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Mineração ouro e diamantes1

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Mineração
Instituto de Economia - UFRJ
Disciplina: Formação Econômica do Brasil
Prof.: Leonarda Musumeci
2014
Brasil Colônia
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Situação crítica de PT no final do século XVII:
 Perda de grande parte do comércio de especiarias orientais
 Queda da receita do açúcar e de outros produtos coloniais (pau-brasil, tabacos finos), em função da concorrência
 Dívidas de guerra (Espanha, Holanda)
 Escassez de moeda, com o fim da União Ibérica – desvalorização 
 Dependência crescente da Inglaterra para apoio político, abastecimento (manufaturas, pesca) e transporte
 Insuficiência de cereais
 Decadência da indústria naval
 Pouco espaço no mercado europeu de vinho e azeite
Em 1671, X portuguesas não cobrem nem ½ do deficit comercial
 Desenvolvimento de manufaturas em PT (Conde de Ericeira)
 Fundação da Colônia do Sacramento (1680) e colonização do Sul (gado)
 Incentivo à descoberta de metais preciosos no BR
Tentativas de solução:
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Colônia do Sacramento
(fundada em 1680)
http://idasevindas.files.wordpress.com/2007/04/mapa-uruguay.jpg
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Rota dos peruleiros
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/imagens/imagem7_03.gif
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Conjuntura política europeia no início do séc. XVIII
 Guerra de Sucessão espanhola (disputa ES+FR X INGL+HOL+IMP) – 1702-1712
 Pressão inglesa força adesão de PT – Tratado de Methuen (1703)
 Lobby vinícola apoia tratado de “panos e vinhos” (alíquota preferencial: 1/3 menor que para os vinhos franceses X suspensão de embargos aos tecidos ingleses) 
 Abandono da tentativa de desenvolver manufaturas e política mercantilista ortodoxa em PT
Celso Furtado: sem o ouro do BR, o cumprimento do Tratado de Methuen seria inviável 
Retomada da pesquisa de metais preciosos:
 Envio de especialistas espanhóis
 Carta de d. Pedro I (1674) aos paulistas, prometendo recompensas para a descoberta de jazidas
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A corrida do ouro
 Aumento da imigração de portugueses pobres para o BR desde meados do séc. XVII (cerca de 2000 por ano): pequenos lavradores, artesãos, comerciantes. Imigração se acelera com a descoberta do ouro.
 Bandeiras: expedições paramilitares privadas, variando de 15 a milhares de homens
 Preação de índios  busca de metais, sob promessas de enobrecimento: títulos, comendas 
 Inicialmente, concentração no litoral de SP e PR
 Descobrimentos simultâneos em diferentes regiões de MG, de 1693-95 a 1713
“Ciclo” da mineração: auge em 1740-1740
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Produção estimada de ouro no Brasil
de 1691 a 1840 (médias anuais)
Fonte: Roberto Simonsen, História Econômica do Brasil (1500-1820), 7ª ed., 1977. 
Produção 
máxima 
1751-1755:
15,8 t/ano
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Reservas naturais e produção de ouro em 2011 (toneladas)
Fonte: DNPM
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Reservas 
auríferas atuais
http://www.gismaps.com.br/recnatur/recnatur.htm
Área aproximada de
exploração no século XVIII
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População estimada do Brasil
Fonte: Roberto Simonsen, História Econômica do Brasil (1500-1820), 7ª ed., 1977. 
(*) Em 1660,
brancos + 
índios livres
Não inclui 
população 
indígena
isolada
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http://www.mre.gov.br
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Relação prata/ouro na Europa (volume)
Fonte: Roberto Simonsen, História Econômica do Brasil (1500-1820), 7ª ed., 1977. 
1521-1544 8/1
1581-1600 57/1
1721-1740 23/1
1854 – 1/4 
 Maior fluxo de ouro para a Europa até a descoberta das minas californianas (1848) e australianas (1851)
 Sistema monetário bimetálico – predominância da prata até meados do séc. XIX
Relação 
prata/ouro 
(valor):
1/12 a 1/15
 Inglaterra adota padrão-ouro em 1816; outros países só depois de 1850
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Caminhos do ouro e impactos iniciais da mineração
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Caminho do Sertão
(45 dias) – proibido em 
1706, exceto para gado
Caminho Novo do Rio – 1708 
(15 a 20 dias)
Caminho Velho do Rio 
(30 a 40 dias)
Caminho Velho de SP
(30 dias)
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http://www.adesaf.org.br/site/sites/default/files/imce/Bandeiras-a-caminho-das-Minas---Oscar-Pereira-da-Silva-1920.jpg
Oscar Pereira da Silva, Entrada para as minas 
(Museu Paulista, SP)
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Rugendas, Serra dos Órgãos (Caminho Novo)
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http://www.klepsidra.net/novaklepsidra.html
