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FACULDADE PITÁGORAS DE IMPERATRIZ
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
 
AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE VOLTADAS PARA A EPIDEMIA DA AIDS E A ASSISTÊNCIA AOS PORTADORES DO VÍRUS.
	
PESQUISADORES:
ANA PAULA
EDUARDO ROCHA
GABRIEL SOARES
JESSYKA BRENDA
JULIANA LARIZA
LAYANA CRISTINA
SAMARA MOTA
IMPERATRIZ
OUT /2017
Sumário
41-INTRODUÇÃO	�
62- OBJETIVOS	�
62.1 Objetivo Geral:	�
62.2 Objetivos Específicos:	�
84- REVISÃO TEÓRICA	�
135- Metodologia	�
146- cronograma	�
157-BIBLIOGRAFIA	�
167- anexos	�
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1-INTRODUÇÃO 
O trabalho é centrado em uma reflexão sobre a atuação do assistente social frente à epidemia da AIDS e como se desenvolve essa atuação em Imperatriz-MA. A pesquisa realizada pauta-se pelo estudo e análise das políticas públicas voltadas para este público. 
A epidemia da AIDS no Brasil inicia-se em 1982. No decorrer da década de 80, ocorre no país importantes transições no campo das políticas sociais e em 1988 ocorre a afirmação do direito a saúde como direito fundamental da pessoa humana, cabendo ao estudo prévio as condições indispensáveis ao seu pleno exercício e a partir da constituição de 1988, a saúde torna-se direito universal sendo depois regulamentada pela Lei 8080/90 e 8142/90 que instituíram o Sistema Único de Saúde(SUS) com os princípios básicos da universalidade de acesso e participação social. 
Dessa forma, já que a saúde torna-se um direito que deve ser garantido pelo Estado, obviamente quem fica responsável pela operacionalização das políticas de saúde é o Assistente Social. 
Sabemos que a AIDS hoje se constitui como um problema de saúde pública, que atinge todos os países, é um problema grave em todo o mundo e afeta a faixa etária economicamente ativa e em idade fértil principalmente, além de necessitar de grande recurso financeiro para o tratamento e educação, nos países em desenvolvimento a situação se agrava pois passa a ser também um problema social, político e econômico.
O portador do vírus sofre bastante preconceito por parte de toda a sociedade, além da convivência com a doença não ser uma tarefa fácil, lidar com o preconceito tornam as coisas ainda piores.
Estudos mostram que no Brasil há uma transferência de culpa para as mulheres, os pobres e os homossexuais, culpabilização essa que ajuda a difundir ainda mais o preconceito tão contemporâneo em nossa sociedade.
Como podemos observar, o HIV/AIDS, tornou-se além de questão de saúde pública, também e principalmente uma das expressões da questão social, cabendo ao profissional do Serviço Social atuar através das políticas públicas viabilizando direitos para amenizar os impactos causados por essa síndrome na vida de tantas pessoas. 
Neste contexto o Serviço Social volta-se ao aspecto social pertinente a doença procurando trabalhar questões que interferem diretamente na sua condição de vida: o preconceito, a solidariedade, o apoio, que são vivenciados de diferentes maneiras em diversos grupos sociais. Na ação profissional, se insere o acompanhamento dos indivíduos e de suas redes de relações. Na tentativa de encaminhamento de soluções de problemas básicos: questões trabalhistas, previdenciárias, problemas familiares e suporte assistencial onde nesses aspectos ocorre uma luta que possa pelos órgãos governamentais e não governamentais. 
 
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2- OBJETIVOS 
2.1 Objetivo Geral: 
 
Identificar as principais políticas sobre o HIV\ AIDS no cenário de Imperatriz e o seu impacto na assistência ás pessoas que vivem com AIDS.
 2.2 Objetivos Específicos: 
Identificar as políticas públicas voltadas para os portadores do vírus HIV no município de Imperatriz-MA
Investigar se as políticas de saúde estão sendo suficientes para atender a demanda das pessoas soropositivas e como anda a regularidade da busca dos usuários para adquirir os medicamentos.
Averiguar como se da à atuação do assistente social na operacionalização das políticas de saúde voltados para este público.
Verificar se há projetos de orientação e conscientização da população sobre a prevenção e tratamento da doença na cidade. 
Investigar quais são os órgãos públicos responsáveis pelo acolhimento e tratamento da AIDS em Imperatriz. �
3- JUSTIFICATIVA
Justifica-se a necessidade dessa pesquisa, porque o estudo da epidemia da AIDS facilita a visualização da incidência da doença e nos mostra o impacto das ações dos serviços públicos do município de Imperatriz, apontando as necessidades de políticas públicas que sejam efetivas na conscientização dos portadores do vírus.
Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do vírus no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Por isso, o uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas. Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente os ARV a todas as pessoas vivendo com HIV que necessitam de tratamento. (Ministério da Saúde)
Espera-se com os resultados desta pesquisa fornecer informações sobre o papel do assistente social em relação as políticas públicas voltadas aos portadores e em relação aos medicamentos para os mesmos.
4- REVISÃO TEÓRICA 
 
