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ICMBIO PROTEÇÃO, CONTROLE E MONITORAMENTO AMBIENTAL

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 Página 1 
 
 
 
PROTEÇÃO, CONTROLE E MONITORAMENTO AMBIENTAL: 
 
1 Monitoramento ambiental: conceitos, objetivos e suas aplicações no monitoramento de solo, ar, água, 
fauna, flora e ecossistemas. 2 Proteção florestal (prevenção e combate a incêndios florestais), legislação 
aplicada ao uso do fogo. 3 Conceitos básicos de: cartografia, sistemas de informação geográfica, 
sensoriamento remoto, imageamento e interpretação de mapas. 4 Lei nº 9.605/1998. 5 Decreto nº 6.514/2008. 
6. Lei Complementar nº 140/2011. 
 
1 Monitoramento ambiental: conceitos, objetivos e suas aplicações no monitoramento de 
solo, ar, água, fauna, flora e ecossistemas. 
 Monitoramento Ambiental consiste na realização de medições e/ou observações específicas, 
dirigidas a alguns poucos indicadores e parâmetros, com a finalidade de verificar se 
determinados impactos ambientais estão ocorrendo, podendo ser dimensionada sua magnitude e 
avaliada a eficiência de eventuais medidas preventivas adotadas (Bitar & Ortega, 1998). 
 Segundo Machado (1995), a elaboração de um registro dos resultados do monitoramento é de 
fundamental importância para o acompanhamento da situação, tanto para a empresa e para o 
Poder Público, como também para a realização de auditoria, tema que veremos no próximo 
tópico. 
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Monitoramento ambiental 
O monitoramento ambiental é uma importante ferramenta para a administração dos recursos 
naturais. Este oferece conhecimento e informações básicas para avaliar a presença de 
contaminantes, para compreender os sistemas ambientais e para dar suporte as políticas 
ambientais. 
O monitoramento consiste em observações repetidas de uma substância química químico ou 
mudança biológica, com um propósito definido de acordo com um planejamento prévio ao longo 
do tempo e espaço, utilizando métodos comparáveis e padronizados. Segundo van der Oost e 
colaboradores (2003), os cinco métodos de monitoramento ambiental que devem ser seguidos 
para avaliar o risco de contaminantes para os organismos e classificar a qualidade ambiental dos 
ecossistemas são: 
- monitoramento químico – avalia a exposição medindo os níveis de contaminantes 
bem conhecidos nos compartimentos ambientais; 
- monitoramento da bioacumulação – avalia a exposição medindo os níveis de 
contaminantes na biota ou determinando a dose crítica no local de interesse (bioacumulação); 
- monitoramento do efeito biológico – avalia a exposição e o efeito determinando 
as primeiras alterações adversas que são parcial ou totalmente reversíveis 
(biomarcadores); 
- monitoramento da saúde – avalia o efeito através do exame da ocorrência de doenças 
irreversíveis ou danos no tecido dos organismos; 
- monitoramento dos ecossistemas – avalia a integridade de um ecossistema 
através de um inventário de composição, densidade e diversidade das espécies, entre outros. 
Quando organismos vivos são usados no monitoramento ambiental para avaliar mudanças no 
meio ambiente ou na qualidade da água o monitoramento é chamado de monitoramento 
biológico ou biomonitoramento. Para que um biomonitoramento seja bem sucedido é 
importante a escolha do biomonitor que atenda as seguintes características (Figueira, 2006) 
• capacidade de acumulação mensurável da substância química de interesse; 
• distribuição generalizada na área de estudo; 
• ausência de variações sazonais na quantidade disponível para amostragem; 
• capacidade de acumulação diferenciada do poluente, relacionando a intensidade de 
exposição ao fator ambiental. Esta relação deve poder ser descrita de uma forma quantitativa ou 
semi-quantitativa; 
• ausência de variações sazonais na capacidade de acumulação; 
• acumulação da substância química apenas pela via que se quer avaliar; 
• identificação taxonômica fácil; 
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• que tenha sua fisiologia, ecologia e morfologia suficientemente estudada. 
Assim, durante o biomonitoramento são utilizados biomarcadores (celulares, tecido, fluidos 
corporais, mudanças bioquímicas, entre outros) para indicar a presença de poluentes ou como 
sistema de aviso de efeitos iminentes. 
Biomarcadores 
 O biomarcador é uma característica que pode ser: bioquímica, fisiológica, morfológica ou 
histológica, utilizada para indicar a exposição ou o(s) efeito(s) de uma substância sobre o 
organismo de um ser vivo. A qualidade de um biomarcador está relacionada a capacidade de 
uma mudança ser medida antes que alguma consequência adversa significativa ocorra no 
organismo de interesse. Um biomarcador ideal deve ser específico para um composto ou 
classe de compostos, podendo ser utilizado em diferentes espécies (IPCS,1993). 
 Convém salientar que é necessário que o sistema envolvido seja bem conhecido para que 
se possa interpretar a influência que o meio ambiente exerce sobre ele. 
 A ordem seqüencial de resposta ao estresse causado por um poluente em um sistema 
biológico é visualizado na Figura 9. O efeito em nível hierárquico superior é sempre precedido 
por mudanças no processo biológico. Desta forma, o biomarcador é utilizado como um sinal 
prévio refletindo a resposta biológica causada por uma toxina. 
 
 Representação esquemática da ordem sequencial de respostas ao estresse causado por 
poluentes em um sistema biológico (adaptado de van der Oost et al., 2003). 
 Biomarcadores podem ser divididos em três classes (National Research Council, 2003; 
IPCS, 1993): 
- biomarcadores de exposição: são aqueles que detectam e mensuram a 
quantidade de uma substância exógena, seus metabólitos ou o produto da interação 
entre o xenobiótico e a molécula ou célula alvo em um compartimento do organismo; 
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- biomarcadores de efeito: são aqueles que incluem alterações bioquímicas, 
fisiológicas ou outra alteração nos tecidos ou fluidos 
corporais de um organismo que podem ser reconhecidos e associados com uma doença 
ou possível prejuízo a saúde; 
- biomarcadores de suscetibilidade: são aqueles que indicam a habilidade adquirida ou 
inerente de um organismo a responder a exposição a um xenobiótico específico, incluindo 
fatores genéticos e mudanças nos receptores que alteram a suscetibilidade de um organismo a 
uma dada exposição. 
 Os biomarcadores de exposição podem ser usados para confirmar ou estimar a 
exposição de indivíduos ou de uma população a uma determinada substância ou grupo de 
substâncias fornecendo uma relação entre a exposição externa e a dose interna. De acordo com a 
definição, a bioacumulação de certos contaminantes persistentes em tecido de animais pode ser 
considerada com um biomarcador de exposição. 
 Os biomarcadores de efeito podem ser usados para documentar alterações pré-
clínicas ou efeitos adversos a saúde devido a exposição externa e absorção de determinada 
substância. 
 Os biomarcadores de suscetibilidade ajudam a elucidar a variação no grau de resposta da 
exposição a substâncias tóxicas observadasem diferentes indivíduos. 
 O uso de biomarcadores de peixes no estudo da resposta biológica e bioquímica a 
contaminantes tem atraído grande interesse já que podem ser encontrados praticamente em todos 
os ambientes aquáticos e desempenham importante papel na cadeia alimentar, já que têm a 
função de transportar energia de níveis tróficos inferiores para níveis superiores (Beyer et al., 
1996). 
 No entanto, as variações na fisiologia de diferentes espécies de peixes podem repercutir 
de forma diferenciada nas respostas de um biomarcador. Apesar disso e de sua alta 
mobilidade, peixes são considerados bons organismos para o monitoramento da poluição em 
ambientes aquáticos. 
 Baseados nos critérios formulados por Stegeman e colaboradores (1992), van der Oost e 
colaboradores (2003) propõem seis critérios que devem ser observados para avaliar um 
biomarcador em peixes: 
 (1) Confiabilidade na quantificação do biomarcador (com controle de qualidade) 
resultante de ensaios simples e de baixo custo; 
 (2) Sensibilidade da resposta do biomarcador a exposição ou a efeitos de poluentes 
utilizados como parâmetros de aviso; 
 (3) Definição clara dos dados de base de modo a permitir a distinção entre a variabilidade 
natural (ruído) e o estresse induzido pelo contaminante (sinal); 
 (4) Conhecimento dos fatores que possam dificultar a interpretação da resposta do 
biomarcador à exposição ao poluente; 
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 (5) Estabelecimento do mecanismo de relação entre a resposta do biomarcador e a 
exposição ao poluente (dosagem e tempo); 
 (6) Estabelecimento do valor toxicológico do biomarcador, tal como a relação entre sua 
resposta e o impacto ao organismo. 
 O uso e o aprimoramento dos processos de monitoramento ambiental vêm se tornando uma 
demanda da sociedade em todos os ramos da atividade econômica e, sobretudo, nas atividades 
agrícolas de forte impacto, como é o caso da cana-de-açúcar. A grande polêmica referente à 
cultura da cana está ligada principalmente à queima que antecede a colheita, e que gera impactos 
ambientais locais e regionais. 
Características 
 O monitoramento ambiental é um processo de coleta de dados, estudo e acompanhamento 
contínuo e sistemático das variáveis ambientais, com o objetivo de identificar e avaliar - 
qualitativa e quantitativamente - as condições dos recursos naturais em um determinado 
momento, assim como as tendências ao longo do tempo. As variáveis sociais, econômicas e 
institucionais também são incluídas neste tipo de estudo, já que exercem influências sobre o 
meio ambiente. 
 Com base nesses levantamentos, o monitoramento ambiental fornece informações sobre os 
fatores que influenciam o estado de conservação, preservação, degradação e recuperação 
ambiental da região estudada. Também subsidia medidas de planejamento, controle, 
recuperação, preservação e conservação do ambiente em estudo, além de auxiliar na definição de 
políticas ambientais. 
 O monitoramento ambiental permite, ainda, compreender melhor a relação das ações do 
homem com o meio ambiente, bem como o resultado da atuação das instituições por meio de 
planos, programas, projetos, instrumentos legais e financeiros, capazes de manter as condições 
ideais dos recursos naturais (equilíbrio ecológico) ou recuperar áreas e sistemas específicos. 
Como exemplo, pode-se citar o monitoramento de um recurso hídrico, que tem os seguintes 
objetivos: 
 acompanhar as alterações de sua qualidade; 
 elaborar previsões de comportamento; 
 desenvolver instrumentos de gestão; 
 fornecer subsídios para ações saneadoras. 
Implantação 
A implantação de atividades de monitoramento ambiental necessita de uma seleção prévia de 
indicadores que expressem as condições qualitativas ou quantitativas do que será medido e 
avaliado. Esses parâmetros devem descrever, de forma compreensível e significativa, os 
seguintes aspectos: 
 o estado e as tendências dos recursos ambientais; 
 a situação socioeconômica da área em estudo; 
 o desempenho de instituições para o cumprimento de suas atribuições. 
A escolha dos indicadores depende dos seguintes fatores: 
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 objetivos do monitoramento; 
 o que será monitorado; 
 informações que se pretende obter. 
Esses parâmetros são medidos em campo, laboratório e em escritório, sendo que alguns são 
bastante simples e outros, muito complexos. 
 
