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PULVERIZAÇÃO: ENTENDENDO O PAPEL DAS PONTAS NA TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO Prof. Dr. Ulisses R. Antuniassi - UNESP/Botucatu - ulisses@fca.unesp.br Funções das pontas Funções das pontas As pontas de pulverização (também chamadas de pontas hidráulicas) definem três fatores fundamentais para o ajuste correto da tecnologia de aplicação: 1) Formato do jato pulverizado; 2) Vazão da calda; 3) Espectro de gotas. Formato do jato de pulverização Formato do jato 1) Formato do jato: O formato do jato de pulverização pode ser escolhido em função da arquitetura dos alvos. As pontas de jato plano são indicadas: • Alvos planos (o solo, por exemplo); • Alvos de arquitetura menos complexa, como as plantas pequenas ou com pouco enfolhamento. plano Fonte: AgroEfetiva Formato do jato As pontas de jato tridimensional são indicadas para os alvos de arquitetura mais complexa (como as plantas maiores ou mais enfolhadas): • jato plano duplo; • jato cônico. plano duplo cônico cheio cônico vazio Fonte: AgroEfetiva Formato do jato Existem diversas opções de pontas e acessórios de barra que permitem a pulverização com jatos tridimensionais: • necessidade de melhor cobertura e penetração das gotas. Fonte: Divulgação Classificação das pontas Classificação das pontas 1. Classificação a) Área total ou em faixa b) Forma do jato pulverizado c) Mecanismo gerador de gota Fonte: Teejet Fonte: AgroEfetiva Classificação das pontas 1. Classificação a) Área total ou em faixa b) Forma do jato pulverizado c) Mecanismo gerador de gota Fonte: Teejet Fonte: Teejet Fonte: AgroEfetiva Classificação das pontas 1. Classificação a) Área total ou em faixa b) Forma do jato pulverizado c) Mecanismo gerador de gota ▪ Disco-Difusor (Cones) ▪ Jato plano “simples” ▪ Pré orifício ▪ Impacto ▪ Indução de ar Fonte: Teejet Classificação das pontas 1. Classificação a) Área total ou em faixa b) Forma do jato pulverizado c) Mecanismo gerador de gota ▪ Disco-Difusor (Cones) ▪ Jato plano “simples” ▪ Pré orifício ▪ Impacto ▪ Indução de ar Fonte: AgroEfetiva Classificação das pontas 1. Classificação a) Área total ou em faixa b) Forma do jato pulverizado c) Mecanismo gerador de gota ▪ Disco-Difusor (Cones) ▪ Jato plano “simples” ▪ Comum ▪ Uso ampliado ▪ Jato plano duplo ▪ Pré orifício ▪ Impacto ▪ Indução de ar Fonte: AgroEfetiva Classificação das pontas 1. Classificação a) Área total ou em faixa b) Forma do jato pulverizado c) Mecanismo gerador de gota ▪ Disco-Difusor ▪ Jato plano “simples” ▪ Pré-orifício ▪ Impacto ▪ Indução de ar Pré-orifício Fonte: AgroEfetiva Classificação das pontas 1. Classificação a) Área total ou em faixa b) Forma do jato pulverizado c) Mecanismo gerador de gota ▪ Disco-Difusor ▪ Jato plano “simples” ▪ Pré-orifício ▪ Impacto ▪ Indução de ar Fonte: AgroEfetiva Classificação das pontas 1. Classificação a) Área total ou em faixa b) Forma do jato pulverizado c) Mecanismo gerador de gota ▪ Disco-Difusor ▪ Jato plano “simples” ▪ Pré-orifício ▪ Impacto ▪ Indução de ar • Venturi 1 • Venturi 2 Fonte: AgroEfetiva AR AR Classificação das pontas 1. Classificação a) Área total ou em faixa b) Forma do jato pulverizado c) Mecanismo gerador de gota ▪ Disco-Difusor ▪ Jato plano “simples” ▪ Pré-orifício ▪ Impacto ▪ Indução de ar • Venturi 1 • Venturi 2 Fonte: Teejet Fonte: AgroEfetiva AR AR Classificação das pontas • Cone • Indução de ar Fonte: Divulgação Classificação das pontas 1. Outros modelos • Jato plano duplo • Impacto • Jato plano • Impacto • Indução de ar Fonte: Teejet Fonte: Teejet Classificação das pontas Fonte: Teejet • Jato plano duplo inclinado Classificação das pontas Sentido de deslocamento 2,5 m/ s 3,3 m/s = 12 km/h Trajetória das gotas 10° 2,5 m /s Tr aj et ór ia d as