Subindo morros...
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atravessando rios...
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... e despenhadeiros
http://www.exklepsidra.net/klepsidra4
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Paulistas
Bandeirante
Tropeiro rico
http://www.exklepsidra.net/klepsidra4
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Bandeirantes
http://www.estudopratico.com.br/wp-content/uploads/2013/04/historia-dos-bandeirantes-no-brasil.jpeg
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 Ausência total de infraestrutura na região das minas
 MG pertencia a SP, ainda capitania hereditária
 “Lei da selva”, caos social
 Hiperinflação, com repercussões em toda a colônia
1 oitava de ouro = 3,6 g (cotação do g de ouro hoje: ± R$ 94)
1 galinha = 4 oitavas (14,4 g de ouro)
1 boi = 100 oitavas, 15 vezes mais caro que na Bahia
1 par de meias = 8 oitavas
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Caminhos de SP e do Rio
(mapas baseados em Antonil)
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Rugendas, Tropeiro
http://www.asminasgerais.com.br/Zona%20da%20Mata/UniVlerCidades/Hist%C3%B3ria/ magens/1111000044%20%20Tropeiro.jpg i
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Ettore Marangoni, Encontro de tropeiros 
no caminho para as minas
http://www.multirio.rj.gov.br/historia
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http://www.exklepsidra.net/klepsidra4
Pouso de tropas
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http://www.multirio.rj.gov.br/historia
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http://www.multirio.rj.gov.br/historia
Comércio
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http://nonaarte.com.br/banco/Debret
Debret - Estabelecimento comercial
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1707-1710 – Guerra dos Emboabas  paulistas derrotados
1709 – Coroa compra capitania de São Vicente
1710 e 1711 – Invasões francesas no RJ  preocupação crescente com defesa e fiscalização
1720 – Separação das capitanias de SP e MG  montagem de estrutura burocrática, administrativa e fiscal
1720 – Revolta de Vila Rica: potentados locais X maior controle e fiscalização da Coroa
1724 – Instalação das primeiras casas de fundição em MG
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http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d0/Brazil_states1709.png
Divisão admi-nistrativa do Brasil em 1710
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http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d0/Brazil_states1709.png
Guerra dos 
Emboabas (1707-1710)
Quadro de Carybé
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http://prof.medeiros.zip.net/images/moncoes.jpg
Monções paulistas
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Aurélio Zimmer, Pouso de uma monção (Museu Paulista, SP).
http://www.expo500anos.com.br/painel_31.html
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Oscar Pereira da Silva, Encontro de monções no sertão
http://www.expo500anos.com.br/painel_31.html
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Técnicas e instrumentos de produção
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http://www.gd.com.br/candomba/fotografias.htm 
Bateia
Instrumentos para 
escavar e revirar
a lama aurífera
http://www.asminasgerais.com.br/Zona%20da%20Mata/UniVlerCidades/Hist%C3%B3ria/imagens/hist0001.html 
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Bateia
http://www.cruzeirofutebolclube.com/hb.php
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Trabalho infantil no garimpo - Pará, séc. XX
http://www.cidadanet.org.br/galeria/espanhol/chikaoka/edicao_esp.htm
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Bateia
http://lh6.ggpht.com/_uHeQDbeyJQI/Rvr3uqRZ5XI/AAAAAAAAAKw/A5i15O3ZIS0/bateia+com+ouro+1.jpg
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http://www.ars.com.br/projetos/ibrasil/1998/txtref.htm 
Mineradores: escravo e senhor
Faiscador
www.expo500anos.com.br/painel_31.html
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Rio
Leito (cascalho)
Desmonte (areia)
Piçarra (argila compacta)
Grupiara (encosta de morro)
Veeiro, filão
Tabuleiro (margem)
Ouro de aluvião
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Bateia
Lâmina
Ouro em pó
Filão
Pepita
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Bateia
Sonho lotérico: a pepita gigante
Maior do mundo (68 kg, descoberta na Austrália em 1858)
http://discoverybrasil.uol.com.br/dni-media/photogallery-tool/mu-105/media-74043-266962.jpg
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Rugendas : Lavagem de minério de ouro junto ao Morro do Itacolomi, Minas Gerais
http://2.bp.blogspot.com/-_t7z87dCl9M/TbDE4fyUiSI/AAAAAAAAACE/GIFLBnPM4O4/s1600/imagem003.jpg
Grande lavra (cerca de 30 escravos) 