Rede de monitoramento 
 Na maioria das vezes, o monitoramento é realizado em vários locais, formando a chamada 
rede de monitoramento. Trata-se de um sistema que capta dados em várias áreas, com 
abrangência local, regional, nacional e internacional. A rede é capaz de fornecer uma base de 
dados comparativa, tanto em relação ao próprio local amostrado quanto a outras regiões. O 
sistema de coleta de dados aumenta o conhecimento sobre uma determinada região, o que 
permite tomadas de decisão mais acertadas e um planejamento ambiental adequado. 
 Objetivos do Monitoramento Ambiental 
 Monitoramento Ambiental é um processo de coleta de dados, estudo e acompanhamento 
contínuo e sistemático das variáveis ambientais, visando identificar e avaliar qualitativamente e 
quantitativamente as condições dos recursos naturais em um determinado momento, assim como 
as tendências ao longo do tempo. 
 É um instrumento de controle e avaliação, servindo para conhecer o estado e as tendências 
qualitativas e quantitativas dos recursos naturais e as influências exercidas pelas atividades 
humanas e por fatores naturais sobre o meio ambiente. Desta forma, seus resultados poderão 
subsidiar medidas de planejamento, controle, recuperação, preservação e conservação do 
ambiente em estudo. 
 Dentre os objetivos do monitoramento de um projeto pode-se citar: I) verificar os seus 
impactos reais; II) comparar os impactos com as previsões realizadas; III) detectar mudanças não 
previstas e relacionadas a atividade ou projeto; IV) alertar para a necessidade de agir, caso os 
impactos negativos ultrapassem certos limites. 
 Dependendo das características do projeto o monitoramento não deve se restringir a 
parâmetros ou indicadores físicos e biológicos, mas também deve contemplar indicadores de 
impactos sociais e econômicos. Nesse caso, a atividade não emprega a mesma estrutura que o 
monitoramento biofísico, mas deve observar o mesmo rigor científico, dentro das especificidades 
das ciências sociais com programas de monitoramento de médio ou longo prazo, que atendam as 
necessidades e expectativas com base em metodologias criteriosas de coleta e análises de dados 
que garantem uma avaliação precisa das mudanças ocorridas no ambiente ao longo do tempo e 
podem embasar decisões de gestão. 
Monitoramento Ambiental do solo 
 Monitoramento do solo avalia, impede ou diminui os efeitos de substâncias que podem 
prejudicar o solo ou, água, ar e organismos em contato com o solo. 
 O solo é um meio complexo e heterogêneo, produto de alteração do remanejamento e da 
organização do material original (rocha, sedimento ou outro solo), sob a ação da vida, da 
atmosfera e das trocas de energia que aí se manifestam, e constituído por quantidades variáveis 
de minerais, matéria orgânica, água da zona não saturada e saturada, ar e organismos vivos, 
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incluindo plantas, bactérias, fungos, protozoários, invertebrados e outros animais. 
 
 
São funções do solo: 
 
• sustentação da vida e do "habitat" para pessoas, animais, plantas e outros organismos; 
• manutenção do ciclo da água e dos nutrientes; 
• proteção da água subterrânea; 
• manutenção do patrimônio histórico, natural e cultural; 
• conservação das reservas minerais e de matérias primas; 
• produção de alimentos; e 
• meio para manutenção da atividade sócio-econômica. 
 A degradação do solo é um processo lento impulsionado por ambos os determinantes, ou 
seja, por meios naturais e humanos. A identificação do problema na fase inicial fornece em 
tempo hábil, medidas suficiente para a formulação de políticas de intervenção através da 
implementação de políticas de baixo custo. Os principais processos que conduzem à 
desertificação são os processos que alteram os ciclos naturais da água através da erosão do solo, 
salinização, redução de carbono orgânico do solo e as mudanças da aridez do solo. 
 Monitoramento do solo detecta e avalia a possível libertação de substâncias a partir de 
instalações industriais diretamente para os solos e ambientes afins, bem como a monitorização de 
derrames históricos e vazamentos em áreas protegidas por lei. Para o monitoramento é necessária 
ter a amostragem para estabelecer as condições de base para expansões significativas de novas 
áreas de monitoramento. No entanto, algumas instalações (ou partes deles) podem ficar isentos 
dos requisitos de monitoramento do solo, devido a riscos mínimos do tipo de operação, ou 
porque os controles de engenharia estão no local para proteger o solo. 
 
