racial não é algo tão simples, significa lidar com um passado de esquecimento, desconstruir ideias e categorias hierarquizadas no imaginário social, reverter estereótipos e representações inadequadas dos negros, buscando perspectivas antirracistas e construindo novas práticas pedagógicas que promovam a igualdade.
	 Sendo assim, a infância é o momento propicio para construir uma nova geração de respeito e tolerância não somente a cor, mas como religião, costumes, vestes, cultura, etc. 
CONCLUSÃO
Mesmo com a implementação da Lei e com isso, as disciplinas História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, ainda não houve avanços consideráveis quanto a construção de uma sociedade livre de preconceito, racismo e desmerecimento, isso porque a Lei ainda não foi executada em sua totalidade, devido à falta de suporte aos educadores, desde a formação até aos materiais didáticos disponível.
As determinações legais foram uma grande vitória para o povo afrodescendente, mas não podemos deixar de lado as ações e práticas que realmente efetivam a Lei e continuar reproduzindo nas escolas conhecimentos estereotipados e pejorativos sobre o povo africano.
Ao realizar o trabalho, foi possível perceber que é necessário a escola empenhar em mudar essa realidade desonrosa que infelizmente o Brasil se encontra, com tanto racismo enrustido e justificado por toda parte, porém, não se pode direcionar toda culpa as escolas, pois é visível a falta de recursos que possibilite essa interação da escola e os movimentos sociais. É válido ressaltar também, que mesmo o governo não fornecendo os subsídios necessários para execução da ementa, com acessibilidade da internet, se o professor ou a comunidade escolar realmente quiser buscar essa mudança, há materiais disponível para uso, e para capacitação dos professores, não precisa necessariamente esperar que venha cursos de capacitação e livros, com as TIC’s ficou muito mais fácil transformar a Lei em realidade cotidiana.
As leituras proposta e as disciplinas estudada nos possibilitou adquirir uma visão mais ampla sobre a educação nos anos iniciais de ensino, e a importância do professor está sempre em buscar de inovar e se inteirar aos acontecimentos atuais para melhor exercer a profissão. Além disso, foi importante discutir o tema que norteia a Lei nº10.639/03, pois sem respeito não é possível evoluir, sem educação não é possível desenvolver e essas reflexões fizeram grande diferença quanto ao desenvolvimento profissional, tanto pessoal. 
REFERÊNCIAS
PRADO, Eliane Mimesse; FATIMA, Lilian Elizabete da Silva. Os desafios da prática docente na aplicação da Lei nº 10.639/2003. Vol. 11, Revista Intersaberes, 2016.
MELO, Maria da Conceição Costa. Contribuições do ensino de ciências à educação das relações étnico-racial. Número 7, Revista da SBEnBio. Outubro de 2014.o
BRASIL. Consolidação das Leis de Diretriz e Base. Texto do Decreto-Lei nº10.639/03, de 9 de janeiro de 2003. Diário Oficial da União de 10 de janeiro de 2003.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual. Brasília, DF: MEC/SEF, 1997.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
pedagogia
nome do(s) autor(es) em ordem alfabética
a Lei 10.639/2003 e o ensino fundamental anos iniciais
Taiobeiras/MG
2017
nome do(s) autor(es) em ordem alfabética
a Lei 10.639/2003 e o ensino fundamental anos iniciais
Trabalho de ........ apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de .........
Orientador: Prof. 
Taiobeiras
2017

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