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http://www.revistadehistoria.com.br/uploads/docs/images/images/abrir-DSC_0865.jpg
Canal paralelo
Garimpo no rio e na margem
Extração na grupiara
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http://www.revistadehistoria.com.br/uploads/docs/images/images/abrir-DSC_0865.jpg
“Lavando” o ouro no canal
Depurando o ouro na “baeta”
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http://www.expo500anos.com.br/painel_31.html 
Apuração final nas “canoas”
Carlos Julião (Biblioteca Nacional / Rio) 
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Mecanismos adaptados para drenagem dos rios
http://www.ars.com.br/projetos/ibrasil/1998/txtref.htm 
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Mina subterrânea de ouro no séc. XVIII 
http://www.revistamuseu.com.br/emfoco/emfoco.asp?id=1815
Ouro e quartzo
http://www.em.ufop.br/museus/mineralogia/mineral/sala_3.htm
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http://www.descubraminas.com.br/destinosturisticos/hpg_pagina.asp?id_pagina=577 
Mina da Passagem - Mariana
Chácara do Lessa 
(Sabará)
Ouro bruto na rocha
Minas subterrâneas - Séc. XIX 
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O Globo, 16/11/2003
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Garimpo em Carajás, Pará, séc. XX
http://www.cnpm.embrapa.br/projetos/cana/impacana.html
Na seqüência, fotos 
de Sebastião Salgado, Serra Pelada, 1986
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Organização da produção e da arrecadação
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Uma sociedade urbana – Ouro Preto, MG
http://www.alugueldevansbhmg.com.br/wp-content/gallery/ouro-preto/alugar-van-para-carnaval-em-ouro-preto.jpg
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Sistema de datas
 Empresa mínima: Um minerador + um escravo ou índio
 Concessão do direito de lavra, sem propriedade da terra
 Jazidas: raio de ± 3 km em torno da descoberta
 Descobridor ficava com 2 datas de ± 4,4 m2, e a Coroa com uma
 As outras datas eram sorteadas, em tamanhos proporcionais ao número de escravos (± 12 m2 per capita)
 Registro minucioso, por escrito de dados sobre os mineradores e seus escravos
 Provedor, guarda-mor, guardas de região, tesoureiro, escrivão, auxiliares controlam a entrada e a produção
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Formas de arrecadação
 Registros: “pedágio”, quinto do ouro, impostos sobre mercadorias – guias de pagamento
 1702 – criação da Intendência das Minas
 Casas de fundição em Minas Gerais: só em 1724
 Ouro derretido, pesado, “quintado”, fundido em barras + certificado de autenticidade
 Capitação: imposto fixo por bateia ou escravo (em 1715, 36g per capita)
 Finta: Quantia mínima (piso) a ser arrecadada anualmente pelas câmaras municipais (variou de 450 kg a 1,5 t)
 Derrama: Cobrança violenta quando a finta não é atingida
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Almofariz
Medidas
Medindo e
pesando o
ouro em pó
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Bateia, fôrmas de fundição e barra de ouro 
(Museu Histórico / RJ) 
http://www.expo500anos.com.br/painel_31.html 
http://www.sabaranet.com.br/paginas/pass/pass15.htm 
Prensa em bronze para cunhar moedas e barras (1670)
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http://www.bcb.gov.br/htms/album/p7.htm 0
Barra e 
certificado
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http://www.bcb.gov.br/htms/album/p7.htm 0
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Dobrão, maior moeda portuguesa corrente, cunhada em Minas Gerais entre 1724 e 1727
www.ufmg.br/online/arquivos/002780.shtml
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http://www.multirio.rj.gov.br/historia
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Ruínas de casa de fundição clandestina – Município de Moeda, MG
http://melhorescantinhos.blogspot.com.br/2012/03/moeda-minas-gerais.html
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Santos do 
pau oco
http://www.expo500anos.com.br/painel_31.html 
http://www.em.ufop.br/op/mi_image/m_inc20.gif
http://www.csasp.g12.br/alunosnaweb/2001/escravidao_br/7c/25,27,31,33/7c31-link3.htm
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Arrecadação X confisco
Fonte: Von Eschwege, apud Virgilio Noya Pinto, O ouro brasileiro e o comércio anglo-português.
São Paulo, Cia Ed. Nacional, 2ª edição, 1979. 
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Arrecadação dos quintos do ouro - 1725/1799 
(Média anual por quinquênio, em kg)
Fonte: Construído com dados de Virgilio Noya Pinto, O ouro brasileiro e o comércio anglo-português.
São Paulo, Cia Ed. Nacional, 2ª edição, 1979. 
Gráf1
		1547.34
		1496.2
		1626.2
		1923.2
		1889.3
		1708.8
		1560.4
		1440.3
		1297.2
		1203.9
		1076
		953.3
		685.6
		656.4
		623.2
Média anual
ouro
		Ouro - 2001		t
		Reservas mundiais		78000
		Reservas brasileiras		2200
		
