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Instituto de Matemática - IM/UFRJ Gabarito da Prova Final Unificada de Cálculo I - 2014.1 Politécnica e Engenharia Química - 29/05/2014 Questão 1: (2.0 pontos) (a) Calcule: lim x→0 ex2 tg x ex x . (b) Determine se a seguinte integral imprópria é finita:∫ ∞ e 1 x ln xdx. Solução: (a) e x2 tg x exx = e x2 ex cosx sen x x ⇒ lim x→0 ex 2 tg x exx = ( e0 2 e0 cos 0 )( lim x→0 sen x x ) = 1 (b) Substituindo u = ln x e du = 1 x dx, temos ∫ 1 x ln xdx = ∫ 1 u du = ln |u|+ C = ln |ln x|+ C. Assim, ∫ ∞ e 1 x ln xdx = limb→∞ ∫ b e 1 x ln xdx = limb→∞ ln | ln b| − ln | ln e|︸ ︷︷ ︸ =0 . A integral imprópria em questão é infinita, pois ln | ln b| cresce indefinidamente com b. Questão 2: (2.0 pontos) Calcule a área da região R = { (x, y) ∈ R2 ∣∣∣∣∣ x√4− x ≤ y ≤ x e2x, x ∈ [1, 2] } . Solução: A = ∫ 2 1 ( xe2x − x√ 4− x ) dx = ∫ 2 1 xe2xdx− ∫ 2 1 x√ 4− xdx Integrando por partes, temos que ∫ 2 1 xe2xdx = − ∫ 2 1 1e 2x 2 dx+ ( x e2x 2 )∣∣∣∣∣ 2 1 = − ( e2x 4 )∣∣∣∣∣ 2 1 + e4 − e 2 2 = 3e 4 − e2 4 . Página 1 de 6 Gabarito da Prova Final Unificada de Cálculo I - 2014.1 Politécnica e Engenharia Química - 29/05/2014(continuação) Substituindo u = 4− x e du = −dx, temos que x = 4− u e portanto∫ x√ 4− xdx = − ∫ 4− u√ u du = −4 ∫ 1√ u du+ ∫ √ udu = −4 ( 2 √ u ) + 23 √ u3 + C = 2(u− 12)3 √ u+ C = −2(x+ 8)3 √ 4− x+ C Assim, ∫ 2 1 x√ 4− xdx = ( −2(x+ 8)3 √ 4− x )∣∣∣∣∣ 2 1 = 6 √ 3− 20 √ 2 3 . e, portanto, A = 3e 4 − e2 4 + 20 √ 2 3 − 6 √ 3. Página 2 de 6 Gabarito da Prova Final Unificada de Cálculo I - 2014.1 Politécnica e Engenharia Química - 29/05/2014(continuação) Questão 3: (2.0 pontos) Calcule o volume do sólido de revolução obtido pela rotação do semi-círculo R = {(x, y) ∈ R2 |x2 + y2 ≤ 1, y ≥ 0} em torno da reta y = −3. Solução: 3 √ 1− x2 + 3 Integrando “fatias” ortogonais ao eixo de rotação, obtemos V = ∫ 1 −1 pi ((√ 1− x2 + 3 )2 − 9) dx = pi ∫ 1 −1 ( 1− x2 ) dx+ 6pi ∫ 1 −1 √ 1− x2dx. Calculamos primeiro ∫ 1 −1 ( 1− x2 ) dx = ( x− x 3 3 )∣∣∣∣∣ 1 −1 = 43 . A integral ∫ 1 −1 √ 1− x2dx pode ser reconhecida como a área do semi-círculo de raio 1 (ver figura abaixo), portanto igual a pi2 . −1 1x √ 1− x2 Outra opção é calculá-la diretamente, através da substituição trigonométrica sen θ = x, que implica em dx = cos θdθ. Neste caso,∫ 1 −1 √ 1− x2dx = ∫ pi 2 −pi2 √ 1− sen2 θ cos θdθ = ∫ pi 2 −pi2 cos2 θdθ = ∫ pi 2 −pi2 1 + cos(2θ) 2 dθ = ( θ 2 + sen(2θ) 4 )∣∣∣∣∣ pi 2 −pi2 = pi2 Assim, V = 4pi3 + 3pi 2. Página 3 de 6 Gabarito da Prova Final Unificada de Cálculo I - 2014.1 Politécnica e Engenharia Química - 29/05/2014(continuação) Outra opção ainda é calcular o volume “fatiando” o sólido por cascas cilíndricas, como indicado na figura abaixo: y 3 3 + y 2 √ 1− y2 Temos então V = ∫ 1 0 2pi(3 + y) ( 2 √ 1− y2 ) dy = 12pi ∫ 1 0 √ 1− y2dy︸ ︷︷ ︸ 1/4 da área do círculo unitário +4pi ∫ 1 0 y √ 1− y2dy︸ ︷︷ ︸ substituição: u = 1− y2 = 12pipi4 + 4pi ( −13 √ (1− y2)3 )∣∣∣∣1 0 = 3pi2 + 4pi3 . Questão 4: (2.0 pontos) Um rio tem 400 m de largura. Deseja-se estender um cabo de comunicação ligando os pontos A e C, situados em margens opostas. O ponto C está 1 km a jusante (isto é, rio abaixo) do ponto A, conforme a figura. A C O custo de instalação do cabo é de R$ 130,00 por metro no leito do rio e de R$ 50,00 por metro no solo seco. Determine quantos metros de cabo deverão ser instalados no rio e quantos em terra para que o custo total seja mínimo. Solução: Seja 0 ≤ x ≤ 1000 a distância (em metros) indicada na figura. A C 1000 x 400 Página 4 de 6 Gabarito da Prova Final Unificada de Cálculo I - 2014.1 Politécnica e Engenharia Química - 29/05/2014(continuação) O custo total em reais é dado pela seguinte função de x: c(x) = 130 √ 4002 + x2 + 50(1000− x). Para identificar os intervalos de crescimento/decrescimento de c, analisamos o sinal da derivada: c′(x) = 130x√ 4002 + x2 − 50 = 0 ⇒ 13x = 5√4002 + x2 ⇒ 169x2 = 25(4002 + x2) ⇒ x = ±5003 No intervalo [0, 1000], a derivada se anula apenas em x∗ = 500/3. Para verificar o sinal de c′ antes e depois de x∗, calculamos c′(0) = −50 < 0 e c′(1000) = 130000√ 4002 + 10002 − 50 = 1300√ 116 − 50 > 1100√ 121 − 50 = 50 > 0. Como a função decresce em [0, x∗] e cresce em [x∗, 1000], podemos concluir que x∗ é ponto de mínimo absoluto no intervalo de interesse [0, 1000]. O custo mínimo se dá para x∗ = 500/3, o que corresponda a √ 4002 + (500/3)2 = 1300/3 metros de cabo submerso e 2500/3 metros de cabo em solo. Questão 5: (2.0 pontos) Considere a função p(x) = 2x3 − 3x2 − 12x. (a) Determine: (i) os limites de p(x) quando x tende a −∞ e quando x tende a ∞; (ii) os intervalos onde p é crescente e aqueles onde é decrescente; (iii) os pontos de máximo e mínimo locais e/ou globais (abscissas e ordenadas); (iv) os intervalos onde a concavidade é para cima (função é convexa) e aqueles onde é para baixo (função é côncava); (v) os pontos de inflexão de p. (b) Esboce o gráfico de p, respeitando todos os aspectos do gráfico identificados no item (a). Solução: (a) (i) lim x→−∞ p(x) = −∞ e limx→∞ p(x) =∞ (ii) É necessário estudar o sinal de p′(x) = 6x2−6x−12 = 6(x+1)(x−2). Observa-se que: p′(x) = 0 em −1 e 2; p′(x) < 0 em (−1, 2) e p′(x) > 0 para x < −1 e x > 2. Assim, p é crescente nos intervalos (−∞,−1] e [2,∞) e é decrescente no intervalo [−1, 2]. (iii) Como (pelo item i) a função não é limitada nem por cima nem por baixo, não há extremos absolutos. Como o domínio é a reta inteira, os extremos locais ocorrem em pontos críticos. Como a derivada existe sempre, eles ocorrem em pontos onde a Página 5 de 6 Gabarito da Prova Final Unificada de Cálculo I - 2014.1 Politécnica e Engenharia Química - 29/05/2014(continuação) derivada se anula: −1 e 2. Analisando-se o sinal da derivada, conclui-se que −1 é ponto de máximo local e que 2 é ponto de mínimo local. Os respectivos valores da função são f(−1) = 7 e f(2) = −20. (iv) p′′(x) = 12x− 6 = 12(x− 1/2) Assim, a função é côncava (concavidade para baixo) em (−∞, 1/2] e é convexa (conca- vidade para cima) em [1/2,∞). (v) Há um ponto de inflexão em (1/2, p(1/2)) = (1/2,−13/2). (b) 2 −1 1/2 7 −20 −13/2 máx mín inf Página 6 de 6 Boa prova! M Universidade Federal do Rio de Janeiro INSTITUTO DE MATEMA´TICA DEPARTAMENTO DE MATEMA´TICA Prova Final Unificada de Ca´lculo 1 - 2013/2 Engenharia e Engenharia Qu´ımica 05/12/2013 JUSTIFIQUE SUAS RESPOSTAS 1a Questa˜o: (2,0 pts) Considere uma func¸a˜o f : R \ {−2, 1} → R com as seguintes propriedades: (a) f ′(x) < 0, para todo x no domı´nio da func¸a˜o; (b) f(0) = f(2) = 0; (c) limx→±∞ f(x) = −1; (d) f ′′(x) < 0 para x ∈ (−∞,−2) ∪ (0, 1) e f ′′(x) > 0 para x ∈ (−2, 0) ∪ (1,+∞); (e) limx→(−2)− f(x) = −∞ e limx→(−2)+ f(x) = +∞; (f) limx→1− f(x) = −∞ e limx→1+ f(x) = +∞. Fac¸a um esboc¸o do gra´fico dessa func¸a˜o. 2a Questa˜o: (1,5 pts) Fac¸a um esboc¸o da regia˜o R do plano xy limitada pelas curvas y = sen(x) e y = cos(x) e pelas retas x = 0 e x = pi/2. Expresse as grandezas abaixo utilizando integrais. Na˜o e´ preciso calcular as integrais. (a) A a´rea de R; (b) O volume do so´lido obtido pela rotac¸a˜o de R em torno do eixo x. 3a Questa˜o: (2,5 pts) Calcule: (a) lim x→0 tg x ln(2ex − 1) , (b) limx→+∞ √ x2 − 1 x , (c) ∫ 5 4 5x− 13 x2 − 5x+ 6 dx, (d) ∫ sen(ln(x)) dx, (e) f ′(x) onde f(x) = exp ( 3 √x+ sen(x2) ) ( Obs.: exp(u) = eu ). 