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi reconhecida em meados de 1980, nos EUA, a partir da identificação de um número elevado de pacientes adultos do sexo masculino, homossexuais e Moradores de San Francisco, que apresentaram “sarcoma de Kaposi”, pneumonia por Pneumocystis jirovesi e comprometimento do sistema imune, os quais, sabemos, hoje são características típicas da AIDS (PINTO et al., 2007).
A AIDS é uma doença causada pelo vírus do HIV, que é um retrovírus adquirido principalmente por via sexual (sexo desprotegido) e sanguínea, por meio de objetos perfuro-cortantes contaminados. O vírus do HIV se reproduz no corpo humano nos linfócitos TCD4+, tornando o corpo vulnerável à infecção por doenças oportunistas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). Apesar de já terem se passado mais de três décadas do surgimentos dos primeiros casos de pessoas contaminadas pelo vírus do HIV, e ter se tornado rapidamente do conhecimento de toda população mundial pela rápida expansão e contaminação da doença entre as pessoas, o número de casos de contração da doença atualmente aumenta a cada dia com nos evidencia CANINI (et al., 2004) ao afirmar que o número de pessoas infectadas e doentes tem aumentado vertiginosamente desse curto período de tempo.
Ao estudarem sobre esta epidemia e os rumos que ela tem tomado no Brasil, alguns autores puderam identificar três direções importantes a respeito dos casos de contaminação pelo vírus da AIDS. A primeira delas é que há relativa tendência de expansão do número de casos entre as populações com baixo nível de renda e escolaridade, atingindo camadas sociais sem nenhuma ou quase nenhuma proteção social (ELLERBROCK TV, 1991). Em segundo lugar, verifica-se um processo de interiorização da infecção no país, para municípios de médio e pequeno porte. E por último, e não menos assustador, consubstanciando a assim chamada feminização da epidemia, cresce significativamente o número de mulheres infectadas pelo HIV. Isso decorre do fato das mulheres serem biológica, epidemiológica e socialmente mais vulneráveis (PINTO et al., 2007). Vale ressaltar que a lei 11.340/2006 recebeu o nome de Lei Maria da Penha, homenageando a mulher que fez do combate a violência de que foi vitima uma razão para viver e para lutar pela dignidade humana e pela justiça social, visto que uma das formas de mais recorrentes de transmissão do vírus do HIV se também através da violência sexual sofrida por mulheres em todo o mundo justamente por serem socialmente
mais vulneráveis como PINTO afirmou anteriormente.
A epidemia do HIV/AIDS surgiu em uma época em que as autoridades sanitárias mundiais supunham que as doenças infecciosas haviam sido controladas, em função das tecnologias e do saber médico moderno. No Brasil a AIDS constitui-se como uma temática bastante relevante na busca de respostas sobre como o poder público brasileiro organiza e estabelece as políticas públicas de saúde.
O art.196 da Constituição Federal de 1988 declarou o direito à saúde como universal, não condicionado a contribuição, e a Lei n. 8080, de19/09/1990, Lei Orgânica da Saúde (LOS), regulamentou os artis.196 a 200 da Constituição Federal, alterados pelas Leis n. 9.832/1999, n. 10.424/2002 e n. 11.108/2005. A Lei n. 8.142, de 28 /12/1990, regulou a participação da comunidade na gestão do SUS e as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. Além disso, instituiu as conferências e conselhos de saúde, sua estrutura e funcionamento.
Assim, como afirma (Bravo 2000) a LOS é categórica ao estabelecer, no seu art. 2°, o dever do Estado de prover as condições indispensáveis a seu pleno exercício, por meio de políticas públicas. Carlos Simões (2014, p. 129) vai dizer que desse princípio decorre, segundo o Poder Judiciário, que o estado é responsável pelo fornecimento gratuito de medicamentos, não somente por força dos mandamentos constitucionais, (arts.196 e 198), como também da citada lei, a todos os que não tenham condições materiais de arcar com as despesas de tratamento (Recurso Especial n. 212346-RJ, 1999/0039005-9; e Recurso ordinário em Mandado de segurança n. 13452-MG,2001/0089015-2).
Dessa forma Carlos Simões (2014, p. 129) ainda diz mais, a Constituição instituiu planos integrados de ação de medicina preventiva e curativa, saúde ocupacional e higiene, medicamentação, alimentação e meio ambiente, por sua vez assegurados por uma estrutura unificada, em resultado da vontade constituinte de uma política integralizada de combate à doença, assegurada à toda a população, independentemente de sua condição social.