g ot as 50° Melhor depósito de gotas “Lado da sombra“ também com velocidade mais alta ++ ++ Fonte: Boller (2011) • Jato plano duplo inclinado Classificação das pontas Fonte: Hypro Jato plano inclinado: sistema 3D Vazão de calda Vazão de calda • A vazão das pontas é definida pelo tamanho do orifício e a pressão de trabalho; • Estas escolhas são fundamentais para a correta calibração do pulverizador; • A vazão das pontas é um dos fatores fundamentais para a determinação do volume de calda da aplicação. L/min = L ha x km h x Esp(m) 600 Espectro de gotas Espectro de gotas • Esta escolha depende da necessidade de cobertura ou do potencial de risco de deriva da aplicação; • Existem inúmeras opções, como as pontas de orifício simples, as pontas com pré-orifício, as pontas de impacto e as pontas com indução de ar; • Cada tipo de ponta é projetado para oferecer características específicas de espectro (classes de gotas, por exemplo). Classes de gotas Fonte: Teejet Classes de gotas Analisador de partículas (UNESP/Botucatu) Determinação do espectro de gotas Classes de gotas Fonte: AgroEfetiva Espectro de gotas Espectro de gotas %<100 µm Deriva: Maior %<100 µm = maior deriva { Espectro de gotas Gotas DMV - Diâmetro Mediano Volumétrico (Dv0,5) (µm) Dv0,1 Dv0,9 𝑨𝑹 = (𝑫𝒗𝟎, 𝟗 − 𝑫𝒗𝟎, 𝟏) 𝑫𝒗𝟎, 𝟓 AR (Amplitude Relativa): variabilidade do tamanho das gotas. Quanto maior, pior é a aplicação; Espectro de gotas 0 10 20 30 40 50 60 70 0 100 200 300 400 500 % v o lu m e p u lv e ri za d o Diâmetro de gotas (µm) TRD Convencional Fonte: AgroEfetiva Espectro de gotas • O espectro de gotas gerado na pulverização depende da pressão de trabalho e do tipo de ponta; • Nas aplicações terrestres o tamanho das gotas se comporta de maneira inversamente proporcional à pressão de trabalho (maior pressão gera gotas menores); • Este processo pode ser inverso em alguns casos, nas aplicações aéreas. Espectro de gotas • Além da pressão e do tipo de ponta, outros fatores afetam diretamente o tamanho médio das gotas e a qualidade do espectro gerado; • Destaca-se a composição da calda, em função das formulações dos defensivos e dos adjuvantes contidos na calda. Espectro de gotas x volume de calda x defensivo Espectro x volume de calda Mancozeb para ferrugem da soja: Gotas: F = gotas finas, M = gotas médias Volume de calda: 50 e 150 L/ha Fonte: AgroEfetiva (2017) Pontas: espectro de gotas x adjuvantes Espectro x adjuvantes Fungicida + MF Fungicida + OV Fungicida + OM Fonte: UNESP - Botucatu (Berna, 2017) Pulverização aérea: ponta CP-03 Espectro x adjuvantes Fungicida + MF Fungicida + OV Fungicida + OM Fonte: UNESP - Botucatu (Berna, 2017) Pulverização aérea: ponta CP-03 Espectro x adjuvantes Fonte: AgroEfetiva Pulverização terrestre: ponta de jato plano Pontas: espectro de gotas x deriva Espectro x risco de deriva Fonte: AgroEfetiva - UNESP - Botucatu 0 5 10 15 20 25 30 35 XR DG AIXR TT AI TTI V 1 0 0 -45% -16% -45% -65% -90% Pontas: uniformidade de deposição no campo: terrestre Uniformidade de deposição Fonte: AgroEfetiva - UNESP - Botucatu Pontas: Faixa de Deposição (FD) na aplicação aérea: uniformidade Faixa de Deposição (FD) Fonte: AgroEfetiva - UNESP - Botucatu Faixa de Deposição (FD) 15 20 25 30 35 23 24 25 26 27 28 29 3031 32 33 34 35 36 C o e fi c ie n te d e V a ri a ç ã o ( % ) Largura da faixa (m) Carrossel Back to Back Fonte: AgroEfetiva - UNESP - Botucatu Em resumo... Em resumo... As pontas de pulverização definem os fatores fundamentais para o ajuste da TA: • Formato do jato pulverizado; • Vazão da calda; • Espectro de gotas. As pontas interagem com todos os elementos que fazem parte do processo! Obrigado! Prof. Dr Ulisses R. Antuniassi FCA/UNESP - Botucatu/SP ulisses@fca.unesp.br
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