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A individualização da Psicologia Social na America do Norte

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“A individualização da Psicologia Social”,
Uma das principais preocupações de Farr é de “contar a história da Psicologia social” delimitando suas origens e diferenças; uma psicologia social predominantemente americana, que difere da psicologia social europeia, esta, teria representado um movimento de resistência contra o positivismo da psicologia social norte-americana. Tendo em vista este objetivo ele discorre sobre alguns elementos importantes capazes de esclarecer esta diferenciação. Seu ponto de partida é a suposição de que a psicologia social moderna é um fenômeno predominantemente americano.
Farr começa a reflexão de seu texto com o Allport, criticando a influência das filosofias positivistas na elaboração dos relatos sobre a psicologia social na era moderna. As raízes da psicologia social são encontradas nas ciências sociais e humanas sendo essencialmente europeias. Mas Farr cita a tradição da Wissenschaft no interior do sistema universitário alemão como marco do nascimento da universidade moderna e a controvérsia entre a divisão do que era do campo das ciências sociais/humanas (Geisteswissenschaften) do que fazia parte das ciências naturais (Naturwissenschaften).
Durkheim ao separar a sociologia da psicologia criou uma crise de identidade para os psicólogos sociais e nesse contexto a psicologia social se desenvolveu tanto com uma psicologia social psicológica com também, como uma psicologia social sociológica.
Durkheim não foi o único a insistir que os fenômenos coletivos e individuas deveriam ser tratados separadamente. Wundt em “psicologia das Massas” (Völkerpsychologie) trata de linguagem, mito, magia, religião, costumes e os fenômenos cognatos e estes são compatíveis com as representações coletivas de Durkheim. Uma tentativa de não reduzir o sujeito.
A psicologia social moderna é considerada pelo autor um fenômeno caracteristicamente norte-americano. Segundo o autor isso se deve a contribuição de Allport para a individualização da disciplina, característica direta do behaviorismo e o experimentalismo. “Os behavioristas da América, assim como a geração mais jovem de experimentalistas alemães estudadas por Danziger, afirmavam que a psicologia era, em seu conjunto, um ramo das ciências naturais, assim repudiando Wundt. A emergência da psicologia social como uma ciência social experimental e comportamental foi, como Gordon Allport (1954) pretendia, um fenômeno caracteristicamente norte-americano” (FARR, p. 16).
Mas dentro desse mesmo contexto, não era somente o Behaviorismo que se desenvolvia na América na Norte que contribuía para a individualização da Psicologia social, na Europa a corrente teórica era a Gestalt. Os gelstaltistas com a emigração à América se depararam com o behaviorismo, paradigma dominante para a pesquisa em psicologia.
“A perspectiva da Gestalt individualizou o social tão efetivamente quanto o behaviorismo já o tinha feito. A individualização, desta vez, era em termos de percepção, e não de comportamento”. (Farr, p. 21) Perspectiva essa que não contribuiu para a constituição da psicologia social segundo Farr.
E ao se pensar em uma psicologia social para o contexto da americana latina creio que o paradigma seja o próprio contexto em que a psicologia social se desenvolveu. Farr mostra a posição da psicologia social norte-americana como sendo aquela de referencia e sendo assim, deve se refletir sobre as diferenças biopsicossociais e históricas da América do Norte e da América Latina.

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