O Serviço Social tem como objeto de estudo as expressões da questão social, portanto assistente social atua na operacionalização das políticas públicas buscando sempre através delas amenizar as multiplicas expressões da questão social como enfatiza Iamamoto ao afirmar que “um dos maiores desafios que o assistente social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano.” (Marilda, Iamamoto1999).
A questão social se manifesta de diversas formas através de suas múltiplas expressões, em todos os campos da realidade social, e a AIDS e sua proliferação são também consideradas expressões da questão social, pois é também uma questão de saúde pública, portanto faz-se necessária a atuação do profissional de serviço social no seu trato, até mesmo por que o impacto social causado na sociedade mundial pela AIDS desde seu surgimento até os dias atuais é imenso e por isso requer a atuação do profissional de Serviço Social, Francisco Kem vai dizer que:
‘’ Quando o medo da AIDS afronta o ser humano, este é capaz de romper com o que há de mais belo: relações pessoais, amizades, relações mais intimas. É como se uma avalanche se espalhasse sobre as suas seguranças e convicções. É também nesse contexto em que o Serviço Social atua, tendo presente o processo de fragilização causado pelo impacto da AIDS, o que requer uma proposta de enfrentamento em que o fortalecimento humano-social passa a ser a objetivação da ação.’’ (Kem, Francisco A. Joaquim 2005, P.63).
Nos últimos anos, a epidemia da AAIDS vem colocando novos desafios para as políticas públicas, segundo a Política Nacional de DST/AIDS (1999), que diz que para enfrenta-los, é importante situá-los nacionalmente, em sentido amplo, e de forma específica no setor saúde. No Brasil as populações marginalizadas são as que tem maior dificuldade de acesso aos serviços de saúde, de assistência, à formação e à educação. Na maioria das vezes essas pessoas estão à margem das políticas públicas, e isso dificulta as ações que visam as ações que visam à prevenção, ao diagnóstico precoce e até mesmo à assistência. São populações mais vulneráveis devido à exclusão social em que se encontram dentro da própria estrutura social – pessoas, enfim que são mais atingidas por doenças infectocontagiosas, entre elas o HIV. 
Novos avanços na Implantação do SUS se darão, tendo como precondições a negociação, a articulação e a pactuação entre gestores das três esferas de governo e em permanente diálogo com a sociedade civil. Este é um desafio que está posto não apenas para a área programática de DST/AIDS, mas para todo o setor saúde. A articulação Inter setorial com as diferentes áreas do Ministério da Saúde é fundamental para avançarmos na adoção de medidas preventivas e de assistência em DST/AIDS. Para tanto, já estão em curso ações conjuntas com as áreas da saúde da mulher, do adolescente, da criança, da saúde mental, vigilância Sanitária, saúde da família e de agentes comunitários de saúde, entre outras. Entretanto, mesmo diante dessas adversidades, obtivemos conquistas nas políticas públicas relativas à epidemia da AIDS no Brasil. Algumas com mais destaque são a adoção de um referencial teórico consensual; o acesso universal aos medicamentos (Decreto Presidencial de 13/11/1996; a criação de serviços específicos, como Hospital Dia, Serviço de Assistência Especializada, Centros de Testagem e Aconselhamento e Atendimento Domiciliar Terapêutico; Instrumentos legais de proteção aos direitos dos afetados, tais como Lei n° 9.313/96 (distribuição gratuita de medicamentos aos portadores do HIV e doentes de AIDS); um melhor controle da transmissão por transfusão de sangue e hemoderivados; e a parceria com estados, municípios e sociedade civil.
A Política Nacional de DST/AIDS (1999), vai integrar três componentes onde considera que se, articulados entre si, podem responder à epidemia da AIDS no Brasil. São eles: 
Componente 1 – Promoção, Proteção e Prevenção;
Componente 2 – Diagnóstico e Assistência;
Componente 3 – desenvolvimento Institucional e Gestão.
O Componente 1 vai abranger as áreas de Prevenção, Articulação, com ONG, Drogas e AIDS, Comunicação e Direitos Humanos e Saúde mental em HIV/AIDS. Ele articula seus direcionamentos, estratégias e ações, visando a redução da infecção pelo HIV, e por outras DST, onde os principais conceitos da área de promoção a saúde são vulnerabilidade e risco, redução de danos, direitos humanos, participação e controle social e comunicação social. Este componente considera a qualidade de vida como condição mínima necessária para que o indivíduo possa ser sujeito de sua cidadania.