 
Monitoramento ambiental do ar 
 Monitorar o ar é observar continuamente as concentrações na atmosfera de quaisquer 
poluentes que afetam a qualidade do ar. Nesse sentido, o objetivo da rede de monitoramento da 
qualidade do ar é avaliar continuamente as características que tornam o ar um ambiente propício 
ao ser humano e ao meio ambiente em geral, possibilitando observação das emissões relativas às 
fontes fixas e móveis. 
 O índice de qualidade do ar – IQAr é uma escala informativa das concentrações, 
estabelecida pelo CONAMA 03/90. A mesma legislação estabelece ainda os padrões primários e 
secundários da qualidade do ar. Os padrões primários são as concentrações de poluentes que, 
ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população. Já os padrões secundários de qualidade do 
ar, são as concentrações de poluentes atmosféricos abaixo das quais se prevê o mínimo efeito 
adverso sobre o bem estar da população, aos materiais e ao meio ambiente em geral. 
 A poluição atmosférica tem sido objeto de discussões cada vez mais freqüentes, pois foi 
observado um crescimento considerável de diversas fontes de poluentes atmosféricos nos últimos 
anos, em especial a frota de veículos automotores em circulação. O impacto ambiental 
provocado pelos poluentes atmosféricos reflete diretamente na saúde humana, nos ecossistemas e 
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nos materiais de modo que a cada dia aumenta a necessidade de dar maior atenção ao 
monitoramento da qualidade do ar. 
 Os centros urbanos, com o passar dos anos, tiveram um grande crescimento populacional e, 
conseqüentemente, um aumento considerável das atividades antrópicas necessárias para atender 
à população (transporte público, indústrias, obras diversas, etc). O impacto destas atividades em 
associação com outras ações negativas do homem sobre o meio ambiente, como as queimadas e 
a devastação de áreas verdes por meio do desmatamento, tornam cada vez mais impuro o ar que 
nos circunda. 
 A comunidade médica internacional entende que respirar um ar impuro é altamente 
prejudicial à saúde e, dependendo da concentração dos poluentes, toda a população pode 
apresentar sintomas como tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta. As pessoas de 
grupos sensíveis como crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas 
costumam apresentar sintomas ainda mais graves. Desta forma, o poder público possui a 
obrigação não só de realizar o monitoramento da concentração dos principais poluentes, mas de 
adotar as medidas mitigadoras necessárias para manter a qualidade do ar em índices que 
garantam a saúde e o bem estar da população. 
 Monitoramento da Qualidade do Ar 
 O monitoramento da qualidade do ar tem como objetivo a quantificação de poluentes 
atmosféricos, bem como a avaliação da qualidade do ar em relação aos limites estabelecidos. Em 
razão da maior concentração na atmosfera e dos efeitos nocivos que apresentam, os principais 
poluentes atmosféricos são: 
 Partículas totais em suspensão (PTS) - partículas de até 100 µm de diâmetro 
 Partículas inaláveis (PI) - partículas de até 10 µm de diâmetro 
 Fumaça – parâmetro determinado pelo escurecimento de um filtro através da deposição de 
partículas em suspensão. 
 A Resolução Conama nº 3/1990 estabelece para cada um desses poluentes padrões de 
qualidade do ar, ou seja, limites máximos de concentração que, quando ultrapassados, podem 
afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar danos ao meio 
ambiente em geral. O Distrito Federal adota estes padrões como referência para avaliar a 
qualidade do ar em geral e os padrões da Resolução Conama nº 382/2006 para acompanhar as 
emissões provenientes de empreendimentos licenciados. 
 O efeito da poluição atmosférica sobre a saúde é estimado através do Índice de Qualidade do 
Ar (IQAr) onde a concentração do poluente está relacionada com um valor adimensional do 
índice que, por sua vez, pode ser associado à uma escala de cores em função dos possíveis 
efeitos esperados na população. Desta forma, conhecendo a concentração de poluentes, o ar 
analisado pode ser classificado como de qualidade: boa, regular, inadequada, má e péssima. 
Monitoramento ambiental da água 
 A água desempenha papel de extrema importância na vida humana, e seu tratamento para 
consumo tem por finalidade atender aos padrões de potabilidade, de maneira a não oferecer 
riscos à saúde. 
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No Brasil os padrões e procedimentos relativos ao controle e vigilância da qualidade da água 
para o consumo humano e seu padrão de potabilidade, são regulamentados pela Portaria n. 518 
de 25 de março de 2004 do Ministério da Saúde. 
Esta Portaria determina padrões e limites em relação aos parâmetros: 
 Físicos – como pH, cor e turbidez; 
 Químicos – como alumínio, amônia, cloro residual e substâncias que podem representar 
risco à saúde (fluoreto, chumbo, mercúrio, nitrato, etc.); 
 Microbiológicos – como coliformes fecais e organismos patogênicos; 
 Radioatividade 
 As águas residuárias são aquelas que após utilização humana apresentam suas características 
naturais alteradas. Estes efluentes líquidos são produzidos por indústrias ou são resultantes dos 
esgotos domésticos urbanos. 
 A devolução dessas águas residuárias de qualquer fonte poluidora ao meio ambiente deve 
prever seu tratamento, se necessário. Este lançamento pode ser feito em rios, mares e fontes 
subterrâneas, desde que obedeçam às condições determinadas pela legislação. Para verificar a 
conformidade deste efluente que será lançado, são analisados parâmetros como: 
 Temperatura, pH e materiais sedimentáveis; 
 DBO (demanda bioquímica de oxigênio) 5 dias; 
 Elementos químicos,dentre outros. 
 O CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) regulamenta no âmbito federal os 
padrões de lançamento de efluentes através das Resoluções n. 357 de 17 de março de 2005, e n. 
397 de 03 de abril de 2008. Cada Estado pode determinar padrões de lançamentos mais 
restritivos se julgarem necessário, e a fiscalização fica sob a responsabilidade da agência de 
controle. 
 A importância deste controle é evitar que tornem a qualidade da água imprópria e nociva à 
saúde humana ou que possa prejudicar a fauna e a flora. 
 A disponibilidade de água, tanto em quantidade como em qualidade, é um dos principais 
fatores limitantes ao desenvolvimento regional considerando-se tanto o meio urbano como o 
rural. Pelas características do seu ciclo, a quantidade da água no planeta tem se mantido 
aproximadamente constante desde a antigüidade. Por isso, tecnicamente, ela não está se tornando 
escassa. O que ocorre é uma carência da água para atender determinadas demandas que estejam 
associadas a uma qualidade mínima, respeitada a sua disponibilidade local. 
 As causas desta carência são comumente associadas à poluição dos recursos hídricos e ao 
direcionamento estratégico de atividades consultivas para regiões onde sua disponibilidade 
natural é limitada. Por falta de estudos específicos no passado, mesmo que a disponibilidade 
quantitativa no Brasil seja impressionante, a maior parte das regiões brasileiras vivenciam hoje 
conflitos pelo uso da água motivados pela heterogeneidade da sua distribuição espacial, pelo 
adensamento populacional descontrolado, pela ocupação desordenada da área de drenagem das 
bacias hidrográficas, pelo direcionamento estratégico agro-industrial sem que as outorgas e 
licenciamentos sejam comparados à disponibilidade local e à sua capacidade de carga, além dos 
desperdícios na conservação do recurso. 
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 Portanto, numa estratégia de sustentabilidade de longo prazo, o problema da carência dos 
recursos hídricos deve ser entendido como uma dupla preocupação: a da quantidade da água, 
necessária para atender a demandas atuais e futuras, e a da qualidade, necessária para permitir o 
seu uso sem o comprometimento das demandas ecossistêmicas. 
METODOLOGIA DE APRESENTAÇÃO DOS DADOS DE QUALIDADE DAS ÁGUAS 
SUPERFICIAIS 
 
Dentre os parâmetros analisados no monitoramento foram selecionados os seguintes para 
demonstrações nos gráficos e tabelas: 
 
 Oxigênio Dissolvido 
O oxigênio dissolvido na água é fundamental para manutenção da vida aquática. Quanto menor a 
concentração de oxigênio dissolvido, maior é a possibilidade de ocorrência de mortandade de 
peixes e outros seres vivos do meio aquático. Concentrações abaixo de 2,0 mg/l de oxigênio 
podem ocasionar mortandades de peixes. Altas concentrações de oxigênio dissolvido, além de 
benéficas para a vida aquática favorecem a depuração da matéria orgânica lançada nos corpos 
hídricos (vide DBO). 
 
 DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) 
É a quantidade de oxigênio necessária para depurar a matéria orgânica biodegradável lançada na 
água. Portanto, indica a presença de matéria orgânica, que pode ter origem nos esgotos cloacais 
ou nos efluentes industriais. Quanto maior a concentração de DBO na água haverá uma 
tendência de redução na concentração do oxigênio que está dissolvido na água. 
 
 Coliformes Fecais 
Indicam a presença de esgotos cloacais nas áreas urbanas. Altas concentrações de coliformes 
fecais são acompanhadas de concentrações mais elevadas da matéria orgânica (DBO). A 
presença de esgotos cloacais aumenta possibilidade de contrair doenças de veiculação hídrica. 
Em áreas rurais pode indicar a contaminação oriunda de atividades de pecuária. 
 
 Metais Pesados 
São apresentados gráficos com informações sobre os seguintes metais pesados: cádmio, chumbo, 
cobre, cromo total, mercúrio, níquel e zinco. Quando encontrados em áreas urbanas são 
indicativos da presença de efluentes industriais (metalúrgicas com galvanoplastia, indústrias 
químicas, curtumes, etc.). Em áreas rurais, os metais estão presentes em fungicidas e outros tipos 
de agrotóxicos. Podem ser encontrados também em áreas de mineração. Em alguns casos são 
decorrentes das características geológicas locais. 
 
 
 a) Gráficos de Freqüência das Classes 
Os Gráficos permitem a visualização da freqüência das Classes em cada um dos locais de 
amostragem. Parâmetros : oxigênio dissolvido, DBO (demanda bioquímica de oxigênio) e 
Coliformes Fecais, bem como uma visão sobre as concentrações de metais pesados (vide item c) 
fora dos limites estabelecidos pela Resolução Nº 357 / 05 do CONAMA. 
 b) Gráficos das Médias Anuais 
Indicam as médias anuais em cada um dos parâmetros amostrados. 
Parâmetros : oxigênio dissolvido, DBO (demanda bioquímica de oxigênio) e Coliformes Fecais, 
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 c) Gráficos dos Metais Pesados 
Apresenta os percentuais de análises fora dos padrões da Resolução Nº 357 / 05 do CONAMA. 
O primeiro gráfico indica análises fora da Classe 1, e o segundo gráfico mostra as análises fora 
da Classe 3. São considerados os metais cádmio, chumbo, cobre cromo total, mercúrio, níquel e 
zinco. A atual Resolução CONAMA nº 357 / 05, publicada em 18/03/2005, revoga a Resolução 
CONAMA nº 20/86, e nesta nova legislação os padrões de chumbo, cobre e cromo total estão 
agora mais restritivos. 
Agência Nacional de Águas – ANA 
 A Agência Nacional de Águas tem como missão implementar e coordenar a gestão 
compartilhada e integrada dos recursos hídricos e regular o acesso a água, promovendo seu uso 
sustentável em benefício das atuais e futuras gerações. A instituição também possui outras 
definições estratégicas centrais: 
Negócio: uso sustentável da água. 
 
