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Ponto 3 (2ª parte) FEB (CE) 2º 2015 Prof. Wilson Vieira

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3. A Etapa Colonial: Séculos XVIII e XIX (2ª parte).
Disciplina: Formação Econômica do Brasil
UFRJ - Graduação em Ciências Econômicas (Bacharelado)
2º Semestre de 2015
Prof. Wilson Vieira
1. Regressão Econômica e Expansão da Área de 
Subsistência
 Segundo Furtado (2007: 132):
 Não se havendo criado nas regiões mineiras formas
permanentes de atividades econômicas – à exceção de
alguma agricultura de subsistência -, era natural que, com o
declínio da produção de ouro, viesse uma rápida e geral
decadência. (...). A ilusão de que uma nova descoberta
poderia vir a qualquer momento induzia o empresário a
persistir na lenta destruição de seu ativo, em vez de transferir
algum saldo liquidável para outra atividade econômica. Todo o
sistema se ia assim atrofiando, perdendo vitalidade, para
finalmente desagregar-se numa economia de subsistência.
1. Regressão Econômica e Expansão da Área de 
Subsistência
 Segundo Furtado (2007: 132):
 Houvesse a economia mineira se desdobrado num sistema
mais complexo, e as reações seguramente teriam sido
diversas. Na Austrália, três quartos de século depois, o
desemprego causado pelo colapso da produção de ouro
constituiu o ponto de partida da política protecionista que
tornou possível a precoce industrialização desse país.
1. Regressão Econômica e Expansão da Área de 
Subsistência
 Segundo Furtado (2007: 133):
 A existência do regime de trabalho escravo impediu, no caso
brasileiro, que o colapso da produção de ouro criasse fricções
sociais de maior vulto. A perda maior foi para aqueles que
tinham invertido grandes capitais em escravos e viam a
rentabilidade destes baixar dia a dia. O sistema se
descapitalizava lentamente, mas guardava sua estrutura. Ao
contrário do que ocorrera no caso da economia açucareira –
que defendia até certo ponto sua rentabilidade conservando
uma produção relativamente elevada -, na mineração a
rentabilidade tendia a zero e a desagregação das empresas
produtivas era total.
1. Regressão Econômica e Expansão da Área de 
Subsistência
 Regressão à economia de subsistência com decadência dos
núcleos urbanos e dispersão da população numa vasta
região, isolando-se os pequenos grupos uns dos outros e com
dificuldades de comunicação entre eles.
 Segundo Furtado (2007: 134):
 Em nenhuma parte do continente americano houve um caso
de involução tão rápida e tão completa de um sistema
econômico constituído por população principalmente de
origem europeia.
2. O Maranhão e a Falsa Euforia do Fim da Época 
Colonial
 Período 1775-1800: nova etapa de dificuldades para a
colônia.
 As vendas do açúcar descem aos seus níveis mais baixos e a
produção de ouro alcançou somente a média de 500 mil
libras.
 Nível de renda per capita mais baixo em todo o período
colonial.
2. O Maranhão e a Falsa Euforia do Fim da Época 
Colonial
 Segundo Furtado (2007: 138):
 Observada em conjunto, a economia brasileira se
apresentava como uma constelação de sistemas em que
alguns se articulavam entre si e outros permaneciam
praticamente isolados. As articulações se operavam em torno
de dois polos principais: as economias do açúcar e do ouro.
2. O Maranhão e a Falsa Euforia do Fim da Época 
Colonial
 Sobre o norte, Furtado (2007: 138-139) afirma:
 No norte estavam os dois centros autônomos do Maranhão e
do Pará. Este último vivia exclusivamente da economia
extrativa florestal organizada pelos jesuítas com base na
exploração da mão de obra indígena. O sistema jesuítico, cuja
produtividade aparentemente chegou a ser elevada mas
sobre o qual não se dispõe de muitas informações (...), entrou
em decadência com a perseguição que sofreu na época de
Pombal. O Maranhão, se bem constituísse um sistema
autônomo, articulava-se com a região açucareira através da
periferia pecuária. Dessa forma, apenas o Pará existia como
um núcleo totalmente isolado. Os três principais centros
econômicos - a faixa açucareira, a região mineira e o
Maranhão – se interligavam, se bem que de maneira fluida e
imprecisa, através do extenso hinterland pecuário.
2. O Maranhão e a Falsa Euforia do Fim da Época 
Colonial
 Segundo Furtado (2007: 139):
 Dos três sistemas principais, o único que conheceu uma
efetiva prosperidade no último quartel do século foi o
Maranhão.
 Fatores da prosperidade maranhense:
 I) Criação pelo Marquês de Pombal de uma companhia de
comércio altamente capitalizada.
 II) Mudança no mercado mundial de produtos tropicais devido
à Guerra de Independência dos EUA e à Revolução Industrial
inglesa, favorecendo a produção de algodão e arroz.
2. O Maranhão e a Falsa Euforia do Fim da Época 
Colonial
 Segundo Furtado (2007: 140):
 Excluído o núcleo maranhense, todo o resto da economia
colonial atravessou uma etapa de séria prostração nos últimos
decênios do século. (...). Contudo, um conjunto de fatores
circunstanciais deu à colônia, no começo do século XIX, uma
aparência de prosperidade, maior ainda porque a
transferência do governo metropolitano e a abertura dos
portos em 1808, criaram um clima geral de otimismo.
 Devido ao colapso da grande colônia açucareira francesa do
Haiti em 1789, abriu-se uma nova etapa de prosperidade para
a região açucareira do Brasil.
 O Nordeste, devido à Revolução Industrial inglesa, segue o
Maranhão e dedica também seus recursos à produção de
algodão.
2. O Maranhão e a Falsa Euforia do Fim da Época 
Colonial
 Segundo Furtado (2007: 141):
 As dificuldades surgidas nas colônias espanholas também
repercutem no mercado de produtos tropicais e couros. Dessa
forma, praticamente todos os produtos da colônia se
beneficiam de elevações temporárias de preços. O valor total
da exportação de produtos agrícolas praticamente duplica
entre os anos 80 do século XVIII e o fim da era colonial,
aproximando-se dos 4 milhões de libras. Entretanto, essa
prosperidade era precária, fundando-se nas condições de
anormalidade que prevaleciam no mercado mundial de
produtos tropicais. Superada essa etapa, o Brasil encontraria
sérias dificuldades, nos primeiros decênios de vida como
nação politicamente independente, para defender sua posição
nos mercados dos produtos que tradicionalmente exportava.
3. Bibliografia
 FURTADO, Celso. Regressão econômica e
expansão da área de subsistência. In: __________.
Formação econômica do Brasil. 34. ed. São
Paulo: Companhia das Letras, 2007. Cap. 15, p.
132-134.
 __________. O Maranhão e a falsa euforia do fim da
época colonial. In: __________. Formação
econômica do Brasil. 34. ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2007. Cap. 16, p. 137-141.

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