		Discriminação		Reservas (t)				Produção (t)
		Países		2001(p)		Partic. (%)		2000		2001(p)		Partic. (%)
		Brasil		1,600		0		51		56		2.2
		África do Sul		36,000		42.8		431		400		15.5
		Estados Unidos		6,000		7.1		353		350		13.6
		Austrália		6,000		7.1		296		290		11.2
		Canadá		3,500		4.2		154		160		6.2
		Indonésia		2,800		3.3		125		120		4.7
		China		4,300		5.1		180		185		7.2
		Rússia		3,500		4.2		126		155		6
		Peru		650		0.8		133		140		5.4
		Uzbequistão		5,300		6.3		-		-		-
		Outros Países		16,000		19		735		725		28.1
		TOTAL		84,050		100		2,584		2,581		100
		
		Reservas e produção de ouro em 2001 (toneladas)
		Países		Reservas		Produção						k		t						t						t
		África do Sul		36,000		400				1691-1700		1,500		1.5				1691-1700		1.5				1691-1700		1.5
		Estados Unidos		6,000		350				1701-1720		2,750		2.8				1701-1720		2.8				1701-1720		2.8
		Austrália		6,000		290				1721-1740		8,850		8.8				1721-1740		8.8				1721-1740		8.8
		China		4,300		185				1741-1760		14,600		14.6				1741-1760		14.6				1741-1760		14.6
		Canadá		3,500		160				1761-1780		10,350		10.3				1761-1780		10.3				1761-1780		10.3
		Rússia		3,500		155				1781-1800		5,450		5.5				1781-1800		5.5				1781-1800		5.5
		Peru		650		140				1801-1810		3,750		3.8				1801-1810		3.8				1801-1810		3.8
		Indonésia		2,800		120				1811-1820		1,760		1.8				1811-1820		1.8				1811-1820		1.8
		Brasil		1,600		56				1821-1830		2,200		2.2				1821-1830		2.2				1821-1830		2.2
		Uzbequistão		5,300		ND				1831-1840		3,000		3.0				1831-1840		3.0				1831-1840		3.0
		Outros Países		16,000		725
		TOTAL		85,650		2,581
Ouro_Reservas e prod 2007
		Tabela I: Reserva e Produção Mundial
		Discriminação Reservas (t) (1) Produção (t)
		Países 2007 (p) Partic. (%) 2006 (r) 2007 (p) Partic. (%)
		
		
				Reservas				Produção										Produção
				t		%		t		%								2006
		China		4,100		4.6		276		11.3								43
		África do Sul		36,000		40.0		272		11.1								275
		Estados Unidos		3,700		4.1		255		10.4								251
		Austrália		6,000		6.7		251		10.3								104
		Indonésia		2,800		3.1		171		7.0								240
		Peru		4,100		4.6		167		6.8								260
		Rússia		3,500		3.9		152		6.2								167
		Canadá		3,500		3.9		93		3.8								203
		Brasil		1,950		2.1		50		2.0								153
		Outros países		24,350		27.0		758		31.0								773
		Total		90,000		100.0		2,444		100.0								2,469
		
		Fontes: DNPM/DIDEM (RAL); Gold Fields Mineral Services (GFMS), Annual Reports 2007 (Kinross, Anglo Gold, Yamana, Peak Gold, Jaguar)
		Notas: (1) Reservas Medida + Indicada; (p) Preliminar; (r) Revisado.
		