Visão: ser reconhecida pela sociedade como referência na gestão e regulação dos recursos 
hídricos e na promoção do uso sustentável da água. 
 
Valores: compromisso, transparência, excelência técnica, proatividade e espírito público. 
 A Agência Nacional de Águas (ANA) é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério do 
Meio Ambiente, e responsável pela implementação da gestão dos recursos hídricos brasileiros. 
 Foi criada pela lei 9.984/2000 e regulamentada pelo decreto nº 3.692/2000. Já a lei das águas 
(lei nº 9.433/97) instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de 
Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH). 
 Tem como missão regular o uso das águas dos rios e lagos de domínio da União e 
implementar o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, garantindo o seu uso 
sustentável, evitando a poluição e o desperdício, e assegurando água de boa qualidade e em 
quantidade suficiente para a atual e as futuras gerações. 
 Em 27 de julho de 1999, na cerimônia de abertura do seminário Água, o desafio do próximo 
milênio, realizado no Palácio do Planalto, foram lançadas as bases do que seria a Agência 
Nacional de Águas (ANA): órgão autônomo e com continuidade administrativa, que atuaria no 
gerenciamento dos recursos hídricos. Nessa época, o projeto de criação da agência foi 
encaminhado ao Congresso Nacional, com aprovação em 7 de junho de 2000. Foi transformado 
na Lei nº 9.984, sancionada pelo presidente da República em exercício, Marco Maciel, no dia 17 
de julho do mesmo ano. 
 A finalidade da ANA é implementar, em sua esfera deatribuições, a política nacional de 
recursos hídricos, instituída pela Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, conhecida também como 
Lei das Águas – instrumento legal inspirado no modelo francês que permite a gestão 
participativa e descentralizada dos recursos hídricos. 
 Compete à ANA criar condições técnicas para implementar a Lei das Águas, promover a 
gestão descentralizada e participativa, em sintonia com os órgãos e entidades que integram o 
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, implantar os instrumentos de gestão 
previstos na Lei 9.433/97, dentre eles, a outorga preventiva e de direito de uso de recursos 
hídricos, a cobrança pelo uso da água e a fiscalização desses usos, e ainda, buscar soluções 
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adequadas para dois graves problemas do país: as secas prolongadas (especialmente no 
Nordeste) e a poluição dos rios. 
 A agência é uma autarquia sob regime especial, com autonomia administrativa e financeira, 
vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, conduzida por uma diretoria colegiada. Tal 
instituição também é responsável pela manutenção de uma rede de Plataforma de coleta de dados 
visando o monitoramento dos níveis de rios e reservatórios de água em território brasileiro1 
Estrutura organizacional 
 Sua estrutura organizacional e regimental é constituída por uma diretoria colegiada, uma 
secretaria-geral (SGE), uma procuradoria-geral (PGE), uma chefia de gabinete (GAB), uma 
auditoria interna (AUD), uma coordenação geral das assessorias (CGA) e oito superintendências. 
 A diretoria colegiada é composta por cinco membros: um diretor-presidente e quatro 
diretores, todos nomeados pelo presidente da República, com mandatos não coincidentes de 
quatro anos. 
Monitoramento da Fauna e Flora 
 Monitoramento da Fauna Terrestre tem como objetivo principal, monitorar a fauna silvestre, 
com o intuito de diagnosticar possíveis alterações nas comunidades ao longo do tempo 
decorrentes da perda de habitat dada pela supressão da vegetação. 
 Monitoramento de fauna é realizado para avaliar os impactos da mineração e 
empreendimentos que possa causar impactos negativos sobre as populações da fauna e flora 
locais, incluindo aves, répteis , mamíferos e sapos. O monitoramento também é realizado em 
áreas de reabilitação e em outras áreas destinadas para fins de conservação de espécies nativas 
nessas áreas. Técnicas de monitoramento incluem armadilhas, destacando, a análise chamada 
ecolocalização (para espécies de morcegos da floresta ) e inspeção de locais de capoeira 
artificiais sob uma licença emitida pelo órgão ambiental responsável. 
 O monitoramento da flora é, geralmente, realizado sazonalmente para avaliar o 
desenvolvimento na regeneração de áreas florestais e de reabilitação. Áreas de vegetação 
remanescente são usadas como pontos de controle para comparação com as áreas de reabilitação. 
As informações obtidas a partir deste monitoramento são usadas para orientar e melhorar os 
esforços de reabilitação em áreas semelhantes. 
 Monitoramento da diversidade de espécies da flora, dentro dos locais de reabilitação, são 
realizados através estratégias elaboradas e avaliada entre as espécies existentes. Esta é uma 
ferramenta importante para o desenvolvimento de critérios de conclusão para a reabilitação . 
Pesquisas oportunistas e sistemáticas são realizadas, com o objetivo de desenvolver uma lista 
completa das espécies presentes para a comparação com o monitoramento de reabilitação e 
experimentos. 
Proteção florestal (prevenção e combate a incêndios florestais), legislação aplicada ao uso 
do fogo 
 Pragas e Doenças 
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 As pragas que representam a maior importância econômica são: as formigas cortadeiras em 
primeira instância, que ocorrem e devem ser controladas durante toda a fase do projeto; em 
segunda, no caso de plantios de eucalipto, pode-se considerar os cupins, na fase mais juvenil, e 
as lagartas, como a Thyrinteina arnobia na fase mais adulta, principalmente. 
 Outra praga comum e causadora de sérios problemas é causada pelo fungo Puccina psidii 
Winter (ferrugem do eucalipto). A primeira ocorrência da ferrugem, causando danos, aconteceu 
no Espírito Santo, nos anos 70, em plantios de Eucalyptus grandis, com idade inferior a dez anos. 
Além de ocorrer em mudas de viveiro, a ferrugem pode atingir também plantas jovens no campo 
até os dois anos de idade, reduzindo a produtividade da cultura e podendo levar à morte os 
indivíduos mais debilitados. 
 Em relação aos plantios de pinus, o macaco-prego (Cebus apella), vem causando danos 
consideráveis. O macaco-prego ocorre em praticamente em toda a América do Sul, a leste dos 
Andes, apresentando uma grande adaptabilidade às condições ambientais e uma grande 
diversidade comportamental. Tem o hábito de arrancar a casca das árvores para alimentar-se da 
seiva, que tem sabor doce. Ao romper a casca, a árvore fica sem proteção e a circulação da seiva 
é interrompida. A árvore fica extremamente debilitada e suscetível ao ataque da vespa-da-
madeira, que, em termos de danos econômicos, é uma das principais pragas. Outra praga que 
vem causando danos é o pulgão (Cinara pinivora e Cinara atlantica) que hoje, ocorre em várias 
regiões de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. 
 O controle de formigas cortadeiras pode ser desenvolvido como citado anteriormente, e para 
o controle de lagartas tem se usado muito o lagartecida biológico, que tem como agente a 
bactéria Bacillus thuringiensis, cujos nomes comerciais são o Dipel e o Bac control. 
Incêndios Florestais 
 Entende-se por incêndio florestal todo fogo sem controle sobre qualquer vegetação, 
podendo ser provocado pelo homem (intencionalmente ou por negligência), ou por fonte natural 
(raio). 
 Anualmente, após as geadas, ocorre a estação seca, por um período crítico que se estende 
do mês de julho até meados de outubro. Neste período a vegetação torna-se suscetível a 
incêndios. 
 Os incêndios florestais, casuais ou propositados, são causadores de grandes prejuízos, tanto 
no meio ambiente quanto ao próprio homem e a suas atividades econômicas. No período de 1983 
a 1988 no Brasil, os incêndios destruíram uma área de 201.262 hectares de reflorestamento, que 
representa aproximadamente 154 milhões de dólares para o seu replantio, fora o prejuízo direto. 
 As causas dos incêndios podem variar bastante de região para região. No Brasil, há 8 grupos 
de causas: raios, queimadas para limpeza, operações florestais, fogos de recreação, o ocasionado 
por fumantes, por incendiários, estradas de ferro e diversos. 
 Os incêndios, devido principalmente às condições meteorológicas, não ocorrem com a 
mesma freqüência durante todos os meses do ano. Pode haver também uma variação das épocas 
de maior ocorrência de incêndios entre as regiões do país, devido às condições climáticas ou às 
diferenças nos níveis de atividades agrícolas e florestais. Da mesma maneira, os incêndios não se 
distribuem uniformemente através das áreas florestais. Existem locais onde a ocorrência de 
incêndios é mais freqüente, como por exemplo os próximos a vilas de acampamentos, margens 
de rodovias, estradas de ferro, proximidades de áreas agrícolas e pastagens. 
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 Página 14A proteção das florestas, bem como a de povoamentos florestais, torna-se eficiente quando 
existe um planejamento prévio das atitudes e atividades a serem tomadas ou implementadas nas 
diferentes situações que podem apresentar. Quanto ao controle de incêndios florestais, o 
processo preventivo tem se mostrado como o de maior eficiência, através de aceiros manuais e 
mecânicos, gradagens internas ao povoamento e um bom sistema de vigilância; este, muito 
praticado entre empresas florestais vizinhas, num sistema de cooperativismo. 
Planos de Proteção 
 É necessária a observação de vários fatores existentes na área em questão: 
 O problema do fogo na unidade a ser protegida. 
 Os aspectos físicos da área. 
 Causas mais freqüentes de incêndios, épocas e locais de maior ocorrência, classes de 
material combustível e delimitação de zonas prioritárias são informações indispensáveis para a 
elaboração de um plano. Este plano deve incluir as ações propostas para a prevenção, detecção e 
combate aos incêndios e o registro sistemático de todas as ocorrências. 
Classes de Combustível 
 Os tipos de vegetação influenciam de maneira significativa no potencial de propagação dos 
incêndios. 
 Tipo de formação vegetal Propagação 
Povoamentos de coníferas Mais rápida e intensa 
Povoamentos de folhosas Mais lenta 
Florestas plantadas Mais rápido 
Florestas naturais Mais lenta 
Pastagens e campos Mais rápida, principalmente após geada 
Os mapas de combustível, ou cartas de vegetação, permitem prever as áreas nas quais o fogo 
apresenta maior risco de propagação. 
Zonas Prioritárias 
 É preciso definir as áreas que devem ser prioritariamente protegidas, embora todas as 
áreas sejam de grande importância. Áreas experimentais, pomares de sementes, nascentes de 
água, áreas de recreação, instalações industriais e zonas residenciais são exemplos de áreas 
prioritárias. 
Plano Operacional 
Prevenção 
 A prevenção dos incêndios florestais envolve, na realidade, dois níveis de atividades, a 
redução das causas (através de campanhas educativas, legislação específica e medidas de 
controle) e a redução do risco de propagação, que consiste em dificultar ao máximo a 
propagação dos incêndios que não forem possíveis de evitar. Pode ser feito através da construção 
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de aceiros, da redução do material combustível e da adoção de técnicas apropriadas de 
silvicultura preventiva. 
Detecção 
 É a primeira etapa do combate a um incêndio. Pode ser fixo, móvel ou auxiliar, dependendo 
das condições locais e da disponibilidade de recursos da empresa responsável pela proteção da 
área. 
 A detecção fixa é feita através de pontos fixos de observação, torres metálicas ou de 
madeira. A altura da torre depende da topografia da área e da altura da floresta a ser protegida. 
As torres são operadas por pessoas ou por sensores automáticos à base de raios infravermelhos, 
que detectam o incêndio devido à diferença de temperatura entre o ambiente e a zona de 
combustão. 
 A móvel é feita através de operários a cavalo, em veículos ou em aeronaves leves. O 
patrulhamento aéreo é indicado para áreas muito grandes, de difícil acesso. 
 A auxiliar é exercida voluntariamente, por pessoas que não estão ligadas diretamente ao 
sistema de detecção. Quando bem conscientizadas, através de programas educativos, as pessoas 
que vivem nas imediações ou transitam pela floresta podem comunicar a existência de focos de 
incêndio. 
Passos básicos na detecção dos incêndios: 
 Comunicar à pessoa responsável pelo combate todos os incêndios que ocorrerem na área 
protegida, antes que o fogo se torne muito intenso, de modo a viabilizar o combate o mais rápido 
possível; o ideal é cumprir este objetivo em no máximo 15 minutos após iniciado o fogo. 
 Localizar o fogo com precisão suficiente para permitir à equipe do combate chegar ao 
local pelo acesso mais curto, no menor intervalo de tempo possível. 
Combate 
 Equipes treinadas, equipamentos adequados, mobilização rápida, plano de ataque já 
estabelecido - é o necessário para proceder um combate eficiente. 
 Os equipamentos, incluindo as ferramentas manuais, devem ser de uso exclusivo no combate 
aos incêndios florestais. O tipo e a quantidade de equipamentos para o combate a incêndios 
depende de vários fatores, tais como: características locais, tipo de vegetação, tamanho da área, 
número de equipes e disponibilidade financeira. 
Registro das ocorrências 
 Com base nesses registros é que se pode obter informações sobre causas, épocas e locais de 
ocorrência, tempo de mobilização, duração do combate, número de pessoas envolvidas, 
equipamento utilizado, área queimada, vegetação atingida e outros fatores. 
Prevenção e combate a incêndios florestais 
PREVFOGO 
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 As queimadas e os incêndios florestais estão entre os principais problemas ambientais 
enfrentados pelo Brasil. As emissões resultantes da queima de biomassa vegetal colocam o país 
entre os principais responsáveis pelo aumento dos gases de efeito estufa do planeta. Além de 
contribuir com o aquecimento global e as mudanças climáticas, as queimadas e incêndios 
florestais poluem a atmosfera, causam prejuízos econômicos e sociais e aceleram os processos de 
desertificação, desflorestamento e de perda da biodiversidade. 
 Este problema foi identificado na década de 80, quando as mídias nacionais e internacionais 
tornaram públicos os dados alarmantes de focos de calor observados pelo Inpe. O fato 
evidenciou a ausência de estrutura governamental organizada para implementar ações de 
prevenção e combate aos incêndios florestais e exigiu do Governo uma resposta a este problema. 
 Considerando a importância da temática, o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos 
Incêndios Florestais - Prevfogo foi criado em 1989 e tem atuado na promoção, apoio, 
coordenação e execução de atividades educativas, pesquisa, monitoramento, controle de 
queimadas, prevenção e combate aos incêndios florestais em todo território nacional. 
 Os incêndios ocorrem quando os combustíveis inflamáveis são expostos à materiais acesos. 
A ocorrência de fogo, pode ser reduzida pela remoção da fonte de fogo ou pela remoção do 
material que pode queimar. Quanto mais valiosa uma área ou produto florestal, maior é a 
necessidade de eliminar o risco de incêndios. 
 
