Buscar

Ponto 6 (1ª parte) FEB (CE) 2º 2015 Prof. Wilson Vieira

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

6. A Economia Brasileira no século XIX (1ª parte).
Disciplina: Formação Econômica do Brasil
UFRJ - Graduação em Ciências Econômicas (Bacharelado)
2º Semestre de 2015
Prof. Wilson Vieira
Passivo Colonial, Crise Financeira e Instabilidade 
Política
 Inicialmente, Furtado traça um quadro impressionista da
situação política do Brasil a partir de 1808, cabendo destacar:
i) vinda da família real portuguesa para o Brasil (Rio de
Janeiro); ii) “abertura dos portos”; iii) tratados de 1810 com a
Inglaterra, que a tornam uma potência privilegiada, com
direitos de extraterritorialidade e tarifas preferenciais
extremamente baixas, e cujas consequências para o Brasil
foram negativas, pois se constituíram em uma séria limitação
à autonomia do governo no setor econômico; iv)
independência em 1822; v) acordo de 1827 (com a
consolidação da posição da Inglaterra); vi) eliminação do
poder pessoal de D. Pedro I em 1831 e a consequente
ascensão definitiva ao poder da classe colonial dominante
formada pelos senhores da grande agricultura de exportação.
Passivo Colonial, Crise Financeira e Instabilidade 
Política
 Segundo Furtado (2007: 143-144):
 Se a independência houvesse resultado de uma luta prolongada,
dificilmente ter-se-ia preservado a unidade territorial, pois
nenhuma das regiões do país dispunha de ascendência sobre as
demais para impor a unidade. Os interesses regionais
constituíam uma realidade muito mais palpável que a unidade
nacional, a qual só começou realmente a existir quando se
transferiu para o Rio o governo português. A luta ingente e inútil
de Bolívar, para manter a unidade de Nova Granada, constitui um
exemplo do difícil que é impor uma ideia que não encontra
correspondência na realidade dos interesses dominantes”.
 O liberalismo do Visconde de Cairu em contraposição à posição
com ranços mercantilistas do Visconde de Strangford (inglês).
Maneiras diferentes de se pensar a construção da nação.
Passivo Colonial, Crise Financeira e Instabilidade 
Política
 Uma vez que não existia na colônia sequer uma classe
comerciante de importância (devido ao Pacto Colonial),
resultava, então, que a única classe com expressão era
a dos grandes senhores agrícolas e que qualquer que
fosse a maneira como se daria a independência, ela é
que ocuparia o poder (como ocorreu, particularmente,
após 1831). Para tal classe, era fundamental a liberdade
de comércio e para que isso ocorresse era necessário o
desaparecimento do entreposto português a fim de
provocar a baixa de preços nas mercadorias importadas,
maior abundância de suprimentos e ampliação das
facilidades de crédito.
Passivo Colonial, Crise Financeira e Instabilidade 
Política
 Após a independência e no decorrer da primeira metade
do século XIX viu-se um quadro de conflito entre os
dirigentes da grande agricultura brasileira e a Inglaterra
não por causa de discordâncias em relação à ideologia
econômica, mas sim por causa da falta de coerência
com que os ingleses seguiam a ideologia liberal, como
pode ser visto no tratado de comércio de 1810, um
instrumento criador de privilégios.
Passivo Colonial, Crise Financeira e Instabilidade 
Política
 Segundo Furtado (2007: 145):
 Aplicada unilateralmente, a ideologia liberal passou a criar sérias
dificuldades à economia brasileira, exatamente na etapa em que
a classe de grandes agricultores começava a governar o país. É
nesse ambiente de dificuldades que a Inglaterra pretende impor a
eliminação da importação de escravos africanos. Assim, entre as
dificuldades que encontravam para vender os seus produtos e o
temor de uma forte elevação de custos provocada pela
suspensão da importação de escravos, a classe de grandes
agricultores se defendeu tenazmente, provocando e enfrentando
a ira dos ingleses. O governo britânico, escudado em sólidas
razões morais e impulsado pelos interesses antilhanos que viam
na persistência da escravatura brasileira o principal fator de
depressão do mercado do açúcar, usou inutilmente todos os
meios a seu alcance para terminar com o tráfico transatlântico de
escravos.
Passivo Colonial, Crise Financeira e Instabilidade 
Política
 O autor mostra, então, que devido aos acordos
comerciais com a Inglaterra houve a impossibilidade de
aumentar o imposto de importação nos primeiros anos
de Brasil independente, o que trouxe dificuldades
econômicas e políticas para o Brasil, uma vez que o seu
aparelho fiscal era quase inexistente na época e as
aduanas se constituíam, então, como fonte de receita e
meio de subsistência do governo. Contudo, no meio
dessas dificuldades, o café começa a surgir como nova
fonte de riqueza para o país, importante na constituição
de um centro de resistência contra as forças de
desagregação que atuavam no norte e no sul.
Passivo Colonial, Crise Financeira e Instabilidade 
Política
 Mesmo com a “salvação” do café, o autor lembra que o
recurso que o governo utilizou para financiar seus gastos
- uma vez que os problemas relatados sobre o aparelho
fiscal brasileiro e sobre as tarifas de importação sobre os
produtos ingleses eram de grandes dimensões – foi o da
emissão monetária e das desvalorizações periódicas do
mil-réis, que não trouxeram grandes problemas para a
classe de senhores agrícolas (em boa medida se
autoabasteciam em seus domínios), mas sim para as
populações urbanas, pois provocaram um
empobrecimento das mesmas, uma vez que tais atos
causavam inflação, o que, segundo Furtado, explica o
caráter principalmente urbano das revoltas.
Bibliografia
 FURTADO, Celso. Passivo colonial, crise financeira e
instabilidade política. In: __________. Formação
econômica do Brasil. 34. ed. São Paulo: Companhia
das Letras, 2007. Cap. 17, p. 142-149.

Outros materiais