		http://www.dnpm.gov.br/assets/galeriaDocumento/SumarioMineral2008/ouro.doc.pdf
diamantes
				Discriminação		Reservas (10 6 ct)				Produção(1) 10 6 ct
				Países		2001(p)		%		2000(p)		2001(p)		%
				Brasil		15		1.2		1		0.7		0.6
				África do Sul		150		12.2		10.2		11.3		9.7
				Angola		ND		-		1.1		4.4		3.7
				Austrália		230		18.7		32.5		28		24
				Botswana		200		16.3		20		21		18
				Canadá		ND		-		2.3		2.3		2
				China		ND		-		1.1		1.1		0.9
				Congo (kinshasa)		350		28.4		18		17.9		15.4
				Ghana		20		1.6		0.6		0.8		0.6
				Namíbia		ND		-		2		1.5		1.3
				República Central Africana		ND		-		0.4		0.4		0.3
				Rússia		65		5.3		23.2		23.3		20
				Outros Países		200		16.3		2.7		3.6		3
				TOTAL		1,230		100		115		116.3		100
		
				Reservas e produção de diamantes brutos em 2001 (106 quilates)
						Reservas				Produção
				Países		106 ct		Kg		106 ct		Kg
				Austrália		230		46,000		28.0		5,600
				Rússia		65		13,000		23.3		4,660						97% da produção
brasileira de diamantes continua provindo de
				Botswana		200		40,000		21.0		4,200						garimpos artesanais
				Congo (Kinshasa)		350		70,000		17.9		3,580
				África do Sul		150		30,000		11.3		2,260				1ct=0,2g
				Angola		ND		ND		4.4		880				1000000ct=200k
				Canadá		ND		ND		2.3		460
				Namíbia		ND		ND		1.5		300						ct		g		k						ct		k
				China		ND		ND		1.1		220				1729/1739		60,000		12000		12.0				1729/1739		60,000		12.0
				Ghana		20		4,000		0.8		160				1740/1771		52,000		10400		10.4				1740/1771		52,000		10.4
				Brasil		15		3,000		0.7		140				1772/1801		32,200		6440		6.4				1772/1801		32,200		6.4
				República Central Africana		ND		ND		0.4		80				1802/1828		14,200		2840		2.8				1802/1828		14,200		2.8
				Outros Países		200		40,000		3.6		720
				TOTAL		ND		ND		116.3		23,260
				Fonte: DNPM
		
		
																		ct *		kg
																1729/1739		60000		12.0
																1740/1771		52000		10.4
																1772/1801		32200		6.44
																1802/1828		14200		2.84
diamantes 2007
		2007
						Reserva				Produção						Produção 2006
				Mct (106 ct)		%		Ct		Mct (106 ct)		%				Ct
		Brasil		111		8.1		181350		0.2		0.1				182032
		Federação Russa		65		4.8		38360810		38.4		22.8				38291200
		Botswana		230		16.8		34293401		34.3		20.0				33638000
		Congo		350		25.6		28990241		29.0		16.9				28452496
		Austrália		230		16.8		29940451		29.9		11.0				18538645
		Canadá		...		...		13206357		13.2		10.1				17007850
		África do Sul		150		11.0		14934706		14.9		9.1				15210833
		Angola		...		...		9175061		9.2		5.8				9701709
		Namíbia		...		...		2402477		2.4		1.4				2266100
		Guiné		...		...		473862		0.5		0.6				1018723
		Outros		230		16.8		3666750		3.7		2.3				3816338
		Total		1,366		100.0		175625467		175.6		100.0				168123926
		
		
		
		Fontes: (1) Kimberly Process Certification Scheme, 2006; (2) Kimberly Process Certification Scheme, 2007; (3) Mineral Commodity Summaries
		– 2008 (USGS), Industrial; (4)Dados declarados (RAL – Relatório Anual de Lavra 2008 e RTC – Relatório de Transações Comerciais);
		Notas: (...) Dados não disponíveis.
		