4a Questa˜o: (2,0 pts) Um peso P deve ser mantido suspenso a 10 cm de uma barra horizontal de extremidades A e B, por um fio na forma de Y (veja figura). Sabendo que o segmento mede 8 cm, qual o fio de menor comprimento que pode ser usado? A B 10cm 8cm P 5a Questa˜o: (2,0 pts) Considere a func¸a˜o y = f(x) = ∫ sen(x/2) 0 et 2 dt. Ache a equac¸a˜o da reta r que e´ tangente ao gra´fico de f no ponto (2pi, 0). Em seguida ache as coordenadas do ponto de intersec¸a˜o da reta r com a reta s dada por: y = 3 2 x+ pi. M Universidade Federal do Rio de Janeiro INSTITUTO DE MATEMA´TICA DEPARTAMENTO DE MATEMA´TICA Prova Final Unificada de Ca´lculo 1 - 2013/2 Engenharia e Engenharia Qu´ımica 05/12/2013 JUSTIFIQUE SUAS RESPOSTAS 1a Questa˜o: (2,0 pts) Considere uma func¸a˜o f : R \ {−2, 1} → R com as seguintes propriedades: (a) f ′(x) < 0, para todo x no domı´nio da func¸a˜o; (b) f(0) = f(2) = 0; (c) limx→±∞ f(x) = −1; (d) f ′′(x) < 0 para x ∈ (−∞,−2) ∪ (0, 1) e f ′′(x) > 0 para x ∈ (−2, 0) ∪ (1,+∞); (e) limx→(−2)− f(x) = −∞ e limx→(−2)+ f(x) = +∞; (f) limx→1− f(x) = −∞ e limx→1+ f(x) = +∞. Fac¸a um esboc¸o do gra´fico dessa func¸a˜o. Soluc¸a˜o: −2 1 x y −1 2 2a Questa˜o: (1,5 pts) Fac¸a um esboc¸o da regia˜o R do plano xy limitada pelas curvas y = sen(x) e y = cos(x) e pelas retas x = 0 e x = pi/2. Expresse as grandezas abaixo utilizando integrais. Na˜o e´ preciso calcular as integrais. (a) A a´rea de R; (b) O volume do so´lido obtido pela rotac¸a˜o de R em torno do eixo x. Soluc¸a˜o: x y pi/2pi/4 A a´rea A e o o volume V sa˜o dados respectivamente por: A = ∫ pi/2 0 |cos(x)− sen(x)| dx V = ∫ pi/4 0 pi ( cos2(x)− sen2(x)) dx+ ∫ pi/2 pi/4 pi ( sen2(x)− cos2(x)) dx. Obs: Para calcular as integrais acima, temos de proceder como segue: A = ∫ pi/4 0 ( cos(x)− sen(x)) dx+ ∫ pi/2 pi/4 ( sen(x)− cos(x)) dx. Como cos2(x) = 1 + cos(2x) 2 , sen2(x) = 1− cos(2x) 2 , temos V = pi ∫ pi/4 0 cos(2x) dx− pi ∫ pi/2 pi/4 cos(2x) dx = 2pi ∫ pi/4 0 cos(2x) dx. 3a Questa˜o: (2,5 pts) Calcule: (a) lim x→0 tg x ln(2ex − 1) , (b) limx→+∞ √ x2 − 1 x , (c) ∫ 5 4 5x− 13 x2 − 5x+ 6 dx, (d) ∫ sen(ln(x)) dx, (e) f ′(x) onde f(x) = exp ( 3 √ x+ sen(x2) ) ( Obs.: exp(u) = eu ). Soluc¸a˜o: (a) Como a indeterminac¸a˜o neste caso e´ da forma “0/0”, aplicando a Regra de L’Hoˆpital, temos: lim x→0 tan(x) ln(2ex − 1) = limx→0 [ sec2(x) ( 2ex − 1 2ex )] = lim x→0 sec2(x) lim x→0 ( 2ex − 1 2ex ) = 1 2 . (b) Embora a indeterminac¸a˜o neste caso seja da forma “∞/∞”, a Regra de L’Hoˆpital na˜o se aplica, como se pode observar claramente. Por outro lado, e´ claro que √ x2 − 1 = √ x2 ( 1− 1 x2 ) = |x| √ 1− 1 x2 , ∀x 6= 0. Portanto, lim x→+∞ √ x2 − 1 x = lim x→+∞ √ 1− 1 x2 = 1. (c) As razes da equac¸a˜o x2 − 5x+ 6 = 0 sa˜o x = 3 e x = 2. Logo, podemos decompor a func¸a˜o racional em frac¸o˜es parciais: 5x− 13 x2 − 5x+ 6 = A x− 3 + B x− 2 = (A+B)x− (2A+ 3B) x2 − 5x+ 6 . A identidade se verifica se, e somente se, A e B satisfazem o sistema A+B = 5 2A+ 3B = 13 Resolvendo o sistema acima, obtemos A = 2 e B = 3. Logo, ∫ 5 4 5x− 13 x2 − 5x+ 6 dx = 2 ∫ 5 4 dx x− 3 + 3 ∫ 5 4 dx x− 2 = ln ∣∣(x− 3)2(x− 2)3∣∣5 4 = ln ( 27 2 ) . (d) Considerando a substituic¸a˜o u = ln(x), temos du = 1 x dx ⇐⇒ dx = xdu = eudu. Logo, ∫ sen ( ln(x) ) dx = ∫ sen(u)eu du. Integrando por partes duas vezes, obtemos: ∫ sen(u)eu du = sen(u)eu − ∫ cos(u)eu du = sen(u)eu − [ cos(u)eu + ∫ sen(u)eu du ] . isto e´, 2 ∫ sen(u)eu du = [ sen(u)− cos(u)]eu + C. Portanto, ∫ sen ( ln(x) ) dx = x 2 [ sen(ln(x))− cos(ln(x))]+ C. (e) Denotando u(x) = 3 √ x+ sen(x2), temos pela regra da cadeia, f ′(x) = eu(x)u′(x), onde u′(x) = 1 3 x−2/3 + 2x cos(x2). Logo, f ′(x) = exp ( 3 √ x+ sen(x2) )(1 3 x−2/3 + 2x cos(x2) ) . 4a Questa˜o: (2,0 pts) Um peso P deve ser mantido suspenso a 10 cm de uma barra horizontal de extremidades A e B, por um fio na forma de Y (veja figura). Sabendo que o segmento mede 8 cm, qual o fio de menor comprimento que pode ser usado? A B 10cm 8cm P Q x 10− x Soluc¸a˜o: Seja x a distaˆncia do ponto Q ao ponto me´dio da barra. Enta˜o o comprimento da corda mede: L(x) = 10− x+ 2 √ 16 + x2, x ∈ [0, 10]. Calculando a derivada de L(x), obtemos: L′(x) = −1 + 2x√ 16 + x2 , L′(x) = 0 ⇐⇒ √ 16 + x2 = 2x. Portanto, x = 4 √ 3/3 e´ ponto cr´ıtico de L. Observe que L′′(x) = 32 (16 + x2)3/2 > 0, ∀x ∈ (0, 10). Logo, L e´ func¸a˜o estritamente convexa e, consequentemente, x = 4 √ 3/3 ∈ (0, 10) e´ o u´nico ponto de mı´nimo global de L. Assim, o comprimento mı´nimo e´ L(4 √ 3/3) = 10− 12 √ 3 3 . 5a Questa˜o: (2,0 pts) Considere a func¸a˜o y = f(x) = ∫ sen(x/2) 0 et 2 dt. Ache a equac¸a˜o da reta r que e´ tangente ao gra´fico de f no ponto (2pi, 0). Em seguida ache as coordenadas do ponto de intersec¸a˜o da reta r com a reta s dada por: y = 3 2 x+ pi. Soluc¸a˜o: Definindo F (u) = ∫ u 0 et 2 dt, segue do Teorema Fundamental do Ca´lculo, F ′(u) = eu 2 . Como f(x) = F ( sen(x/2) ) , segue da regra da cadeia: f ′(x) = F ′ ( sen (x 2 )) cos (x 2 ) 1 2 = 1 2 esen 2(x/2) cos (x 2 ) ⇒ f ′(2pi) = −1 2 . A equac¸a˜o da reta r tangente ao gra´fico de f no ponto (2pi, 0) e´: y = f ′(2pi)(x− 2pi) = −1 2 (x− 2pi) = −x 2 + pi. Se P = (a, b) e´ o ponto onde as retas r e s se cruzam, enta˜o b = 3 2 a+ pi = −1 2 a+ pi ⇒ a = 0, b = pi. Portanto, P = (0, pi). Instituto de Matemática - IM/UFRJ Cálculo Diferencial e Integral I - MAC118 Gabarito prova final - Escola Politécnica / Escola de Química - 18/07/2013 Questão 1: (2 pontos) Considere a função y = f(x) cujo gráfico é dado na figura abaixo. Com a ajuda da figura, responda às seguintes perguntas: (i) Quais são as assíntotas horizontais e verticais ao gráfico da função f? (ii) Identifique os intervalos onde a derivada da função f é positiva e os intervalos onde a derivada da função f é negativa. (iii) Quais são os pontos críticos de f? A função f admite máximos ou mínimos locais nesses pontos? (iv) A função f é derivável em x = e? Caso seja, quanto vale f ′(e)? A função f é derivável em x = 15? Caso seja, quanto vale f ′(15)? Solução: (i) Observamos na figura que limx→−∞ f(x) = 0, portanto a reta y = 0 é uma assíntota horizontal ao gráfico da função f . Também, observamos que limx→5 f(x) = −∞ e assim a reta x = 5 é uma assíntota vertical ao gráfico da função f . (ii) A derivada da função f é positiva nos intervalos onde a função f é crescente, ou seja em (−∞, d), (5, e) e (15,+∞). A derivada da função f é negativa nos intervalos onde a função f é decrescente, ou seja em (d, 5) e (e, 15). (iii) Por definição, os pontos críticos da função f são os pontos c no domínio de f tais que f não é derivável em c ou f ′(c) = 0. Portanto, aqui os pontos críticos de f são d, e e 15. Além disso, observamos que f admite máximos locais em x = d e x = e e um mínmo local em x = 15. (iv) A função f é derivável em x = e. Como ela admite um mínimo local em x = e, vale f ′(e) = 0. Por outro lado, a função f não é derivável em x = 15, já que limx→15− f ′(x) 6= limx→15+ f ′(x). Questão 2: (2 pontos) Determine a equação da reta r passando por (0, 0), tal que a área da região limitada por r e pela curva y = x3 − x, com x > 0, seja igual a 4. Página 1 de 3 Cálculo Diferencial e IntegralI - MAC118 Gabarito prova final - Escola Politécnica / Escola de Química - 18/07/2013(continuação) Solução: Como a reta r passa pela origem, será da forma y = mx para algum m ∈ R. Calculemos as interseções da reta com a curva y = x3 − x. mx = x3 − x ⇐⇒ x = 0 ou x = ±√m+ 1. Assim, a região desejada está entre x = 0 e (por ser x > 0) x = √ m+ 1. Concluímos também que deve ter-se m ≥ −1, pois caso contrário a reta y = mx apenas interseta a curva em x = 0, não definindo assim uma região limitada. Para x entre 0 e √ m+ 1, o gráfico de y = x3 − x está sempre abaixo do gráfico da reta y = mx. Temos então 4 = ∫ √m+1 0 ( mx− (x3 − x) ) dx = [ m x2 2 − x4 4 + x2 2 ]√m+1 0 = (m+ 1) 2 2 − (m+ 1)2 4 = (m+ 1)2 4 . Portanto, deve ter-se (m+ 1)2 = 16, ou (como m ≥ −1), m+ 1 = 4. Portanto, m = 3 e a reta pretendida é y = 3x. Questão 3: (2 pontos) Calcule as integrais abaixo. (i) ∫ et√ 1− e2t dt . (ii) ∫ pi 2 0 exsenx dx . Solução: (i) Fazemos a substituição u = et ⇒ du = etdt. Portanto, vale ∫ et√ 1− e2t dt = ∫ 1√ 1− u2 du = arcsenu+ C = arcsen (e t) + C . (ii) Seja I = ∫ pi20 exsenx dx. Calculamos integrando por partes duas vezes que I = ∫ pi 2 0 ex d(− cosx) = −ex cosx ∣∣∣∣pi2 0 + ∫ pi 2 0 cos x d(ex) = 1 + ∫ pi 2 0 ex d(senx) = 1 + exsenx ∣∣∣∣pi2 0 − ∫ pi 2 0 senx d(ex) = 