 O efetivo controle das fontes de risco, requer o conhecimento de como essas operam 
localmente, quando e onde os incêndios ocorrem mais comumente. Estas informações estão 
vinculadas a um registro individual da ocorrência de incêndios este registro é a principal fonte de 
toda a estatística a respeito dos incêndios. Os dados mais frequêntes para programas de 
prevenção são: As causas dos incêndios que ocorrem; a época e o local de ocorrência; e a 
extensão da área queimada. 
 
Causas 
 Não deve ser utilizada a classe desconhecida, pois induz a inclusão de outras classes de 
incêndios nesta categoria. De uma região para outra ocorrem inúmeras alterações, havendo a 
necessidade de observar as características de cada região para um planejamento. No Brasil, não 
existem estatística de longo prazo, apenas resultados recentes como os obtidos por SOARES em 
l983, onde os incendiários, queimas para limpeza e fogos para recreação são os casos com maior 
porcentagem de ocorrência,respectivamente 33,88% , 32.24% e l2.57%. Porém, existem casos 
rescritos como os da reflorestadora Sacramento-Resa de Minas Gerais, onde os raios em um 
período de 6 anos representaram 14% dos incêndios ocorridos. 
Locais de Ocorrência 
 A definição das áreas de maior ocorrência de incêndios florestais, dependem 
prioritariamente de informações dos locais de onde ocorre os incêndios, estes dados podem ser 
estaduais ou municipais. Recentemente a EMBRAPA, fornece pela INTERNET informações 
sobre incêndios em estados ou regiões. As empresas florestais que possuem estatísticas de 
ocorrência de incêndios dentro de suas áreas, podem definir claramente onde ocorrem a maior 
incidência de incêndios e desta forma traçar planos de prevenção mais adequados. 
Área de Ocorrência 
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 A distribuição dos incêndios através dos meses do ano é uma informação importante no 
planejamento da prevenção, pois indica as épocas de maior ocorrência de fogo, que varia 
significativamente de uma região para outra. Dependenddo principalmente do clima, 
caracterizado pela frequência e distribuição das chuvas, e seu efeito sobre a vegetação. Por 
exemplo na região de Telêmaco Borba onde está localizada a Klabin Florestal 80% dos 
incêndios ocorrem nos meses de julho a dezembro. 
Extensão da Área Queimada e Tipo de Vegetação Atingida 
 A extensão da área atingida por um incêndio é útil para uma avaliação da eficiência do 
combate utilizado. O tipo de vegetação, possibilita identificar as espécies florestais ou tipos de 
vegetação mais sucetíveis à ação do foco em determinada região. 
Princípios e Métodos Usados na Prevenção de Incêndios 
 