		http://www.dnpm.gov.br/assets/galeriaDocumento/SumarioMineral2008/diamante.pdf
		
		
								Reserva		Produção										Reservas				Produção
				Mct (106 ct)		k		%		Mct (106 ct)				%						Mct (106 ct)		k		Mct (106 ct)		k
		Brasil		111		22,200		8		0.2		36		0.1				Federação Russa		65		13,000		38.4		7,672
		Federação Russa		65		13,000		5		38.4		7,672		22.8				Botswana		230		46,000		34.3		6,859
		Botswana		230		46,000		17		34.3		6,859		20.0				Austrália		230		46,000		29.9		5,988
		Congo		350		70,000		26		29.0		5,798		16.9				Congo		350		70,000		29.0		5,798
		Austrália		230		46,000		17		29.9		5,988		11.0				África do Sul		150		30,000		14.9		2,987
		Canadá		-				-		13.2		2,641		10.1				Canadá		-		-		13.2		2,641
		África do Sul		150		30,000		11		14.9		2,987		9.1				Angola		-		-		9.2		1,835
		Angola		-				-		9.2		1,835		5.8				Namíbia		-		-		2.4		480
		Namíbia		-				-		2.4		480		1.4				Guiné		-		-		0.5		95
		Guiné		-				-		0.5		95		0.6				Brasil		111		22,200		0.2		36
		Outros países		230		46,000		17		3.7		733		2.3				Outros países		230		46,000		3.7		733
		Total		1366		273,200		100		175.6		35,125		100.0				Total		1366		273,200		175.6		35,125
população colônia
		IBGE - Dados Históricos dos Censos
		Anos		População		Cresci-mento (%)
		1600		100,000		-
		1660		184,000		84.0
		1690		300,000		63.0
		1780		2,523,000		741.0
		1798		3,250,000		28.8
		
				1660				1798
				Nº		%		Nº		%
		Brancos*		74,000		40.2		1,010,000		31.1
		Índios		-		-		252,000		7.8
		Libertos		-		-		406,000		12.5
		Escravos		110,000		59.8		1,582,000		48.7
		TOTAL		184,000		100.0		3,250,000		100.0
		
		
														1		1000
																0.2
										1		0.0002
										1000000		200
Plan4
		
								g		R$
						1 oitava		3.6
		Preços (Antonil)				1 g de ouro (23/05/2003				35
				Oitavas		g		R$
		1 galinha		4		14.4		504.00
		1 paio		3		10.8		378.00
		
		1 oitava no séc XVIII = 1.200 a 1.500 réis
Txação
		
				Quintos (kg)		Confisco (kg)
		1702		0.1		2.4
		1703		5.9		24.5				315.3
		1704		10.5		16.9
		1707		7.7		10.4
		1708		4.1		28.1
		1713		10.0		25.7
		
		Fonte: Von Eschwege, apud Virgilio Noya Pinto, O ouro brasileiro e o comércio anglo-português.																		4 ¾ oitavas por escravo
		São Paulo, Cia Ed. Nacional, 2ª edição, 1979.																		4 ¾ oitavas por ofício
																				24 oitavas por loja grande
																				16 oitavas or
		
				1 oitava = 3,6 g
		
		Capitação 1735-50
		
						oitavas		g
				escravo		4.8		17.1
				ofício		4.8		17.1
				loja grande		24.0		86.4
				loja média (medíocre)		16.0		57.6
				loja pequena (inferior)		8.0		28.8
				cada venda		16.0		57.6
		