1 + epi2 − I . Portanto, conluímos que I = 12 ( 1 + epi2 ) . Questão 4: (2 pontos) Calcule os seguintes limites: (i) lim x→0 √ x cotg x. (ii) lim x→+∞ [ ln x+ ln ( tg (1 x ))] . Página 2 de 3 Cálculo Diferencial e Integral I - MAC118 Gabarito prova final - Escola Politécnica / Escola de Química - 18/07/2013(continuação) Solução: (i) Usamos o limite fundamental limx→0 senxx = 1 e o fato que a função : x 7→ √ x é uma função contínua para calcular lim x→0 √ x cotg x = √ lim x→0 x cosx senx = √ 1 . (ii) Usamos a mudança de variável y = 1 x , o fato que a função ln é contínua e o limite fundamental limx→0 sen yy = 1 para calcular lim x→+∞ [ ln x+ ln ( tg (1 x ))] = lim x→+∞ ln (tg(1/x) 1/x ) = lim y→0+ ln (tg y y ) = ln ( lim y→0+ sen y y cos y ) = 0 . Questão 5: (2 pontos) Os lados de um retângulo encolhem de forma tal que a área do mesmo decresce a uma taxa constante de 24 cm2/s. Sabendo-se que, em qualquer instante, a base do retângulo x decresce três vezes mais rápido que sua altura y, calcule a taxa de variação da altura no instante em que x = y = 2 cm. Solução: Seja A a área do rectângulo. Então A = xy. Derivamos essa relação com respeito ao tempo e deduzimos que −24 = A′ = x′y + xy′ . (1) Por outro lado, como a base do retângulo x decresce três vezes mais rápido que sua altura y, temos que x′ = 3y′, o que implica combinado com (1) que −24 = y′(3y + x). Portanto, no instante em que x = y = 2 cm, obtemos que y′ = −3cm/s. Justifique todas as suas respostas! Apresente seus cálculos. Duração da prova: duas horas e meia Página 3 de 3 Boa prova! UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Matema´tica PROVA FINAL UNIFICADA – CA´LCULO I POLITE´CNICA E ENGENHARIA QUI´MICA 28/02/2013. GABARITO 1a Questa˜o. (2.0 pontos). Calcule: a) f ′(x) se f(x) = √ x + √ x + ex b) lim x→0+ 1 senx ∫ senx 0 et 2 dt c) ∫ 2x √ 1 + x2 dx • Soluc¸a˜o. a) Seja f(x) = √ x + √ x + ex = ( x + (x + ex)1/2 )1/2 . Logo, f ′(x) = 1 2 ( x + (x + ex)1/2 )−1/2 · (x + (x + ex)1/2)′ = 1 2 ( x + (x + ex)1/2 )−1/2 · [1 + 1 2 (x + ex)−1/2(1 + ex) ] . b) Pela regra de L’Hoˆpital, lim x→0+ 1 senx ∫ senx 0 et 2 dt = lim x→0+ 1 cosx · d dx (∫ senx 0 et 2 dt ) . Agora, usando a regra da cadeia e o teorema fundamental do ca´lculo, obtemos que d dx (∫ senx 0 et 2 dt ) = d du (∫ u 0 et 2 dt ) · du dx = e sen 2x · cosx, onde u = senx. Logo, lim x→0+ 1 senx ∫ senx 0 et 2 dt = lim x→0+ e sen 2x = 1. c) Fazendo a substituic¸a˜o u = 1 + x2 com du = 2x dx, obtemos que∫ 2x √ 1 + x2 dx = ∫ √ u du = ∫ u1/2 du = 2 3 u3/2 + C = 2 3 (1 + x2)3/2 + C. 2a Questa˜o. (2.5 pontos). Encontre a a´rea da regia˜o R limitada pelas curvas y + x = 6 , y + x3 = 0 e 2y − x = 0. • Soluc¸a˜o. Primeiro encontramos os pontos de in- tersec¸a˜o das retas y + x = 6, y + x3 = 0 e 2y − x = 0. Temos que 6− x = −x3 ⇒ x = −2, 6− x = x 2 ⇒ x = 4, x 2 = −x3 ⇒ x = 0. Logo, os pontos de intersec¸a˜o sa˜o (−2, 8), (0, 0) e (4, 2). Portanto, a a´rea total e´ x y y + x=6y + x3=0 2y − x=0 (−2, 8) (0, 0) (4, 2) • • • A = ∫ 0 −2 6− x− (−x3) dx + ∫ 4 0 6− x− x 2 dx = ∫ 0 −2 6− x + x3 dx + ∫ 4 0 6− 3x 2 dx = [ 6x− x 2 2 + x4 4 ∣∣∣∣0 −2 + [ 6x− 3x 2 4 ∣∣∣∣4 0 = 10 + 12 = 22 u.a. 3a Questa˜o. (2.5 pontos). Considere a para´bola y = 4− x2, no primeiro quadrante. a) Encontre a equac¸a˜o da reta tangente t a` para´bola no ponto P = (x0, y0). b) Expresse a a´rea do triaˆngulo OMQ em func¸a˜o de x0. c) Encontre o ponto sobre a para´bola, tal que o triaˆngulo OMQ tenha a´rea mı´nima. d) Sabendo que a taxa de variac¸a˜o da abscissa de P e´ de 2cm/min, determine a taxa de variac¸a˜o da a´rea do triaˆngulo OMQ, quando o ponto de tangeˆncia e´ P = (1, 3). • Soluc¸a˜o. a) Se y = f(x) = 4 − x2, enta˜o a equac¸a˜o da reta t que passa pelo ponto (x0, y0) tangente ao gra´fico de f sera´ da forma (y − y0) = f ′(x0)(x− x0). Como f ′(x0) = −2x0 e y0 = 4− x20 obtemos que y = −2x0x + 4 + x20. b) Se x = 0, enta˜o y = 4 + x20. Logo, M = (0, 4 + x 2 0). Se y = 0, enta˜o 0 = −2x0x + (4 + x20). Logo, Q = ( 4 + x20 2x0 , 0 ) . Portanto, a a´rea do triaˆngulo OMQ e´ A(x0) = 1 2 ( 4 + x20 2x0 ) · (4 + x20) = (4 + x20) 2 4x0 . Observe que a construc¸a˜o do triaˆngulo OMQ so´ e´ poss´ıvel se 0 < x0 < 2. c) Devemos encontrar o valor de x0 para o qual A(x0) e´ mı´nima. Temos que A′(x0) = 2(4 + x20)(2x0)(4x0)− 4(4 + x20)2 16x20 = 4(4 + x20)(4x 2 0 − x20 − 4) 16x20 = (4 + x20)(3x 2 0 − 4) 4x20 Logo, A′(x0) = 0 ⇐⇒ x0 = 2√ 3 = 2 √ 3 3 . Como A′(x0) < 0 sempre que 0 < x0 < 2/ √ 3 e A′(x) > 0 sempre que 2/ √ 3 < x0 < 2, podemos concluir que a a´rea e´ mı´nima quando x0 = 2/ √ 3. Portanto, a a´rea do triaˆngulo OMQ sera´ mı´nima no ponto (2/ √ 3, 8/3). d) Temos que A(x0) = (4 + x20) 2 4x0 e dx0 dt = 2 cm/min. Logo, a taxa de variac¸a˜o da a´rea do triaˆngulo OMQ em relac¸a˜o ao tempo sera´ dA dt = (4 + x20)(3x 2 0 − 4) 4x20 · dx0 dt = (4 + x20)(3x 2 0 − 4) 2x20 . Quando x0 = 1 temos que dA dt ∣∣∣ x0=1 = −5 2 cm/min. 4a Questa˜o. (3.0 pontos). Considere f(x) = 2x2 − 5x + 2 x2 + 1 . (a) Verifique que f ′(x) = 5x2 − 5 (x2 + 1)2 e que f ′′(x) = −10x3 + 30x (x2 + 1)3 . (b) Ache as ass´ıntotas horizontais e verticais caso existam. (c) Identifique os intervalos onde a func¸a˜o e´ crescente e onde e´ decrescente. (d) Encontre os valores ma´ximo e mı´nimo locais e/ou globais caso existam. (e) Identifique os intervalos de concavidade para cima e para baixo e os pontos de in- flexa˜o. (f) Usando as informac¸o˜es anteriores fac¸a um esboc¸o do gra´fico de y = f(x). • Soluc¸a˜o. (a) (0.5 pontos) Usando a regra do quociente junto com a regra da cadeia, obtemos que f ′(x) = (4x− 5)(x2 + 1)− (2x2 − 5x + 2)(2x) (x2 + 1)2 = 4x3 + 4x− 5x2 − 5− 4x3 + 10x2 − 4x (x2 + 1)2 = 5x2 − 5 (x2 + 1)2 , f ′′(x) = (10x)(x2 + 1)2 − (5x2 − 5)2(x2 + 1)(2x) (x2 + 1)4 = 10x3 + 10x−20x3 + 20x (x2 + 1)3 = −10x3 + 30x (x2 + 1)3 . (b) (0.5 pontos) Temos que lim x→+∞ f(x) = limx→+∞ 2x2 − 5x + 2 x2 + 1 = lim x→+∞ x2(2− 5/x + 2/x2) x2(1 + 1/x2) = lim x→+∞ 2− 5/x + 2/x2 1 + 1/x2 = 2, De maneira ana´loga, obtemos que lim x→−∞ f(x) = 2. Logo, a reta y = 2 e´ a u´nica ass´ıntota horizontal ao gra´fico de y = f(x). Na˜o ha´ ass´ıntotas verticais uma vez que a func¸a˜o y = f(x) e´ cont´ınua em toda a reta real. (c) (0.5 pontos) Note que f e´ diferencia´vel em toda a reta real. Assim, devemos analisar o sinal da primeira derivada para determinar os intervalos de crescimento e decrescimento. Temos que f ′(x) = 5x2 − 5 (x2 + 1)2 = 5(x2 − 1) (x2 + 1)2 . Logo, f ′ se anula em x = −1 e em x = 1. O sinal de f ′ e´ determinado pelo sinal de x2 − 1 e, portanto, e´ positivo em (−∞,−1) ∪ (1,+∞) e negativo em (−1, 1). Assim, f e´ crescente em (−∞,−1) ∪ (1,+∞) e decrescente em (−1, 1). (d) (0.5 pontos) Segue do Teste da Primeira Derivada que f possui um ma´ximo em x = −1 com f(−1) = 9/2 e um mı´nimo em x = 1 com f(1) = −1/2. (e) (0.5 pontos) Analisemos o sinal da segunda derivada: f ′′(x) = −10x3 + 30x (x2 + 1)3 = −10x(x2 − 3) (x2 + 1)3 Temos que f ′′ e´ positiva nos intervalos (−∞,−√3) e (0,√3) e negativa nos intervalos (−√3, 0) e (√3,+∞). Conclu´ımos, portanto, que o gra´fico de y = f(x) e´ coˆncavo para baixo em (− √ 3, 0) ∪ ( √ 3,+∞) e coˆncavo para cima em (−∞,− √ 3) ∪ (0, √ 3). Consequentemente, (−√3, 2−5√3/4), (0, 0) e (√3, 2+5√3/4) sa˜o pontos de inflexa˜o. (f) (0.5 pontos) Figura 1: Gra´fico (a) y(x) = 2x 2−5x+2 x2+1 ��� ���@@ @@ @@ ��� ���@@ @@ @@ @@@ @@@�� �� �� @@@ @@@�� �� �� Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Matema´tica - Departamento de Me´todos Matema´ticos GABARITO DA PROVA FINAL UNIFICADA de CA´LCULO I – 03/07/2012 Escola Polite´cnica e Escola de Qu´ımica Questa˜o 1 (3,0 pontos.) Sejam A > 0 e B > 0 nu´meros reais e considere a func¸a˜o f : R → R definida por f(x) = e Ax − e−Bx 2x , para x 6= 0, 1, para x = 0. (a) Calcule f ′(x), para x 6= 0. (b) Calcule limx→0 f ′(x) (c) Se fixarmos f ′(0) = 0, qual deve ser o valor de A e B para