Dentro da área de controle e prevenção da AIDS, as políticas de saúde contam a disponibilidade dos Centros de Testagem e Acolhimento (CTA), que são considerados de suma importância para as ações de promoção à saúde e constituem espaços que garantem o acesso da população à realização do diagnóstico precoce, ao mesmo tempo em que também possibilitam o contato com grupos que se encontram em situação de risco e vulnerabilidade. O teste é acompanhado de atividades de educação, aconselhamento e de intervenção, sendo um dos principais objetivos dos CTA, a promoção do acesso ao diagnóstico da infecção pelo HIV, de forma confidencial e gratuita.
A saúde é definida como um direito à cidadania e dever do Estado “garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco e outros agravos e acesso universal e igualitário ás ações e serviços para sua promoção, prevenção e recuperação”. (Lei 8.080 e 8142, Leis Orgânicas da Saúde – LOS. 1990), essa constitucional estabelece os princípios da descentralização, municipalização e o controle social do Sistema Único de saúde (SUS).
A partir da década de 1990, o ministério da Saúde intensificou
suas ações visando a melhoria da qualidade da atenção oferecida aos portadores de DST, HIV por meio da diversificação das modalidades assistenciais ofertadas, treinamento/capacitação técnica, organização de sistemas de referência e contra- referência, envolvendo todos os níveis de serviços da rede de assistência, nos moldes preconizados pelo SUS. Entre essas ações, destacou-se a implementação de uma política de assistência farmacêutica que busca garantir o acesso universal e gratuito aos medicamentos antirretrovirais, para os indivíduos HIV positivo, e também exames laboratoriais necessários para a monitorização do tratamento, resultando na redução significativa da mortalidade pela doença e proporcionando uma melhor qualidade de vida e redução dos custos econômicos e sociais relacionados direta e indiretamente à doença. O componente Diagnóstico e Assistência da CN-DST/AIDS/MS tem como função principal definir e implementar diretrizes, estratégias e linhas de ação para garantir que os indivíduos infectados pelo HIV, tenham acesso a procedimentos de diagnóstico e tratamento de qualidade na rede pública de saúde.
Tendo em vista a atuação do Serviço Social no trato da patologia da AIDS, através das políticas públicas de saúde, vale citar as legislações aplicáveis ao campo da Assistência Social: 
Lei n° 8.742 (Lei Orgânica da Assistência Social), de 7 de dezembro de 1993; Decreto 1.330, de 6 de dezembro de 1994, e Medida Provisória n° 1.117, de 22 de setembro de 1995, dispõe sobre a organização da Assistência Social e da outras providências. Dispõe sobre a concessão de benefício de prestação continuada, previsto no artigo 20 da lei n° 8.742, e da outras providências.
5- Metodologia
De acordo com Minayo (1994, p.22), a pesquisa qualitativa surge diante da impossibilidade de investigar e compreender, por meios de dados estatísticos, alguns fenômenos voltados para a percepção, a intuição e a subjetividade. Esta direcionada para a investigação dos significados das relações humanas, em que suas ações são influenciadas pelas emoções e/ou sentimentos aflorados diante das situações vivenciadas no dia-a-dia. 
Trata-se de pesquisas que geralmente proporcionam maior familiaridade com o problema, ou seja, têm o intuito de torna-lo mais explícito. Seu principal objetivo é o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuição. Selltiz et al. (apud GIL, 199, p. 45), ao referir-se à pesquisa exploratória, afirma que:
Na maioria dos casos são pesquisas que envolvem: levantamento bibliográfico, entrevista com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos que “estimulem a compreensão”.
Este estudo se caracteriza quanto à abordagem do problema em uma pesquisa qualitativa em função de a realidade ser constituída por fenômenos socialmente construídos e apresenta, como principal objetivo, compreender melhor os fenômenos, não tendo como finalidade o estudo estatístico e a generalização dos fatos (APPOLINÁRIO, 2009). Por sua vez, também apresenta a classificação quanto ao objetivo como sendo exploratório, por ter como finalidade descrever as características de determinada população (BEUREN, 2003).
 Esse projeto tem em sua estrutura uma classificação metodológica, quanto aos procedimentos, ocorre como pesquisa exploratória e bibliográfica. Pesquisa bibliográfica em função de buscar conhecer as informações propostas a partir do tema apresentado. Sua finalidade é a de colocar o pesquisador em contato direto com a prática profissional do assistente social no âmbito social através de tudo que foi escrito, dito ou filmado sobre o tema proposto. 
A classificação, como sendo uma pesquisa exploratória, tem em sua finalidade a obtenção de um estudo inicial do objeto, onde está sendo investigado através da pesquisa. Ela é aplicada de maneira que o pesquisador tenha uma maior proximidade com o universo do objeto de estudo, oferecendo informações e através da orientação formular ma hipótese de estudo. 