		
										1725-29		1730-34		1735-39		1740-44
										1428.6		962.1		1217		1937
				Média anual						1937.5		1446.2		1007		1941
		1725-29		1547.3						1955.4		1373.5		1977		1930
		1730-34		1496.2						1563.5		1776.1		1981		1911
		1735-39		1626.2						851.7		1923.1		1949		1897
		1740-44		1923.2						1547.34		1496.2		1626.2		1923.2
		1745-49		1889.3
		1750-54		1708.8
		1755-59		1560.4
		1760-64		1440.3
		1765-69		1297.2
		1770-74		1203.9
		1775-79		1076.0
		1780-84		953.3
		1785-89		685.6
		1790-94		656.4
		1795-99		623.2
Txação
		0
		0
		0
		0
		0
		0
		0
		0
		0
		0
		0
		0
		0
		0
		0
Média anual
Arrecadação dos quintos do ouro - 1735/1799 
(Média anual por quinquênio, em kg)
*
*
*
Diamantes
*
*
*
http://www.brazilgemsandjewelry.com/portugues/mapas.php?ctg=2
Diamantes: áreas 
produtoras atuais
*
*
*
Ciência Hoje, junho de 1999
Províncias diamantíferas de Minas Gerais:
I - Espinhaço
II - Alto Paranaíba
Principais centros produtores:
1. Diamantina
2. Grão Mogol
3. Jequitaí
4. Coromandel
Explorado no 
século XVIII
*
*
*
Demarcação
Caminho dos Escravos
O Distrito
Diamantino
http://www.descubraminas.com.br
http://www.geocities.com/tijuco1945/link0024.htm
*
*
*
Extração de diamantes 
Carlos Julião (Biblioteca Nacional / Rio) 
http://www.expo500anos.com.br/painel_31.html 
*
*
*
"Diamond washing in Brazil” (1884)
http://www.amnh.org/exhibitions/diamonds/images/1884nypl.jpg
*
*
*
Garimpeiro de diamantes no século XX
*
*
*
http://www.expo500anos.com.br/painel_31.html 
Lavagem de diamantes nas “canoas”
Carlos Julião (Biblioteca Nacional / Rio) 
*
*
*
Instrumentos para medir e pesar diamantes 
http://www.idasbrasil.com.br/idasbrasil/frame.asp?pg=geral/port/faland o.asp
http://veja.abril.uol.com.br/061102/p_076.html
*
*
*
Rugendas - Comboio de Diamantes
http://www.nascente.com.br/rugendas/r000.html
*
*
*
http://www.multirio.rj.gov.br/historia
Carlos Julião - Repressão ao contrabando no Distrito Diamantino (Biblioteca Nacional)
*
*
*
Produção estimada de diamantes brutos 
de 1729 a 1828 (médias anuais)
 (*) 1 ct (quilate) = 0,2 g
Fonte: José Felício dos Santos, Memórias do Distrito Diamantino.
*
*
*
Reservas e produção de 
diamantes brutos em 2011
(*) Mct = 106 ct = 200kg. Fonte: DNPM
*
*
*
O maior diamante do século XXI, o "Promessa do Lesoto", de 603 quilates (120 gramas), foi comprado por US$ 12,36 milhões pela South African Diamond Corporation (Safdico). Ele é maior que uma bola de golfe e é o 15º maior diamante da história. 
http://noticias.uol.com.br/economia/album/outubro_album.jhtm?abrefoto=19
*
*
*
Cullinan: o maior diamante de todos os tempos, de 3.106 quilates (621 gramas), encontrado em 1905 na África do Sul
http://www.ambientalsustentavel.org
*
*
*
Diamantina
http://www.hpdomarkao.hpg.ig.com.br/images/diamantina/vistadacidade/cidade05.jpg
*
*
*
Impactos mais amplos da mineração na colônia
*
*
*
1. Aumento da população livre e escrava
Migração europeia
Tráfico de escravos
Crescimento vegetativo da população liberta e livre
Aumento das alforrias
Fontes: IBGE, Philip Courtin e Carlos Lessa
MG
BR
1600-1690: 3 X
1690-1780: 8 X
*
*
*
Fonte: Carlos Lessa, Formação do Brasil
Cor e liberdade – MG, 1786
*
*
*
2. Formação de grande contingente de pobres livres
 “Desclassificados do ouro”
 Questão da pobreza, da “vadiagem”, da criminalidade, presente na Europa desde o século XIV  “classes e raças perigosas”
 Atitudes ambivalentes em relação ao “mulato”
 Massa não-integrada, sem dono, sem inserção regular
 Economia de subsistência, biscates, serviços rurais e urbanos, pequeno comércio, morador, sitiante, “caipira”, jagunço... 
 Novos mecanismos de controle social, privados e públicos (clientelismo, policiamento, recrutamento militar...)
 Ausência de políticas sistemáticas de integração (distribuição de pequenas sesmarias, por exemplo) / caso do algodão no NE
 “Exército de reserva”: origem anterior à Abolição
*
*
*
Outras fontes de formação da pobreza no séc. XVIII:
 Desmantelamento final das aldeias indígenas, expulsão dos jesuítas
 Empobrecimento dos lavradores de cana
 Mineradores que não conseguiram enriquecer ou empobreceram com a decadência da atividade
 Agricultores de alimentos, comerciantes, prestadores de serviços atingidos pelo declínio da mineração