que f e f ′ sejam cont´ınuas em x = 0. Soluc¸a˜o. (a) Se x 6= 0, temos que f ′(x) = (A eAx +B e−Bx)2x− 2(eAx − e−Bx) 4x2 = AxeAx +Bxe−Bx − eAx + e−Bx 2x2 = (Ax− 1)eAx + (Bx+ 1)e−Bx 2x2 . (b) Usando L’Hoˆspital, obtemos que lim x→0 f ′(x) = lim x→0 (Ax− 1)eAx + (B x+ 1)e−Bx 2x2 = lim x→0 A eAx + (Ax− 1)A eAx +B e−Bx − (Bx+ 1)B e−Bx 4x = lim x→0 2A2 eAx + (Ax− 1)A2 eAx − 2B2 e−Bx + (Bx+ 1)B2 e−Bx 4 = 2A2 −A2 − 2B2 +B2 4 = A2 −B2 4 (c) Fixemos f ′(0) = 0. Para que f seja cont´ınua devemos ter que lim x→0 eAx − e−Bx 2x = lim x→0 A eAx +B e−Bx 2 = A+B 2 = 1 Logo, temos o seguinte sistema A+B 2 = 1 e A2 −B2 4 = 0. Consequentemente, A2 = B2 ⇒ A = B. Portanto, A = 1 e B = 1. Questa˜o 2. Considere a para´bola y = x2 + 5. (a) Ache as retas tangentes a` para´bola nos pontos cuja abscissa e´ x = 2 e x = −2. (b) Calcule a a´rea da regia˜o limitada pela para´bola e pelas duas retas tangentes do item (a). Soluc¸a˜o. (a) O coeficiente angular da reta tangente a` y = x2 + 5 no ponto (x, y) e´ 2x. Portanto, no ponto (2, 9) e´ 4 e no ponto (−2, 9) e´ −4. Colocando na equac¸a˜o da reta y−y0 = m(x−x0), obtemos que a reta tangente no ponto (2, 9) e´ y = 4x+ 1 e no ponto (−2, 9) e´ y = −4x+ 1. (b) A figura abaixo e´ um esboc¸o da regia˜o cuja a´rea vamos calcular. Por simetria, basta calcular a a´rea da regia˜o contida no primeiro quadrante e multiplicar por 2. Portanto, A = 2 ∫ 2 0 [(x2 + 5)− (4x+ 1)]dx = 2 ∫ 2 0 (x2 − 4x+ 4)dx = (x 3 3 − 2x2 + 4x) ∣∣∣∣x=2 x=0 = 16 3 . Questa˜o 3 (2,0 pontos) Resolva as integrais indefinidas abaixo: (a) ∫∞ 0 x 2e− x 2 dx (b) ∫ √ x2−2 x dx Soluc¸a˜o. (a) A integral desejada e´ impro´pria. Portanto, ∫∞ 0 x 2e− x 2 dx = lim b→0 ∫ b 0 x2e− x 2 dx. Fazendo inte- grac¸a˜o por partes duas vezes, vamos ter ∫ x2e− x 2 dx = −2x2e−x2 + 4 ∫ xe−x2 dx = −2x2e−x2 − 8xe−x2 + 8 ∫ e−x2 dx = −2x2e−x2 − 8xe−x2 − 16e−x2 + C Pelo Teorema Fundamental do Ca´lculo,∫ b 0 x2e− x 2 dx = 16− 2b2e−b2 − 8be−b2 − 16e−b2 Portanto, ∫ ∞ 0 x2e− x 2 dx = lim b→∞ (16− 2b2e−b2 − 8be−b2 − 16e−b2 ). Para calcular o limite com b tendendo a infinito, primeiro note que lim b→∞ e− b 2 = 0. Ja´ os limites lim b→∞ b2e− b 2 , lim b→∞ be− b 2 sa˜o indeterminac¸o˜es do tipo 0 ·∞. Por L’ Hospital, temos que lim b→∞ b2e− b 2 = lim b→∞ b2 e b 2 = lim b→∞ 2b 1 2e b 2 = lim b→∞ 2 1 4e b 2 = 0 e lim b→∞ be− b 2 = lim b→∞ b e b 2 = lim b→∞ 1 1 2e b 2 = 0 Da´ı, segue que ∫ ∞ 0 x2e− x 2 dx = 16. (b) Fac¸a a substituic¸a˜o x = √ 2 sec(θ). Nesse caso, dx = √ 2 sec(θ)tg(θ) dθ e, portanto,∫ √ x2 − 2 x dx = ∫ √ 2 tg(θ)√ 2 sec(θ) √ 2 sec(θ)tg(θ) dθ = √ 2 ∫ tg2(θ) dθ Para resolver a integral em func¸a˜o de θ, lembre-se que tg2(θ) = sec2(θ)− 1. Portanto, √ 2 ∫ tg2(θ) dθ = √ 2 (∫ sec2(θ) dθ − ∫ dθ ) = √ 2(tg(θ)− θ) + C Para voltar com a varia´vel x, estudamos o triaˆngulo abaixo √ 2 √ x2−2 x θ Segue dele que tg(θ) = √ x2 − 2√ 2 . Portanto, ∫ √ x2 − 2 x dx = √ x2 − 2− √ 2 arcsec ( x√ 2 ) + C Questa˜o 4. (3,0 pontos) Considere a func¸a˜o definida por f(x) = x (x+ 2)3 . Determine, justificando: 1. O domı´nio de f e as ass´ıntotas horizontais e verticais, caso existam. 2. Os intervalos onde f e´ crescente e onde f e´ decrescente e os pontos de ma´ximo e de mı´nimo relativos, caso existam. 3. Os intervalos onde o gra´fico de f e´ coˆncavo para cima e onde e´ coˆncavo para baixo e os pontos de inflexa˜o, caso existam. 4. O esboc¸o do gra´fico de f e os extremos absolutos, caso existam. Soluc¸a˜o. 1. A func¸a˜o esta´ bem definida para todo R exceto para x = −2. Logo, Dom(f) = R \ {−2} = (−∞,−2) ∪ (−2,+∞). Usando a regra de L’Hospital, temos que lim x→−∞ x (x+ 2)3 = lim x→−∞ 1 3(x+ 2)2 = 0, lim x→+∞ x (x+ 2)3 = lim x→+∞ 1 3(x+ 2)2 = 0. Logo, a reta y = 0 e´ uma ass´ıntota horizontal do gra´fico de f . Estudando o sinal de f , obtemos que lim x→−2− x (x+ 2)3 = +∞ e lim x→−2+ x (x+ 2)3 = −∞. Logo, a reta x = −2 e´ uma ass´ıntota vertical do gra´fico de f . 2. Temos que f ′(x) = (x+ 2)3 − 3x(x+ 2)2 (x+ 2)6 = 2− 2x (x+ 2)4 , x 6= −2. Logo, o ponto cr´ıtico de f e´ x = 1. Note que x = −2 na˜o e´ um ponto cr´ıtico, pois a func¸a˜o f na˜o esta´ definida nesse ponto. Estudando o sinal de f ′ obtemos que: - f ′(x) > 0, para todo x ∈ (−∞,−2)∪(−2, 1). Logo, f e´ crescente no intervalo (−∞,−2)∪ (−2, 1). - f ′(x) < 0, para todo x ∈ (1,+∞). Logo, f e´ decrescente no intervalo (1,+∞). Segue do teste da primeira derivada que f possui um ma´ximo local em x = 1 com f(1) = 1 27 . 3. Temos que f ′′(x) = −2(x+ 2)4 − 4(2− 2x)(x+ 2)3 (x+ 2)8 = 6x− 12 (x+ 2)5 Estudando o sinal de f ′′ obtemos que: - f ′′(x) > 0, para todo x ∈ (−∞,−2) ∪ (2,+∞). Logo, f tem concavidade para cima no intervalo (−∞,−2) ∪ (2,+∞). - f ′′(x) < 0, para todo x ∈ (−2, 2). Logo, f tem concavidade para baixo no intervalo (−2, 2). Consequentemente, (2, 1/32) e´ um ponto de inflexa˜o. 4. Esboc¸o do gra´fico. Finalmente, podemos concluir do gra´fico que o ponto (1, 1/27) e´ apenas um ponto de ma´ximo local, visto que lim x→−2− x (x+ 2)3 = +∞ e lim x→−2+ x (x+ 2)3 = −∞. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Matema´tica PROVA FINALUNIFICADA – CA´LCULO I POLITE´CNICA E ENGENHARIA QUI´MICA 01/12/2011. GABARITO 1a Questa˜o. (2.5 pontos). Determine a equac¸a˜o da reta que passa pelo ponto (−2, 1) e que faz com os eixos coorde- nados um triaˆngulo, no segundo quadrante, de modo que o volume do so´lido obtido pela rotac¸a˜o do triaˆngulo em torno do eixo y seja mı´nimo. • Soluc¸a˜o. Na figura ao lado, sejam x : Base do triaˆngulo. y : Altura do triaˆngulo. A func¸a˜o a ser minimizada e´ o volume de um cone de raio x e altura y, isto e´ V = pi 3 x2y, onde y x = 1 x− 2 ⇒ y = x x− 2. x y 1 −2 • (x − 2) x y (−2, 1) Logo, V (x) = pi 3 x3 x− 2 que e´ cont´ınua em (2,+∞). Derivando temos V ′(x) = pi 3 3x2(x− 2)− x3 (x− 2)2 = pi 3 2x3 − 6x2 (x− 2)2 . Assim, V ′(x) existe, para todo x ∈ (2,+∞). Pontos cr´ıticos V ′(x) = 0 =⇒ 2x2(x− 3) = 0 =⇒ x = 3 ∈ (2,+∞). Estudando o sinal de V ′(x) temos (i) V ′(x) < 0 no intervalo (2, 3). (ii) V ′(x) > 0 no intervalo (3,+∞). Logo, como V (x) e´ cont´ınua em (2,+∞), V (x) tem um mı´nimo absoluto em x = 3. Alem disso, para x = 3 temos que y = 3. Portanto a reta passa pelos ponto (−3, 0) e (3, 0). Logo a equac¸a˜o da reta esta´ dada por x −3 + y 3 = 1 =⇒ y = x+ 3. 2a Questa˜o. (2.0 pontos). Calcule (a) lim x→2 √ x+ 2−√2x x2 − 2x . 1 (b) ∫ pi/2 0 sen(2x) sen2(x)− sen(x)− 2dx. • Soluc¸a˜o. (a) Analisando separadamente o numerador e o denominador respectivamente temos que lim x→2 = √ x+ 2− √ 2x = 0 e lim x→2 = x2 − 2x = 0. Resultando numa indeterminac¸a˜o “0 0 ”. Uma das hipo´teses exigidas pelo Teorema do L’Hospital. Sabendo que as func¸o˜es envolvidas esta˜o satisfazendo as hipo´teses restantes, temos pelo L’Hospital que lim x→2 √ x+ 2−√2x x2 − 2x = limx→2 1 2 √ x+2 − 1√ 2x 2x− 2 . Organizando melhor o u´ltimo limite, temos que lim x→2 1 2 √ x+2 − 1√ 2x 2x− 2 = limx→2 √ 2x− 2√x+ 2 (2 √ x+ 2 √ 2x)(2x− 2) . De novo, analisando separadamente o numerador e o denominador respectivamente encontramos que lim x→2 √ 2x− 2√x+ 2 = −2 e lim x→2 (2 √ x+ 2 √ 2x)(2x− 2) = 16. Logo, chegamos no resultado do limite abaixo lim x→2 √ x+ 2−√2x x2 − 2x = limx→2 1 2 √ x+2 − 1√ 2x 2x− 2 = − 1 8 . (b) Usaremos a identidade sen(2x) = 2sen(x) cos(x) e a substituic¸a˜o u = sen(x) (dx = cos(x)dx), para deduzir que x = 0 −→ u = 0 x = pi 2 −→ u = 1. Portanto, substituindo temos I = ∫ pi/2 0 sen(2x) sen2(x)− sen(x)− 2dx = ∫ 1 0 2u u2 − u− 2du = ∫ 1 0 2u (u− 2)(u+ 1)du. Por frac¸o˜es parciais 2u (u− 2)(u+ 1) = A (u− 2) + B (u+ 1) =⇒ A = 4 3 e B = 2 3 . Logo I = ∫ 1 0 2u (u− 2)(u + 1)du = 4 3 ∫ 1 0 1 (u− 2)du+ 2 3 ∫ 1 0 1 (u+ 1) du = 4 3 ln |u− 2| ∣∣∣1 0 + 2 3 ln |u+ 1| ∣∣∣1 0 = −4 3 ln(2) + 2 3 ln(2) = −2 3 ln(2). 2 3a Questa˜o. (2.5 pontos). Seja a func¸a˜o f(y) = ∫ y 0 √ sec4(t)− 1dt. 1. Calcule o(s) ponto(s) cr´ıtico(s) de f(y) no intervalo [−pi 4 , pi 4 ]. 