Analise de dados
Quais as politicas públicas voltadas aos portadores do vírus HIV?
R- Aqui a gente tem a cesta básica que é para ser distribuída. mas esse ano aqui a gente ainda não teve o privilegio de receber, foi distribuído ate Abril. mas uma reserva que tínhamos do ano passado, esse ano porém, ainda não vieram as cestas básicas, e a gente também aqui, coloca sempre também, pela necessidade dele de não está trabalhando, não ser inserido no mercado de trabalho e dependendo da qualidade de vida que ele está no momento a gente solicita também ao médico o laudo, juntamente com o exame que comprove a patologia dele e o estado dele como está no momento, para ele poder ter acesso ao beneficio assistencial. nem todos recebem, tem pacientes que fazendo uso da medicação, as vezes melhoram a um ponto que não precisam esta recebendo nada de beneficio e nem encostado pelo INSS, nada. Então eles não tem essa necessidade, eles tem uma vida normal, trabalham normal. agora uns que ficam bem debilitados, ficam sem andar, alguns tem aqui o que a gente conhece aqui como a neurotoxoplasmose o que debilita demais o paciente. Então, esses ai, são os que a gente faz um laudo aqui, faz o laudo não, a gente solicita ao médico, a gente faz a orientação aqui do que ele pode receber do que ele pode ganhar.
Como tais politicas estão sendo operacionalizada?
R - A gente ta com essa deficiência da cesta básica, que nunca tem. Então era uma coisa que ajudava bastante e também motivava ele a dar continuidade ao tratamento. nós temos muitos aqui que pelo fato de não ter a cesta eles não estão vindo, a cesta incentiva bastante a eles virem aqui e continuarem participando do programa. Tanto que a gente tem um grupo aqui chamado grupo de adesão, funciona na ultima quinta feira do mês junto com seu Edson, que vocês já conheceram. Esse grupo é para motivar esse paciente mesmo com essas deficiências, mas pra virem aqui para dar continuidade ao tratamento, para não se sentir isolado, pra não se sentir deprimido, triste. Então, esse grupo, ele funciona para isso. Então é uma vez no mês e geralmente nós aqui funcionários que trazemos algum lanche, alguma coisa assim para incentivar e ver se esse paciente continua vindo.
Então esse incentivo parte de vocês e não do sistema, não do Estado?
Não, no momento não.
Existem projetos de orientação e conscientização quanto à prevenção e tratamento da doença? Quais são?
R – Olha, a gente faz muito é digamos uma determinada empresa chama a equipe aqui do IST, não é mais DST que a gente chamava. agora é IST, porque não é mais doença sexualmente transmissível é Infecção e nem toda infecção é uma doença. Então, fica infecção. então as empresas elas chamam aqui, a equipe vai dá uma palestra, levam os enfermeiros aqui para fazer os testes e ai vai a assistente social, vai as enfermeiras, também vai a bioquímica, então se faz toda uma palestra de conscientização do que é a doença, como pega, por que as vezes, eles nem sabe como é que pega. ainda acha que é triscando, digamos que o paciente é portador do vírus, só em triscar em você, você já vai pegar. então tem certas coisas que eles não conhece. então pra isso, tem a equipe aqui que vai até o local e faz as palestras e ensina tudo, mostra, orienta.
Como é feita a distribuição de remédios às pessoas soropositivas?
R – Nos temos a equipe de enfermeiros. Então, o paciente quando ele vem aqui, ele já faz o primeiro teste né, ele fez o teste digamos diagnosticou e deu que é soropositivo. Ele tem um agendamento com médico, o médico vai ver qual é o tipo de medicação que ele necessita e ai ele passa a receber todo mês aquela medicação, aquela dosagem. ele vem aqui normal, passa pelo SADI que é o Serviço de Atendimento lá na frente, vem com o prontuariozinho aqui na sala da frente que é a farmácia, é distribuída a medicação. A medicação não está faltando, graças a Deus. Que nós tivemos aqui, um período de alguns dias, pelo ministério da saúde, que não encaminhou para cá. mas agora está tudo
normal, agora eles estão recebendo todos os meses. Eles vem receber, as vezes o paciente não vem, mas encaminha alguma pessoa da família né. Tem casos também desses municípios que é pra funcionar dessa forma, como não tem o tratamento no município, tem o TFD que é o tratamento fora do domicilio, então o paciente deve receber uma ajuda do município de origem pra poder se deslocar e vir aqui. Mas como a gente sabe da crise que o país tá passando, então, nem todos os municípios disponibiliza a verba né. Então ás vezes vem um assistente social, vem um enfermeiro buscar a medicação o nome daqueles pacientes que residem lá, mais de qualquer maneira a distribuição é feita.
 