Refluxo de parte da população de MG para o NE e outras regiões da Colônia
*
*
*
3. Urbanização
Mariana (MG) 
Rio de Janeiro
http://www.itf.org.br/wp-content/uploads/2013/05/MStoAnt02Taunay1816_556x486.jpg
 Cidades mineiras + Rio, São Paulo, Salvador
 Diversificação da elite colonial - 1820: apenas 7% da população BR vivem em cidades
*
*
*
Diversificação da produção, aumento da circulação monetária e do mercado interno
Relativa integração econômica e territorial
Transferência do centro econômico e de poder para o Sudeste
Diversificação de espaços e modalidades da escravidão – os “escravos de ganho”
*
*
*
Fluxos de
comércio 
relacionados
à mineração 
no
século XVIII
http://www.exklepsidra.net/klepsidra4
*
*
*
(Marc Ferrez – Coleção Gilberto Ferrez / Acervo Instituto Moreira Salles) 
http://gizmodo.uol.com.br/exposicao-brasil-escravatura/
Partida para a colheita de café
Vale do Paraíba, c. 1885
*
*
*
(Marc Ferrez – Coleção Gilberto Ferrez / Acervo Instituto Moreira Salles) 
http://gizmodo.uol.com.br/exposicao-brasil-escravatura/
Partida para colheita de café – Vale do Paraíba, c. 1885
*
*
*
Escravidão doméstica - 1
http://www.nonaarte.com.br/banco/Debret
*
*
*
Escravidão doméstica - 2
http://www.nonaarte.com.br/banco/Debret/deb109.jpg
*
*
*
Escravidão doméstica - 3
Negra com criança branca presa às costas – Bahia, 
c. 1870
(Fotógrafo não identificado – Acervo Instituto Moreira Salles)
http://gizmodo.uol.com.br/exposicao-brasil-escravatura/
*
*
*
http://www.allposters.com.br/-sp/A-Government-Employee-Leaving-Home-with-His-Family-and-Servants-posters_i1739938_.htm
Escravidão doméstica - 4
*
*
*
http://www.ars.com.br/projetos/ibrasil/1998/txtref.htm 
Mineração
*
*
*
(Marc Ferrez – Coleção Gilberto Ferrez / Acervo Instituto Moreira Salles)
http://gizmodo.uol.com.br/exposicao-brasil-escravatura/
Escravos na lavagem de ouro
Minas Gerais, c. 1880
*
*
*
Na cidade: os escravos de ganho
Fotos de Christiano Júnior – 1864-1866
http://www.liphis.com/imgescravo/imgescravo.htm?keywords=christiano+junior&and=0
*
*
*
“Capital humano”
http://www.nonaarte.com.br/banco/Debret/deb172.jpg
*
*
*
Abastecimento
 de água
Boqueirão e Aqueduto Carioca. Quadro de Leandro Joaquim, séc. XVIII (MHN) 
*
*
*
Saneamento básico
http://www.nonaarte.com.br/banco/Debret/deb168.jpg
*
*
*
Iluminação pública
http://www.nonaarte.com.br/banco/Debret/deb028.jpg
*
*
*
Transporte urbano - 1
http://www.terrabrasileira.net/folclore/origens/africana/retorno.jpg
*
*
*
Transporte urbano - 2
http://www.multirio.rj.gov.br
*
*
*
Transporte urbano 3
Senhora na liteira com dois escravos, Bahia, 1860 
(Acervo Instituto Moreira Salles)
http://www.pavablog.com/tag/escravos/
*
*
*
Transporte de carga
http://www.nonaarte.com.br/banco/Debret/deb165.jpg
*
*
*
Navegação
http://www.nonaarte.com.br/banco/Debret/deb161.jpg
*
*
*
Artesanato
http://www.bibvirt.futuro.usp.br
*
*
*
Produção de alimentos
Victor Frond, Fabricação de farinha
Rio de Janeiro, c. 1859 (fotografia litografada)
www.liphis.com/imgescravo/files/frond10.jpg
*
*
*
Construção civil
http://www.nonaarte.com.br/banco/Debret/deb134.jpg
*
*
*
Serviço de mudança
http://www.nonaarte.com.br/banco/Debret
*
*
*
Salão de beleza
http://www.nonaarte.com.br/banco/Debret
*
*
*
Banda de música
http://www.nonaarte.com.br/banco/Debret/deb011.jpg
*
*
*
Comércio ambulante - 1
http://www.nonaarte.com.br/banco/Debret
*
*
*
Comércio ambulante - 2
http://www.bibvirt.futuro.usp.br
*
*
*
Comércio ambulante - 3
http://hitchcock.itc.virginia.edu/SlaveTrade/collection/large/vista04.JPG
Henry Chamberlain, Views and costumes of the city and neighborhood of Rio de Janeiro, Brazil, 1919-1920
*
*
*
Quitandeiras – Rio de Janeiro, RJ, c. 1875
(Marc Ferrez – Acervo Instituto Moreira Salles) 
http://gizmodo.uol.com.br/exposicao-brasil-escravatura/
Comércio ambulante - 4
*
*
*
Acumulação de capital na colônia, diversificação das elites
Reforço da presença estatal – política pombalina – “absolutismo ilustrado” – “recolonização” (Texto 13)
 10. Novas formas de relação metrópole/ colônia – diversificação de interesses – conflitos – condições para a Independência (Texto 17) Revoltas antilusitanas: 1789 (MG), 1798 (BA), 1817 (PE)

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