2. Determine o comprimento de f(y) no intervalo [−pi 4 , pi 4 ]. • Soluc¸a˜o. 1. Pelo Teorema Fundamental do Ca´lculo temos que f ′(y) = √ sec4(y)− 1. Encontrando os pontos cr´ıticos: f ′(y) = √ sec4(y)− 1 = 0 ⇒ sec4(y) = 1 ⇒ sec(y) = ±1. Como y ∈ [−pi 4 , pi 4 ] devemos ter sec(y) = 1. Logo y = 0 e´ o u´nico nu´mero cr´ıtico de f em [−pi 4 , pi 4 ]. 2. O comprimento do gra´fico de f no intervalo dado e´ ∫ pi 4 −pi 4 √ 1 + (f ′(y))2dy = ∫ pi 4 −pi 4 √ 1 + (sec(y)4 − 1)dy = ∫ pi 4 −pi 4 sec2(y)dy = tg (y) ∣∣pi4 −pi 4 = 2. 4a Questa˜o. (3.0 pontos). Dada a func¸a˜o f(x) = 1 + ln(x) x . Determine, justificando: 1. O domı´nio de f e as ass´ıntotas horizontais e verticais, caso existam. 2. Os intervalos onde f e´ crescente e onde f e´ decrescente e os pontos de ma´ximos e de mı´nimos relativos, caso existam. 3. Os intervalos onde o gra´fico de f e´ coˆncavo para cima e onde e´ coˆncavo para baixo e os pontos de inflexa˜o, caso existam. 4. O esboc¸o do gra´fico de f e os extremos absolutos, caso existam. • Soluc¸a˜o. 1. Domı´nio de f : (0,+∞). Ca´lculo de ass´ıntotas (usando L’Hospital): lim x→+∞ f(x) = lim x→+∞ 1 + ln(x) x = lim x→+∞ 1/x 1 = lim x→+∞ 1 x = 0. Logo, a reta y = 0 e´ uma ass´ıntota horizontal ao gra´fico de f . Ale´m disso lim x→0+ f(x) = lim x→0+ 1 + ln(x) x = −∞. Portanto a reta x = 0 e´ uma ass´ıntota vertical ao gra´fico de f . 2. Pontos cr´ıticos: f ′(x) = 1 x .x− 1(1 + ln(x)) x2 = 1− 1− ln(x) x2 = − ln(x) x2 . Assim, f ′(x) = 0 se e somente se x = 1. Portanto x = 1 e´ um nu´mero cr´ıtico de f . Estudando o sinal de f ′(x): (i) f ′(x) < 0 para x > 1. Enta˜o f e´ decrescente em (1,+∞). 3 (ii) f ′(x) > 0 para 0 < x < 1. Enta˜o f e´ crescente em (0, 1). Enta˜o, pelo teste da derivada primeira, f tem um ma´ximo relativo em x = 1. Ma´x. relativo : f(1) = 1. 3. Como f ′(x) = − ln(x) x2 , enta˜o f ′′(x) = −1 x .x2 + 2x ln(x) x4 = −x+ 2x ln(x) x4 = −1 + 2 ln(x) x3 , logo, f ′′(x) existe, para todo x > 0. Tambem f ′′(x) = 0 =⇒ −1 + 2 ln(x) =⇒ ln(x) = 2 =⇒ x = e1/2. Assim, estudando o sinal de f ′′(x) teremos: (i) f ′′(x) < 0 para 0 < x < e1/2. Enta˜o f e´ coˆncava para baixo em (0, e1/2). (ii) f ′′(x) > 0 para x > e1/2. Enta˜o f e´ coˆncava para cima em (e1/2,+∞). Logo, o gra´fico de f tem um ponto de inflexa˜o em x = e1/2. Ponto de Inflexa˜o : (e1/2, 3 2e1/2 ). 4. Esboc¸o do gra´fico. x y e −1 1 1 e 1/2 3 2e 1/2 Finalmente, podemos conclu´ır do gra´fico que f(1) = 1 e´ o ma´ximo absoluto de f , pois f(x) ≤ 1 para todo x ∈ (0,+∞). 4 Universidade Federal do Rio de Janeiro INSTITUTO DE MATEMA´TICA Departamento de Me´todos Matema´ticos Prova Final Unificada de Ca´lculo I - Polite´cnica e Engenharia Qu´ımica 30/06/2011 1a Questa˜o: (2 pontos) Considere a para´bola y = 12− x2, no primeiro quadrante. a) Encontre a equac¸a˜o da reta tangente a` para´bola, passando pelo ponto P0 = (x0, y0). b) Encontre a a´rea do triaˆngulo determinado pelo eixo x, eixo y e a reta tangente do item anterior, no primeiro quadrante. c) Encontre o ponto P0 sobre a para´bola, tal que o triaˆngulo do item anterior tenha a´rea mı´nima. Justifique. 2a Questa˜o: (2 pontos) Seja r a reta tangente ao gra´fico de f(x) = x2 tg x+ senx e2x no ponto (0 , 0) e seja s a reta tangente a` curva x4 + y4 = x+ y no ponto (1 , 1). Pergunta-se: as retas r e s sa˜o paralelas? Perpendiculares? Nem paralelas nem perpen- diculares? Justifique sua resposta!!! 3a Questa˜o: (3 pontos) Calcule a) ∫ ∞ 0 e−5xx2 dx b) ∫ x√ 3x+ 1 dx 4a Questa˜o: (3 pontos) a) Calcule o comprimento de arco da curva x2 = (2y)3, 1 ≤ x ≤ 2√2. b) Calcule a a´rea limitada pela curva x = 1− 1 y2 e as retas x = 1, y = 1 e y = 4. Fac¸a um esboc¸o da a´rea que esta´ calculando. JUSTIFIQUE SUAS RESPOSTAS ! Boa Sorte!!! Universidade Federal do Rio de Janeiro INSTITUTO DE MATEMA´TICA Departamento de Me´todos Matema´ticos Prova Final Unificada de Ca´lculo I - Polite´cnica e Engenharia Qu´ımica 30/06/2011 1a Questa˜o: (2 pontos) Considere a para´bola y = 12− x2, no primeiro quadrante. a) Encontre a equac¸a˜o da reta tangente a` para´bola, passando pelo ponto P0 = (x0, y0). b) Encontre a a´rea do triaˆngulo determinado pelo eixo x, eixo y e a reta tangente do item anterior, no primeiro quadrante. c) Encontre o ponto P0 sobre a para´bola, tal que o triaˆngulo do item anterior tenha a´rea mı´nima. Justifique. Soluc¸a˜o a) A reta tangentee´ dada por: y = (12− x20) + (−2x0)(x− x0) = 12− 2x0x+ x20. b) A intersec¸a˜o da reta tangente com o eixo x e´ obtida fazendo y = 0: x = 12 + x20 2x0 . A intersec¸a˜o da reta tangente com o eixo y e´ obtida fazendo x = 0: y = 12 + x20. Logo a a´rea e´ dada por: A(x0) = (12 + x20) 2 ( 12 + x20 2x0 ) = (12 + x20) 2 4x0 , 0 < x0 ≤ √ 12. c) Procurando por pontos cr´ıticos: A′(x0) = 3(12 + x20)(x 2 0 − 4) 4x20 = 0 quando x0 = 2; logo temos um u´nico ponto cr´ıtico, x0 = 2. Como A′(x0) < 0 se 0 < x0 < 2, a func¸a˜o e´ decrescente em (0, 2). Como A′(x0) > 0 se x0 > 2, a func¸a˜o e´ crescente em (2, √ 12). Logo, o ponto (2, 8) e´ ponto de mı´nimo local. Como A(x0) e´ uma func¸a˜o cont´ınua em (0, √ 12 ] com um u´nico ponto cr´ıtico em (0, √ 12 ], o ponto (2, 8) e´ de mı´nimo absoluto. 2a Questa˜o: (2 pontos) Seja r a reta tangente ao gra´fico de f(x) = x2 tg x+ senx e2x no ponto (0 , 0) e seja s a reta tangente a` curva x4 + y4 = x+ y no ponto (1 , 1). Pergunta-se: as retas r e s sa˜o paralelas? Perpendiculares? Nem paralelas nem perpen- diculares? Justifique sua resposta!!! Soluc¸a˜o f ′(x) = 2x tg x+ x2 sec2 x+ cosxe2x − 2 sen xe2x e4x . Enta˜o f ′(0) = 1, ou seja, o coeficiente angular da reta r vale 1. Por outro lado, derivando implicitamente os dois membros da equac¸a˜o x4 + y4 = x + y obtemos 4x3 + 4y3y′ = 1 + y′. Logo, no ponto (1 , 1), encontramos y′ = −1 que e´ o coeficiente angular da reta s. Como o produto dos coeficientes angulares das duas retas e´ igual a −1, conclu´ımos que elas sa˜o perpendiculares. 2 3a Questa˜o: (3 pontos) Calcule a) ∫ ∞ 0 e−5xx2 dx b) ∫ x√ 3x+ 1 dx Soluc¸a˜o a) Vamos calcular a integral indefinida usando o me´todo de integrac¸a˜o por partes. Esco- lhemos u = x2 e dv = e−5xdx, obtendo du = 2x dx e v = e−5x −5 . Logo,∫ e−5xx2 dx = e−5x −5 x 2 − ∫ e−5x −5 2x dx = − e−5x 5 x2 + 2 5 ∫ e−5xx dx. Usando novamente o me´todo de integrac¸a˜o por partes, escolhendo u = x e dv = e−5xdx e obtendo du = dx e v = e−5x −5 , temos: −e −5x 5 x2 + 2 5 ∫ e−5xx dx = −e −5x 5 x2 + 2 5 ( e−5x −5 x− ∫ e−5x −5 dx ) = = −e −5x 5 x2 − 2 25 e−5xx+ 2 25 ∫ e−5x dx. Logo, ∫ e−5xx2 dx = −e −5x 5 x2 − 2 25 e−5xx− 2 125 e−5x + C. Portanto∫ ∞ 0 e−5xx2 dx = lim b→∞ ∫ b 0 e−5xx2 dx = lim b→∞ [ −e −5b 5 b2 − 2 25 e−5bb− 2 125 e−5b ] − [ − 2 125 ] , onde lim b→∞ 2 125e5b = 0 e por L’Hospital, lim b→∞ 2b 25e5b = lim b→∞ 2 125e5b = 0, lim b→∞ b2 5e5b = lim b→∞ 2b 25e5b = 0. Concluindo, ∫ ∞ 0 e−5xx2 dx = 2 125 . b) Fazendo a substituic¸a˜o u = 3x+ 1, obtemos x = u− 1 3 e dx = du 3 . Assim, ∫ x√ 3x+ 1 dx = ∫ u− 1 9 √ u du = 1 9 ∫ ( u1/2 − u−1/2) du = 1 9 ( 2u3/2 3 − 2u1/2 ) + C = = 1 9 [ 2(3x+ 1)3/2 3 − 2(3x+ 1)1/2 ] + C 3 4a Questa˜o: (3 pontos) a) Calcule o comprimento de arco da curva x2 = (2y)3, 1 ≤ x ≤ 2√2. b) Calcule a a´rea limitada pela curva x = 1− 1 y2 e as retas x = 1, y = 1 e y = 4. Fac¸a um esboc¸o da a´rea que esta´ calculando. Soluc¸a˜o a) O comprimento da curva e´ dado por∫ 2√2 1 √ 1 + (y′(x))2 dx. Como y = x2/3 2 , temos √ 1 + (y′(x))2 = √ 9x2/3 + 1 3x1/3 . Fazendo a substituic¸a˜o u = 9x2/3 + 1, obtemos dx 3x1/3 = du 18 . Logo ∫ √ 9x2/3 + 1 3x1/3 dx = 1 18 ∫ u1/2 du = u3/2 27 + C = (9x2/3 + 1)3/2 27 + C. Assim, o comprimento da curva e´: (19)3/2 − (10)3/2 27 . b) Um esboc¸o da a´rea pode ser obtido, trocando a posic¸a˜o dos eixos x e y, como na figura abaixo. Calculando a a´rea,∫ 4 1 1− ( 1− 1 y2 ) dy = ∫ 4 1 1 y2 dy = −1 4 + 1 = 3 4 . 