Como é feito o acompanhamento entre o Assistente Social e os portadores do vírus?
R – Quando eles buscam o atendimento aqui no IST, eles procuram o Serviço Social, a gente não vai atrás do paciente. Eles procuram vir aqui. Ai eles querem conversar sobre algum problema familiar, uma depressão que ele esta sentindo, um problema de “ ah eu não to trabalhando, o que eu posso fazer” e ai entra o caso que nem todos os pacientes tem direitos acessos a benefícios assistenciais, mais o atendimento é esse, eu fico aqui na salinha, eles procuram o serviço social.
As politicas de saúde já existentes para atender o público soropositivo são suficiente para atender a demanda? Se não qual a deficiência vista nessas politicas?
R – Olha nem todas são levadas assim a acontecer, por que a gente sabe aqui o paciente pra vim pra cá ele precisa, ele não tem condições financeiras, ele não é assistido pelo BPC. Então, tem pacientes que moram bem longe, não tem como vir aqui para o programa, fica difícil. Então, o que necessitaria do passe pra ele poder vir aqui, que é a travessia, esse passe no momento não está funcionando né, é um passe que dava direito dele vir pegar a medicação, fazer o acompanhamento, não tem. Então, dificulta ele vir pra cá. Se essas politicas tivessem realmente funcionando, a vida de um portador, um soropositivo ou de qualquer outro usuário do SUS, nossa seria bem melhor, mas eles não estão tendo essa assistência e assim uma coisa que hoje tem, ai passa dois, três, quatro, cinco meses, um ano, igual a gente tá agora, praticamente sem poder dar um suporte maior para o paciente, então as politicas ficam incompletas.
Qual a primeira providência tomada pelo o Assistente Social ao receber no Complexo de Saúde uma pessoa com o vírus HIV? 
a primeira providencia é tirar da cabeça daquela pessoa, quando ele recebe o diagnostico que ele está, que ele é soropositivo, que ele tem AIDS. Então ele se acha, nossa, como se fosse uma sentença de morte pra ele. Então a gente procura mostrar, que apesar de ele está com essa doença e ele vai conviver pro resto da vida com essa doença, mas isso não significa que seja uma sentença. Ele pode ter uma qualidade de vida como a minha, como a de qualquer outra pessoa. Então, a nossa orientação aqui é sempre essa, de ele dar a continuidade nos medicamentos, no tratamento, pra ele poder ter uma vida tranquila, sem fumo, sem álcool, nada de exageros. Porque exagero vai fazer mal a mim e a qualquer outra pessoa. Então as nossas orientações são essas. Eles procuram nosso atendimento, geralmente, a gente busca fazer, colocar a entender que isso não é uma sentença de morte pra ele. Que ele vai conviver com aquilo ali, mas que ele pode ter até uma qualidade de vida superior a de qualquer outra pessoa também.
Qual a visão do Assistente Social sobre as politicas publicas voltadas para o enfrentamento da AIDS em Imperatriz?
Olha, a gente tá buscando sempre aqui melhorar a qualidade de vida desse paciente. Mas não depende só do programa, a gente entende que não depende só do programa e não depende só da secretaria. O ministério da saúde tem que fazer a parte dele, fazendo a parte la de cima. Logico que as demais coisas vão dar certo. Né, é uma sequencia. Se o sistema falha em um determinado lugar, principalmente no inicio, vai desandar tudo, né. Mas a gente aqui dentro do possível vai dar uma assistência pra esse paciente, mesmo com as nossas limitações que a gente tem, que são muitas. Eu to aqui desde junho, eu trabalhava lá no socorrão. Então desde junho, eu cheguei aqui nessa demanda de as pessoas virem aqui, procurar por essa cesta. Agora mesmo um rapaz entrou aqui procurando “já chegou a cesta? Não”. Então, eu to vendo que mesmo nas limitações aqui, mas o programa ele ainda continua firme. Dando a assistência , digamos em palavra, em motivação, na distribuição do remédio, que não pode faltar. No acompanhamento , que as vezes vem a família aqui pra gente dar uma orientação, pra gente dar um incentivo, um animo pra não deixar a peteca cair, a coisa tem que funcionar, você tem que viver, tem que melhorar. Mesmo com essas limitações, o programa funciona.
	MÊS/ETAPAS
	 Agosto/17
	Setembro/17
	Outubro/17
	Novembro/17 
	Dezembro/17 
	Escolha do tema
	29/08/17
	