 A prevenção é considerada a função mais importante do combate de incêndios, e para ser 
efetiva precisa ser praticada constantemente. Seu objetivo é impedir a ocorrência de incêndios 
que tem causa de natureza humana, e impedir a propagação de incêndios que não podem ser 
evitados. Os instrumentos mais utilizados na prevenção são: Educação da população; aplicação 
da legislação; eliminação ou redução das fontes de propagação do fogo. 
Educação da população 
 Deve ser aplicada a todos os grupos de idade da população, tanto em zonas urbanas como 
nas rurais. Sendo que para esse problema particular é necessário preparar o melhor método ou 
combinação de métodos para a prevenção de incêndios. Para iniciar um programa para educação 
da população, deve ser conhecida de forma detalhada as causas dos incêndios. 
Os instrumentos para organizar uma campanha de educação pública são: impresa; rádio; 
anúncios; filmes; cartilhas; contatos pessoais. Um detalhe importante é a concientização das 
novas gerações, que futuramente irão influir nos fatores que originam incêndios. Esta 
concientização de ser feita através de campanhas educacionais, devendo variar deacordo com a 
região e os problemas que os incêndios representam em cada local. Outra oportunidade de 
concientização são as festas comemorativas (semana da árvore, semana do meio ambiente, etc.), 
exposições agropecuárias e outras para implementar as campanhas educativas de prevenção de 
incêndios. Além disso, podem ser utilizadas placas de alerta com anúncios como: “O fogo apaga 
a vida”, “Conserve a natureza”e outros, ao longo de estradas que cortam áreas florestais, 
representando uma concientização permanente sobre os riscos dos incêndios florestais. 
Outro método de prevenção é o contato pessoal, que pode ser feito com reuniões ou em contato 
com os proprietários, vizinhos e confrontantes em áreas florestais, alertando a todos sobre os 
prejuízos causados pelo fogo, sobre o risco de uma queima indesejada, e sobre as formas 
utilizadas na prevenção de incêndios. 
Aplicação da Legislação 
 Leis e regulamentos para as atividades relacionadas com uso do fogo na floresta, são 
importantes medidas de prevenção, os regulamentos diferem basicamente das leis por serem 
mais localizados, e tem como objetivo principal reduzir o risco de incêndios em determinadas 
áreas. 
Na regulamentação por exemplo as áreas florestais podem ser fechadas a visitação em épocas 
críticas, a proibição ou restrição de fumar em épocas de grande perigo, a proibição da pesca 
durante a estação de incêndios e outras medidas de caráter local ou regional que contribuam para 
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a redução do risco de incêndios. O código florestal brasileiro tem 4 artigos que tratam 
específicamente do fogo nas florestas são eles: 
 Artigo 11 - O emprego de produtos florestais ou Hulha como combustível obriga o uso de 
dispositivo que impeça a difusão de fagulhas suscetíveis de provocar incêndios nas florestas e 
demais formas de vegetação. 
 Artigo 25 - Quando os inêndios rurais não podem ser extintos com os recursos ordinários 
compete não só ao funcionário florestal com a qualquer autra autoridade pública, requisitar os 
meios materiais e convocar os homens em condições de prestar auxílio. 
 Artigo 26 - Contituem as contravenções penais, puníveis com três meses a um ano de 
prisão simples ou multa de um a cem vezes o salário mínimo mensal, ou ambas as penas 
cumulativamente: 
 
 e) fazer fogo em florestas e demais formas de vegetação, sem tomar as precauções 
adequadas. 
f) Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e 
demais formas de vegetação. 
 l) Empregar, como combustíveis, produtos florestais ou hulha sem uso de dispositivos que 
impeçam a difusão de fagulhas, suscetíveis de provocar incêndios nas florestas. 
 Artigo 27 - É proibido o uso de fogo nas florestas e demais formas de vegetação. 
 Parágrafo único - Se peculiaridades locais ou regionais justificarem o emprego do fogo em 
práticas agropastorais ou florestais. A permissão será estabelecida em ato do poder público 
circunscrevendo as áreas e estabelecendo normas de precaução. 
Eliminação ou Redução das Fontes de Propagação 
 As técnicas preventivas empregadas para evitar ou evitar a propagação de incêndios 
baseiam-se principalmente no controle da quantidade, arranjo continuidade e inflamabilidade do 
material combustível. As técnicas mais preconizadas são: 
Construção e Manutenção de Aceiros 
 Podem ser naturais como estradas ou cursos d`água, ou especialmente construidas para 
impedir a propagação dos incêndios, e para fornecer uma linha de controle estabelecida no caso 
de ocorrer um incêndio. Um aceiro é uma faixa livre de vegetação, onde o solo mineral é 
exposto. A largura dessa faixa depende do tipo de material combustível, da localização em 
relação à configuração do terreno e das condições metereológicas esperadas na época de 
ocorrência de incêndios. Porém alguns autores como SOARES recomendam que esta faixa não 
deve ser inferior a 5 metros, podendo chegar a 50 m de largura em locais muito perigosos. Em 
áreas florestais, existem aceiros principais mais largos, e secundários, mais estreitos. De maneira 
geral os aceiros não são suficientes para deter incêndios, porém são extremamente úteis como 
meio de acesso e pontos de apoio para o combater os focos de incêndios. 
Deve ser lembrados que os aceiros só são eficientes quando existe uma manutenção, mantendo-
os limpos e trafegáveis principalmente durante a área de maior perigo de incêndios. 
Redução do Material Combustivel 
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 A eliminação ou a redução desse material, é a forma mais eficiênte para se evitar a 
propagação dos incêndios, existem diversas maneiras de reduzir a quantidade do material 
combustível, tais como: meios químicos, biológicos e mecânicos, além disso também ; é 
utilizada a queima controlada, que embora perigosa é de baixo custo, principalmente para reduzir 
o material combustível no interior dos planaltos florestais. A queima da vegetação seca às 
margens de estradas de rodagem ou de ferro, é também um meio eficiente de reduzir o material 
combustível. 
 