4 DEPARTAMENTO de ME´TODOS MATEMA´TICOS INSTITUTO DE MATEMA´TICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO GABARITO da PROVA FINAL UNIFICADA de CA´LCULO I 13 de dezembro de 2010 Questa˜o 1. (1,5 pontos) Seja f(x) = 2x2 − x. Determine o ponto do gra´fico de f onde a tangente e´ paralela a` reta 3x− y − 4 = 0 e encontre uma equac¸a˜o dessa reta tangente. Soluc¸a˜o. Seja P = (xp, yp) o ponto procurado. Enta˜o, f ′(P ) e´ igual ao coeficente angular da reta dada. Como o coeficiente angular da reta 3x− y − 4 = 0 e´ 3, temos f ′(P ) = 3, isto e´, 4xp − 1 = 3. Logo, xp = 1 e P e´ o ponto (1, f(1)) = (1, 1). Portanto, a reta pedida tem equac¸a˜o y − 1 = 3(x− 1) ou y = 3x− 2. Questa˜o 2. (3,5 pontos) Seja f(x) = x2 x2 − 1. Obtenha, caso existam: (a) As ass´ıntotas horizontais e verticais do gra´fico de f . (b) Os intervalos onde f e´ crescente e onde e´ decrescente. (c) Os intervalos onde o gra´fico de f e´ coˆncavo para cima, onde e´ coˆncavo para baixo e os pontos de inflexa˜o. Usando as informac¸o˜es acima, esboce o gra´fico de f e determine seus valores extremos (relativos e absolutos) caso existam. Soluc¸a˜o. (a) Ass´ıntotas Horizontais. lim x→±∞ x2 x2 − 1 = limx→±∞ 1/x2 1 + 1/x2 = 1. Logo, y = 1 e´ uma ass´ıntota horizontal do gra´fico de f . Ass´ıntotas Verticais. Como so´ existem ass´ıntotas verticais nos nu´meros onde a func¸a˜o na˜o e´ cont´ınua, vamos verificar o que ocorre em x = ±1. Note que lim x→1+ x2 x2 − 1 = limx→−1− x2 x2 − 1 = +∞, pois x2 − 1 = (x+ 1)(x− 1)→ 0+ quando x→ 1+ ou x→ −1−. Ale´m disso, lim x→1− x2 x2 − 1 = limx→−1+ x2 x2 − 1 = −∞, pois x2 − 1 = (x+ 1)(x− 1)→ 0− quando x→ 1− ou x→ −1+. Logo, x = 1 e x = −1 sa˜o ass´ıntotas verticais do gra´fico de f . (b) f ′(x) = −2x (x2 − 1)2 . Como (x2 − 1)2 e´ maior que zero para x 6= ±1, f ′(x) > 0 ⇔ −2x > 0. Enta˜o, f e´ crescente nos intervalos (−∞,−1) e (−1, 0). Analogamente f ′(x) < 0⇔ −2x < 0. Logo, f e´ decrescente nos intervalos (0, 1) e (1,+∞). Em vista disso, (0, f(0)) e´ ponto de ma´ximo relativo. (c) f ′′ (x) = 6x2 + 2 (x2 − 1)3 . Como 6x2 + 2 e´ sempre maior que zero, se x ∈ (−∞,−1) ∪ (1,+∞), f ′′(x) > 0 e o gra´fico de f e´ coˆncavo para cima. Se x ∈ (−1, 1), f ′′(x) < 0 e o gra´fico de f e´ coˆncavo para baixo. Reunindo as informac¸o˜es acima, obtemos o gra´fico ao lado. Valores extremos. De acordo com o item (b) e da observac¸a˜o do gra´fico, temos apenas o ma´ximo relativo 0 em x = 0. Questa˜o 3. (2,0 pontos) Seja R a regia˜o delimitada por cima pela curva y = −x2 + 5 e por baixo pela curva y = 4/x2. Desenhe a regia˜o R e calcule sua a´rea. Soluc¸a˜o. Para achar os pontos de intersec¸a˜o das curvas, basta resolver a equac¸a˜o 4/x2 = −x2 + 5, que e´ equivalente a` equac¸a˜o biquadra´tica x4 − 5x2 + 4 = 0. Suas ra´ızes sa˜o x = ±1 e x = ±2. A regia˜o R esta´ compreendida entre as curvas nos intervalos [−2,−1] e [1, 2], pois somente nesses intervalos y = −x2 + 5 esta´ acima de y = 4/x2. Portanto, a a´rea de R e´ A = ∫ −1 −2 (−x2 + 5− 4 x2 ) dx+ ∫ 2 1 (−x2 + 5− 4 x2 ) dx. Por simetria, basta calcular a segunda integral (as func¸o˜es sa˜o pares!). Pelo Teorema Fundamental do Ca´lculo, temos∫ 2 1 (−x2 + 5− 4 x2 ) dx = ( −x 3 3 + 5x+ 4 x )∣∣∣∣x=2 x=1 = (−8 3 + 10 + 2)− (−1 3 + 5 + 4) = 2 3 . Logo, A = 2 3 + 2 3 = 4 3 . Questa˜o 4. (3,0 pontos) Calcule: (a) ∫ e2t√ 1− et dt (b) ∫ 1√ 4 + x2 dx . Soluc¸a˜o. (a) Soluc¸a˜o 1: Substituic¸a˜o simples. Esta integral admite va´rias formas de soluc¸a˜o via substituic¸a˜o simples. Uma delas e´ reescreveˆ-la na forma∫ et(1− et)− 12 etdt e tomar w = 1 − et. Assim, −dw = etdt e et = 1 − w. Fazendo a substituic¸a˜o na integral acima, ∫ (1− w)w− 12 (−dw) = ∫ (w 1 2 − w− 12 )dw = 2 3 w 32 − 2w 12 + C. Substituindo o valor de w,∫ e2t√ 1− etdt = 2 3 (1− et) 32 − 2(1− et) 12 + C. Soluc¸a˜o 2: Integrac¸a˜o por partes. Uma outra forma de resolver e´ aplicando o me´todo de integrac¸a˜o por partes: ∫ udv = uv − ∫ vdu. Fazendo u = et e dv = et(1− et)− 12dt, resulta que du = etdt e v = ∫ et(1− et)− 12dt. Para resolver esta u´ltima integral, basta fazer uma substituic¸a˜o simples da forma w = 1− et. Teremos −dw = etdt. Enta˜o, v = ∫ w− 1 2 (−dw) = −2w 12 = −2(1− et) 12 . Aplicando na fo´rmula de integrac¸a˜o por partes,∫ et(1− et)− 12 etdt = −2et(1− et) 12 − ∫ −2(1− et) 12 etdt. Esta u´ltima integral e´ resolvida de forma semelhante a`quela feita para encontrar o valor de v. Portanto,∫ e2t√ 1− etdt = ∫ et(1− et)− 12 etdt = −2et(1− et) 12 − 4 3 (1− et) 32 + C. Manipulando-se os resultados encontrados na primeira e na segunda soluc¸a˜o, chega-se a∫ e2t√ 1− etdt = ∫ et(1− et)− 12 etdt = 2 3 (1− et) 12 (et + 2) + C. (b) Substituic¸a˜o trigonome´trica. Tomando x = 2 tg θ, com θ ∈ (−pi/2, pi/2), obtemos √4 + x2 = 2 sec θ e dx = 2 sec2 θ dθ . Substituindo, ∫ 1√ 4 + x2 dx = ∫ sec θ dθ = ln | tg θ + sec θ|+ C. Observando os valores de tg θ e sec θ utilizados na substituic¸a˜o acima, obtemos∫ 1√ 4 + x2 dx = ln ∣∣∣∣∣x2 + √ 4 + x2 2 ∣∣∣∣∣+ C = ln ∣∣∣x+√4 + x2∣∣∣+ C. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE MATEMA´TICA PROVA FINAL de CA´LCULO I – 2010/1 GABARITO Questa˜o 1.(1,5 pontos) Considere a curva S em R2 definida pela func¸a˜o x = f(y) = e y−3 2 + e 3−y 2 . Determine o comprimento de S entre os pontos P = ( e −3 2 (1 + e3), 0 ) e Q = (2, 3). Soluc¸a˜o. O comprimento de arco e´ dado por : ∫ Q P √ 1 + (x′(y))2 dy. Assim, dx dy = 1 2 [ e y−3 2 − e 3−y2 ] =⇒ (x′(y))2 = 1 4 [ ey−3 + e3−y − 2] . Logo, ∫ Q P √ 1 + (x′(y))2dy = ∫ Q P √ 1 4 [ e y−3 2 + e 3−y 2 ]2 dy = [ e y−3 2 − e 3−y2 ] ∣∣∣∣3 0 = e−3/2(e3 − 1). Questa˜o 2.(2,0 pontos) Seja f(x) = x2/3 (x− 6)2/3 . Sabendo que f ′(x) = − 4 x1/3(x− 6)5/3 , determine, caso existam: (a) As ass´ıntotas horizontais e verticais do gra´fico de f . (b) Os intervalos onde f e´ crescente e onde e´ decrescente. (c) Os valores ma´ximos e mı´nimos relativos e/ou absolutos de f . Soluc¸a˜o. (a) Ass´ıntotas horizontais: lim x→+∞ x2/3 (x− 6)2/3 = limx→+∞ x2/3 x2/3(1− 6/x)2/3 = limx→+∞ 1 (1− 6/x)2/3 = 1 . De forma similar, lim x→−∞ x2/3 (x− 6)2/3 = 1 . Logo, a reta y = 1 e´ uma ass´ıntota horizontal. Ass´ıntotas verticais: lim x→6− x2/3 (x− 6)2/3 = limx→6+ x2/3 (x− 6)2/3 = +∞ . Assim, a reta x = 6 e´ uma ass´ıntota vertical. Como f e´ cont´ınua para todo x 6= 6, o gra´fico de f na˜o tem nenhuma outra ass´ıntota vertical. (b) Analisando o sinal de f ′(x) = − 4 x1/3(x− 6)5/3 : x < 0⇒ x1/3 < 0 e (x− 6)5/3 < 0⇒ f ′(x) < 0⇒ f(x) e´ decrescente, 0 < x < 6⇒ x1/3 > 0 e (x− 6)5/3 < 0⇒ f ′(x) > 0⇒ f(x) e´ crescente, x > 6⇒ x1/3 > 0 e (x− 6)5/3 > 0⇒ f ′(x) < 0⇒ f(x) e´ decrescente. Ou seja, f e´ crescente em (0, 6) e decrescente em (−∞, 0) ∪ (6,+∞). (c) Do item anterior vemos que f(0) e´ um valor mı´nimo relativo de f . Pore´m, em x = 6 na˜o ha´ extremo pois f na˜o esta´ definida neste nu´mero. Como f(0) = 0 e f(x) ≥ 0, ∀x 6= 6, f(0) e´ tambe´m o mı´nimo absoluto de f . Este e´ o u´nico valor extremo de f . Questa˜o 3.(2,0 pontos) Calcule os seguintes limites: (a) lim x→0 ∫ sen (x) 0 tg (t)dt∫ x 0 sen (t)dt (b) limx→∞ ( 1 + 7 x2 )2x Soluc¸a˜o. (a) Note que temos a indeterminac¸a˜o 0/0. Logo aplicando a regra de L’Hoˆspital e o Teorema Funda- mental do Ca´lculo, teremos que I = lim x→0 [ tg ( sen (x)). cos(x) sen (x) ] = ( lim x→0 tg ( sen (x)) sen (x) )( lim x→0 cos(x) ) . Novamente, no primeiro limite temos a indeterminac¸a˜o 0/0. Usando L’Hoˆspital teremos que lim x→0 tg ( sen (x)) sen (x) = lim x→0 sec2( sen (x)) cos(x) cos(x) = sec2( sen (0)) = 1. Portanto o valor da integral sera´ I = 1.1 = 1. (b) Note que temos a indeterminac¸a˜o 1∞, portanto usaremos a seguinte identidade: ( 1 + 7 x2 )2x = e ln ( 1 + 7 x2 )2x = e 2x ln ( 1 + 7 x2 ) . Como a func¸a˜o exponencial e´ uma func¸a˜o cont´ınua, temos que lim x→∞ ( 1 + 7 x2 )2x = e lim x→∞ 2x ln ( 1 + 7 x2 ) . (1) Finalmente, note que (usando L’Hoˆspital) temos que lim x→∞ 2x ln ( 1 + 7 x2 ) = lim x→∞ ln ( 1 + 7 x2 ) 1 2x = lim x→∞ −14/x3( 1 + 7/x2 ) − 1 2x2 = lim x→∞ 28x2 x3 ( 1 + 7 x2 ) = limx→∞ 28 x ( 1 + 7 x2 ) = 0. Portanto, substitu´ındo em (1), temos lim x→∞ ( 1 + 7 x2 )2x = e lim x→∞ 2x ln ( 1 + 7 x2 ) = e0 = 1. Questa˜o 4.