	
	
	
	Levantamento bibliográfico
	
	05/09/17
	
	
	
	Referencial teórico em função da determinação dos objetivos
	
	
26/09/17
	
	
	
	Pesquisa de Campo (ofício para identificação do estudante, identificação do campo; observação)
	
	
	03 a 31/10/17
	
	
	Coleta de dados
(entrevista; questionário: aberto/fechado); documento de autorização para divulgação dos dados.
	
	
	03 a 31/10/17
	
	
	Análise dos dados
	
	
	07/11/2017
	
	
	Redação do Projeto
	
	
	
	14/11/2017
	
	Entrega e apresentação do Projeto
	
	
	
	
	21 a 28/11/17
6- cronograma 
7-BIBLIOGRAFIA
 COUTO, Berenice Rojas. O Sistema Único de Assistência Social no Brasil: uma realidade em movimento – 3. ed rev. e atual. – São Paulo: Cortez, 2012.
 
Código de ética do/a assistente social. Lei 8.662/93 de regulamentação da profissão. – 9 ed. Ver. E atual. – [Brasília]: Conselho Federal de Serviço Social, [2011].
Simões, Carlos.
Curso de Direito do Serviço social/ Carlos Simões. 7 . ed. São Paulo : Cortez, 2014. – (Bibliografia básica de serviço social; v.3).
Lei Maria da Penha: Lei n° 11.340, de 7 de agosto de 2006, que dispõe sobre mecanismo para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. – Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2010. 
Política nacional de DST/Aids: princípios e diretrizes/ Coordenação Nacional de 
DST e Aids. 1.ed._ Brasília: Ministério da saúde 1999.
Pinto ACS, Pinheiro PNC, Vieira NFC, Alves MDS. Compreensão da Pandemia de aids nos últimos 25 anos. DST – J bras Doenças Sex Transm 2007.
Canini SRMS, Reis RB, Pereira LA, Gir E, Pelá NTR. Qualidade de vida de indivíduos com HIV/aids: uma revisão de literatura. Ver Latino-am Enfermagem 2004. 
Lazzarotto Ar, Kramer AS, Hadrich M, Tonin M, Caputo P, Sprinz E. O conhecimento de HIV/aids na terceira idade: estudo epidemiológico no Vale dos Sinos, Rio Grande do Sul, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 13(6): 1883-1840,2008.
Brasil, Ministério da Saúde. Programa Nacional de DST e AIDS. Boletim epidemiológico AIDS. Brasília – DF, Ano III, n° 1, Jan a Jun/2006.
http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv/tratamento-para-o-hiv
As Mediações Em Redes Como Estratégia Metodológica do Serviço Social - 3ª Ed. 2012 - Francisco Arseli Kern
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7- anexos 
								 
 
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