Cortinas de segurança 
 A implantação de vegetação com folhagem menos inflamável, é uma prática eficiênte para 
reduzir a propagação do fogo, pois dificulta o asceso do fogo às copas, facilitando o combate. 
Locais de captação D’água 
 O reflorestamento de pequenos cursos d`água formando pequenos açudes, é de 
fundamental importância para obtenção de água no caso de combate a incêndios, recomenda-se a 
implantação de tomada d`água a cada 5 km para assegurar uma eficiência razoável dos 
caminhões bombeiros no controle de incêndios. Além disso, esses locais de captação podem ser 
utilizados em outras atividades como: melhorar o microclima, recreação e psicultura, auxilio ao 
plantio e a aplicação de defensivos, entre outros. 
Planos de Prevenção 
 A fim de organizar os trabalhos de prevenção são elaborados os planos de prevenção. 
Nestes planos são detalhados de formas simples e objetiva, as atividades que serão desenvolvidas 
numa determinada área para prevenir incêndios florestais. 
 O Plano de prevenção, engloba as seguintes etapas: 
 1 - Obtenção de informações sobre as ocorrências de fogo, e aspectos legais da área como: 
locais de maior ocorrência, período de maior ocorrência de incêndios durante o ano, tipo de 
cobertura vegetal vegetal da área, etc. 
 2 - Determinar as causas mais frequêntes dos incêndios e concetrar nestes esforços de 
prevenção. As causas variam deacordo com a região, sendo agrupados em 8 grupos, raios, 
incendiários, queimas para limpeza, fogos de recreação, operações florestais, fumantes, estradas 
de ferro e diversos. 
 3 - Decidir quais as técnicas e medidas preventivas serão adotadas, quem irá executá-las e 
quando serão executadas. No plano deverá ficar estabelecido, qual será a melhor forma, por 
exemplo de adequar a população de uma determinada região. Assim como a pessoa e a equipe 
responsável pela atividade prevista, com um cronograma indicando o início e o término de cada 
atividade planejada. 
 4 - Obter informações sobre todas as operações desencadeadas pelo plano de prevenção, a 
fim de auxiliá-lo, corrigí-lo e e dar novas condições quando for necessário. 
Legislação aplicada ao uso do fogo 
 1 - LEI Nº. 4.771- DE 15 DE SETEMBRO DE 1965 
 Art. 27 - É proibido o uso de fogo nas florestas e demais formas de vegetação. 
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 Páragrafo único- Se peculiaridades locais ou regionais justificarem o emprego do fogo em 
práticas agropastoris ou florestais, a permissão será estabelecida em ato do Poder Público, 
circunscrevendo as áreas e estabelecendo normas de precaução. 
2 - LEI Nº. - 6.938 - DE 31 DE AGOSTO DE 1981 
DA POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE 
 Art. 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e 
recuperação da qualidade ambiental propicia a vida, visando assegurar, no País, condições ao 
desenvolvimento sócio - econômico, aos interesses da Segurança nacional e à proteção da 
dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios: 
 I - ação governamental na manutenção equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente 
como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso 
coletivo; 
 Art. 14 - Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal. Estadual e 
municipal, o não cumprimento das medidas necessárias a preservação ou correção dos 
inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os 
transgressores: 
 I - à multa simples ou diária, nos valores correspondentes, no mínimo, a 10 (dez) e, no 
máximo, a 1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional ORTNs, agravada em 
casos de reincidência específica, conforme dispuser o regulamento, vedada sua cobrança pela 
União se já tiver sido aplicada pelo Estado, Distrito Federal, Territórios ou pelos Municípios; 
 II - à perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público; 
 III - à perda ou suspensão de participação, em linhas de financiamento em estabelecimentos 
oficiais de crédito; 
 IV - à suspensão de sua atividade. 
 Art. 15 - O poluidor que expuser a perigo a incolumidade humana, animal ou vegetal ou 
estiver tornando mais grave situação de perigo existente, fica sujeito a pena de reclusão de 1 
(um) a 3 (três) anos e multa de 100 (cem) a 1.000 (mil) MVR. 
3 - Código Penal Brasileiro dos Crimes Contra a Incolumidade Pública 
Capítulo I: Dos Crimes de Perigo Comum Incêndio 
 Art. 250: Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de 
outrem. 
 Pena: reclusão de três a seis anos, e multa 
Aumento da pena 
 §1º - As penas aumentam de um terço: 
 a) em lavoura, pastagem, mata ou floresta. 
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Incêndio culposo 
 § 2º - Se culposo o incêndio, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos. 
4 - LEI Nº. 9.605, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1998. 
 Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta: 
 Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa. 
 Parágrafo Único - Se o crime é culposo, a pena de detenção de seis meses a um ano, e 
multa. 
 Art. 43. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas 
florestas e demais normas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento 
humano. 
 Pena - detenção de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente. 
5 - DECRETO Nº 2.661, DE 8 DE JULHO DE 1998 
 Regulamenta o parágrafo único do art. 27 da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, 
Código Florestal, mediante o estabelecimento de normas de precaução relativas ao emprego do 
fogo em práticas agropastoris e florestais, e dá outras providências. 
6 - Portaria nº 94 - N de 09 de julho de 1998 
 Art 1º Fica instituída a queima controlada, como fator de produção e manejo em áreas de 
atividades agrícolas, pastoris ou florestais, assim como com finalidade de pesquisa científica e 
tecnológica, a ser executada em áreas com limites físicos preestabelecidos. 
 Art 5º - Fica instituída a queima solidária, realizada como fator de produção em regime de 
agricultura familiar, em atividades agrícolas, pastoris ou florestais. 
 Parágrafo único: Para os efeitos desta Portaria, entende-se por queima solidária aquela 
realizada pelos produtores sob a forma de mutirão, ou de outra modalidade de intenção, em área 
de diversas propriedades. 
Conceitos básicos de: cartografia, sistemas de informação geográfica, sensoriamento 
remoto, imageamento e interpretação de mapas 
Conceitos básicos de cartografia 
 Mesmo considerando todos os avanços científicos e tecnológicos produzidos pelo homem 
através dos tempos, é possível, nos dias de hoje, entender a condição de perplexidadede nossos 
ancestrais, no começo dos dias, diante da complexidade do mundo a sua volta. Podemos também 
intuir de que maneira surgiu no homem a necessidade de conhecer o mundo que ele habitava. 
 O simples deslocamento de um ponto a outro na superfície de nosso planeta, já justifica a 
necessidade de se visualizar de alguma forma as características físicas do "mundo". É fácil 
imaginarmos alguns dos questionamentos que surgiram nas mentes de nossos ancestrais, por 
exemplo: como orientar nossos deslocamentos? Qual a forma do planeta? Etc. 
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 O conceito de Cartografia tem suas origens intimamente ligadas às inquietações que sempre 
se manifestaram no ser humano, no tocante a conhecer o mundo que ele habita. 
 O vocábulo CARTOGRAFIA, etimologicamente - descrição de cartas, foi introduzido em 
1839, pelo segundo Visconde de Santarém - Manoel Francisco de Barros e Souza de Mesquita de 
Macedo Leitão, (1791 - 1856). A despeito de seu significado etimológico, a sua concepção 
inicial continha a idéia do traçado de mapas. No primeiro estágio da evolução o vocábulo passou 
a significar a arte do traçado de mapas, para em seguida, conter a ciência, a técnica e a arte de 
representar a superfície terrestre. 
 Em 1949 a Organização das Nações Unidas já reconhecia a importância da Cartografia 
através da seguinte assertiva, lavrada em Atas e Anais: 
"CARTOGRAFIA - no sentido lato da palavra não é apenas uma das ferramentas básicas 
do desenvolvimento econômico, mas é a primeira ferramenta a ser usada antes que outras 
ferramentas possam ser postas em trabalho”.(1) 
(1) ONU, Department of Social Affair. MODERN CARTOGRAPHY - BASE MAPS FOR 
WORLDS NEEDS. Lake Success. 
 O conceito da Cartografia, hoje aceita sem maiores contestações, foi estabelecido em 1966 
pela Associação Cartográfica Internacional (ACI), e posteriormente, ratificado pela UNESCO, 
no mesmo ano: "A Cartografia apresenta-se como o conjunto de estudos e operações 
científicas, técnicas e artísticas que, tendo por base os resultados de observações diretas ou 
da análise de documentação, se voltam para a elaboração de mapas, cartas e outras formas 
de expressão ou representação de objetos, elementos, fenômenos e ambientes físicos e 
socioeconômicos, bem como a sua utilização”. 
 O processo cartográfico, partindo da coleta de dados, envolve estudo, análise, composição e 
representação de observações, de fatos, fenômenos e dados pertinentes a diversos campos 
científicos associados à superfície terrestre. 
FORMA DA TERRA 
 A forma de nosso planeta (formato e suas dimensões) é um tema que vem sendo pesquisado 
ao longo dos anos em várias partes do mundo. Muitas foram às interpretações e conceitos 
desenvolvidos para definir qual seria a forma da Terra. Pitágoras em 528 a.C. introduziu o 
conceito de forma esférica para o planeta, e a partir daí sucessivas teorias foram desenvolvidas 
até alcançarmos o conceito que é hoje bem aceito no meio científico internacional. 
 A superfície terrestre sofre freqüentes alterações devido à natureza (movimentos tectônicos, 
condições climáticas, erosão, etc.) e à ação do homem, portanto, não serve para definir forma 
sistemática da Terra. 
 A fim de simplificar o cálculo de coordenadas da superfície terrestre foram adotadas 
algumas superfícies matemáticas simples. Uma primeira aproximação é a esfera achatada nos 
pólos. 
 Segundo o conceito introduzido pelo matemático alemão CARL FRIEDRICH GAUSS 
(1777-1855), a forma do planeta, é o GEÓIDE (Figura 1.2) que corresponde à superfície do nível 
médio do mar homogêneo (ausência de correntezas, ventos, variação de densidade da água, etc.) 
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supostamente prolongado por sob continentes. Essa superfície se deve, principalmente, às forças 
de atração (gravidade) e força centrífuga (rotação da Terra). 
 Os diferentes materiais que compõem a superfície terrestre possuem diferentes densidades, 
fazendo com que a força gravitacional atue com maior ou menor intensidade em locais 
diferentes. 
 As águas do oceano procuram uma situação de equilíbrio, ajustando-se às forças que atuam 
sobre elas, inclusive no seu suposto prolongamento. A interação (compensação gravitacional) de 
forças buscando equilíbrio faz com que o geóide tenha o mesmo potencial gravimétrico em todos 
os pontos de sua superfície. 
 É preciso buscar um modelo mais simples para representar o nosso planeta. Para contornar o 
problema que acabamos de abordar lançou-se mão de uma Figura geométrica chamada ELIPSE 
que ao girar em torno do seu eixo menor forma um volume, o ELIPSÓIDE DE REVOLUÇÃO, 
achatado nos pólos (Figura 1.1). Assim, o elipsóide é a superfície de referência utilizada nos 
cálculos que fornecem subsídios para a elaboração de uma representação cartográfica. 
 Muitos foram os intentos realizados para calcular as dimensões do elipsóide de revolução que 
mais se aproxima da forma real da Terra, e muitos foram os resultados obtidos. Em geral, cada 
país ou grupo de países adotou um elipsóide como referência para os trabalhos geodésicos e 
topográficos, que mais se aproximasse do geóide na região considerada. 
 