(2,0 pontos) Calcule as seguintes integrais: (a) ∫ x3√ 4− x2 dx (b) ∫ 1 0 lnx 3 √ x dx Soluc¸a˜o. (a) Fazendo x = 2 sen θ ⇒ dx = 2 cos θdθ e √4− x2 = 2 cos θ.∫ x3√ 4− x2 dx = ∫ 8 sen 3θ 2 cos θ 2 cos θ dθ = 8 ∫ sen 3θ dθ = 8 ∫ sen 2θ sen θ dθ = 8 ∫ (1− cos2 θ) sen θ dθ. Seja u = cos θ ⇒ du = − sen θdθ. Logo 8 ∫ (1− cos2 θ) sen θ dθ = 8 ∫ (u2 − 1) du = 8 ( u3 3 − u ) + C = 8 3 cos3 θ − 8 cos θ + C = 8 3 (√ 4− x2 2 )3 − 8 √ 4− x2 2 + C = 1 3 (√ 4− x2 )3 − 4 √ 4− x2 + C. � � � � � �� x 2 √ 4− x2 θ (b) Por partes: { u = lnx dv = x−1/3dx ⇒ { du = (1/x) dx v = (3/2)x2/3 · Logo, ∫ x−1/3 lnx dx = 3 2 x2/3 lnx− ∫ 3 2 x−1/3 dx = 3 2 x2/3 lnx− 9 4 x2/3 + C. Enta˜o, ∫ 1 0 lnx 3 √ x dx = lim a→0+ ∫ 1 a x−1/3 lnx dx = lim a→0+ 3 2 x2/3 lnx− 9 4 x2/3 ∣∣∣∣1 a = lim a→0+ ( −9 4 − 3 2 a2/3 ln a+ 9 4 a2/3 ) = −9 4 , ja´ que, pela regra de L’Hoˆspital, lim a→0+ a2/3 ln a = lim a→0+ ln a a−2/3 = lim a→0+ 1/a − 23 a−5/3 = lim a→0+ −3 2 a2/3 = 0 . Questa˜o 5.(2,5 pontos) (a) Calcule a derivada de y = arctg (√ x2 + 1 ) . (b) Determine o valor de y′(x) no ponto P=(1,1), sabendo que y = y(x) esta´ definido implicitamente pela equac¸a˜o 3 ln ( x y ) + 5 y x = 5. (c) Sejam A e B os pontos em que o gra´fico de f(x) = x2 − αx, com α ∈ R, intercepta o eixo-x. Determine α para que as retas tangentes ao gra´fico de f(x) , em A e B, sejam perpendiculares. Soluc¸a˜o. (a) Note que: y = arctg (√ x2 + 1 ) ⇐⇒ tg (y) = √ x2 + 1. Logo, usando a regra da cadeia teremos sec2(y)y′ = 1 2 √ x2 + 1 (2x) = x√ x2 + 1 . Ale´m disso, como tg (y) = √ x2 + 1 , enta˜o sec2(y) = 1 + tg 2(x) = x2 + 2 . Logo y′(x) = x sec2(y) √ x2 + 1 = x (x2 + 2) √ x2 + 1 . OBSERVAC¸A˜O: Se usar a fo´rmula [ arctg(t)]′ = 1 1 + t2 , a resposta tambe´m e´ va´lida. (b) Derivando teremos que ( 3 ln x y + 5 y x )′ = 0. Isto e´ 3 y x ( y − xy′ y2 ) + 5 ( y′x− y x2 ) = 0. Como y(1) = 1 temos: 3(1− y′) + 5(y′ − 1) = 0 =⇒ 2y′ = 2 , logo y′(1) = 1. (c) Note que f(x) = 0 ⇐⇒ x(x− α) = 0 ⇐⇒ x = 0 ou x = α. Assim , o gra´fico de f intercepta o eixo-x nos pontos A=(0, 0) e B=(α, 0). Como f ′(x) = 2x − α, temos f ′(0) = −α e f ′(α) = α. Portanto, devemos ter f ′(0)f ′(α) = −1. Isto e´, (−α)α = −1. Logo α = ±1. M INSTITUTO DE MATEMA´TICA Universidade Federal do Rio de Janeiro Prova Final Unificada de Ca´lculo I Engenharia e Engenharia Qu´ımica 16/11/2009 Gabarito 1 a Questa˜o: (3.0 pontos) Considere a func¸a˜o f(x) = 2− x x3 . Determine: a)Domı´nio f : R− {0}. b)Ass´ıntotas: lim x→±∞ 2− x x3 = limx→±∞ 2 x3 − x x3 1 = 0 a reta y = 0 e´ uma ass´ıntota horizontal do gra´fico de f . lim x→0+ >0︷ ︸︸ ︷ 2− x x3︸︷︷︸ →0+ =∞ e lim x→0− >0︷ ︸︸ ︷ 2− x x3︸︷︷︸ →0− = −∞ enta˜o, x = 0 e´ uma ass´ıntota vertical do gra´fico de f . c) Derivando f(x) : f ′(x) = 2x− 6 x4 ; f ′(x) = 0 ⇔ x = 3. Estudo do sinal de f ′(x): Antes de x = 3, excluindo x = 0, f ′(x) < 0 e depois de x = 3 f ′(x) > 0. Logo, x ∈ (−∞, 0) ∪ (0, 3), f ′(x) < 0→ f e´ decrescente. x ∈ (3,∞), f ′(x) > 0→ f e´ crescente. E ainda, pelo teste da primeira derivada a func¸a˜o tem um mı´nimo local em x = 3. f(3) = − 1 27 ⇒ mı´nimo local. d) Derivando novamente f(x): f ′′(x) = −6x+ 24 x5 ; f ′′(x) = 0 ⇔ x = 4. Estudo do sinal de f ′′(x): Observe que f ′′(x) e´ cont´ınua pra todo o domı´nio de f e ainda f ′′(−1) = −30, f ′′(1) = 18, f ′′(5) = − 6 55 . Logo: x ∈ (−∞, 0) ∪ (4,∞), f ′′(x) < 0⇒ o gra´fico de f coˆncavo para baixo. x ∈ (0, 4), f ′′(x) > 0 ⇒ o gra´fico de f e´ coˆncavo para cima. f ′′(x) muda de sinal em x = 4 e existe reta tangente nesse ponto. Logo, (4,− 1 32 ) e´ um ponto de inflexa˜o do gra´fico de f . Figure 1: e) Gra´fico Imagem f : R. f) Na˜o tem extremo absoluto ja´ que limx→±0 f(x) = ±∞. 2 a Questa˜o: (1.5 pontos) A´gua esta´ saindo de um tanque em forma de um cone invertido a uma taxa de 10.000 cm3/min no momento em que a´gua esta´ sendo bombeada para dentro a uma taxa constante. O tanque tem 600cm de altura e seu diaˆmetro no topo e´ 800 cm. Se o n´ıvel da a´gua esta´ subindo a uma taxa de 20 cm/min quando a altura e´ 200 cm, encontre a taxa com que a a´gua esta´ sendo bombeada para dentro do tanque. O volume de um cone e´ V = 1 3 pir2h. Soluc¸a˜o: 600 R H 400 400 R = 600 H ⇒ R = 2 3 H A variac¸a˜o do volume de a´gua e´ dada pela fo´rmula: dV dt = entra - sai ⇒ dV dt = txe(t)− 10000 onde txe(t) e´ a taxa de entrada de a´gua no istante t. Por outro lado, o volume de um cone e´ V = 1 3 pir2h e r = 2 3 h, enta˜o V = 1 3 pi ( 2h 3 )2 h = 4pih3 27 , que derivando implicitamente obtemos dV dt = 4pih2 dh dt 9 = txe(t)− 10000 logo, a taxa de entrada no momento em que a altura e´ 200cm era txe = ( 4pi(200)220 9 + 10000 ) cm3/min 3 a Questa˜o: (2.5 pontos) Calcule as integrais abaixo: a) ∫ cos(θ) sen2(θ)− 6sen(θ) + 10dθ; x = sen(θ) ⇒ dx = cos(θ)dθ∫ dx x2 − 6x+ 10 = ∫ dx (x− 3)2 + 1; u = x− 3 ⇒ du = dx∫ du u2 + 1 = arctan(u) = 1 2 arctan(sen(θ)− 3). b) ∫ 0 −2 |x+ 1|dx; observando o gra´fico da func¸a˜o percebe-se que basta calcular 2 ∫ 0 −1 (x+ 1)dx 2 ∫ 0 −1 (x+ 1)dx = x2 2 + x ∣∣∣0 −1 = 2(1/2) = 1. c) ∫ ∞ 0 xe−xdx = lim t→∞ (∫ t 0 xe−xdx ) ; Usando integrac¸a˜o por partes para resolver ∫ t 0 xe−xdx; u = x e dv = e−xdx, enta˜o du = dx e v = −e−x ⇒ (xe−x) ∣∣∣t 0 − ∫ t 0 (−e−x)dx = −e−t(t+ 1) + 1 = − t et − 1 et + 1, lim t→∞ ( − t et − 1 et + 1 ) , onde lim t→∞ t et por L’hospital e´ lim t→∞ 1 et = 0, logo − lim t→∞ t et − lim t→∞ 1 et + lim t→∞ 1 = −0− 0 + 1 = 1 4 a Questa˜o: (1.0 pontos) Suponha que a func¸a˜o f : [1, 2]→ R satisfac¸a: i) f(1) = 1; ii) f ′ e´ cont´ınua em [1, 2] e ∫ 2 1 f ′(t)dt = 3. Qual e´ o valor de f(2) ? Usando o TFC, temos que∫ 2 1 f ′(t)dt = f(2)− f(1) = f(2)− 1 como ∫ 2 1 f ′(t)dt = 3⇒ f(2) = 2. 5 a Questa˜o: (2.0 pontos) Esboce e calcule a a´rea da regia˜o D limitada pelo gra´fico de f(x) = x3 + 2 e sua reta tangente no ponto (1, 3). f ′(x) = 3x2, logo a reta tangente a` func¸a˜o no ponto (1, 3) tem equac¸a˜o y − 3 = 3(x − 1) = 3x. Para obter os pontos de intersec¸a˜o: x3 + 2 = 3x ⇒ x3 − 3x + 2 = 0 que tem ra´ızes 1 (dupla) e x = −2. Portanto, area(D) = ∫ 1 −2 (x3 + 2− 3x)dx = ( x4 4 + 2x− 3 2 x2 ) ∣∣∣1 −2 = 27 4 Esboc¸o: M INSTITUTO DE MATEMA´TICA Universidade Federal do Rio de Janeiro Exame Final de Ca´lculo I Engenharia e Engenharia Qu´ımica 29/06/2009 1 a Questa˜o: (1.0 pontos) Calcule as integrais : a) ∫ cosx sin2(x) dx b) ∫ ln(ln(2v)) v ln(2v) dv. Soluc¸a˜o a) ∫ cosx sin2(x) dx = ∫ cosx sinx 1 sinx dx = ∫ cossec(x)cotan(x) dx = −cossecx+ C b) ∫ ln(ln(2v)) v ln(2v) dv = [ln(ln(2x))]2 2 + C 2 a Questa˜o: (2.0 pontos) Considere o cone gerado pela rotac¸a˜o do triaˆngulo retaˆngulo ABC, formado pelos pontos A=(0,0), B=(x, 0) e C = (0, y), em torno do eixo y. A hipotenusa BC mede √ 3. Determine os valores de x e y que da˜o o maior volume poss´ıvel ao cone. Soluc¸a˜o O volume do cone e´ : V = pi 3 x2y. Temos que x2 + y2 = 3. Assim o volume V do cone vale V (y) = pi 3 (3 − y2)y, para y ∈ [0,√3]. Derivando ambos os lados temos: V ′ (y) = pi 3 (3− 3y2) Enta˜o, V ′ (y) = 0 ⇒ y = −1 ou y = 1, sendo y=1 o u´nico ponto cr´ıtico para 0 < y < √ 3. Como V ′′(1) = −2pi < 0 y=1 e´ ponto de ma´ximo em (0,√3). Como V(0)=0 e v( √ 3)=0 ,vemos que y=1 e x = √ 2 dara˜o o maior volume poss´ıvel para este cone. 3 a Questa˜o: (2.0 pontos) Determine uma func¸a˜o f : (0,∞) −→ R tal que satisfac¸a a : i)f(3) = 1 5 . ii) ∫ x 0 tf ′ (t) dt = x2 x+ 2 Soluc¸a˜o Derivando ambos os lados temos : d dx (∫ x 0 tf ′ (t) dt ) = 2x(x+ 2)− x2 (x+ 2)2 = x(x+ 4) (x+ 2)2 . Pelo Teorema Fundamental do Ca´lculo : xf ′ (x) = x(x+ 4) (x+ 2)2 Logo, f ′ (x) = x+ 4 (x+ 2)2 = 1 x+ 2 + 2 (x+ 2)2 . Integrando ambos os lados : f(x) = ln(x+ 2)− 2 x+ 2 + C Como f(3) = 1 5 temos C = 3 5 − ln 5. Portanto, f(x) = ln(x+ 2)− 2 x+ 2 + 3 5 − ln 5 4 a Questa˜o: (2.0 pontos) Considere f e g func¸o˜es tais que f, g : [1,∞) −→ R definidas por: f(x) = ln(x) x3 e g(x) = 1 x3 Determine o valor da a´rea compreendida entre a func¸a˜o f e a func¸a˜o g. Soluc¸a˜o f ′ (x) = x2(1− 3 lnx) x3 = 1− 3 lnx x . Assim, f ′ (x) = 0 ⇒ lnx = 1 3 . Logo, x= 3 √ e. Como f(x) = g(x)⇒ x = e, temos que: i)Para 1 ≤ x ≤ e→ f(x) ≤ g(x) ii)Para e ≤ x ≤ ∞→ g(x) ≤ f(x). Tambe´m temos: iii) ∫ 1 x3 dx = − 1 2x2 + C iv) ∫ lnx x3 dx = − lnx 2x2 + 1 2 ∫ 1 x3 dx = − lnx 2x2 − 1 4x2 = −1 + 2 lnx 4x2 + C Enta˜o, a a´rea pedida A vale: A = ∫ e 1 1 x3 − lnx x3 dx+ ∫ ∞ e lnx x3 − 1 x3 dx∫ e 1 1 x3 − lnx x3 dx = − 1 2x2 + 1 + 2 lnx 4x2 ∣∣∣∣e 1 = 1 4e2 + 1 4 . ∫ ∞ e lnx x3 − 1 x3 dx = − ( 1 + 2 lnx 4x2 ) + 1 2x2 ∣∣∣∣∞ e = − [ − 3 4e2 + 1 2e2 ] + lim x→∞ [ − ( 1 + 2 lnx 4x2 ) + 1 2x2 ] = 1 4e2 + lim x→∞ [ − ( 1 + 2 lnx 4x2 ) + 1 2x2 ] Usando L´Hospital, obtemos:∫ ∞ e lnx x3 − 1 x3 dx = 1 4e2 Assim, A = 1 4e2 + 1 4 + 1 4e2 = 1 2e2 + 1 4 5 a Questa˜o: (3.0 pontos) A figura ao lado mostra o gra´fico de y = f ′ (x) , a derivada da func¸a˜o f(x), para x > 0. a) Sabendo que, para x ≥ 7 , f ′(x) = 14 x , e que f(7) = 0, pede-se limx→∞ f(x). b)Sabendo ainda que : f(0) = −5. O mı´nimo de f no intervalo [1,7] e´ y = − 5. O ma´ximo de f no intervalo [1,7] e´ y = 4. PEDE-SE um esboc¸o do gra´fico de f(x), assinalando : i)Os pontos (x, y) (caso existam) de ma´ximo ou mı´nimo locais ou absolutos. ii)Os valores de x(caso existam ) para os quais ha´ ponto de inflexa˜o. Soluc¸a˜o a)Se f ′ (x) = 14 x e f(7) = 0 ,pelo Teorema Fundamental do Ca´lculo temos que para x ≥ 7 : f(x) = ∫ x 7 14 u du = 14(lnx− ln 7) e limx→∞ f(x) = +∞. b)Como f´(1)=0 e f´(5)=0 ⇒ x=1 ex=5 sa˜o pontos cr´ıticos em [0,∞). Estudo do sinal de f´(x). i)Para x ∈ (1, 5), f´(x) < 0 ⇒ f e´ decrescente em [1,5]. ii)Para x ∈ (0, 1) ∪ (5,∞), f´(x) > 0 ⇒ f e´ crescente em x ∈ (0, 1) ∪ (5,∞). Pelo teste da primeira deriva, f tem um ma´ximo local em x=1 e um mı´nimo local em x=5. Estudo do sinal de f”(x). i)Para x ∈ (0, 3), f ’(x) e´ decrescente, e temos f ′′(x) < 0. Portanto, o gra´fico de f e´ coˆncavo para baixo neste intervalo. ii)Para x ∈ (3, 6), f ’(x) e´ crescente, logo f ′′(x) > 0 e o gra´fico de f e´ coˆncavo para cima neste intervalo. iii)Para x ∈ (6,∞), f´(x) e´ decrescente e temos f ′′(x) < 0 sendo o gra´fico de f coˆncavo para baixo neste intervalo. Como f”(3)=0 e f”(6)=0 e ha´ mudanc¸a de concavidade nos pontos de abscis- sas x=3 e x=6, estes pontos sa˜o pontos de inflexa˜o. Gra´fico de f. O menor valor que f asssume e´ -5; os pontos (0,-5) e (5,-5) sa˜o pontos de mı´nimo absoluto . Como lim∞ f(x) = +∞, f na˜o tem ma´ximo absoluto. Assim, o gra´fico pedido e´: Gabarito da Prova Final Unificada de Ca´lculo I Engenharia, Matema´tica Aplicada e Cieˆncia da Computac¸a˜o 07/07/2008 1a Questa˜o: Sejam a e b nu´meros reais e a func¸a˜o f : R → R definida por f(x) = x+ a se x ≤ 0;√ senx x se 0 < x < pi; b se x ≥ pi. Determine a e b para que f seja cont´ınua. Justifique suas respostas. Soluc¸a˜o: Da definic¸a˜o de f(x), temos que ela e´ uma func¸a˜o cont´ınua se, e somente se, for cont´ınua nos pontos x = 0 e x = pi, isto e´, lim x→0− f(x) = lim x→0+ f(x) = f(0) e lim x→pi− f(x) = lim x→pi+ f(x) = f(pi) Calculando os limites acima: lim x→0− f(x) = lim x→0− (x+ a) = a; lim x→0+ f(x) = lim x→0+ √ senx x = √ lim x→0+ senx x = 1; lim x→pi− f(x) = lim x→pi− √ senx x = √ lim x→pi− senx x = 0; lim x→pi+ f(x) = lim x→pi+ b = b. Portanto, f(x) e´ uma func¸a˜o cont´ınua se, e somente se, a = 1 e b = 0. 2a Questa˜o: Um peso deve ficar suspenso a 4m de uma superf´ıcie horizontal por meio de uma armac¸a˜o de arame em forma de Y , como na figura ao lado (onde os pontos A, B e P sa˜o os ve´rtices de um triaˆngulo iso´sceles). Se os pontos de sustentac¸a˜o A e B distam 2 √ 3m, deter- mine o comprimento mı´nimo de arame necessa´rio para a armac¸a˜o. A B P 4m 2 √ 3m Soluc¸a˜o: Seja x = PC. Enta˜o DC = 4 − x e segue do Teorema de Pita´goras que AP = BP = √ 3 + (4− x)2. Como o comprimento total do arame e´ AP + BP + PC, devemos considerar a func¸a˜o L(x) = x+ 2 √ 3 + (4− x)2 = x+ 2 √ x2 − 8x+ 19. D A B P C Observe que para que o peso fique a 4m abaixo da superf´ıcie, e´ necessa´rio que se x ∈ (0, 4), que sera´ o domı´nio de L(x). 1 Calculemos os pontos cr´ıticos de L: L′(x) = 1 + 2x− 8√ x2 − 8x+ 19 = 0 ⇐⇒ √ x2 − 8x+ 19 = 8− 2x. Elevando ao quadrado ambos os lados da equac¸a˜o acima, obtemos x2 − 8x+ 15 = 0 cujas ra´ızes sa˜o x0 = 3, x1 = 5. Portanto, o u´nico ponto cr´ıtico de L e´ x0 = 3, ja´ que x1 = 5 na˜o esta´ no seu domı´no. Para concluir que x0 e´ ponto de mı´nimo, analisemos o sinal da derivada de L: L′(x) > 0 ⇐⇒ √ x2 − 8x+ 19 > 8− 2x. Elevando ao quadrado a desigualdade acima, obtemos x2−8x+15 < 0, o que ocorre somente se x ∈ (3, 5). Assim, L e´ estritamtne crescente no intervalo (3, 4) e estritamente decrescente no complementar, isto e´, em (0, 3). Portanto, x0 = 3 e´, de fato, ponto de mı´nimo global. 3a Questa˜o: Considere a func¸a˜o f : (0,+∞)→ R tal que f ′(x) = lnx+ 1 e f(1) = 1. a) Determine os intervalos onde f e´ crescente e onde e´ decrescente; b) Determine os intervalos onde f e´ convexa (concavidade para cima) e onde e´ coˆncava (concavidade para baixo), explicitando seus pontos de inflexa˜o; c) Determine f(x) e esboce seu gra´fico. Soluc¸a˜o: • Analisemos o sinal de f ′(x). f ′(x) > 0 ⇐⇒ lnx > −1 ⇐⇒ x > 1 e ; f ′(x) < 0 ⇐⇒ lnx < −1 ⇐⇒ x < 1 e . Portanto, f e´ crescente no intervalo (1/e,+∞) e decrescente em (0, 1/e) e, consequ¨entemente, x0 = e −1 e´ ponto de mı´nimo global. • Analisemos a concavidade de f(x). Como f ′′(x) = 1/x > 0 para todo x > 0, segue que f e´ func¸a˜o convexa, isto e´, seu gra´fico tem concavidade para cima e, consequ¨entemente, na˜o possui pontos de inflexa˜o. • Determinemos f(x). Por definic¸a˜o, f(x) e´ uma primitiva de f ′(x) = lnx + 1. Como por hipo´tese f(1) = 1, segue do Teorema Fundamental do Ca´lculo, que∫ x 1 f ′(t) dt = f(x)− f(1) = f(x)− 1 ⇒ f(x) = ∫ x 1 f ′(t) dt+ 1. Calculemos a integral:∫ x 1 f ′(t) dt = ∫ x 1 [ ln t+ 1 ] dt = t ln t ∣∣∣x 1 = x ln x. Portanto, f(x) = x lnx+ 1 e seu gra´fico e´: 1 1/e x y Observe que lim x→+∞ f(x) = +∞, lim x→0+ f(x) = 1, lim x→+∞ f ′(x) = −∞. 2 4a Questa˜o: Um reservato´rio tem a forma do parabolo´ide de revoluc¸a˜o obtido girando-se o gra´fico de y = x2 em torno do eixo y (com as escalas dos eixos em metros), como na figura ao lado. Sabendo que este reservato´rio esta´ sendo preenchido com a´gua a uma taxa de 0,25 m3/min, determine: a) o volume de a´gua no instante t0 em que seu n´ıvel esta´ a 2 metros de altura em relac¸a˜o ao solo; b) a velocidade no instante t0 do item (a) com que o n´ıvel da a´gua esta´ subindo. x y 2m Soluc¸a˜o: Como o reservato´rio tem a forma de um so´lido de revoluc¸a˜o, o volume de a´gua num instante arbitra´rio t em que a altura do n´ıvel de a´gua e´ h(t) e´ V (t) = ∫ h(t) 0 piy dy = pi 2 y2 ∣∣∣h(t) 0 = pi 2 h(t)2. No instante particular t0 em que a altura e´ 2 metros, temos V (t0) = 2pi m 3. Se o reservato´rio esta´ sendo preenchido a uma taxa constante de 0, 25 m3/min, enta˜o V ′(t) = 0, 25 = 1/4 par todo t. Assim, no instante t0, 1 4 = V ′(t0) = pih(t0)h ′(t0) = 2pih ′(t0) ⇒ h′(t0) = 1 8pi . Portanto, no instante t0, o n´ıvel da a´gua esta´ subindo a uma taxa de 1/8pi m/min. 5a Questa˜o: Determine a func¸a˜o f : (0,+∞)→ R e os poss´ıveis valores de a > 0 tais que ∫ x a f(t) t dt = 1 2 ln2 x− 1 2 , ∀x ∈ R. Soluc¸a˜o: Primeiramente, observe que ∫ x a f(t) t dt = 1 2 ln2 x− 1 2 , ∀x > 0 implica, em particular para x = a, 0 = ∫ a a f(t) t dt = 1 2 ln2 a− 1 2 ⇒ ln2 a = 1 ⇒ a = e ou a = e−1. Seja F (x) = ∫ x a f(t) t dt. (1) Enta˜o, por hipo´tese, F (x) = ln2 x 2 − 1 2 , de modo que F ′(x) = lnx x . (2) Admitindo que f seja cont´ınua, temos de (1) e do Teorema Fundamental do Ca´lculo, F ′(x) = f(x) x (3) e consequ¨entemente, de (2) e (3), f(x) = lnx para todo x > 0. 3
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