 
 A forma e tamanho de um elipsóide, bem como sua posição relativa ao geóide define um 
sistema geodésico (também designado por datum geodésico). No caso brasileiro adota-se o 
Sistema Geodésico Sul Americano - SAD 69, com as seguintes características: 
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- Elipsóide de referência - UGGI 67 (isto é, o recomendado pela União Geodésica e Geofísica 
Internacional em 1967) definido por: 
-semi-eixo maior - a:6.378.160m 
- achatamento - f: 1/298,25 
- Origem das coordenadas (ou Datum planimétrico): 
- estação: Vértice Chuá (MG) 
- altura geoidal : 0 m 
- coordenadas: Latitude: 19º 45º 41,6527‟‟ S 
 Longitude: 48º 06‟ 04,0639" W 
- azimute geodésico para o Vértice Uberaba : 271º 30‟ 04,05" 
O Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) é constituído por cerca de 70.000 estações implantadas 
pelo IBGE em todo o Território Brasileiro, divididas em três redes: 
 
- Planimétrica: latitude e longitude de alta precisão 
- Altimétrica: altitudes de alta precisão 
- Gravimétrica: valores precisos de aceleração da gravidade. 
 Para origem das altitudes (ou Datum altimétrico ou Datum vertical) foram adotados: 
 Porto de Santana - correspondente ao nível médio determinado por um marégrafo 
instalado no Porto de Santana (AP) para referenciar a rede altimétrica do Estado do Amapá que 
ainda não está conectada ao restante do País. 
 Imbituba - idem para a estação maregráfica do porto de Imbituba (SC), utilizada como 
origem para toda rede altimétrica nacional à exceção do estado Amapá. 
LEVANTAMENTOS 
 Compreende-se por levantamento o conjunto de operações destinado à execução de medições 
para a determinação da forma e dimensões do planeta. 
 Dentre os diversos levantamentos necessários à descrição da superfície terrestre em suas 
múltiplas características, podemos destacar: 
LEVANTAMENTOS GEODÉSICOS 
 GEODÉSIA - "Ciência aplicada que estuda a forma, as dimensões e o campo de gravidade 
da Terra". 
 FINALIDADES - Embora a finalidade primordial da Geodésia seja cientifica, ela é 
empregada como estruturabásica do mapeamento e trabalhos topográficos, constituindo estes 
fins práticos razão de seu desenvolvimento e realização, na maioria dos países. 
 Os levantamentos geodésicos compreendem o conjunto de atividades dirigidas para as 
medições e observações que se destinam à determinação da forma e dimensões do nosso planeta 
(geóide e elipsóide). É a base para o estabelecimento do referencial físico e geométrico 
necessário ao posicionamento dos elementos que compõem a paisagem territorial. 
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 Os levantamentos geodésicos classificam-se em três grandes grupos: 
a) Levantamentos Geodésicos de Alta Precisão (Âmbito Nacional) 
- Científico: Dirigido ao atendimento de programas internacionais de cunho científico e a 
Sistemas Geodésicos Nacionais. 
- Fundamental (1ª Ordem): Pontos básicos para amarração e controle de trabalhos geodésicos e 
cartográficos, desenvolvido segundo especificações internacionais, constituindo o sistema único 
de referência. 
b) Levantamentos Geodésicos de Precisão (Âmbito Nacional) 
- Para áreas mais desenvolvidas (2ª ordem): Insere-se diretamente no grau de 
desenvolvimento socioeconômico regional. É uma densificação dos Sistemas Geodésicos 
Nacionais a partir da decomposição de Figura s de 1ª ordem. 
- Para áreas menos desenvolvidas (3ª ordem): Dirigido às áreas remotas ou aquelas em que 
não se justifiquem investimentos imediatos. 
c) Levantamentos Geodésicos para fins Topográficos (Local) 
 Têm características locais. Dirige-se ao atendimento dos levantamentos no horizonte 
topográfico. Têm a finalidade de fornecer o apoio básico indispensável às operações topográficas 
de levantamento, para fins de mapeamento com base em fotogrametria. 
 Os levantamentos irão permitir o controle horizontal e vertical através da determinação de 
coordenadas geodésicas e altimétricas. 
MÉTODOS DE LEVANTAMENTOS 
LEVANTAMENTO PLANIMÉTRICO 
Dentre os levantamentos planimétricos clássicos, merecem destaque: 
- Triangulação: Obtenção de Figuras geométricas a partir de triângulos formados através da 
medição dos ângulos subtendidos por cada vértice. Os pontos de triangulação são denominados 
vértices de triangulação (VVTT). É o mais antigo e utilizado processo de levantamento 
planimétrico. 
- Trilateração: Método semelhante à triangulação e, como aquele, baseia-se em propriedades 
geométricas a partir de triângulos superpostos, sendo que o levantamento será efetuado através 
da medição dos lados. 
- Poligonação: É um encadeamento de distâncias e ângulos medidos entre pontos adjacentes 
formando linhas poligonais ou polígonos. Partindo de uma linha formada por dois pontos 
conhecidos, determinam-se novos pontos, até chegar a uma linha de pontos conhecidos. 
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LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO 
 Desenvolveu-se na forma de circuitos, servindo por ramais às cidades, vilas e povoados às 
margens das mesmas e distantes até 20 km. Os demais levantamentos estarão referenciados ao de 
alta precisão. 
- Nivelamento Geométrico: É o método usado nos levantamentos altimétricos de alta precisão 
que se desenvolvem ao longo de rodovias e ferrovias. No SGB, os pontos cujas altitudes foram 
determinadas a partir de nivelamento geométrico são denominados referências de nível (RRNN). 
- Nivelamento Trigonométrico: Baseia-se em relações trigonométricas. É menos preciso que o 
geométrico, fornece apoio altimétrico para os trabalhos topográficos. 
- Nivelamento Barométrico: Baseia-se na relação inversamente proporcional entre pressão 
atmosférica e altitude. É o de mais baixa precisão, usado em regiões onde é impossível utilizar-se 
os métodos acima ou quando se queira maior rapidez. 
LEVANTAMENTO GRAVIMÉTRICO 
 A gravimetria tem por finalidade o estudo do campo gravitacional terrestre, possibilitando, 
a partir dos seus resultados, aplicações na área da Geociência como, por exemplo, a 
determinação da Figura e dimensões da Terra, a investigação da crosta terrestre e a prospecção 
de recursos minerais. 
 As especificações e normas gerais abordam as técnicas de medições gravimétricas 
vinculadas às determinações relativas com uso de gravímetros estáticos. 
 À semelhança dos levantamentos planimétricos e altimétricos, os gravimétricos são 
desdobrados em: Alta precisão, precisão e para fins de detalhamento. 
 Matematicamente, esses levantamentos são bastante similares ao nivelamento geométrico, 
medindo-se diferenças de aceleração da gravidade entre pontos sucessivos. 
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LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS 
 São operações através das quais se realizam medições, com a finalidade de se determinar à 
posição relativa de pontos da superfície da Terra no horizonte topográfico (correspondente a um 
círculo de raio 10 km). 
 
Figura 1.3 - Maior parte da rede nacional de triangulação executada pelo IBGE 
 
Figura 1.4 - Rede de nivelamento geodésico executado pelo IBGE 
POSICIONAMENTO TRIDIMENSIONAL POR GPS 
 Na coleta de dados de campo, as técnicas geodésicas e topográficas para determinações de 
ângulos e distâncias utilizadas para a obtenção de coordenadas bi e/ou tridimensionais sobre a 
superfície terrestre, através de instrumentos ópticos e mecânicos tornaram-se obsoletos, sendo 
mais utilizada na locação de obras de engenharia civil e de instalações industriais. 
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Posteriormente, sistemas eletrônicos de determinações de distâncias por mira "laser" ou 
infravermelhas determinaram uma grande evolução. 
 A geodésia por satélites baseados em Radar (NNSS), em freqüência de rádio muito altas 
(bandas de microondas) foi desenvolvido pela Marinha dos Estados Unidos com a finalidade 
básica da navegação e posicionamento das belonaves americanas sobre superfície, em meados 
dos anos 60. Surgiu através de pesquisas sobre distanciômetros durante a 2ª Grande Guerra e foi 
amplamente utilizado até o início de 1993. 
 Atualmente, o Sistema de Posicionamento Global (GPS) com a constelação NAVSTAR 
("Navigation System With Timing And Ranging"), totalmente completa e operacional, ocupa o 
primeiro lugar entre os sistemas e métodos utilizados pela topografia, geodésia, 
aerofotogrametria, navegação aérea e marítima e quase todas as aplicações em geoprocessamento 
que envolvam dados de campo. 
O GPS 
 Em 1978 foi iniciado o rastreamento dos primeiros satélites NAVSTAR, dando origem ao 
GPS como é hoje conhecido. No entanto, somente na segunda metade da década de 80 é que o 
GPS se tornou popular, depois que o Sistema foi aberto para uso civil e de outros países, já que o 
projeto foi desenvolvido para aplicações militares, e também em conseqüência do avanço 
tecnológico no campo da microinformática, permitindo aos fabricantes de rastreadores produzir 
receptores GPS que processassem no próprio receptor os códigos de sinais recebidos do 
rastreador. 
Referência 
 O sistema geodésico adotado para referência é o World Geodetic System de 1984 (WGS-
84). Isto acarreta que os resultados dos posicionamentos realizados com o GPS referem-se a esse 
sistema geodésico, devendo ser transformados para o sistema SAD-69, adotado no Brasil, através 
de

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